Desafio
Leia as histórias seguintes (ABC) com as quais se pode identificar e é-lhe
lançado o desafio para que construa a sua própria metáfora. Para este
desafio, precisa apenas de responder às duas questões seguintes:
1. Pense num momento no passado ou de alguém que conhece. Que momento, é o que mais se
assemelha à sua dificuldade atual?
2. Quais foram as dificuldades que encontrou e quais foram os recursos de superação que encontrou?
9. Em Hipnose – História A:
O desafio do lenhador
“Um jovem com grande habilidade e rapidez no corte de lenha, procurou
um mestre, o melhor cortador de lenha da região e pediu para ser aceito
como seu discípulo a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos. O mestre
concordou e passou a ensiná-lo. Não se passou muito tempo e o
discípulo julgou ser muito melhor que o mestre, desafiando-o para uma
competição em público.
– Não consigo entender, não parei de cortar lenha o dia todo, com toda
minha energia, e cada vez que eu olhava o senhor estava descansando!
O mestre respondeu:
Sorte e Riqueza
“Um filósofo passeava por um bosque com o seu discípulo. O tema da
conversa, naquela tarde, era sobre os encontros com que deparamos na
nossa vida. Ensinava o filósofo que um encontro é sempre uma surpresa
que nos mostra o novo, e o encanto das coisas que não conhecemos;
dos caminhos que podemos descobrir.
Um encontro é sempre uma oportunidade para aprender, para crescer e
para ensinar.
Num determinado momento, passavam em frente de um portal de
aparência miserável, que contrastava com uma propriedade bem situada
num parque de rara beleza.
“Olha este lugar, comentou o discípulo: é mesmo como o mestre diz:
muita gente está no paraíso, sem se dar conta disso. Num belo sítio
como este, vive-se miseravelmente.”
Mas o mestre explicou: “não podemos julgar à primeira vista: precisamos
verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as
causas que o fazem mover”.
Bateram à porta e foram recebidos pelos moradores do casebre: um
casal e três filhos, com as roupas sujas e rotas.
“Vocês vivem aqui no meio da floresta, não há nenhum comércio por aqui
perto”, – disse o mestre ao pai da família. “Como é que vocês
conseguem viver?”
‘meu amigo, respondeu o homem, – nós temos uma vaquinha, que nos
dá uns litros de leite todos os dias. Vendemos uma parte do leite e
compramos o que é necessário na cidade vizinha. Com uma outra parte
fazemos queijo e manteiga para comermos. E assim vamos vivendo e
Deus é servido.”
O filósofo agradeceu a hospitalidade e a informação e os dois
prosseguiram a sua viagem. Um pouco mais adiante, passaram ao lado
de um poço. Diz o filósofo ao aluno:
“Vai procurar a vaca daquele senhor e jogue-a no poço.”
“Como assim, se ele só tem aquela vaca para a sua sobrevivência?”
Mas o filósofo não deu resposta e o aluno lá foi procurar a vaca e jogou-a
no poço.
O discípulo nunca mais esqueceu aquela cena. Passados muitos anos,
quando já era um empresário de sucesso, o discípulo decidiu voltar ao
mesmo lugar, confessar àquela família o que tinha feito, pedir-lhe perdão
e ajudá-la financeiramente.
Mas qual não foi seu espanto ao ver aquele lugar transformado numa
bela quinta, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças
brincando no jardim. O homem ficou ainda mais desesperado pensando
que aquela humilde família tinha sido obrigada a vender a propriedade
para sobreviver. Apressou o passo e foi recebido por um caseiro muito
simpático.
“Para onde foi a família que aqui vivia há uns quinze anos?”
“Continua aqui, são eles os donos da quinta”, foi a resposta.
Surpreendido, quis falar com o proprietário. Este logo o reconheceu e
perguntou-lhe como estava o filósofo. Mas o discípulo estava ansioso por
saber como é que ele tinha conseguido melhorar a quinta e mudar tudo.
“Bem, disse ele – nós tínhamos uma vaca com que nos sustentávamos.
Acontece, porém, que ela caiu no poço e morreu. Então para manter a
família, tive que plantar uma horta com legumes. As plantas levavam
tempo para crescer e vi-me obrigado a cortar madeira para vender. Ao
fazê-lo tive que replantar as plantas e precisei comprar sementes. Ao
comprá-las, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que pudesse
cultivar algodão. Passei um ano difícil; mas, quando a ceifa chegou, eu já
estava vendendo legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca me tinha
dado conta do potencial que tinha aqui. Foi uma sorte danada aquela
vaca ter morrido!”
Fonte: Site: http://www.portalcmc.com.br/ ousar-para-mudar/ (Extraído do
livro “Códigos da Vida” de Legrand Editora: Soler Editora)
12. Em Hipnose – Aprenda a fazer a Auto-Hipnose:
Faça você próprio(a) o seu guião de auto-hipnose. Poder alterar o seu
estado de consciência sempre que desejar ou perante uma situação
urgente, sem precisar de outra pessoa ao seu lado, é fascinante. Entre
várias utilidades, poderá usar a auto-hipnose, para melhorar a
autoestima, melhorar a sua autoconfiança, ajudá-lo(a) a dormir melhor, a
se concentrar melhor, a alimentar-se melhor, a diminuir hábitos não
saudáveis, a controlar a dor e reduzir a ansiedade do dia-a-dia (Streeter,
2004). Mas o poder da auto-hipnose pode ir mais longe. Austin (2016)
refere que no passado, projetou um documentário – The face of Cancer
(O rosto do cancro) no Festival de Cannes, que evidenciou o poder da
auto-hipnose, em doenças terminais.
DICAS:
1. Use uma linguagem clara, simples, positiva, de motivação e de superação;
1. Evite palavras ou frases negativas e sem esperança;
4. Faça pausas entre as palavras e leia lentamente. Desta forma as palavras e a sua entoação vão
aprofundar mais o seu estado de transe ou de auto-hipnose.
5. Repita com frequência o seu guião e acredite que pode mudar-se de dentro para fora.
Imagine também o papel na sua frente, e ao mesmo tempo que lhe pega,
de forma confiante, para o ler, uma sensação de calma imensa inunda-
o(a) … Sente-se completamente relaxado(a) … A sua mente está alerta,
pronta para as questões … Sabe o que tem a fazer … E quando começa
o exame, quando é dado o sinal, imagine-se ali sentado(a), capaz de
recordar de tudo o que necessita daqueles livros, daqueles
apontamentos …. Bom …. Sente-se confiante e calmo(a), porque você
sabe, não sabe, que estudou muito? Você sabe as respostas; elas vêm-
lhe à memória, naturalmente, não é? …. A sua mente está calma e alerta
e focada no exame, não é?
E você sabe que o seu inconsciente, a sua mente, vai ser capaz de se
lembrar da informação que precisa, não é, para o seu exame, que vai ser
capaz de a escrever? … E à medida que avança no teste, vai ser capaz,
não é verdade, de responder a cada questão que tiver de responder?
Voçê sabe que está tudo na sua mente, que se pode recordar…. E que,
quando tiver acabado o exame, vai sentir-se tranquilamente relaxado(a)
e calmo(a)… Você sabe, não é verdade, que terá feito o seu melhor, que
terá respondido a todas as questões que tinha de responder, tão bem
quanto lhe é possível?… Vai continuar a sentir-se relaxado(a) e calmo(a)
… É uma boa sensação, não é verdade?
NOTA:
É normal, que se possa distrair com outros pensamentos. Se durante os
exercícios, tiver pensamentos, emoções ou sensações que lhe faça
desfocar-se do momento presente, volte, logo que possível, a sua
atenção, para o momento presente e para o exercício.
DICA:
Embora simples, estes exercícios requerem, decisão, esforço e
persistência. Com o tempo, vai desejar fazê-lo mais vezes! Pode
começar pelo mínimo tempo possível que deseje!
“Um início minful pode ajudá-lo(a) a preparar-se para o dia atarefado que
o(a) espera. De manhã, reserve mais tempo para se arranjar.
Abra os olhos.
Concentre-se na respiração.
Por fim, leve a sua atenção até ao pescoço, rosto e cabeça. Deixe a boca
relaxar. Sinta a cabeça como um grande peso na almofada e os seus
ombros a afundarem-se na cama.