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Complemento - 1

COMPLEMENTO PARA PAPILOSCOPISTA POLICIAL


DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
APOSTILA DE AGENTE POLICIAL – CÓD.: 1091

Direito Penal

1. Excludentes da Ilicitude .................................................................................................. 03

2. Lei das Contravenções Penais ......................................................................................... 06

Legislação
3. Lei n. 12.037/2009 ........................................................................................................ 11

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2 - Complemento

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Direito Penal - 3

EXCLUDENTES DA ILICITUDE
1. EXCLUSÃO DA ILICITUDE E DA CULPABILIDADE 1.2 Legítima Defesa
Aplica-se apenas para a agressão humana. Protege-se
O Código Penal contempla duas espécies de exclu- contra a agressão atual (está acontecendo) ou iminente
sões: a de crime e a de pena, chamadas, respectivamen- (está por acontecer a qualquer momento).
te, de excludentes da ilicitude (ou de antijuridicidade) e
da culpabilidade (ou de imputabilidade). A lei dá guarida à proteção própria ou de terceiros.

No primeiro caso não há crime e no segundo caso Caracteriza-se pela defesa (contra-ataque) de uma agres-
não há punição. são (humana), mas na mesma proporção que a agressão.

Na primeira hipótese a Lei Penal diz que, pelos fatos, O exemplo é: um perito em artes marciais vai, com
não há a figura delituosa então prevista inicialmente como as mãos, agredir alguém que, para se defender, lhe dá
criminosa. Na segunda hipótese, a Lei Penal informa um tiro ferindo-o levemente.
que houve crime, porém, o referido crime não será
punido com reclusão ou detenção. Se não há agressão humana não se fala em legítima defesa.
Apesar de não serem os únicos, os arts. 23 ao 28
indicam, grosso modo, quais são as causas que levam o 1.3 Estrito Cumprimento do Dever Legal e o Exer-
juiz a não levar o réu ao presídio, ou porque o fato não cício Regular de Direito
é considerado crime, ou porque o criminoso foi consi- Embora a lei penal se refira a “exercício de direito” e
derado um irresponsável penal. “cumprimento do dever” ninguém tem, é claro, nem o
direito nem o dever de praticar crimes. Não é isto. A lei
Excludentes de ilicitude (descriminantes) está prevendo aqui o “direito” de realizar algo que uma
outra lei (e não a penal) permite que se faça e a um
São elas: a legítima defesa, o estrito cumprimen- “dever” normalmente de caráter profissional.
to do dever legal, o exercício regular de direito e o
estado de necessidade. Direito e Dever estão presos à noção de exercício
profissional ou atuação desportiva.
Pela ordem do art. 23, o texto diz que não é crime (o
texto não diz, não há pena) quando o agente pratica o O médico que opera sem autorização do paciente, ago-
fato em uma destas quatro hipóteses acima. ra inconsciente. O bombeiro que adentra a residência para
salvar alguém inconsciente que, de forma segura, tentou se
1.1 Estado de Necessidade matar abrindo o bico do gás de cozinha. O lutador de
Há dois bens jurídicos em perigo, não sendo possí- boxe que, agredindo o oponente, derruba-o ao solo.
vel, pelas circunstâncias, salvar ambos e alguém sacrifi-
ca um deles para poder salvar o outro. Todos os exemplos acima são, em tese, crimes, mas a lei
não considera como tal porque há um interesse maior a pro-
Aqui se repele um perigo e, para evitar mal maior, se teger. Protege-se um bem maior em prejuízo de um menor.
pratica um fato típico que não é considerado ilícito (ile-
gal ou antijurídico). A lei se refere a fatos e essas excludentes recebem o
nome de "descriminantes" ou "justificativas". Atingem
No Estado de Necessidade não existe proteção à o crime, anulando-o.
ameaça iminente, mas sim ao perigo atual.

O atuante pode agir em benefício próprio e de terceiros. 2. EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE


Tem-se como exemplo o furto famélico (levou ali-
mento porque estava faminto mas não possuía dinhei- A partir do art. 26 do Código Penal, a lei menciona
ro para obtê-lo). Aqui fica claro o confronto de direi- as inimputabilidades.
tos: porque o comerciante tem direito ao patrimônio
(gênero alimentício) e o miserável tem direito à vida. Inimputável significa irresponsável penal. Segundo o
Código Penal, são irresponsáveis os alienados, os meno-
res de dezoito anos e os embriagados por ato involuntário.

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4 - Polícia Civil do Estado de São Paulo

2.1 Doença Mental Igualmente como acontece na hipótese do art. 26,


Quem sofre deficiência mental no momento em que aqui também o agente necessita se submeter a uma pe-
pratica o crime não é punido em reclusão ou detenção, rícia para se comprovar se estava, de fato, completa-
mas sofre o que se chama medida de segurança — CP, mente embriagado para obter a escusa.
arts. 96 e 97.
O parágrafo único do art. 26 e o § 2° do art. 28 indi-
A lei penal indica que o juiz determinará a internação cam que haverá possivelmente a redução de pena quan-
quando na época do crime o agente era inimputável por do se provar que o alienado e o ébrio não eram comple-
loucura. Posteriormente, de ano em ano, o internado é tamente incapazes do ato que praticavam. Nessa hipóte-
reavaliado psicologicamente para se medir o grau de se, serão punidos sim, porém, com a pena reduzida.
capacidade de entendimento.

A perícia determinará se o agente era ao tempo da 7. OUTRAS SITUAÇÕES


ação ou omissão criminosa incapaz de entender o que
fazia. Assim comprovado, o agente sofrerá sanção de E, finalmente, o caput do art. 28 menciona que não há
medida internativa. exclusão da imputabilidade quando o agente comete o
crime por emoção ou paixão ou por embriaguez vo-
2.2 Menoridade luntária ou culposa.
O assunto também é de cunho constitucional — CF, art. 227.
A emoção ou paixão são sentimentos fortes, violen-
A menoridade envolta em crime é tratada pelo ECA/ tos, acontecidos de chofre (emoção) ou paixão (algo
Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n. 8.069/90. alimentado, como a cupidez, a inveja, a ira). São exem-
plos de ambos: agredir verbal ou fisicamente um cole-
O ECA, até o art. 96, trata do menor abandonado, ga de trabalho que fez um gracejo no dia em que o
órfão, carente. Refere-se à adoção, à família substituta, à auto- agente mais irritado se encontra.
rização para viagem, à participação em peças teatrais etc.
Agredir aquela pessoa que conseguiu a promoção no
Somente a partir do art. 98 é que se refere à parte trabalho ou é o pivô da traição do parceiro.
criminal, assim resumida.
Assim, causas comuns como a TPM/tensão pré-
O menor até os doze anos incompletos é considerado menstrual (embora a OMS a considere “doença”) não
criança, e como tal não comete crime ou ato infracional. são motivos ou justificativas para a prática delituosa. Fa-
Comete ato anti-social e recebe medidas protetivas. lar-se, por exemplo: “xinguei porque estava nervoso”
não é motivo de exclusão de responsabilidade penal.
Somente a partir dos 12 até os 18 anos incompletos
(data do cometimento da conduta) é que o autor do A obediência hierárquica representa uma ordem de
fato se chama “adolescente infrator” e está sujeito a algum superior. Essa ordem, porém, deve ser legítima
medidas sócio-educativas que vão desde advertência ou com aparência de legítima. Por isso a lei usa a ex-
até internação na FUNDAÇÃO CASA por até 3 anos. pressão “não manifestamente ilegal”.

A internação não pode durar mais de três anos e se Inexistirá responsabilidade penal ao executor, mas sim
pauta pelos princípios da excepcionalidade e da brevi- ao mandante.
dade (ECA, arts. 98, 112 e 121).
Síntese:
Embriaguez • Excludentes da Ilicitude: Arts. 20, 23, 24 e 25.
O embriagado só se torna inimputável quando a Aqui a lei trata de fatos e elimina o crime.
embriaguez ocorre de forma ocasional ou forçada.
• Excludentes da Culpabilidade: Arts. 20, § 1º, 21,
Isto é: a embriaguez deve ser involuntária, provenien- 22, 26, 27, 28, § 1º.
te de caso fortuito ou força maior.
A lei trata de pessoas e não aplica a pena.
Há isenção de pena quando se comprovar por perí-
cia que o causador do fato criminoso não tinha ciência
do que fazia.

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Direito Penal - 5

ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.

TÍTULO II Legítima defesa


DO CRIME Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual
Erro sobre elementos do tipo ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado Inimputáveis
pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou
a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo
culpa e o fato é punível como crime culposo. da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Erro determinado por terceiro
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois
Erro sobre a pessoa terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. determinar-se de acordo com esse entendimento.

Erro sobre a ilicitude do fato Menores de dezoito anos


Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente Emoção e paixão
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.. I - a emoção ou a paixão;

Coação irresistível e obediência hierárquica Embriaguez


Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior de efeitos análogos.
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação
Exclusão de ilicitude ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
I - em estado de necessidade; § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
II - em legítima defesa; embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía,
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.

Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o
fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade,
nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever
legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito

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6 - Polícia Civil do Estado de São Paulo

LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS


DECRETO-LEI N. 3.688, DE 3 DE OUTUBRO 1941 e as seguintes interdições de direitos:
I – a incapacidade temporária para profissão ou
O Presidente da República, usando das atribuições atividade, cujo exercício dependa de habilitação especial,
que lhe confere o artigo 180 da Constituição, licença ou autorização do poder público;
lI – a suspensão dos direitos políticos.
DECRETA: Parágrafo único. Incorrem:
a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o condenado
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS por motivo de contravenção cometida com abuso de
PARTE GERAL profissão ou atividade ou com infração de dever a ela inerente;
Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa
do Código Penal, sempre que a presente lei não de liberdade, enquanto dure a execução do pena ou a
disponha de modo diverso. aplicação da medida de segurança detentiva.
Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, os
praticada no território nacional. medidas de segurança estabelecidas no Código Penal,
Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação à exceção do exílio local.
ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta Art. 14. Presumem-se perigosos, alem dos indivíduos a
o dolo ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou de que se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal:
outra, qualquer efeito jurídico. I – o condenado por motivo de contravenção cometido,
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção. em estado de embriaguez pelo álcool ou substância de
Art. 5º As penas principais são: efeitos análogos, quando habitual a embriaguez;
I – prisão simples. II – o condenado por vadiagem ou mendicância;
II – multa. III e IV - (Revogado pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto
sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou de trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo
seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto prazo mínimo de um ano: (Regulamento)
ou aberto. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) I – o condenado por vadiagem (art. 59);
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo);
separado dos condenados a pena de reclusão ou de detenção. III - (Revogado pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
§ 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação
excede a quinze dias. em manicômio judiciário ou em casa de custódia e
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica tratamento é de seis meses.
uma contravenção depois de passar em julgado a sentença Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar
que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por a internação, submeter o indivíduo a liberdade vigiada.
qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção. Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão proceder de ofício.
da lei, quando escusaveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de PARTE ESPECIAL
acordo com o que dispõe o Código Penal sobre a CAPÍTULO I
conversão de multa em detenção. DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a PESSOA
conversão em prisão simples se faz entre os limites de Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou
quinze dias e três meses. vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição:
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou
em caso algum, ser superior a cinco anos, nem a multa, de um a cinco contos de réis, ou ambas
importância das multas ultrapassar cinquenta contos. cumulativamente, se o fato não constitue crime contra
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz a ordem política ou social.
pode suspender por tempo não inferior a um ano nem Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de
superior a três, a execução da pena de prisão simples, dependência desta, sem licença da autoridade:
bem como conceder livramento condicional. (Redação Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou
dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) multa, de duzentos mil réis a três contos de réis, ou
Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença ambas cumulativamente.
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Direito Penal - 7

§ 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o ou instrumentos empregados usualmente na prática de


agente já foi condenado, em sentença irrecorrivel, por crime de furto, desde que não prove destinação legítima:
violência contra pessoa. Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a de duzentos mil réis a dois contos de réis.
três meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto Art. 26. Abrir alguem, no exercício de profissão de
de réis, quem, possuindo arma ou munição: serralheiro ou oficio análogo, a pedido ou por
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, incumbência de pessoa de cuja legitimidade não se tenha
quando a lei o determina; certificado previamente, fechadura ou qualquer outro
b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa aparelho destinado à defesa de lugar nu objeto:
inexperiente no manejo de arma a tenha consigo; Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela multa, de duzentos mil réis a um conto de réis.
se apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou Art. 27 (Revogado pela Lei nº 9.521, de 27.11.1997)
pessoa inexperiente em manejá-la. Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de
Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
destinado a provocar aborto: (Redação dada pela Lei
nº 6.734, de 1979) CAPÍTULO III
Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil cruzeiros. DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
(Redação dada pela Lei nº 6.734, de 1979) INCOLUMIDADE PÚBLICA
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguem: Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela:
multa, de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa,
constitue crime. de trezentos mil réis a três contos de réis.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de
até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos. quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil
(Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) réis a dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou
Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele em suas adjacências, em via pública ou em direção a
internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada ela, sem licença da autoridade, causa deflagração
como doente mental: perigosa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso.
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou,
§ 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a por erro no projeto ou na execução, dar-lhe causa:
autoridade competente, no prazo legal, internação que tenha Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não
admitido, por motivo de urgência, sem as formalidades legais. constitue crime contra a incolumidade pública.
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a Art. 30. Omitir alguem a providência reclamada pelo
três meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco Estado ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja
contos de réis, aquele que, sem observar as prescrições conservação lhe incumbe:
legais, deixa retirar-se ou despede de estabelecimento Pena – multa, de um a cinco contos de réis.
psiquiátrico pessoa nele, internada. Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa
Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora inexperiente, ou não guardar com a devida cautela
do caso previsto no artigo anterior, sem autorização animal perigoso:
de quem de direito: Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de réis.
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou
CAPÍLULO II corrida, ou o confia à pessoa inexperiente;
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia;
AO PATRIMÔNIO c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento segurança alheia.
empregado usualmente na prática de crime de furto: Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e via pública, ou embarcação a motor em aguas públicas:
multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Ar t. 25. Ter alguem em seu poder, depois de Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente
condenado, por crime de furto ou roubo, ou enquanto licenciado:
sujeito à liberdade vigiada ou quando conhecido como Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e
vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas ou alteradas multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

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Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações Art. 42. Perturbar alguem o trabalho ou o sossego alheios:
em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: I – com gritaria ou algazarra;
Pena – prisão simples, de quinze das a três meses, ou II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em
multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis. desacordo com as prescrições legais;
Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
vôos baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer IV – provocando ou não procurando impedir barulho
descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim: produzido por animal de que tem a guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou
obstáculo, determinado em lei ou pela autoridade e CAPÍTULO V
destinado a evitar perigo a transeuntes: DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou FÉ PÚBLICA
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: de curso legal no país:
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a transeuntes; Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que
b) remove qualquer outro sinal de serviço público. pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda:
Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
em lugar de uso comum, ou do uso alheio, coisa que Art. 45. Fingir-se funcionário público:
possa ofender, sujar ou molestar alguem: Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa,
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. de quinhentos mil réis a três contos de réis.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, Art 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de
sem as devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa função pública que não exerce; usar, indevidamente, de sinal,
que, caindo em via pública ou em lugar de uso comum distintivo ou denominação cujo emprêgo seja regulado por
ou de uso alheio, possa ofender, sujar ou molestar alguem. lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.916, de 2.10.1944)
Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o
vapor ou gás, que possa ofender ou molestar alguem: fato não constitui infração penal mais grave. (Redação
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. dada pelo Decreto-Lei nº 6.916, de 2.10.1944)

CAPÍTULO IV CAPÍTULO VI
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À
Art. 39. Participar de associação de mais de cinco ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
pessoas, que se reunam periodicamente, sob Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou
compromisso de ocultar à autoridade a existência, anunciar que a exerce, sem preencher as condições a
objetivo, organização ou administração da associação: que por lei está subordinado o seu exercício:
Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou
de trezentos mil réis a três contos de réis. multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
§ 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais,
de prédio que o cede, no todo ou em parte, para comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de
reunião de associação que saiba ser de carater secreto. manuscritos e livros antigos ou raros:
§ 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de
de aplicar a pena, quando lícito o objeto da associação. um a dez contos de réis.
Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou à
inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato escrituração de indústria, de comércio, ou de outra atividade:
oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis.
não constitue infração penal mais grave;
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou CAPÍTULO VII
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À
Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou POLÍCIA DE COSTUMES
perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar
produzir pânico ou tumulto: público ou acessivel ao público, mediante o pagamento
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou de entrada ou sem ele: (Vide Decreto-Lei nº 4.866, de
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 23.10.1942) (Vide Decreto-Lei 9.215, de 30.4.1946)

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Direito Penal - 9

Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, expõe à venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda,
de dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos introduz ou tonta introduzir na circulação, bilhete de loteria
da condenação à perda dos moveis e objetos de estadual, em território onde não possa legalmente circular.
decoração do local. Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os de loteria estrangeira:
empregados ou participa do jogo pessoa menor de Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de
dezoito anos. duzentos mil réis a um conto de réis.
§ 2º Incorre na pena de multa, de duzentos mil réis a Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe
dois contos de réis, quem é encontrado a participar do ou tem sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual,
jogo, como ponteiro ou apostador. em território onde esta não possa legalmente circular.
§ 3º Consideram-se, jogos de azar: Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura
c) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva de bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a
ou principalmente da sorte; loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular:
b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de
hipódromo ou de local onde sejam autorizadas; duzentos mil réis a dois contos de réis.
c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva. Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio
§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar ou avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular:
acessivel ao público: Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de
a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, cem a quinhentos mil réis.
quando deles habitualmente participam pessoas que não Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso,
sejam da família de quem a ocupa; de rádio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que
b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado de extração
e moradores se proporciona jogo de azar; de loteria, onde a circulação dos seus bilhetes não seria legal:
c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, Pena – multa, de um a dez contos de réis.
em que se realiza jogo de azar; Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo
d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo do bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua
de azar, ainda que se dissimule esse destino. realização ou exploração:
Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e
autorização legal: multa, de dois a vinte contos de réis.
Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos
de cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos mil réis a dois contos de réis, aquele que participa da loteria,
da condenação à perda dos moveis existentes no local. visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro.
§ 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou Art. 59. Entregar-se alguem habitualmente à ociosidade,
expõe à venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe
introduz ou tenta introduzir na circulação bilhete de assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à
loteria não autorizada. própria subsistência mediante ocupação ilícita:
§ 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses.
distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda,
ou meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção que assegure ao condenado meios bastantes de
de prêmio em dinheiro ou bens de outra natureza. subsistência, extingue a pena.
§ 3º Não se compreendem na definição do parágrafo Art. 60. Revogado pela Lei n. 11.983, de 2009.
anterior os sorteios autorizados na legislação especial. Art. 61. Importunar alguem, em lugar público ou
Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, acessivel ao público, de modo ofensivo ao pudor:
bilhete de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de
multa, de um a cinco contos de réis. embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe em perigo a segurança própria ou alheia:
à venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda, introduz Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou
ou tenta introduzir na circulação, bilhete de loteria estrangeira. multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor
estadual em território onde não possa legalmente circular: é internado em casa de custódia e tratamento.
Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:
um a três contos de réis. I – a menor de dezoito anos;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, II – a quem se acha em estado de embriaguez;

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10 - Polícia Civil do Estado de São Paulo

III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais; DISPOSIÇÕES FINAIS
IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas,
proibida de frequentar lugares onde se consome bebida caça e pesca, revogam-se as disposições em contrário.
de tal natureza: Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro
Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou de 1942.
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1941;
trabalho excessivo: 120º da Independência e 58º da República.
Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, GETULIO VARGAS.
de cem a quinhentos mil réis.
§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins
didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto
ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo.
§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o
animal é submetido a trabalho excessivo ou tratado
com crueldade, em exibição ou espetáculo público.
Art. 65. Molestar alguem ou perturbar-lhe a
tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovavel:
Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

CAPÍTULO VIII
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente:
I – crime de ação pública, de que teve conhecimento
no exercício de função pública, desde que a ação penal
não dependa de representação;
II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde
que a ação penal não dependa de representação e a
comunicação não exponha o cliente a procedimento criminal:
Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
Art. 67. Inumar ou exumar cadaver, com infração das
disposições legais:
Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta,
justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou
indicações concernentes à própria identidade, estado,
profissão, domicílio e residência:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de
um a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis, se o fato não constitue infração penal
mais grave, quem, nas mesmas circunstâncias, f ’az
declarações inverídicas a respeito de sua identidade
pessoal, estado, profissão, domicílio e residência.
Art. 69 (Revogado pela Lei nº 6.815, de 19.8.1980)
Pena – prisão simples, de três meses a um ano.
Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do
monopólio postal da União:
Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa,
de três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente.

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Legislação - 11

LEI N. 12.037, DE 1º DE OUTUBRO DE 2009

Constituição Federal, art. 5º, inciso LVIII

Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal.

O VICE – PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei.
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos
de identificação militares.
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competen-
te, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado
impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra
forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências
necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da
comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3 o, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material
biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 5o-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados de perfis
genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 1o As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos
ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e
internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 2o Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e
administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em
decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 3o As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial
firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações
não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu,
após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação
fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.
Art. 7o-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei para
a prescrição do delito. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 7o-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser
expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 2000.

Brasília, 1o de outubro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.


JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

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12 - Legislação

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