QUÍMICA
Química para
vestibular medicina
4ª edição • São Paulo
2018
CIÊNCIAS
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Edson Yukishigue Oyama,
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2018
Todos os direitos reservados.
Autores
Edson Yukishigue Oyama
Eduardo Noriyuki Sakuma Shibata
Marcos Navarro
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araújo
Pesquisa iconográfica
Eder Carlos Bastos de Lima
Programação visual
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions
ISBN: 978-85-9542-026-7
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
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CARO ALUNO
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos princi-
pais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2018.
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 105 livros e 6 cadernos de aula.
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados
nos principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões
propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam
as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de
informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais aces-
sível e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar
o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do
aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado
com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e
química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações
que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante
consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando
o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas”
de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio
nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm
contato em seu dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expo-
sitiva, descrevendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a
apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um
deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2018 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para
o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
QUÍMICA
QUÍMICA 1 - ATOMÍSTICA
Aulas 11 e 12: Ligação covalente e ligação metálica 7
Aulas 13 e 14: Geometria e polaridade molecular 33
Aulas 15 e 16: Forças intermoleculares 59
Aulas 17 e 18: Ácidos 97
ADE DE ME
LD D
IC
FAC
INA
1963
ENEM / UFRJ - As questões abordadas são em grande parte com relação a forças
intermoleculares ou polaridade das moléculas, com perguntas objetivas e diretas e
muito mais teóricas.
Aulas 11 e 12
Ligação covalente e
Ligação metálica
Competências 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Habilidades 4, 7, 8, 12, 17, 18, 20, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Ligação covalente
Ocorre entre átomos de ametais (não metais) – incluindo o hidrogênio – mediante compartilhamento de pares de
elétrons.
Os ametais são os elementos mais eletronegativos da tabela periódica. Se dois ametais aproximarem-se,
ambos vão atrair os elétrons das suas camadas de valência, bem como os elétrons do outro. No entanto, a atração
que eles exercem sobre os elétrons não é suficiente para que ocorra transferência definitiva de elétrons de um átomo
para outro. Em razão disso, eles acabam compartilhando pares de elétrons, a fim de adquirirem estabilidade. Quando
dois ou mais átomos (iguais ou diferentes) de ametais se unem, formam-se os aglomerados denominados moléculas.
Moléculas são aglomerados atômicos formados por átomos ligados entres si mediante ligações covalentes, ou
seja, mediante o compartilhamento de pares de elétrons.
Átomo A B
Tendência receber elétrons receber elétrons
Exemplos:
1. Molécula formada por átomos de hidrogênio (Z = 1).
O hidrogênio tem um elétron na camada de valência. Para ficar idêntico ao gás nobre hélio (Z = 2), com 2
elétrons na última camada, é necessário mais um elétron. Portanto, 2 átomos de hidrogênio compartilham
seus elétrons para ficarem estáveis.
Fórmula:
O traço (–) indica o par de elétrons compartilhado pelos dois átomos de hidrogênio.
Nessa situação, é como se cada átomo tivesse 2 elétrons em sua eletrosfera. De fato, os elétrons pertencem
aos dois átomos, ou seja, ambos compartilham os 2 elétrons.
A menor porção de uma substância resultante de ligação covalente é chamada molécula. H2 é, portanto,
uma molécula ou substância molecular.
9
O oxigênio tem 6 elétrons na última camada de valência e precisa receber 2 elétrons para completar o
octeto na camada de valência para ficar estável. O hidrogênio tem um elétron na camada de valência.
Precisa receber 1 elétron para completar a camada de valência – configuração do gás nobre hélio – para
estabilizar-se. Ao se ligarem mediante compartilhamento de seus elétrons, os átomos estabilizam-se, uma
vez que completam as respectivas camadas de valência de acordo com sua “necessidade”.
c. fórmula molecular
Mais simplificada, mostra apenas quais e quantos átomos têm a molécula.
A ligação covalente, em que ambos os elétrons vêm de um só átomo, é chamada ligação coordenada ou liga-
ção dativa, e é representada por uma seta (é) na fórmula estrutural.
§§ SO2
O par eletrônico destacado (que está ligando o enxofre ao segundo oxigênio), pertencia, de início, apenas
ao enxofre.
10
Trata-se não mais de ligação covalente usual, em que cada ligação – par eletrônico compartilhado – é
formada por um elétron de cada átomo, mas de uma covalência especial, em que o par eletrônico compartilhado é
formado por elétrons de apenas um dos átomos da ligação.
Antigamente, esse tipo de ligação era denominado ligação covalente dativa e representado por uma seta
(é), partindo do átomo que “oferece” o par eletrônico em direção ao átomo favorecido.
HCℓO4
H3PO4
HNO3
Inicialmente, o NH3 tinha um par eletrônico livre, e o íon hidrogênio (H+), por sua vez, não tinha elétrons
(uma vez que, regularmente, o H+ provém de outra molécula, na qual deixou seu próprio elétron). Por isso, o NH3
compartilha o par eletrônico livre que inicialmente era exclusivo do nitrogênio.
11
Considerando ainda o exemplo do NH4+, observe: após a formação do NH+4 , não há diferença alguma entre
as quatro ligações covalentes.
Em outras palavras, os quatro hidrogênios tornam-se perfeitamente equivalentes entre si. Em razão disso, é
mais correto representar o NH4+; assim:
Colunas 14 15 16 17
Distribuição
12
d. Número ímpar de elétrons na última camada
Há casos em que a camada de valência é completada com número ímpar de elétrons. Alguns exemplos
são os compostos NO, NO2 e CℓO2, que apresentam 7 elétrons ao redor do átomo central (nitrogênio e cloro).
e. Compostos dos gases nobres
Embora tenha sido dito que os gases nobres não têm ou têm pouca tendência de se unir a outros elementos,
existem compostos de gases nobres estáveis (eles reagem em condições especiais). Alguns exemplos são o
XeF2 e o XeF4.
Fórmula
B BF3
Be BeF2
ℓ
ℓ
P PCℓ5 ℓ
ℓ
ℓ
S SF6
N NO
13
Propriedades das substâncias moleculares (covalentes)
As propriedades das substâncias molecurares são dificilmente generalizáveis, mas é possível apontar algumas
bastante comuns:
1. São encontradas nos três estados físicos.
2. Apresentam ponto de fusão e ponto de ebulição menores que os dos compostos iônicos.
3. Se puros, não conduzem eletricidade, à exceção do grafite, que é condutor.
4. Se em estado sólido, apresentam retículos moleculares ou retículos covalentes.
Retículo cristalino covalente: todos os átomos estão ligados por uma rede bastante grande de ligações
covalentes.
Retículo cristalino covalente: formado pela união de moléculas mediante interações ou forças intermolecu-
lares.
Oxigênio Hidrogênio
Teoria na prática
1. O número total de elétrons em uma molécula de água é igual a:
a) 10.
b) 8.
c) 6.
d) 4.
e) 2.
14
Resolução:
Consultando os números atômicos na tabela periódica, obtém-se:
Hidrogênio (Z = 1) ä 1 elétron
Oxigênio (Z = 8) ä 8 elétrons
Alternativa A
Observação: é comum, mas incorreta, a resposta 8 elétrons para esse exercício. Saliente-se que 8 elétrons
são apenas os elétrons nas camadas de valência dos átomos, os que aparecem na fórmula de Lewis (fórmula
eletrônica), portanto. Além deles há mais 2 na primeira camada do oxigênio que não aparecem na fórmula
de Lewis.
2. Qual dessas fórmulas é prevista para o composto formado por átomos de fósforo e flúor, considerando o
número de elétrons da camada de valência de cada átomo?
a) P ; P
b) P — F ; P
c) F — P ; F
F
|
d) F — P — F
P
|
f) P — F — P
Resolução:
O fósforo tem 5 elétrons na camada de valência e tende, portanto, a ganhar 3 elétrons. O flúor tem 7 elé-
trons na camada de valência e tende, portanto, a ganhar 1 elétron. Logo, os dois elementos deverão formar
um composto covalente com o fósforo (P) na posição central.
Alternativa D
3. Os metais, explorados desde a Idade do Bronze, são muito utilizados até hoje, por exemplo, na aeronáutica,
na eletrônica, na comunicação, na construção civil e na indústria automobilística.
Sobre os metais, pode-se afirmar que são:
a) bons condutores de calor e de eletricidade, assim como os não metais.
b) materiais que se quebram com facilidade, característica semelhante aos cristais.
c) materiais que apresentam baixo ponto de fusão, tornando-se sólidos na temperatura ambiente.
d) encontrados facilmente na forma pura ou metálica, sendo misturados a outros metais, formando o mi-
neral.
e) maleáveis, transformando-se em lâminas, por exemplo, quando golpeados ou submetidos a rolo com-
pressor.
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Resolução:
a) Falso, pois os não metais têm propriedades opostas às dos metais, ou seja, não são bons condutores de
calor nem de eletricidade.
b) Falso, pois os metais são resistentes à quebra, diferentemente dos cristais.
c) Falso, pois os metais possuem alto ponto de fusão (exceto o mercúrio). Por isso, eles são sólidos à tem-
peratura ambiente.
d) Falso, pois a maioria dos metais não é encontrada pura ou na forma metálica na natureza (exceto metais
nobres, como ouro e platina), normalmente estando na forma de óxidos metálicos. Podem vir combina-
dos com outros metais, mas não puros ou na forma metálica.
e) Verdadeiro, pois os metais são dúcteis, podendo ser transformados em fios, e maleáveis, transformando-
-se em lâminas, por exemplo, quando golpeados ou submetidos a um rolo compressor.
Altenativa E
4. (UnB) O ouro é o mais maleável e dúctil dos metais. Possui o número atômico 79, ponto de fusão igual a
1064,43 °C e ponto de ebulição igual a 2807 °C. Sobre o ouro, julgue os itens abaixo em verdadeiro ou
falso.
1) Uma peça metálica de platina é mais facilmente convertida em fios que uma peça metálica de ouro.
2) O isótopo 198
Au, utilizado no tratamento de doenças cancerígenas, possui 198 nêutrons.
79
Resolução:
1) Falso. O ouro é mais facilmente convertido em fios, pois é o metal mais dúctil (transformado em fios) e
maleável (transformado em lâminas ou chapas) dos metais.
2) Falso. N = A – Z → N = 198 – 79 → N = 119
3) Falso. A notação 79Au3+ indica que o átomo apresenta 79 prótons e 76 elétrons
4) Verdadeiro. A ligação metálica é estabelecida através da interação entre os prótons do núcleo e os
elétrons do átomo vizinho.
Ligação metálica
Uma das principais características dos metais é a condução fácil da eletricidade. Considerando que a corrente elé-
trica é um fluxo de elétrons, criou-se a chamada teoria da nuvem eletrônica ou teoria do mar de elétrons.
Em princípio, os átomos dos metais têm apenas 1, 2 ou 3 elétrons na última camada eletrônica, camada
essa regularmente afastada do núcleo, consequentemente, com pouca força de atração daqueles elétrons. Resulta-
do: os elétrons escapam facilmente do átomo e transitam livremente pelo retículo cristalino metálico. Desse modo,
os átomos que perdem elétrons transformam-se em cátions; esses cátions podem receber elétrons e voltar à forma
de átomo neutro, e assim sucessivamente.
Conclusão: de acordo com essa teoria, o metal é um aglomerado de átomos neutros e cátions mergu-
lhados em uma nuvem (ou mar) de elétrons livres e mantidos unidos – diz-se também que esses elétrons estão
deslocalizados.
16
Agrupamento dos átomos dos metais dá origem ao retículo cristalino metálico.
faces
Ligas metálicas
Há materiais com propriedades metálicas com dois ou mais elementos, um dos quais pelo menos é metal. As ca-
racterísticas das ligas metálicas não coincidem com as características dos metais puros. Em razão disso, elas são
muito utilizadas na indústria.
§§ Ouro 18 quilates – mistura formada por 75% de ouro e 25% de cobre e prata.
§§ Amálgama – liga de Hg, Ag e Sn usada antigamente em obturações.
§§ Bronze – liga de Cu e Sn usada na produção de sinos, medalhas, moedas, estátuas.
§§ Aço inox – liga de Fe, C, Cr e Ni usada em talheres, peças de carros e brocas.
§§ Latão – liga de Cu e Zn usada na produção de tubos, armas, torneiras e instrumentos musicais.
17
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
alunosonline.uol.com.br/quimica/ligas-metalicas.html
18
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
É possível encontrar a ligação covalente com facilidade em nosso dia a dia. Substâncias de uso muito comum, têm
em sua estrutura átomos com esse caráter de ligação, como a água, o gás oxigênio, a solução de vinagre, o álcool
etílico, o açúcar e o grafite.
Contudo, também podemos abordar substâncias que não estão tão evidentes em nosso cotidiano, mas que
estão ligadas diretamente às nossas vidas.
O ozônio (O3), é o principal gás situado na atmosfera responsável pela proteção do planeta Terra contra
os raios ultravioletas (UV) emitidos pelo Sol. Sem essa camada de gás existente na atmosfera a vida na Terra não
seria possível.
Bem como o elemento carbono (C), que pode ser encontrado na forma de diamante, passando por pro-
cessos de formação diferentes do carbono encontrado no grafite, sendo esta a diferença primordial entre essas
substâncias constituídas por átomos deste mesmo elemento químico.
INTERDISCIPLINARIDADE
As ligações covalentes estão presentes em grande proporção na natureza; os elementos que são responsáveis por
essas ligações (os não metais) estão presentes em grande parte dos compostos orgânicos. Mas também é possível
encontrá-los em compostos inorgânicos na forma de minerais, ou seja, estudando-se a geomorfologia de uma re-
gião é possível inferir quais elementos têm maior probabilidade de serem encontrados no solo daquela área; logo,
após a extração desses minerais, eles são tratados para se obter os seus elementos constituintes da forma mais
proveitosa possível.
O elemento fósforo (P) é um exemplo de elemento que, em sua maioria, vai ser encontrado no solo através
de seus fosfatos.
Não diferindo dos elementos metálicos, estes também passam por processos de purificação para se obter substân-
cias apenas constituídas por átomos de um determinado elemento; no entanto, curiosamente, metais podem passar por
reações em que são formadas ligas, misturas homogêneas resultadas da fundição de dois ou mais metais constituintes.
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CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) Quando colocamos em água, os fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas for-
madas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura
tende a se reorganizar em um novo lipossomo.
20
Análise Expositiva
Habilidade 25
Nessa questão é trabalhado o conceito de interações intermoleculares e de polaridade.
Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos apresentarem uma natureza
anfifílica, ou seja, possuírem uma parte polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica).
Alternativa E
Estrutura Conceitual
Ligação Química
Se
estiver Se
líquido estiver
ou sólido líquido
Ligação Ligação Ligação
metálica Iônica covalente
Formada
Tem Tem por
Retículo Retículo
cristalino cristalino Moléculas
metálico iônico
Nele Formado No estado
há por sólido
Elétrons Retículo
Íons
livres cristalino
Conduz molecular
corrente
elétrica Não
Baixo Baixo
conduz
ponto de ponto de
corrente
ebulição fusão
elétrica
21
E.O. Aprendizagem 5. (FEEQ-CE) O selênio e o enxofre pertencem
à família VI – A da tabela periódica. Sendo
assim, o seleneto e o sulfeto de hidrogênio
1. (Cefet-MG) A molécula do nitrogênio apre- são representados, respectivamente, pelas
senta, entre seus dois átomos, ligação: fórmulas:
a) iônica. a) HSe e HS.
b) metálica. b) H2Se e HS.
c) covalente. c) HSe e H2S.
d) de nitrogênio. d) H2Se e H2S.
e) H3Se e H3S.
2. (FEEQ-CE) O enxofre (Z = 16) pode ser en-
contrado sob a forma de moléculas S8. Nessas 6. (Mackenzie) Considere uma molécula de gás
moléculas, cada átomo adquiriu configura- carbônico (CO2), que é o principal gás res-
ção eletrônica de gás nobre ao compartilhar ponsável pelo efeito estufa. Numa molécula
quantos pares de elétrons? desse gás, o número de elétrons comparti-
a) 1 lhados é igual a:
b) 2 a) 2.
c) 3 b) 4.
d) 4 c) 6.
e) 5 d) 8.
e) 10.
3. (UFRGS) Os símbolos Cℓ, Cℓ2, Cℓ- represen-
tam, respectivamente: 7. (UFU) O fosgênio (COCℓ2), um gás, é prepa-
a) o elemento químico cloro, átomos do ele- rado industrialmente por meio da reação en-
mento cloro e o átomo do elemento cloro tre o monóxido de carbono e o cloro.
eletronegativo. A fórmula estrutural da molécula do fosgê-
b) a molécula da substância simples cloro, o nio apresenta:
elemento cloro e o átomo de cloro eletrone- Obs.: consulte a tabela periódica.
gativo. a) uma ligação dupla e duas ligações simples.
c) a molécula da substância simples cloro, a b) uma ligação dupla e três ligações simples.
molécula da substância cloro e o átomo do c) duas ligações duplas e duas ligações simples.
elemento cloro. d) uma ligação tripla e duas ligações simples.
d) o átomo do elemento cloro, a molécula da e) duas ligações duplas e uma ligação simples.
substância composta cloro, e o cátion cloreto.
e) o átomo do elemento cloro, a molécula da 8. (UFSM) Assinale verdadeira (V) ou falsa (F)
substância simples cloro e o ânion cloreto. em cada uma das seguintes afirmativas:
( ) Em condições ambientes, os compostos
4. (Mackenzie) Acredita-se que a superfície do iônicos são sólidos que têm pontos de fu-
planeta Plutão, chamado de “o enigma gela- são altos.
do”, seja formada por: N2,CO2,CH4,H2O. A úni- ( ) Nos compostos covalentes, a ligação ocor-
ca alternativa que contém a fórmula estru- re por compartilhamento de elétrons en-
tural correta de duas dessas substâncias é: tre os átomos.
Dados: Números atômicos: H = 1, C = 6, ( ) A condutividade elétrica dos metais se
N = 7, O = 8. explica pela mobilidade dos elétrons na
sua superfície.
a) ( ) As ligações iônicas ocorrem entre átomos
de metais.
A sequência correta é:
a) F – V – V – F.
b) b) F – F – F – V.
c) V – F – F – F.
d) F – V – F – V.
c) e) V – V – V – F.
22
Analisando os resultados obtidos, é correto 3. (UFSCar) Apresentam somente ligações co-
afirmar que X, Y e Z são, respectivamente: valentes:
a) composto iônico, composto molecular, metal. a) NaCℓ e H2SO4.
b) metal, composto iônico, composto molecular. b) Mn2O3 e MgH2.
c) composto iônico, metal, composto molecular. c) HCℓ e Cℓ2O3.
d) composto molecular, metal, composto iônico. d) KNO3 e LiF.
e) metal, composto molecular, composto iônico. e) LiOH e CsI.
10. (Vunesp) Duas substâncias sólidas, X e Y, apre- 4. (Mackenzie) São exemplos de compostos
sentam as propriedades listadas na tabela: moleculares:
Substância a) CO2, H2O e H2O2.
Propriedades b) CO, KCℓ e NaCℓO.
X Y
c) NaF, MgO e C12H22O11.
Solubilidade em água solúvel insolúvel d) H2O, Li2O e CH4.
e) KNO3, Ca(OH)2 e NaH.
Ponto de fusão 880 °C 114
Condutividade elétrica não não 5. (PUC-SP) Em 1916, G.N. Lewis publicou o
no estado sólido conduz conduz primeiro artigo propondo que átomos podem
Condutividade se ligar compartilhando elétrons. Esse com-
não
da solução com conduz partilhamento de elétrons é chamado, hoje,
conduz
solvente adequado de ligação covalente. De modo geral, pode-
Baseando-se nestas informações, pode-se mos classificar as ligações entre átomos em
afirmar que: três tipos genéricos: ligação iônica, ligação
a) X é uma substância molecular e Y é substân- metálica e ligação covalente.
cia iônica. Assinale a alternativa que apresenta substân-
b) X é uma substância iônica e Y é substância cia que contêm apenas ligações covalentes.
molecular. a) H2O, C (diamante), Ag e LiH.
c) X é substância metálica e Y é substância iônica. b) O2, NaCℓ, NH3 e H2O.
d) X e Y são substâncias moleculares. c) CO2, SO2, H2O e Na2O.
e) X e Y são substâncias iônicas. d) C (diamante), Cℓ2, NH3 e CO2.
e) C (diamante), O2, Ag e KCℓ.
23
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que:
a) a Figura II corresponde a um sólido condutor de eletricidade.
b) a Figura I corresponde a um sólido condutor de eletricidade.
c) a Figura I corresponde a um material que, no estado líquido, é um isolante elétrico.
d) a Figura II corresponde a um material que, no estado líquido, é um isolante elétrico.
8. (UEL) A imagem a seguir mostra três sólidos, cujas formas são cúbicas. Em (1), (2) e (3) estão
representados, respectivamente, (I2), (KBr) e (Fe).
9. (UFU) A melhor maneira de inferir sobre o tipo de ligação química predominante em uma deter-
minada substância é analisar algumas de suas propriedades físicas. Em relação às propriedades
das substâncias, é incorreto afirmar que:
a) os compostos iônicos conduzem a corrente elétrica no estado líquido, mas os compostos covalentes
moleculares geralmente são maus condutores de corrente elétrica nesse estado.
b) na temperatura de 25 °C e 1 atmosfera de pressão, todos os compostos iônicos são sólidos, enquanto
os compostos que apresentam ligações covalentes podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.
c) os compostos com ligações metálicas são bons condutores de calor e eletricidade.
d) os pontos de ebulição são altos para todos os compostos iônicos e metálicos e baixos para todos os
compostos covalentes.
1
0. (PUC-SP) Analise as propriedades físicas na tabela a seguir:
24
E.O. Complementar metal encontra grande aplicação na indús-
tria de pilhas secas em que é utilizado como
ânodo (polo negativo). Sua densidade é de
1. (Unitau) Somando-se o número de ligações 7,14 g/cm3 a 20 °C.
covalentes dativas das moléculas HNO3, SO3 e Pode-se afirmar que a diferença dos valores
HCℓO4, teremos um valor igual a: de densidade entre esses dois metais é mais
a) 4. bem explicada:
b) 5. a) pela maior reatividade do zinco em relação
c) 6.
ao cobre.
d) 7.
b) pela diferença do raio atômico do cobre em
e) 8.
relação ao zinco, com o átomo de cobre apre-
sentando tamanho muito menor do que o de
2. (Cesgranrio) Um átomo possui a seguinte
zinco.
distribuição eletrônica: [Ar] 3d10 4s2 4p5.
c) pela diferença de massa atômica do cobre
Esse átomo, ao se ligar a outros átomos não
em relação ao zinco, com o zinco apresen-
metálicos, é capaz de realizar:
a) somente uma covalência normal. tando massa bem maior.
b) somente duas covalências normais. d) pelo posicionamento do zinco na tabela pe-
c) uma covalência normal e no máximo uma riódica, no período imediatamente posterior
dativa. ao cobre.
d) duas covalências normais e no máximo duas e) pelo diferente arranjo cristalino apresenta-
dativas. do pelos dois metais: o cobre tem os seus
e) uma covalência normal e no máximo três da- átomos mais empacotados, restando menos
tivas. espaços vazios entre eles.
3. (UEGO) Os metais são substâncias que apre- 5. (UFPR) Das fórmulas estruturais a seguir,
sentam elevada condutividade elétrica, brilho assinale a(s) correta(s).
metálico, ductibilidade (capacidade de ser es-
tirados em fios), maleabilidade (capacidade
de ser forjado em folhas finas) e geralmente
elevado ponto de fusão.
O cristal metálico é envolvido por uma nuvem
eletrônica deslocalizada (elétrons livres) que
é responsável por essas propriedades físicas.
Esse modelo de cristal metálico relaciona-se
com as afirmativas abaixo. Assinale V ou F.
( ) Os átomos do metal estão fracamente liga-
dos com o(s) seu(s) elétron(s) de valência.
( ) A energia de ionização é elevada.
( ) O elemento com a seguinte configuração
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s1 é um metal.
( ) As propriedades químicas dos metais es-
tão também relacionadas com a sua baixa
eletronegatividade.
( ) O elemento com a seguinte configuração E.O. Dissertativo
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 é um
metal. 1. (Unicid 2017) Numa sala de triagem de um
pronto-socorro, acidentalmente, um ter-
4. (PUC-SP) Cobre e zinco são metais de larga mômetro se quebrou e praticamente todo o
utilização na sociedade moderna. mercúrio contido no bulbo se espalhou pelo
O cobre é um metal avermelhado, bastante chão. No momento do acidente, a temperatu-
maleável e dúctil. É amplamente empregado ra da sala era de 25 ºC.
na fiação elétrica devido à sua alta condu-
a) Considerando o volume da sala 240 m3, a pres-
tividade. É também encontrado em tubula-
são atmosférica do mercúrio 2,6 · 10-6 atm a
ções de água, devido à sua baixa reatividade
(é um metal nobre), além de diversas ligas 25 ºC e R = 0,082 atm · L · mol-1 · K-1, cal-
metálicas, sendo o bronze a mais conhecida. cule a quantidade de vapor de mercúrio, em
Apresenta densidade de 8,96 g/cm3 a 20 °C. g, que se espalhou na sala.
O zinco é um metal cinza bastante reativo. b) Qual é o nome da liga metálica formada entre
É utilizado como revestimento de peças de o mercúrio e outro metal? Esse tipo de liga é
aço e ferro, protegendo-as da corrosão. Esse uma mistura homogênea ou heterogênea?
25
2. (Vunesp) Considere as espécies químicas Br2 7. (UFMG) Leia o texto a seguir. Esse texto,
e KBr. Dados os números de elétrons na ca- apesar de conter vários erros conceituais,
mada de valência, K = 1 e Br = 7, explique, faz parte de matéria publicada em um jornal
justificando, o tipo de ligação que ocorre en- de circulação nacional, sob o título:
tre os átomos de:
a) bromo, no Br2. "SAL TEM PROPRIEDADES DE DER-
b) potássio e bromo, no KBr. RETER OS CRISTAIS DE GELO"
26
Tendo em vista as estruturas apresentadas: para promover a indução de chuvas artifi-
a) explique a diferença de comportamento en- ciais. A técnica de indução adotada, chamada
tre um composto iônico sólido e um metal de bombardeamento de nuvens ou semeadu-
sólido quando submetidos a uma diferença ra ou, ainda, nucleação artificial, consiste no
de potencial; lançamento em nuvens de substâncias agluti-
b) explique por que o comportamento de uma nadoras que ajudam a formar gotas de água.
solução de substância iônica é semelhan- (http://exame.abril.com.br. Adaptado.)
te ao comportamento de um metal sólido,
quando ambos são submetidos a uma dife- Além do iodeto de prata (AgI), outras subs-
rença de potencial. tâncias podem ser utilizadas como agentes
aglutinadores para a formação de gotas de
água, tais como o cloreto de sódio(NaCℓ), o
9. O ouro simboliza a perfeição da matéria,
gás carbônico (CO2) e a própria água. Con-
pois não sofre corrosão, não é atacado por
siderando o tipo de força interatômica que
quase nenhuma substância e não perde o
mantém unidas as espécies de cada agente
brilho com o tempo – representa, pois, a
aglutinador, é correto classificar como subs-
imortalidade. O ouro puro é chamado de ouro
tância molecular:
24 quilates (24 K). O número de quilates in-
a) o gás carbônico e o iodeto de prata.
dica o número de partes de ouro puro em 24
b) apenas o gás carbônico.
partes da liga. Dessa forma, o ouro 18 quila-
c) o gás carbônico e a água.
tes, muito usado na confecção de joias, tem d) apenas a água.
18 partes de ouro em 27 portes de liga, o e) a água e o cloreto de sódio.
que corresponde a 75% de ouro na liga. Em
relação a esse assunto indique:
2. (Fuvest) A figura abaixo traz um modelo da
a) O ouro 18 quilates é uma liga metálica ho-
estrutura microscópica de determinada subs-
mogênea, heterogênea ou um composto in-
tância no estado sólido, estendendo-se pelas
termediário? Justifique.
três dimensões do espaço. Nesse modelo, cada
b) O ouro 14 quilates tem uma tonalidade mais
esfera representa um átomo e cada bastão,
avermelhada que o ouro 18 quilates. A que
uma ligação química entre dois átomos.
você atribui essa coloração?
1
0. O latão é uma liga formada por cobre e zin-
co. Essa liga é adequada para a produção de
peças moldadas, sendo altamente resistente
à corrosão e mais dura e resistente do que o
cobre isolado.
Duas amostras de metal apresentam compo-
sição diferente. A massa-padrão é formada
por 80% de cobre e 20% de zinco, e as pa-
nelas formadas por 60% de cobre e 40% de A substância representada por esse modelo
zinco (porcentagens em massa). tridimensional pode ser:
Dados: densidade do cobre 8,96 g/cm3, den- a) sílica, (SiO2)n.
sidade do zinco 7,14 g/cm3. b) diamante, C.
a) O latão é utilizado na confecção de massas c) cloreto de sódio, NaCℓ.
para aferição de balanças e dinamômetros. d) zinco metálico, Zn.
Determine a massa de cobre e zinco presente e) celulose, (C6H10O5)n.
numa massa-padrão de 300 g.
b) Indique qual das ligas metálicas apresenta 3. (Unifesp) A tabela apresenta algumas pro-
maior densidade. Justifique. priedades medidas, sob condições experi-
mentais adequadas, dos compostos X, Y e Z.
27
A partir desses resultados, podem-se classificar os compostos X, Y e Z, respectivamente, como
sólidos:
a) molecular, covalente e metálico.
b) molecular, covalente e iônico.
c) covalente, molecular e iônico.
d) covalente, metálico e iônico.
e) iônico, covalente e molecular.
4. (Unesp) S1, S2 e S3 são três substâncias distintas. Inicialmente no estado sólido, foram aquecidas
independentemente até a fusão completa enquanto se determinavam suas condutividades elétri-
cas. Os resultados das observações estão resumidos na tabela.
Substância X Y Z
sulubilidade em água solúvel insolúvel insolúvel
condutividade elétrica do sólido não conduz conduz não conduz
condutividade elétrica no estado fundido conduz conduz não conduz
condutividade elétrica em solução aquosa conduz — —
6. (Fuvest 2018)
28
Analise a tabela periódica e as seguintes a) Quais são os elementos X, Y e Z?
afirmações a respeito do elemento químico b) A combinação de dois desses elementos pode
enxofre (S): formar substâncias não iônicas e gasosas a
I. Tem massa atômica maior do que a do se- temperatura e pressão ambientes. Escreva a
lênio (Se). fórmula de uma dessas substâncias.
II. Pode formar com o hidrogênio um com-
posto molecular de fórmula H2S. 4. (Fuvest) Considere o elemento cloro forman-
III. A energia necessária para remover um do compostos com, respectivamente, hidro-
elétron da camada mais externa do enxo- gênio, carbono, sódio e cálcio.
fre é maior do que para o sódio (Na). a) Com quais desses elementos o cloro forma
IV. Pode formar com o sódio (Na) um com- compostos covalentes?
posto iônico de fórmula Na3S. b) Qual a fórmula eletrônica de um dos com-
São corretas apenas as afirmações: postos covalentes formados?
a) I e II.
b) I e III. 5. (Unesp) O Brasil possui a maior reserva do
c) II e III. mundo de hematita (Fe2O3), minério do qual
d) II e IV. se extrai o ferro metálico, um importante
e) III e IV. material usado em diversos setores, princi-
palmente na construção civil. O ferro-gusa é
produzido em alto-forno conforme esquema,
E.O. Dissertativas usando-se carvão como reagente e combus-
tível, e o oxigênio do ar. Calcário (CaCO3) é
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) adicionado para remover a areia, formando
silicato de cálcio.
1. (Unicamp) Observe as seguintes fórmulas
eletrônicas (fórmulas de Lewis):
29
7. (Unicamp) O medicamento dissulfiram, cuja
fórmula estrutural está representada a se- Gabarito
guir, tem grande importância terapêutica e
social, pois é usado no tratamento do alcoo-
lismo. A administração de dosagem adequa- E.O. Aprendizagem
da provoca no indivíduo grande intolerância 1. C 2. B 3. E 4. D 5. D
a bebidas que contenham etanol.
6. D 7. A 8. E 9. B 10. B
E.O. Fixação
1. D 2. D 3. C 4. A 5. D
6. C 7. B 8. C 9. D 10. E
a)
b) O = C = O
c)
30
5.
Ligação covalente e iônica para o HNO3 e
KOH, respectivamente.
E.O. Dissertativas
6. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) 1.
a)
b) H
HP (PH3)
H
7. b)
a) Molécula de sal. H SH (H2S)
b) O sal, por ser iônico, não forma molécula,
os íons se agrupam formando cristais. c)
c) Cada fórmula de sal. F
8. F C F (CF4)
a) Nos compostos iônicos sólidos, os íons (car- F
gas) estão presos na rede cristalina e não
2.
se movimentam. Nos metais sólidos, os elé-
trons estão livres na rede cristalina (cons-
tituindo bandas eletrônicas) movimentan-
do-se livremente (corrente elétrica). 3.
b) Numa solução iônica, os cátions e ânions es- a) X, Y e Z são, respectivamente, o oxigênio,
carbono e potássio.
tão livres, por isso geram corrente elétrica.
b) CO2 (ou CO)
9.
4.
a) Homogênea. Como os metais que com-
põem essa liga (Cu, Ag e Au) são da mes-
ma família na tabela periódica (família a) Cℓ (ametal VIIA)
11), todos formam retículos cristalinos
muito semelhantes.
b) Devido a uma maior porcentagem de co- O cloro forma compostos covalentes com
bre na liga. hidrogênio (H) e carbono (C), pois ela
10. ocorre entre ametais.
a) 300 g — 100% b)
m(Cu) — 80%
ä m(Cu) = 240 g
300 g — 100%
m(Zn) — 20%
ä m(Zn) = 60 g 5. As duas propriedades são densidade (a escó-
Portanto, há 240 g de cobre e 60 g de zinco. ria é menos densa e flutua sobre ferro fun-
b) A liga contendo 80% de cobre apresen- dido, que é mais denso) e a solubilidade (os
ta maior densidade, porque o cobre é um dois não se misturam).
metal mais denso do que o zinco. Quanto Tipos de ligação: ferro é um metal; logo se
maior o teor de cobre na liga, mais denso liga por ligação metálica; carbono e oxigênio
o material (mais próximo de 8,96 g/cm3). são ametais; logo fazem ligações covalentes.
6. As equações químicas, utilizando as estrutu-
ras de Lewis, são dadas por:
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. C 2. A 3. B 4. A 5. B
6. C
31
7.
a) A fórmula molecular é: C10H20N2S4.
b) Nitrogênio: existem dois pares de elé-
trons não compartilhados.
Enxofre: existem oito pares de elétrons
não compartilhados.
Na molécula: dez pares de elétrons não
compartilhados.
c) Não. Átomos de oxigênio não podem
substituir os átomos de nitrogênio, pois
as valências são diferentes, ou seja, a
quantidade de ligações efetuadas pelos
elementos na molécula é diferente. O ni-
trogênio faz três covalentes comuns con-
tra duas do oxigênio.
32
Aulas 13 e 14
Geometria e
polaridade molecular
Competências 5 e 7
Habilidades 18, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Geometria molecular
É o estudo da distribuição espacial dos átomos em uma molécula, distribuição essa que, dependendo dos átomos
que a compõem, pode assumir formas geométricas. Dentre as principais classificações estão a linear, a angular, a
trigonal plana, a piramidal e a tetraédrica.
Para se determinar a geometria de uma molécula, é preciso conhecer a teoria da repulsão dos pares eletrô-
nicos (TRPE) da camada de valência.
Importante
Não confundir geometria dos pares eletrônicos (nuvens eletrônicas) com geometria da molécula.
Considerando, pois, a orientação das nuvens e o número de átomos ligados ao átomo central, há possíveis
geometrias moleculares de acordo com a posição dos núcleos desses átomos.
35
Roteiro para determinação da geometria molecular
1. Determinar a fórmula eletrônica da substância contando os pares eletrônicos (nuvens eletrônicas) ao redor
do átomo central. Considere como par eletrônico:
§§ cada ligação dupla, tripla ou coordenada/dativa (–, =, ≡, →);
§§ cada par de elétrons não ligantes.
Orientação
Número de nuvens
(geometria) das Disposição Geometria
ao redor do átomo Fórmula eletrônica
nuvens (pares dos ligantes molecular
central
eletrônicos)
Sempre
Linear O=C=O
2
H—C;N
Linear
Angular
3
2 átomos ligantes Trigonal plana
(triangular) Trigonal plana
N
4 Piramidal
3 átomos ligantes
Tetraédrica Tetraédrica
4 átomos ligantes
Observe:
§§ A geometria linear das nuvens determina somente moléculas lineares.
§§ A geometria trigonal plana das nuvens pode determinar moléculas angulares ou trigonais planas.
§§ A geometria tetraédrica das nuvens pode determinar moléculas angulares, piramidais ou tetraédricas.
Observação: existem ainda mais duas geometrias possíveis, quando o átomo central ultrapassar os 8 elé-
trons na camada de valência (existem mais tipos de geometria, na qual não vamos entrar em detalhes):
36
§§ Bipirâmide trigonal: acontece quando há cinco nuvens eletrônicas na camada de valência do átomo
central, todas fazendo ligação química. O átomo central assume o centro de uma bipirâmide trigonal, sólido
formado pela união de dois tetraedros por uma face comum. Como exemplo, cita-se a molécula PCℓ5.
§§ Octaédrica: acontece quando há seis nuvens eletrônicas na camada de valência do átomo central e todas
fazem ligações químicas. Os átomos periféricos assumem os vértices de um octaedro e o átomo central fica
no centro do octaedro. Um exemplo seria a molécula SF6.
Geometria de íons
Como visto, átomos podem se transformar em íons ao perder (tornando-se cátions) ou ganhar (tornando-se ânions)
elétrons. Existem muitos íons denominados poliatômicos, os formados por mais de um átomo. A determinação de
sua geometria segue exatamente as mesmas regras usadas para a geometria das moléculas.
Teoria na prática
1. Se dissolvido em água, o ácido nítrico (HNO3) sofre ionização, produzindo o ânion nitrato NO –3. Determine a
geometria desse ânion.
Resolução:
No rompimento da ligação, o hidrogênio perde seu elétron e o oxigênio recebe esse elétron.
37
Ao redor do átomo central do ânion (N) há três nuvens eletrônicas e três ligantes. Como há três nuvens eletrô-
nicas, a geometria das nuvens é trigonal plana. Como o átomo de nitrogênio está no centro de um triângulo
com os três vértices ocupados por átomos de oxigênio, a geometria molecular também é trigonal plana.
Importante
A geometria molecular coincide com a geometria das nuvens, se o número de átomos ao redor do átomo
central for igual ao número de nuvens (pares eletrônicos) ao redor desse átomo central.
2. Na molécula da amônia (NH3) há quatro nuvens eletrônicas (quatro pares eletrônicos, dos quais um deles é
não ligante) ao redor do átomo central (N). Portanto, a geometria das nuvens é tetraédrica. Como há apenas
três átomos (ligantes) ao redor do átomo central, a geometria molecular é piramidal.
Polaridade molecular
Exemplo:
38
Polaridade versus tipo de ligação química
a. Ligações iônicas
Em uma ligação iônica ocorre transferência definitiva de elé-
trons, o que acarreta a formação de íons positivos (cátions)
ou negativos (ânions), os quais dão origem a compostos
iônicos. Como todos os íons apresentam excesso de cargas
elétricas positivas ou negativas, eles sempre terão polos.
As ligações iônicas apresentam máxima polarização. Toda substância iônica é polar por natureza.
b. Ligações covalentes
Nessas ligações, a existência de polos está associada à deformação da nuvem eletrônica e depende da
diferença de eletronegatividade entre os elementos.
Se a ligação covalente ocorrer entre átomos de mesma eletronegatividade, não ocorrerá distorção da nuvem
eletrônica, ou seja, não ocorrerá formação de polos. Por isso, essas ligações são denominadas apolares.
Na ligação covalente entre átomos de eletronegatividades diferentes, ocorre deformação da nuvem eletrô-
nica em decorrência do acúmulo de carga negativa (–d) em torno do elemento de maior eletronegatividade.
Essas ligações são denominadas polares.
39
Para comparar a intensidade de polarização das ligações, recorre-se à escala de eletronegatividade de
Pauling:
§§ Se a diferença de eletronegatividade entre os átomos ligados for diferente de zero (geralmente átomos
diferentes), o vetor μ estará definido (não é nulo) e a ligação será polar, ou seja, haverá distorção da nuvem
eletrônica entre os dois átomos envolvidos na ligação covalente. A nuvem eletrônica ficará deslocada para
o lado do elemento mais eletronegativo.
§§ Se a diferença de eletronegatividade entre os átomos envolvidos na ligação for nula (geralmente átomos iguais
ou átomos com eletronegatividades muito próximas), o vetor μ também será nulo e a ligação será apolar, ou
seja, não haverá distorção da nuvem eletrônica entre os dois átomos envolvidos na ligação covalente.
Quando o ∆ (diferença) for maior que 1,7, o composto tem caráter iônico (ou seja, a ligação é iônica); abaixo
de 1,7, o composto tem caráter covalente (ou seja, a ligação é covalente).
40
Exemplos:
Polaridade molecular
Como se determina a polaridade ou apolaridade de uma molécula?
a) Experimentalmente
Uma molécula é considerada polar, se orientada na presença de um campo elétrico externo, e apolar, se não
orientada. O polo negativo da molécula é atraído pela placa positiva do campo elétrico externo e vice-versa,
como mostra a figura.
b) Teoricamente
_____›
Pode-se determinar a polaridade de uma molécula pelo vetor momento dipolar resultante m
R , isto é, pela
soma dos vetores de cada ligação polar da molécula.
_____›
Para determinar o vetor momento dipolo resultante, mR , dois fatores devem ser considerados:
§§ a escala de eletronegatividade, que determina a orientação dos vetores nas ligações polares; e
_____›
§§ a geometria molecular, que determina a disposição espacial dos vetores m
R .
41
Exemplos:
____›
Fórmula molecular Geometria/Vetores mR Molécula
___
_____› ›
HCø mR ≠ 0
Polar
_____ ___›
›
CO2 R = 0
m Apolar
_____›
___›
H2O mR i 0
Polar
_____›
___›
NH3 mR i 0
Polar
Exemplos:
42
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
phet.colorado.edu/sims/html/molecule-shapes/latest/molecule-shapes_pt_BR.html
44
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
A polaridade das moléculas é a principal causa da ação dos detergentes. Tudo se deve ao caráter anfifílico desses
produtos, formando uma micela com a sujeira.
Caráter anfifílico: diz-se que uma substância é anfifílica quando na mesma molécula existem regiões
predominantemente polares (região hidrofílica) e regiões predominantemente apolares (região hidrofóbica).
Por exemplo:
Parte hidrofilica
H2O
Então, se um detergente entra em contato com uma gordura, a região apolar do detergente vai envolver a
gordura, que tem caráter apolar, e o detergente formará uma micela em torno da gordura, deixando exposta a sua
região polar, que terá contato direto com a água; deste modo, arrastando a gordura da superfície em que estiver.
INTERDISCIPLINARIDADE
Em biologia, no aspecto celular, todas as reações ocorridas só são possíveis graças à polaridade que existe em cada
uma das moléculas envolvidas.
Existem vitaminas que são lipossolúveis, como a vitamina A, e vitaminas como a vitamina C, que são hidros-
solúveis, ou seja, o meio em que elas estão é fator determinante para que qualquer reação aconteça, permitindo
que nosso organismo se comporte normalmente ou de forma anômala.
Pare para pensar, se o nosso cabelo, feito de uma proteína chamada queratina, tivesse caráter hidrofílico, ele
seria dissolvido pela água! Você não iria querer isso, certo?
O cabelo umedece porque é poroso e permite a passagem da água por seus poros, mas não se engane, isso
só é possível porque o cabelo tem em sua estrutura molecular regiões de baixa polaridade, permitindo, assim, uma
pequena atração pelas moléculas de água.
45
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Com o passar do tempo foi necessário a criação de substâncias diversas, seja para uso
industrial, médico, farmacológico, do cotidiano etc. Com isso veio a nomeação e a no-
menclatura dessas substâncias.
Os ácidos exercem função importantíssima em todas as áreas supracitadas e são os com-
postos responsáveis por impactos ambientais gigantescos, como a chuva ácida. Seus pre-
cursores são os óxidos, que, em contato com a água, causam a acidificação das chuvas,
causando danos ambientais e ecológicos graves.
Modelo
(Enem) O processo de industrialização tem gerado sérios problemas de ordem ambiental, econômi-
ca e social, entre os quais se pode citar a chuva ácida. Os ácidos usualmente presentes em maiores
proporções na água da chuva são o H2CO3, formado pela reação do CO2 atmosférico com a água, o
HNO3, o HNO2, o H2SO4 e o H2SO3. Esses quatro últimos são formados principalmente a partir da
reação da água com os óxidos de nitrogênio e de enxofre gerados pela queima de combustíveis
fósseis.
A formação de chuva mais ou menos ácida depende não só da concentração do ácido formado,
como também do tipo de ácido. Essa pode ser uma informação útil na elaboração de estratégias
para minimizar esse problema ambiental. Se consideradas concentrações idênticas, quais dos áci-
dos citados no texto conferem maior acidez às águas das chuvas?
a) HNO3 e HNO2.
b) H2SO4 e H2SO3.
c) H2SO3 e HNO2.
d) H2SO4 e HNO3.
e) H2CO3 e H2SO3.
46
Análise Expositiva
Habilidade 24
Como de costume as questões do Enem abordam situações problemas onde relacionam a pre-
servação do meio ambiente como preocupação principal.
Os ácidos citados no texto e conferem maior acidez às águas das chuvas são os ácidos sulfú-
rico e nítrico, pois são ácidos fortes.
Uma maneira de saber que estes ácidos são fortes é lembrando que:
D = quantidade de átomos de oxigênio – quantidade de átomos de hidrogênios ionizáveis.
Conforme o valor de D encontrado, teremos a seguinte classificação:
Oxiácidos Valor de D
Fracos 0
Semifortes ou moderados 1
Fortes 2 ou 3
Assim:
H2SO4 ⇒ 4 – 2 = 2 (ácido forte)
HNO3 ⇒ 3 – 1 = 2 (ácido forte)
Alternativa D
47
Estrutura Conceitual
Pode ser
determinada Geometria Ligação
usando a molecular covalente
Pode ser
Teoria da
repulsão dos
pares eletrônicos Geometria
Apolar Polar
da camada molecular
de valência Depende da
diferença de
Depende
da
Eletronegatividade
Trigonal
Linear Angular
Plana Influencia
A soma
Momento de dipolo fornece
Piramidal Tetraédrica (da ligação)
Expressa
Depende
Molécula Polaridade
Nulo da
apolar das ligações
Momento
dipolo
Pode ser resultante
Molécula Não
polar nulo
48
E.O. Aprendizagem e) formam-se 2 mols de moléculas.
1. (PUC-MG) Sejam todas as seguintes molécu- 7. (UFPE) As ligações químicas nas substâncias
las: H2O, BeH2, BCℓ3 e CCℓ4. K(s), HCℓ (g), KCℓ (s) e Cℓ2 (g), são respec-
As configurações espaciais dessas moléculas tivamente:
são, respectivamente: a) metálica, covalente polar, iônica, covalente
a) angular, linear, trigonal, tetraédrica. apolar.
b) angular, trigonal, linear, tetraédrica. b) iônica, covalente polar, metálica, covalente
c) angular, linear, piramidal, tetraédrica. apolar.
d) trigonal, linear, angular, tetraédrica. c) covalente apolar, covalente polar, metálica,
covalente apolar.
2. (UFPI) No espaço entre as estrelas, em nossa d) metálica, covalente apolar, iônica, covalente
galáxia, foram localizadas, além do H2, pe- polar.
quenas moléculas, tais como H2O, HCN, CH2O, e) covalente apolar, covalente polar, iônica,
H2S e NH3. Indique a que apresenta geome- metálica.
tria trigonal planar.
a) CH2O 8. (FGV) O uso dos combustíveis fósseis, gaso-
b) HCN
lina e diesel, para fins veiculares resulta em
c) H2O
emissão de gases para a atmosfera, que ge-
d) H2S
ram os seguintes prejuízos ambientais: aque-
e) NH3
cimento global e chuva ácida. Como resultado
3. (UFSM) Assinale a alternativa que apresenta da combustão, detecta-se na atmosfera au-
mento da concentração dos gases CO2, NO2 e
apenas moléculas contendo geometria pira-
SO2.
midal.
a) BF3 – SO3 – CH4 Sobre as moléculas desses gases, é correto
b) SO3 – PH3 – CHCℓ3 afirmar que
c) NCℓ3 – CF2Cℓ2 – BF3 a) CO2 é apolar e NO2 e SO2 são polares.
d) POCℓ2 – NH3 – CH4 b) CO2 é polar e NO2 e SO2 são apolares.
e) PH3 – NCℓ3 – PHCℓ2 c) CO2 e NO2 são apolares e SO2 é polar.
d) CO2 e NO2 são polares e SO2 é apolar.
4. (FMTM-MG) A partir da análise das estrutu- e) CO2 e SO2 são apolares e NO2 é polar.
ras de Lewis, o par de substâncias que apre-
senta a mesma geometria molecular é:
9. (Mackenzie) Dentre as substâncias água,
Dados: números atômicos H = 1; C = 6; N = 7; cloreto de hidrogênio, tetracloreto de carbo-
O = 8; P = 15; S = l6; Cl = 17. no e gás carbônico, é correto afirmar que:
a) CH3Cℓ, e SO3.
a) todas são moléculas polares.
b) NH3 e SO3.
c) PCℓ3 e SO3. b) somente o gás carbônico e o tetracloreto de
d) NH3 e PCℓ3. carbono são moléculas polares.
e) NH3 e CH3Cℓ. c) somente a água e o cloreto de hidrogênio
são moléculas polares.
5. (UFMA) Um elemento X, de configuração d) somente o cloreto de hidrogênio e o tetra-
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3, ao combinar-se cloreto de carbono são moléculas polares.
com um elemento Y, de configuração 1s2 2s2 e) somente o tetracloreto de carbono e a água
2p5, formará um composto que apresentará a são moléculas polares.
forma:
a) pirâmide quadrada XY3. 1
0. (PUC-RS) O dióxido de carbono possui molé-
b) piramidal YX3. cula apolar, apesar de suas ligações carbono
c) trigonal plana XY3. – oxigênio serem polarizadas. A explicação
d) piramidal XY3. para isso está associada ao fato de:
e) bipirâmide trigonal YX3. a) a geometria da molécula ser linear.
b) as ligações ocorrerem entre ametais.
6. (Mackenzie) Em relação à combinação de 1
c) a molécula apresentar dipolo.
mol de átomos de flúor (Z = 9) com 1 mol de
d) as ligações ocorrerem entre átomos de ele-
átomos de hidrogênio (Z = 1), pode-se afir-
mentos diferentes.
mar que:
e) as ligações entre os átomos serem de nature-
Dados – Eletronegatividade: F = 4,0 ; H = 2,1
za eletrostática.
a) a ligação iônica é predominante.
b) formam-se moléculas apolares.
c) cada átomo de flúor liga-se a dois átomos de
hidrogênio.
d) predomina a ligação covalente polar.
49
E.O. Fixação 5. (PUC-MG) Relacione a fórmula, forma geo-
métrica e polaridade a seguir, assinalando a
opção correta.
1. O gás carbônico liberado na atmosfera, ori- a) Fórmula: CO2; forma geométrica: linear; po-
ginário da queima de combustíveis fósseis, laridade: polar.
é considerado o responsável pelo efeito es- b) Fórmula: CCℓ4; forma geométrica: tetraédri-
tufa, já que absorve ondas de calor refleti- ca; polaridade: polar.
das pela superfície terrestre, provocando o c) Fórmula: NH3; forma geométrica: piramidal;
aquecimento da atmosfera. Por outro lado, polaridade: apolar.
d) Fórmula BeH2; forma geométrica: linear; po-
o hidrogênio é considerado combustível não
laridade: apolar.
poluente, pois o seu produto de queima é a
água, que também absorve ondas de calor;
6. (UFRGS) O momento dipolar é a medida
porém, condensa-se facilmente em função do quantitativa da polaridade de uma ligação.
seu ponto de ebulição, ao contrário do CO2. Em moléculas apolares, a resultante dos mo-
Com base nessas informações, pode-se afir- mentos dipolares referentes a todas as liga-
mar que a diferença de ponto de ebulição ções apresenta valor igual a zero. Entre as
entre o CO2 e o H2O relaciona-se: substâncias covalentes a seguir:
a) à interação iônica das moléculas do CO2. I. CH4
b) ao menor peso molecular da água. II. CS2
c) à polaridade da molécula da água. III. HBr
d) ao conteúdo de oxigênio das moléculas. IV. N2
e) à diferença dos raios atômicos dos elemen- quais as que apresentam a resultante do mo-
tos. mento dipolar igual a zero?
a) Apenas I e II.
2. (UFPI) Moléculas polares são responsáveis b) Apenas II e III.
pela absorção de energia de micro-ondas. c) Apenas I, II e III.
Assinale abaixo a substância que mais pro- d) Apenas I, II e IV.
vavelmente absorverá nesta região. e) I, II, III e IV.
a) BeCℓ2
b) H2O 7. (UFPE) Considerando os seguintes haletos
c) CCℓ4 de hidrogênio HF, HCℓ e HBr, pode-se afir-
d) CO2 mar que:
a) a molécula mais polar é HF.
e) BF3
b) a molécula mais polar é HCℓ.
c) todos os três são compostos iônicos.
3. As polaridades das ligações e a polaridade d) somente HF é iônico, pois o flúor é muito
final das moléculas de CO2, SO2 e N2 são, res- eletronegativo.
pectivamente: e) somente HBr é covalente, pois o Bromo é um
a) CO2; ligações polares e molécula apolar. SO2; átomo muito grande para formar ligações iô-
ligações polares e molécula apolar. N2; liga- nicas.
ções apolares e molécula apolar.
b) CO2; ligações polares e molécula polar. SO2; 8. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo a
ligações apolares e molécula apolar. N2; liga- respeito da relação entre polaridade e geo-
ções apolares e molécula apolar. metria molecular de algumas substâncias.
c) CO2; ligações polares e molécula apolar. SO2; I. A molécula de CO2 apresenta geometria
ligações polares e molécula polar. N2; liga- linear e não sofre deflexão num campo
ções apolares e molécula apolar. elétrico.
d) CO2; ligações polares e molécula apolar. SO2; II. A geometria angular da molécula de ozô-
ligações polares e molécula apolar. N2; liga- nio (O3) contribui para seu caráter polar.
ções apolares e molécula polar. III. A estrutura piramidal da molécula do me-
tano (CH4) justifica sua propriedade de
ser um composto polar.
4. (Mackenzie) No CO2, a geometria da molécu-
IV. A molécula da amônia (NH3) apresenta
la, a polaridade da molécula e a polaridade
caráter polar e estrutura trigonal planar.
das ligações são, respectivamente:
Quais estão corretas?
a) trigonal, apolar e polares. a) Apenas I e II.
b) linear, apolar e apolares. b) Apenas I e III.
c) angular, polar e apolares. c) Apenas II e IV.
d) linear, apolar e polares. d) Apenas III e IV.
e) angular, polar e polares. e) Apenas I, II e III.
Obs.: ozônio é uma exceção e é uma molécula
polar, apesar de ser constituída por átomos
iguais.
50
9. (UFCE) Considere a espécie química mole- 3. (Vunesp) Um elemento químico A, de núme-
cular hipotética XY2, cujos elementos X e Y ro atômico 11, um elemento químico B, de
possuem eletronegatividades 2,8 e 3,6, res- número atômico 8, e um elemento químico
pectivamente. Experimentos de susceptibili- C, de número atômico 1, combinam-se for-
dade magnética indicaram que a espécie XY2 mando o composto ABC. As ligações A–B e
é apolar. B–C, no composto, são, respectivamente:
Com base nessas informações, é correto afir- a) covalente polar, covalente apolar.
b) iônica, iônica.
mar que a estrutura e as ligações químicas
c) covalente polar, covalente polar.
da molécula XY2 são, respectivamente: d) iônica, covalente polar.
a) piramidal e covalentes polares. e) metálica, iônica.
b) linear e covalentes polares.
c) bipiramidal e covalentes apolares. 4. (UFRN) O nitrogênio forma vários óxidos bi-
d) angular e covalentes apolares. nários apresentando diferentes números de
e) triangular e covalentes apolares. oxidação: NO (gás tóxico), N2O (gás anesté-
sico-hilariante), NO2 (gás avermelhado, irri-
1
0. (ITA) Assinale a opção que contém a afirma- tante), N2O3 (sólido azul) etc. Esses óxidos
ção falsa. são instáveis e se decompõem para formar
a) NH3 tem três momentos de dipolo elétrico, os gases nitrogênio (N2) e oxigênio (O2).
cujo somatório não é nulo. O óxido binário (NO2) é um dos principais
b) CH4 tem quatro momentos de dipolo elétri- poluentes ambientais, reagindo com o ozô-
co, cujo somatório é nulo. nio atmosférico (O3) – gás azul, instável
c) CO2 tem dois momentos de dipolo elétrico, – responsável pela filtração da radiação ul-
cujo somatório é nulo. travioleta emitida pelo Sol. Analisando a es-
trutura do óxido binário NO2, pode-se afir-
d) O momento de dipolo elétrico total do aceti-
mar que a geometria da molécula e a última
leno (C2H2) é zero.
camada eletrônica do átomo central são, res-
e) A ligação dupla entre carbonos tem momen-
pectivamente:
to de dipolo elétrico menor do que a ligação a) angular e completa.
tripla entre átomos de carbono. b) linear e incompleta.
c) angular e incompleta.
51
Considere: M(H2O) = 18 g/mol–1
Constante de Avogrado = 6,0 · 1023
a) Represente a fórmula estrutural da molécula
mostrando a posição relativa dos átomos e
dos elétrons não ligantes na estrutura.
b) Calcule a porcentagem, em massa, de hidro-
gênio na molécula de água.
c) Calcule a massa de uma molécula de água.
52
E.O. UERJ químicas indicadas na estrutura, X deverá
ser substituído pelo seguinte elemento:
d)
53
2. (Unifesp) Na figura, são apresentados os de- Analise a polaridade dessas moléculas, sa-
senhos de algumas geometrias moleculares. bendo que tal propriedade depende da dife-
rença de eletronegatividade entre os átomos
que estão diretamente ligados. Nas molécu-
las apresentadas, átomos de elementos dife-
I: linear II: angular rentes têm eletronegatividades diferentes.
(Observação: eletronegatividade é a capaci-
dade de um átomo para atrair os elétrons da
ligação covalente.)
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que
III: piramidal IV: trigonal são polares apenas:
a) A e B.
SO3, H2S e BeCℓ2 apresentam, respectivamen- b) A e C.
te, as geometrias moleculares: c) A, C e D.
a) III, I e II. d) B, C e D.
b) III, I e IV. e) C e D.
c) III, II e I.
d) IV, I e II.
e) IV, II e I. E.O. Dissertativas
3. (Unesp) Considere os hidretos formados pe- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
los elementos do segundo período da classi-
ficação periódica e as respectivas geometrias 1. (Unesp) P e Cℓ têm, respectivamente, 5 e 7
moleculares indicadas: BeH2 (linear), BH3 elétrons na camada de valência.
(trigonal), CH4 (tetraédrica), NH3 (pirami- a) Escreva a fórmula de Lewis do tricloreto de
dal), H2O (angular) e HF (linear). Quais des- fósforo.
tas substâncias são mais solúveis em benze- b) Qual é o tipo de ligação formada?
no (C6H6)?
a) Amônia, água e ácido fluorídrico. 2. (Unesp) A partir das configurações eletrôni-
b) Hidreto de berílio, hidreto de boro e amônia. cas dos átomos constituintes e das estrutu-
c) Hidreto de berílio, hidreto de boro e metano. ras de Lewis:
d) Hidreto de boro, metano e fluoreto de hidro- a) determine as fórmulas dos compostos mais
gênio. simples que se formam entre os elementos:
e) Metano, amônia e água. I. hidrogênio e carbono.
II. hidrogênio e fósforo.
4. (Unesp) O efeito estufa resulta principal- b) Qual é a geometria de cada uma das molécu-
mente da absorção da radiação infraverme- las formadas, considerando-se o número de
lha, proveniente da radiação solar, por mo- pares de elétrons? (números atômicos: H =
léculas presentes na atmosfera terrestre. A 1; C = 6; P = 15.)
energia absorvida é armazenada na forma de
energia de vibração das moléculas. Uma das 3. (Unesp) Representar as estruturas de Lewis
condições para que uma molécula seja capaz e descrever a geometria de NO2–, NO3– e NH3.
de absorver radiação infravermelha é que ela (Números atômicos: N = 7; H = 1; O = 8.)
seja polar. Com base apenas neste critério,
4. (Unesp) Utilizando-se fórmulas de Lewis, é
dentre as moléculas O2, N2 e H2O, geralmen-
possível fazer previsões sobre geometria de
te presentes na atmosfera terrestre, contri-
moléculas e íons.
buem para o efeito estufa:
a) O2, apenas. (Números atômicos: H = 1; B = 5; F = 9 e
b) H2O, apenas. P = 15)
c) O2 e N2, apenas. a) Represente as fórmulas de Lewis das espé-
d) H2O e N2, apenas. cies BF4– e PH3.
e) N2, apenas. b) A partir das fórmulas de Lewis, estabeleça a
geometria de cada uma dessas espécies.
5. (Fuvest) A figura mostra modelos de algu-
mas moléculas com ligações covalentes entre 5. (Unicamp) A partir de um medicamento
seus átomos. que reduz a ocorrência das complicações do
diabetes, pesquisadores da UNICAMP conse-
guiram inibir o aumento de tumores em co-
baias. Esse medicamento é derivado da gua-
nidina, C(NH)(NH2)2, que também pode ser
encontrada em produtos para alisamento de
cabelos.
54
a) Levando em conta o conhecimento químico,
preencha os quadrados incluídos no espaço Gabarito
de resposta abaixo com os símbolos de áto-
mos ou de grupos de átomos, e ligue-os atra-
vés de linhas, de modo que a figura obtida
represente a molécula da guanidina.
E.O. Aprendizagem
b) Que denominação a figura completa e sem os 1. A 2. A 3. E 4. D 5. D
quadrados, recebe em química? E o que re-
6. D 7. A 8. A 9. C 10. A
presentam as diferentes linhas desenhadas?
E.O. Fixação
1. C 2. B 3. C 4. D 5. D
6. D 7. A 8. A 9. B 10. E
E.O. Complementar
6. (Unesp) Considere os seguintes compostos, 1. V, V, F, F e F 2. E 3. D 4. C 5. D
todos contendo cloro:
BaCℓ2; CH3Cℓ; CCℓ4 e NaCℓ.
Sabendo que o sódio pertence ao grupo 1, o
bário ao grupo 2, o carbono ao grupo 14, o E.O. Dissertativo
cloro ao grupo 17 da Tabela Periódica e que 1.
CCl4 – Tetraédrica, apolar.
o hidrogênio tem número atômico igual a 1: HCCl3 – Tetraédrica, polar
a) transcreva a fórmula química dos compostos CO2 – Linear, apolar
iônicos para o caderno de respostas e identi- H2S – Angular, polar
fique-os, fornecendo seus nomes. Cl2 – Linear, apolar
b) apresente a fórmula estrutural para os com- H3CCH3 – Tetraédrica, apolar
postos covalentes e identifique a molécula NH3 – Piramidal, polar
que apresenta momento dipolar resultante
2.
diferente de zero (molécula polar).
55
4.
a) 8O = 1s22s22p4 ä C ∙ V = 2s22p4
E.O. UERJ
16
S = 1s22s22p63s23p4 ä C ∙ V = 3s23p4 Exame Discursivo
b) Angular 1. CO2: dióxido de carbono ou anidrido ("gás
carbônico").
Geometria molecular do SO2: angular.
c) Ligação covalente.
5.
a) Metano – CH4(g)
b) Água – H2O(ℓ) O nitrogênio, símbolo N, compõe um dos ga-
6.
Observe a figura a seguir: ses residuais, sabendo que esse elemento per-
tence ao grupo 15 ou VA da tabela de classifi-
cação periódica (décima quinta coluna).
(1) Ligação covalente simples
(2) Ligação covalente tripla
Hibridização sp.
E.O. Objetivas
Ângulo entre a ligação covalente simples e a (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
ligação covalente tripla = 180 graus. 1. D 2. E 3. C 4. B 5. E
7.
a)
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Observe a figura a seguir:
b) OF2
8.
a) Na + 1/2 I2 é NaI
b) ligação covalente apolar b) Ligação covalente polar.
c) ligação metálica 2.
d) ligação iônica a) Estruturas de Lewis:
e) 15,26
f) 12,92
9.
a) Porque apesar de ter a aparência de gelo
(água no estado sólido), ele na verdade é
o dióxido de carbono sólido.
b) A água apresenta uma geometria angular
enquanto que o CO2 é linear.
10.
a) A é um metal alcalino e B um ametal, por-
b) CH4 – geometria molecular tetraédrica
tanto será uma ligação iônica. Por C ser
PH3 – geometria molecular piramidal
também um ametal a combinação entre B
3.
e C formará uma ligação covalente.
b) O A, pois é o único que em solução aquosa
libera íons, que são os responsáveis pela a)
condução de corrente elétrica.
E.O. UERJ b)
Exame de Qualificação
c)
1. D 2. B 3. C 4. B
56
4. logo a molécula é linear.
a) Estrutura de Lewis As ligações entre o carbono e o oxigênio
são polares, devido a diferença de ele-
tronegatividade, mas a soma dos vetores
momento dipolo elétrico é igual a zero,
logo a molécula é apolar.
b)
8.
a)
6.
a) BaCℓ2: cloreto de bário
NaCℓ: cloreto de sódio
b) O cloreto de metila é polar:
7.
Equações:
a)
57
Aulas 15 e 16
Forças intermoleculares
Competências 4, 5, 6 e 7
Habilidades 14, 18, 21, 24, 25 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Forças intermoleculares
Forças ou interações intermoleculares são forças de atração que ocorrem entre as moléculas (por isso o ter-
mo intermoleculares, entre moléculas) das substâncias, que as mantêm unidas no estado sólido e líquido. Elas são
bem mais fracas que as interações intramoleculares (dentro das moléculas) ou interatômicas (entre átomos), que
unem átomos (na ligação covalente) ou íons (na ligação iônica e na metálica).
§§ Tensão superficial é uma propriedade que faz com que a camada superficial de um líquido comporte-se
como uma membrana elástica. O efeito dela são as gotas de água, as bolhas de sabão ou a possibilidade
de os insetos caminharem sobre a superfície da água.
§§ Viscosidade é a propriedade física que caracteriza a resistência de um fluido (líquido ou gás) ao escoamento,
a uma dada temperatura. O óleo, por exemplo, é mais viscoso que a água.
As forças intermoleculares são também conhecidas como forças de Wan der Waals (físico holandês que
previu sua existência). As mais importantes são três:
Exemplo:
§§ Moléculas de cloreto de hidrogênio (HCℓ) no estado gasoso.
61
Forças de dipolo instantâneo + dipolo induzido ou
forças de London ou forças de Van der Waals
Ocorre entre moléculas apolares e também têm natureza elétrica. Numa molécula apolar como o H2, os elétrons
estão equidistantes dos núcleos. Num determinado instante, no entanto (por isso o nome dipolo instantâneo), a
nuvem eletrônica pode se aproximar mais de um dos núcleos e estabelecer um dipolo instantâneo, o qual, por sua
vez, induz (por isso o nome dipolo induzido) as demais moléculas a formarem novos dipolos, dando origem a uma
força de atração elétrica de pequena intensidade entre elas.
Exemplos:
§§ O gelo seco (CO2), o iodo (I2), as pedras de naftalina e as de cânfora sofrem sublimação, isto é, passam dire-
tamente do estado sólido para o gasoso, uma vez que as interações de dipolo instantâneo-dipolo induzido
que as unem são fracas.
gelo seco cristais de iodo pedras de naftalina pedras de cânfora
Outros exemplos: H2, N2, O2, F2, Cø2, Br2, P4, S8, CH8 e todos os hidrocarbonetos.
Observação: o termo forças de Van der Waals inclui três tipos de interações distintas: forças entre dois
dipolos permanentes (ou dipolo-dipolo), entre dipolo permanente e induzido (instantâneo) e entre dois dipolos
induzidos (força de dispersão de London ou forças de London). Apesar de a força de dispersão de London ser
quase 10 vezes mais fraca do que as forças dipolo-dipolo, ela é importante para explicar várias propriedades
como: solubilidade, viscosidade, temperatura de fusão e ebulição, entre outros.
HF H2O NH3
62
Observe a formação das ligações de hidrogênio em cada uma das moléculas:
a) HF
b) H20
As ligações de hidrogênio explicam uma propriedade muito particular da água. Ao contrário da maioria das
substâncias, a água sólida é menos densa que a água líquida.
Observe: o arranjo desordenado das moléculas no estado líquido é mais compacto, há menos espaços
vazios entre elas, razão pela qual a substância é mais densa nesse estado. No entanto, o arranjo ordenado
do estado sólido cria espaços vazios maiores entre as moléculas, o que torna a substância mais “leve”,
menos densa.
c) NH3
A dupla hélice do DNA é estabilizada por pontes de hidrogênio entre as bases presas às duas cadeias.
63
Temperaturas de fusão (TF ou PF) e de ebulição (TE ou PE)
Primeiro caso
Moléculas com tamanhos (massas moleculares) semelhantes.
Exemplos:
Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)
CH4 16 dipolo instantâneo-dipolo induzido –162
64
Segundo caso
Moléculas com mesmo tipo de interação e tamanhos (massas moleculares) diferentes.
Exemplos:
Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)
CH4 16 dipolo instantâneo-dipolo induzido –162
Terceiro caso
Moléculas com mesmo tipo de interação e mesma massa molecular.
Diminui a ramificação.
Aumenta a área de contato entre as moléculas.
Exemplos:
Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)
Metilpropano
CH3 dipolo instantâneo-dipolo
| 58 –12
induzido
H3C — CH — CH3
Butano
dipolo instantâneo-dipolo
58 –0,5
induzido
H3C — CH2 — CH2 — CH3
65
Observação: apesar de ter a mesma massa molecular e o mesmo tipo de interação (dipolo instantâneo-
-dipolo induzido) entre suas moléculas, o metil-butano é ramificado. A área de contato entre suas moléculas é
menor do que no butano, cuja cadeia é normal. Quanto maior a área de contato entre as moléculas, mais intensas
são as interações, maior, portanto, é o ponto de ebulição.
metil-butano butano
Solubilidade
Por que o óleo não se dissolve na água? É necessário considerar que os processos de dissolução estão associados
às interações moleculares.
O tipo de força intermolecular da água deve ser diferente do tipo de força intermolecular do óleo.
Como a água é uma substância polar, conclui-se que as moléculas do óleo devem ser apolares, mesmo sem
conhecer a estrutura dela.
Baseado nesse fato, pode-se afirmar que:
Exemplos:
§§ Os derivados do petróleo – querosene, gasolina, óleo diesel e óleo lubrificante – são formados por hidro-
carbonetos apolares, solúveis (miscíveis), portanto, entre si e insolúveis (imiscíveis) com a água que é polar.
§§ O etanol (álcool) comum dissolve-se tanto na gasolina (apolar) quanto na água (polar). Por quê? Porque
o etanol apresenta uma molécula com cadeia apolar (CH3 – CH2 –), que interage com a gasolina (mistura
de moléculas apolares) e extremidade muito polar (– OH), que estabelece ligações de hidrogênio – muito
intensas – com a água.
66
Teoria na prática
1. As pontes de hidrogênio formadas entre moléculas de água HÖH podem ser representadas neste modelo.
Com base nele, represente as pontes de hidrogênio entre moléculas de amônia: NH3.
Resolução:
A água tem dois pares de elétrons livres e pode apresentar uma arrumação espacial como a apresentada
no enunciado. O NH3 tem somente um par de elétrons livres; consequentemente, pode apresentar apenas
uma arrumação linear. Observe:
Resolução:
Em (I) são rompidas as pontes de hidrogênio da água líquida, o que lhe permite a passagem para o estado
gasoso.
Em (II) são rompidas as ligações covalentes entre o hidrogênio e o oxigênio (H – O – H), “quebrando” as
moléculas de água e dando origem ao hidrogênio e ao oxigênio atômicos.
67
3. (UFU) As substâncias SO2, NH3, HCℓ e Br2 apresentam as seguintes interações intermoleculares, respectiva-
mente:
a) forças de London, dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio e dipolo induzido-dipolo induzido.
b) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, dipolo-dipolo e dipolo induzido-dipolo induzido.
c) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, ligação de hidrogênio e dipolo-dipolo.
d) dipolo instantâneo-dipolo induzido, dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, dipolo-dipolo.
Resolução:
Alternativa B
4. (Unirio) Uma substância polar tende a se dissolver em outra substância polar. Com base nesta regra, indique
como será a mistura resultante após a adição de bromo (Br2) à mistura inicial de tetracloreto de carbono
(CCℓ4) e água (H2O).
a) Homogênea, como o bromo se dissolvendo completamente na mistura.
b) Homogênea, com o bromo se dissolvendo apenas no CCℓ4.
c) Homogênea, com o bromo se dissolvendo apenas na H2O.
d) Heterogênea, com o bromo se dissolvendo principalmente no CCℓ4.
e) Heterogênea, com o bromo se dissolvendo principalmente na H2O.
Resolução:
Como o exercício fala que uma substância polar tende a se dissolver em outra substância polar, logo o seu
oposto também é válido – uma substância apolar tende a se dissolver em outra substância apolar.
Verificando a polaridade das moléculas, temos:
Br2 – molécula apolar
CCℓ4 – molécula apolar
H2O – molécula polar
Na mistura inicial (CCℓ4 + H2O), ambas não estavam misturadas entre si. Quando o Br2 foi adicionado, a
maior parte se dissolveu no CCℓ4 devido a sua semelhança de polaridade (uma pequena parte foi dissolvida
em água). Logo, a solução final será heterogênea (mais de uma fase), com maior parte dissolvida no CCℓ4.
Alternativa D
68
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
70
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
No cotidiano, é possível identificar facilmente a aplicação desse conhecimento, realizando rapidamente uma “mistura” de
água com óleo em um recipiente. Na verdade, não ocorrerá mistura nenhuma, posto que essas substâncias possuem ca-
ráteres opostos e dessa forma se repelem. No geral, é muito fácil observar essa propriedade nas substâncias corriqueiras.
Outro conhecimento trazido por essa propriedade é o conhecimento dos pontos de fusão e ebulição de
compostos, ficando muito evidente com relação a óleos e gorduras.
A definição para diferenciar os dois é simples, mas você a conhece?
Óleos e gorduras são basicamente lipídeos, diferenciando-se apenas por seus estados físicos.
Óleos são líquidos enquanto gorduras são sólidas.
Isso acontece pelas interações intermoleculares existentes em suas cadeias moleculares. Gorduras, no geral,
possuem menor quantidade de duplas, desencadeando, assim, uma cadeia mais retilínea que permite maior intera-
ção de suas moléculas, aumentando seus pontos de fusão e ebulição. Já os óleos tendem a ter mais insaturações,
produzindo o efeito reverso, distanciando suas cadeias e diminuindo os pontos de fusão e ebulição.
cadeias carbônicas saturadas e insaturadas
a presença de ligações duplas - insaturações - entre átomos de carbono diminui o ponto de fusão
Ácido Esteárico
18 átomos de carbono
Saturado
Ponto de fusão: 70ºC
Ácido Oleico
18 átomos de carbono
Monoinsaturado
Ponto de fusão: 13ºC
INTERDISCIPLINARIDADE
Um paralelo que pode ser feito com as forças intermoleculares é sobre as mudanças de estado físico. Quando
substâncias mudam de estado, é necessário que haja troca de calor, no entanto, em física, é dito que quando uma
substância está mudando de estado físico, sua temperatura permanece constante. Como isso pode acontecer?
Isso ocorre porque quando uma substância atingiu seu ponto de fusão ou ebulição, essa substância atingiu
a temperatura necessária para romper suas ligações intermoleculares. Portanto, nos pontos de fusão e ebulição de
qualquer matéria a energia térmica que está sendo fornecida é aproveitada para romper com as interações existen-
tes entre as moléculas, para mudar de estado.
71
Estrutura Conceitual
Molécula
Interage
por meio de
Ponto
de ebulição
Forças (ou ligações
ou interações) Influenciam
intermoleculares
Solubilidade
Dipolo Dipolo
Ligação de permanente-dipolo induzido-dipolo
hidrogênio permanente induzido
72
E.O. Aprendizagem Com base nos conhecimentos sobre subs-
tâncias e misturas, materiais homogêneos
e heterogêneos, atribua V (verdadeiro) ou F
1. (UFRGS) O gás metano (CH4) pode ser obtido (falso) aos sistemas químicos que correspon-
no espaço sideral pelo choque entre os áto-
dem, metaforicamente, à imagem da charge.
mos de hidrogênio liberados pelas estrelas e
( ) Mistura de sólidos CaO e CaCO3.
o grafite presente na poeira cósmica. Sobre
( ) Mistura de benzeno e hexano.
as moléculas do metano pode-se afirmar que
o tipo de ligação intermolecular e sua geo- ( ) Gelatina.
metria são, respectivamente: ( ) Mistura de CCℓ4 e H2O.
a) ligações de hidrogênio e tetraédrica. ( ) Mistura de ácido etanoico e álcool metílico.
b) forças de Van der Waals e trigonal plana. Assinale a alternativa que contém, de cima
c) covalentes e trigonal plana. para baixo, a sequência correta.
d) forças de Van der Waals e tetraédrica. a) V, V, V, F, F.
e) ligações de hidrogênio e trigonal plana. b) V, V, F, F, V.
c) V, F, V, V, F.
2. (FGV) Considere as interações que podem d) F, V, F, V, F.
ocorrer entre duas substâncias quaisquer e) F, F, V, F, V.
entre as representadas na tabela.
4. (Fatec) Para os compostos HF e HCℓ, as for-
I iodo (I2) ças de atração entre as suas moléculas ocor-
II água (H2O) rem por:
III etanol (C2H5OH) a) ligações de hidrogênio para ambos.
b) dipolo-dipolo para ambos.
IV ciclo-hexano (C6H12)
c) ligações de Van der Waals para HF e ligações
Forças intermoleculares do tipo ligações de de hidrogênio para HCℓ.
hidrogênio podem ocorrer apenas na intera- d) ligações de hidrogênio para HF e dipolo-di-
ção das substâncias polo para HCℓ.
a) I e II. e) ligações eletrostáticas para HF e dipolo in-
b) I e III. duzido para HCℓ.
c) II e III.
d) II e IV. 5. (PUC-RS) Para responder à questão, numere
e) III e IV.
a Coluna B, que contém algumas fórmulas de
substâncias químicas, de acordo com a Co-
3. (UEL) Analise a charge a seguir e responda
luna A, na qual estão relacionados tipos de
à(s) questão(ões).
atrações intermoleculares.
Coluna A
1. pontes de hidrogênio
2. dipolo induzido-dipolo induzido
3. dipolo-dipolo
Coluna B
( ) HF
( ) Cℓ2
( ) CO2
( ) NH3
( ) HCℓ
A numeração correta da Coluna B, de cima
para baixo, é:
a) 1 – 3 – 3 – 2 – 1.
b) 2 – 1 – 1 – 3 – 2.
Observa-se, na charge, que apenas um indi- c) 1 – 2 – 2 – 1 – 3.
d) 3 – 1 – 1 – 2 – 3.
víduo está lendo um livro, causando curiosi-
e) 3 – 2 – 3 – 1 – 1.
dade nos demais, que fazem uso do celular.
Entre algumas interpretações, essa imagem
pode ser relacionada a um sistema quími- 6. (UFG) Três substâncias, água (H2O), etanol
co, no qual o indivíduo lendo o livro é uma (CH3CH2OH) e acetona ((CH3)2CO) foram adi-
entidade química (molécula ou átomo) que cionadas em três tubos de ensaio, na mes-
não interage, não possui afinidade com os ma quantidade em volume, conforme figura
demais indivíduos. apresentada a seguir.
73
8. (CFT-MG) Os gases CH4, NH3 e H2S estão em
ordem crescente de temperaturas de ebuli-
ção em:
a) CH4, H2S e NH3.
b) H2S, CH4 e NH3.
c) NH3, H2S e CH4.
d) CH4, NH3 e H2S.
Considerando-se a volatilidade das substân-
9. (Cesgranrio) Analise o tipo de ligação quí-
cias presentes nos tubos, após um deter-
mica existentes nas diferentes substâncias:
minado tempo, a figura que representa as
Cℓ2, HI, H2O e NaCℓ, e assinale a alternativa
quantidades em volume das substâncias à
que as relaciona em ordem crescente de seu
temperatura ambiente é:
respectivo ponto de fusão.
a) a) Cℓ2 < HI < H2O < NaCℓ
b) Cℓ2 < NaCℓ < HI < H2O
c) NaCℓ < Cℓ2 < H2O < HI
d) NaCℓ < H2O < HI < Cℓ2
b) e) HI < H2O < NaCℓ < Cℓ2
74
Sua fórmula estrutural é: A partir das informações apresentadas, é IN-
CORRETO afirmar que:
a) a substância mais volátil é o H2S, pois apre-
senta a menor temperatura de ebulição.
b) a água apresenta maior temperatura de ebu-
lição, pois apresenta ligações de hidrogênio.
c) todos os hidretos são gases à temperatura
ambiente, exceto a água, que é líquida.
d) a 100 °C, a água ferve, rompendo as ligações
covalentes antes das intermoleculares.
75
Ponto de fusão Ponto de
Substância
(°C) ebulição (°C)
C6H6 5,5 80,1
C2H5OH –115,0 78,4
KI 681,0 1330,0
a) H2
b) N2
c) C6H6
d) C2H5OH
e) KI
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
9. (UPF) Em uma análise química, foram determinadas algumas propriedades das substâncias orgâ-
nicas abaixo representadas.
76
1
0. (UPF) A alta tensão superficial apresentada pela água é explicada por fortes interações que ocor-
rem entre as moléculas dessa substância. No caso específico da água, a tensão superficial é tão alta
que permite que alguns insetos, como o mosquito da Dengue, consigam “andar” sobre ela. Com
base na tensão superficial característica da água, H2O(l), avalie as afirmativas como verdadeiras (V)
ou falsas (F).
( ) A elevada tensão superficial da H2O(l) é explicada em função das ligações de hidrogênio que
ocorrem entre moléculas vizinhas e que representam as mais intensas interações intermolecu-
lares.
( ) A interação de grande intensidade que ocorre entre os átomos de hidrogênio e de oxigênio de
moléculas distintas de água pode ser explicada pela diferença de eletronegatividade entre esses
átomos.
( ) Interações do tipo dipolo induzido–dipolo induzido ocorrem com moléculas de água e depen-
dem da existência de polaridade permanente nas moléculas.
( ) O fato de as moléculas de água serem apolares favorece para que suas interações intermolecu-
lares sejam estabelecidas com grande intensidade.
A opção que contém a ordem correta das assertivas, de cima para baixo, é:
a) V – F – F – F.
b) V – V – F – F.
c) F – V – V – F.
d) V – F – V – F.
e) F – F – V – V.
E.O. Complementar
1. (UFPA) Substâncias químicas de interesse industrial podem ser obtidas por meio de extração de
plantas, produzidas por micro-organismos, sintetizadas em laboratórios, entre outros processos de
obtenção. Abaixo é apresentado um esquema de reação para obtenção de uma substância utilizada
como flavorizante na indústria de alimentos.
77
2. (UFSC) O gelo seco corresponde ao CO2 solidificado, cuja fórmula estrutural é O = C = O.
O estado sólido é explicado por uma única proposição correta. Assinale-a.
a) Forças de Van der Waals entre moléculas fortemente polares de CO2.
b) Pontes de hidrogênio entre moléculas do CO2.
c) Pontes de hidrogênio entre a água e o CO2.
d) Forças de Van der Waals entre moléculas apolares do CO2.
e) Interações fortes entre os dipolos na molécula do CO2.
3. (UFRGS) Na coluna da esquerda, abaixo, estão listados cinco pares de substâncias, em que a pri-
meira substância de cada par apresenta ponto de ebulição mais elevado do que o da segunda
substância, nas mesmas condições de pressão. Na coluna da direita, encontra-se o fator mais sig-
nificativo que justificaria o ponto de ebulição mais elevado para a primeira substância do par.
Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.
1. CCℓ4 e CH4 ( ) intensidade das ligações de hidrogênio
2. CHCℓ3 e CO2 ( ) massa molecular mais elevada
3. NaCℓ2 e HCℓ ( ) estabelecimento de ligação iônica
4. H2O e H2S ( ) polaridade da molécula
5. SO2 e CO2
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 2 – 4 – 1 – 3.
b) 2 – 4 – 3 – 5.
c) 3 – 5 – 4 – 1.
d) 4 – 1 – 3 – 5.
e) 4 – 5 – 1 – 3.
4. (UFRGS) Em 2015, pesquisadores comprimiram o gás sulfeto de hidrogênio (H2S) em uma bigorna
de diamantes até 1,6 milhão de vezes à pressão atmosférica, o suficiente para que sua resistência
à passagem da corrente elétrica desaparecesse a 69,5 ºC. A experiência bateu o recorde de "super-
condutor de alta temperatura" que era –110 ºC, obtido com materiais cerâmicos complexos.
Assinale a afirmação abaixo que justifica corretamente o fato de o sulfeto de hidrogênio ser um
gás na temperatura ambiente e pressão atmosférica, e a água ser líquida nas mesmas condições.
a) O sulfeto de hidrogênio tem uma massa molar maior que a da água.
b) O sulfeto de hidrogênio tem uma geometria molecular linear, enquanto a água tem uma geometria
molecular angular.
c) O sulfeto de hidrogênio é mais ácido que a água.
d) A ligação S − H é mais forte que a ligação O − H.
e) As ligações de hidrogênio intermoleculares são mais fortes com o oxigênio do que com o enxofre.
5. (UPF) Tramita na Câmara Federal projeto de lei (PL 6068/13) que prevê ações que impliquem a redu-
ção na emissão de poluentes por veículos automotores. Atualmente, a Lei nº 8.723/93 fixa em 22%
o percentual obrigatório de adição de álcool à gasolina e permite ao governo variar esses percentuais
entre 18% e 25%. O projeto, apresentado pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP),
prevê que esse percentual passe a variar entre 20% e 30%. Segundo o parlamentar, além de contri-
buir para a saúde pública, a proposta pretende “estimular o setor sucroalcooleiro a continuar expan-
dindo as suas atividades em todas as fases da cadeia produtiva”.
Agência Câmara Notícias. Disponível em:
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/
comissoes-permanentes/cme/noticias/projetoaumenta-percentual-de-alcool-na-gasolina. Acesso em: 23/04/2014
78
Com relação às propriedades dos compostos Observação: a fórmula molecular para ambos
orgânicos que apresentam a função álcool, os compostos é C2H6O.
analise as alternativas e assinale a incorreta: Dado: a fórmula estrutural dos compostos é:
a) As substâncias químicas 2-metil-propan-2-ol
e butan-2-ol são classificadas, respectivamen-
te, como álcool terciário e álcool secundário.
b) Se for considerado um teor de álcool na ga-
solina de 23% (v/v), significa que, para cada
200 mL da solução, estarão dissolvidos 46
mL de etanol.
4. (UFG) Analise o quadro a seguir.
c) O etanol pode se dissolver em gasolina, pois
possui cadeia carbônica apolar, e em água, Solubilidade
Substâncias Tfusão (°C)
por estabelecer ligações de hidrogênio com em Água
as moléculas de água. Cloreto de
801 ?
d) Uma mistura de etanol e água, em propor- sódio
ções específicas, poderá formar um sistema Glicose 186 ?
azeotrópico, e seus componentes não se- Naftalina 80 ?
rão separados por destilação simples, pois
tal sistema possui temperatura de ebulição Considerando-se as informações apresentadas:
constante. a) explique as diferenças de ponto de fusão das
e) Os álcoois são menos reativos do que os hi- substâncias em relação às suas forças inter-
drocarbonetos, de mesma massa molar, devi- moleculares;
do ao fato de serem polares. b) classifique as substâncias apresentadas
como solúvel, pouco solúvel ou insolúvel.
Justifique sua resposta a partir da polarida-
E.O. Dissertativo de das moléculas.
79
Amônia (NH3) mentano (CH4) 1
0. (Fac. Albert Einstein)
a) Qual a polaridade dessas moléculas? Justi-
fique sua resposta com base na geometria DO LIXO AO CÂNCER
molecular. O vertiginoso crescimento populacional hu-
b) Qual substância será mais solúvel em água
mano associado à industrialização e ao au-
com base nos dipolos criados? Justifique sua
resposta. mento do consumo resultou em um problema
de proporções gigantescas: o lixo. No Brasil,
entre 2003 e 2014, a geração de lixo cresceu
8. (UFU) O experimento abaixo foi descrito no
periódico Química Nova na Escola, n. 23, de 29% taxa maior que aquela apresentada pelo
maio 2006: próprio crescimento populacional no perío-
Materiais do, que foi de 6%. Nesse cenário, o grande
§§ Pedaços de papel não encerado (guarda- desafio, sem dúvida, é o descarte adequado
napo, folha de caderno etc.) dos resíduos. Dentre as opções existentes,
§§ Pedaços de papel encerado (as ceras utili- uma das mais controversas é a incineração
zadas são formadas por hidrocarbonetos) de resíduos de serviços de saúde, de lixo ur-
§§ Pedaços de saco plástico (formada por bano e de resíduos industriais.
polietileno)
Procedimento
1. Coloque os diferentes pedaços de papel e
de saco plástico lado a lado.
2. Pingue algumas gotas de água sobre cada
um deles e espere alguns minutos.
3. Observe a absorção da água nos mate-
riais.
80
Entre as dioxinas, a que tem mostrado a maior toxicidade e, por isso mesmo, é a mais famosa, é a
2,3,7,8 tetraclorodibenzo-para-dioxina (TCDD). Essa substância, cuja estrutura está representada a
seguir, apresenta uma dose letal de 1,0 µg/kg de massa corpórea, quando ministrada por via oral,
em cobaias.
E.O. Enem
1. (Enem) A China comprometeu-se a indenizar a Rússia pelo derramamento de benzeno de uma
indústria petroquímica chinesa no rio Songhua, um afluente do rio Amur, que faz parte da fron-
teira entre os dois países. O presidente da Agência Federal de Recursos da água da Rússia garantiu
que o benzeno não chegará aos dutos de água potável, mas pediu à população que fervesse a água
corrente e evitasse a pesca no rio Amur e seus afluentes. As autoridades locais estão armazenando
centenas de toneladas de carvão, já que o mineral é considerado eficaz absorvente de benzeno.
Internet: <www.jbonline.terra.com.br>
(com adaptações)
Levando-se em conta as medidas adotadas para a minimização dos danos ao ambiente e à popula-
ção, é correto afirmar que
a) o carvão mineral, ao ser colocado na água, reage com o benzeno, eliminando-o.
b) o benzeno é mais volátil que a água e, por isso, é necessário que esta seja fervida.
c) a orientação para se evitar a pesca deve-se à necessidade de preservação dos peixes.
d) o benzeno não contaminaria os dutos de água potável, porque seria decantado naturalmente no fundo
do rio.
e) a poluição causada pelo derramamento de benzeno da indústria chinesa ficaria restrita ao rio Songhua.
2. (Enem) A pele humana, quando está bem hidratada, adquire boa elasticidade e aspecto macio e
suave. Em contrapartida, quando está ressecada, perde sua elasticidade e se apresenta opaca e
áspera. Para evitar o ressecamento da pele é necessário, sempre que possível, utilizar hidratantes
umectantes, feitos geralmente à base de glicerina e polietilenoglicol:
81
A retenção de água na superfície da pele promovida pelos hidratantes é consequência da interação
dos grupos hidroxila dos agentes umectantes com a umidade contida no ambiente por meio de:
a) ligações iônicas.
b) forças de London.
c) ligações covalentes.
d) forças dipolo-dipolo.
e) ligações de hidrogênio.
3. (Enem) Quando colocamos em água, os fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas for-
madas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura
tende a se reorganizar em um novo lipossomo.
82
Dentre as vitaminas apresentadas na figura, aquela que necessita de maior suplementação diária é:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
5. (Enem) As fraldas descartáveis que contêm o polímero poliacrilato de sódio (1) são mais eficientes
na retenção de água que as fraldas de pano convencionais, constituídas de fibras de celulose (2).
CURI, D. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 23, maio 2006 (adaptado).
7. (Enem 2017) A cromatografia em papel é um método de separação que se baseia na migração dife-
rencial dos componentes de uma mistura entre duas fases imiscíveis. Os componentes da amostra
são separados entre a fase estacionária e a fase móvel em movimento no papel. A fase estacionária
consiste de celulose praticamente pura, que pode absorver até 22% de água. É a água absorvida
que funciona como fase estacionária líquida e que interage com a fase móvel, também líquida
(partição líquido-líquido). Os componentes capazes de formar interações intermoleculares mais
fortes com a fase estacionária migram mais lentamente.
83
Uma mistura de hexano com 5%(v/v) de acetona foi utilizada como fase móvel na separação dos
componentes de um extrato vegetal obtido a partir de pimentões. Considere que esse extrato con-
tém as substâncias representadas.
RIBEIRO, N. M.; NUNES, C. R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia
em papel. Química Nova na Escola, n. 29, ago. 2008 (adaptado).
8. (Enem 2017) Partículas microscópicas existentes na atmosfera funcionam como núcleos de con-
densação de vapor de água que, sob condições adequadas de temperatura e pressão, propiciam
a formação das nuvens e consequentemente das chuvas. No ar atmosférico, tais partículas são
formadas pela reação de ácidos (NX) com a base NH3, de forma natural ou antropogênica, dando
origem a sais de amônio (NH4X), de acordo com a equação química genérica:
9. (Enem 2017) Na Idade Média, para elaborar preparados a partir de plantas produtoras de óleos
essenciais, as coletas das espécies eram realizadas ao raiar do dia. Naquela época, essa prática era
fundamentada misticamente pelo efeito mágico dos raios lunares, que seria anulado pela emissão
dos raios solares. Com a evolução da ciência, foi comprovado que a coleta de algumas espécies ao
raiar do dia garante a obtenção de material com maiores quantidades de óleos essenciais.
A explicação científica que justifica essa prática se baseia na
a) volatilização das substâncias de interesse.
b) polimerização dos óleos catalisada pela radiação solar.
c) solubilização das substâncias de interesse pelo orvalho.
d) oxidação do óleo pelo oxigênio produzido na fotossíntese.
e) liberação das moléculas de óleo durante o processo de fotossíntese.
84
E.O. UERJ - Exame de Qualificação
1. (UERJ) Diversos mecanismos importantes para a manutenção da vida na Terra estão relacionados
com interações químicas.
A interação química envolvida tanto no pareamento correto de bases nitrogenadas no DNA quanto
no controle de variações extremas de temperatura na água é uma ligação do seguinte tipo:
a) iônica.
b) covalente.
c) de hidrogênio.
d) de Van der Waals.
2. (UERJ) Compostos de enxofre são usados em diversos processos biológicos. Existem algumas bac-
térias que utilizam, na fase da captação de luz, o H2S em vez de água, produzindo enxofre no lugar
de oxigênio, conforme a equação química:
3. (UERJ) A vitamina C, cuja estrutura é mostrada a seguir, apresenta vários grupos hidrófilos, o que
facilita sua dissolução na água. Por esta razão, ao ser ingerida em excesso, é eliminada pelos rins.
4. (UERJ) O betacaroteno, cuja fórmula estrutural está representada a seguir, é um pigmento presen-
te em alguns vegetais, como cenoura e tomate.
85
5. (UERJ) No esquema a seguir estão representadas, na forma de linhas pontilhadas, determinadas
interações intermoleculares entre as bases nitrogenadas presentes na molécula de DNA – timina,
adenina, citosina e guanina.
As interações representadas entre a timina e a adenina, e entre a citosina e a guanina, são do tipo:
a) iônica.
b) metálica.
c) dipolo-dipolo.
d) ligação de hidrogênio.
6. (UERJ) O experimento a seguir mostra o desvio ocorrido em um filete de água quando esta é esco-
ada através de um tubo capilar.
7. (UERJ) Água e etanol são dois líquidos miscíveis em quaisquer proporções devido a ligações inter-
moleculares, denominadas:
a) iônicas.
b) pontes de hidrogênio.
c) covalentes coordenadas.
d) dipolo induzido-dipolo induzido.
86
E.O. UERJ À temperatura e pressão ambientes, os cons-
tituintes químicos das notas de saída:
87
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido funde a uma temperatura mais alta do que o butanol sólido.
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do éter dietílico líquido é maior do que a do butanol líquido.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido entra em ebulição a uma temperatura mais alta do que o éter
dietílico líquido.
d) a uma mesma pressão, massas iguais de butanol e éter dietílico liberam, na combustão, a mesma quan-
tidade de calor.
e) nas mesmas condições, o processo de evaporação do butanol líquido é mais rápido do que o do éter die-
tílico líquido.
6. (Unifesp) Assinale a alternativa que apresenta o gráfico dos pontos de ebulição dos compostos
formados entre o hidrogênio e os elementos do grupo 17, do 2º ao 5º período.
7. (Unicamp 2017) Uma alternativa encontrada nos grandes centros urbanos para se evitar que pes-
soas desorientadas urinem nos muros de casas e estabelecimentos comerciais é revestir esses
muros com um tipo de tinta que repele a urina e, assim, “devolve a urina” aos seus verdadeiros
donos. A figura a seguir apresenta duas representações para esse tipo de revestimento.
Como a urina é constituída majoritariamente por água, e levando-se em conta as forças intermo-
leculares, pode-se afirmar corretamente que:
a) os revestimentos representados em 1 e 2 apresentam a mesma eficiência em devolver a urina, porque
ambos apresentam o mesmo número de átomos na cadeia carbônica hidrofóbica.
b) o revestimento representado em 1 é mais eficiente para devolver a urina, porque a cadeia carbônica é
hidrofóbica e repele a urina.
c) o revestimento representado em 2 é mais eficiente para devolver a urina, porque a cadeia carbônica
apresenta um grupo de mesma polaridade que a água, e, assim, é hidrofóbica e repele a urina.
d) o revestimento representado em 2 é mais eficiente para devolver a urina, porque a cadeia carbônica
apresenta um grupo de mesma polaridade que a água, e, assim, é hidrofílica e repele a urina.
8. (Fuvest 2017) Para aumentar o grau de conforto do motorista e contribuir para a segurança em
dias chuvosos, alguns materiais podem ser aplicados no para-brisa do veículo, formando uma pelí-
cula que repele a água. Nesse tratamento, ocorre uma transformação na superfície do vidro, a qual
pode ser representada pela seguinte equação química não balanceada:
88
Das alternativas apresentadas, a que representa o melhor material a ser aplicado ao vidro, de for-
ma a evitar o acúmulo de água, é:
Note e adote:
§§ R = grupo de átomos ligado ao átomo de silício.
a) CℓSi(CH3)2OH.
b) CℓSi(CH3)2O(CHOH)CH2NH2.
c) CℓSi(CH3)2O(CHOH)5CH3.
d) CℓSi(CH3)2OCH2(CH2)2CO2H.
e) CℓSi(CH3)2OCH2(CH2)10CH3.
9. (Fuvest) A estrutura do DNA é formada por duas cadeias contendo açúcares e fosfatos, as quais
se ligam por meio das chamadas bases nitrogenadas, formando a dupla-hélice. As bases timina,
adenina, citosina e guanina, que formam o DNA, interagem por ligações de hidrogênio, duas a
duas em uma ordem determinada. Assim, a timina, de uma das cadeias, interage com a adenina,
presente na outra cadeia, e a citosina, de uma cadeia, interage com a guanina da outra cadeia.
Considere as seguintes bases nitrogenadas:
As interações por ligação de hidrogênio entre adenina e timina e entre guanina e citosina, que
existem no DNA, estão representadas corretamente em:
adenina - timina guanina - citosina
a)
b)
89
adenina - timina guanina - citosina
c)
d)
e)
1
0. (Unesp) Os protetores solares são formulações que contêm dois componentes básicos: os ingre-
dientes ativos (filtros solares) e os veículos. Dentre os veículos, os cremes e as loções emulsionadas
são os mais utilizados, por associarem alta proteção à facilidade de espalhamento sobre a pele.
Uma emulsão pode ser obtida a partir da mistura entre óleo e água, por meio da ação de um agente
emulsionante. O laurato de sacarose por exemplo, é um agente emulsionante utilizado no preparo
de emulsões.
1
1. (Unesp) No ano de 2014, o Estado de São Paulo vive uma das maiores crises hídricas de sua história.
A fim de elevar o nível de água de seus reservatórios, a Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp) contratou a empresa ModClima para promover a indução de chuvas artificiais.
A técnica de indução adotada, chamada de bombardeamento de nuvens ou semeadura ou, ainda,
nucleação artificial, consiste no lançamento em nuvens de substâncias aglutinadoras que ajudam a
formar gotas de água.
(http://exame.abril.com.br. Adaptado.)
90
Para a produção de chuva artificial, um avião
adaptado pulveriza gotículas de água no in- E.O. Dissertativas
terior das nuvens. As gotículas pulverizadas
servem de pontos de nucleação do vapor de
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
água contido nas nuvens, aumentando seu 1. (Unicamp) Na produção industrial de pane-
volume e massa, até formarem gotas maio- tones, junta-se a massa o aditivo químico
res que, em condições meteorológicas favo- U.I. Este aditivo é a glicerina, que age como
ráveis, podem se precipitar sob a forma de umectante, ou seja, retém a umidade para
chuva. Segundo dados da empresa ModCli- que a massa não resseque demais. A fórmula
ma, dependendo das condições meteorológi- estrutural da glicerina (propanotriol) é:
cas, com 1 L de água lançada em determi-
nada nuvem é possível produzir o volume
equivalente a 50 caminhões-pipa de água
precipitada na forma de chuva. Sabendo que
a) Represente as ligações entre as moléculas de
um caminhão-pipa tem capacidade de 10 m3
água e a de glicerina.
a quantidade de chuva formada a partir de b) Por que, ao se esquentar uma fatia de paneto-
300 L de água lançada e a força intermolecu- ne ressecado, ela amolece, ficando mais macia?
lar envolvida na formação das gotas de chu-
va são, respectivamente: 2. (Unesp) Têm-se os seguintes pares de subs-
a) 150 mil litros e ligação de hidrogênio. tâncias:
b) 150 litros e ligação de hidrogênio. I. octano e tetracloreto de carbono,
c) 150 milhões de litros e dipolo induzido. II. água e benzeno,
d) 150 milhões de litros e ligação de hidrogênio. III. cloreto de hidrogênio gasoso e água.
e) 150 mil litros e dipolo induzido. a) Quais desses três pares formam misturas ho-
mogêneas?
12. (Unifesp) A melamina, estrutura química re- b) Explique, em termos de interações entre mo-
presentada na figura, é utilizada na produção léculas, por que os pares indicados formam
de um plástico duro e leve, para fabricação de misturas homogêneas.
utensílios domésticos como pratos, tigelas e
bandejas, geralmente importados da China. 3. (Fuvest) O gráfico abaixo apresenta a solu-
bilidade em água, a 25 °C, de álcoois primá-
rios de cadeia linear, contendo apenas um
grupo –OH no extremo da cadeia não ramifi-
cada. Metanol, etanol e 1-propanol são solú-
veis em água em quaisquer proporções.
92
9. (Fuvest) Através dos dados do gráfico pode-se 11. (Unicamp 2018) Uma das formas de se pre-
afirmar que, sob uma mesma pressão, o ponto venir a transmissão do vírus H1N1, causador
de ebulição do 1-butanol é maior do que o do da gripe suína, é usar álcool 70% para hi-
éter dietílico. Explique esse comportamento gienizar as mãos. É comum observar pessoas
com base na estrutura desses compostos. portando álcool gel na bolsa ou encontrá-lo
Dados: em ambientes públicos, como restaurantes,
consultórios médicos e hospitais. O álcool
fórmula estrutural do éter: 70% também possui ação germicida con-
CH3– CH2 – O – CH2 – CH3 tra diversas bactérias patogênicas. A tabela
abaixo mostra a ação germicida de misturas
fórmula estrutural do 1-butanol:
álcool/água em diferentes proporções contra
CH3– CH2 – CH2 – CH2 – OH
o Streptococcus pyogenes, em função do tem-
po de contato.
luz
(H2O)2 → H3O+ + e– + OH•
a) Recomenda-se descartar uma garrafa com
dímero íon elétron radical álcool 70% deixada aberta por um longo pe-
(Números atômicos: H = 1; O = 8) ríodo, mesmo que ela esteja dentro do prazo
de validade. Justifique essa recomendação
a) Representar a estrutura de Lewis (fórmula ele- levando em conta os dados da tabela ao lado
trônica) para o íon e indicar a sua geometria. e considerando o que pode acontecer à solu-
b) Quais são as forças (interações) que atuam ção, do ponto de vista químico.
na molécula do dímero que justificam sua b) Além da higienização com álcool 70% tam-
existência? bém estamos acostumados a utilizar água e
sabão. Ambos os procedimentos apresentam
vantagens e desvantagens. As desvantagens
seriam a desidratação ou a remoção de gor-
duras protetoras da pele. Correlacione cada
procedimento de higienização com as des-
vantagens citadas. Explique a sua resposta
explicitando as possíveis interações quími-
cas envolvidas em cada caso.
93
Gabarito 5. A energia necessária para quebrar as liga-
ções de hidrogênio na água no estado lí-
quido é maior do que no estado sólido. Du-
E.O. Aprendizagem rante a fusão enfraquecemos as ligações de
hidrogênio, mas durante a ebulição elas são
1. D 2. C 3. C 4. D 5. C rompidas. Assim, gasta-se mais energia na
ebulição do que na fusão.
6. A 7. C 8. A 9. A 10. D
6.
a) III, pois faz pontes de hidrogênio.
E.O. Fixação b) I, pois é um hidrocarboneto apolar.
c) III, observe a figura a seguir:
1. B 2. D 3. A 4. D 5. A
6. A 7. D 8. C 9. C 10. B
7.
E.O. Complementar a) Amônia: geometria piramidal. Como o ve-
1. D 2. D 3. D 4. E 5. E tor resultante (momento dipolo elétrico)
é diferente de zero. A molécula é polar.
Água: geometria angular. Como o vetor
E.O. Dissertativo resultante (momento dipolo elétrico) é
1. O composto A (butilamina) tem dois hidro- diferente de zero. A molécula é polar.
gênios ligados ao átomo de nitrogênio, por Metano: geometria tetraédrica. Como o
isso faz mais ligações de hidrogênio (pontes vetor resultante (momento dipolo elétri-
de hidrogênio). co) é igual a zero. A molécula é apolar.
2. b) A substância mais solúvel em água será
a) As forças intramoleculares presentes são a amônia, que é polar (o vetor resultante
do tipo interações de London ou forças de momento dipolo elétrico é diferente de
Van der Waals ou dipolo induzido-dipolo zero) e semelhante à água.
induzido. 8.
b) F2, Cℓ2, Br2. a) O papel não encerado absorveu água.
3. O etanol tem um grupamento OH que per- b) O papel não encerado absorveu água devi-
mite a formação de ligações de hidrogênio do às hidroxilas presentes na celulose, que
entre as moléculas, o que explica o ponto de fazem ligações de hidrogênio com a água.
ebulição mais elevado. O papel encerado com hidrocarbonetos
4. não absorveu a água, pois os hidrocarbo-
a) O cloreto de sódio apresenta estrutura iô- netos são apolares e as moléculas de água
nica cristalina, e seus íons então exercem são polares.
entre si atração eletrostática (cátions e Os pedaços de plástico não absorveram a
ânions). Dessa forma, a ligação iônica é ex- água, pois o polietileno é apolar e a água
tremamente forte e isso explica o altíssimo é polar.
ponto de fusão. 9. Água e benzeno são imiscíveis entre si, por-
A glicose é um composto molecular polar e que apresentam polaridades diferentes, ou
suas moléculas, além de apresentarem alta
seja, a água é polar e o benzeno é apolar.
massa molecular (180u), realizam ligações
10.
de hidrogênio intermoleculares, o que con-
a) A partir da análise dos vetores momento
tribui para o alto ponto de fusão registrado.
dipolo elétrico, vem:
Já a naftalina é um composto molecular,
assim como a glicose, porém de baixa po-
laridade. As forças de interação intermole-
culares são menos intensas em relação às
da glicose. São forças de dipolo temporário.
b) Cloreto de sódio – substância iônica de alta
solubilidade em água que, ao ser dissolvi-
da, sofre dissociação, na qual as moléculas
de água (que são dipolos permanentes)
solvatam os íons (Na+ e Cℓ-).
Glicose – solúvel em água devido à sua alta b) A partir da análise da fórmula estrutural
polaridade e capacidade de realização de li- plana:
gações de hidrogênio intermoleculares.
Naftalina – insolúvel devido à sua baixa
polaridade, o que dificulta sua interação
com solventes altamente polares, como a
água, por exemplo. nletal = 3,0 x 10-9 mol
94
E.O. Enem 2.
a) Os pares I e III são misturas homogêneas.
1. B 2. E 3. E 4. C 5. E b) Ocorre dissolução quando as forças intermo-
leculares forem do mesmo tipo e apresenta-
6. E 7. D 8. D 9. A
rem intensidades não muito diferentes.
O octano e tetracloreto de carbono (molé-
E.O. UERJ culas apolares) têm o mesmo tipo de for-
ça intermolecular (força de Van der Waals
Exame de Qualificação do tipo dipolo induzido-dipolo induzido
ou força de London) e formam uma mis-
1. C 2. C 3. C 4. C 5. D tura homogênea.
6. B 7. B Entre as moléculas polares da água e do
HCℓ teremos uma interação de Van der
Waals do tipo dipolo permanente-dipolo
E.O. UERJ permanente (devido a uma diferença de
eletronegatividade), formando um siste-
Exame Discursivo ma homogêneo.
1. 3.
a) De acordo com o gráfico, quanto menor o
número de átomos de carbono na cadeia
da molécula do álcool primário de cadeia
linear (região hidrofóbica), maior a solu-
bilidade do mesmo em 100 g de água.
95
A cauda apolar faz interações do tipo Van 8.
der Waals com a cadeia apolar da gordura. a) A vitamina C, maior quantidade de gru-
O xampu típico possui uma cabeça polar: pos (–OH).
b) Maior quantidade de pontes de hidrogênio
9.
Devido às pontes de hidrogênio existentes
entre as moléculas do 1-butanol que são in-
terações mais fortes do que as encontradas
no éter.
96
Aulas 17 e 18
Ácidos
Competências 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades 10, 14, 18, 20, 21, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Do ponto de vista prático, os ácidos apresentam as seguintes características:
§§ Os ácidos têm sabor azedo. O limão, o vinagre, a uva contêm ácidos; é por isso que eles são azedos. Mas
cuidado: praticamente todos os ácidos são tóxicos e corrosivos. Portanto, nunca ingira ou respire-os.
§§ Quando em solução aquosa, os ácidos conduzem eletricidade. Isso ocorre porque os ácidos geram íons.
§§ Os ácidos alteram a cor de certas substâncias chamadas indicadores. Os indicadores têm a propriedade de
mudar a cor conforme o caráter ácido ou básico das soluções (exemplo de indicadores: papel tornassol,
fenolftaleína, entre outros).
Ácidos são compostos que se ionizam em solução aquosa e originam como o único íon positivo o cátion hidro-
gênio [H+]
O H+ é o responsável pelas propriedades comuns a todos os ácidos, sendo este o radical funcional dos
ácidos.
Exemplos:
Atualmente, sabe-se que a teoria de Arrhenius não está correta por completo. O cátion H+ não fica em forma
livre na solução, e que esse cátion se une a uma molécula de água e forma o íon H3O+, conhecido como cátion
hidrônio ou hidroxônio:
99
Sendo assim, a outra forma de escrever os quatro exemplos anteriores são:
No entanto, por comodidade, a maioria dos livros e autores usa a primeira forma de representação.
Nas fórmulas estruturais dos ácidos oxigenados, os hidrogênios ionizáveis sempre se ligam ao áto-
mo de oxigênio, que, por sua vez, está ligado ao átomo central. Mas quando o átomo de hidrogênio se liga
diretamente ao átomo central, esse hidrogênio não é ionizável. Dois exemplos importantes são:
§§ Ácido fosforoso (H3PO3) – apesar de possuir três hidrogênios na sua fórmula, é um diácido. Observe na
estrutura abaixo que um dos hidrogênios está ligado diretamente ao átomo central, que não é ionizável.
§§ Ácido hipofosforoso (H3PO2) – apesar de possuir dois hidrogênios na sua fórmula, é um monoácido. Ob-
serve na estrutura abaixo que dois hidrogênios estão ligados diretamente ao átomo central, que não são
ionizáveis.
100
3. Volatilidade
Volatilidade é a capacidade de uma substância passar para o estado gasoso. Substâncias voláteis, em geral, apre-
sentam pontos de ebulição baixos.
Classificação Ponto de ebulição Exemplos
fixos alto São apenas 3 ácidos: H2SO4 , H3PO4 , H3BO3
4. Força
A força de um ácido é determinada pelo seu grau de ionização das suas moléculas.
moderados HF D=1
Das quais:
Exemplos:
HCøO4 ⇒ D = 4 – 1 = 3 ⇒ muito forte
H2SO4 ⇒ D = 4 – 2 = 2 ⇒ forte
HNO2 ⇒ D = 2 – 1 = 1 ⇒ moderado
HCøO ⇒ D = 1 – 1 = 0 ⇒ fraco
Uma importante exceção à regra é o ácido carbônico (H2CO3). Por se tratar de um ácido instável, decompõe-
-se facilmente e sofre pouca ionização. Em razão disso, é considerado um ácido fraco, apesar do valor D = 3 – 2 = 1.
< H2CO3 (aq) > H2O (ℓ) + CO2 (g)
Formulação
A fórmula geral de um ácido é:
HxA
Da qual:
x é um número inteiro (1, 2, 3 ou 4)
101
Hidrácidos
Mediante os conhecimentos de ligação covalente, é possível deduzir a fórmula de um hidrácido:
Hidrogênio ⇒ valência = 1 ligação covalente
Halogênios (família 7A ou grupo 17) ⇒ valência = 1 ligação covalente
No entanto, o HCN não é uma molécula cuja fórmula possa ser deduzida “intuitivamente”.
Oxiácidos
Num oxiácido, é muito comum que existam ligações coordenadas (dativas) que não costumam ser “intuitivamente”
deduzidas.
Observe: partindo das combinações de elementos (H, C, O), (H, N, O) e (H, S, O), você conseguiria deduzir
que as combinações ocorridas seriam estas?
Num oxiácido, não há regras para determinar/deduzir o número de oxigênios. A fórmula de um oxiácido não pode
ser deduzida.
HCøO3 HNO3 H2SO4 H2CO3 H3PO4
clórico nítrico sulfúrico carbônico fosfórico
102
O sufixo segue este padrão:
Quando um mesmo elemento forma mais de 2 ácidos (isso quase sempre ocorre com os halogênios X = Cø,
Br e I), segue-se o padrão:
Observação:
-per: acima de; e -hipo: abaixo de
É de fundamental importância saber nomear os ânions gerados na ionização dos ácidos. Isso será muito útil
no estudo dos sais.
Na prática, o nome de um ânion é obtido a partir do nome do ácido correspondente, fazendo-se a troca dos
sufixos, de acordo com regra a seguir:
HCø H+ + Cø–
ácido clorídrico ânion cloreto
hidrácido -ídrico -eto
H2S 2H+ + S2–
ácido sulfídrico ânion sulfeto
103
Observe que o caminho inverso também é possível: conhecido o ânion, determina-se facilmente o ácido do
qual ele é proveniente.
Exemplos:
F– + H+ ⇒ HF
ânion fluoreto ácido fluorídrico
§§ Ácido clorídrico (HCø) – é um ácido inorgânico forte, líquido, incolor ou levemente amarelado, não
inflamável, volátil, tóxico e corrosivo. Em sua forma pura, HCø é um gás, conhecido como cloreto de hi-
drogênio ou gás clorídrico. É o ácido encontrado no nosso estômago e é um dos principais componentes
do suco gástrico, que é secretado para auxiliar na digestão dos alimentos. A obtenção industrial do HCℓ se
dá pela síntese direta entre H2 e Cø2.
O ácido clorídrico é muito usado na limpeza e galvanização de metais, no curtimento de couros, na obten-
ção de vários produtos, como na produção de tintas, de corantes, na formação de haletos orgânicos (como
cloreto de metila), é usado também na hidrólise de amidos e proteínas pelas indústrias alimentícias e na
extração do petróleo, dissolvendo as rochas e facilitando o seu fluxo até a superfície.
104
Ácido muriático, utilizado nas limpezas.
Na sua forma impura, o ácido clorídrico é chamado de ácido muriático e é usado para a limpeza de pisos,
azulejos, paredes de pedras e superfícies metálicas antes do processo de soldagem. Visto que o ácido muri-
ático apresenta vapores tóxicos e irritantes quando aquecidos, é preciso que a pessoa que for manuseá-lo o
faça com bastante cuidado, usando máscara de respiração, luvas e óculos de proteção.
§§ Ácido nítrico (HNO3) – depois do ácido sulfúrico, o ácido nítrico é o mais produzido e usado pela indús-
tria. É um ácido forte, de aparência viscosa, inodoro e incolor quando puro (os ácidos mais velhos adquirem
cor amarelada devido à decomposição do ácido em óxidos de nitrogênio e água), muito volátil, forte oxi-
dante, corrosivo e miscível em água. A produção industrial de ácido nítrico se dá pelo processo de Ostwald
(oxidação da amônia).
O ácido nítrico é muito utilizado pela indústria química, principalmente em processos de nitrificação de com-
postos orgânicos, na fabricação de explosivos (TNT, nitroglicerina, ácido pícrico, entre outros), fertilizantes
agrícolas (como o NH4NO3), fabricação de salitre (NaNO3 e KNO3), vernizes, celuloses, seda artificial, fibras
sintéticas, galvanoplastia, nylon, entre outros.
§§ Ácido fluorídrico (HF) – é um líquido incolor e fumegante de odor penetrante, que tem ponto de ebulição
de 20 °C sob pressão de 1 atm. O seu maior perigo é que, se entrar em contato com a pele, além de poder
causar queimaduras, penetra na pele e ataca o cálcio dos ossos, podendo enfraquecer e até corroer parte
dele. Sua reação de obtenção vem da reação entre o ácido sulfúrico concentrado e a fluorita (CaF2).
105
Devido à sua capacidade de corroer o vidro comum, é usado principalmente para decoração em fosco de
objetos de vidro e gravação do número de chassi em vidros de automóveis (por isso, em laboratórios, o ácido
fluorídrico é guardado em frascos plásticos).
O ácido é usado também na produção de sais fluorados (como criolita e fluoreto de alumínio), agrotóxicos,
detergentes, teflon, na purificação de minérios, na formação do UF6 (enriquecimento do urânio para fins de
geração de energia nuclear), entre outros.
§§ Ácido fosfórico (H3PO4) – também denominado de ácido ortofosfórico, é um líquido incolor, solúvel
em água e etanol e absorve a umidade do ar e se dissolve, formando uma solução aquosa concentrada
(higroscópica). O processo de produção do ácido fosfórico é através da via seca (oxidação do fósforo ele-
mentar) ou via úmida (reação de fosfato de cálcio com o ácido sulfúrico).
Os principais usos do ácido fosfórico é na indústria de fertilizante, indústria de produção de sal mineral para
alimentação animal, indústria de bebidas, usina de chocolate, indústria farmacêutica (obtenção de insulina,
produção de antibióticos, fortificantes etc.), formulação de detergentes, decapantes, entre outros. O ácido
fosfórico também é utilizado no tratamento biológico de efluentes e no polimento químico ou eletroquímico
de peças de alumínio.
Uma aplicação do ácido fosfórico que chama bastante atenção é em refrigerantes à base de cola. Ele é
utilizado principalmente como acidulante (aditivo) da bebida, abaixando seu pH, regulando sua doçura,
realçando o paladar e também atuando como conservante.
§§ Ácido carbônico (H2CO3) – é formado quando se dilui o gás carbônico (CO2) em água. É um ácido instá-
vel, se decompondo em água e gás carbônico:
Em pequenas quantidades, o ácido carbônico aparece como uma ocorrência normal na água da chuva.
Quando a água da chuva cai através do ar, ela absorve o dióxido de carbono, produzindo ácido carbônico.
Também está presente no sangue humano, participando do principal sistema de tamponamento, para que
o pH do sangue não mude bruscamente.
Em quantidades maiores, está presente em bebidas gaseificadas: água mineral com gás, refrigerantes, be-
bidas tônicas e cervejas.
§§ Ácido bórico (H3BO3) – também conhecido como ácido ortobórico, é um ácido existente na forma de um
pó branco. São comumente usados como antissépticos (água boricada), inseticidas (contra baratas, cupins,
formigas, pulgas e muitos outros insetos) e como retardante de chamas. Age como desinfetante em situa-
ções de infecções por bactérias ou fungos.
106
§§ Ácido sulfídrico (H2S) – conhecido com o nome de sulfeto de hidrogênio na sua forma gasosa, é um
composto corrosivo e venenoso, caracterizado pelo odor de ovos podres. Esse gás pode ser produzido
naturalmente pela decomposição de matéria orgânica através da ação bacteriana, dissolução de sulfetos
minerais ou, ainda, por atividade industrial. Pode ser encontrado também em redes de esgoto, em águas
termais, localizadas nas proximidades de vulcões.
§§ Ácido cianídrico (HCN) – o ácido cianídrico é também chamado de cianeto de hidrogênio (na forma ga-
sosa) ou ainda de ácido prússico. É um líquido incolor e um composto extremamente volátil, tendo um odor
característico de amêndoas amargas e muito tóxico, pois inibe os processos oxidativos celulares, levando
à morte dos mesmos. É utilizado nas câmaras de gás para execução de criminosos condenados à pena de
morte, principalmente nos Estados Unidos.
Teoria na prática
1. Admitindo-se 100% de ionização para o ácido clorídrico em solução aquosa, pode-se afirmar que essa
solução não contém a espécie:
a) HCℓ.
b) H3O+.
c) H2O.
d) Cℓ-.
Resolução:
Ionizando o HCℓ, temos:
HCℓ → H+ + Cℓ-
ou
HCℓ + H2O → H3O+ + Cℓ-
Considerando que o ácido está 100% ionizado, as espécies que encontramos na solução são: H+ (ou H3O+)
e Cℓ-. A molécula de água sempre estará presente (é uma solução aquosa), portanto, o que não estará na
solução é a molécula de HCℓ não ionizada.
Alternativa A
2. Em qual das soluções ácidas abaixo, todas com mesma concentração e temperatura, a lâmpada apresenta
maior brilho quando se testa a condutividade das soluções?
a) HF
b) H2S
c) H3PO4
d) H4SiO4
e) HNO3
Resolução:
Quanto mais forte é o ácido, mais ionizado estará, mais íons livres estarão na solução e, portanto, a lâmpada
apresentará maior brilho. Olhando as forças dos ácidos, temos:
HF – hidrácido moderada.
H2S – hidrácido fraca.
H3PO4 – oxiácido, ∆ = 4 – 3 = 1; portanto, moderada.
H4SiO4 – oxiácido, ∆ = 4 – 4 = 0; portanto, fraca.
HNO3 – oxiácido, ∆ = 3 – 1 = 2; portanto, forte.
O ácido mais forte da lista é o HNO3, portanto, a solução de HNO3 apresenta maior brilho.
Alternativa E
107
3. (UECE) Considere os seguintes ácidos, com seus respectivos graus de ionização, a 18 °C e usos:
I. H3PO4 (27%), usado na preparação de fertilizantes e como acidulante em bebidas e refrigerantes.
II. H2S (7,6 × 10–2 %), usado como redutor.
III. HCℓO4 (97%), usado na medicina, em análises químicas e como catalisador em explosivos.
IV. HCN (8,0 × 10–3 %), usado na fabricação de plásticos, corantes e fumigantes para orquídeas e poda de
árvores.
Podemos afirmar que é correto:
a) HCℓO4 e HCN são triácidos.
b) H3PO4 e H2S são hidrácidos.
c) H3PO4 é considerado um ácido semiforte.
d) H2S é um ácido ternário.
e) O HCN é o mais forte de todos os ácidos citados.
Resolução:
a) Falso, pois tanto HCℓO4 como HCN só possuem um hidrogênio ionizável; portanto, ambos são monoáci-
dos.
b) Falso, pois apesar de H2S ser um hidrácido, H3PO4 é um oxiácido.
c) Verdadeiro, pois quando o grau de ionização está entre 5% a 50%, o ácido é considerado semiforte (ou
moderado).
d) Falso, pois o H2S é um ácido binário (composto por dois elementos).
e) Falso, o HCN possui um valor de grau de ionização (α) mais baixo de todos, sendo assim o mais fraco de
todos os ácidos citados.
Alternativa C
4. (UFPB) Os ácidos são substâncias químicas sempre presentes no cotidiano do homem. Por exemplo, durante
a amamentação, era comum usar-se água boricada (solução aquosa que contém ácido bórico) para fazer a
assepsia do seio da mãe; para limpezas mais fortes da casa, emprega-se ácido muriático (solução aquosa
de ácido clorídrico); nos refrigerantes, encontra-se o ácido carbônico; e, no ovo podre, o mau cheiro é devido
à presença do ácido sulfídrico.
Esses ácidos destacados podem ser representados, respectivamente, pelas seguintes fórmulas moleculares:
a) H3BO3, HCℓ, H2CO2 e H2SO4.
b) H2BO3, HCℓ, H2CO3 e H2S.
c) H3BO3, HCℓO3, H2SO3 e H2CO2.
d) H2BO3, HCℓO4, H2S e H2CO3.
e) H3BO3, HCℓ, H2CO3 e H2S.
Resolução:
Alternativa E
108
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
ACESSAR
phet.colorado.edu/sims/html/acid-base-solutions/latest/acid-base-solutions_pt_BR.html
www.bonde.com.br/saude/duvidas/cuidados-com-o-corpo-influenciam-ate-na-saude-bucal-431950.html
110
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
É possível encontrar a ligação covalente com facilidade em nosso dia a dia, substâncias de uso muito comum tem
em sua estrutura átomos com esse caráter de ligação, como a água, o gás oxigênio, a solução de vinagre, o álcool
etílico, o açúcar, o grafite.
Contudo, também podemos abordar substâncias que não estão tão evidentes em nosso cotidiano, mas que
estão ligadas diretamente às nossas vidas.
O gás ozônio (O3), é o principal gás situado na atmosfera responsável pela proteção do planeta Terra contra os raios
ultravioletas (UV) emitidos pelo Sol. Sem essa camada de gás existente na atmosfera a vida na Terra não seria possível.
Bem como o elemento carbono (C) que pode ser encontrado na forma de diamante, passado por processos
de formação diferentes do carbono encontrado no grafite, sendo esta a diferença primordial entre essas substân-
cias constituídas por átomos deste mesmo elemento químico.
111
INTERDISCIPLINARIDADE
Ácidos sempre foram substâncias primordiais para o desenvolvimento e manutenção da civilização. Desde as pri-
meiras civilizações, suas propriedades são conhecidas e utilizadas de forma proveitosa.
Do latim, ácido vem de “acidum”, que significava azedo, ou seja, uma referência direta ao sentido do
paladar para dar um significado à palavra.
Ácidos podem ser encontrados em muitos segmentos da indústria e em nossas vidas; vide a tabela abaixo:
112
Estrutura Conceitual
Fortes
ø
Moderados
Ácidos Fracos
Dividem-se em
113
E.O. Aprendizagem A fórmula e o nome do ácido que provoca a
pirose no estômago, a rouquidão e mesmo
dor torácica são:
1. (Faenquil – Adaptada) Uma das classifica- a) HCℓ, ácido clórico.
ções dos ácidos corresponde ao número de b) HCℓO2, ácido cloroso.
hidrogênios ionizáveis, podendo ser classi- c) HCℓO3, ácido clorídrico.
ficados como monoácidos, diácidos, triácidos d) HCℓO3, ácido clórico.
ou tetrácidos. Com base nessa informação, e) HCℓ, ácido clorídrico.
assinale a alternativa que apresenta a classi-
ficação correta dos seguintes ácidos:
6. (USJT-SP) O ácido cianídrico é o gás de ação
HNO3 H2CO3 H3PO4
venenosa mais rápida que se conhece: uma
a) Monoácido, diácido, triácido.
concentração de 0,3 mg por litro de ar é
b) Monoácido, triácido, tetrácidos.
imediatamente mortal. É o gás usado nos
c) Diácido, triácido, monoácido.
d) Os três são diácidos. estados americanos do Norte, que adotam a
e) Os três são triácidos. pena de morte por câmara de gás. A primei-
ra vítima foi seu descobridor, Carl Wilhelm
Scheele, que morreu ao deixar cair um vidro
2. (UVA-CE) Os ácidos HCℓO4, H2MnO4, H3PO3,
contendo solução de ácido cianídrico, cuja
H4Sb2O7, quanto ao número de hidrogênios
fórmula molecular é:
ionizáveis, podem ser classificados em:
a) HCOOH.
a) monoácido, diácido, triácido, tetrácido.
b) monoácido, diácido, triácido, triácido. b) HCN.
c) monoácido, diácido, diácido, tetrácido. c) HCNS.
d) monoácido, monoácido, diácido, triácido. d) HCNO.
e) monoácido, monoácido, triácido, tetrácido. e) H4Fe(CN)6.
3. (FEI) Os nomes dos ácidos oxigenados HNO3, 7. (UFAC) Os ácidos são substâncias químicas
HCℓO3, H2SO4 e H3PO4 são, respectivamente: presentes no nosso dia a dia. Por exemplo, o
a) nitroso, clórico, sulfuroso, fosfórico. ácido sulfúrico é muito utilizado na indús-
b) nítrico, clórico, sulfúrico, fosfórico. tria petroquímica, na fabricação de papel,
c) nítrico, hipocloroso, sulforoso, fosforoso. corantes, em baterias automotivas, entre
d) nitroso, perclórico, sulfúrico, fosfórico. outras diversas aplicações. Alguns sais deri-
e) nítrico, cloroso, sulfídrico, hipofosforoso. vados do ácido fosfórico são aplicados como
fertilizantes na agricultura. Já o ácido mu-
4. (PUC-MG) A tabela apresenta algumas carac- riático, poderoso agente de limpeza, nada
terísticas e aplicações de alguns ácidos: mais é do que uma solução de ácido clorídri-
co. O ácido fluorídrico, um pouco menos co-
Ácido Aplicações e características nhecido, tem grande poder de atacar vidro e,
por essa propriedade, é usado para gravação
Clorídrico Limpeza de pisos
na parte inferior dos vidros de automóveis.
Fosfórico Usado como acidulante Outro exemplo é a água boricada, que é uma
solução aquosa de ácido bórico, normalmen-
Sulfúrico Desidratante, solução de bateria
te usada como agente para assepsia.
Nítrico Explosivos Enfim, é uma tarefa muito grande relacionar
a importância e as aplicações dessas valiosas
As fórmulas dos ácidos da tabela são, respec-
substâncias que não somente os químicos
tivamente:
a) HCℓ, H3PO4, H2SO4, HNO3. possuem acesso.
b) HCℓO, H3PO3, H2SO4, HNO2. De acordo com o texto, a sequência de fór-
c) HCℓ, H3PO3, H2SO4, HNO2. mulas moleculares dos ácidos destacados,
d) HCℓO2, H4P2O7, H2SO3, HNO2. considerando a ordem de leitura, é:
e) HCℓO, H3PO4, H2SO3, HNO3. a) H2SO4, H3PO3, HCℓ, H2F e H3BO3.
b) H2SO4, H3PO4, HCℓ, HF e H3BO4.
c) H2SO3, H3PO3, H2Cℓ, H2F e H3BO3.
5. (Mackenzie) Certo informe publicitário aler-
d) H2SO4, H3PO4, HCℓ, H2F e H3BO3.
ta para o fato de que, se um indivíduo tem
azia ou pirose (sensação de “queimação” no e) H2SO4, H3PO4, HCℓ, HF e H3BO3.
estômago) com grande frequência, deve pro-
curar um médico, pois pode estar ocorrendo
refluxo gastresofágico, isto é, o retorno do
conteúdo ácido do estômago.
114
8. (UFSM) Associe a 2a coluna à 1a, consideran- 3. (UFPE) Ácido perclórico (HCℓO4) é um ácido
do os ácidos. forte. Quais as espécies químicas presentes,
em maior concentração, em uma solução
1 – H4P2O7 a – fosfórico aquosa deste ácido:
b – fosforoso a) H+ e CℓO4–.
2 – H3PO3
c – nitroso b) HCℓO4 e H+.
3 – H3PO4 d – nítrico c) HCℓO4 e OH–.
4 – HCℓO2 e – hipofosforoso d) H+, Cℓ– e O2.
f – pirofosfórico
5 – HCℓO3 e) OH–, Cℓ– e O2.
g – sulfuroso
6 – HCℓO4 h – cloroso
i – perclórico 4. (ESAL-MG) Uma solução aquosa de H3PO4 é
7 – H2SO3
j – clórico ácida devido à presença de:
8 – HNO2 l – sulfúrico a) água.
b) hidrogênio.
A sequência das combinações corretas é:
a) 1e – 2f – 3a – 4h – 5b – 6j – 7g – 8d. c) fósforo.
b) 1f – 2e – 3b – 4j – 5h – 6i – 7l – 8c. d) hidrônio.
c) 1b – 2e – 3f – 4i – 5j – 6h – 7g – 8d. e) fosfato.
d) 1e – 2b – 3f – 4j – 5i – 6h – 7l – 8d.
e) 1f – 2b – 3a – 4h – 5j – 6i – 7g – 8c. 5. (ESA) As características abaixo são dos áci-
dos, exceto:
9. (UFC) Os ácidos H2SO4, H3PO4 e HCℓO4 são de a) apresentam H na molécula.
grande importância na indústria (por exem- b) bons condutores de eletricidade em solução
plo, na produção de fertilizantes). Assinale aquosa.
a alternativa que apresenta corretamente a c) coram em vermelho o indicador tornassol.
ordem crescente de acidez destas espécies. d) tornam incolor a fenolftaleína.
a) H3PO4, H2SO4, HCℓO4. e) sabor adstringente (amargo).
b) H2SO4, H3PO4, HCℓO4.
c) HCℓO4, H2SO4, H3PO4.
6. (Mackenzie) Certos tipos de moluscos mari-
d) HCℓO4, H3PO4, H2SO4.
nhos podem liberar ácido sulfúrico (H2SO4)
e) H3PO4, HCℓO4, H2SO4.
para se defenderem de seus predadores. Des-
sa substância, é incorreto afirmar que:
1
0. (Mackenzie) Entre os oxiácidos H2SO3, H3BO3, a) ioniza na presença de água.
HCℓO3 e HMnO4, a ordem crescente de força b) dissocia, liberando íons OH1–.
ácida para esses compostos é: c) é um diácido.
a) H2SO3, HCℓO3, H3BO3, HMnO4. d) reage com hidróxido de cálcio formando sal
b) HCℓO3, HMnO4, H2SO3, H3BO3. e água.
c) H3BO3, HCℓO3, H2SO3, HMnO4. e) forma íons H1+ em água.
d) H3BO3, H2SO3, HCℓO3, HMnO4.
e) HMnO4, HCℓO3, H3BO3, H2SO3.
7. (Univali-SC) A respeito da substância HCℓ,
observa-se, experimentalmente, que:
115
decomposição, água líquida e um gás. Entre 2. (Cefet-MG) Uma substância tem fórmula HNO2.
os pares de ácidos relacionados, é constituí- A função química a que pertence, o nome e
do apenas por ácidos instáveis: o tipo de ligação que o hidrogênio apresenta
a) H2SO4 e H3PO4. nessa substância são, respectivamente:
b) HCℓO4 e HBr. a) ácido, ácido nítrico, covalente apolar.
c) H2CO3 e H2SO3. b) óxido, ácido nítrico, covalente apolar.
c) óxido, ácido nitroso, covalente polar.
d) H2C2O4 e H3BO3.
d) ácido, ácido nitroso, covalente polar.
e) HI e HF.
3. (PUC) Considere as seguintes afirmativas:
9. (UEL) Considere as afirmações a seguir acer- I. Ácidos de Arrhenius são conhecidos por
ca do cloreto de hidrogênio (HCℓ). liberar íons H+ em solução aquosa.
I. É uma substância de molécula polar. II. Bases de Arrhenius são espécies capazes
II. Sofre ionização na água. de liberar íons OH- em água.
III. Tem massa molar igual a 35,5 g/mol III. O ácido sulfúrico 98% é um ótimo condu-
IV. É insolúvel na água. tor de eletricidade.
São corretas somente: IV. Quanto maior o grau de ionização de um
a) I e II. ácido, maior será sua força.
b) II e III. Dentre as afirmativas acima, são CORRETAS
c) III e IV. apenas:
d) I, II e III. a) I, II e IV.
e) II, III e IV. b) II e IV.
c) II, III e IV.
d) I e II.
1
0. Considere os seguintes ácidos, com seus res-
pectivos usos:
4. (UESC) Considere o seguinte composto:
I. H3PO3, usado na preparação de fertilizan-
tes e como acidulante em bebidas refri-
gerantes.
II. H2S, usado como redutor na indústria.
III. HCℓO4, usado na medicina, em análises
químicas e como catalisador em explosi-
Assinale (V), se a afirmativa for verdadeira,
vos.
e (F), se for falsa.
IV. HCN, usado na fabricação de plásticos,
( ) O composto apresenta três hidrogênios
corantes e fumigantes para orquídeas e
ionizáveis.
poda de árvores.
( ) O composto apresenta quatro ligações co-
Podemos afirmar que:
valentes normais e uma dativa.
a) HCℓO4 e HCN são triácidos.
( ) O composto é um diácido.
b) H3PO4 e H2S são hidrácidos. ( ) O composto pertence a uma função orgânica.
c) H3PO4 é um ácido moderado. A sequência correta, de cima para baixo, é:
d) H2S é um ácido ternário. a) V, V, V, F.
e) HCN e H2S são ácidos fortes. b) F, F, V, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, F, V.
E.O. Complementar e) V, F, F, F.
1. (PUC-Camp) A respeito das substâncias de- 5. (UFRGS) A cultura egípcia desenvolveu téc-
nominadas ácidos, um estudante anotou as nicas avançadas de mumificação para a pre-
seguintes características: servação dos corpos. Em um das etapas mais
I. todos têm poder corrosivo. importantes do processo de mumificação, a
II. são capazes de neutralizar bases. desidratação do corpo, utilizava-se uma so-
III. são compostos sempre formados por dois lução de sais de natrão. Essa solução é cons-
elementos químicos. tituída por uma mistura de sais de carbona-
IV. formam soluções aquosas condutoras de to, bicarbonato, cloreto e sulfato de sódio.
corrente elétrica. Quando os sais de natrão são dissolvidos em
Ele cometeu erros somente em: água, os íons presentes, além do Na+, são:
a) I e II. a) CO23–, HCO3–, CℓO– e HSO4–.
b) I e III. b) CO23–, HCO3–, Cℓ– e SO42–.
c) I e IV. c) CO32–, H2CO3–, Cℓ– e SO32–.
d) II e III. d) CO32–, H2CO3–, Cℓ– e HSO4–.
e) III e IV. e) CO32–, HCO3–, Cℓ– e SO42–.
116
E.O. Dissertativo 7. (UFSCar) Atualmente, a humanidade de-
pende fortemente do uso de combustíveis
fósseis para atender suas necessidades
1. Escreva os nomes dos ácidos: energéticas. No processo de queima desses
I. HCℓO4; HCℓO3; HCℓO2; HCℓO.
combustíveis, além dos produtos diretos da
II. H2SO4; H2SO3 .
reação de combustão – dióxido de carbono e
III. HNO3; HNO2 .
vapor de água –, vários outros poluentes ga-
IV. H3PO4 ; H3PO3 ; H3PO2 .
V. H2CO3. sosos são liberados para a atmosfera como,
por exemplo, dióxido de nitrogênio e dióxi-
2. Determine o nome do ânion que origina do de enxofre. Embora nos últimos anos te-
os seguintes ácidos. Em seguida, escreva o nha sido dado destaque especial ao dióxido
nome correspondente de cada ácido e clas- de carbono por seu papel no efeito estufa,
sifique-os em relação à presença ou não de ele, juntamente com os óxidos de nitrogênio
oxigênio, número de hidrogênios ionizáveis e enxofre, tem um outro impacto negativo
e a sua força. sobre o meio ambiente: a propriedade de se
a) HF dissolver e reagir com a água, produzindo o
b) HI ácido correspondente, que acarreta a acidi-
c) HCN ficação das águas das chuvas, rios, lagos e
d) HIO mares.
e) HBrO3 a) Escreva as equações químicas balanceadas
f) HIO4 das reações de dióxido de carbono e dióxido
g) H2SO3 de enxofre com a água, dando origem aos
h) HNO2 ácidos correspondentes.
i) H3BO3 b) A chuva acidificada pela poluição reage com
j) H3PO4 o carbonato de cálcio, principal componente
de rochas calcárias, liberando gás CO2, íons
3. (Udesc) A água pura e o ácido clorídrico
cálcio e provocando a dissolução lenta des-
puro são péssimos condutores de corrente
sas rochas. Escreva a equação química balan-
elétrica. Explique como uma solução diluí-
ceada entre o carbonato de cálcio e os íons
da de ácido clorídrico em água pode ser boa
H+ presentes na chuva acidificada.
condutora de corrente elétrica.
4. (UFU) Sabendo-se que uma solução aquosa 8. (UFRJ) Associe cada item apresentado na co-
de ácido fosforoso (H3PO3) é boa condutora luna I a seguir com o item correspondente
de eletricidade, e que o ácido fosforoso é na coluna II.
classificado como um diácido, pede-se: Coluna I
a) As etapas do processo de ionização do áci-
1. Estrutura de Lewis
do, indicando as equações de suas etapas e a
equação global. 2. Composto inorgânico que apresenta liga-
b) A fórmula estrutural do ácido fosforoso. In- ção covalente
dique, por meio de círculos, quais são os hi- 3. Nomenclatura IUPAC
drogênios ionizáveis neste ácido. 4. H2SO4 + H2O → H3O+ + HSO4-
117
E.O. Enem E.O. UERJ
1. Numa rodovia pavimentada, ocorreu o tom- Exame Discursivo
bamento de um caminhão que transportava
ácido sulfúrico concentrado. Parte da sua 1. (UERJ) O ácido nítrico é um composto muito
carga fluiu para um curso d’água não poluído empregado em indústrias químicas, princi-
que deve ter sofrido, como consequência: palmente para a produção de corantes, fer-
I. mortalidade de peixes acima da normal tilizantes, explosivos e nylon. Um processo
no local do derrame de ácido e em suas industrial de obtenção do ácido nítrico con-
proximidades; siste na seguinte reação:
II. variação do pH em função da distância e
NaNO3(s) + H2SO4(aq) → HNO3(aq) + NaHSO4(aq)
da direção da corrente de água;
III. danos permanentes na qualidade de suas Escreva os nomes dos reagentes empregados
águas; nesse processo, sabendo-se que um deles é o
IV. aumento momentâneo da temperatura da nitrato de sódio e apresente a fórmula estru-
água no local do derrame. tural plana do ácido nítrico.
É correto afirmar que, dessas consequências,
apenas podem ocorrer:
a) I e II.
b) II e III.
E.O. Dissertativas
c) II e IV. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
d) I, II e IV.
e) II, III e IV. 1. (Unicamp) Água pura é um mau condutor
de corrente elétrica. O ácido sulfúrico puro
(H2SO4) também é mau condutor. Explique o
3. (Unesp) Escreva:
a) as fórmulas moleculares do ácido hipoiodoso
e do ácido perbrômico;
b) os nomes dos compostos de fórmulas H2SO3 e
H3PO4.
118
Gabarito 5.
H2SO3 e H2SO4
O ácido mais forte é o H2SO4, pois a diferen-
ça entre o número de átomos de oxigênio e
E.O. Aprendizagem o número de átomos de hidrogênio ácido é
igual a 2, enquanto no H2SO3 essa diferença
1. A 2. C 3. B 4. A 5. E é igual a 1.
6. B 7. E 8. E 9. A 10. D 6.
Um, pois está ligado ao oxigênio.
7.
a) CO2(g) + H2O(ℓ) H2CO3(aq) H+(aq) + HCO-3(aq)
E.O. Fixação SO2(g) + H2O(ℓ) H2SO3(aq) H+(aq) + HSO-3(aq)
1. C 2. E 3. A 4. D 5. E b) Ca2+CO32-(s) + 2H+(aq) Ca2+(aq) + H2O(ℓ) + CO2(g)
8.
1-B, 2-O, 3-H, 4-R.
6. B 7. D 8. C 9. A 10. C
119
INFOGRÁFICO:
Abordagem da RADIOATIVIDADE E QUÍMICA ORGÂNICA
nos principais vestibulares.
FUVEST - Por serem assuntos básicos por enquanto, o conteúdo visto neste livro será de pouco uso
para a FUVEST, porém, com o passar do tempo, será de extrema importância ter essa base muito
bem consolidada para a resolução de futuros exercícios.
LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - A Unicamp usa a abordagem do cotidia-
U
IC
FAC
INA
BO
1963
T U C AT U no para promover um maior alcance e interesse dos
alunos. Questões em que se pede a classificação das
cadeias em fármacos ou drogas é comum neste ves-
tibular.
ENEM / UFRJ - Presente em todo ano, a orgânica é uma das partes mais impor-
tantes da química no vestibular. Há sempre a identificação de cadeias carbônicas,
funções e isomeria em sua prova.
UERJ - Grande parte das questões da UERJ não aborda apenas o conteúdo visto
neste livro, porém é de suma importância sua compreensão para futuras ques-
tões, como de reações orgânicas, em que é necessário dominar os conhecimentos
básicos.
© Jaroslav Moravcik/Shutterstock
Aulas 11 e 12
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Meia-vida ou período de semidesintegração
A Cinética Radioativa é a matéria da Química Nuclear que estuda a rápida e a lenta desintegração de alguns ma-
teriais radioativos. Dentre outras, ela trata das seguintes grandezas:
A velocidade (v) com que ocorre a emissão de partículas (desintegração) é diretamente proporcional ao
número de núcleos radioativos (N), a cada instante considerado.
v=k·N
Após certo intervalo de tempo, o número de núcleos radioativos de cada isótopo reduz-se à metade. Esse
intervalo, característico de cada isótopo, é denominado meia-vida ou período de semidesintegração.
Meia-vida ou período de semidesintegração (P ou t1/2) é o tempo necessário para que a metade dos núcleos
radioativos se desintegre, para que uma amostra radioativa reduza-se à metade.
Exemplos de meia-vida:
Z r
95
65 anos
40
56 B a
140
12,8 anos
53 I
131
8 dias
42 M
99
o 67 horas
92 U
235
710 milhões de anos
Tanto na explosão de uma bomba atômica como em um acidente com vazamento numa usina nuclear, é
liberado um número incalculável de isótopos radioativos. Muitos deles apresentam uma meia-vida muito curta. Em
razão disso, seu decaimento radioativo impede que eles sejam fixados no solo, na vegetação ou nas águas.
Outros, no entanto, apresentam uma meia-vida muito longa, o que lhes permite fixarem-se no meio am-
biente, contaminando-o e tornando-o radioativo por longos períodos de tempo. Além disso, os nêutrons liberados
C
no processo de fissão podem agir sobre os constituintes da atmosfera, produzindo espécies radioativas, como 14
6 ,
3
1 H
e muitas outras.
Vida-média
Não é possível prever a duração de vida de determinado átomo, mas pode-se calcular um tempo estatístico de sua
duração. Por exemplo, se o elemento rádio tem vida-média de 2,3 mil anos, estatisticamente pode-se concluir que
um núcleo de rádio levará 2,3 mil anos para se desintegrar. O que não exclui a probabilidade de ele se desintegrar
antes ou depois desse tempo. Não confundir vida-média com meia-vida.
125
Curva de decaimento radioativa
Considere uma amostra de material radioativo de massa inicial m0. A cada meia-vida decorrida, a massa da mostra
reduz-se à metade.
m
m = ___
n0
2
E o tempo total decorrido Dt, desde o valor inicial m0 até se atingir o valor m, será de:
Dt = n · P
Esquematicamente:
∆t = n · P
m
m = ___
n0
2
Observação: a quantidade de material radioativo pode ser dada de várias maneiras: em massa (grama,
miligrama), em número de átomos, em porcentagem, em fração ou em atividade radioativa.
126
Teoria na prática
1. Numa amostra radioativa, a massa dos átomos radioativos é de 40 g. Após 63 h, a massa desses átomos
radiativos reduz-se a 5 g. Calcule a meia-vida do elemento.
Resolução:
Dt = n · P ä 63 h = 3 · P ä P = 21 h
∙ ∙ ∙
Partindo-se de 100% como a quantidade inicial de carbono-11, após cinco meias-vidas, temos:
100% → 50% → 25% → 12,5% → 6,25% → 3,125%
ou
m
m = ___ 100 → m = 3,125%
n , sendo n = 5 → m = ___
0
2 32
Alternativa B
127
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
ACESSAR
pt.energia-nuclear.net/acidentes-nucleares/chernobyl
noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/01/12/a-lua-e-mais-muito-mais-
velha-do-que-os-cientistas-imaginavam.htm
www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150808_hiroshima_nagasaki_chernobil_rm
phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/radioactive-dating-game
128
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
A datação de matéria orgânica é feita através da constituição de carbono-14 (carbono com número de massa
14) na matéria orgânica. O tempo de meia-vida do carbono 14 (14C) é de 5730 anos. Isto significa que, se um
organismo morreu há 5730 anos, terá a metade do conteúdo de 14C. Deste modo, é possível através disso obter
a idade aproximada de qualquer matéria orgânica. Esta técnica já foi utilizada de diversas formas diferentes por
historiadores de todo o mundo para poder ser o mais exato possível no trato com a história da humanidade, dos
animais e das plantas. Esta técnica possibilitou descobertas importantes para os campos da biologia e da história,
para remontar épocas e a trajetória dos seres vivos até atualmente. Do ponto de vista da biologia, a datação da
matéria orgânica é um fator preponderante, haja vista que a evolução das espécies está diretamente ligada ao
período em que elas viveram, às condições a que estavam submetidas e a qual era a fauna e a flora do ambiente
naquele momento.
INTERDISCIPLINARIDADE
Em setembro de 2016, a Coreia do Norte realizou testes nucleares. O teste nuclear foi realizado na base de Punggye-
-ri, no nordeste do país, o mesmo lugar onde a Coreia do Norte detonou bombas atômicas em 2006, 2009, 2013 e
em janeiro do mesmo ano, em que ao invés de uma bomba atômica, o teste foi feito com uma bomba de hidrogênio.
Embora ambas sejam muito destrutivas e com um objetivo bélico, elas apresentam diferenças quanto suas reações.
Bomba atômica
1. O funcionamento da arma começa quando uma carga de explosivo convencional, como dinamite, é aciona-
da à distância e explode.
2. O choque da explosão impulsiona uma bala de urânio-235 sobre uma esfera feita do mesmo material. Esse
impacto dá origem às reações de fissão, a quebra dos núcleos dos átomos que vão liberar energia.
3. Com a trombada, os instáveis e pesados átomos de urânio-235 arrebentam, liberando energia e nêutrons
que dão continuidade à reação. Cada átomo que se rompe solta novos nêutrons que quebram mais núcleos,
num efeito em cadeia que desprende cada vez mais energia.
Bomba de hidrogênio
1. Na bomba de hidrogênio, a espoleta utilizada não é um explosivo convencional, mas uma bomba atômica
como a de Hiroshima. Novamente, o momento do estouro dessa carga é determinado por meio de um con-
trole remoto.
2. Essa explosão atinge um compartimento cheio de composto de lítio, transformando essa substância em
deutério e trítio. Os átomos desses elementos são isótopos do hidrogênio, daí vem o nome da bomba. Todos
possuem apenas um próton, mas com quantidades diferentes de nêutrons.
3. Por serem bem leves e estarem submetidos a altíssima temperatura, os átomos de deutério e trítio tendem a
se unir, criando um átomo de hélio mais leve que os dois anteriores somados. A massa que sobra dá origem
à energia colossal da bomba.
129
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) Glicose marcada com nuclídeos de carbono-11 é utilizada na medicina para se obter ima-
gens tridimensionais do cérebro, por meio de tomografia de emissão de pósitrons. A desintegração
do carbono-11 gera um pósitron, com tempo de meia-vida de 20,4 min, de acordo com a equação
da reação nuclear:
C
11
6
→ 11 + 0 1 e
5B
(pósitron)
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma imagem
de tomografia é cinco meias-vidas.
Considerando que o medicamento contém 1,00 g do carbono-11, a massa, em miligramas, do nu-
clídeo restante, após a aquisição da imagem, é mais próxima de
a) 0,200.
b) 0,969.
c) 9,80.
d) 31,3.
e) 200.
130
Análise Expositiva
Habilidade 22
Neste tipo de questão o aluno é colocado a raciocinar utilizando os conhecimentos adquiridos
em decaimentos radioativos.
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma ima-
gem de tomografia é cinco meias-vidas.
Teremos:
Alternativa D
Estrutura Conceitual
Nuclídeo
Pode
ser
Instável
Participa
de
Aplicações
medicinais
Têm
Aplicações
bélicas
Reações nucleares
Por
exemplo
Decaimento
Tem Meia-vida
(Período de
radioativo semidesintegração)
131
E.O. Aprendizagem fotossíntese, e os animais, ao se alimenta-
rem das plantas, fazem com que o C-14 entre
na cadeia alimentar.
1. (UFG) No acidente ocorrido na usina nuclear A proporção entre o carbono-12 e o carbo-
de Fukushima, no Japão, houve a liberação no-14 nos seres vivos permanece constante
do iodo radioativo 131 nas águas do oceano durante toda sua vida, porém com a morte,
Pacífico. Sabendo que a meia-vida do isótopo não ocorre mais absorção do 14C, diminuin-
do iodo radioativo 131 é de 8 dias, o gráfico do sua concentração no organismo devido ao
que representa a curva de decaimento para seu decaimento radioativo.
Disponível em: <https://mundopre-historico.blogspot.
uma amostra de 16 gramas do isótopo 131 53I é: com.br/2011/07/como-se-descobre-idade-dos-fosseis.
a) html>. Adaptado. Acesso em: 18 jul. 2016.
132
Partindo de 180 g de uma amostra desse 8. (UFPI) Na conferência de 1998, a Socieda-
isótopo radioativo, o que restará dela, em de Nuclear Europeia mostrou muita preocu-
gramas, após dois anos é aproximadamente pação acerca do perigo do lixo nuclear. Por
igual a: exemplo, a desintegração do isótopo 90Sr,
a) 5,6. um dos elementos mais nocivos à vida, se
b) 11. dá através de emissões beta (b) de elevada
c) 22. energia, cuja meia-vida é de 28 anos. Consi-
d) 45. derando uma massa inicial de 24 mg desse
e) 90. isótopo, a massa aproximada em miligramas,
após 100 anos, será:
5. (Fatec) Um dos piores acidentes nucleares de a) 1,0.
todos os tempos completa 30 anos em 2016. b) 2,0.
Na madrugada do dia 25 de abril, o reator nú- c) 4,0.
mero 4 da Estação Nuclear de Chernobyl ex- d) 8,0.
plodiu, liberando uma grande quantidade de e) 16.
Sr-90 no meio ambiente que persiste até hoje
em locais próximos ao acidente. Isso se deve 9. (UFSCar) Em 1999, foi estudada a ossada do
ao período de meia-vida do Sr-90, que é de habitante considerado mais antigo do Bra-
aproximadamente 28 anos. sil, uma mulher que a equipe responsável
O Sr-90 é um beta emissor, ou seja, emite pela pesquisa convencionou chamar Luzia. A
uma partícula beta, transformando-se em idade da ossada foi determinada como sen-
Y-90. A contaminação pelo Y-90 representa do igual a 11.500 anos. Suponha que, nesta
um sério risco à saúde humana, pois esse determinação, foi empregado o método de
elemento substitui com facilidade o cálcio dosagem do isótopo radioativo carbono-14,
dos ossos, dificultando a sua eliminação pelo
cujo tempo de meia-vida é de 5.730 anos.
corpo humano.
<http://tinyurl.com/jzljzwc> Acesso
Pode-se afirmar que a quantidade de car-
em: 30.08.2016. Adaptado. bono-14 encontrada atualmente na ossada,
comparada com a contida no corpo de Luzia
Em 2016, em relação à quantidade de Sr-90 por ocasião de sua morte, é aproximadamen-
liberada no acidente, a quantidade de Sr-90
te igual a:
que se transformou em Y-90 foi, aproxima- a) 100% do valor original.
damente, de: b) 50% do valor original.
1 .
a) __ c) 25% do valor original.
8
b) __ 1 . d) 10% do valor original.
6 e) 5% do valor original.
c) __ 1 .
5 1
0. (FGV) O isótopo radioativo do hidrogênio,
d) __ 1 . trítio (3H), é muito utilizado em experimen-
4
e) __ 1 . tos de marcação isotópica na química orgâ-
2 nica e na bioquímica. Porém, um dos proble-
6. (Unirio) O 201Tℓ é um isótopo radioativo usa- mas em utilizá-lo é que sua meia-vida é de
do na forma de TℓCℓ3 (cloreto de tálio), para 12,3 anos, o que causa um tempo de espera
diagnóstico do funcionamento do coração. longo para que se possa descartá-lo no lixo
Sua meia-vida é de 73 h (aproximadamente comum.
3 dias). Qual será a taxa de trítio daqui a 98 anos em
Certo hospital possui 20 g desse isótopo. Sua uma amostra preparada hoje (100%)?
a) 0%
massa, em gramas, após 9 dias, será igual a:
b) 12,55%
a) 1,25.
c) 7,97%
b) 2,5.
d) 0,39%
c) 3,3.
e) 0,78%
d) 5,0.
e) 7,5.
133
a) 1/2 da quantidade inicialmente presente. As variações das massas desses radioisóto-
b) 1/4 da quantidade inicialmente presente. pos foram acompanhadas ao longo dos ex-
c) 1/8 da quantidade inicialmente presente. perimentos. O gráfico a seguir ilustra as ob-
d) 1/16 da quantidade inicialmente presente. servações experimentais obtidas durante as
e) 1/32 da quantidade inicialmente presente.
primeiras duas horas de acompanhamento.
2. (UPE) Um hospital foi denunciado por rea-
lizar sessões de radioterapia com um equi-
pamento cujo irradiador, denominado bom-
ba de cobalto (cobalto-60), está vencido. O
cobalto-60 é usado como fonte de radiação
gama e possui um período de semidesinte-
gração de 5,26 anos. Esse hospital realiza
sessões de radioterapia para o tratamento
contra o câncer, utilizando radiações ioni-
zantes com o objetivo de destruir as células
neoplásicas para obter uma redução ou o de-
saparecimento da lesão maligna. O equipa-
mento lança feixes de radiação direcionados
para o local contendo as células afetadas. A
Sobre esse experimento é INCORRETO afir-
instituição alegou que as bombas de cobal-
to-60 foram adquiridas há 6 anos e atendem mar que:
às especificações de tempo de utilização. a) a meia-vida do 212Bi é de 60 minutos.
Nesse caso, a denúncia é infundada porque b) após aproximadamente 25 minutos do início
a) a fonte de irradiação manteve a massa de do experimento, a relação entre a massa de
cobalto-60, em razão da reversibilidade da 212
Bi e a massa de 214Po é igual a 3.
reação de desintegração. c) no decaimento do 214Bi forma-se o isótopo
b) a concentração de radioisótopo na bomba pas- 210
TI.
sa a tornar mais perigoso o trabalho do técnico d) após 4 horas do início do experimento, ainda
responsável pelo manuseio do equipamento.
c) apesar da diminuição da massa da amostra radio- restam 12,5 mg de 212Bi sem sofrer desinte-
ativa, mantém-se a emissão de radiação gama; gração radioativa.
logo, o tratamento continua sendo eficaz.
d) a quantidade de cobalto radioativo presente 5. (FGV) O ítrio-90, meia-vida = 3 dias, emis-
na amostra no momento da denúncia é 50% sor
–1 b
0
, é empregado como radiofármaco no
menor que no período inicial de utilização tratamento de artrite reumatoide. O percen-
do irradiador.
tual de Y-90, que permanece após 9 dias em
e) o cobalto-60 continua sofrendo reações de
transmutação, ao ter seus núcleos bombar- que ele foi empregado no paciente, e o pro-
deados com radiações gama no interior do duto de seu decaimento radiativo são, res-
equipamento. pectivamente:
a) 12,5% e ítrio-89.
3. (PUC-PR) Um elemento radioativo com b) 12,5% e zircônio-90.
Z = 53 e A = 131 emite partículas alfa e beta, c) 33% e estrôncio-90.
perdendo 75 % de sua atividade em 32 dias. d) 33% e zircônio-90.
Determine o tempo de meia-vida deste ra-
dioisótopo. 6. (UEPG) O tempo de meia-vida do radioisóto-
a) 8 dias po 55Cs137 é de 30 anos. Sobre o radioisótopo
b) 16 dias
Cs137, assinale o que for correto.
c) 5 dias 55
134
7. (UEG) Considere que determinado sistema a) a meia-vida do carbono-14 é cerca de 1.000
contenha uma massa A de um radioisótopo anos menor do que os 6.000 anos do Império
hipotético, cuja meia-vida seja de 45 segun- Egípcio.
dos. Ao transcorrerem 5,25 minutos, a massa b) para que fosse alcançada esta relação 14C/12C
do elemento radioativo que estará presente no tecido vegetal, seriam necessários, ape-
nesse sistema será igual a: nas, cerca de 3.000 anos.
a) A/8. c) a relação 14C/12C de 25%, em comparação
b) A/16. com a de um tecido vegetal vivo, correspon-
c) A/64. de à passagem de, aproximadamente, 1.500
d) A/128. anos.
d) ele pertenceu a um vegetal que morreu há
cerca de 11.500 anos.
8. (UERN) O iodo-131, utilizado em Medicina
e) ele é relativamente recente, tendo perten-
Nuclear para exames de tireoide possui a cido a uma planta que viveu há apenas 240
meia-vida de oito dias. Isso significa que, de- anos, aproximadamente.
corridos 8 dias, a atividade ingerida pelo pa-
ciente será reduzida a metade. Passados mais
8 dias, cairá a metade desse valor, ou seja, 1/4
da atividade inicial e assim sucessivamente. E.O. Complementar
Após 80 dias, o iodo-131 estará cerca de:
1. (Espcex) O radioisótopo cobalto-60 (60
27C
o) é
a) 10 vezes menor.
b) 100 vezes menor. muito utilizado na esterilização de alimentos,
c) 1.000 vezes menor. no processo a frio. Seus derivados são empre-
d) 10.000 vezes menor. gados na confecção de esmaltes, materiais ce-
râmicos, catalisadores na indústria petrolífera
nos processos de hidrodessulfuração e refor-
9. (Vunesp) O tecnécio-99, um isótopo radio-
ma catalítica. Sabe-se que este radioisótopo
ativo utilizado em Medicina, é produzido a
possui uma meia-vida de 5,3 anos.
partir do molibdênio, segundo o processo
Considerando os anos com o mesmo número
esquematizado a seguir.
de dias e uma amostra inicial de 100 g de
cobalto-60, após um período de 21,2 anos,
a massa restante desse radioisótopo será de:
a) 6,25 g
b) 10,2 g
c) 15,4 g
d) 18,6 g
e) 24,3 g
Define-se t1/2 (tempo de meia-vida) como o
tempo necessário para que ocorra desinte- 2. (UCS) Em cinco anos, se não faltarem recur-
gração de metade do total de átomos radioa- sos orçamentários, o Brasil poderá se tornar
tivos inicialmente presentes. autossuficiente na produção de radioisóto-
É correto afirmar que: pos, substâncias radioativas que podem ser
a) X é uma partícula alfa. usadas no diagnóstico e no tratamento de
b) X é uma partícula beta. várias doenças, além de ter aplicações na in-
99
c) ao final de 12 horas, toda a massa de 43 T c é dústria, na agricultura e no meio ambiente.
transformada em produto Y. O ouro-198, por exemplo, é um radioisóto-
d) ao final de 12 horas, restam 72% da quanti- po que tem sido frequentemente empregado
dade inicial de 99
Tc.
43 pela chamada “Medicina Nuclear” no diag-
e) o produto final Y é um isótopo do elemento nóstico de problemas no fígado.
de número atômico 44. Supondo que um paciente tenha ingerido
uma substância contendo 5,6 mg de 198Au, a
1
0. (Vunesp) Medidas de radioatividade de uma massa (em miligramas) remanescente no or-
amostra de tecido vegetal encontrado nas ganismo do mesmo depois de 10,8 dias será
proximidades do vale dos Reis, no Egito, re- igual a:
velaram que o teor em carbono-14 (a relação Observação: Admita que não tenha ocorrido
14
C/12C) era correspondente a 25% do valor excreção do radioisótopo pelo paciente du-
encontrado para um vegetal vivo. rante o período de tempo descrito no texto.
Sabendo que a meia-vida do carbono-14 é Dado: t1/2 do 198Au = 2,7 dias.
5.730 anos, conclui-se que o tecido fossi- a) 0,175.
lizado encontrado não pode ter pertencido b) 0,35.
a uma planta que viveu durante o antigo c) 0,7.
Império Egípcio – há cerca de 6000 anos –, d) 1,4.
pois: e) 2,8.
135
3. (PUC-PR) “Energia nuclear é toda a energia Está CORRETO o que se afirma apenas em:
associada a mudanças da constituição do nú- a) I e II.
cleo de um átomo, por exemplo, quando um b) I e III.
nêutron atinge o núcleo de um átomo de urâ- c) II e III.
nio 235, dividindo-o, parte da energia que d) II e IV.
ligava os prótons e os nêutrons é liberada em
e) I, III e IV.
forma de calor. Esse processo é denominado
fissão nuclear. A central nuclear é a instala-
ção industrial própria usada para produzir 5. (FGV) O gráfico mostra a radioatividade
eletricidade a partir de energia nuclear, que numa amostra de radiofármaco contendo
se caracteriza pelo uso de materiais radioati- Tℓ-201, usado em diagnóstico por imagem
vos que, através de uma reação nuclear, pro- do miocárdio. A abscissa mostra o número de
duzem calor. Nessas centrais existe um alto dias decorridos a partir da produção desse
grau de segurança, devido à matéria-prima fármaco e a ordenada mostra a radioativida-
radioativa empregada”. de correspondente naquele dia.
Fonte: <http://www.mundoeducacao.com/
quimica/uso-energia-nuclear.htm>.
136
3. (UFRJ) esforço de guerra. Era um dia claro e quen-
te de verão e às 8h, Shizuko e seus colegas
iniciavam a derrubada de parte das casas de
madeira do centro de Hiroshima para tentar
criar um cordão de isolamento anti-incêndio
no caso de um bombardeio incendiário aéreo.
Estima-se que, no Brasil, a quantidade de Àquela altura, ninguém imaginava que Hi-
alimentos desperdiçados seria suficiente roshima seria o laboratório de outro tipo de
para alimentar 35 milhões de pessoas. Uma bombardeio, muito mais devastador e letal,
das maneiras de diminuir esse desperdício é para o qual os abrigos anti-incêndio foram
melhorar a conservação dos alimentos. Um inúteis”.
dos métodos disponíveis para tal fim é sub- “Hiroshima, Japão. Passear pelas ruas de Hi-
meter os alimentos a radiações ionizantes, roshima hoje – 60 anos depois da tragédia
reduzindo, assim, a população de micro-or- que matou 140 mil pessoas e deixou cicatrizes
ganismos responsáveis por sua degradação. eternas em outros 60 mil, numa população de
Uma das tecnologias existentes emprega o 400 mil – é nunca esquecer o passado. Apesar
isótopo de número de massa 60 do Cobalto de rica e moderna com seus 1,1 milhão de
como fonte radioativa. Esse isótopo decai habitantes circulando em bem cuidadas ruas
pela emissão de raios gama e de uma partí-
e avenidas, os monumentos às vítimas do ter-
cula b e é produzido pelo bombardeamento
ror atômico estão em todos os lugares”.
de átomos de Cobalto de número de massa
Sessenta anos após o fim da Segunda Guerra
59 com nêutrons.
Mundial, ainda nos indignamos com a tragé-
(Dados: Co (Z = 27); Ni (Z = 28)). dia lançada sobre Hiroshima e Nagasaki. A
a) Escreva a reação de produção do Cobalto-60 bomba que destruiu essas cidades marcou o
a partir do Cobalto-59 e a reação de decai- início da era nuclear. O fenômeno se consti-
mento radioativo do Cobalto-60. tui de uma reação em cadeia, liberando uma
b) Um aparelho utilizado na irradiação de ali- grande quantidade de energia, muito maior
mentos emprega uma fonte que contém, do que aquela envolvida em reações químicas.
inicialmente, 100 gramas de Cobalto-60. Em virtude disso, a fissão nuclear é usada nas
Admitindo que o tempo de meia-vida do Co- usinas termoelétricas, que visam a transfor-
balto-60 seja de cinco anos, calcule a massa mar energia térmica em energia elétrica. O
desse isótopo presente após quinze anos de combustível principal é o Urânio. Consideran-
utilização do aparelho. do as equações a seguir:
5. (Ufrrj)
FIM DA 2ª GUERRA MUNDIAL
BOMBA ATÔMICA
SESSENTA ANOS DE TERROR NUCLEAR
Destruídas por bombas, Hiroshima e Naga-
saki hoje lideram luta contra essas armas
Domingo, 31 de julho de 2005 - O GLOBO Químicos da Universidade de Tufts, nos Es-
Gilberto Scofield Jr. Enviado especial Hiroshima, Japão tados Unidos, flagraram todo o processo
“Shizuko Abe tinha 18 anos no dia 6 de agos- durante o qual o iodo-125, um isótopo ra-
to de 1945 e, como todos os jovens japoneses dioativo usado em terapias contra o câncer,
durante a Segunda Guerra Mundial, ela ha- se transformava em telúrio-125, um isótopo
via abandonado os estudos para se dedicar ao não radioativo do elemento telúrio.
137
A transformação de um elemento em outro foi documentada em um experimento no qual uma
gota de água contendo o iodo-125 foi depositada sobre uma camada fina de ouro. Quando a água
evaporou, a amostra foi observada ao microscópio, até finalmente ser flagrado o decaimento de um
dos átomos de iodo presentes na amostra.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
a) Sabendo que, para gerar o 125
52 Te, o decaimento do 125
53I ocorre por captura de elétrons, apresente a equa-
ção que descreve essa reação nuclear.
b) Uma amostra de iodo foi colocada para secar em uma camada de ouro durante 10 dias. O gráfico regis-
tra a curva de decaimento dessa amostra depois da secagem.
7. (USCS) O ano de 1986 é lembrado como o ano do maior acidente nuclear já registrado na história:
a explosão do reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl. Esse reator utilizava o isótopo 235
do urânio como combustível, que sofre o fenômeno representado na figura.
Outro acidente nuclear, com consequências menos desastrosas, já havia ocorrido em 1979. O rea-
tor da usina de Three Mile Island gerou 1.000 m3 de gás hidrogênio, que foi removido antes que
ocorresse uma explosão. Esse gás pode ter sido produzido pela reação entre zircônio (massa molar
91 g ∙ mol-1), um dos elementos das ligas que compõem algumas partes do reator, e vapor d’água,
em altas temperaturas:
a) Cite o nome do fenômeno representado pela figura, que se inicia com o bombardeio do U-235 por um
nêutron. Considerando que o nuclídeo X1 seja o 141
56B a, calcule o número de massa do nuclídeo X2.
b) Considere que, nas condições internas de um reator nuclear, o volume molar de um gás seja 18,2 L
· mol-1. Calcule a massa de zircônio consumida, em toneladas, para a produção de 1.000 m3 de gás
hidrogênio.
8. (Fac. Santa Marcelina) Analise a sequência que representa as emissões radioativas naturais para o
nuclídeo
82 Pb.
212
138
Sabe-se que, ao emitir mais uma partícula beta, o nuclídeo Y forma um núcleo estável e que a di-
minuição da atividade do nuclídeo X ocorre de acordo com o gráfico.
9. (UFPR) A datação de objetos pode se base- A partir da injeção de glicose marcada com
ar em diversos métodos, sendo o método esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma
por radioisótopos, em especial carbono-14, imagem de tomografia é cinco meias-vidas.
um dos mais conhecidos e empregados para Considerando que o medicamento contém
artefatos arqueológicos. Em estudos sobre o 1,00 g do carbono-11, a massa, em miligra-
histórico de contaminação ambiental, que mas, do nuclídeo restante, após a aquisição
datam desde a Revolução Industrial, o ra- da imagem, é mais próxima de:
a) 0,200.
dionuclídeo natural 210Pb tem sido utilizado
b) 0,969.
para se estimar a data de deposição de sedi-
c) 9,80.
mentos contaminados em lagos e estuários.
d) 31,3.
O 210Pb possui tempo de meia-vida (t1/2) de e) 200.
22,5 anos e é mais adequado para datação de
eventos recentes que o 14C, cujo t1/2 = 5.730
2. (Enem 2017) A técnica do carbono-14 per-
anos. Acerca desse assunto: mite a datação de fósseis pela medição dos
a) Explique o que é tempo de meia-vida (t1/2). valores de emissão beta desse isótopo pre-
b) Considerando que o sedimento a ter sua data sente no fóssil. Para um ser em vida, o má-
estimada apresenta atividade de 210Pb equi- ximo são 15 emissões beta/(min g). Após a
valente a 12,5% da atividade no momento da morte, a quantidade de 14C se reduz pela me-
deposição (t = 0), qual a idade do sedimento? tade a cada 5.730 anos.
A prova do carbono 14. Disponível em: http://noticias.
terra.com.br. Acesso em: 9 nov. 2013 (adaptado).
é
6C
11
+ 01 e
5B
11
(pósitron)
139
E.O. UERJ Considere as informações a seguir:
§§ o decaimento do rádio-226 produz radô-
Exame de Qualificação nio-222 e hélio-4;
§§ os gases hélio e radônio têm comporta-
mento ideal;
1. (UERJ) Considere o gráfico da desintegração
§§ não há reação entre os gases no interior
radioativa de um isótopo:
da ampola.
Calcule a pressão, em atm, no interior da am-
pola, 7,6 dias após o início do experimento.
Meia-vida Partícula
Radioisótopo
(anos) emitida
Polônio-208 3 α
Rádio-224 6 β
Para que a fração de átomos não desintegra-
dos seja 12,5% da amostra inicial, o número Em um experimento, duas amostras de mas-
necessário de dias é: sas diferentes, uma de polônio-208 e outra
a) 10. de rádio-224, foram mantidas em um reci-
b) 15. piente por 12 anos. Ao final desse período,
c) 20. verificou-se que a massa de cada um desses
d) 25. radioisótopos era igual a 50 mg.
Calcule a massa total, em miligramas, de radio-
isótopos presente no início do experimento.
2. (UERJ) Uma das consequências do acidente Escreva também os símbolos dos elementos
nuclear ocorrido no Japão em março de 2011
químicos formados no decaimento de cada
foi o vazamento de isótopos radioativos que
podem aumentar a incidência de certos tu- um desses radioisótopos.
mores glandulares. Para minimizar essa pro-
babilidade, foram prescritas pastilhas de io- 3. (UERJ) Recentemente, a imprensa noticiou
deto de potássio à população mais atingida o caso do envenenamento por polônio-210
pela radiação. de um ex-agente secreto soviético. Sabe-se,
A meia-vida é o parâmetro que indica o tem- em relação a esse isótopo, que:
po necessário para que a massa de uma cer- §§ ao se desintegrar, emite uma partícula alfa;
ta quantidade de radioisótopos se reduza à §§ em 420 dias, uma amostra de 200 mg de-
metade de seu valor. Considere uma amostra cai para 25 mg;
de 53I33, produzido no acidente nuclear, com §§ o isótopo formado nesse decaimento for-
massa igual a 2 g e meia-vida de 20 h. Após ma um íon divalente.
100 horas, a massa dessa amostra, em mili-
Admita que o sulfato desse íon divalente te-
gramas, será cerca de:
a) 62,5. nha sido submetido, em solução aquosa, ao
b) 125. processo de eletrólise com eletrodos inertes.
c) 250. Calcule o tempo de meia-vida do polônio-210.
d) 500.
4. (UERJ) Na datação de rochas pode-se em-
pregar a técnica do potássio-40. A conversão
E.O. UERJ deste isótopo em argônio-40, por captura de
elétron, tem meia-vida de 1,28 × 109 anos e
Exame Discursivo é representada pela seguinte equação:
140
5. (UERJ 2017) O berquélio (Bk) é um elemento químico artificial que sofre decaimento radioativo.
No gráfico, indica-se o comportamento de uma amostra do radioisótopo 249Bk ao longo do tempo.
Sabe-se que a reação de transmutação nuclear entre o 249Bk e o 48Ca produz um novo radioisótopo
e três nêutrons.
Apresente a equação nuclear dessa reação. Determine, ainda, o tempo de meia-vida, em dias, do
249
Bk.
Dado:
tempo em anos
a) 15.
b) 50.
c) 90.
d) 100.
e) 120.
141
2. (Unesp) Um radioisótopo, para ser adequado para fins terapêuticos, deve possuir algumas qualida-
des, tais como: emitir radiação gama (alto poder de penetração) e meia-vida apropriada. Um dos
isótopos usados é o tecnécio-99, que emite este tipo de radiação e apresenta meia-vida de 6 horas.
Qual o tempo necessário para diminuir a emissão dessa radiação para 3,125 % da intensidade inicial:
a) 12 horas.
b) 18 horas.
c) 24 horas.
d) 30 horas.
e) 36 horas.
A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, observa-se que, após 39 horas, formaram-se 17,5 mg de
Zn-64.
Sendo assim, o tempo necessário para que metade da massa inicial de Cu-64 sofra decaimento beta
é cerca de:
a) 6 horas.
b) 13 horas.
c) 19 horas.
d) 26 horas.
e) 52 horas.
4. (Unesp) Durante sua visita ao Brasil em 1928, Marie Curie analisou e constatou o valor terapêutico
das águas radioativas da cidade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra de água de uma das fontes
apresentou concentração de urânio igual a 0,16 μg/L. Supondo que o urânio dissolvido nessas
águas seja encontrado na forma de seu isótopo mais abundante, 238U, cuja meia-vida é aproxima-
damente 5 × 109 anos, o tempo necessário para que a concentração desse isótopo na amostra seja
reduzida para 0,02 μg/L será de:
a) 5 × 109 anos.
b) 10 × 109 anos.
c) 15 × 109 anos.
d) 20 × 109 anos.
e) 20 × 109 anos.
142
a) 100 mil. Pu242 + 20Ca48 → 114Xa → 112Y286 + b
94
b) 50 mil.
c) 25 mil. Com base nestas equações, pode-se dizer que
d) 12,5 mil. a e b são, respectivamente:
e) 6,2 mil. a) 290 e partícula beta.
b) 290 e partícula alfa.
c) 242 e partícula beta.
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite ra-
d) 242 e nêutron.
diação b, sendo que 1 g de carbono de um
e) 242 e pósitron.
vegetal vivo apresenta cerca de 900 decai-
mentos b por hora – valor que permanece
1
0. (Fuvest) Utilizando um pulso de laser*, diri-
constante, pois as plantas absorvem conti- gido contra um anteparo de ouro, cientistas
nuamente novos átomos de 14C da atmosfera britânicos conseguiram gerar radiação gama
enquanto estão vivas. Uma ferramenta de suficientemente energética para, atuando
madeira, recolhida num sítio arqueológico, sobre um certo número de núcleos de iodo-
apresentava 225 decaimentos b por hora por 129, transmutá-los em iodo-128, por libera-
grama de carbono. Assim sendo, essa ferra- ção de nêutrons. A partir de 38,7 g de iodo-
menta deve datar, aproximadamente, de: 129, cada pulso produziu cerca de 3 milhões
Dado: meia vida do carbono – 45 = 5700 anos de núcleos de iodo-128. Para que todos os
a) 19.100 a.C. núcleos de iodo-129 dessa amostra pudes-
b) 17.100 a.C. sem ser transmutados, seriam necessários x
c) 9.400 a.C. pulsos, em que x é:
d) 7.400 a.C. Dado: constante de Avogadro = 6,0 × 1023mol-1.*
e) 3.700 a.C. laser = fonte de luz intensa
a) 1 × 103.
8.
(Fuvest) Um centro de pesquisa nuclear b) 2 × 104.
possui um cíclotron que produz radioisóto- c) 3 × 1012.
pos para exames de tomografia. Um deles, o d) 6 × 1016.
Flúor-18 (18F), com meia-vida de aproxima- e) 9 × 1018.
damente 1h 30 min, é separado em doses, de 1
1. (Unesp) Em 2011 comemoramos o Ano In-
acordo com o intervalo de tempo entre sua ternacional da Química (AIQ). Com o tema
preparação e o início previsto para o exame. “Química: nossa vida, nosso futuro”, o AIQ-
Se o frasco com a dose adequada para o exame 2011 tem como objetivos aumentar o conhe-
de um paciente A, a ser realizado 2 horas de- cimento do público sobre a química, desper-
pois da preparação, contém NA átomos de 18F, tar o interesse entre os jovens e realçar as
o frasco destinado ao exame de um paciente contribuições das mulheres para a ciência.
B, a ser realizado 5 horas depois da prepara- Daí a justa homenagem à cientista polonesa
ção, deve conter NB átomos de 18F, com: Marie Curie (1867-1934), que há 100 anos
(A meia-vida de um elemento radioativo é o conquistava o Prêmio Nobel da Química com
intervalo de tempo após o qual metade dos a descoberta dos elementos polônio e rádio.
átomos inicialmente presentes sofreram de- O polônio resulta do decaimento radiativo
sintegração.) do bismuto, quando este núcleo emite uma
a) NB = 2 NA. partícula b em seguida, o polônio emite uma
b) NB = 3 NA. partícula α resultando em um núcleo de
c) NB = 4 NA. chumbo, como mostra a reação.
d) NB = 6 NA.
e) NB = 8 NA.
B
i
210
83
X Y Po
MP
82 b
143
Cs-137 na cápsula, o tempo, em anos, que Em relação a 1987, a fração de césio-137, em
resta para que a massa desse elemento seja %, que existirá na fonte radioativa 120 anos
reduzida a 2,4 g é igual a: após o acidente, será, aproximadamente,
a) 67. a) 3,1.
b) 77. b) 6,3.
c) 80. c) 12,5.
d) 90. d) 25,0.
e) 97. e) 50,0.
144
b) A partir dos dados da tabela, o que se pode 6. (Unicamp) Entre o "doping" e o desempe-
afirmar sobre a estabilidade do ozônio? nho do atleta, quais são os limites? Um cer-
Dados: to "β-bloqueador", usado no tratamento de
asma, é uma das substâncias proibidas pelo
Ozõnio dissolvi-
Ozônio em fase gasosa
do em água Comitê Olímpico Internacional (COI), já que
provoca um aumento de massa muscular e
Temperatura /°C t1/2 Temperatura /ºC t1/2
diminuição de gordura. A concentração des-
–50 3 meses 15 30 min. sa substância no organismo pode ser mo-
–35 18 dias 20 20 min. nitorada através da análise de amostras de
–25 8 dias 25 15 min. urina coletadas ao longo do tempo de uma
investigação. O gráfico mostra a quantida-
20 2 dias 30 12 min.
de do "β-bloqueador" contida em amostras
120 1,5 horas 35 8 min. da urina de um indivíduo, coletadas perio-
dicamente durante 90 horas após a ingestão
3. (Unesp) Para determinar o tempo em que da substância. Este comportamento é válido
certa quantidade de água permaneceu em também para além das 90 horas. Na escala de
aquíferos subterrâneos, pode-se utilizar a quantidade, o valor 100 deve ser entendido
composição isotópica com relação aos teores como sendo a quantidade observada num tem-
de trítio e de hidrogênio. A água da chu- po inicial considerado arbitrariamente zero.
va apresenta a relação 1H3/1H1 = 1,0 × 10–17 a) Depois de quanto tempo a quantidade eli-
e medições feitas na água de um aquífero minada corresponderá a 1/4 do valor inicial,
mostraram uma relação igual a 6,25 × 10–19. ou seja, duas meias-vidas de residência da
Um átomo de trítio sofre decaimento radio- substância no organismo?
ativo, resultando em um átomo de um isóto- b) Suponha que o "doping" para esta subs-
po de hélio, com emissão de uma partícula tância seja considerado positivo para va-
b. Forneça a equação química para o de- lores acima de 1,0 × 10-6 g/mL de urina
–1
caimento radioativo do trítio e, sabendo que (1 micrograma por mililitro) no momento
da competição. Numa amostra coletada 120
sua meia-vida é de 12 anos, determine por
horas após a competição, foram encontra-
quanto tempo a água permaneceu confinada
dos 15 microgramas de "β-bloqueador" em
no aquífero. 150 mL de urina de um atleta. Se o teste fos-
se realizado em amostra coletada logo após
4. (Unesp) O cobre 64 (29Cu64) é usado na forma a competição, o resultado seria positivo ou
de acetato de cobre para investigar tumores negativo? Justifique.
no cérebro. Sabendo-se que a meia vida des-
te radioisótopo é de 12,8 horas, pergunta-se:
a) Qual a massa de cobre 64 restante, em mili-
ramas, após 2 dias e 16 horas, se sua massa
inicial era de 32 mg?
b) Quando um átomo de cobre 64 sofrer decaimen-
to, emitindo duas partículas a, qual o número
de prótons e nêutrons no átomo formado?
145
apenas ao seu decaimento radioativo e à sua 9. (Unicamp) A Revista nº 162 apresenta uma
diluição no sangue. pesquisa desenvolvida no Instituto de Pes-
a) Use o gráfico a seguir para determinar de quisas Energéticas e Nucleares (IPEN) sobre
quanto caiu a atividade do gálio-67, após 25 a produção de fios de irídio-192 para tratar
horas. tumores. Usados em uma ramificação da ra-
Dados: dioterapia chamada braquiterapia, esses
fios são implantados no interior dos tumo-
res e a radiação emitida destrói as células
cancerígenas e não os tecidos sadios. O 192Ir
se transforma em 192Pt por um decaimento
radioativo e esse decaimento em função do
tempo é ilustrado na figura a seguir.
146
b) Qual o número de partículas alfa e o número
de partículas beta negativa que são emitidas Gabarito
na cadeia de decaimento que leva de um ra-
dionuclídeo de Ra-226 até um radionuclídeo
de Po-210? Explique. E.O. Aprendizagem
1. D 2. A 3. B 4. D 5. E
1
1. (Unifesp) No estudo do metabolismo ósseo
em pacientes, pode ser utilizado o radioisó- 6. B 7. D 8. B 9. C 10. D
topo Ca−45, que decai emitindo uma partícu-
la beta negativa, e cuja curva de decaimento
é representada na figura. E.O. Fixação
1. D 2. C 3. B 4. D 5. B
6. 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31
7. D 8. C 9. B 10. D
E.O. Complementar
1. A 2. B 3. B 4. A 5. B
E.O. Dissertativo
A absorção deficiente de cálcio está associada 1.
16 dias
a doenças crônicas como osteoporose, câncer
2.
Teremos:
de cólon e obesidade. A necessidade de cálcio
varia conforme a faixa etária. A OMS (Orga- 20 g é 10 g é 5 g é 2,5 g é 1,25 g é
nização Mundial da Saúde) recomenda uma é 0,625 g é 0,3125 g é 0,15625 g é
dose de 100 mg/dia na fase adulta. A suple- Tempo total = 8 P
mentação desse nutriente é necessária para 240 anos = 8 P
alguns indivíduos. Para isso, o carbonato de p = 30 anos (meia-vida)
cálcio pode ser apresentado em comprimidos
que contêm 625 mg de CaCO3.
a) Determine a meia-vida do radioisótopo
Ca−45 e identifique o elemento químico re-
sultante do seu decaimento.
b) Determine o número de comprimidos do su-
plemento carbonato de cálcio que correspon-
de à quantidade de cálcio diária recomenda-
da pela OMS para um indivíduo adulto.
3.
a) 27Co59 + 0n1 é 27Co
27
Co60 é 0g0 + –1b0 + 28Ni60
b) P = 5 anos (período de semidesintegra-
ção) ä 15 anos = 3 P
P
P
P
100 g é 50 g é 25 g é 12,5 g
Após 15 anos, haverá 12,5 g desse isótopo.
4.
a) Como emitiram-se 4 partículas alfa e
4 = 2.
duas partículas beta, a razão será __
2
b) 9,3 minutos.
5.
a) X = 36Kr93 e Y = 35Br90.
b) 9,0 bilhões de anos.
147
6.
a) Equação que descreve a reação nuclear:
E.O. UERJ
53I +
125
0e b →
-1 52
-125
Te. Exame Discursivo
b) A partir de 50%, tem-se:
1.
3,8 dias 3,8 dias
1 mol é 0,5 mol é 0,25 mol
Reação: 88
Ra226 é 86
RN222 é 2
He4
Início 1 0 0
Decomposição -0,75 +0,75 +0,75
Final 0,25 +0,75 +0,75
n = 0,75 + 0,75 = 1,5 mol
P · V = n · R · T ä P × 8,2 = 1,5 × 0,082 × 300
ä P = 4,5 atm
Ptotal = 1,5 + 4,5 = 6,0 atm
Conclusão: a meia-vida é de 60 dias. 2.
Os elementos químicos formados são Ac e Pb.
7. 3.
140 dias.
a) Fissão nuclear. Trata-se de um processo 4.
nuclear onde o núcleo pesado é atingido a) O resultado 7 foi obtido pela razão 7/1. A
por um nêutron que, após a colisão, li- quantidade total de isótopos é 1 + 7 = 8.
bera uma imensa quantidade de energia, p p p
nesse processo a cada colisão são libera- 8 → 4 → –2 → 1 (p = meia-vida).
dos novos nêutrons. Tempo = 3p = 3 × 1,28 × 109 = 3,84 × 109
anos.
1 235 140 93 1
0 n + 92 U → 56 Ba + 36 Kr + 3 0 n
b) 40K19 → 0b-1 + 40Ca20
X2
5.
A partir do gráfico, para metade de 20 g ou
b) x = 2.500.000 g ou 2,5 ton seja, 10 g têm-se um tempo de meia-vida de
8. 300 dias.
a) Semelhança entre o átomo formado e o
249
k+
97 B C
48
a → 294 us + 3 10 n
U
átomo inicial: são isótopos, ou seja, pos- 20 117
148
A estabilidade do ozônio é menor em solução. Para temperaturas iguais (20 °C, por exemplo),
o valor de t1/2 em solução é de 20 minutos, enquanto na fase gasosa ele é de 2 dias.
3.
A equação:
1
H3 é 2He3 + –1b0
A água ficou confinada no aquífero por 48 anos.
A relação inicial entre o trítio e o prótio é de 1 × 10–17 até decair a 6,25 × 10–19 é dada pela
figura a seguir.
1 × 10–17 é 5,0 × 10–18 é 2,5 × 10–18 é
é 1,25 × 10–18 é 6,25 × 10–19
Tempo total = 4 × 12 anos = 48 anos.
4.
a) 1 mg.
b) P = 25 (prótons).
N = 31 (nêutrons).
5.
a) 6C11 → +1β0 + 5B11
O núcleo formado é do elemento boro (Z = 5).
b) 40,8 minutos.
6.
a) 60 horas.
b) Após 120 h temos:
c = 240 μg/150 mL = 1,6 μg/mL > 1,0 μg/mL
Conclusão: o resultado seria positivo.
7.
a) A atividade do gálio-67 caiu de 20% nas 25 horas (de 1,0 para 0,8).
b) 4,80 L de sangue.
c) 31Ga67 + -1b0 → γ + 30Zn67.
8.
a) Equações completas no processo de decaimento para os três elementos (de acordo com o enun-
ciado pode-se escolher apenas um deles):
b) Conclusão:
9.
a) Depois de 160 dias (80 dias + 80 dias), essa liga será transformada em uma liga que contém
5% de 192Ir e 95% de 192Pt.
b) Então,
192
77I → 192 t +
78P 0 b
-1
O decaimento será do tipo beta.
149
10.
Pr oporção :
a) Proporção:
N 210 3N 206
84
Po 82
Pb
: ⇒ N 210 : 3N 206
4 4 84
Po 82
Pb
b) 88 = 2x –y + 84 ⇒ 88 = 2.4 –y + 84 ⇒ y = 4
11.
a) O elemento químico resultante do decai-
mento tem 21 prótons, logo é o escândio.
b) A partir da dose recomendada, teremos
para quantidade diária:
1000 mg — n comprimidos
250 mg — 1 comprimido
n = 4 comprimidos.
150
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Aulas 13 e 14
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Origem da expressão Química Orgânica
Torbern Olof Bergman, químico sueco (1777), empregou pela primeira vez a expressão Química Orgânica.
§§ Compostos orgânicos: substâncias de organismos vivos.
§§ Compostos inorgânicos: substâncias do reino mineral.
Na época, o desenvolvimento da Química Orgânica era prejudicado pela crença de que somente era possível
extrair substâncias orgânicas a partir dos organismos vivos (animais e vegetais), porque compostos obtidos a partir
de organismos vivos eram complexos demais para serem sintetizados. Tratava-se de uma teoria, conhecida pelo
nome de "teoria da força vital", formulada por Jöns Jacob Berzelius, que afirmava: “a força vital é própria da
célula viva e o homem não poderá criá-las em laboratório”.
Em 1828, após várias tentativas, um dos discípulos de Berzelius, Friedrich Wöhler, conseguiu obter uma
substância encontrada na urina e no sangue, conhecida pelo nome de ureia, pelo aquecimento de cianato de amô-
nio, um composto inorgânico. Começou, assim, a queda da teoria da força vital:
calor
NH4OCN
Após o êxito desta experiência, vários cientistas voltaram ao laboratório para obter outras substâncias orgânicas
(em 1862, foi obtido o acetileno e, em 1866, foi obtido o benzeno). Assim, a teoria da força vital foi totalmente derrubada.
Com o tempo, foi percebida que a definição de Bergman para a Química Orgânica não era adequada;
então, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente: “Química Orgânica é
o ramo da Química que estuda os compostos do carbono”. Essa afirmação está de fato correta; contudo, nem todo
o composto que contém carbono é orgânico, como o dióxido de carbono (CO2), o ácido carbônico (H2CO3), o grafite
etc.; mas todos os compostos orgânicos contêm carbono, na sua maioria (atualmente, já foram sintetizados com-
postos “orgânicos” que não contêm carbonos). Essa parte da Química, além de estudar a estrutura, propriedades,
composição, reações e síntese de compostos orgânicos que, por definição, contenham carbono, podem também
conter outros elementos, como o hidrogênio (na sua maioria) e o oxigênio. Alguns deles contêm nitrogênio, halo-
gênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.
153
Características gerais das moléculas orgânicas
Quais são as inúmeras propriedades e significativa diversidade dos compostos do carbono tão exploradas na bio-
logia e na indústria?
§§ Primeiramente, deve-se distinguir compostos orgânicos de inorgânicos.
Os orgânicos são constituídos fundamentalmente por quatro elementos, C, H, O e N, denominados elemen-
tos organógenos.
§§ Também são dotados de combustão, uma vez que são compostos de C e de H, na sua maioria. A queima
completa dessas substâncias produz CO2 e H2O; a incompleta produz CO; e a parcial, apenas C (fuligem).
Um composto orgânico que contenha C e H ou C, H e O corresponde a:
Observação: a combustão incompleta dos combustíveis produz CO, que, inalado, une-se à hemoglobina e
impede que ela exerça seu papel de transportar oxigênio para o sangue. Produz também carvão, que carac-
teriza fuligem, liberada principalmente pelos caminhões desregulados.
§§ Ligações e forças intermoleculares. Parte significativa dos compostos orgânicos exibe apenas ligações
covalentes. Em razão disso, as forças de atração intermoleculares predominantes são as forças de dipolo
instantâneo-dipolo induzido. Posteriormente, aparecem as forças de atração entre dipolos permanentes,
dentre elas as pontes de hidrogênio.
§§ Estabilidade. Em princípio, os compostos orgânicos apresentam pouca estabilidade diante de agentes
externos, como temperatura, pressão, ácidos concentrados, entre outros. Se aquecidos, a maioria deles sofre
combustão completa, produzindo CO2, incompleta, formando CO, ou carbonização, originando carbono.
§§ Ponto de fusão e de ebulição. Moleculares, na sua maioria, os compostos orgânicos apresentam pontos
de fusão e de ebulição baixos, o que justifica a predominância do estudo de compostos gasosos e líquidos
pela Química Orgânica. Os sólidos, na sua maioria, são facilmente fusíveis.
§§ Solubilidade. Os compostos orgânicos, em geral, são solúveis em solventes apolares e insolúveis em sol-
ventes polares, como a água.
§§ Velocidade das reações. As reações orgânicas da maioria das substâncias moleculares e de grande massa
molar são lentas. Por isso, requerem o uso de catalisadores. O aquecimento para aumentar essa velocidade
deve ser cuidadoso, uma vez que elevadas temperaturas podem degradar os compostos orgânicos.
Postulados de Kekulé
1. O carbono teria quatro valências.
154
2. Os átomos de C poderiam formar cadeias.
Os átomos de C têm significativa capacidade de ligar-se a outros átomos de C ou aos de diferentes elemen-
tos, formando sequências estáveis. Cadeia é o nome dado à sequência de átomos ligados entre si.
§§ Em todas as cadeias carbônicas observa-se que o número de ligações covalentes de um átomo de C é igual
a quatro. Entretanto, dois átomos de C podem ligar-se entre si por ligações simples, duplas ou triplas.
Exemplos:
155
Classificação dos carbonos
De acordo com os átomos a ele ligados
Um átomo de carbono pode ser classificado de acordo com o número de átomos de carbono diretamente ligados a ele:
§§ primário: ligado a 1 ou a nenhum átomo de carbono.
§§ secundário: ligado a 2 átomos de carbono.
§§ terciário: ligado a 3 átomos de carbono.
§§ quaternário: ligado a 4 átomos de carbono.
Exemplo:
P = primário
S = secundário
T = terciário
Q = quaternário
Observe que o tipo de ligação de um átomo de carbono – simples, dupla ou tripla – não importa. O que
importa são quantos átomos de carbono estão diretamente ligados a ele.
156
§§ Cadeia fechada ou cíclica: se houver fechamento na cadeia em forma de ciclo, núcleo ou anel.
§§ Cadeia mista: quando um composto apresenta cadeia carbônica com uma parte cíclica e outra parte
acíclica ao mesmo tempo na molécula em questão.
§§ Cadeia alifática: muitos confundem como cadeia aberta, mas cadeia alifática significa cadeia não
aromática, ou seja, pode ser cadeia aberta, fechada ou conter ambas (cadeia mista), mas não pode
conter aromaticidade na molécula em questão.
§§ Cadeia alicíclica: é aquela que apresenta anéis (cadeia fechada), saturados ou insaturados, sem a
presença de aromaticidade.
2. Quanto à disposição
§§ Cadeia normal, reta ou linear: se contiver apenas átomos de carbono primários e/ou secundários.
157
3. Quanto à saturação
§§ Saturada: se entre átomos de carbono houver apenas ligações simples.
4. Quanto à natureza
§§ Homogênea: se entre átomos de carbono houver apenas átomos de carbono.
158
Compostos aromáticos
Dentre as numerosas cadeias cíclicas da Química Orgânica, uma das mais importantes é o núcleo (ou anel) benzê-
nico. Trata-se do composto mais simples que esse anel apresenta – o benzeno (C6H6).
159
Quando a classificação da cadeia carbônica for aromática, normalmente não é necessário classificar em
mononuclear/polinuclear ou condensada/isolada.
Teoria na prática
1. (FGV) A indústria de alimentos utiliza vários tipos de agente flavorizante para dar sabor e aroma a balas e
gomas de mascar. Entre os mais empregados estão os sabores de canela e de anis.
A fórmula molecular da substância I, que apresenta sabor de canela, possui 9 átomos de carbono, 8 átomos
de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio. Assim, a fórmula molecular é C9H8O.
2. (UFMG) A estrutura dos compostos orgânicos pode ser representada de diferentes modos.
Analise estas quatro fórmulas estruturais.
A partir dessa análise, é correto afirmar que o número de compostos diferentes representados nesse con-
junto é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
Resolução:
Todas as quatro fórmulas representam a mesma molécula.
H3C — CH — CH2 — OH
|
CH3
Alternativa A
160
3. (PUC-RS) O ácido etilenodiaminotetracético, conhecido como EDTA, utilizado como antioxidante em marga-
rinas, de fórmula:
161
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
ACESSAR
www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2017/01/19/the-wall-street-journal-cientista-
reproduz-cheiro-do-dolar-e-coloca-em-frascos/
162
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Quem nunca se pegou lendo rótulos dos produtos enquanto tomava banho? Ou dos refrigerantes e outros produ-
tos industrializados enquanto se alimentava? Pois bem, qualquer pessoa que tenha feito isso, terá reparado que
nos rótulos das embalagens estão descritas as misturas realizadas para se chegar àquele determinado produto
que está sendo consumido. As substâncias que constituem esses produtos sempre estarão descritas de uma forma
padrão, respeitando a “norma culta” da linguagem química, para que não haja complicações durante a leitura de
uma fórmula de um determinado produto. Isso garante que, em qualquer lugar, se saiba do que tal determinado
produto é constituído, no caso de compostos orgânicos.
INTERDISCIPLINARIDADE
A Química Orgânica, como área de conhecimento, é muito vasta, sendo necessário criar e padronizar uma “lingua-
gem” para que tudo o que seja tratado desse conhecimento, possa ser entendido em qualquer parte do mundo.
A partir de várias reuniões internacionais, foi definida uma linguagem oficial e mundial para a química,
denominada nomenclatura IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry), que deve ser padronizada
e compreendida por todos, com regras a se seguir para organizar e descrever qualquer substância orgânica em
qualquer parte do mundo.
Nesse sentido, se comparado à língua nativa dos países, esta forma de nomeação dos compostos se asse-
melha por conta de poder ser entendida em qualquer parte do mundo. Por exemplo, em países onde o português
é a língua oficial, há comunicação entre o falante e o ouvinte, desde que seja falada a língua padrão para aquele
ambiente, ou seja, um brasileiro consegue transmitir tranquilamente sua mensagem a alguém que reside em Cabo
Verde, se seguidas as regras da língua em que está sendo transmitida a mensagem. Na química não é diferente,
esse padrão é muito importante para que se tenha a cooperação por parte de muitos pesquisadores do mundo,
ajudando a proliferar bons frutos na área da pesquisa.
163
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) As moléculas de nanoputians lembram figuras humanas e foram criadas para estimular o
interesse de jovens na compreensão da linguagem expressa em fórmulas estruturais, muito usadas
em química orgânica. Um exemplo é o NanoKid, representado na figura:
164
Análise Expositiva
Habilidade 17
A química orgânica é uma das áreas com as maiores descobertas no mundo da química. Por
conta disso é de extrema importância uma padronização da nomenclatura dos compostos e
caracterização de algumas funções dela.
Carbono quaternário é aquele que se liga a quatro outros átomos de carbono, isto ocorre nas
mãos do nanokid. Então:
Alternativa A
Estrutura Conceitual
Pode Cadeia
Substância ser Orgânica Tem
carbônica
Dupla Heteroátomo
Não
Normal aromática C=C
Ou
Ramificada Aromática
Tripla
C=C
165
E.O. Aprendizagem 4. (UFRGS) A serricornina, utilizada no contro-
le do caruncho-do-fumo, é o feromônio se-
xual da Lasioderma serricorne.
1. (Unitau) Observe a fórmula: Considere a estrutura química desse feromô-
nio.
166
7. (UFRGS) A fumaça liberada na queima de 1
0. (UFSM) O odor de muitos vegetais, como o de
carvão contém muitas substâncias cancerí- menta, louro, cedro e pinho, e a cor de ou-
genas, dentre elas os benzopirenos, como, tros, como a de cenouras, tomates e pimen-
por exemplo, a estrutura: tões, são causados por uma grande classe de
compostos naturais denominados terpenos.
Observe o esquema a seguir.
E.O. Fixação
possui ligações pi em número de: 1. (PUC-Camp) Na Copa do Mundo, uma das
a) 1. substâncias responsáveis pela eliminação de
b) 2. Maradona foi a efedrina:
c) 3.
d) 5.
167
Sobre este composto, pode-se afirmar que: 6. (PUC-RS) A “fluoxetina”, presente na com-
a) tem fórmula molecular C18H20, 9 ligações pi posição química do Prozac, apresenta fórmu-
(p) e ângulos de 109° entre as ligações car- la estrutural:
bono-carbono.
b) tem fórmula molecular C18H18, 9 ligações pi
(p) e ângulos de 120° entre as ligações car-
bono-carbono.
c) tem fórmula molecular C18H16, 9 elétrons pi
(p) e ângulos de 109° entre as ligações car-
bono-carbono.
d) tem fórmula molecular C18H18, 9 elétrons pi
Com relação a este composto, é correto afir-
(p) e ângulos de 120° entre as ligações car-
bono-carbono. mar que apresenta:
a) cadeia carbônica cíclica e saturada.
3. (Cesgranrio) Considere os compostos I, II III, b) cadeia carbônica aromática e homogênea.
IV e V, representados abaixo pelas fórmulas c) cadeia carbônica mista e heterogênea.
respectivas. d) somente átomos de carbonos primários e se-
I. CH3CH2CH3 cundários.
II. CH3CH2COOH e) fórmula molecular C17H16ONF.
III. CH3CCH
IV. CH3CH3 7. (Mackenzie)
V. CH2CHCH3
Assinale a opção que indica somente com-
postos que possuem ligação pi (p).
a) I e V.
b) I, II e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.
e) III e IV.
168
9. (Uepel) O Mescal é uma planta da família A respeito do pentaceno, são feitas as afir-
das Cactáceas, nativa do México, usada pela mações I, II, III e IV.
população de certas partes do país como alu- I. É uma molécula que apresenta cadeia car-
cinógeno, em rituais religiosos primitivos. O bônica aromática polinuclear.
efeito alucinógeno dessa planta é decorrente II. A sua fórmula molecular é C22H14.
de um alcaloide conhecido como mescalina. III. O pentaceno poderá ser utilizado na in-
Observe sua estrutura: dústria eletrônica.
IV. Os átomos de carbono na estrutura acima
possuem hibridização sp3.
Estão corretas:
a) I, II, III e IV.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
Mescalina d) I, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Sobre a mescalina, é correto afirmar que:
I. tem fórmula molecular C11H17O3N.
II. tem na sua estrutura carbonos primários
e quaternários. E.O. Complementar
III. tem hibridação do tipo sp3-sp3 nos carbo-
nos do anel benzênico. 1. (UFPB) As funções orgânicas oxigenadas
Está(ão) correta(s): constituem uma grande família de compos-
a) todas as afirmativas. tos orgânicos, uma vez que, depois do carbo-
no e do hidrogênio, o oxigênio é o elemento
b) as afirmativas I e II.
químico de maior presença nesses compos-
c) as afirmativas II e III. tos. O comportamento químico e demais
d) as afirmativas I e III. propriedades desses compostos estão direta-
e) somente a afirmativa I. mente relacionados à maneira como os ele-
mentos químicos citados se apresentam nas
0. (Mackenzie) Cientistas “fotografam” molé-
1 moléculas das diferentes substâncias.
cula individual A xilocaína, ou lidocaína, é um composto oxi-
genado que apresenta a propriedade de atuar
Os átomos que formam uma molécula foram como anestésico local. A fórmula estrutural
visualizados de forma mais nítida pela pri- desse anestésico é representada a seguir.
meira vez, por meio de um microscópio de
força atômica. A observação, feita por cien-
tistas em Zurique (Suíça) e divulgada na re-
vista “Science”, representa um marco no que
se refere aos campos de eletrônica molecu-
lar e nanotecnologia, além de um avanço no
desenvolvimento e melhoria da tecnologia
de dispositivos eletrônicos. De acordo com Em relação à xilocaína, é incorreto afirmar que:
o jornal espanhol “El País”, a molécula de a) apresenta fórmula molecular C14H22ON2.
pentaceno pode ser usada em novos semi- b) apresenta sete átomos de carbono com hi-
condutores orgânicos. bridização do tipo sp2.
Folha Online, 28/08/2009 c) tem quatro átomos de carbono primário.
d) tem quatro ligações pi.
e) possui cadeia carbônica mista e heterogênea.
169
a) Nº de elétrons pi: 6; nº de elétrons não li- 5. (UnB) Linus Pauling desenvolveu o conhe-
gantes: 6; nº de carbonos sp2: 6; nº de car- cimento relativo a princípios fundamentais
bonos saturados: 2. relacionados à natureza das ligações quími-
b) Nº de elétrons pi: 8; no de elétrons não li- cas e à estrutura das moléculas, propiciando
gantes: 8; nº de carbonos sp2: 6; nº de car- explicações em torno das propriedades da
bonos saturados: 2.
matéria.
c) Nº de elétrons pi: 8; nº de elétrons não li-
A partir de 1936, juntamente com assisten-
gantes: 10; nº de carbonos sp2: 1; nº de car-
bonos saturados: 7. tes e colegas, dedicou-se ao estudo das pro-
d) Nº de elétrons pi: 6; nº de elétrons não li- priedades de sistemas vivos.
gantes: 8; nº de carbonos sp2: 6; nº de car- Em 1960, introduziu a Medicina Ortomolecu-
bonos saturados: 2. lar, termo utilizado por Pauling para deno-
e) Nº de elétrons pi: 8; nº de elétrons não li- minar uma nova área do conhecimento, que
gantes: 10; nº de carbonos sp2: 7; nº de car- consiste no estudo do só racional de nutrien-
bonos saturados: 2. tes, que inclui a administração de megadoses
de minerais e vitaminas. Pauling assegurou,
3. (Ufrrj) A estrutura do geraniol, precursor de em 1972, que a vitamina C poderia aliviar,
um aromatizante com odor de rosas, está co- prevenir e, em certos casos, curar o câncer, o
locada a seguir. que gerou uma polêmica que dura até hoje.
Tanto as vitaminas quanto os sais minerais
agem nos diferentes ciclos metabólicos do
organismo, ajudando na produção de trifos-
fato de adenosina (ATP), fonte mais comum
Em relação à molécula, pode-se afirmar que: de energia nos sistemas biológicos.
a) apresenta 30 ligações sigma (s) e 2 pi (p). Trabalhos pioneiros, relacionados a enzimas
b) é um hidrocarboneto de cadeia insaturada. que participam da conversão do ATP, cuja
c) os carbonos três e quatro da cadeia principal fórmula estrutural é apresentada a seguir,
apresentam hibridações sp3 e sp2, respecti- foram realizados por três cientistas laure-
vamente. ados com o Prêmio Nobel de química, em
d) dos dez carbonos, quatro são trigonais e seis
1997 – Boyer (EUA), Walker (Inglaterra) e
são tetraédricos.
e) apresenta cadeia acíclica, ramificada, hete- Skou (Dinamarca).
rogênea e insaturada.
170
04) Em sua atividade no laboratório, um quí- 3. (Udesc – Adaptada) As moléculas orgânicas
mico pode medir diretamente, por meio (I), (II), (III) e (IV) abaixo, possuem impor-
de balanças ou frascos volumétricos, mas- tantes funções fisiológicas e farmacológicas
sas ou volumes, mas não existe maneira para os animais.
de se medir diretamente a quantidade
de matéria de uma amostra de ATP ou de
qualquer outra substância estudada.
E.O. Dissertativo
1. (UFF) A estrutura dos compostos orgânicos
começou a ser desvendada nos meados do
séc. XIX, com os estudos de Couper e Keku-
lé, referentes ao comportamento químico
do carbono. Dentre as ideias propostas, três
particularidades do átomo de carbono são
fundamentais, sendo que uma delas refere-
-se à formação de cadeias. Escreva a fórmu-
la estrutural (contendo o menor número de
átomos de carbono possível) de hidrocarbo-
netos apresentando cadeias carbônicas com
as seguintes particularidades:
a) acíclica, normal, saturada, homogênea.
b) acíclica, ramificada, insaturada etênica, ho-
mogênea.
c) aromática, mononuclear, ramificada.
171
5. (PUC-RJ – Adaptada) Recentemente, os pro- 8. (IFSul – Adaptada) A molécula abaixo repre-
dutores de laranja do Brasil foram surpreen- senta o b caroteno, uma substância encon-
didos com a notícia de que a exportação de trada na cenoura, que é precursora da vita-
suco de laranja para os Estados Unidos pode- mina A.
ria ser suspensa por causa da contaminação
pelo agrotóxico carbendazim, representado a
seguir.
Pede-se:
a) a sua fórmula molecular e sua massa molar.
b) o número de átomos de carbono com hibri-
dação sp2.
Responda:
a) Qual a fórmula molecular do carbendazim. 9. (Udesc – Adaptada) Analise as afirmativas
b) Qual o número de ligações sigma e de liga- em relação aos compostos a seguir. Assina-
le (V) para as afirmativas verdadeiras e (F)
ções pi na molécula?
para as falsas. Justifique cada resposta.
172
a) homogênea, saturada, normal.
b) heterogênea, insaturada, normal. Gabarito
c) heterogênea, saturada, ramificada.
d) homogênea, insaturada, ramificada.
E.O. Aprendizagem
2. (UERJ) O tingimento na cor azul de tecidos 1. E 2. B 3. D 4. D 5. B
de algodão com o corante índigo, feito com
o produto natural ou com o obtido sinteti- 6. A 7. A 8. D 9. 04 + 08 = 12 10. C
camente, foi o responsável pelo sucesso do
“jeans” em vários países.
Observe a estrutura desse corante:
E.O. Fixação
1. C 2. B 3. D 4. E 5. E
6. C 7. C 8. A 9. E 10. C
E.O. Complementar
Nessa substância, encontramos um número 1. C 2. E 3. D 4. D 5. V, V, V, V
de ligações pi(p) correspondente a:
a) 3.
b) 6.
c) 9.
E.O. Dissertativo
d) 12. 1.
a) CH4
b) H3C – C = CH2
E.O. Objetivas
|
CH3
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) CH3
c)
1. (Unesp) A molécula orgânica de fórmula:
2.
a)
173
9. V – F – V – F – F
Justificativas:
(V) O composto (B) é um hidrocarboneto cí-
clico (cicloparafina).
(F) O composto B não apresenta anel aromá-
tico.
(V) O composto A é o benzeno, principal
composto aromático.
(F) O composto é formado apenas por carbo-
no e hidrogênio, logo, é um hidrocarboneto.
(F) O composto B não é aromático.
(não há)
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C 2. C
4.
São aromáticos os compostos que apresen- E.O. Objetivas
tam em sua estrutura anéis aromáticos como
o benzeno ( ). Dos compostos listados, so-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
mente apresentam tais anés o naftaleno, o 1. A 2. A
fenantreno, o benzeno e o fenol.
5.
a) C9H9O2N3
b) Ligações simples: 1 ligação sigma
Ligações duplas: 1 ligação sigma + ligação pi
7.
a) C17H18N3O3F
b) 61,82%
8.
a) Fórmula molecular: C40H56; 536 g/mol.
b) Cada carbono da insaturação possui hi-
bridação sp2: são 22 carbonos.
174
Aulas 15 e 16
Hidrocarbonetos
Competências 5, 6 e 7
Habilidades 18, 19, 23, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Como na Inorgânica, a Química Orgânica agrupa as substâncias com propriedades químicas semelhantes em
razão das características estruturais comuns. Cada função orgânica é caracterizada por um grupo funcional, uma
combinação específica de átomos que conferem suas propriedades químicas, como –COOH, grupo funcional que
caracteriza a função ácido carboxílico.
O desenvolvimento da Química Orgânica forçou o estabelecimento de uma nomenclatura das funções or-
gânicas internacionalmente comum.
Criada para evitar confusões, essa nomenclatura vem sendo desenvolvida pela IUPAC (União Internacional
de Química Pura e Aplicada) e é considerada a nomenclatura oficial. Algumas substâncias, no entanto, ainda são
identificadas pelos nomes consagrados pelo uso comum: é a nomenclatura usual.
Hidrocarbonetos
Compostos formados unicamente por carbono e hidrogênio que podem ser representados genericamente por CxHy,
cuja nomenclatura leva o sufixo o.
São hidrocarbonetos acíclicos e saturados, isto é, apresentam cadeias abertas e somente ligações sim-
ples entre os carbonos.
Exemplos:
C3H8 ä CnH2n + 2
n = número de átomos de carbono = 3
2n + 2 = número de átomos de hidrogênio = 8
C4H10
n = número de átomos de carbono = 4
2n + 2 = número de átomos de hidrogênio = 10
177
Propriedades físicas dos alcanos
Os alcanos são pouco reativos, ou seja, não reagem com quase nenhuma substância. Por esse motivo, são chama-
dos também de parafinas ou parafínicos.
Não são muito reativos porque as ligações entre C – H e C – C são muito estáveis e difíceis de serem
quebradas. São mais utilizados para a queima (combustão), ou seja, são usados como combustíveis, para o forne-
cimento de energia.
Os alcanos são compostos apolares, apresentando interação dipolo induzido – dipolo induzido entre as mo-
léculas. Logo, os de até 4 átomos de carbono são gases em condições ambientes (de 25 °C e 760 mmHg); alcanos
com 5 a 17 átomos de carbono são líquidos, e os demais, sólidos.
Eles são insolúveis em água e solúveis em solventes apolares, como o clorofórmio e o benzeno. Possuem
densidades menores que 1 g ∙ cm-3, flutuando sobre a água.
Exemplos:
C3H6 ä CnH2n
n = número de átomos de carbono = 3
2n = número de átomos de hidrogênio = 6
C4H8
n = número de átomos de carbono = 4
2n = número de átomos de hidrogênio = 8
Os alcenos apresentam essencialmente as mesmas propriedades físicas dos alcanos: são insolúveis em água e
solúveis em solventes apolares; são menos densos que a água e os pontos de ebulição aumentam de forma igual
segundo o número de carbonos na cadeia.
Os alcenos são mais reativos que os alcanos por possuírem uma ligação dupla, que é mais fácil de ser que-
brada. Sofrem reações de adição e também de polimerização.
178
3. Alcinos (alquinos) – fórmula geral CnH2n – 2
São hidrocarbonetos acíclicos contendo uma única ligação tripla entre os carbonos em sua cadeia carbônica.
Exemplo:
C5H8 ä CnH2n – 2
n = número de átomos de carbono = 5
2n – 2 = número de átomos de hidrogênio = 8
Os alcinos são compostos de baixa polaridade e apresentam essencialmente as mesmas propriedades físicas dos
alcanos e dos alcenos: são insolúveis em água e solúveis em solventes apolares; são menos densos que a água e
têm os pontos de fusão e de ebulição crescentes com o aumento do número de carbonos na cadeia.
O acetileno (C2H2), ao contrário dos outros alcinos, tem cheiro agradável e é parcialmente solúvel em água
(1,17 g/L a 20 °C), e é a partir dele que se obtêm outros compostos não inflamáveis (como cloreto de vinila, pre-
cursor do polímero PVC). Os alcinos são preparados em laboratório porque não se encontram livres na natureza,
devido a sua tripla ligação, que é muito reativa.
Exemplo:
C4H8 ä CnH2n – 2
n = número de átomos de carbono = 4
2n – 2 = número de átomos de hidrogênio = 6
179
5. Cicloalcanos, ciclanos ou cicloparafinas – fórmula geral CnH2n
São hidrocarbonetos de cadeia fechada (cíclica) com ligações simples tão somente.
Exemplos:
C3H6 ä CnH2n
n = número de átomos de carbono = 3
2n = número de átomos de hidrogênio = 6
C4H8
n = número de átomos de carbono = 4
2n = número de átomos de hidrogênio = 8
Exemplos:
C3H6 ä CnH2n
n = número de átomos de carbono = 3
2n = número de átomos de hidrogênio = 6
C4H8
n = número de átomos de carbono = 4
2n = número de átomos de hidrogênio = 8
180
7. Aromáticos (não há fórmula geral)
São hidrocarbonetos de cadeia fechada que apresentam pelo menos um anel benzênico (núcleo aromático).
Exemplo:
Anel benzênico
§§ Sufixo: indica a função orgânica. No caso específico dos hidrocarbonetos, o sufixo é o. Alguns sufixos
bastante usuais são:
Função Grupo funcional Sufixo
Álcool -ol
Aldeído -al
Cetona -ona
Amina -amina
181
Nomenclatura de cada uma das classes dos hidrocarbonetos
Alcanos ou parafinas
Exemplos:
H3C — CH2 — CH3
Exemplo:
Nº de átomos Ligação Função Nome
pentano pent ä 5 C an ä simples o ä hidrocarboneto
Alcenos (alquenos)
Exemplos:
H2C = CH2
H2C = CH — CH3
Se um alceno apresentar quatro ou mais átomos de carbono, sua ligação dupla pode ocupar diferentes
posições na cadeia e dar origem a diferentes compostos. Nesse caso, torna-se necessário indicar a posição da
ligação dupla com um número, que é obtido pela numeração da cadeia a partir da extremidade mais próxima
da insaturação (ligação dupla). O número que indica a posição da ligação dupla deve ser o menor possível.
Pela nomenclatura IUPAC, de 1993, o número que indica a posição da ligação dupla precede o infixo (en),
separado por hífens.
182
Exemplos:
1 2 3 4
H2C = CH — CH2 — CH3
1 2 3 4
H3C = CH — CH — CH3
Alcinos (alquinos)
Exemplo:
5 4 3 2 1
H2C — CH — C ; C3 — CH3
Alcadienos (dienos)
Como existem duas ligações duplas na cadeia, é necessário indicar suas respectivas posições com números sepa-
rados por vírgula, junto ao infixo dien.
Exemplos:
1 2 3 4
H2C = CH = CH — CH3
1 2 3 4
H2C = C — CH = CH2
183
Ciclanos (cicloalcanos)
Nos compostos de cadeia cíclica, usa-se o prenome ciclo seguido praticamente das mesmas regras anteriores.
Exemplos:
Analogamente:
Ciclenos (cicloalcenos)
Exemplo:
Aromáticos
Estes compostos apresentam uma nomenclatura particular, diferente, portanto, das regras de nomenclatura dos
demais hidrocarbonetos. Não contam, também, com uma fórmula geral para todos os aromáticos.
184
Grupos orgânicos ou radicais
As ramificações são formadas, na maioria das vezes, por radicais monovalentes orgânicos derivados de hidrocar-
bonetos. Esses radicais se formam por meio de cisão homolítica, que é um rompimento de uma ligação covalente
(geralmente entre um carbono e um hidrogênio), em que cada um desses átomos fica com um dos elétrons que
antes estava sendo compartilhado na ligação.
CH4 → •CH3 + H•
metil
etil
propil ou n-propil
isopropil
butil ou n-butil
sec-butil ou s-butil
isobutil
185
terc-butil ou t-butil
vinil ou etenil
benzil
fenil
Observações:
1. O prefixo iso- é empregado para identificar radicais que apresentam a seguinte estrutura geral:
Da qual n = 0, 1, 2, 3, ...
2. Os prefixos sec- ou s- são empregados para indicar que a valência livre está situada em carbono secundário.
3. Os prefixos terc- ou t- são empregados para indicar que a valência livre está localizada em carbono terciário.
3. Para montar o nome do composto, o grupo substituinte, precedido pelo número que designa a sua localiza-
ção na cadeia (quando necessário), é colocado em primeiro lugar; o nome da cadeia principal é colocado
em último lugar.
§§ Os grupos devem ser escritos em ordem alfabética (os prefixos di-, tri-, tetra- etc. não são considera-
dos para o efeito da ordem alfabética).
§§ Os números são separados das palavras por um hífen.
§§ Para separar os números entre si, usam-se vírgulas.
186
§§ O nome do composto deve ser escrito com uma única palavra (antigamente, separavam-se os radicais
da cadeia principal por hífen, ainda usado por alguns autores e vestibulares).
Exemplo 1:
Pelo passo 1, designemos o composto acima como sendo um hexano, pois a cadeia mais comprida e contí-
nua contém seis átomos de carbono.
Agora, pelo passo 2, vamos numerar o alcano anterior, já que ele possui ramificação:
Observe que, se a numeração começasse da esquerda, a ramificação ficaria com número 5. Entre 2 e 5,
devemos escolher a menor numeração. Logo, nesse caso, a numeração deve começar pela direita, pegando
o número 2.
O radical em questão é metil, a posição dele na cadeia é 2 e a cadeia principal é hexano. Logo, a nomencla-
tura oficial do composto, de acordo com o passo 3, é:
Observe que, em primeiro lugar, vem o número que indica a posição do radical, seguido pelo nome do mes-
mo. Por fim, vem o nome da cadeia principal.
Exemplo 2:
Observe que, nesse caso, a cadeia contínua não é a mais comprida. Pelo passo 1, o alcano acima é designa-
do como heptano, pois a cadeia mais comprida contém sete átomos de carbono.
Agora, pelo passo 2, vamos numerar o alcano anterior, já que o alcano em questão possui ramificação:
187
Observe que, se a numeração começasse da esquerda, a ramificação ficaria com número 5. Entre 3 e 5, devemos
escolher a menor numeração. Logo, nesse caso, a numeração deve começar por baixo, pegando o número 3.
O radical em questão é metil (cuidado, não é etil!); a posição dele na cadeia é 3 e a cadeia principal é hep-
tano. Logo, a nomenclatura oficial do composto, de acordo com o passo 3, é:
Para a maioria dos casos, seguindo os passos 1, 2 e 3, é possível nomear os compostos. Em alguns casos
mais complexos, há a necessidade de seguir mais alguns passos, antes de escolher a cadeia principal e/ou
enumerar as ramificações:
4. Quando duas ou mais cadeias de comprimento igual competem pela seleção como a cadeia principal, esco-
lher a que tiver o maior número de substituintes.
Exemplo:
Observe que, na possibilidade (I), há 4 ramificações; na (II) há 2; e na (III) há 3. Seguindo o passo 4, devemos
optar pela possibilidade (I), pois é o que possui o maior número de substituintes. Para a nomenclatura, deve-
-se seguir os passos 1, 2 e 3 normalmente.
188
5. Quando a ramificação acontecer numa distância igual em qualquer dos lados da cadeia principal, escolher
o nome em que a soma das posições das ramificações dá o menor número.
Exemplo:
Na possibilidade (I), a soma dos números das posições das ramificações é 11 (2, 4 e 5).
Na possibilidade (II), a soma dos números das posições das ramificações é 10 (2, 3 e 5).
Pelo passo 5, devemos pegar a numeração em que a soma das posições dê o menor número; logo, deve-se
pegar a possibilidade (II). Para a nomenclatura, devem-se seguir os passos 1, 2 e 3 normalmente.
189
Exemplos:
Exemplos:
190
2. Cicloalcenos – a nomenclatura de cicloalcenos ramificados segue as mesmas regras que a dos alcenos
ramificados (dupla leva a preferência, ficando nas posições 1 e 2), acrescentando-se o prefixo –ciclo na
cadeia principal e seguindo os mesmos passos dos cicloalcanos para a numeração das ramificações. Só não
será necessário identificar a posição da dupla, pois sempre irá começar com C1 e C2.
Exemplos:
Aromáticos ramificados
Se a cadeia principal apresentar apenas um anel benzênico, ela é chamada simplesmente de benzeno e pode
apresentar um ou mais grupos (ramificações). Se houver um único radical, seu nome deve preceder a palavra
benzeno sem numeração.
Caso haja duas ramificações, são bastante empregados os prefixos orto- (o), meta- (m) e para- (p), a fim
de indicar as posições 1,2 (ou 1,6); 1,3 (ou 1,5) e 1,4, respectivamente.
Exemplos:
191
Para o naftaleno, a nomenclatura IUPAC observa esta numeração:
Exemplos:
192
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/05/formacao-do-petroleo-requer-condicoes-
especiais-de-temperatura.html
194
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Hidrocarbonetos, de forma generalizada, são extraídos do petróleo diretamente do solo em condições específicas.
Toda vez que uma empresa exploradora de petróleo quer investir na extração de uma determinada região,
é porque essa região foi estudada por geógrafos, geólogos e geofísicos, a fim de descobrir se realmente aquela
região tem potencial petrolífero, portanto, conhecimentos sobre o solo e sua formação são indispensáveis.
Uma das técnicas utilizadas para a detecção de petróleo no solo é a de sonar, mesma técnica utilizada em
navios para identificar obstáculos e/ou outros navios em seu percurso. Esta técnica consiste no envio de um pulso
sonoro que se choca contra a mistura profundamente situada no solo e, com este impacto, um retorno é recebido;
esse sinal de retorno é analisado e estatísticas são feitas sobre a disposição de petróleo na região.
INTERDISCIPLINARIDADE
As aplicações para os hidrocarbonetos são muitas atualmente, é a fonte de combustíveis fósseis mais utilizada e, por
conta disso, é altamente rentável; porém, seu poder destrutivo ao ambiente é proporcionalmente grave.
Os hidrocarbonetos utilizados em nosso dia a dia são muitos:
195
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) O biodiesel não é classificado como uma substância pura, mas como uma mistura de és-
teres derivados dos ácidos graxos presentes em sua matéria-prima. As propriedades do biodiesel
variam com a composição do óleo vegetal ou gordura animal que lhe deu origem, por exemplo, o
teor de ésteres saturados é responsável pela maior estabilidade do biodiesel frente à oxidação, o
que resulta em aumento da vida útil do biocombustível. O quadro ilustra o teor médio de ácidos
graxos de algumas fontes oleaginosas.
Qual das fontes oleaginosas apresentadas produziria um biodiesel de maior resistência à oxidação?
a) Milho.
b) Palma.
c) Canola.
d) Algodão.
e) Amendoim.
196
Análise Expositiva
Habilidade 24
Um dos recursos mais utilizados pelo Enem em sua prova é o uso de situações-problema, para
imergir o candidato numa aplicação prática do que foi visto em sala de aula. Nessa questão
se faz o uso das características dos hidrocarbonetos.
Quanto menor a presença de insaturações (ligações duplas), maior a resistência à oxidação,
ou seja, quanto mais saturado for o composto, mais ele resiste à oxidação.
Analisando a tabela:
197
Estrutura Conceitual
Inorgânica
Hidrogênio Carbono
Incluem
198
E.O. Aprendizagem O modelo em questão está, portanto, repre-
sentando a molécula de:
a) etino.
1. (Fatec) O gás liquefeito de petróleo, GLP, b) eteno.
é uma mistura de propano, C3H8, e butano, c) etano.
C4H10. Logo, esse gás é uma mistura de hi- d) 2-butino.
drocarbonetos da classe dos: e) n-butano.
a) alcanos.
b) alcenos. 5. (UEL) Na estrutura do penta-1,3-dieno, o
c) alcinos. número de carbonos insaturados é:
d) cicloalcanos. a) 1.
e) cicloalcenos. b) 2.
c) 3.
2. (Vunesp) A composição do petróleo varia de d) 4.
região para região. Nas Américas, a sua com- e) 5.
posição é quase exclusivamente de alcanos,
ao passo que na Rússia, têm predominância 6. (UEL) Quantos átomos de hidrogênio há na
de ciclanos. molécula do ciclobuteno?
Após o fracionamento do petróleo, uma das a) 4
frações que pode ser obtida na região das b) 5
Américas é o: c) 6
a) eteno. d) 7
b) naftaleno. e) 8
c) benzeno.
d) ciclobutano. 7. (PUC-MG) Dada a cadeia carbônica, verifica-
e) metano. -se que a soma das posições dos grupos (ra-
mificações) na numeração da cadeia é:
3. (Cefet-SP) Dadas as fórmulas a seguir, assi-
nale a alternativa que classifica corretamen-
te os hidrocarbonetos:
I. CH3CH2CH2CH3
II. CH3CCCH3
III. CH2CHCH2CH3
I II III a) 4.
b) 6.
a) Alceno Alcano Alcino c) 8.
d) 10.
b) Alcano Alcino Alceno
e) 12.
c) Alcino Alcano Alceno
8. (PUC-PR) Dado o composto:
d) Alcano Alceno Alcino
199
1
0. (UEL) A fórmula molecular do 2,3-dimetilbutano, é:
a) C6H14.
b) C6H12.
c) C6H10.
d) C4H10.
e) C4H8.
E.O. Fixação
1. (F.M. Pouso Alegre) A nomenclatura para a estrutura seguinte:
2. (Uniube) Recentemente, três tanques contendo 250 toneladas de um gás derivado de petróleo,
usado na fabricação de borracha sintética, foram destruídos em incêndios no Rio de Janeiro. Esse
gás, um hidrocarboneto de cadeia aberta com 4 átomos de carbono e 2 ligações duplas, é:
a) C4H8.
b) C4H6.
c) C4H10.
d) C4H11.
e) C4H12.
3. (Cefet-SP) O petróleo é um combustível fóssil muito importante na vida dos seres humanos. As
várias frações do petróleo são de uso comum e indispensável. Por exemplo, o GLP (gás liquefeito
do petróleo), uma fração de destilação que é usada como combustível para aquecimento.
Em relação ao GLP afirma-se que é constituído essencialmente de:
Obs.: parafínico – alcano
a) metano.
b) propano e butano.
c) hexanos.
d) metano, etano e propano.
e) hidrocarbonetos parafínicos com até dez carbonos na molécula.
200
O hidrocarboneto mais ramificado é o de nú- 8. (PUC-PR) O composto:
mero:
a) IV.
b) III.
c) II.
d) I.
O composto:
a) é um alqueno.
b) apresenta um radical propil ligado ao carbo-
no 4.
c) apresenta 2 radicais propila. apresenta a seguinte nomenclatura oficial:
d) apresenta 3 radicais etila. a) 3-fenil-5-isopropil-hept-5-eno.
e) apresenta 2 radicais etila. b) 5-fenil-3-isopropil-hept-2-eno.
c) 3-isopropil-5-hexil-hept-2-eno.
6. (EMSC-ES) Após escrever a estrutura do d) 5-benzil-3-isopropil-hept-2-eno.
4,4-dietil-5-metil-decano, indique o número e) 5-fenil-3-etenil-2-metil-heptano.
de carbonos primários (P) secundários (S)
terciários (T) e quaternários (Q) do composto.
1
0. (UFRGS) A estrutura correta para um hidro-
P S T Q carboneto alifático saturado que tem fórmu-
la molecular C11H22 e que apresenta grupa-
a) 6 6 2 1 mentos etila e isopropila em sua estrutura é:
b) 5 7 1 2 a)
c) 6 5 2 2
d) 5 8 1 1
e) 7 5 2 0
b)
c)
201
E.O. Complementar 4. (UFG) A fórmula de um alcano é CnH2n+2,
onde n é um inteiro positivo. Neste caso, a
massa molecular do alcano, em função de n,
1. (UFRGS) Um alceno possui cinco átomos de
é, aproximadamente:
carbono na cadeia principal, uma ligação du-
a) 12n.
pla entre os carbonos 1 e 2 e duas ramifica-
b) 14n.
ções, cada uma com um carbono, ligadas nos
carbonos 2 e 3. c) 12n + 2.
Sobre este alceno é incorreto afirmar que d) 14n + 2.
apresenta: e) 14n + 4.
a) quatro carbonos primários.
b) dois carbonos terciários. 5. (ITA) A massa de um certo hidrocarboneto é
c) cadeia insaturada. igual a 2,60 g. As concentrações, em porcen-
d) um carbono secundário. tagem em massa, de carbono e de hidrogênio
e) um carbono quaternário. neste hidrocarboneto são iguais a 82,7% e
17,3%, respectivamente. A fórmula molecu-
2. (Cefet-MG) Observe a estrutura representada lar do hidrocarboneto é:
a seguir. a) CH4.
b) C2H4.
c) C2H6.
d) C3H8.
e) C4H10.
E.O. Dissertativo
1. (UEL – Adaptada) A gasolina é uma mistura
de vários compostos. Sua qualidade é medida
em octanas, que definem sua capacidade de
ser comprimida com o ar, sem detonar, ape-
nas em contato com uma faísca elétrica pro-
Segundo a IUPAC, o nome correto do hidro- duzida pelas velas existentes nos motores de
carboneto é: veículos. Sabe-se que o heptano apresenta
a) 2,5-dietil- 4-propil-oct-2-eno.
octanagem 0 (zero) e o 2,2,4-trimetilpen-
b) 2-etil-4,5-dipropil-hept-2-eno.
tano (isoctano) tem octanagem 100. Assim,
c) 4-etil-7-metil-5-propil-non-6-eno.
uma gasolina com octanagem 80 equivale a
d) 6-etil-3-metil-5-propil-non-3-eno.
uma mistura de 80% de isoctano e 20% de
heptano.
3. (UFPE) De acordo com a estrutura do com- Com base nos dados apresentados e nos co-
posto orgânico, cuja fórmula está esquema- nhecimentos sobre hidrocarbonetos, respon-
tizada a seguir, podemos dizer:
da aos itens a seguir.
Quais são as fórmulas estruturais simplifica-
das dos compostos orgânicos citados?
202
a) Escreva a fórmula molecular e a fórmula es- 7. (UFSCar) Veículos com motores flexíveis são
trutural de heptano. aqueles que funcionam com álcool, gasolina
b) Na indústria, chama-se de isooctano o hi- ou a mistura de ambos. Esse novo tipo de
drocarboneto: motor proporciona ao condutor do veículo a
escolha do combustível ou da proporção de
ambos, quando misturados, a utilizar em seu
veículo. Essa opção também contribui para
economizar dinheiro na hora de abastecer
o carro, dependendo da relação dos preços
do álcool e da gasolina. No Brasil, o etanol é
Escreva o nome oficial desse hidrocarboneto produzido a partir da fermentação da cana-
-de-açúcar, ao passo que a gasolina é obtida
do petróleo.
4. (UEMA) Diversos produtos tão comuns em Qual é o nome dado ao processo de separação
nosso dia a dia são obtidos a partir de al- dos diversos produtos do petróleo? Escreva a
cenos, hidrocarbonetos de cadeia aberta que fórmula estrutural do 2,2,4-trimetil-penta-
contém uma dupla ligação com fórmula geral no, um constituinte da gasolina que aumen-
CnH2n, por exemplo: plásticos, tecidos sinté- ta o desempenho do motor de um automóvel.
ticos, corantes e, até mesmo, explosivos. O 8. Dê nome aos seguintes compostos:
eteno costuma ser utilizado como anestésico a)
em intervenções cirúrgicas e no amadure-
cimento de frutas, mostrando que eles têm
importâncias estratégicas para diferentes
atividades humanas.
Fonte: Disponível em: <www.brasilescola.com/
quimica/alcenos.htm>. Acesso em: 12 set. 2014. b)
Escreva a fórmula estrutural e nomine, ofi-
cialmente, o terceiro composto da série des-
se hidrocarboneto.
c)
5. (UFV) O craqueamento de hidrocarbonetos
de massa molecular elevada, presentes no
petróleo, permite a obtenção de moléculas
menores que podem ser usadas como com-
bustíveis ou como matérias-primas para a
indústria. Um exemplo deste craqueamento d)
é a reação representada a seguir, que ocorre
à temperatura de 500 °C.
C15H32 é C9H20 + C3H6 + C2H4 + C + H2
203
d)
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) Para a substância de fórmula mole-
e) cular C9H20, escreva:
a) a função orgânica à qual pertence e o nome
do composto de cadeia não ramificada cor-
respondente.
b) a equação química balanceada da combustão
completa do C9H20.
3. (Unesp)
A gasolina contém 2,2,4-trimetilpentano.
Escreva sua fórmula estrutural.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) Classifique cada um deles como saturado ou
1. (Unesp) Existe somente uma dupla ligação insaturado, alifático ou aromático.
na cadeia carbônica da molécula de: b) Escreva os nomes desses compostos, utili-
a) benzeno. zando a nomenclatura oficial.
b) n-pentano. Dado: Para isso considere que um dos com-
c) acetileno. postos, é o parabromoclorobenzeno.
d) cicloexano.
e) propileno. 5. (Unesp) A anfetamina é utilizada ilegal-
mente como "doping" nos esportes. A molé-
2. (Unesp) O octano é um dos principais cons- cula de anfetamina tem a fórmula geral:
tituintes da gasolina, que é uma mistura de
hidrocarbonetos. A fórmula molecular do oc-
tano é:
a) C8H18.
b) C8H16.
c) C8H14.
d) C12H24. onde X é um grupo amino(-NH2), Y é um ra-
e) C18H38. dical metil e Z é um radical benzil.
Escreva a fórmula estrutural da anfetamina.
204
Gabarito b) O benzeno é intensamente utilizado
como solvente orgânico, pois é um com-
posto apolar e faz ligações do tipo dipolo
induzido-dipolo induzido com hidrocar-
E.O. Aprendizagem bonetos (também apolares).
1. A 2. E 3. B 4. A 5. D c) O anel benzênico é mais estável do que o
ciclo-hexano, pois apresenta ressonância
6. C 7. C 8. B 9. B 10. A (possui duplas ligações alternadas) e car-
bonos com hibridização sp2.
7.
Destilação fracionada.
E.O. Fixação
1. B 2. B 3. B 4. D 5. E
6. D 7. D 8. C 9. B 10. C
E.O. Complementar 8.
1. E 2. D 3. V,V,V,F,F 4. D 5. E
a) propil-ciclopropano
b) 1,2-dietil-ciclobutano
c) 1,1,3-trimetil-ciclopentano
E.O. Dissertativo d) 1,3-dimetil-ciclohexano
1.
Teremos: 9.
a) 1,1-dimetil-ciclobutano
b) 1,1-dietil-3-metil-ciclohexano
c) 1,2,3-trimetil-benzeno
d) 1,3,5-trimetil-benzeno
e) 1-metil-naftaleno
2. E.O. UERJ
a) pent-2-eno
b) hex-1-eno Exame Discursivo
c) hept-1-eno 1.
C6H6, C10H8, C14H10
d) hept-3-eno
3.
a) C7H16; CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3
b) 2,2,4,-trimetil-pentano. E.O. Objetivas
4.
Série CnH2n:
H2C = CH2 (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
H2C = CH − CH3 1. E 2. A
H2C = CH − CH2 − CH3 Buteno
5.
Observe a tabela a seguir:
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Hidrocarboneto. Nonano.
b) C9H20 + 14O2 é 9CO2 + 10 H2O
2.
a)
6.
a) Equação química da reação de produção
do benzeno:
205
3.
A fórmula do 2,2,4-trimetilpentano é:
4.
a) A substância aromática apresenta liga-
ções duplas (insaturações) em ressonân-
cia eletrônica.
O composto 1-butino é insaturado e ali-
fático.
b) Observe a figura a seguir:
5.
Observe a figura a seguir:
206
Aulas 17 e 18
Funções orgânicas:
álcool, éter e fenol
Competências 5, 6 e 7
Habilidades 17, 19, 23, 24, 25, 26 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Álcoois
São compostos orgânicos que apresentam o grupo –OH (hidroxila) ligado a carbono saturado (4 ligações covalen-
tes simples).
|
grupo funcional: – C – OH
|
A cadeia carbônica é nomeada de forma análoga à nomenclatura dos hidrocarbonetos aos quais acrescenta-se o
sufixo -ol.
Exemplos:
CH3 – OH
Observação: não é necessário indicar a posição do grupo –OH, uma vez que ele está localizado necessa-
riamente no carbono 1.
209
O nome usual do metanol é álcool metílico, também conhecido por álcool da madeira. É bastante tóxico,
pode causar cegueira permanente se ingerido e tem uma interessante propriedade: queima produzindo uma chama
invisível. Empregado como combustível automobilístico e solvente em importantes processos industriais.
CH3 – CH2 – OH
Observação: não é necessário indicar a posição do grupo –OH, uma vez que ele está localizado necessa-
riamente no carbono 1.
O nome usual do etanol é álcool etílico, também conhecido como álcool de cereais. Combustível indispensá-
vel no Brasil e presente em todas as bebidas alcoólicas, cuja principal forma de obtenção é a fermentação alcoólica
de açúcares provenientes da cana-de-açúcar, cereais (milho, cevada, arroz etc.) e frutos (uvas, maçãs etc.).
Caso o álcool apresente três ou mais átomos de carbono, é necessário identificar seu respectivo grupo –OH
(hidroxila) e numerar a cadeia carbônica a partir da extremidade mais próxima do grupo –OH.
Exemplos:
3 2 1
CH3 – CH2 – CH2 – OH
Observação: neste caso, é obrigatório indicar a posição do grupo –OH, que pode estar localizado nas
posições 1 ou 2 da cadeia. Não existe propano-3-ol, uma vez que, nesse caso, a numeração estaria errada: iniciou-
-se “distante“ da extremidade onde se localiza o grupo –OH.
O nome usual do propan-2-ol (também denominado 2-propanol) é álcool isopropílico.
OH OH OH
| | |
H2C – CH – CH2
1 2 3
210
O propan-1,2,3-triol é atóxico, muito utilizado como umectante (retém umidade) em certos alimentos, cre-
mes hidratantes e sabonetes.
Álcoois de cadeias cíclicas seguem regularmente a nomenclatura com o acréscimo do prefixo ciclo-.
Exemplo:
Observação: como a cadeia é cíclica (não tem começo nem fim) e o único grupo a ela anexo é a hidroxila,
não é necessário indicar sua posição.
Exemplos:
Grupos ou
Cadeia principal Ligação Função
ramificações
5 C ⇒ PENT metil em 4; etil em 3 simples ⇒ AN álcool com grupo -OH na posição 2 ⇒ 2-OL
⇒ nome: 3-ETIL-4-METIL-PENTAN-2-OL
(também denominado 3-etil-4-metil-2-pentanol)
OH
| 6 5 4 3 2
CH3 — CH = C — CH — CH2 — CH3
| | 1
H3C CH3
211
Cadeia Grupos ou
Ligação Função
principal ramificações
METIL em 3; Dupla entre os carbo- Álcool com grupo -OH na
6 C ⇒ HEX
METIL em 4 nos 4 e 5 ⇒ 4-EN posição 1 ⇒ 1-OL
⇒ Nome: 3,4-dimetil-hex-4-en-1-ol
A função ENOL
Não confundi-la com os álcoois, que apresentam o grupo –OH (hidroxila) ligado a carbono saturado (4 ligações
simples).
OH
|
–C–
|
Num enol, o grupo –OH está ligado a um carbono instaurado com a dupla ligação.
OH
|
—C=C—
| |
A nomenclatura dos enóis segue exatamente as mesmas regras da nomenclatura dos álcoois, o que pode
acarretar mais confusão entre as duas funções.
Exemplos de enóis:
OH OH
| |
HC = CH2 H3C — HC = CH
etenol prop-1-en-1-ol
Mas a molécula:
OH
|
HC — HC = CH2
prop-2-en-1-ol
Trata-se de um álcool verdadeiro, uma vez que a hidroxila não está ligada ao carbono com dupla ligação.
Os pontos de fusão e de ebulição dos álcoois são elevados, pois as ligações de hidrogênio que as molé-
culas dos álcoois realizam umas com as outras são muito intensas. Os monoálcoois possuem pontos de ebulição
menores que os poliálcoois, pois quanto mais grupos OH, mais ligações de hidrogênio haverá.
A maioria dos monoálcoois é menos densa que a água líquida. Para citar um exemplo, a densidade do álcool
etílico é de 0,79 g/cm3, sendo que a da água é maior (1,0 g/cm3). Sobre o estado físico, os monoálcoois de 12
carbonos ou menos são líquidos; acima disso, são sólidos. Os poliálcoois com 5 carbonos ou menos são líquidos, e
com 6 carbonos ou mais são sólidos.
Os álcoois possuem uma parte da molécula polar (a parte que possui o grupo OH) e outra apolar
(a cadeia carbônica). Isso faz com que os álcoois sejam solúveis tanto em solventes polares (como água) como
em solventes apolares (como tetracloreto de carbono). As moléculas que possuem poucos átomos de carbono na
cadeia tendem a ser polares. Mas conforme a cadeia carbônica vai aumentando, ela tende a ser apolar.
212
Os álcoois de cadeia curta, que possuem maior tendência polar, são bastante solúveis em água, porque
suas moléculas realizam ligações de hidrogênio com as moléculas de água. Monoálcoois com até 3 carbonos são
solúveis em qualquer proporção na água; os de 4 carbonos têm solubilidade mais baixa (entre 8,3 a 26 g/100 mL)
e a solubilidade dos álcoois diminui gradualmente à medida que cresce a porção apolar da molécula (5 em diante).
Fenóis
São compostos orgânicos derivados dos hidrocarbonetos aromáticos graças à substituição de um H ligado dire-
tamente ao carbono do núcleo benzênico por –OH (hidroxila).
benzenol
Na prática, essa nomenclatura, para esse exemplo em particular, é raramente empregada.
§§ Nomenclatura trivial – aceita pela IUPAC, denomina simplesmente a molécula de fenol.
fenol
§§ Nomenclatura alternativa – muito empregada, indicam-se as posições dos grupos –OH (hidróxi) no anel
aromático.
Exemplos:
213
Caso ocorram ramificações (grupos carbônicos como metil, etil etc.), é necessário indicar suas posições de
modo que se obtenham os menores números possíveis.
1-hidroxi-2-metil-benzeno 1-hidroxi-3-metil-benzeno
ou ou 1-hidroxi-4-metil-benzeno
2-metil-fenol 3-metil-fenol ou
ou ou 4-metil-fenol
orto-metil-fenol meta-metil-fenol ou
para-metil-fenol
§§ Não se preocupe em memorizar tantas versões de nomenclatura. É preferível saber "construir" a molécula
a partir das informações oferecidas sobre sua estrutura.
O fenol mais comum – fenol, hidróxi-benzeno ou benzenol – é conhecido por ácido fênico, fenílico ou ácido car-
bólico. Ácido reage com bases (neutralização), propriedade característica de todos os fenóis.
A característica da maioria dos fenóis são suas propriedades antibacterianas e fungicidas.
O fenol foi o primeiro antisséptico comercializado (c. 1870). Graças a ele, houve uma queda significativa
do número de mortes causadas por infecção pós-operatória. Deixou de ser utilizado depois de descoberto seu
teor corrosivo, se em contato com a pele, e venenoso, se ingerido.
Certos fenóis são utilizados em desinfetantes de baixo custo (creolina).
Éteres
Compostos orgânicos derivados dos álcoois, graças à substituição do hidrogênio do grupo –OH (hidroxila) por um
grupo carbônico (metil, etil etc.).
grupo funcional: R – O – R’
Do qual R e R’ são grupos carbônicos (metil, etil etc.) não necessariamente iguais.
214
Usual, mas não oficial:
Exemplos
Observação: melhor que memorizar as várias formas de nomear os éteres, é preferível saber identificar o
grupo (metil, etil etc.) de cada “lado” do heteroátomo de oxigênio que caracteriza os éteres.
O etóxietano é o principal e o éter mais comum, conhecido por éter dietílico, éter etílico, éter sulfúrico ou simples-
mente éter. É produzido a partir da reação de desidratação do álcool etílico sob ação do ácido sulfúrico.
É um líquido incolor bastante inflamável e extremamente volátil, cujo ponto de ebulição é de 34,6 °C. É
uma substância utilizada como anestésico; relaxa os músculos e afeta ligeiramente a pressão arterial, a pulsação
e a respiração. As desvantagens são causar irritação no trato respiratório e provocar incêndios nas salas de cirur-
gia, uma vez que seus vapores são mais densos que o ar e acumulam-se na superfície do solo, formando, com o
oxigênio, uma mistura explosiva.
Da mesma forma que a acetona, quantidades elevadas de éter têm comercialização controlada pela Polí-
cia Federal. É um dos componentes usados na produção da cocaína.
215
Propriedades dos éteres
Os éteres líquidos são incolores, de cheiro agradável, bastante voláteis e altamente inflamáveis. São poucos, rea-
tivos, assim como os alcanos. Por apresentarem um momento de dipolo desprezível, os éteres podem servir como
solventes apolares para substâncias orgânicas e são substâncias muito mais voláteis do que os álcoois correspon-
dentes (mais uma vez, devido à ausência de ligações de hidrogênio).
O ponto de fusão e ebulição dos éteres são semelhantes aos hidrocarbonetos de mesma massa molecular,
mas muito menor que o dos álcoois isômeros (mais uma vez, devido à ausência de ligações de hidrogênio).
A solubilidade dos éteres menores em água é comparável a dos álcoois correspondentes e não a dos hidro-
carbonetos, já que os éteres podem formar ligações de hidrogênio com as moléculas de água, o que justifica sua
solubilidade, mesmo pequena, nesse meio.
216
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
super.abril.com.br/saude/eter/
218
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Em sua maior parte, fenóis são sólidos à temperatura ambiente, utilizados para produção de vernizes, corantes,
perfumes, resinas, mas principalmente como germicidas e antissépticos, por sua ação coagulante de proteínas de
bactérias. O benzenol foi utilizado durante muito tempo, até se descobrir sua alta propensão a causar câncer, já
que é altamente tóxico.
Quando se é necessário um solvente apolar, uma boa escolha para isso são os éteres, em sua maioria os
éteres de cadeia pequena são bastante voláteis e bons solventes.
Uma cena clássica de uso de éteres, é quando acontece, em filmes de suspense ou thriller policial, de o ban-
dido surpreender sua vítima com um pano encharcado de um líquido que é pressionado contra o rosto da pessoa
a fim de fazê-la desmaiar.
O que acontece nesses casos é que o líquido em questão é um éter; por terem essa característica de alta
volatilidade, eles podem desmaiar as pessoas por sufocamento por suas propriedades anestésicas.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atualmente, é muito fácil encontrar notícias relacionadas ao uso e obtenção do etanol; este composto orgânico
da classe dos álcoois está em alta em relação a seu uso como combustível, pelo fato de ser renovável, advindo do
plantio com cana-de-açúcar principalmente.
Todavia, há um inconveniente, ainda que o etanol seja uma alternativa “verde” mais viável que seu parente
mais querido, a gasolina, o etanol não é uma fonte de fácil obtenção geograficamente falando. É necessário solo e
condições climáticas propícias para produção de vegetais que possam dar origem ao etanol. Regiões como Ásia e
Europa, quase em sua totalidade, não possuem clima e solo favorável para plantio deste tipo de vegetação, delimi-
tando, assim, um certo monopólio de algumas regiões que possuem um plantio favorável.
219
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Grande parte dos compostos na química orgânica não são feitos apenas de carbono e
hidrogênio, como visto anteriormente. Há também os chamados compostos oxigenados,
que recebem esse nome por conterem átomos de oxigênio em sua molécula.
Um dos mais apreciados e utilizados no mundo é o álcool, função orgânica essa que
apresenta sempre um oxigênio, ligado a um hidrogênio, em que o oxigênio está ligado
numa cadeia carbônica.
Modelo
(Enem) A curcumina, substância encontrada no pó-amarelo-alaranjado extraído da raiz da cúrcuma
ou açafrão-da-índia (Curcuma longa), aparentemente, pode ajudar a combater vários tipos de câncer,
o mal de Alzheimer e até mesmo retardar o envelhecimento. Usada há quatro milênios por algumas
culturas orientais, apenas nos últimos anos passou a ser investigada pela ciência ocidental.
220
Análise Expositiva
Habilidade 24
Nessa questão era importante relembrar as duas funções orgânicas mais simples, o fenol e
o éter.
Analisando a molécula num contexto relacionado com o cotidiano, um artifício muito utili-
zado nas avaliações feitas pelo Enem, tem-se que:
Alternativa B
221
Estrutura Conceitual
Substância
orgânica
Pertence a
(uma ou mais
de uma)
Caracterizado
por
Grupo Classe
funcional funcional
Por
exemplo
Por
Álcool
exemplo CH3CH2OH
Contém Por
Oxigênio Fenol
exemplo C6H5OH
Por
Éter
exemplo CH3CH2OCH2CH3
222
E.O. Aprendizagem 5. (UCBA) O butan-2-ol pode ser representado
pela fórmula:
a) CH2(OH)CH2(OH).
1. (IFSul) A Cannabis sativa (maconha) possui b) CH2(OH)CH2CH3.
diversas substâncias químicas que, ao entra- c) CH2(OH)CH2CH2CH3.
rem em contato com o corpo do usuário, de- d) CH3CH(OH)CH2CH3.
sencadeiam uma série de efeitos, entre eles e) CH3C(OH)2CH2CH3.
a sensação de excitação provocada pelo rea-
gente THC. O THC tem sua fórmula estrutural
6. (UFSE) Quantos átomos de carbono secundá-
mostrada ao lado.
rio há na cadeia carbônica do pentan-2-ol?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
223
1
0. (FEI-SP) Substituindo-se os hidrogênios da Sobre essa molécula, atribua V (verdadeiro)
molécula da água por um radical fenil e um ou F (falso) às afirmativas a seguir.
radical metil, obtém-se: ( ) Apresenta cadeia carbônica homogênea
a) cetona. e insaturada.
b) aldeído. ( ) Contém igual número de átomos de car-
c) éster. bono e hidrogênio.
d) éter. ( ) Por combustão total, forma monóxido de
e) ácido carboxílico. carbono e peróxido de hidrogênio.
( ) Possui, no total, dezessete carbonos se-
224
O precursor da borracha sintética é o isopre- O nome oficial do composto II (segundo a
no, que apresenta a estrutura: IUPAC) e a respectiva função química são:
a) 1-metil-3-hidroxibenzeno – álcool.
b) meta-metil-hidróxido de benzila – álcool.
c) orto-metilfenol – fenol.
d) 3-metil-1-hidróxi-benzeno – fenol.
e) para-hidroxitolueno – fenol.
Ambas as estruturas resultam no poli-iso- 8. (UFRGS) O ortocresol, presente na creolina,
preno e são vulcanizadas com o objetivo de resulta da substituição de um átomo de hi-
melhorar as propriedades mecânicas do po- drogênio do hidroxibenzeno por um radical
límero. metila.
O geraniol e o isopreno são classificados, res- A fórmula molecular do ortocresol é:
pectivamente, como: a) C7H8O.
a) álcool e alceno. b) C7H9O.
b) aldeído e alceno. c) C6H7O.
c) álcool e alcino. d) C6H8O.
d) aldeído e alcino. e) C6H9.
e) ácido carboxílico e alceno.
9. (Unimontes) Algumas substâncias, quando
5. (UFG) O composto: adicionadas à gasolina, aumentam sua re-
sistência à compressão, sendo, portanto,
antidetonantes. Recomendado pelo Conse-
lho Nacional do Petróleo, o metil-t-butil-
-éter (MTBE) pode ser utilizado como an-
tidetonante em quantidade controlada.
O MTBE pode ser obtido pela reação – em
pelo sistema IUPAC, é o: presença de catalisador – do metanol com o
a) 3-fenil-3-hexanal. metilpropeno.
b) propil-n-metil-fenil-carbinol. O MTBE está corretamente representado pela
c) 4-fenil-4-etilbutanol. fórmula:
d) propil-fenil-etilcarbinol.
e) 3-fenil-3-hexanol.
a)
6. (UFMG) Considere as estruturas moleculares
do naftaleno e da decalina, representadas
pelas fórmulas a seguir.
b)
c)
naftaleno decalina
225
E.O. Complementar Observe as seguintes afirmações em relação
às estruturas.
I. O fenol pode ser chamado de hidróxi-
1. (UFF-RJ) Um composto orgânico X apresenta -benzeno.
os quatro átomos de hidrogênio do metano II. A nomenclatura IUPAC do éter é etanoato
substituídos pelos radicais: isopropil, benzil, de etila.
hidroxi e metil. III. O éter não apresenta ligações pi.
A fórmula molecular de X é: IV. Todos os carbonos do fenol são secundários.
a) C12H16O2. Está(ão) correta(s):
b) C11H16O. a) Apenas I.
c) C12H18O. b) Apenas I e II.
d) C11H14O. c) Apenas I, III, e IV.
e) C11H14O. d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III, IV.
2. (Espcex) Considere as seguintes descrições
de um composto orgânico: 4. (UEL) Os efeitos especiais do isoeugenol
I. O composto apresenta 7 (sete) átomos de presente na noz-moscada são conhecidos
carbono em sua cadeia carbônica, classifi- desde a antiga China. É notória a importân-
cada como aberta, ramificada e insaturada; cia que essa molécula exerceu no comércio e
II. A estrutura da cadeia carbônica apresen- na construção e destruição de cidades.
ta apenas 1 carbono com hibridização
tipo sp, apenas 2 carbonos com hibridi-
zação tipo sp2 e os demais carbonos com
hibridização sp3;
III. O composto é um álcool terciário.
Considerando as características descritas
acima e a nomenclatura de compostos orgâ-
nicos regulada pela União Internacional de
Química Pura e Aplicada (IUPAC), uma possí-
vel nomenclatura para o composto que aten-
da essas descrições é: Sobre essa molécula, atribua V (verdadeiro)
a) 2,2-dimetil-pent-3-in-1-ol. ou F (falso) às afirmativas a seguir.
b) 3-metil-hex-2-en-2-ol. ( ) A molécula apresenta estrutura alicícli-
c) 2-metil-hex-3,4-dien-2-ol. ca insaturada.
d) 3-metil-hex-2,4-dien-1-ol. ( ) Apresenta 2 carbonos primários, 7 car-
e) 3-metil-pent-1,4-dien-3-ol. bonos secundários e 1 carbono terciário.
( ) É uma estrutura com grupos funcionais
compostos.
3. (IFPE) No livro O SÉCULO DOS CIRURGIÕES,
( ) O grupo funcional hidroxila é caracteri-
de Jürgen Thorwald, o autor enfatiza diver-
zado como álcool.
sas substâncias químicas que mudaram a
Assinale a alternativa que contém, de cima
história da humanidade, entre elas: o fenol,
para baixo, a sequência correta.
que em 1865 era chamado de ácido carbólico
a) V – F – V – V
e foi usado pelo médico Inglês Joseph Lister
b) V – F – F – F
como bactericida, o que diminuiu a morta-
c) F – V – V – F
lidade por infecção hospitalar na Europa; o
d) F – V – F – V
éter comum, usado pela 1ª vez em 1842, em
e) F – F – V – V
Massachusetts (EUA), pelo cirurgião John
Collins Warren como anestésico por inala-
ção que possibilitou a primeira cirurgia sem 5. (IFPE) O odor desagradável na transpiração
dor e, por fim, o clorofórmio, usado em 1847 é tema de estudo pelos cientistas do mundo
também como anestésico, mas posterior- todo. Pesquisas realizadas apontam os áci-
mente abandonado devido a sua toxidez. dos carboxílicos como principais responsá-
Abaixo estão expressas as fórmulas estrutu- veis pelo mau cheiro. Para combatê-los, os
rais do ácido carbólico (fenol) e do éter. desodorantes, em sua grande maioria, con-
têm o triclosan, substância que inibe o cres-
cimento das bactérias (bacteriostático).
226
Observe abaixo a estrutura do triclosan e 2. Escreva a fórmula estrutural e dê o nome ofi-
analise as proposições a seguir. cial dos seguintes álcoois:
a) metílico
b) etílico
c) propílico
d) isopropílico
e) sec-butílico
f) terc-butílico
OH
1. Dê o nome oficial dos seguintes álcoois: |
OH a) H3C — CH — CH2 — CH — CH3
| |
a) H3C — CH2 — CH — CH3 C2H5
OH OH
| |
b) H2C — CH2 — CH2 — CH2 — CH3 b) H3C — CH = CH — CH — CH2
|
OH CH3
|
c) H3C — C — CH2 — CH3
|
CH3 c)
d)
CH3 d)
|
e) H3C — C — CH2 — CH2 — CH2 — OH
|
CH3 e) 2-metil-hexan-1-ol
OH OH f) 2,3-dimetil-fenol ou 2,3-dimetil-benzenol
| |
f) H2C — CH — CH3 5. Dê nome aos seguintes éteres:
a) H3C — CH2 — O — CH2 — CH3
b) CH3 — O — CH3
g) c) H3C — CH2 — O —
227
6. Escreva as fórmulas estruturais dos seguin-
tes compostos: E.O. Enem
a) metóxi-sec-butano
b) éter dietílico (éter comum)
1. (Enem) No processo de fabricação de pão, os
c) éter metil-etílico
padeiros, após prepararem a massa utilizan-
7. (PUC-MG) Considere o seguinte álcool: do fermento biológico, separam uma porção
de massa em forma de “bola” e a mergulham
num recipiente com água, aguardando que
ela suba.
Quando isso acontece, a massa está pronta
para ir ao forno.
Um professor de Química explicaria esse
Dê seu nome oficial e indique sua fórmula procedimento da seguinte maneira: “A bola
molecular. de massa torna-se menos densa que o líqui-
do e sobe. A alteração da densidade deve-se
8. Considerando que a fórmula molecular C3H8O
à fermentação, processo que pode ser resu-
identifica dois álcoois alifáticos saturados,
mido pela equação:
escreva suas fórmulas estruturais e dê seus
nomes oficiais.
C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 + energia
9. (UFJF-MG) Escreva o que se pede em cada Glicose álcool comum gás carbônico
um dos itens abaixo.
a) O nome de um composto orgânico de fórmu- Considere as afirmações abaixo.
la molecular C5H12O que não possua átomo
I. A fermentação dos carboidratos da massa
de carbono secundário nem terciário.
b) A fórmula estrutural do álcool de fórmula de pão ocorre de maneira espontânea e
C7H8O que possua cadeia carbônica aromática. não depende da existência de qualquer
organismo vivo.
1
0. (UFSC – Adaptada) A celulose atua como II. Durante a fermentação, ocorre produção
componente estrutural na parede celular de de gás carbônico, que se vai acumulando
diversas plantas e é o principal componente em cavidades no interior da massa, o que
químico do papel comum, como este que você faz a bola subir.
está utilizando para fazer sua prova. Quimi- III. A fermentação transforma a glicose em
camente, a celulose é um polímero, mais es- álcool. Como o álcool tem maior densida-
pecificamente um polissacarídeo, formado de do que a água, a bola de massa sobe.
pela junção de várias unidades de glicose. As Dentre as afirmativas, apenas:
fórmulas estruturais planas da glicose e da a) I está correta.
celulose são mostradas no esquema abaixo. b) II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) III está correta.
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. (UERJ) A análise qualitativa de uma subs-
tância orgânica desconhecida revelou a pre-
sença de carbono, oxigênio e hidrogênio.
Podemos afirmar que essa substância não
pertence à função denominada:
a) éster.
Com base nas informações disponibilizadas b) fenol.
acima: c) hidrocarboneto.
a) expresse a fórmula molecular da glicose. d) ácido carboxílico.
b) escreva o(s) nome(s) da(s) função(ões)
orgânica(s) presente(s) na molécula de ce-
lulose.
228
2. (UERJ) Algumas algas marinhas produzem Esse hidrocarboneto pode ser classificado
polifenóis para defesa contra predadores her- como:
bívoros. Analise as fórmulas abaixo que re- a) alcino.
presentam diferentes substâncias químicas. b) ciclano.
c) alcano.
d) alcadieno.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Um composto orgânico com a fórmula
molecular C3H7OH deve ser classificado como:
Aquela que representa um polifenol é a de
a) ácido.
número:
b) álcool.
a) 1.
c) aldeído.
b) 2. d) base.
c) 3.
e) fenol.
d) 4.
a) H3C — C — CH3
OH
CH3
b) H3C — C — CH2OH
H
c) H2C — C — CH2
Em cada uma dessas substâncias, o número
de átomos de carbono pode ser representado OH OH OH
por x e o número de heteroátomos por y. H H
O maior valor da razão x/y é encontrado na
substância pertencente à seguinte função d) H3C — C — C — CH3
química:
a) éter. H OH
b) éster.
CH3
c) amina.
d) amida. e) H2C — C — CH2
229
4. (Unesp – Modificada) O sildenafil, princípio 2. (Unesp) Considerar os radicais metila e fenila.
ativo do medicamento Viagra, tem a fórmula a) Escrever as fórmulas estruturais de compos-
estrutural tos das funções: I – álcool e II – éter, que
contenham os dois radicais em cada composto.
b) Escrever os nomes dos compostos.
Gabarito
E.O. Aprendizagem
1. B 2. B 3. B 4. A 5. D
6. C 7. C 8. B 9. D 10. D
Sobre o sildenafil, é correto afirmar que
apresenta:
a) átomos de nitrogênio incorporados a todos
os anéis. E.O. Fixação
b) ligações covalente normais. 1. D 2. C 3. A 4. A 5. E
c) somente anéis aromáticos.
6. C 7. D 8. A 9. D 10. C
d) 12 pares de elétrons desemparelhados.
e) função éter.
E.O. Dissertativo
1.
a) butan-2-ol
De acordo com a fórmula analisada, é correto b) pentan-1-ol
afirmar que o iso-octano: c) 2-metil-butan-2-ol
a) é solúvel em água. d) 2,5-dimetil-hexan-3-ol
b) é um composto insaturado. e) 4,4-dimetil-pentan-1-ol
c) conduz corrente elétrica. f) propan-1,2-diol
d) apresenta carbono com hibridização sp2. g) ciclopentanol
e) tem fórmula molecular C8H18. 2.
a) H3C – OH metanol
6. (Unesp) Dentre as fórmulas a seguir, a alter- b) H3C – CH2 – OH etanol
nativa que apresenta um álcool terciário é: c) H3C – CH2 – CH2 – OH propan-1-ol
a) CH3–CH2–CHO. OH
b) (CH3)3C–CH2OH. |
c) (CH3)3COH. d) H3C — CH — CH3 propan-2-ol
d) CH3–CH2–CH2–OH.
e) CH3–CH(OH)–CH3. OH
|
e) H3C — CH — CH2 — CH3 butan-2-ol
E.O. Dissertativas OH
|
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) f) H3C — C — CH3 2-metil-propan-2-ol
|
1. (Unesp) Um éter, de massa molar 60 g/mol, CH3
tem a seguinte composição centesimal: 3.
a) 1-hidroxi-3-etil-benzeno ou 3-etil-fenol
C = 60%; H = 13,33%; O = 26,67%.
ou 3-etil-benzenol ou meta-etil-benzenol
(Massas molares, em g/mol: C = 12; H = 1; b) 1-hidroxi-4-etil-benzeno ou 4-etil-fenol
O = 16) ou 4-etil-benzenol ou para-etil-benzenol
a) Determine a fórmula molecular do éter. c) 1-hidroxi-2-etil-benzeno ou 2-etil-fenol
b) Escreva a fórmula estrutural e o nome do éter. ou 2-etil-benzenol ou orto-etil-benzenol
230
4.
a) 4-metil-hexan-2-ol
E.O. Objetivas
b) 2-metil-pent-3-en-1-ol (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
c) 4-isopropil-hidróxi-benzeno ou 4-isopro- 1. B 2. A 3. C 4. E 5. E
pil-benzenol
6. C
d) 2,2,3-trimetil-ciclobutanol
e) H3C — CH — CH2 — CH2 — CH — CH2 — OH
| E.O. Dissertativas
CH3
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
f) a) C3H8O
b) H3C - CH2 - O - CH3 (metoxietano)
2.
5. a)
a) éter etílico ou etóxietano
b) éter metílico ou metóximetano
b) 1 - feniletanol, metoxibenzeno
c) eter etil-fenílico ou etóxibenzeno
6.
a)
OH
|
H3C — CH — CH3 propan-2-ol
9.
CH3
|
a) H3C — C — CH2 — OH (2,2-dimetil-propan-1-ol)
|
CH3
b)
10.
a) C6H12O6
b) Na celulose, observamos as funções álcool
e éter.
E.O. Enem
1. B
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C 2. B 3. A 4. B
231
INFOGRÁFICO:
Abordagem dos GASES E SOLUBILIDADE nos principais
vestibulares.
FUVEST - A parte de gases é muito cobrada na Fuvest, sendo um dos assuntos mais difíceis. Solu-
bilidade é muito cobrado também, sendo de extrema importância a total fixação do assunto para
que haja melhor compreensão em assuntos futuros.
ADE DE ME
IC
FAC
INA
ENEM / UFRJ - O Enem cobra com frequência o assunto dos gases, fazendo com
que seja um dos mais importantes. A principal abordagem é com a aplicação e o
uso no cotidiano.
Aulas 11 e 12
Transformações gasosas
Competências 3, 5 e 7
Habilidades 8, 10, 12, 18, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Em estado gasoso, as substâncias apresentam este conjunto de propriedades comuns:
1. Não apresentam forma definida, isto é, adquirem a forma do recipiente que os contêm.
2. Não apresentam volume próprio. Os gases ocupam todo o volume do recipiente que os contêm. São de
grande expansibilidade.
3. Sofrem grandes variações de volume, se as condições de pressão e temperatura a que estão submetidos
forem alteradas. São altamente compressíveis e de alta dilatabilidade.
4. Apresentam baixa densidade. Se comparado o volume ocupado pela mesma massa de uma substância nos
três estados físicos, verifica-se que o volume ocupado pelo gás é muito maior que o ocupado pelo líquido e
pelo sólido.
5. Exercem pressão. Quanto maior a quantidade de gás em um recipiente, maior a pressão por ele exercida.
Alterações efetuadas na temperatura de um gás, sem alterar seu volume constante, provocam grandes va-
riações na pressão por ele exercida.
237
2. Temperatura – é a medida do grau de agitação das partículas que constituem uma substância. No estudo
dos gases, é utilizada a escala absoluta ou Kelvin (K). No Brasil, a escala usual é a Celsius ou centígrada (°C).
Transformação de graus Celsius (ºC) em Kelvin:
3. Pressão – definida como força por unidade de área. No estado gasoso, a pressão é o resultado do choque
de moléculas contra as paredes do recipiente que as contêm.
A medida de pressão de um gás é obtida mediante um aparelho chamado manômetro.
As unidades de pressão usuais são: atmosfera (atm), centímetros de mercúrio (cmHg), milímetros de mercú-
rio (mmHg); Torricelli (torr); Pascal (Pa).
Lei de Boyle-Mariotte
“À temperatura constante, uma determinada massa de gás ocupa um volume inversamente proporcional à pressão
exercida sobre ele.”
Essa transformação gasosa, cuja temperatura é mantida constante, é chamada de transformação
isotérmica.
Experiência de Boyle-Mariotte
A lei de Boyle-Mariotte pode ser representada por um gráfico pressão-volume. Nele, as abscissas repre-
sentam a pressão de um gás, e as ordenadas, o volume ocupado pelo gás.
238
A curva obtida é uma hipérbole, cuja equação representativa é PV = constante.
P1 · V1 = P2 · V2
Se o volume diminuir, aumenta o número de moléculas por área. Com isso, aumenta também o número de
colisões, bem como (e consequentemente) a pressão.
Lei de Charles/Gay-Lussac
“À pressão constante, o volume ocupado por uma massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura
absoluta.”
Essa transformação gasosa, cuja pressão é mantida constante, é chamada transformação isobárica.
As relações entre volume e temperatura estão representadas neste esquema:
Graficamente:
239
A reta obtida é representada pela equação:
V = (constante) · T ou __ V = cte
T
Se a temperatura aumentar, aumenta a energia cinética das moléculas. Portanto, para manter a pressão
constante ocorre um aumento do volume.
Conclusão:
V V
__1 = __2
T1 T2
Lei de Gay-Lussac
“A um volume constante, a pressão exercida por uma determinada massa fixa de gás é diretamente proporcional
à temperatura absoluta.”
Essa transformação gasosa, cujo volume é mantido constante, é denominada transformação isocórica, iso-
métrica ou isovolumétrica.
Representação das relações entre pressão e temperatura:
Graficamente:
Se a temperatura aumentar, aumenta a energia cinética das moléculas. Com isso, aumenta também o nú-
mero de colisões, bem como (e consequentemente) a força aplicada em uma determinada área, ou seja, a pressão.
240
A reta obtida é representada pela equação:
P = (cte)
P = (constante) · T ou __
T
Conclusão:
__P P
1 = __2
T1 T2
241
Equação geral dos gases
Caso haja transformação gasosa, graças à qual as três variáveis de estado (P, V e T) modificam-se simultaneamente, re-
corre-se a esta equação. É obtida pela relação matemática entre as transformações gasosas estudadas anteriormente.
A equação é expressa por:
P ·
____ V = cte ä (para determinada massa fixa de gás).
T
P V P2V2
ou ____
1 1 = ____
T1 T2
A equação geral dos gases permite conhecer o volume de um gás em determinadas condições de tempe-
ratura e pressão e determinar seu novo volume em outras condições de temperatura e pressão. Presta-se também
para determinar temperaturas e pressões diferentes a partir de valores iniciais.
Teoria na prática
1. Uma bolha de ar forma-se no fundo de um lago, em que a pressão é de 2,2 atm. A essa pressão, a bolha
tem volume de 3,6 cm3.
Que volume terá essa bolha quando subir à superfície, na qual a pressão atmosférica é de 684 mmHg,
admitindo-se que a massa de gás contida no interior da bolha e a temperatura permanecem constantes?
Resolução:
2. Um balão selado, quando cheio de ar, tem volume de 50,0 m3 a 22 °C e a uma dada pressão. O balão é
aquecido. Assumindo-se que a pressão é constante, a que temperatura estará o balão quando seu volume
for 60,0 m3?
Resolução:
242
3. Certo gás ocupa um volume de 100 litros a dada pressão e temperatura. Qual o volume ocupado pela mes-
3 da inicial e a temperatura absoluta se reduzir
ma massa gasosa quando a pressão do gás se reduzir a __
4
2 da inicial?
em __
5
Resolução:
243
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
Sites Vidros
noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/05/28/clique-ciencia-por-que-o-
vidro-e-o-espelho-embacam.htm
phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter/latest/states-of-matter_pt_BR.html
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Uma perfeita aplicação das transformações físico-químicas que é facilmente vista em festas de aniversário ou em
bailes noturnos é o uso do gelo seco.
O gelo seco não é feito de água, como o nome sugere, mas sim de CO2, gás carbônico, que é resfriado e
comprimido até sair do estado gasoso e ir para o estado sólido, então ele é realocado para um recipiente para
onde haja uma pressão constante. Para que então quando vá ser usado, devido à mudança brusca nas condições
de temperatura e pressão exercidas sobre o CO2, é iniciado um processo de sublimação.
INTERDISCIPLINARIDADE
245
Estrutura Conceitual
GÁS IDEAL
Uma amostra
pode sofrer
246
E.O. Aprendizagem a)
247
7. (UFC) Acidentes com botijões de gás de cozi- 3. existe vácuo no interior da lata.
nha são noticiados com bastante frequência. 4. ao aquecermos a lata, a pressão no seu
Alguns deles ocorrem devido às más condi- interior não varia.
ções de industrialização (botijões defeitu- 5. ao aquecermos a lata e pressionarmos sua
osos), e outros por uso inadequado. Dentre válvula, gases sairão novamente da mesma.
estes últimos, um dos mais conhecidos é o Quais são as afirmações verdadeiras? E as
armazenamento dos botijões em locais mui- falsas?
to quentes.
Nestas condições, e assumindo a lei dos ga-
ses ideais, é correto afirmar que: E.O. Fixação
a) a pressão dos gases aumenta, e o seu núme-
ro de mols diminui. 1. (Unifor) Um pneu de automóvel contém ar
b) a pressão dos gases diminui, e o seu número sob pressão de 3,0 atm à temperatura de
de mols diminui. 7,0 °C. Após viagem de 72 km, verifica-se
c) o número de mols permanece constante, e a que a temperatura do pneu atinge 47 °C.
pressão aumenta. Considerando o ar um gás ideal e desprezan-
d) a pressão e o número de mols dos gases au- do a variação de volume do pneu, a pressão
mentam. do ar nessa nova condição vale, em atmos-
e) a pressão e o número de mols dos gases não feras:
são afetados pelo aumento de temperatura. a) 3,1.
b) 3,4.
8. (UFRS) Dois recipientes idênticos, manti- c) 3,7.
dos na mesma temperatura, contêm o mes- d) 4,0.
mo número de moléculas gasosas. Um dos e) 4,3.
recipientes contém hidrogênio, enquanto o
outro contém hélio. Qual das afirmações a 2. (FEI-SP) Um pneu de automóvel foi calibra-
seguir está correta? do com pressão interna equivalente a 3 atm,
a) A massa de gás em ambos os recipientes é uma temperatura de 27 °C. Ao rodar, a tem-
idêntica. peratura do pneu alcançou o valor de 47 °C.
b) A pressão é a mesma nos dois recipientes. Considerando que o volume do pneu não va-
c) Ambos os recipientes contêm o mesmo nú- riou e o comportamento do gás é ideal, qual
mero de átomos. a pressão interna (em atm) do pneu?
d) A massa gasosa no recipiente que contém a) 32
hidrogênio é o dobro da massa gasosa no re- b) 3,2
cipiente que contém hélio. c) 16
e) A pressão no recipiente que contém hélio é d) 0,32
o dobro da pressão no recipiente que contém e) 3,0
hidrogênio.
3. (PUC-RJ) Um pneu de bicicleta é calibrado a
9. (UFPI) Algumas esferográficas têm um pe- uma pressão de 4 atm em um dia frio, à tem-
queno orifício no seu corpo principal. Mar- peratura de 7 °C. Supondo que o volume e a
que a opção que indica o propósito deste ori- quantidade de gás injetada são os mesmos,
fício: qual será a pressão de calibração nos dias em
a) permitir a entrada de oxigênio que reage que a temperatura atinge 37 °C?
com a tinta. a) 21,1 atm
b) impedir que a caneta estoure por excesso de b) 4,4 atm
pressão interna. c) 0,9 atm
c) permitir a vazão de excesso de tinta. d) 760 mmHg
d) evitar acúmulo de gases tóxicos no interior e) 2,2 atm
da caneta.
e) equilibrar a pressão, à proporção que a tinta 4. (FEI-SP) Um gás que ocupa um volume de
é usada. 750 mL à pressão de 0,990 atm é expandido,
à temperatura constante, até que sua pres-
1
0. (UFPE) Uma lata de um spray qualquer foi são se torne 0,330 atm. O volume final (em
utilizada até não mais liberar seu conteúdo. mililitros) ocupado pelo gás é:
Neste momento, podemos dizer: a) 2.250.
1. a pressão de gases no interior da lata é b) 750.
zero. c) 500.
2. a pressão de gases no interior da lata é d) 250.
igual à pressão atmosférica. e) 1.000.
248
5. (Unirio) Você brincou de encher, com ar, um Marque a alternativa que corresponde a essa
balão de gás, na beira da praia, até um vo- transformação:
lume de 1 L e o fechou. Em seguida, subiu a)
uma encosta próxima carregando o balão,
até uma altitude de 900 m, onde a pressão
atmosférica é 10% menor do que a pressão
ao nível do mar.
Considerando que a temperatura na praia e
na encosta seja a mesma, o volume de ar no
balão, em L, após a subida, será de:
a) 0,8. b)
b) 0,9.
c) 1,0.
d) 1,1.
e) 1,2.
Nessas condições:
( ) em V = 4 L, as pressões são idênticas.
( ) as massas são diferentes.
( ) as variações representadas ocorrem à pres-
são constante.
( ) em V = 8 L, as temperaturas são idênticas.
249
9. (UFRN) Certa massa de gás ideal pode ser re-
presentada pela relação P · V / T = constan- E.O. Complementar
te, sendo P (pressão), V (volume), T (tem-
peratura). Pode-se afirmar que a pressão do 1. (UFRGS) Um mol de gás ideal confinado no
gás aumenta quando: recipiente A de volume V1 expande para o re-
a) V aumenta e T diminui. cipiente B de volume V2 = 2 V1 ao ser aberta
b) V não varia e T diminui. a válvula X. Veja o diagrama abaixo:
c) T não varia e V aumenta.
d) T aumenta e V não varia.
1
0. (UFV) Considere uma amostra de gás contida
num cilindro com pistão nas condições nor-
mais de temperatura e pressão (0 °C ou 273 K
e 1 atm), conforme figura a seguir.
e)
250
a) Quando o gás é comprimido nestas condi-
ções, o produto da pressão pelo volume per- E.O. Dissertativo
manece constante.
b) Ao comprimir o gás a um volume correspon- 1. (UFPE) Uma certa quantidade de gás ideal
ocupa 30 litros à pressão de 2 atm e à tem-
dente à metade do volume inicial, a pressão
peratura de 300 K. Que volume passará a
diminuirá por igual fator.
ocupar se a temperatura e a pressão tiverem
c) Ao diminuir a pressão a um valor correspon- seus valores dobrados?
1 da pressão inicial, o volume dimi-
dente a __
3 2. (UFSC) Suponha que 57 litros de um gás ide-
nuirá pelo mesmo fator. al a 27 °C e 1,00 atmosfera sejam simulta-
d) O volume da amostra do gás duplicará, quando neamente aquecidos e comprimidos até que
a pressão final for o dobro da pressão inicial. a temperatura seja 127 °C e a pressão, 2,00
e) Quando a pressão aumenta por um fator cor- atmosferas. Qual o volume final, em litros?
respondente ao triplo da inicial, a razão __ P
V 3. (Fcmsc-SP) Uma amostra de gás perfeito
será sempre igual à temperatura.
ocupa um recipiente de 10,0 L à pressão de
1,5 atm. Essa amostra foi transferida para
4. (UERN) Um sistema de balões contendo gás outro recipiente de 15,0 litros, mantendo
Helio (He), nas quantidades e nos volumes a mesma temperatura. Qual a nova pressão
apresentados, esta ligado por uma torneira dessa amostra de gás.
(T) que, inicialmente, está fechada. Observe:
4. Uma determinada massa gasosa, confinada
em um recipiente de volume igual a 6,0 L,
está submetida a uma pressão de 2,5 atm e
sob temperatura de 27 °C.
Quando a pressão é elevada em 0,5 atm, no-
ta-se uma contração no volume de 1,0 L.
a) Qual a temperatura em que o gás se encontra?
b) Que tipo de transformação ocorreu?
Considerando que os gases apresentam com- 5. (Uninove) Considere que certa quantidade
portamento ideal e que a temperatura per- de ar está armazenada em um recipiente de 2,5
manece constante, é correto afirmar que: L à pressão de 1 atm e temperatura de 25 ºC.
a) a pressão em A será a mesma em B. a) Sabendo que K = ºC + 273, calcule o volu-
b) ao abrir a torneira, se observará variação na me dessa mesma quantidade de ar quando a
pressão do sistema. pressão e a temperatura são reduzidas a 0,85 atm
e 15 ºC, respectivamente.
c) ao dobrar a pressão nos sistemas A e B, o
b) Caso o ar seja trocado por igual número de
volume ocupado pelos gases será 1/2 L e 1
mol de argônio, ocorrerá algum tipo de alte-
L, respectivamente. ração no volume de gás armazenado no reci-
d) as moléculas do sistema B colidem com mais piente? Justifique sua resposta.
frequência com a parede do recipiente do
que as moléculas do sistema A. 6. (Unicid) Comprime-se um gás, à pressão
constante de 1,0 atm, empurrando um êm-
5. (FAAP) Na respiração normal de adulto, num bolo de modo que seu volume passe de 0,20 m3
minuto, são inalados 4,0 litros de ar, medi- para 0,10 m3.
dos a 25 °C e 1 atm de pressão. Um mergu- a) Nessa compressão, a energia interna desse gás
lhador a 43 m abaixo do nível do mar, onde aumenta ou diminui? Justifique sua resposta.
b) Sabendo que a compressão foi realizada a 27 ºC
a temperatura é de 25 °C e a pressão de 5
calcule a pressão que deve ser aplicada para
atmosferas, receberá a mesma massa de oxi-
manter o mesmo volume de gás comprimido,
gênio se inalar: à temperatura de 0 ºC.
a) 4,0 litros de ar.
b) 8,0 litros de ar.
7. (PUC-SP) Um recipiente contém certa
c) 32 litros de ar. massa de gás ideal que, à temperatura de
d) 20 litros de ar. 27 °C, ocupa um volume de 15 L. Ao so-
e) 0,8 litros de ar. frer uma transformação isobárica, o volume
ocupado pela massa gasosa passa a ser de
20 L. Nessas condições, qual foi a variação de
temperatura sofrida pelo gás?
251
8. (UFAL) Um gás ideal está contido em um re-
cipiente fechado, a volume constante, a uma E.O. Objetivas
temperatura de 27 °C. Para que a pressão des-
se gás sofra um acréscimo de 50%, é necessá-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
rio elevar a sua temperatura para quanto?
1. (Unesp) O volume de uma massa fixa de gás
ideal, a pressão constante, é diretamente
9. (UFG) Uma lata de refrigerante tem o volu- proporcional à:
me total de 350 mL. Essa lata está aberta e a) concentração do gás.
contém somente o ar atmosférico, e é colo- b) pressão atmosférica.
cada dentro de um forno a 100 °C. Após a c) densidade do gás.
lata atingir essa temperatura, ela é fechada. d) temperatura absoluta.
A seguir, tem sua temperatura reduzida a e) massa molar do gás.
25 °C. Com o decréscimo da temperatura,
ocorre uma redução da pressão interna da
lata que levará a uma implosão. Ante o ex- 2. (Fuvest) Um congelador doméstico (freezer)
posto, calcule a pressão no interior da lata está regulado para manter a temperatura de
no momento imediatamente anterior à im- seu interior a –18 °C. Sendo a temperatura
plosão e o volume final após a implosão. ambiente igual a 27 °C (ou seja, 300 K), o
congelador é aberto e, pouco depois, fechado
1
0. (UFG) Considere um gás ideal submetido às novamente.
seguintes transformações: Suponha que o freezer tenha boa vedação e
que tenha ficado aberto o tempo necessário
V para o ar em seu interior ser trocado por ar
ambiente.
A Quando a temperatura do ar no freezer vol-
tar a atingir –18 °C, a pressão em seu inte-
rior será:
a) cerca de 150% da pressão atmosférica.
b) cerca de 118% da pressão atmosférica.
B c) igual à pressão atmosférica.
d) cerca de 85% da pressão atmosférica.
e) cerca de 67% da pressão atmosférica.
D
3. (Unicamp 2017) Bebidas gaseificadas apre-
C sentam o inconveniente de perderem a graça
depois de abertas. A pressão do CO2 no inte-
P
rior de uma garrafa de refrigerante, antes de
ser aberta, gira em torno de 3,5 atm e é sabi-
Considere, também, as seguintes leis: do que, depois de aberta, ele não apresenta
§§ Sob volume constante, a pressão exercida as mesmas características iniciais. Considere
por uma determinada massa gasosa é di- uma garrafa de refrigerante de 2 litros, sen-
retamente proporcional à sua temperatu- do aberta e fechada a cada 4 horas, retiran-
ra absoluta. ("Lei de Gay-Lussac"). do-se de seu interior 250 mL de refrigerante
§§ Sob temperatura constante, o volume de cada vez.
ocupado por determinada massa gasosa é Nessas condições, pode-se afirmar correta-
inversamente proporcional à sua pressão. mente que, dos gráficos a seguir, o que mais
("Lei de Boyle"). se aproxima do comportamento da pressão
§§ Sob pressão constante, o volume ocupado dentro da garrafa, em função do tempo é o:
por uma determinada massa gasosa é di- a)
retamente proporcional à sua temperatu-
ra absoluta. ("Lei de Charles").
a) Associe as transformações A é B; B é C e
C é D às Leis correspondentes. Justifique
sua resposta.
b) Esboce os gráficos dessas transformações,
mostrando as grandezas que sofrem varia-
ções e identificando a(s) que permanece(m)
constante(s).
252
b) 5. (Unesp) Os desodorantes do tipo aeros-
sol contêm em sua formulação solventes e
propelentes inflamáveis. Por essa razão, as
embalagens utilizadas para a comercializa-
ção do produto fornecem no rótulo algumas
instruções, tais como:
§§ Não expor a embalagem ao sol.
§§ Não usar próximo a chamas.
§§ Não descartar em incinerador.
c)
(www.gettyimagens.pt)
253
7. (Unesp) Segundo a lei de Charles-Gay Lus-
sac, mantendo-se a pressão constante, o E.O. Dissertativas
volume ocupado por um gás aumenta pro- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
porcionalmente ao aumento da temperatu-
ra. Considerando a teoria cinética dos gases
1. (Unicamp) Uma garrafa de 1,5 litro, inde-
e tomando como exemplo o gás hidrogênio
formável e seca, foi fechada com uma tampa
(H2), é correto afirmar que este comporta-
plástica. A pressão ambiente era de 1,0 at-
mento está relacionado ao aumento:
a) do tamanho médio de cada átomo de hidro- mosfera e a temperatura de 27 °C. Em segui-
gênio (H), devido à expansão de suas cama- da, essa garrafa foi colocada ao sol e, após
das eletrônicas. certo tempo, a temperatura em seu interior
b) do tamanho médio das moléculas de hidro- subiu para 57 °C e a tampa foi arremessada
gênio (H2), pois aumentam as distâncias de pelo efeito da pressão interna.
ligação. a) Qual era a pressão no interior da garrafa no
c) do tamanho médio das moléculas de hidro- instante imediatamente anterior à expulsão
gênio (H2), pois aumentam as interações en- da tampa plástica?
tre elas. b) Qual é a pressão no interior da garrafa após
d) do número médio de partículas, devido à a saída da tampa? Justifique.
quebra das ligações entre os átomos de hi-
drogênio (H2 → 2H). 2. (Unicamp) Em um recipiente aberto à at-
e) das distâncias médias entre as moléculas mosfera com capacidade volumétrica igual a
de hidrogênio (H2) e das suas velocidades 2,24 litros, nas condições normais de tempe-
médias. ratura e pressão, colocou-se uma massa de
0,36 g de grafite. Fechou-se o recipiente e,
8. (Fuvest) Hidrogênio reage com nitrogênio com o auxílio de uma lente, focalizando a luz
formando amônia. A equação não balancea- solar sobre o grafite, iniciou-se sua reação
da que representa essa transformação é: com o oxigênio presente produzindo apenas
gás carbônico. Assuma que todo o oxigênio
H2(g) + N2(g) → NH3(g) presente tenha sido consumido na reação.
a) Escreva a equação química da reação.
Outra maneira de escrever essa equação quí- b) Qual é a quantidade de gás carbônico forma-
mica, mas agora balanceando-a e represen-
do, em mol?
tando as moléculas dos três gases, é:
c) Qual será a pressão dentro do recipiente
a)
quando o sistema for resfriado até a tempe-
ratura inicial? Justifique.
254
Gabarito b) Observe os gráficos a seguir:
E.O. Aprendizagem
1. D 2. C 3. A 4. A 5. A
6. C 7. C 8. B 9. E 10. F-V-F-F-V
6. D 7. E 8. B
E.O. Complementar
1. E 2. A 3. A 4. C 5. E
E.O. Dissertativas
E.O. Dissertativo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
30 L (o volume não é alterado). 1.
1,0 ____
P = constante ä ____
2.
38 L. a) __ = x ä x = 1,1 atm.
T 300 330
3.
Lei de Boyle: p · V = p · V b) A pressão se iguala à pressão ambiente,
1,5 · 10,0 = p · 15,0 ⇒ p = 1,0 atm ou seja, 1,0 atm.
P = 1,0 atm.
2.
4. a) C + O2 → CO2
a) T2 = 300 K.
b) 0,02 mol
b) Isotérmica (T cte).
c) 1 atm
5.
3. 100 K.
a) Vfinal = 2,84 L.
b) Não ocorrerá alteração no volume de gás
armazenado no recipiente. Pois, de acor-
do com a hipótese de Avogadro, nas mes-
mas condições de pressão e temperatura,
o mesmo número de mol de qualquer gás
ocupará o mesmo volume.
6.
a) PV/T = k, a P constante tem-se V/T = k
(volume é diretamente proporcional à
temperatura); assim, com a diminuição
do volume há a diminuição da tempera-
tura e consequente redução da energia
interna.
b) 0,91 atm.
7. 100 °C.
8. 177°C.
9. PF = 0,80 atm e VF = 279,6 mL.
10.
a) Transformação A → B: Lei de Boyle – no
diagrama V × P, as isotermas correspon-
dem à parte de uma hipérbole equilátera,
sendo P × V = constante.
Transformação B é C: Lei de Charles
– no diagrama V × P, a pressão permanece
constante, enquanto o volume e a tempe-
ratura variam, sendo V / T = constante.
Transformação C é D: Lei de Gay-Lussac
– no diagrama V × P, o volume permanece
constante, enquanto a pressão e a tempe-
ratura variam, sendo P / T = constante.
255
Aulas 13 e 14
Misturas gasosas
Competências 3, 5 e 7
Habilidades 8, 12, 18, 25 e 26
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Equação geral dos gases numa mistura
A mistura entre dois ou mais gases sempre constitui um sistema homogêneo.
Considere inicialmente dois recipientes, um deles contendo gás (A) e o segundo, gás (B). Os dois gases são
misturados em um terceiro recipiente, como mostra o esquema.
Sn = n1 + n2 + n3 + ...
Equação geral
Partindo de:
259
A soma da quantidade em mol resulta:
P · V _____
_____ P ·V P·V
A A + B B = ____
R · TA R · TB R · T
Equação geral para a mistura gasosa:
P · V _____P · V ____
_____ = P ·
+ B B
A A V
TA TB T
Para uma mistura qualquer, contendo dois ou mais gases, a equação fica assim representada:
P · V _____
_____ P · V2 P · V
1 1
+ 2 + ... = ____
T1 T2 T
Da qual P1, V1, T1, P2, V2, T2, ... representam a situação inicial de cada gás.
Exemplo:
1. Um recipiente com N2 puro e outro com O2 puro, cujos volumes e pressões iniciais estão representadas neste
esquema:
Aberta a torneira que separa os gases e mantida a temperatura, a pressão interna estabiliza-se no valor de:
PN2 · VN2 + Po2 · Vo2 = (P · V) mistura
Pressão parcial
A pressão parcial de um gás numa mistura gasosa corresponde à pressão que este gás exerceria caso estivesse
sozinho ocupando o mesmo volume e à mesma temperatura da mistura.
O cientista inglês John Dalton (1766-1844) estudou muito o comportamento das misturas gasosas, como
no caso de fenômenos meteorológicos e da composição do ar atmosférico. Em 1801, propôs uma lei baseada em
algumas conclusões com respeito à pressão parcial que cada gás exerce dentro de uma mistura.
A pressão total do sistema corresponde à soma das pressões parciais exercidas pelos gases cada um que
compõem a mistura.
A conclusão acima é chamada de lei de Dalton. Mostrando matematicamente, temos que:
Quando se estudam as misturas gasosas, normalmente não se aborda o aspecto qualitativo (tipo de gases
que estão presentes), mas somente o quantitativo (quanto de cada gás está presente), porque o que importa é
a quantidade de matéria ou o número de moléculas do gás. A pressão exercida pela mistura gasosa está
diretamente relacionada à quantidade de partículas de cada gás.
260
Usando a equação de gases ideais, considere uma mistura gasosa formada pelos gases A, B e C, a certa
temperatura T, num recipiente de volume V. A pressão de cada um dos gases dentro da mistura será dada por:
pA · V = nA · R · T
pB · V = nB · R · T
pC · V = nC · R · T
Somando as três equações acima, obteremos a pressão total do sistema:
(pA + pB + pC) · V = (nA + nB+ nC) · R · T
PTOTAL ∙ V = nTOTAL ∙ R ∙ T
Como podemos ver, a pressão total é diretamente proporcional à quantidade de matéria, mostrando que
quanto mais partículas de gases houver, maior será a pressão parcial de cada gás e, consequentemente, maior será
a pressão total.
Volume parcial
Um conceito análogo ao da pressão parcial é o do volume parcial: o volume parcial de um gás numa mistura ga-
sosa corresponde ao volume que este gás ocuparia caso estivesse sozinho submetido à pressão P da mistura, na
temperatura T da mistura.
O químico francês Émile Amagat (1841-1915) desenvolveu um estudo sobre o comportamento dos gases
em uma mistura gasosa. O estudo enfatizou o espaço (volume) que os gases ocupavam na mistura gasosa. Para
realizar esse estudo, Amagat não alterou a temperatura nem a pressão exercida sobre a mistura e chegou à se-
guinte conclusão:
O volume que um gás ocupa em uma mistura gasosa é exatamente igual à soma dos volumes parciais de
todos os gases que compõem a mistura.
A conclusão acima é chamada de lei de Amagat. Mostrando matematicamente, temos que:
Observe que o que está escrito para o volume parcial é idêntico da pressão parcial. Basta trocar as palavras
“pressão” por “volume” e vice-versa.
Fração molar
Relacionando a pressão parcial de um gás A com a pressão total da mistura e tirando a razão entre eles, temos:
Para o gás A: PA · V = nA · R · T
Para a mistura: PTOTAL ∙ V = nTOTAL R ∙ T
P
____ nA
A = ____
PTOTAL nTOTAL
Fazendo relação idêntica com o volume parcial, temos:
Para o gás A: P · VA = nA · R · T
Para a mistura: P ∙ VTOTAL = nTOTAL R ∙ T
V
____ nA
A = ____
n
VTOTAL TOTAL
261
n
A razão ____
n A é chamada de fração molar (X) que corresponde a um quociente entre uma quantida-
TOTAL
de de mol e a quantidade total de mol da mistura. A fração molar é adimensional e é sempre um número
menor que 1. A soma das frações molares de cada gás numa mistura é sempre igual a 1:
nA nB nC nTOTAL
XA + XB + XC + ... = ____ ____ ____ ____
n + n + n + ... = n = 1
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
V
A razão ____
A é chamada de fração volumétrica, que corresponde a um quociente entre um volume
VTOTAL
do gás e o volume total da mistura. Essa razão também é adimensional e a soma das frações volumétricas
também é igual a 1.
A fração em quantidade de matéria (ou molar) pode ser expressa em porcentagem, isto é, quando pegamos
o valor dela e multiplicamos por 100.
Reunindo todas as relações anteriores, temos:
n P V
XA = ____
n A = ____ ____
A = % em volume
A = ____
=1
TOTAL P TOTAL
V TOTAL
100%
Teoria na prática
1. 0,15 mol de CO2, 0,25 mol de CH4 e 0,4 mol de O2 são colocados em um balão de 41 litros mantidos a
–23 ºC. Calcule:
a) as frações molares de cada gás;
b) a pressão da mistura em atm;
c) as pressões parciais de cada gás em atm.
Resolução:
2. O ar é formado, aproximadamente, por 78% de nitrogênio (N2), 21% de oxigênio (O2) e 1% de argônio (Ar)
em volume. Pede-se calcular:
a) as frações molares dos componentes do ar;
b) suas pressões parciais, ao nível do mar, onde a pressão atmosférica (pressão total) é 760 mmHg.
262
Resolução:
1 = 0,01
xA = ___
100
P
___ 1 ä pAr = 7,6 mmHg
Ar = ___
760 100
Note que:
P = 592,8 + 159,6 + 7,6 ä P = 760 mmHg
263
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
ACESSAR
www.usp.br/qambiental/tefeitoestufa.htm
264
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Ares-condicionados funcionam sob o princípio da troca de calor entre gases, e para tanto precisam ser posiciona-
dos de maneira estratégica em qualquer ambiente, para que o ar frio, por exemplo, possa ter a maior circulação
possível trocando calor com o meio.
Se um ar-condicionado for colocado no chão de uma sala, ele não terá serventia nenhuma, pois o ar frio não
circulará no ambiente, não trocando calor, que, por consequência, não ambientará o ambiente.
A composição dos gases também é algo importante quando se pensa na escolha de um gás para ser co-
locado para preencher os vazios em uma embalagem de algum produto no supermercado. Se uma embalagem
com um produto perecível for preenchida com uma solução de ar atmosférico, muito provavelmente este produto
entrará em processo de decomposição passado um tempo curto. Para se evitar isso, as indústrias utilizam-se de
uma mistura de gases inertes, que não oxidam o alimento, para que esta mistura possa preencher as embalagens
sem que tenham nenhuma reação química com o alimento.
INTERDISCIPLINARIDADE
Sabe-se que toda a matéria está regida por leis da natureza, para os gases isso não é diferente. Misturas gasosas
estão sujeitas a ter diferentes comportamentos de acordo com suas características físico-químicas, por exemplo, a
composição da mistura gasosa ou a temperatura à que essa mistura está submetida.
Nesse sentido, quando se conhece informações importantes da matéria que se está lidando, é possível
planejar seu uso de forma consciente. Por exemplo, o conhecimento de que gases em altas temperaturas terem
tendência a subir em um plano e gases em baixas temperaturas terem tendência a descer, explicam muitos fatos
da natureza e isso pode ser utilizado ao favor de quem está utilizando.
265
Estrutura Conceitual
Mistura
Gasosa
Apresentam
266
E.O. Aprendizagem 4. (Uespi) Uma criança com severa infecção
nos brônquios apresenta problemas respira-
tórios, e o médico administra “heliox”, uma
1. (PUC) A atmosfera é uma camada de gases mistura de oxigênio e hélio com 90,0% em
que envolve a terra, sua composição em vo- massa de O2. Se a pressão atmosférica é igual
lume é basicamente feita de gás nitrogênio a 1 atm, calcule a pressão parcial de oxigênio
(78%), gás oxigênio (21%) e 1 de outros que foi administrada à criança.
gases, e a pressão atmosférica ao nível do Dados: Massas molares em g · mol–1: He = 4;
mar é de aproximadamente 100000 Pa. A al- O = 16.
titude altera a composição do ar, diminui a a) 0,53 atm
concentração de oxigênio, tornando-o menos b) 0,60 atm
denso, com mais espaços vazios entre as mo- c) 0,69 atm
léculas; consequentemente, a pressão atmos- d) 0,75 atm
férica diminui. Essa alteração na quantidade e) 0,82 atm
de oxigênio dificulta a respiração, caracteri-
zando o estado clínico conhecido como hipó- 5. (UFC) Em um recipiente fechado com capa-
xia, que causa náuseas, dor de cabeça, fadiga cidade para 2,0 L, encontra-se uma mistura
de gases ideais composta por 42,0 g de N2 e
muscular e mental, entre outros sintomas.
16,0 g de O2 a 300 K. Assinale a alternati-
Em La Paz, na Bolívia, capital mais alta do
va que expressa corretamente os valores das
mundo, situada a 3600 metros acima do ní-
pressões parciais (em atm) do gases N2 e O2,
vel do mar, a pressão atmosférica é cerca de respectivamente, nessa mistura.
60000 Pa e o teor de oxigênio no ar atmos- a) 18,45 e 6,15.
férico é cerca de 40% menor que ao nível do b) 16,45 e 8,15.
mar. Os 700.000 habitantes dessa região es- c) 14,45 e 10,45.
tão acostumados ao ar rarefeito da Cordilhei- d) 12,45 e 12,15.
ra dos Andes e comumente mascam folhas de e) 10,45 e 14,15.
coca para atenuar os efeitos da altitude. Em
La Paz, a pressão parcial do gás oxigênio, em 6. (Vunesp) Dois tanques contendo um mes-
volume, é aproximadamente de: mo tipo de gás ideal, um de volume 5 L e
a) 10200 Pa. pressão interna de 9 atm, e outro de volume
b) 12600 Pa. 10 L e pressão interna de 6 atm, são conec-
c) 16000 Pa. tados por uma válvula. Quando essa é aberta,
d) 20000 Pa. é atingido o equilíbrio entre os dois tanques
à temperatura constante. A pressão final nos
2. (Mackenzie) Uma mistura de 1,5 mol de tanques é:
gás carbônico, 8 g de metano (16 g/mol) e a) 3 atm.
44,8 L de monóxido de carbono está contida b) 4 atm.
em um balão de 30 L nas CNTP. É correto c) 7 atm.
dizer que: d) 12 atm.
Dado: volume molar nas CNTP = 22,4 L/mol e) 15 atm.
267
8. (UERN) Em dois recipientes, ligados por estabilizada em 300 K Desse modo, a pressão
uma válvula, foram colocados dois gases à interna final do sistema é igual a:
temperatura de 25°C. Em um dos recipientes a) 1,5 atm.
foram colocados 3 L de gás oxigênio (O2) a b) 2,0 atm.
uma pressão de 1 atm, no outro recipiente c) 2,5 atm.
1 L de gás Hélio (He) e 2 atm de pressão. d) 3,0 atm.
Abrindo a válvula, os dois gases se mistu- e) 3,5 atm.
ram. Sabendo-se que a temperatura perma-
nece a mesma, a pressão parcial do oxigênio
é de, aproximadamente:
a) 1,25 atm.
E.O. Fixação
b) 0,75 atm.
1. (UCS-RS) Considerando que o ar atmosférico
c) 0,12 atm.
apresenta cerca de 22,4 % de oxigênio em
d) 0,081 atm.
mol, conclui-se que o número de mols de
oxigênio gasoso em 1,0 L de ar, nas CNTP, é:
9. (PUC-SP) Um sistema é formado por dois
a) 1,0 · 10–2.
recipientes de volumes diferentes, interli- b) 1,0 · 10–1.
gados por tubulação com registro. De início, c) 1,0 · 100.
estando o registro fechado, cada recipiente d) 1,0 · 102.
contém um gás perfeito diferente, na pres- e) 1,0 · 103.
são de uma atmosfera. A seguir, o registro é
aberto. Considerando que a temperatura se 2. (ITA) A concentração de O2‚ na atmosfera ao
manteve constante durante todo o processo, nível do mar é 20,9 % em volume. Assinale a
podemos afirmar que a pressão final no sis- opção que contém a afirmação falsa.
tema: a) Um litro de ar contém 0,209 L de O2.
a) será de 1 atm. b) Um mol de ar contém 0,209 mols de O2.
1 atm.
b) será de __ c) Um volume molar de ar à CNTP contém 6,7 g
2 de O2.
c) será de 2 atm.
d) A concentração de O2‚ no ar é de 20,9 % em
d) dependerá dos volumes iniciais. massa.
e) dependerá dos volumes iniciais e da nature- e) A concentração de O2 expressa como uma re-
za dos dois gases. lação de volume ou uma relação de mol não
se altera, se a temperatura ou a pressão são
1
0. (Mackenzie) Três recipientes indeformáveis modificadas.
A, B e C, todos com volumes iguais, contêm,
respectivamente, três diferentes gases de 3. (Unifenas-MG) Qual a pressão parcial do oxi-
comportamento ideal, conforme a descrição gênio que chega aos pulmões de um indiví-
contida na tabela abaixo. duo, quando o ar inspirado está sob pressão
de 740 mm Hg? Admita que o ar contém 20%
Gás de oxigênio (O2), 78% de nitrogênio (N2) e
Recipiente Temperatura Pressão
armazenado
2% de argônio (Ar) em mols.
hélio a) 7,4 mm Hg
A 400 K 3 atm
(He) b) 148,0 mm Hg
c) 462,5 mm Hg
nitrogênio
B 600 K 4,5 atm d) 577,0 mm Hg
(N2)
e) 740,0 mm Hg
oxigênio
C 200 K 1 atm
(02) 4. (UECE) Em alguns casos, há necessidade de
Os balões são interligados entre si por cone- coletar-se o produto de uma reação sob a
xões de volumes desprezíveis, que se encon- água para evitar que ele escape e misture-
tram fechadas pelas válvulas 1 e 2. O sistema -se com o ar atmosférico. Uma amostra de
completo encontra-se ilustrado na figura a 500 mL de oxigênio foi coletada sob a água
seguir. a 23 ºC e pressão de 1 atm. Sabendo-se que
a pressão de vapor da água a 23 ºC é 0,028
atm, o volume que o O2 seco ocupará naque-
las condições de temperatura e pressão será:
a) 243,0 mL.
b) 486,0 mL.
Ao serem abertas as válvulas 1 e 2, a mis- c) 364,5 mL.
tura gasosa formada teve sua temperatura d) 729,0 mL.
268
5. (Vunesp) A maior parte dos mergulhos re- Um mergulhador a 43 m abaixo do nível do
creativos é realizada no mar, utilizando ci- mar, onde a temperatura é de 25 °C e a pres-
lindros de ar comprimido para a respiração. são de 5 atmosferas, receberá a mesma mas-
Sabe-se que: sa de oxigênio se inalar:
I. O ar comprimido é composto por aproxi- a) 4,0 litros de ar.
madamente 20% de O2 e 80% de N2 em b) 8,0 litros de ar.
volume. c) 32 litros de ar.
II. A cada 10 metros de profundidade, a d) 20 litros de ar.
pressão aumenta de 1 atm. e) 0,8 litros de ar.
III. A pressão total a que o mergulhador está
submetido é igual à soma da pressão at- 8. (Vunesp) Dois maçaricos, 1 e 2, operando sob
mosférica mais a da coluna de água. as mesmas condições de fluxo dos gases, com
IV. Para que seja possível a respiração de- as pressões mostradas na tabela a seguir, são
baixo d’água, o ar deve ser fornecido à utilizados para a produção de calor na execu-
mesma pressão a que o mergulhador está ção de corte e solda em peças metálicas.
submetido.
V. Em pressões parciais de O2 acima de Pressão parcial
Gases na
1,2 atm, o O2 tem efeito tóxico, podendo Maçarico relativa de gás
mistura
na mistura
levar à convulsão e morte.
A profundidade máxima em que o mergulho acetileno (C2H2) 1 P
__
pode ser realizado empregando ar compri- 4
1
mido, sem que seja ultrapassada a pressão oxigênio (O2) 3 P
__
4
parcial máxima de O2, é igual a:
a) 12 metros. acetileno (C2H2) 1 P
__
4
b) 20 metros. 2
c) 30 metros. ar (20% de O2 e 80% de N2) 3 P
__
4
d) 40 metros.
e) 50 metros. Nestas confições de operação, observa-se
que a temperatura da chama do maçarico 1 é
6. (FGV) Até a profundidade de 30 m, mergu- maior do que a do maçarico 2.
lhadores utilizam ar comprimido, constituí- Essa diferença nas temperaturas das chamas
do de, aproximadamente, 80% de N2 e 20% dos dois maçaricos ocorre, pois:
de O2 em volume. a) o N2 presente na mistura gasosa do maçarico
Quando um mergulhador está a 10 m de pro- 2 reage preferencialmente com o acetileno,
fundidade no mar, para garantir sua respi- liberando menos calor do que a reação deste
ração, o ar deve ser fornecido a uma pressão com o O2.
de 2 atm. b) o N2 presente na mistura gasosa do maçarico
Considere as seguintes afirmações: 2 reage preferencialmente com o oxigênio,
I. A densidade do ar respirado pelo mergu- liberando menos calor do que a reação deste
lhador a 10 m de profundidade é igual à com o C2H2.
do ar na superfície do mar. c) a entalpia de combustão do acetileno é me-
II. As pressões parciais de N2 e O2 no ar com- nor na ausência de N2.
primido respirado a 10 m de profundida- d) a entalpia de combustão do acetileno é
de são iguais a 1,6 atm e 0,4 atm, respec- maior na ausência de N2.
tivamente. e) a pressão parcial do oxigênio no maçarico 1
III. Em temperaturas iguais, as quantidades é maior do que no maçarico 2.
de moléculas de N2 contidas em iguais
volumes de ar comprimido são maiores 9. (UFPB) A atmosfera é uma preciosa cama-
quanto maiores forem as pressões. da de gases considerada vital, protegendo os
Está correto o que se afirma em: seres vivos de radiações nocivas e fornecen-
a) III, apenas. do substâncias importantes como oxigênio,
b) I e II, apenas. nitrogênio, dióxido de carbono, água, dentre
c) I e III, apenas. outras. Além disso, os gases têm ampla apli-
d) II e III, apenas. cabilidade: o N2O é usado como anestésico;
e) I, II e III. o CO2, no combate a incêndios; o CH4, como
combustível; o O2, em equipamentos de mer-
7. (FAAP) Na respiração normal de adulto, num gulho etc.
minuto, são inalados 4,0 litros de ar, medi-
dos a 25 °C e 1 atm de pressão.
269
Considerando os conceitos relacionados com a Teoria dos Gases Ideais, numere a segunda coluna
de acordo com a primeira.
A sequência correta é:
a) 6, 1, 4, 2, 5.
b) 6, 2, 4, 1, 3.
c) 3, 2, 4, 1, 5.
d) 3, 4, 2, 1, 6.
e) 3, 1, 4, 2, 6.
1
0. (UFPR) Considere os seguintes dados:
I. O ar atmosférico é uma mistura gasosa. Cem litros (100 L) desta mistura contêm aproximada-
mente: 78,084% de N2; 20,948% de O2; 0,934% de Ar; 0,032% de CO2 e 0,002 de outros gases.
II. Devido aos efeitos da poluição, outros constituintes podem ser encontrados, tais como poeira,
fumaça e dióxido de enxofre.
III. Para a separação de gases de uma mistura, utiliza-se o processo de liquefação, seguido de uma
destilação fracionada. Este procedimento é empregado, por exemplo, na obtenção de O2 utiliza-
do nos hospitais.
(Massas atômicas: O = 16 ; C = 12. )
Com base nesses dados, é correto afirmar que:
01) A liquefação é um processo físico e pode ser obtida com o aumento de pressão do sistema.
02) Considerando-se um balão contendo 1 L de ar atmosférico a temperatura ambiente, a pressão parcial
do N2 é menor que a pressão parcial do O2.
04) Na mesma temperatura e pressão, volumes iguais de N2 e O2 irão conter o mesmo número de moléculas.
08) A 0 °C e 1 atm (C.N.T.P.), o volume molar de 44 g de CO2 é 44,8 L.
16) A presença de poluentes sólidos faz com que a mistura homogênea se transforme em heterogênea.
E.O. Complementar
1. (ITA) Um frasco fechado contém dois gases cujo comportamento é considerado ideal: hidrogênio
molecular e monóxido de nitrogênio. Sabendo que a pressão parcial do monóxido de nitrogênio é
igual a 3/5 da pressão parcial do hidrogênio molecular, e que a massa total da mistura é de 20 g,
assinale a alternativa que fornece a porcentagem em massa do hidrogênio molecular na mistura
gasosa.
a) 4%
b) 6%
c) 8%
d) 10%
e) 12%
270
2. (Fac. Albert Einstein) Em uma câmara fecha- Quando é realizada a combustão completa
da, de volume fixo, foi realizada a queima do desta mistura e apenas dióxido de carbono é
combustível butano. A combustão foi incom- coletado, verifica-se que a pressão desse gás
pleta, gerando gás carbônico, monóxido de é de 0,12 atm, quando este ocupa o mesmo
carbono e água. A equação a seguir represen- volume (V) e está sob a mesma temperatura
ta a proporção estequiométrica das substân- da mistura original.
cias envolvidas no processo. Admitindo que os gases têm comportamento
4C4H10(g) + 25O2(g) → 14CO2(g) + 2CO(g) + 20H2O(ℓ) ideal, assinale a opção que contém o valor
correto da concentração, em fração em mols,
Sabendo que todo o butano foi consumido do gás metano na mistura original.
na reação e que a pressão parcial desse com- a) 0,01
bustível no sistema inicial era de 20 mmHg a
b) 0,25
25 ºC, a pressão parcial dos gases dióxido de
c) 0,50
carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO)
d) 0,75
após o término da reação, medida na mesma
e) 1,00
temperatura, foi, respectivamente:
a) 140 mmHg e 140 mmHg.
b) 140 mmHg e 20 mmHg.
c) 70 mmHg e 10 mmHg. E.O. Dissertativo
d) 70 mmHg e 20 mmHg.
1. (Vunesp) Uma mistura gasosa formada por
14,0 g de gás nitrogênio, N2, e 8,0 g de gás
3. (UFMG) Suponha que 1 mol de nitrato de
chumbo (II), Pb(NO3)2, foi submetido a oxigênio, O2, ocupa um balão de capacidade
aquecimento e se decompôs totalmente. A igual a 30 L, na temperatura de 27 ºC.
reação produziu óxido de chumbo (II), PbO, Dadas as massas molares (g/mol): N2 = 28
e uma mistura gasosa, cujo volume, medido e O2 = 32 e R = 0,082 atm × L × mol–1 × K–1,
a 25 ºC e 1 atmosfera, foi de 61,25 L. determine:
Considere que 1 mol de um gás qualquer, a a) a pressão de cada gás no balão.
25 ºC e 1 atmosfera, ocupa o volume de 24,5 b) a pressão total no balão.
L. Com base nessas informações, assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, a 2. (FEI-SP) Um recipiente fechado contém
equação da reação de decomposição do ni- 1,2 · 1023 moléculas de dióxido de carbono
trato de chumbo (II). (CO2), 0,6 mol de oxigênio (O2) e 33,6 g de
a) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + 2 NO2(g) + 1/2 O2(g) nitrogênio, à pressão de 750 mmHg.
Determine a pressão parcial do O2 na mistu-
b) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + N2O4(g) + 1/2 O2(g)
ra e a fração molar do CO2 (massa molar do
c) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + NO(g) + NO2(g) + O2(g)
N2 = 28 g · mol–1).
d) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + N2(g) + 5/2 O2(g)
3. (UFBA) Um mergulhador utiliza um cilin-
4. (PUC-RJ) Considere o seguinte esquema de dro de 15 L, provido de válvula reguladora,
procedimento industrial para obtenção de que contém uma mistura gasosa de compo-
gás nitrogênio ou azoto (N2): sição volumétrica igual a 68% N2 e 32% O2,
à pressão de 200 atm. Considerando-se que
o mergulhador permanece por 36 minutos à
profundidade de 30 m; que, durante todo o
procedimento do mergulho, a temperatura é
de 25 ºC; e que, ao retornar à superfície, a
pressão no cilindro é de 50 atm, determine,
Partindo de 200 L de ar contendo 5% de em L/min, o consumo de oxigênio no perío-
umidade e, sendo a porcentagem dos gases do em que o mergulhador esteve a 30 m de
no ar seco em volumes, a opção que mais se profundidade, submetido à pressão de 4 atm.
aproxima do volume máximo de N2 obtido Considere desprezível o consumo de oxigênio
em rendimento de 70% é: durante a descida e a subida do mergulhador.
a) 105 L. Indique, justificando de modo completo,
b) 120 L. toda a resolução da questão.
c) 133 L.
d) 150 L. 4. (UFBA) Um recipiente fechado contém 15 mols
e) 158 L. de CH4, 25 mols de C3H8 e 35 mols de C4H10 a
27 °C. O volume parcial de CH4 corresponde a 6
5. (ITA) A 25 °C, uma mistura de metano e pro- L. Determine, em atm, a pressão parcial do CH4
pano ocupa um volume (V), sob uma pressão na mistura. Expresse o resultado com arredon-
total de 0,080 atm. damento para o número inteiro mais próximo.
271
5. (ITA) Sabendo-se que a concentração de O2 na atmosfera ao nível do mar é 20,9% em volume. Jus-
tifique por que a afirmação adiante está CERTA ou ERRADA.
“O volume molar de ar à CNTP contém 6,7g de O2”.
6. (UEG) A figura abaixo representa duas situações distintas de um recipiente a 85,4 ºC, contendo dois
gases hipotéticos, X2 e Y2. O número de mols de cada um desses componentes no sistema é de 3 e 4,
respectivamente.
7. (FMJ) O gás nitrogênio presente na atmosfera pode sofrer uma sequência de transformações, re-
presentadas pelo esquema:
Considerando uma mistura gasosa constituída por 2 mol de nitrogênio e 3 mol de monóxido de ni-
trogênio, armazenada em um cilindro a 2 atm determine, para cada componente, a pressão parcial,
em atm, no interior desse cilindro. Apresente os cálculos.
8. (ITA) Após inalar ar na superfície, uma pessoa mergulha até uma profundidade de 200 m, em
apneia, sem exalar. Desconsiderando as trocas gasosas que ocorrem nos alvéolos pulmonares, cal-
cule a pressão parcial do nitrogênio e do oxigênio do ar contido no pulmão do mergulhador.
Dados: Considere que a cada dez metros de profundidade equivalem a mais 1 atm; O teor de nitro-
gênio e oxigênio são, respectivamente, 80% e 20%.
9. (ITA) Considere uma mistura gasosa constituída de C3H8, CO e CH4. A combustão, em excesso de
oxigênio, de 50 mL dessa mistura gasosa forneceu 70 mL de CO2(g). Determine o valor numérico do
percentual de C3H8 na mistura gasosa.
1
0. (Vunesp) No modelo cinético dos gases ideais, a pressão é o resultado da força exercida nas pare-
des do recipiente pelo choque das moléculas. As moléculas são consideradas como pontos infinite-
simalmente pequenos.
a) Explique a lei de Dalton das pressões parciais em termos do modelo cinético dos gases.
b) Usando o modelo cinético, explique por que a pressão de um gás é diretamente proporcional à tempe-
ratura.
272
E.O. Enem E.O. UERJ
1. (Enem) A adaptação dos integrantes da seleção Exame Discursivo
brasileira de futebol à altitude de La Paz foi
muito comentada em 1995, por ocasião de um 1. (UERJ) O oxigênio gasoso pode ser obtido
torneio, como pode ser lido no texto abaixo. em laboratório por meio da decomposição
“A seleção brasileira embarca hoje para La térmica do clorato de potássio.
Paz, capital da Bolívia, situada a 3.700 metros Em um experimento, o gás foi produzido em
de altitude, onde disputará o torneio Intera- um frasco A e recolhido em um frasco B que,
mérica. A adaptação deverá ocorrer em um inicialmente, continha apenas água. Observe
prazo de 10 dias, aproximadamente. O orga- o esquema:
nismo humano, em altitudes elevadas, neces-
sita desse tempo para se adaptar, evitando-
-se, assim, risco de um colapso circulatório.”
(Adaptado da revista Placar, edição fev. 1995)
Observação:
E.O. UERJ Equação química balanceada
273
2. (Unifesp) Um recipiente de 10 L, contendo
2,0 mol de H2 e 1,0 mol de Cℓ2, é aquecido e
mantido a 105 ºC.
A pressão no interior do recipiente, antes
da reação, nestas condições, é 9,3 atm. Após
alguns dias, o H2 (g) e o Cℓ2 (g) reagem com-
pletamente formando HCℓ (g).
274
2. (Unicamp) O esquema abaixo representa um
dispositivo para se estudar o comportamen-
to de um gás ideal. Inicialmente, no frasco 1,
é colocado um gás à pressão de 1 atmosfera,
ficando sob vácuo os frascos 2 e 3. Abre-se,
H2(g) Cℓ2(g) em seguida, a torneira entre os frascos 1 e
V = 1L V = 1L 2 até que se estabeleça o equilíbrio. Fecha-
t = 25ºC t = 25ºC -se, então, esta torneira e abre-se a torneira
P = 1 atm P = 5 atm entre os frascos 1 e 3. O volume do frasco 1
é 9 vezes maior do que do frasco 2 e o do 3 é
Quanto vale a razão entre as quantidades, 9 vezes maior que o do 1.
em mols, de Cℓ2(g) e de HCℓ(g), após o término
da reação?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 6
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) Feito o procedimento acima descrito, em
1. (Unicamp) Eles estão de volta! Omar Mitta, qual frasco haverá menor quantidade de mo-
vulgo Rango, e sua esposa Dina Mitta, vulgo léculas de gás?
Estrondosa, a dupla explosiva que já resol- b) Sendo P2 a pressão final do frasco 2 e P3 a
veu muitos mistérios utilizando o conheci- pressão final do frasco 3, qual será o valor
mento químico (vestibular UNICAMP 2002). da relação P2/P3 ao final do experimento?
Hoje estão se preparando para celebrar uma Desprezar o volume dos tubos das conexões.
data muito especial. Faça uma boa prova e
tenha uma boa festa depois dela. 3. (Fuvest) Os humanos estão acostumados a
respirar ar com pressão parcial de O2 próxi-
Após a limpeza do banheiro, Rango foi à sala e ma de 2,1 × 104 Pa, que corresponde, no ar,
removeu todos os móveis e, de tão feliz e apai- a uma porcentagem (em volume) desse gás
igual a 21%. No entanto, podem se adap-
xonado, começou a cantarolar: “Beijando teus
tar a uma pressão parcial de O2 na faixa de
lindos cabelos, Que a neve do tempo marcou...
(1 a 6)·104 Pa, mas não conseguem sobreviver
Estavas vestida de noiva, Sorrindo e querendo se forçados a respirar O2 fora desses limites.
chorar... De repente, volta à realidade lembran- a) Um piloto de uma aeronave, em uma cabi-
do que tinha que limpar aquela sala de 50 m2 ne não pressurizada, voando a uma altitude
e de 3 m de altura, antes que Dina voltasse. de 12 km, onde a pressão atmosférica é de
“Hoje a temperatura está em 32 ºC e a pressão 2,2 × 104 Pa, poderá sobreviver se a cabine
atmosférica na sala deve ser, aproximadamen- for alimentada por O2 puro? Explique.
te, 4 vezes o valor da minha pressão arterial b) Um mergulhador no mar, a uma profundi-
sistólica (180 mmHg ou aproximadamente dade de 40 m, está sujeito a uma pressão
21.000 Pa), sem medicação. Ah, se eu fosse tão cinco vezes maior do que na superfície. Para
leve quanto o ar dessa sala!, pensava Rango... que possa sobreviver, ele deve respirar uma
Dados: constante dos gases = 8,314 Pa × m3 × mistura de gás He com O2, em proporção
adequada. Qual deve ser a porcentagem de
mol–1 × K–1, T / K = 273 + t / ºC; o ar é composto
O2, nessa mistura, para que o mergulhador
de, aproximadamente, 78 % em massa de ni-
respire um “ar” com a mesma pressão parcial
trogênio, 21 % de oxigênio, 1,0 % de argônio. de O2 existente no ar da superfície, ou seja,
a) “Se o ar se comporta como um gás ideal, 2,1 × 104 Pa? Justifique.
quantos mols dessa mistura gasosa devem Obs.: O He substitui com vantagem o N2.
estar presentes aqui na sala?"
b) “Se minha massa corpórea é de 120 kg, e eu
acho que estou fora do peso ideal, então,
se eu tivesse a mesma massa que o ar dessa
sala, eu estaria melhor? Por quê?"
275
4. (Unicamp) Algumas misturas gasosas podem
ser importantes em ambientes hospitalares, Gabarito
assim como na prática de esportes, como
mergulho autônomo a grandes profundida-
des. Uma dessas misturas, denominada Tri-
E.O. Aprendizagem
mix, contém 16% de oxigênio, 24% de hélio 1. B 2. D 3. D 4. A 5. A
e 60% de nitrogênio (porcentagem em volu-
me). Suponha um cilindro de Trimix manti- 6. C 7. D 8. B 9. A 10. B
do à temperatura ambiente e a uma pressão
de 9000 kPa.
a) Escreva as fórmulas dos gases da mistura.
E.O. Fixação
b) Qual é a pressão parcial do hélio no cilindro? 1. A 2. D 3. B 4. B 5. E
Mostre os cálculos.
6. D 7. E 8. E 9. C 10. 01 + 04 + 16 = 21
c) Qual é a massa molar média da mistura?
Mostre os cálculos.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. C 3. C 4. B 5. C
6. A 7. B
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) P V = n R T= 4 × 21.000 × (50 × 3) =
= n 8,314 × 305 ä n = 4.969 mol.
b) Em 100 gramas de ar há 78 g de N2, 28 g
de O2 e 1 g de Ar. Assim a quantidade em
mol dos gases em 100 g de ar é:
78 = 2,786, O = ___
N = ___ 21 = 0,656 e
28 32
1
___
Ar = = 0,025 mol.
40
A quantidade total de mol em 100 g de ar =
(2,786 + 0,656 + 0,025) = 3,467 mol
100 g — 3,467 mol
m — 4969
ä m > 143 kg
Logo Rango seria mais pesado ainda se
sua massa fosse igual à do ar daquela sala.
277
© stefanolunardi/Shutterstock
Aulas 15 e 16
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Densidade dos gases
A densidade é uma grandeza que relaciona a massa e o volume ocupado por certa amostra de matéria. Mate-
maticamente, é representada pela expressão: d = __ m . A densidade de um gás pode ser calculada mediante essa
V
expressão, mas, em razão de o volume de um gás ser facilmente afetado pelas condições de pressão e temperatura
nas quais se encontra, o cálculo de sua densidade deve considerar os valores dessas grandezas.
Relacionada a expressão d = __ m com a equação de Clapeyron, obtém-se a equação:
V
P · M
d = ____
R·T
M
d = ___________
22,4 L · mol–1
Chama-se densidade relativa de um gás em relação a outro a relação entre suas densidades.
d
dA · B = __
A
dB
Substituídos dA e dB pela expressão (I), obtém-se:
P · MA
_____
R · T = MA/MB
dA, B = _____
P · MB
_____
R·T
Observe que a relação entre as densidades de dois gases é igual à relação entre suas massas molares.
O conhecimento da densidade relativa de um gás em relação ao ar atmosférico permite prever se um gás
tende a ficar na parte inferior ou superior da atmosfera. Os gases com densidades maiores que a densidade do
ar tendem a ocupar a parte inferior da atmosfera; os que apresentam densidades menores tendem a ocupar as
camadas superiores.
Como o ar é uma mistura de gases, ele apresenta uma massa molar média cujo valor é de 28,9 g/mol. Por-
tanto, a densidade de um gás A em relação ao ar atmosférico é dada pela expressão:
MA
dA, Ar = ___________
28,9 g · mol–1
Teoria na prática
1. Nas condições normais de temperatura e pressão, a massa de 22,4 litros do gás X2 (X = símbolo do elemen-
to químico) é igual a 28,0 gramas.
a) Calcular a densidade desse gás, nessas condições.
b) Qual a massa atômica do elemento X?
Resolução:
a) Como o problema fornece os valores da massa e do volume ocupado pelo gás, sua densidade pode ser
m :
calculada pela expressão d = __
V
28 g
d = __ m = _____ ä d =1,25 g ∙ L–1
V 22,4 L
281
b) O gás encontra-se nas CNTP e ocupa o volume de 22,4 litros, o que mostra que a amostra gasosa é
formada por um mol de moléculas. Portanto, 28 gramas é a massa molar do gás, ou seja, a massa de
um mol de moléculas X2. A massa de um mol de átomos X é 14 gramas. Como a massa molar e a massa
atômica são definidas pelo mesmo número, a massa atômica do elemento X é 14 ou 14 u.
2. Um gás, que está inicialmente a uma pressão de 1 atm e temperatura de 273 K, sofre uma transformação
de estado adquirindo uma pressão de 3 atm e temperatura de 546 K. Com relação à densidade inicial, a
densidade final é:
a) 1,5 vezes maior.
b) 3 vezes maior.
c) 2 vezes maior.
d) 1,5 vezes maior.
e) 3 vezes maior.
Resolução:
Difusão e efusão
A difusão gasosa é o processo espontâneo de transporte de massas gasosas num sistema. As moléculas movem-
-se espontaneamente de modo que o gás sempre ocupe o maior volume possível.
Difusão de um gás no vácuo
A efusão é o escoamento espontâneo das moléculas gasosas através de orifícios, como um gás
que atravessa paredes porosas ou tubos capilares na separação de misturas gasosas, ou que atravessa tubos de
secção constante na passagem de um recipiente a outro.
282
Um gás com maior densidade tem velocidade menor que a de outro gás com menor densidade, nas mesmas
condições de temperatura e pressão.
Comparados os dois gases A e B, em iguais condições de temperatura e pressão, obtém-se a seguinte rela-
ção entre suas velocidades:
d
V XXd
__
A = __
B
VB dA
V
d M
XXX
__
A = ___
B
VB MA
Lei de Graham: a velocidade de escoamento de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua
densidade. Essa lei é válida tanto para difusão quanto para efusão.
Teoria na prática
1. Metano (CH4) começa a escapar por um pequeno orifício com uma velocidade de 36 mL/min. Se o mesmo
recipiente, nas mesmas condições, contivesse brometo de hidrogênio (HBr), qual seria a velocidade de esca-
pe pelo mesmo orifício?
Resolução:
Lei de Graham:
d
V MCH
XXXX
___
HBr = ____
4
VCH MHBr
4
MCH = 16 g
4
MHBr = 81 g
___
VHBr V
___
36 √ 16 ä ___
= ___
81 36 9 HBr
4 · 36
4 ä V = _____
HBr = __
9
VHBr = 16 mL/min
283
Resolução:
Usando a fórmula que relaciona a velocidade de difusão dos gases com as suas respectivas massas molares,
temos:
____
√
VH MO ___
___
___
=
VO
2
2
2
MH
2
√ 27
VO
2
32 → ___
→ = ___
____
2 ___
2
2
27 = √
VO
27 = 4
16 → ___
VO
VO = 6,75 km/min
2
Alternativa C
284
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
ACESSAR
www2.fc.unesp.br/lvq/exp04.htm
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um aroma muito conhecido por muita gente e que é de muito agrado também é o cheiro de chuva. Esse cheiro
agradável tem uma explicação química. Aquela fragrância estranha que aparece depois de uma chuvarada, espe-
cialmente nas áreas rurais, é causada por uma actinobactéria. Com o impacto dos pingos d’água, as partículas
que repousam na faixa externa de terra são impulsionadas para o ar e se misturam com o vapor em suspensão,
gerando uma espécie de spray úmido. Além de gotículas de água, esse spray também contém minúsculos grãos
de terra e colônias de Streptomyces, um gênero de bactéria que cresce naturalmente no solo com umidade. Nas
épocas de seca, a Streptomyces entra em uma espécie de hibernação, que os cientistas chamam de estado de
latência. “Nessa fase, a bactéria continua viva, mas não se reproduz porque não há umidade suficiente”, afirma o
engenheiro agrônomo Miguel Angelo Maniero, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Quando chega a
chuva, a água ativa a capacidade reprodutiva da Streptomyces, fazendo com que ela libere no ar milhares de células
reprodutoras, chamadas de esporos. Além de gerar novos seres, o processo de reprodução faz com que os esporos
exalem o característico odor da chuva.
Um fato curioso é que esses odores penetram com muito mais facilidade quando estamos em ambientes
úmidos se comparado com os ambientes secos, por isso a umidade relativa do ar é uma das grandes responsáveis
pelos odores agradáveis que sentimos. Abaixo, uma imagem do composto responsável pelo cheiro, também conhe-
cido como Geosmina.
INTERDISCIPLINARIDADE
Neste artigo pelo Mundo Estranho, mostra-se como o gás do riso e sua alta capacidade de efusão no organismo
reagem e como a nossa biologia é afetada.
mundoestranho.abril.com.br/saude/como-o-gas-do-riso-age-no-corpo/
287
Estrutura Conceitual
Gases
Contêm Relacionada
com a
Massa Densidade
molar
+ Temperatura
Velocidade
de efusão
Gases com
- Massa molar maior velocidade
de efusão
288
E.O. Aprendizagem 5. (UFPE) Um balão cheio com ar quente sobe a
grandes altitudes porque
a) as moléculas do ar quente são menores do
1. (FEI) A densidade absoluta do gás sulfídrico que as moléculas do ar na temperatura am-
(H2S) aumentará quando: biente.
a) a pressão diminuir. b) dentro do balão há menos moléculas de ar
b) a temperatura diminui. por unidade de volume.
c) a temperatura aumentar. c) as moléculas do ar quente são maiores do
d) a variação de pressão não afetará a densida- que as moléculas do ar na temperatura am-
de absoluta. biente.
e) a concentração de H2S aumentar. d) as moléculas do ar quando aquecidas são
rompidas, formando átomos mais leves e di-
2. (UFU) É mais conveniente a utilização de gás minuindo a densidade do ar.
hélio em balões dirigíveis ou meteorológicos, e) as moléculas do ar quando aquecidas for-
e não gás hidrogênio, porque o primeiro: mam agregados, aumentando o espaço vazio
a) não é tóxico. entre elas.
b) não é inflamável. 6. (Mackenzie) Quatro balões idênticos foram
c) não se mistura facilmente com os gases da enchidos com um mol de gás e colocados em
atmosfera. uma caixa fechada, conforme a figura abai-
d) existe livre na natureza, em quantidades xo. Todos os gases encontram-se à P = 1 atm
apreciáveis. e T = 25 °C.
e) protege contra radiação ionizante que che-
gam à atmosfera.
O2 NH3 He CO2
289
8. (UFSE) Entre os gases abaixo, nas mesmas
condições, o que se difunde mais rapida-
E.O. Fixação
mente é: 1. (UFG) O “hobby” do balonismo fez com que
a) monóxido de carbono. Charles e Gay-Lussac estudassem algumas
b) amônia. das importantes propriedades dos gases.
c) ozônio. Considerando-se um balão, de paredes rígi-
d) nitrogênio. das, não elásticas, com uma abertura infe-
e) hidrogênio. rior, por onde se faz o aquecimento do ar
– que ascende na atmosfera quando inflado
9. (UFBA) Numa sala fechada, foram abertos ao com ar quente:
( ) a pressão do gás aumenta com o aumento da
mesmo tempo três frascos que continham,
temperatura.
respectivamente, gás amônia (NH3), dióxi-
( ) a densidade do gás diminui com o aumento
do de enxofre (SO2) e sulfeto de hidrogênio
da temperatura
(H2S). ( ) o volume do balão aumenta com o aumento
Uma pessoa que estava na sala, a igual dis- da temperatura.
tância dos três frascos, sentiu o efeito desses ( ) o volume molar do gás aumenta com o au-
gases na seguinte ordem: mento da temperatura.
a) H2S, NH3, SO2.
b) H2S, SO2, NH3. 2. (PUC) Assumindo que uma amostra de gás
c) NH3, H2S, SO2. oxigênio puro, encerrada em um frasco, se
d) NH3, SO2, H2S. comporta idealmente, o valor mais próximo
e) SO2, NH3, H2S. da densidade, em g·L-1, desse gás a 273 K e
1,0 atm é:
1
0. (FMTM) Nas extremidades de um tubo de vi- Considere: R = 0,082 atm L mol-1 K-1
dro são colocados chumaços de algodão em- M(O2) = 32 g mol-1
bebidos em soluções concentradas de ácido a) 1,0.
b) 1,2.
clorídrico e hidróxido de amônio.
c) 1,4.
d) 1,6.
e) 1,8.
290
A massa molar desse gás, em gramas, é: 9. (Mackenzie) Um recipiente com orifício circu-
Dado: R = 62,3 mmHg · L · mol–1 · K–1 lar contém os gases y e z. O peso molecular do
a) 34 gás y é 4,0 e o peso molecular do gás z é 36,0.
b) 75 A velocidade de escoamento do gás y será
c) 41 maior em relação à do gás z:
d) 116
a) 3 vezes.
e) 15
c) 9 vezes.
e) 12 vezes.
6. (UFRN) A densidade de um gás é 1,96 g/L,
b) 8 vezes.
medida nas CNTP. A massa molecular desse
gás é: d) 10 vezes.
Dado: R = 0,082 atm × L / mol × K
a) 43,8. 1
0. (UFTM-MG) Em condições idênticas, as velo-
b) 47,89. cidades de difusão de dois gases são inversa-
c) 49,92. mente proporcionais às raízes quadradas de
d) 51,32. suas massas molares.
e) 53,2. Considerando-se os gases hélio e metano,
pode-se afirmar que a velocidade de difusão
7. (UPF-RS) Sabe-se que, nas mesmas condi- do gás:
ções de pressão e temperatura, as massas Dados: massas molares (g/mol): H = 1; He = 4;
moleculares de gases são diretamente pro-
C = 12
porcionais às respectivas densidades.
a) metano é o dobro da velocidade de difusão
Assim, quando a densidade de CH4 for igual
a 0,80 g/L, a do CO2, nas mesmas condições, do gás hélio.
será igual a: b) metano é o triplo da velocidade de difusão
a) 1,1 g/L. do gás hélio.
b) 2,2 g/L. c) metano é o quádruplo da velocidade de difu-
c) 3,3 g/L. são do gás hélio.
d) 4,4 g/L. d) hélio é o dobro da velocidade de difusão do
e) 5,5 g/L. gás metano.
e) hélio é o quádruplo da velocidade de difusão
8. (UEMA) Ao se adquirir um carro novo, é do gás metano.
comum encontrar no manual a seguinte re-
comendação: mantenha os pneus do carro
corretamente calibrados de acordo com as
indicações do fabricante. Essa recomendação
E.O. Complementar
garante a estabilidade do veículo e diminui
o consumo de combustível. Esses cuidados 1. (ITA) Uma amostra de 4,4 g de um gás ocupa
são necessários porque sempre há uma perda um volume de 3,1 L a 10ºC e 566 mmHg.
de gases pelos poros da borracha dos pneus Assinale a alternativa que apresenta a razão
(processo chamado difusão). É comum cali- entre as massas específicas deste gás e a do
brarmos os pneus com gás comprimido ou hidrogênio gasoso nas mesmas condições de
nas oficinas especializadas com nitrogênio. pressão e temperatura.
O gás nitrogênio consegue manter a pressão a) 2,2
dos pneus constantes por mais tempo que o b) 4,4
ar comprimido (mistura que contém além de c) 10
gases, vapor da água que se expande e se con- d) 22
trai bastante com a variação de temperatura). e) 44
Considerando as informações dadas no texto
e o conceito de difusão, pode-se afirmar, em 2.
relação à massa molar do gás, que:
a) a do ar comprimido é igual à do gás nitrogênio.
b) quanto maior, maior será sua velocidade de
difusão.
c) quanto menor, maior será sua velocidade de
difusão.
d) quanto menor, menor será sua velocidade de Nas extremidades de um tubo de vidro
difusão. de 25 cm são acoplados dois balões, A e
e) não há interferência na velocidade de difu- B. Cada um deles é separado do tubo por
são dos gases. uma torneira, conforme o esquema acima.
291
No balão A existe gás hidrogênio (massa atô- Está correto o que se afirma em:
mica = 1) e no balão B, gás oxigênio (massa a) II.
atômica = 16). Exatamente no mesmo ins- b) III.
tante, t = 0, abrem-se as duas torneiras. O c) I e II.
gás hidrogênio difundese com velocidade d) I e III.
de 0,5 cm/s, nas condições da experiên- e) II e III.
cia. A temperatura é mantida constante.
5. (UFJF) A lei dos gases ideais pode ser utili-
Podemos dizer que os dois gases se encon-
zada para determinar a massa molar de uma
tram no tubo em: substância. Sabendo-se que a densidade (d)
a) t = 10 s, a 20 cm da extremidade B. do enxofre na forma gasosa, na temperatura
b) t = 25 s, no centro do tubo. de 500 ºC e pressão de 0,888 atm, é 3,710 g L-1,
c) t = 50 s, na extremidade B. é CORRETO dizer que a fórmula da molécula
d) t = 40 s, a 5 cm da extremidade B. de enxofre nessas condições é:
e) t = 40 s, a 20 cm da extremidade B. Dados: R = 0,082 L atm K-1 mol-1; massa mo-
lar do S = 32 g mol-1
3. (PUC-SP) A densidade de um gás perfeito irá a) S2.
quadruplicar quando: b) S4.
a) a pressão e a temperatura dobrarem. c) S6.
b) a pressão dobrar e a temperatura absoluta d) S8.
for reduzida à metade. e) S9.
c) a pressão e a temperatura absoluta forem re-
duzidas à metade.
d) a pressão for reduzida à metade e a tempe- E.O. Dissertativo
ratura absoluta dobrar.
e) o volume quadruplicar. 1. (UFG) A equação da lei dos gases ideais,
P·V = n·R·T é uma equação de estado que
4. (UPE) Dois chumaços de algodão, I e II, em- resume as relações que descrevem a resposta
de um gás ideal a mudanças de pressão, vo-
bebidos com soluções de ácido clorídrico,
lume, temperatura e quantidade de molécu-
HCℓ, e amônia, NH3, respectivamente, são
las. Considerando o exposto, demonstre, por
colocados nas extremidades de um tubo de meio de equações matemáticas, como a den-
vidro mantido fixo na horizontal por um su- sidade de um gás qualquer varia em função
porte, conforme representação abaixo. da temperatura e determine a massa molar
de um gás considerando os dados a seguir.
Dados: d = 0,97 gL-1; T = 210 ºC; P = 0,25 atm;
R = 62,36 L·torr·mol-1·K-1; 1 atm = 760 torr.
292
Ouro Preto (MG), cidade localizada em região 5. (UFG) O processo de enriquecimento de urâ-
serrana. Indique se a concentração de CO2 nio passa pela separação de hexafluoretos de
dissolvido na água da garrafa aberta em Ara- urânio, UF6, que são constituídos por dife-
caju é maior, menor ou igual à concentração rentes isótopos de urânio. As velocidades de
desse gás na água da garrafa aberta em Ouro efusão desses hexafluoretos são muito pró-
Preto. Justifique sua resposta. ximas, sendo que a razão entre a velocida-
de de efusão do hexafluoreto que contém o
3. (UFTM) Para abordar conceitos de gases, isótopo de urânio mais leve em relação ao
um professor de química realizou junto com que contém o mais pesado é de 1,0043. De
seus alunos duas atividades: acordo com a lei de efusão de Graham, essa
I. Experimento para demonstrar a Lei de razão é igual à raiz quadrada da relação in-
Graham, utilizando os gases cloreto de versa de suas massas molares.
hidrogênio, HCℓ(g), e amônia, NH3(g), que, Sendo a massa molar da substância que con-
ao reagirem, formam um produto sólido tém o isótopo de urânio mais leve igual a
de coloração branca. Na figura é esque- 349 g/mol, calcule a massa atômica do isóto-
matizado o experimento com a formação po mais pesado.
do produto, indicado como um anel bran- Dado: F = 19 u
co no tubo.
6. (UFRJ) Um brinquedo que se tornou popular
no Rio de Janeiro é um balão preto confeccio-
nado com um saco de polietileno bem fino. A
brincadeira consiste em encher parcialmen-
te o balão com ar atmosférico (massa molar
igual a 28,8 g/mol), fechá-lo e deixá-lo ao
Sol para que o ar em seu interior se aqueça.
Dessa forma, o ar se expande, o balão infla
e começa a voar quando sua densidade fica
menor do que a do ar atmosférico.
Nas extremidades A e B do tubo são co- Considere que o ar no interior do balão se
locados, ao mesmo tempo, pedaços de comporte como gás ideal, que sua pressão
algodão embebidos com soluções aquosas seja igual à atmosférica e que a massa do
concentradas, uma delas de cloreto de saco de polietileno usado para confeccionar
hidrogênio e outra de amônia. O tempo o balão seja igual a 12 g. Determine a tem-
para que os gases se encontrem, com a peratura do ar, em graus Celsius (ºC), no in-
visualização da névoa branca, assim como terior do balão no momento em que seu vo-
a distância percorrida, foram medidos. lume atinge 250 L e sua densidade se iguala
II. Apresentou uma tabela na lousa com os à do ar atmosférico (1,2 g/L).
principais constituintes do ar atmosfé-
rico e discutiu a densidade desses ga- 7. Um gás G atravessa um pequeno orifício com
ses. Propôs um exercício para o cálcu- velocidade 4 vezes menor que o hélio.
lo da densidade do gás carbônico a 1,0 Calcule:
atm e 550 K, considerando o valor da a) a massa molecular do gás G.
constante na equação dos gases ideais, b) a densidade do gás G em relação ao hélio.
P·V = n·R·T, como 0,080 atm·L·K-1·mol-1.
a) No experimento I, indique qual solução foi 8. Hélio gasoso e dióxido de enxofre gasoso são
colocada em cada extremidade do tubo e jus- introduzidos num tubo de 50 cm, num mes-
tifique. mo instante, como mostra a figura abaixo.
b) Apresente a resolução do exercício proposto
na atividade II.
293
E.O. UERJ a) número de átomos presentes, na fórmula do
sal, constituição do saco, densidade da água.
Exame de Qualificação
b) massa do sal, densidade e tamanho do fio,
permeabilidade, e coloração do balão.
c) densidade do sal, índice de refração da água,
1. (UERJ) Estudos mostram que as moléculas condições de temperatura e pressão.
de dois gases, a uma mesma temperatura, d) estado de agregação do sal, densidade do
possuem igual energia cinética média. Para saco, poluição e largura do rio.
e) solubilidade do sal na água, permeabilidade
ilustrar esta teoria, um professor montou o
do saco, densidade do gás.
experimento abaixo esquematizado, no qual,
em cada extremidade de um tubo de vidro
2. (Fuvest - Adaptada) A partir da equação dos
com 1 m de comprimento, foram colocados gases ideais (P · V = n · R · T), deduza a
dois chumaços de algodão embebidos, res- fórmula que permite calcular a densidade
pectivamente, em uma solução de amônia e (massa específica) de um gás ideal.
em uma solução de ácido clorídrico, ambas
com a mesma concentração. Após determi- P · M
a) d = ________ · T
nado período de tempo, observou-se a for- R
mação do cloreto de amônio na região do P · M
b) d = _____
tubo mais próxima à extremidade que con- R·T
tém o ácido. c) d = · P
T
________ · R
Considere que os vapores formados no expe- M
R(P + M)
rimento se comportam como gases. d) d = ________
T
R · T
e) d = _____
P·M
3. (Fuvest)
294
2. (Unicamp) Recentemente a Prefeitura de São a variação da temperatura do ar no interior
Paulo ameaçava fechar as portas de um centro do saco plástico, entre a situação inicial e a
comercial por causa do excesso de gás metano final, quando o gás ocupa todo o volume.
em seu subsolo. O empreendimento foi cons- b) Qual é a relação entre as densidades do ar no
truído nos anos 1980 sobre um lixão e, segun- início e no instante em que todo o volume
do saco é ocupado?
do a CETESB, o gás metano poderia subir à su-
perfície e, eventualmente, causar explosões. 6. (Unesp) As populações de comunidades,
a) Uma propriedade que garante a ascensão do cujas moradias foram construídas clandes-
metano na atmosfera é a sua densidade. Con- tinamente sobre aterros sanitários desati-
siderando que os gases se comportam como vados, encontram-se em situação de risco,
ideais, e que a massa molar média do ar at- pois podem ocorrer desmoronamentos ou
mosférico é de 28,8 g · mol-1, justifique esse mesmo explosões. Esses locais são propí-
comportamento do metano em relação ao ar cios ao acúmulo de água durante os perío-
atmosférico. dos de chuva e, sobretudo, ao acúmulo de
b) Na época do acontecimento, veiculou-se na gás no subsolo. A análise de uma amos-
imprensa que, “numa mistura com o ar, se o tra de um gás proveniente de determina-
metano se encontra dentro de um determina- do aterro sanitário indicou que o mesmo é
do percentual (5% a 15% em volume quan- constituído apenas por átomos de carbono
(massa molar = 12,0 g·mol–1) e de hidrogê-
do em ar ambiente com 21% de oxigênio) e
nio (massa molar = 1,0 g·mol–1) e que sua
existe uma faísca ou iniciador, a explosão irá
densidade, a 300 K e 1 atmosfera de pressão,
ocorrer”. Partindo-se do ar atmosférico e de é 0,65 g·L–1. Calcule a massa molar do gás
metano gasoso, seria possível obter a mistura analisado e faça a representação da estrutu-
com a composição acima mencionada, pela ra de Lewis de sua molécula.
simples mistura desses gases? Justifique. Dado: R = 0,082 L·atm·K–1·mol–1
3. (Unicamp) Um balão meteorológico de cor 7. (Fuvest) Uma balança de dois pratos, tendo
escura, no instante de seu lançamento, con- em cada prato um frasco aberto ao ar, foi
tém 100 mols de gás hélio (He). Após ascen- equilibrada nas condições-ambiente de pres-
der a uma altitude de 15 km, a pressão do são e temperatura. Em seguida, o ar atmos-
gás reduziu a 100 mmHg e a temperatura, férico de um dos frascos foi substituído, to-
devido à irradiação solar, aumentou para talmente, por outro gás. Com isso, a balança
77 °C. Calcule, nestas condições: se desequilibrou, pendendo para o lado em
a) O volume do balão meteorológico. que foi feita a substituição.
b) A densidade do He em seu interior. a) Dê a equação da densidade de um gás (ou
mistura gasosa), em função de sua massa
Dados: R = 62 mmHg · L · mol–1 · K–1; massa
molar (ou massa molar média).
molar do He = 4 g/mol. b) Dentre os gases da tabela, quais os que, não
sendo tóxicos nem irritantes, podem substi-
4. (Unicamp) O gás hidrogênio é constituído tuir o ar atmosférico para que ocorra o que
por moléculas diatômicas, H2. Sua densida- foi descrito? Justifique.
de, a 0 °C e 1 atm de pressão, é 0,090 g/L.
Cada átomo de hidrogênio é formado por 1 Gás H2 He NH3 CO ar O2 CO2 NO2 SO2
próton e por 1 elétron. Sabendo-se que o M/g mol-1 2 4 17 28 29 32 44 46 64
deutério é o isótopo de hidrogênio que con-
tém 1 próton, 1 elétron e 1 nêutron: Equação dos gases ideais: PV = nRT
a) qual é a relação entre as massas dos átomos P = pressão
de hidrogênio e de deutério? V = volume
b) qual é a densidade do gás deutério nas mes- n = quantidade de gás
mas condições? R = constante dos gases
T = temperatura
5. (Unicamp) Durante os dias quentes de ve- M = massa molar (ou massa molar média)
rão, uma brincadeira interessante consiste
em pegar um saco plástico, leve e de cor pre-
ta, encher 3/4 do seu volume, com ar, amar-
rar hermeticamente a sua boca, expondo-o,
em seguida aos raios solares. O ar no interior
do saco é aquecido, passando a ocupar todo o
volume. Como consequência, o saco sobe na
atmosfera como um balão.
a) Considere a pressão atmosférica constante
durante a brincadeira e considerando ainda
que inicialmente o ar estava a 27 °C, calcule
295
Gabarito 6.
31,9 °C
7.
a) MG = 64 g/mol
mG
b) ____
E.O. Aprendizagem mHe = 16
8.
40 cm
1. B 2. B 3. C 4. A 5. B
6. B 7. B 8. E 9. C 10. A
E.O. UERJ
E.O. Fixação Exame de Qualificação
1. B
1. F V F V 2. C 3. E 4. A 5. B
6. A 7. B 8. C 9. A 10. D
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
E.O. Complementares 1. E 2. B 3. E
1. D 2. D 3. B 4. A 5. D
E.O. Dissertativas
E.O. Dissertativo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
1. Teremos Mx
P×V=n×R×T a) dx2(CNTP) = _____
2 28
= _____ = 1,25 g/L
22,4 22,4
m
n = __ b) Como a massa molar de x2 é 28 g/mol,
M m
P × V = __ × R × T com isso, teremos que a massa atômica
M de x é 14u.
P × M = __ m × R × T 2.
V
P ×
______
d = M a) Teremos
R×T
T = 210 + 273 = 483K P × V = __ m × R × T
M
0,25 atm = 0,25 × 760 torr __m P ×
= ______
M P × M
ä d = ______
0,25 × 760 torr × M V R×T R×T
0,97g/L = ________________________________
62,36 L·torr · mol–1·K–1 × 483 K
Como P e R são constantes:
M = 153,7699 > M ; 153,77 g/mol
2. P × M
d = ______
a) 1,4 R×T
b) A concentração de CO2 será maior em Ara- P × 16
dMetano = ______ = 16 ___ P
caju, pois esta cidade se encontra em ní- R×T RT
vel do mar, onde a pressão atmosférica é P × 28,8
dMédia do ar = ________
P
= 28,8 ___
maior do que em Ouro Preto e consequen- R×T RT
temente ocorrerá menor escape de gás. 28,8 ___
P
d
________ RT
3. Média do
ar
= _______ = 1,8 dMetano
a) Conclusão final: na extremidade A foi co- dMetano P
16 ___
locado um pedaço de algodão embebido dMetano < dMédia do arRT
em solução de amônia (NH3) e na extre-
midade B um algodão embebido em solu- O metano ascende na atmosfera, pois sua
ção de cloreto de hidrogênio (HCℓ). densidade é menor do que a densidade
b) Então, média do ar.
1 x 44
d = _________
= 1,0 g/L b) Não seria possível obter a mistura com a
0,08 x 550 composição acima mencionada pela sim-
4.
Cálculo da densidade externa do gás: ples mistura desses gases. O ar tem, apro-
d = PM/RT, sendo P = 1atm; M = 28g/mol; ximadamente, 21% em volume de gás
R = 0,082 atm L/K mol e T = 298 K oxigênio. Se o metano fosse misturado ao
d = 1,15 g/L oxigênio, este apresentaria uma porcen-
Como a densidade do gás é menor no inte- tagem menor que 21% na mistura.
rior do balão, ele vai flutuar. 3.
5.
A massa atômica do urânio mais pesado é a) 21700 L
238 u. b) 0,018 g/L
296
4.
mH __ 1
a) ___
mD = 2
b) 0,18 g/L
5.
a) Dt = 100 K;
d
3 ou d1 = __
b) __1 = __ 4 d2
d2 4 3
6.
Representação de Lewis:
M = 16 g/mol.
7.
a) Sabemos que: P · V = (m/M) · R · T
(P · M) / (R · T) = m/V → d = (P · M)/
(R · T)
b) O ar pode ser substituído pelos gases O2
e CO2 que são mais densos e não são tó-
xicos. Assim a balança desequilibra pen-
dendo para o lado em que foi feita a subs-
tituição.
297
Aulas 17 e 18
Solubilidade
Competências 5 e 7
Habilidades 17, 24, 25, 26 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Solução
Solução é uma mistura homogênea de uma substância dispersa (“espalhada”), denominada soluto, em outra
substância responsável pela dissolução, denominada solvente. As soluções líquidas são mais estudadas, mas há
soluções sólidas também – ligas metálicas – e gasosas – o ar atmosférico isento de poeira e de umidade.
Numa solução de água e sal (cloreto de sódio), o sal é soluto e a água é solvente. Nas soluções de sólidos
em líquidos ou de gases em líquidos, o solvente é o líquido. No entanto, numa solução de dois líquidos – água e
álcool – ou de dois sólidos – latão = mistura homogênea de cobre e zinco –, o solvente é o que existe em maior
proporção. Numa mistura gasosa, os gases difundem-se, uma vez que não há distinção entre soluto e solvente.
As soluções iônicas (com íons) são eletrolíticas, isto é, conduzem corrente elétrica, ao contrário das soluções
moleculares.
Solubilidade e polaridade
a. Substâncias polares dissolvem-se melhor em outras substâncias polares.
Exemplo:
HCø, CH3CH2OH (etanol) ou NaCø
H2O
CH3CH2OH (ø) CH3CH2OH(aq)
H2O
NaCø(s) Na+(aq) + Cø–(aq)
b. Substâncias apolares dissolvem-se melhor em outras substâncias apolares.
Exemplo:
I2 (iodo) e CCø4 (tetracloreto de carbono)
A solubilidade (S) de um gás num líquido é diretamente proporcional à pressão (P) que o gás exerce sobre
esse líquido.
Essa lei é válida desde que não haja reação química entre o gás (soluto) e o líquido (solvente).
A expressão matemática dessa lei é:
S=k·P
301
Da qual, k é uma constante de proporcionalidade que depende da temperatura e do gás considerado: ao
abrir uma garrafa de refrigerante, a pressão sobre a solução diminui. Diminuída a solubilidade, as bolhas de gás
carbônico tornam-se visíveis e escapam do líquido.
A solubilidade de um gás num líquido diminui com o aumento de temperatura. É por isso que, se aquecido,
o gás de um copo de refrigerante será expulso da solução.
302
Soluções supersaturadas – têm mais soluto dissolvido do que seria possível em condições regulares,
razão pela qual são instáveis.
Se a mencionada solução saturada com corpo de fundo, com 36 g de sal dissolvido e 14 g não dissolvido
(corpo de fundo), for aquecida, os 14 g vão se dissolver. Com o aumento da temperatura, o coeficiente de solubili-
dade, nesse e na maioria dos casos, também aumenta.
Se, posteriormente, essa solução ficar em repouso para que volte à temperatura inicial de 20 °C, os 50 g de
sal podem continuar dissolvidos na água. Assim, haverá mais soluto dissolvido (50 g) do que deveria (36 g) naquela
temperatura e pressão. Esse é, portanto, um caso de solução supersaturada.
No entanto, esse tipo de solução é muito instável. Se ela for agitada ou se a ela for adicionado um pequeno
cristal de NaCø, haverá a precipitação dos 14 g de sal em excesso. De novo, o sistema obtido será constituído por
uma solução saturada (100 g de água a 20 °C, com 36 g de sal completamente dissolvido) e um corpo de fundo
(14 g de sal não dissolvido).
Curvas de solubilidade
Curvas de solubilidade são gráficos que indicam a variação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em
função da temperatura.
Observe: a solubilidade da maioria das substâncias aumenta com a elevação da temperatura. São substân-
cias com uma dissolução endotérmica, que ocorrem com absorção de calor.
Para o Ce2(SO4)3, a solubilidade diminui com o aumento da temperatura; portanto, trata-se de uma dissolu-
ção exotérmica, que ocorre com liberação de calor.
303
Teoria na prática
1. Com base nesse gráfico anterior, responda:
a) Considerando apenas as substâncias NaNO3 e Pb(NO3)2, qual delas é a mais solúvel em água, a qualquer
temperatura?
b) Aproximadamente, a qual temperatura a solubilidade do KCø e do NaCø são iguais?
c) Qual das substâncias apresenta maior aumento de solubilidade com o aumento da temperatura?
d) Compare as solubilidades das substâncias KCø e K2Cr2O7 a 70 ºC, abaixo e acima dessa temperatura.
e) Qual a massa de uma solução saturada de NaNO3 a 20 ºC obtida a partir de 500 g de H2O?
Resolução:
a) NaNO3
b) a 28 ºC
c) CaCø2
d) t = 70 ºC ⇒ solubilidade KCø = K2Cr2O7
t > 70 ºC ⇒ solubilidade KCø < K2Cr2O7
t < 70 ºC ⇒ solubilidade KCø > K2Cr2O7
A solução é formada por 440 g de NaNO3 dissolvidos em 500 g de H2O. Portanto, sua massa é:
m = 500 + 440 = 940 g.
304
Resolução:
a) A única curva descendente é a da substância A, o que indica que sua solubilidade diminui com a eleva-
ção da temperatura.
b) Observando o gráfico, percebe-se que a 20 ºC é possível dissolver 60 g de A em 100 g de água, uma vez
que esse é o seu coeficiente de solubilidade.
c) Em qualquer temperatura, a substância B é a mais solúvel (a curva de B está sempre acima da curva de C).
d) As curvas de A e B cruzam-se aproximadamente a 40 ºC, indicando que, a essa temperatura, essas subs-
tâncias apresentam a mesma solubilidade.
Para temperaturas inferiores a 40 ºC, a solubilidade de A é maior que a de B. Para temperaturas superio-
res a 40 ºC, a solubilidade de B é maior que a de A.
e) A 100 ºC Cs = 80 g/100 g H2O
80 g de C –––––– 100 g de H2O
x –––––– 500 g de H2O
⇒ x = 400 g de C
A solução contém 400 g de C dissolvidos em 500 g de H2O. Portanto, sua massa é 400 + 500 = 900 g
de solução.
f) A 60 ºC é possível dissolver 80 g de B em 100 g de H2O, ao passo que a 20 ºC a quantidade máxima
de B dissolvida em 100 g de H2O é 20 g. Portanto, se resfriada uma solução saturada de B a 60 ºC até
20 ºC em 100 g de água, ocorrerá uma precipitação de 80 – 20 = 60 g de B.
3. (Unifesp) Uma solução contendo 14 g de cloreto de sódio dissolvidos em 200 mL de água foi deixada em
um frasco aberto, a 30 ºC. Após algum tempo, começou a cristalizar o soluto.
Qual volume mínimo e aproximado, em mL, de água deve ter evaporado quando se iniciou a cristalização?
Dados:
Solubilidade, a 30 ºC, do cloreto de sódio = 35 g /100 g de água.
Densidade da água a 30 °C = 1,0 g/mL.
a) 20
b) 40
c) 80
d) 100
e) 160
Resolução:
Como d = 1 g/mL ⇒ 100 mL de água equivalem a 100 mL de água.
35 g de NaCø –––––– 100 mL de água
14 g de NaCø –––––– x
⇒ x = 40 mL de água
O volume de água que evaporou corresponde à diferença entre o volume inicial 200 mL, que era suficiente
para dissolver "com folga"os 14 g de sal e o volume final, que consegue dissolver exatamente 14 g do sal.
V = 200 mL – 40 mL = 160 mL de água evaporada
Alternativa E
305
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/soluble-salts
306
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
A aplicação mais corriqueira do princípio da solubilidade é a dissolução de pó de suco industrial em água para se
fazer um refresco.
Este procedimento é simples e muitas pessoas o realizam todos os dias.
Mas não é tão simples assim pensar que o ar atmosférico também é uma solução gasosa. Se for analisada
essa questão pela óptica da definição química de soluções, o ar atmosférico apresenta, no geral, aspecto homogê-
neo e em toda sua constituição esse gás possui as mesmas propriedades físico-químicas.
Concomitantemente, é possível inferir então que ligas metálicas são soluções sólidas, em que é possível se
ter dois ou mais metais fundidos em uma mesma matéria, e essa matéria, agora, apresentará em toda sua extensão
o mesmo aspecto visual e características físico-químicas bem definidas. Um exemplo desse processo é a produção
de ligas de bronze, que são constituídas de cobre e estanho.
INTERDISCIPLINARIDADE
Na natureza, o bário está sempre combinado com outros elementos, sendo que cerca de 0,45% da crosta terrestre
possui estes compostos, principalmente, sob a forma dos minerais barita e viterita. Dentre os compostos de bário,
podemos destacar o sulfato (BaSO4) e o carbonato (BaCO3). O carbonato de bário é extremamente venenoso aos
mamíferos. Se for ingerido, dissolve-se rapidamente no ácido clorídrico do estômago. Uma vez absorvido, ele se
deposita nos pulmões, músculos, ossos e órgãos internos.
A ingestão desse composto extremamente tóxico, mesmo que em pequena quantidade, causa dificuldades respi-
ratórias, aumento da pressão arterial, alteração no ritmo cardíaco, irritação no estômago, enfraquecimento dos músculos,
mudanças nos reflexos nervosos, edema cerebral e alterações prejudiciais ao fígado, rins, coração e baço, provocando
sintomas agudos de envenenamento como salivação excessiva, vômitos, diarreia, falta de ar, paralisia e taquicardia.
Doses de cerca de 0,8 g de carbonato de bário são consideradas letais e a morte em seres humanos ocorre
rapidamente por falência cardíaca ou respiratória. Nessas circunstâncias, como antídoto, pode-se utilizar uma
solução de sulfato de sódio ou de magnésio imediatamente que reage rapidamente com o carbonato de bário,
formando o sulfato de bário, insolúvel e inofensivo.
Portanto, o sulfato de bário é bem diferente! Sua utilização mais importante consiste em permitir radiogra-
fias e radioscopias de órgãos moles, que normalmente são transparentes aos raios X. Ele constitui o que se chama
um agente radiopaco, isto é, opaco aos raios X e utilizado clinicamente para diagnosticar certas doenças.
Como é insolúvel em água e em gordura, o sulfato de bário forma, ao ser misturado com água, uma sus-
pensão densa que bloqueia os raios X. Em consequência, as áreas do corpo em que estiver localizado aparecerão
brancas na radiografia. Isso cria uma distinção que é necessária, entre um órgão e os demais tecidos, ajudando o
radiologista a perceber qualquer condição especial existente no órgão ou parte do corpo analisada. Quando admi-
nistrado por via oral ou retal, permite exames do trato gastro intestinal e a detecção de câncer, tumores, úlceras e
outras condições inflamatórias como hérnias. Este é o composto de bário que salva!
307
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) Devido ao seu alto teor de sais, a água do mar é imprópria para o consumo humano e para
a maioria dos usos da água doce. No entanto, para a indústria, a água do mar é de grande interesse,
uma vez que os sais presentes podem servir de matérias-primas importantes para diversos proces-
sos. Nesse contexto, devido a sua simplicidade e ao seu baixo potencial de impacto ambiental, o
método da precipitação fracionada tem sido utilizado para a obtenção dos sais presentes na água
do mar.
Tabela 1: Solubilidade em água de alguns compostos presentes na água do mar a 25 ºC
Suponha que uma indústria objetiva separar determinados sais de uma amostra de água do mar a
25 °C, por meio da precipitação fracionada. Se essa amostra contiver somente os sais destacados
na tabela, a seguinte ordem de precipitação será verificada:
a) Carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio e,
por último, brometo de sódio.
b) Brometo de sódio, cloreto de magnésio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, sulfato de cálcio e, por
último, carbonato de cálcio.
308
c) Cloreto de magnésio, sulfato de magnésio e cloreto de sódio, sulfato de cálcio, carbonato de cálcio e,
por último, brometo de sódio.
d) Brometo de sódio, carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio e, por
último, cloreto de magnésio.
e) Cloreto de sódio, sulfato de magnésio, carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de magnésio e,
por último, brometo de sódio.
Análise Expositiva
Habilidade 26
Os sais apresentam diferentes solubilidades em água. Nessa questão é abordado os diferentes
sais em relação a uma mesma quantidade de água para saber qual destes será precipitado
primeiro.
De acordo com os valores de solubilidade fornecidos na tabela, teremos:
1,20 · 103 (NaBr) > 5,41 · 102 (MgCℓ2) > 3,60 · 102 (NaCℓ e MgSO4) > 6,80 · 10-1 (CaSO4) >
1,30 · 10-2 (CaCO3). Os sais com menor solubilidade precipitarão antes, ou seja, carbonato de
cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio e, por
último, brometo de sódio.
Alternativa A
Estrutura Conceitual
Pode ser
Massa Heterogênea
molar
Mistura
Tem
É uma
Duas ou
Solução Tem Soluto mais fases
Tem
Como
Solvente Precipitado
ou corpo
Exemplo Água de fundo
Limite de Ocasionado
Contém pelo
solubilidade
309
E.O. Aprendizagem No processo de fabricação dos refrigerantes:
a) o aumento da temperatura da água facilita a
dissolução do CO2 (g) na bebida.
1. A poluição térmica, provocada pela utiliza- b) a diminuição da temperatura da água facilita
ção de água de rio ou de mar para a refrige- a dissolução do CO2 (g) na bebida.
ração de usinas termoelétricas ou nucleares, c) a diminuição da concentração de CO2 (g) faci-
vem do fato de a água retornar ao ambiente lita sua dissolução na bebida.
em temperatura mais elevada que a inicial. d) a dissolução do CO2 (g) na bebida não é afeta-
Este aumento de temperatura provoca alte- da pela temperatura da água.
ração do meio ambiente, podendo ocasionar e) o ideal seria utilizar a temperatura da água em
modificações nos ciclos de vida e de repro- 25 ºC, pois a solubilidade do CO2 (g) é máxima.
dução e, até mesmo, a morte de peixes e
plantas. O parâmetro físico-químico alterado 4. (Ufrrj)
pela poluição térmica, responsável pelo dano
ao meio ambiente, é:
a) a queda da salinidade da água. KBr
b) a diminuição da solubilidade do oxigênio
na água.
c) o aumento da pressão de vapor d’água.
d) o aumento da acidez da água, devido à maior
dissolução de dióxido de carbono na água.
e) o aumento do equilíbrio iônico da água. Ao analisar o gráfico acima, percebe-se que:
a) a solubilidade do KCℓ é maior que a do KBr.
2. (Acafe) O cloreto de potássio (KCℓ) é um sal b) à medida que a temperatura aumenta a solu-
que adicionado ao cloreto de sódio é vendido bilidade diminui.
comercialmente como “sal light”, com baixo c) a solubilidade do KBr é maior que a do KCℓ.
teor de sódio. Dezoito gramas de cloreto de d) quanto menor a temperatura, maior a so-
potássio estão dissolvidos em 200 g de água lubilidade.
e armazenados em um frasco aberto sob e) o KCℓ apresenta solubilização exotérmica.
temperatura constante de 60 ºC.
Dados: Considere a solubilidade do cloreto de 5. (UERN) Analisando o gráfico apresentado, que
potássio a 60 ºC igual a 45 g/100 g de água. mostra a solubilidade da glicose em função da
Qual a massa mínima e aproximada de água temperatura, é correto afirmar que o sistema
que deve ser evaporada para iniciar a crista-
lização do soluto?
a) 160 g
b) 120 g
c) 40 g
d) 80 g
6. (FGV)
310
O gráfico mostra a curva de solubilidade do IV. a solubilidade de B mantém-se constante
sal dicromato de potássio em água. com o aumento da temperatura.
A solução indicada pelo ponto A e o tipo de V. a quantidade de B que satura a solução à
dissolução do dicromato de potássio são de- temperatura de 80 °C é igual a 150 g.
nominadas, respectivamente: Somente são corretas:
a) insaturada e endotérmica. a) I, II e III.
b) insaturada e exotérmica. b) II, III e V.
c) saturada e endotérmica. c) I, III e V.
d) supersaturada e endotérmica. d) II, IV e V.
e) supersaturada e exotérmica. e) I, II e IV.
311
Considerando as informações apresentadas 3. (UEL) O gráfico a seguir refere-se à solubili-
pelo gráfico acima, assinale a alternativa dade (em g/100 g de água) de determinado
correta. sal em diferentes temperaturas (em °C).
a) A dissolução de todas as substâncias quími-
cas é exotérmica.
b) O aumento da temperatura de 10 ºC para
40 ºC favorece a solubilização do sulfato de
cério (III) (Ce2(SO4)3) em água.
c) A massa de nitrato de amônio (NH4NO3) que
permanece em solução, quando a tempera-
tura da água é reduzida de 80 ºC para 40 ºC,
é de aproximadamente 100 g. Se, a 40 ºC forem acrescentados 20,0 g do sal
d) A dissolução do iodeto de sódio (NaI) em em 200 g de água, e deixada a mistura em re-
água é endotérmica. pouso sob temperatura constante obter-se-á:
e) A 0 ºC, todas as substâncias químicas são I. solução saturada
insolúveis em água. II. corpo de fundo
III. solução diluída
Dessas afirmações:
E.O. Fixação a) apenas I é correta.
b) apenas II é correta.
1. (UFES) Ao se adicionar cloreto de amônio a c) apenas III é correta.
uma certa quantidade de água a 25 ºC, ob- d) I, II e III são corretas.
e) I, II e III são incorretas.
serva-se um resfriamento na solução. Com
base nessa informação, pode-se afirmar:
a) O processo é exotérmico e a solubilidade do 4. (Mackenzie) Em 100 g de água a 20 °C, adi-
NH4Cℓ aumenta com o aumento da temperatura. cionaram-se 40,0 g de KCℓ.
b) O processo é endotérmico e a solubilidade do Conhecida a tabela exposta, após forte agita-
NH4Cℓ aumenta com o aumento da temperatura. ção, observa-se a formação de uma:
c) O processo é exotérmico e a solubilidade do
NH4Cℓ diminui com o aumento da temperatura. T (ºC) Solubilidade do KCℓ (g/100 g de água)
d) O processo é endotérmico e a solubilidade do 0 27,6
NH4Cℓ diminui com o aumento da temperatura. 20 34,0
e) O processo é endotérmico e a solubilidade do
40 40,0
NH4Cℓ independe da temperatura.
60 45,5
2. (UFPel) A ciência deve ser percebida no dia
a) solução saturada, sem corpo de chão.
e muitos experimentos podem ser feitos em
b) sistema heterogêneo, contendo 34,0 g de
nossas casas. Por exemplo, se colocarmos um
KCℓ, dissolvidos em equilíbrio com 6,0 g de
ovo em uma jarra com água à temperatura
KCℓ sólido.
ambiente, ele afundará, mas se, logo em se-
c) solução não saturada, com corpo de chão.
guida, adicionarmos NaCℓ à água, até formar d) solução extremamente diluída.
uma solução saturada, observaremos que o
e) solução supersaturada.
ovo flutuará.
Baseando-se nesse experimento, analise as
5. (UF-Lavras) A curva de solubilidade de um
afirmativas abaixo.
I. A densidade do ovo é menor do que a den- sal hipotético é:
sidade da solução saturada de água + sal.
II. Solução saturada é aquela em que a mas-
sa do soluto é igual ao seu coeficiente de
solubilidade.
III. Na forma dissociada, o NaCℓ apresenta-se
como Na+ e Cℓ-, sendo o íon Na+ chamado de
cátion sódio e o íon Cℓ-, de ânion cloreto.
Está(ão) correta(s):
a) todas as afirmativas.
b) as afirmativas I e III.
c) as afirmativas II e III. a 20 ºC misturarmos 20 g desse sal com 100
d) somente a afirmativa III. g de água, quando for atingido o equilíbrio,
e) as afirmativas I e II. podemos afirmar que:
312
a) 5 g do sal estarão em solução. 9. (FEI) Tem-se 500 g de uma solução aquosa
b) 15 g do sal será corpo de fundo (precipitado). de sacarose (C12H22O11), saturada a 50 ºC.
c) o sal não será solubilizado. Qual a massa de cristais que se separam da
d) todo o sal estará em solução. solução, quando ela é resfriada até 30 ºC?
e) 5 g do sal será corpo de fundo (precipitado). Dados: Coeficiente de solubilidade (Cs) da
sacarose em água:
6. (PUC-Camp) Considere o gráfico, representa-
Cs a 30 °C = 220 g/100 g de água
tivo da curva de solubilidade do ácido bórico
Cs a 50 °C = 260 g/100 g de água
(um sólido) em água:
a) 40,0 g
b) 28,8 g
c) 84,25 g
d) 55,5 g
e) 62,5 g
1
0. (EEM-SP) Evapora-se completamente a água
de 40 g de solução de nitrato de prata, satu-
rada, sem corpo de fundo, e obtêm-se 15 g
de resíduo sólido. O coeficiente de solubili-
dade do nitrato de prata para 100 g de água
na temperatura da solução inicial é:
a) 25 g.
Adicionando-se 200 g de H3BO3 em 1,00 kg b) 30 g.
de água, a 20 ºC, quantos gramas do ácido c) 60 g.
restam na fase sólida? d) 15 g.
a) 50,0 e) 45 g.
b) 75,0
c) 100
d) 150
e) 175
E.O. Complementar
1. (ITA) A figura a seguir mostra a curva de solu-
7. (UFRGS) Em um frasco, há 50 mL de água bilidade do brometo de potássio (KBr) em água:
e 36 g de cloreto de sódio. Sabendo-se que
o coeficiente de solubilidade deste sal em
água, a 20 °C, é 36 g em 100 g de água e que
as densidades do sal e da água são respecti
vamente, 2,16 g/cm3 e 1,00 g/mL, é possível
afirmar que o sistema formado é:
a) heterogêneo e há 18 g de sal depositado no
fundo do frasco.
b) heterogêneo e não há qualquer depósito de
sal no frasco.
c) heterogêneo e há 18 g de sal sobrenadante
no frasco.
d) homogêneo e há 18 g de sal depositado no
fundo do frasco. Dados:
e) homogêneo e não há qualquer depósito de Massa molar (g/mol): K = 39,10; Br = 79,91
sal no frasco. Baseando nas informações apresentadas na
figura é errado afirmar que:
8. (UEL) A 10 ºC a solubilidade do nitrato de a) a dissolução do KBr em água é um processo
potássio é de 20,0 g/100g H2O. Uma solução endotérmico.
contendo 18,0 g de nitrato de potássio em b) a 30 ºC, a concentração de uma solução
50,0 g de água a 25 ºC é resfriada a 10 ºC. aquosa saturada em KBr é de aproximada-
Quantos gramas do sal permanecem dissol- mente 6 mol/kg.
vidos na água? c) misturas correspondentes a pontos situados
a) 1,00 na região I da figura são bifásicas.
b) 5,00
d) misturas correspondentes a pontos situados
c) 9,00
na região II da figura são monofásicas.
d) 10,0
e) misturas correspondentes a pontos situados
e) 18,0
sobre a curva são saturadas em KBr.
313
2. (IME) A figura a seguir representa as curvas que 545 g de NaCℓ estão dissolvidos em 1,5 L
de solubilidade de duas substâncias A e B. de água a 20 ºC sem corpo de fundo, é:
a) insaturada.
b) concentrada.
c) supersaturada.
d) diluída.
Solubilidade (gKCℓ
Temperatura (ºC)
em 100 g de água)
Com base nela, pode-se afirmar que:
a) no ponto 1, as soluções apresentam a mesma 0 27,6
temperatura, mas as solubilidades de A e B 10 31,0
são diferentes. 20 34,0
b) a solução da substância A está supersatura- 30 37,0
da no ponto 2.
40 40,0
c) as soluções são instáveis no ponto 3.
d) as curvas de solubilidade não indicam mu- 50 42,6
danças na estrutura dos solutos. Ao preparar-se uma solução saturada de KCℓ
e) a solubilidade da substância B segue o per- em 500 g de água, a 40 ºC e, posteriormente,
fil esperado para a solubilidade de gases em ao resfriá-la, sob agitação, até 20 ºC é corre-
água. to afirmar que:
a) nada precipitará.
3. (UERN) Os refrigerantes são formados por b) precipitarão 6 g de KCℓ.
uma mistura de água, gás carbônico e algum c) precipitarão 9 g de KCℓ.
tipo de xarope, que dá a cor e o gosto da d) precipitarão 30 g de KCℓ.
bebida. Mas essas três coisas não são com- e) precipitarão 45 g de KCℓ.
binadas de uma vez – primeiro, os fabrican-
tes juntam a água e o gás, em um aparelho
chamado carbonizador. Quando esses dois
ingredientes se misturam, a água dissolve o
CO2, dando origem a uma terceira substân-
E.O. Dissertativo
cia, o ácido carbônico, que tem forma líqui-
da. Depois, acrescenta-se o xarope a esse áci- 1. (Ufrrj) A curva do gráfico, a seguir, mostra a
do. O último passo é inserir uma dose extra solubilidade de um certo soluto em água.
de CO2 dentro da embalagem para aumentar
a pressão interna e conservar a bebida.
(Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/
materia/como-se-coloca-o-gas-nos-refrigerantes.)
314
2. (UFPE) A solubilidade do oxalato de cálcio a 20 °C é de 33,0 g por 100 g de água. Qual a massa, em
gramas, de CaC2O4 depositada no fundo do recipiente quando 100 g de CaC2O4(s) são adicionados em
200 g de água a 20°C?
Suponha que você possui um recipiente contendo 100 g de solução saturada de LiCℓ a 70 °C.
Se essa solução for resfriada a 40 °C, qual a massa de precipitado que ficará depositada no fundo?
Observação:
Para facilitar a leitura do gráfico, dizemos que:
a 20 °C → 32 g KNO3/100 g água
a 80 °C → 168 g KNO3/100 g água
5. (UFSCar) O cloreto de potássio é solúvel em água e a tabela a seguir fornece os valores de solubi-
lidade deste sal em g/100 g de água, em função da temperatura.
10 31,0
20 34,0
30 37,0
40 40,0
Preparou-se uma solução de cloreto de potássio a 40 °C dissolvendo-se 40,0 g do sal em 100 g de água.
A temperatura da solução foi diminuída para 20 °C e observou-se a formação de um precipitado.
a) Analisando a tabela de valores de solubilidade, explique por que houve formação de precipitado e
calcule a massa de precipitado formado.
b) A dissolução do cloreto de potássio em água é um processo endotérmico ou exotérmico? Justifique sua
resposta.
315
6. (Fac. Santa Marcelina) Analise o gráfico que representa a solubilidade do CO2 (massa molar 44
g.mol-1) em água à pressão 1 atm.
Solubilidade (g/100 g de água) 6,5 7,5 8,5 10,0 11,0 12,5 13,5 15,0 16,5
Temperatura (°C) 0 10 20 30 40 50 60 70 80
a) Na malha quadriculada a seguir, construa um gráfico com os valores fornecidos, relacionando a solu-
bilidade (eixo das ordenadas) com a temperatura (eixo das abscissas).
316
8. (Unicid 2017) O gráfico apresenta as solubi- 2. (UERJ) O gráfico a seguir, que mostra a va-
lidades dos sais A, B, C, D, E e F em função riação da solubilidade do dicromato de po-
da temperatura. tássio na água em função da temperatura,
foi apresentado em uma aula prática sobre
misturas e suas classificações. Em seguida,
foram preparadas seis misturas sob agitação
enérgica, utilizando dicromato de potássio
sólido e água pura em diferentes temperatu-
ras, conforme o esquema:
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. (UERJ) Um laboratorista precisa preparar
1,1 kg de solução aquosa saturada de um sal
de dissolução exotérmica, utilizando como
soluto um dos três sais disponíveis em seu
laboratório: X, Y e Z. A temperatura final da
solução deverá ser igual a 20 °C.
Observe as curvas de solubilidade dos sais,
em gramas de soluto por 100 g de água:
317
E.O. Objetivas Com base nas informações fornecidas, pode-
-se afirmar corretamente que:
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) a) a dissolução dos dois sais em água são pro-
cessos exotérmicos.
b) quando se adicionam 50 g de KNO3 em 100 g
1. (Fuvest) O exame desse gráfico nos leva a afir- de água a 25 ºC, todo o sólido se dissolve.
mar que a dissolução em água de carbonato de c) a solubilidade do KNO3 é maior que a do
lítio e a de acetato de prata devem ocorrer: NaCℓ para toda a faixa de temperatura
abrangida pelo gráfico.
d) quando se dissolvem 90 g de KNO3 em 100
g de água em ebulição, e em seguida se res-
fria a solução a 20 °C, recupera-se cerca de
30 g do sal sólido.
e) a partir de uma amostra contendo 95 g de
KNO3 e 5 g de NaCℓ, pode-se obter KNO3 puro
por cristalização fracionada.
318
Pode-se distinguir esses dois sais somente 8. (Fuvest) O gráfico adiante mostra a solubili-
por meio: dade (S) de K2Cr2O7 sólido em água, em fun-
a) do procedimento I. ção da temperatura (t). Uma mistura cons-
b) do procedimento II. tituída de 30 g de K2Cr2O7 e 50 g de água, a
c) do procedimento III. uma temperatura inicial de 90 °C, foi dei-
d) dos procedimentos I e II. xada esfriar lentamente e com agitação. A
e) dos procedimentos I e III. que temperatura aproximada deve começar a
cristalizar o K2Cr2O7?
6. (Fuvest) O processo de recristalização, usa-
do na purificação de sólidos, consiste no se-
guinte:
1º Dissolve-se o sólido em água quente, até
a saturação.
2º Resfria-se a solução até que o sólido se
cristalize.
Os gráficos a seguir mostram a variação, com
a temperatura, da solubilidade de alguns
compostos em água.
a) 25 °C
b) 45 °C
c) 60 °C
d) 70 °C
e) 80 °C
1
0. (Fuvest) A efervescência observada, ao se
abrir uma garrafa de champanhe, deve-se à
rápida liberação, na forma de bolhas, do gás
carbônico dissolvido no líquido. Nesse líqui-
do, a concentração de gás carbônico é pro-
porcional à pressão parcial desse gás, apri-
sionado entre o líquido e a rolha. Para um
champanhe de determinada marca, a cons-
tante de proporcionalidade (k) varia com a
temperatura, conforme mostrado no gráfico.
Para a obtenção de solução saturada conten-
do 200 g de nitrato de potássio em 500 g de
água, a solução deve estar a uma temperatu-
ra, aproximadamente, igual a:
a) 12 °C.
b) 17 °C.
c) 22 °C.
d) 27 °C.
e) 32 °C.
319
Uma garrafa desse champanhe, resfriada a 12 °C, foi aberta à pressão ambiente e
0,10 L de seu conteúdo foram despejados em um copo. Nessa temperatura, 20% do gás dissolvido
escapou sob a forma de bolhas. O número de bolhas liberadas, no copo, será da ordem de:
Dados:
Gás carbônico:
Pressão parcial na garrafa de champanhe fechada, a 12°C: 6 atm
Massa molar: 44 g/mol
Volume molar a 12°C e pressão ambiente: 24 L/mol
Volume da bolha a 12°C e pressão ambiente: 6,0 x 10-8 L
a) 102.
b) 104.
c) 105.
d) 106.
e) 108.
Odor Adocicado
Ponto de Fusão – 23 ºC
Ponto de ebulição a 1 atm 77ºC
Densidade a 25 ºC 1,59/cm3
Solubilidade em água a 25 ºC 0,1 g/100 g de H2O
320
2. (Unicamp) A questão do aquecimento global
está intimamente ligada à atividade humana
e também ao funcionamento da natureza. A
emissão de metano na produção de carnes
e a emissão de dióxido de carbono em pro-
cessos de combustão de carvão e derivados
do petróleo são as mais importantes fontes
de gases de origem antrópica. O aquecimen-
to global tem vários efeitos, sendo um deles
o aquecimento da água dos oceanos, o que,
consequentemente, altera a solubilidade do
CO2 nela dissolvido. Este processo torna-se
A água do aquário mencionado contém 500
cíclico e, por isso mesmo, preocupante.
A figura abaixo, preenchida de forma ade- mg de oxigênio dissolvido a 25 °C. Nessa
quada, dá informações quantitativas da de- condição, a água do aquário está saturada
pendência da solubilidade do CO2 na água do em oxigênio? Justifique.
Dado: densidade da água do aquário =
mar, em relação à pressão e à temperatura.
1,0 g/cm3.
321
Como esses jogos podem ser analisados do Ao final de uma eletrólise de salmoura,
ponto de vista da Química? As questões a se- retiraram-se da cuba eletrolítica, a 90 °C,
guir são exemplos de como o conhecimento 310 g de solução aquosa saturada tanto de
químico é ou pode ser usado nesse contexto. cloreto de sódio quanto de clorato de sódio.
Na construção do Centro Olímpico de Tianjin, Essa amostra foi resfriada a 25 °C, ocorren-
onde ocorreram os jogos de futebol, o teto foi do a separação de material sólido.
construído em policarbonato, um polímero
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clo-
termoplástico menos denso que o vidro, fácil
rato de sódio presentes nos 310 g da amos-
de manusear, muito resistente e transparente
à luz solar. Cerca de 13.000 m2 de chapas des- tra retirada a 90 °C? Explique.
b) No sólido formado pelo resfriamento da
se material foram utilizados na construção.
a) A figura a seguir ilustra a separação de uma amostra a 25 °C, qual o grau de pureza (%
mistura de dois polímeros: policarbonato em massa) do composto presente em maior
(densidade 1,20 g/cm3) e náilon (densidade quantidade?
1,14 g/cm3). Com base na figura e no gráfico c) A dissolução, em água, do clorato de sódio
identifique os polímeros A e B. Justifique. libera ou absorve calor? Explique.
b) Qual deve ser a concentração mínima da
solução, em gramas de cloreto de sódio por 7. (Unicamp) Nas salinas, o cloreto de sódio
100 gramas de água, para que se observe o é obtido pela evaporação da água do mar a
que está representado na figura da esquerda? 30 °C, aproximadamente.
a) Um volume de água do mar é evaporado
até o aparecimento de NaCℓ sólido. Qual é a
concentração de NaCℓ na solução resultante?
Justifique a resposta.
b) Qual o volume de água do mar que deve ser
evaporado completamente para a produção
de 1,00 kg de NaCℓ sólido?
Atenção: nem todos os dados fornecidos a
seguir serão utilizados para resolver os itens
anteriores.
Dados:
§§ Massa molar da água = 18,0 g/mol
§§ Massa molar do NaCℓ = 58,4 g/mol
§§ Solubilidade do NaCℓ em água, a 30 °C,
= 6,16 mol/L, que corresponde a 360 g/L
§§ Concentração do NaCℓ na água do
mar = 0,43 mol/L, que corresponde a 25 g/L
§§ Densidade da água do mar a 30°C,
6. (Fuvest) Industrialmente, o clorato de só- = 1,03 g/cm3
dio é produzido pela eletrólise da salmou- §§ Densidade da água pura a 30°C
ra* aquecida, em uma cuba eletrolítica, de = 0,9956 g/cm3
tal maneira que o cloro formado no ânodo
se misture e reaja com o hidróxido de só- 8. (Unesp) O gráfico a seguir mostra as curvas
dio formado no cátodo. A solução resultante de solubilidade em água, em função da tem-
contém cloreto de sódio e clorato de sódio. peratura, dos sais KNO3 e MnSO4.
2NaCℓ(aq) + 2H2O(ℓ) → Cℓ2(g) + 2NaOH(aq) + H2(g)
3Cℓ2(g) + 6 NaOH(aq) → 5NaCℓ(aq) + NaCℓO3(aq) + 3H2O(ℓ)
322
9. (Fuvest) A recristalização consiste em dissolver uma substância a uma dada temperatura, no me-
nor volume de solvente possível e a seguir resfriar a solução, obtendo-se cristais da substância.
Duas amostras de ácido benzoico, de 25,0 g cada, foram recristalizadas em água segundo esse pro-
cedimento, nas condições apresentadas na figura 1:
a) Calcule a quantidade de água necessária para a dissolução de cada amostra.
b) Qual das amostras permitiu obter maior quantidade de cristais da substância? Explique.
Dados: curva de solubilidade do ácido benzoico em água (massa em gramas de ácido benzoico que
se dissolve em 100 g de água, em cada temperatura), ver figura 2.
323
Gabarito 6.
a) A dissolução do gás carbônico em água é
um processo exotérmico, pois com a ele-
vação da temperatura a solubilidade do
E.O. Aprendizagem CO2 diminui.
b) 0,05 mol
1. B 2. A 3. B 4. C 5. B 7.
6. A 7. B 8. C 9. E 10. D a) A partir dos dados fornecidos no enun-
ciado, vem:
E.O. Fixação
1. B 2. A 3. C 4. B 5. E
6. D 7. A 8. D 9. D 10. C
E.O. Complementar
1. C 2. E 3. C 4. C 5. D
E.O. Dissertativo
1.
a) A solução D, pois nesta solução a quan-
b) A partir do gráfico verifica-se que é possí-
tidade de soluto dissolvida é igual a sua
vel dissolver, a 35 °C, aproximadamente,
solubilidade.
10,5 g de NaHCO3.
b) Nos pontos A e C, pois nestas soluções a
quantidade de soluto está acima da solu-
bilidade.
c) As soluções insaturadas possuem uma
quantidade de soluto inferior a solubili-
dade na temperatura analisada. O ponto
B corresponde a esta situação.
d) Verifica-se pelo gráfico que o soluto tem
dissolução endotérmica (com absorção de
energia), pois sua solubilidade aumenta
com a elevação da temperatura. Redu-
zindo a temperatura podemos cristalizar
parte do soluto da solução D.
2.
34 g
3.
mLiCℓ = 9,6 g
4.
Precipitam 680 g de KNO3.
5.
Então:
a) 40 °C:
10,5 g de sal — 100 g H2O
Solubilidade: 40 g (KCℓ) — 100 g água
m — 10 g H2O
Temos: 40 g (KCℓ) — 100 g água
m = 1,05 g
20 °C: 1,5 g – 1,05 g = 0,45 g (corpo de chão)
Solubilidade: 34 g (KCℓ) — 100 g água 8.
Temos: 40 g (KCℓ) — 100 g água a) O sal cuja solubilidade em água é menos
40 g – 34 g = 6 g (massa de precipitado afetada frente ao aumento da temperatu-
formado). ra foi o sal [D].
Houve a formação de precipitado, pois, a b) Assim restará 3 g de sal que não se solu-
20 °C a solubilidade do KCℓ é menor do bilizará, formando corpo de fundo.
que a 40 °C.
b) É um processo endotérmico, pois de acor-
do com a tabela, com a elevação da tem-
peratura a solubilidade do cloreto de po-
E.O. UERJ
tássio aumenta. Exame de Qualificação
1. A 2. B
324
E.O. Objetivas b) Para acharmos o valor da solubilidade de-
vemos fazer a seguinte marcação:
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. A 2. B 3. E 4. D 5. C
6. E 7. D 8. D 9. E 10. D
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) De acordo com a tabela, o ponto de fusão
da substância contida no frasco é –23 ºC
e o ponto de fusão é 77ºC. Como –23 ºC Cálculo da concentração do CO2 em mol/L:
(S→L) < 25 ºC < 77 ºC (L → G), concluí- 5,5 g de CO2 — 100 g de H2O
mos que o estado de agregação da subs- x g de CO2 — 1000 g de H2O
tância é líquido. x = 55 g/1000 g de água do mar
55g
b) A solubilidade da substância em água a __________
44 g ⋅ mol–1
25 ºC é 0,1 g/100 g de H2O. Então: Concentração em mol/L = __________
=
0,1 g — 100 g (H2O) 1 L
m g — 200,0 g (H20) = 1,25 mol/L
m = 0,2 g (massa que se dissolveu de X) 3.
O aquário de paredes retangulares possui as
Foram adicionados 56,0 g da substância X, seguintes dimensões: 40 × 50 × 60 cm (lar-
logo 55,8 g (56,0 g – 0,2 g) não dissolveu. gura × comprimento × altura) e possui água
c) Como a 25 ºC a densidade da substância X até a altura de 50 cm, então:
é 1,59 g/cm3 e este valor é maior do que a V(água no aquário) = 40 × 50 × 50 =
densidade da água, que é de 1,00 g/cm3,
= 100.000 cm3
conclui-se que X fica na parte inferior do
Como a densidade da água é de 1,0 g/cm3,
recipiente.
podemos calcular sua massa a partir do vo-
lume obtido:
1,0 g (água) — 1 cm3
mágua — 100.000 cm3
mágua = 100.000 g
325
4. Massa total cristalizada = 68 g + 2 g = 70 g.
70 g ------ 100 %
a) 68 g ------ p
p = 97,1 % de pureza de NaCℓO3.
c) NaCℓO3(s) → Na+(aq) + CℓO3(aq)
Absorve, póis à medida em que há o au-
mento da temperatura há o aumento de
solubilidade.
b) De acordo com a curva de solubilidade 7.
fornecida, verifica-se que sob pressão de a) A ocorrência de NaCℓ sólido indica que
700 mmHg, a 20 ºC, é possível dissolver a solução sobrenadante deverá estar sa-
36 g de cloreto de sódio em 100 mL de turada, isto é, obedecendo à solubilidade
H2O. Após terem sido recolhidos 50 mL de (máxima) do sal, que é igual a 360 g/L.
H2O (destilado), sobraram no balão 45 g b) 1 litro (mar) — 25 g NaCℓ
x — 1000 g NaCℓ
de cloreto de sódio e 50 mL de H2O.
x = 40 L
a 20 °C: 36 g de NaCℓ — 100 mL de H2O
8.
x — 50 mL de H2O
a) Falsa.
⇒ x = 18 g de NaCℓ dissolvidos
O aumento da temperatura favorece a so-
c) Quando um solvente contém partículas dis- lubilidade do KNO3. O processo é, portan-
persas, o seu ponto de ebulição aumenta to, endotérmico, ou seja absorve calor.
(ebuliometria). Como o ponto de ebulição A solubilidade do MnSO4 cai com o au-
da água pura a 700 mmHg é 97,4 °C, o pon- mento da temperatura. Isso indica que o
to de ebulição da água na solução é maior. processo de dissolução é exotérmico, isto
5. é, libera calor.
a) O A é o náilon e o B é o policarbonato. b) Verdadeira.
O polímero mais denso submerge na so- Pelo gráfico observa-se que, a 56 °C, exis-
lução de NaCℓ, e este é o policarbonato. tem aproximadamente 10 g de KNO3 em
Isso ocorre porque a solução salina deve 100 mL de solução saturada.
ter uma densidade intermediária entre 9.
1,14 e 1,20 g/cm3. a) Amostra 1 → 500 g de H2O
b) A solução deve ter uma densidade míni- Amostra 2 → 1087 g de H2O
ma de 1,14 g/cm3. De acordo com o grá- (cálculo aproximado)
fico, essa solução tem uma concentração b) Amostra 1: a 20 °C o ácido benzoico é me-
igual a 3,7 mol/L. nos solúvel.
Em 1 litro dessa solução existe uma mas-
sa de 1.140 g (1000 × 1,14).
Nessa solução há 3,7 mols de NaCℓ, o que
corresponde a uma massa de 216 g de Na
Cℓ (3,7 × 58,5). Então há 924 g de água
(1.140 – 216).
A quantidade de NaCℓ em 100 g de água
é de 23,4 g (216 × 100 /924).
326