Anda di halaman 1dari 16

LA HISTORIA ORAL.

ORIGEN, de
uá-
METODOLOGÍA, DESARROLLO ~es?

Y PERSPECTIVAS pee-
rse
an
Eugenia M E Y E R
ma
y
es
A l i c i a O L I V E R A DE B O N F I L
del
Instituto Nacional de Antropología
era
e Historia
ífe-

ón
D E S D E LAS PRIMERAS tablas de a r c i l l a c o n escritura cuneifor-
los
me, e l p a p i r o a l e j a n d r i n o o los manuscritos medievales, hasta
ra-
la i n v e n c i ó n de la i m p r e n t a , el p r o p ó s i t o ó p t i m o de l a his-
ice
t o r i a h a sido l a c o m u n i c a c i ó n como m e d i o para comprender
tos
al h o m b r e .
io-
T o d a l a h i s t o r i a se refiere a ideas, a palabras q u e trans-
ic-
m i t e n u n pensamiento y ello es l o que hace de l a t é c n i c a
m-
de l a h i s t o r i a o r a l , u n c o m p l e m e n t o de otras t é c n i c a s , ya tra-
lel
dicionales, de las q u e se vale e l h i s t o r i a d o r .
la-
E l h i s t o r i a d o r que hace l a h i s t o r i a o r a l , se distingue, t a n
as
sólo, e n q u e a l realizar sus entrevistas, l o hace c o n e l f i n
as
de q u e a l g u i e n e n e l f u t u r o las emplee. Por ello, l a h i s t o r i a
)n
o r a l i m p l i c a ciertos problemas y obligaciones; se convierte
de hecho en u n sistema e x t r a c t o r de recuerdos, de ideas y
ri-
memorias q u e c o n t r i b u y e n a conocer m e j o r l a H i s t o r i a .
lo
Sin embargo, debe insistirse, p o r m á s q u e parezca i m p l í - 3S
cito, en q u e l a h i s t o r i a o r a l n o s ó l o es ú t i l a l h i s t o r i a d o r , ya U-
q u e p u e d e aplicarse con todo é x i t o en e l campo de l a m e d i - r .
c i ñ a , de l a p s i c o l o g í a , de las ciencias, etc.
Lo q u e l a h i s t o r i a o r a l pretende, es recolectar un mate- •a
r i a l v i r g e n q u e p o d r á ser u t i l i z a d o posteriormente. D e hecho o
p r o p o r c i o n a u n a d o c u m e n t a c i ó n d i s t i n t a p a r a el conocimien- o
to h i s t ó r i c o , y q u i z á a l l í es en d o n d e se d e l i m i t a n e n parte e l n
v a l o r de conferencias, discursos, etc., puesto q u e ese m a t e r i a l í-

372
L A HISTORIA ORAL 373

n o es nuevo o desconocido, sino p o r el c o n t r a r i o , es el re-


s u l t a d o de u n estudio, de u n a m e d i t a c i ó n o de u n a investi-
gación.
D e hecho l a h i s t o r i a o r a l viene a enriquecer, y a l m i s m o
t i e m p o a c o m p l i c a r u n poco l a tarea d e l h i s t o r i a d o r , a l p r o -
p o r c i o n a r u n m a t e r i a l generalmente fresco, desprovisto de
s o f i s t i c a c i ó n o de d e p u r a c i ó n .

Origen

E l acelerado desarrollo de l a t e c n o l o g í a m o d e r n a , h a ve-


n i d o a c a m b i a r y a r e v o l u c i o n a r en parte e l oficio d e l his-
toriador.
C o n las grabadoras modernas, aparecidas en los a ñ o s cua-
rentas, l o q u e se ha p o d i d o realizar es l a p r e s e r v a c i ó n d e l
m é t o d o l o g o g r á f i c o , q u e H e r o d o t o , el padre de l a H i s t o r i a ,
e m p l e a r a hace ya t a n t o t i e m p o .
E n g r a n m e d i d a , l a h i s t o r i a o r a l es el c o n j u n t o de entre-
vistas con personajes destacados de l a h i s t o r i a , o con i n d i v i -
duos que f u e r o n testigos de hechos fundamentales, en d o n d e
la f u n c i ó n d e l h i s t o r i a d o r debe ser l a de rescatar tales testi-
monios.
E l o r i g e n estricto de l a h i s t o r i a o r a l , se debe a l historia-
d o r n o r t e a m e r i c a n o , A l i a n Nevins, profesor de l a U n i v e r s i -
d a d de C o l u m b i a , q u i e n a l estar elaborando u n a investiga-
c i ó n sobre G r o o v e r C l e v e l a n d * (la que p o s t e r i o r m e n t e ob-
t e n d r í a el p r e m i o P u l i t z e r ) , c o m p r e n d i ó l a i m p o r t a n c i a de
rescatar vivencias personales de muchos de los c o n t e m p o r á -
neos del presidente b i o g r a f i a d o . Personas cuya edad avan-
zada r e q u e r í a de u n a a r d u a l a b o r , precisa y urgente. D e a l l í ,

i A L L A N NEVINS, Groover Cleveland. A history in courage, Dodd,


Mead and Co., Nueva York, 1933. Nevins ha publicado algunos artícu-
los sobre historia oral y hace m e n c i ó n especial al tema en The Gateway
to history, Anchor Books, Doubleday and Co., Nueva York, 1963.
374 EUGENIA MEYER Y ALICIA OLIVERA DE B O N F I L

q u e decidiera entrevistarlos y grabar e l resultado de sus reu-


niones.
A n t i g u a m e n t e , l a gente e s c r i b í a diarios o i n t e r c a m b i a b a
correspondencia y g r a n p a r t e de ese m a t e r i a l es el q u e los
historiadores empleamos e n nuestras investigaciones. Mate-
r i a l q u e e s t á basado precisamente en recuerdos o versiones
personales de los acontecimientos q u e p e r m i t e recrear e l pa-
sado. S i n embargo, a l paso d e l t i e m p o , c o n l a agitada v i d a
m o d e r n a , esta fuente d o c u m e n t a l tiende a desaparecer d e
m a n e r a alarmante.
E n l u g a r de l a p l u m a y e l papel, e l h o m b r e u t i l i z a e l te-
l é f o n o , e l t e l é g r a f o y a l r i t m o de l a era s u p e r s ó n i c a , las gra-
badoras h a n v e n i d o a l l e n a r u n a necesidad f u n d a m e n t a l " ya
que p e r m i t e n l a c o m u n i c a c i ó n r á p i d a y efectiva entre los
seres humanos; sea e n e l c a m p o de los negocios, sea en e l de
la ciencia o l a t é c n i c a .
Fue p o r t o d o esto, q u e en 1948, Nevins, entusiasmado c o n
sus p r i m e r o s resultados, o r g a n i z ó e n C o l u m b i a l a Oral His¬
tory Research Office.
Poco a poco, e l i n t e r é s p o r esta especialidad fue e n au-
2
mento. E l m a t e r i a l r e c o p i l a d o e incluso rescatado e n e l
c a m p o d e l arte, l a h i s t o r i a , las ciencias, l a a n t r o p o l o g í a y l a
p o l í t i c a , c o n t r i b u y e h o y d í a a u n a c o m p r e n s i ó n m á s aguda
y precisa d e l acontecer h i s t ó r i c o . A u n q u e debe advertirse q u e
e n muchos casos l o q u e d e f i n i m o s como h i s t o r i a o r a l , n o es
sino s o c i o l o g í a o r a l , politología oral, e c o n o m í a oral y así
sucesivamente, rastros q u e e n u n m o m e n t o dado p a s a r á n a
f o r m a r p a r t e de l a H i s t o r i a .

2 Puede consultarse la bibliografía exhaustiva del tema organizada


por D O N A L D J . SCHIPPERS y A D E L A I D E G . T U S L E R , A bibliography of Oral
History, Oral History Association, Miscelaneous Publications, N ú m . 1,
1967. Asimismo, se recomienda la lectura del artículo de C L I F F O R D
L . L O R D , IS oral history really worthwhile? Ideas in conflict. A colloquium
on certain problems in the historical society work in the United States
and Canada, American Association for State and Local History, Harris-
burgh, 1 9 5 8 , pp. 17-57.
LA HISTORIA ORAL 375

L a h i s t o r i a o r a l , debe basarse de m a n e r a e s p e c í f i c a en
lo q u e n o se h a d i c h o o escrito; en aquello que pueda con-
t r i b u i r a l c o n o c i m i e n t o ya existente. Por ello q u i z á , cuando
se entrevista a u n escritor, surgen preguntas q u e a ú n n o tie-
n e n u n a respuesta clara, precisa. L o escrito, muchas veces
e x p l i c a l o q u e p a s ó , pero n o el p o r q u é s u c e d i ó y es a q u í en
d o n d e l a h i s t o r i a o r a l puede hacer su a p o r t a c i ó n .
Los historiadores hemos estado entrevistando gente p o r
cientos de a ñ o s . L a diferencia f u n d a m e n t a l pues, c o n l a his-
t o r i a o r a l , estriba en q u e generalmente el h i s t o r i a d o r entre-
vista gente para sus p r o p ó s i t o s propios, específicos, i n d i v i -
duales, y a q u e l que hace h i s t o r i a o r a l " o r t o d o x a " , está re-
u n i e n d o u n a g r a n c a n t i d a d de datos que posiblemente ser-
v i r á a otros investigadores.

Metodología y aplicabilidad

U n a entrevista puede definirse brevemente como la con-


v e r s a c i ó n e n t r e dos o m á s personas, con u n a f i n a l i d a d con-
creta, que p o r o t r a parte e s t á encaminada a obtener cierta
información.
De acuerdo con las ciencias sociales, existen entrevistas
3
d i r i g i d a s , estructuradas, controladas, guiadas y n o guiadas.
Es l a f o r m a en q u e el entrevistador conduce su entrevista
la q u e le da su c a r á c t e r p a r t i c u l a r , p e r m i t i e n d o a l entrevis-
tado n a r r a r sus experiencias, sus puntos de vista, etc. Las
entrevistas p u e d e n realizarse m e d i a n t e u n cuestionario pre-

3 F E L I P E PARDINAS, Metodología y técnicas de investigación en cien-


cias sociales. Introducción elemental, Siglo X X I Editores, S. A. (Socio-
logía y política) , México, 1969. J A N VANSINA, La tradición oral, Nueva
Colección Labor, Barcelona, Madrid, Buenos Aires, R í o de Janeiro, Mon-
tevideo, México, 1 9 6 6 . Dentro de los métodos de entrevista se puede
emplear también el conocido como rapid fire quiestioning, o ráfaga
de preguntas. Muchas y muy directas, pero su aplicación es casi impo-
sible dentro del campo de la historia oral, ya que se confunde al en-
trevistado.
376 EUGENIA MEYER Y ALICIA OLIVERA D E BONFIL

v i a m e n t e elaborado ( d i r i g i d a s ) , o p o r e l c o n t r a r i o p e r m i t i r
q u e l a espontaneidad d e l sujeto entrevistado se manifieste
con toda libertad (no d i r i g i d a s ) .
D e hecho, l a e x p e r i e n c i a h a v e n i d o a demostrar q u e n o
h a y normas c a t e g ó r i c a s para realizar u n a entrevista, t o d o de-
pende d e l sujeto entrevistado. Es decir: e l m é t o d o e s t á con-
d i c i o n a d o p o r e l p r o b l e m a o problemas concretos q u e se pue-
d a n presentar.
Resulta o b v i o m e n c i o n a r q u e e n e l campo d e l a h i s t o r i a
o r a l , se usa b á s i c a m e n t e e l m é t o d o de entrevista focalizada,
q u e , de acuerdo c o n l o s e ñ a l a d o p o r M e r t o n y K e n d a l l e n
1956, r e q u i e r e de u n a " e x p e r i e n c i a y h a b i l i d a d especial p o r
p a r t e de q u i e n realiza l a entrevista".*
Se d e n o m i n a focalizada a l a entrevista q u e e s t á circuns-
c r i t a a experiencias objetivas, actitudes y respuestas emocio-
nales de situaciones particulares.
L a entrevista, cuya f i n a l i d a d es e l rescate de i n f o r m a c i ó n
con v a l o r h i s t ó r i c o , debe basarse e n u n a p r e p a r a c i ó n p r e v i a
p o r parte de q u i e n h a b r á de realizarla, de t a l suerte, q u e n o
a b r u m e a l entrevistado c o n cuestiones conocidas o intrascen-
dentes. Entonces, e l entrevistador debe conocer a su entre-
vistado, y saber a conciencia l o q u e q u i e r e ; debe tener u n pro-
g r a m a y esto o b l i g a a q u e se emplee m u c h í s i m o m á s t i e m p o
e n p r e p a r a r u n a entrevista q u e e n realizarla, e n "empaparse
del personaje", antes de comunicarse c o n é l .
E l entrevistador tiene q u e d e f i n i r c o n c l a r i d a d aquellos
temas particulares o generales q u e pretende tratar y si tiene
i n t e r é s e n saber las o p i n i o n e s actuales d e l entrevistado o
ú n i c a m e n t e i n t e n t a ocuparse de u n c a m p o concreto.
E l q u e entrevista d e b e r á i n s p i r a r l e confianza a l entre-
vistado, a m é n de e n t e r a r l o d e su p r o p ó s i t o , estableciendo
u n a r e l a c i ó n d i r e c t a c o n a q u é l ; despertar su confianza y so-
bre t o d o , e l deseo de t r a n s m i t i r sus experiencias, sus conoci-
m i e n t o s , etc.; y debe abstenerse de expresar o p i n i o n e s per-

< R. K . MERTON y PATRICIA KENDALL, "The Focused Interview".


American Journal of Sociology, L I , pp. 541-542.
L A HISTORIA ORAL 377

sonales q u e i n f l u y a n o v a r í e n e l p u n t o de vista d e l sujeto


entrevistado.
A l r e l a t a r e l entrevistado esas experiencias, "sus experien-
cias", es i m p o r t a n t e que é s t e sienta q u e n o está h a b l a n d o a
u n m i c r ó f o n o , a u n a u d i t o r m e c á n i c o , deshumanizado; sino
a a l g u i e n q u e verdaderamente tiene i n t e r é s en escucharlo.
P o r t o d o esto, se recomienda realizar l a entrevista en el me¬
d i o a m b i e n t e f a m i l i a r para e l entrevistado, l o que p e r m i t i r á
a é s t e u n a m a y o r l i b e r t a d de e x p r e s i ó n .
Se considera que generalmente las entrevistas n o deben
ser demasiado largas, pues l a " v í c t i m a " se fatiga. S i n embar-
go, m u c h o s de los sujetos a quienes hemos entrevistado, e n t u -
siasmados c o n su p l á t i c a , p r e f i e r e n c o n t i n u a r .
Las entrevistas p u e d e n hacerse e n serie, pero ello i m p i d e
l a espontaneidad. S i n embargo, l a r e a l i d a d es que, como ano-
tamos a n t e r i o r m e n t e , n o existe u n m é t o d o o m a n u a l de en-
trevistas, ya q u e cada i n d i v i d u o entrevistado, insistimos, es
u n sujeto d i s t i n t o , ú n i c o , y p o r l o t a n t o representa u n a nue-
va e x p e r i e n c i a .
E n c u a n t o a q u i é n e s son entrevistables, s i n d u d a , pode-
mos hacer u n a g e n e r a l i z a c i ó n q u e consiste en a f i r m a r q u e
las entrevistas m á s difíciles, son las q u e se realizan a espe-
cialistas o investigadores a quienes su p r e p a r a c i ó n ha trans-
f o r m a d o . L a gente sencilla, menos e v o l u c i o n a d a cultural¬
m e n t e , es m á s accesible para l a entrevista. Recordemos, sin
e m b a r g o , q u e ya T u c í d i d e s d e c í a con cierta a m a r g u r a (al
r e f e r i r sus esfuerzos p o r h i s t o r i a r las guerras d e l Peloponeso),
q u e se h a b í a t o p a d o con u n a a r d u a y c o m p l e j a labor, pues-
to q u e los testigos presenciales de los mismos acontecimien-
tos, d a b a n versiones subjetivas: ya l o q u e recordaban, ya l o
q u e q u e r í a n hacer creer, ya l o que les c o n v e n í a que se creyese.
Es p o r e l l o q u e se considera a l entrevistador como u n
fiscal, que d e b e r á poseer v a l o r ante lo imprevisto, control
sobre u n a s i t u a c i ó n diferente, etc. C o n o c i e n d o a su sujeto,
l l e g a r á e n ciertos casos a e m p l e a r i n c l u s o l a j e r g a d e l lengua-
je p r o p i a d e l entrevistado y p e r s u a d i r l o a q u e refiera todos
los detalles, p o r m á s simples y poco i m p o r t a n t e s q u e éstos le
378 EUGENIA MEYER Y A L I C I A OLIVERA DE B O N F I L

p u d i e r a n parecer y q u e a otros les p o d r á n resultar revela-


dores.
Sin embargo, francamente debemos reconocer q u e l a en-
trevista presupone riesgos: l a m e n t i r a v o l u n t a r i a , l a distor-
s i ó n de los hechos, o i n c l u s o l a edad avanzada d e l sujeto
entrevistado cuya m e m o r i a puede fallar, l l e v á n d o l e p o r con-
secuencia a u n proceso selectivo, equivocado o d e f o r m a d o de
los hechos q u e relata.
P e r s i s t i r á siempre, p o r sobre todas las objeciones, e s t í m u -
los, depuraciones y selecciones, l a d u d a de haber llegado real-
mente a l a v e r d a d h i s t ó r i c a .
A u n q u e e l m é t o d o de l a entrevista es b á s i c a m e n t e el
elemento f u n d a m e n t a l c o n s t i t u t i v o de los acervos de h i s t o r i a
o r a l , existen otras posibilidades secundarias: las mesas redon-
das, las conferencias, los m o n ó l o g o s e s p o n t á n e o s , las inter-
pretaciones musicales improvisadas, los corridos populares
t r a s m i t i d o s de g e n e r a c i ó n en g e n e r a c i ó n , etc.
L a h i s t o r i a o r a l , p o r o t r a parte tiene u n c o m p r o m i s o tá-
c i t o y u r g e n t e : rescatar e l m a y o r n ú m e r o de m a t e r i a v e r b a l ,
q u e n o se h a escrito, q u e n o se e s c r i b i r á , ya sea p o r circuns-
tancias de e d u c a c i ó n , de t i e m p o , p o r escasez de posibilidades,
p o r cuestiones de o r d e n p o l í t i c o , etc. Este m a t e r i a l , llevado
a l a c i n t a m a g n e t o f ó n i c a p r e s e r v a r á testimonios de v a l o r i n -
d i s c u t i b l e para e l h i s t o r i a d o r . Baste como b o t ó n de muestra,
i m a g i n a r l o q u e h u b i e r a n p o d i d o decir los soldados de l a
C o n q u i s t a y los aztecas ya vencidos; o las experiencias que
p o d r í a n r e l a t a r las huestes de H i d a l g o ; o e l d r a m a de los
citadinos c o n l a o c u p a c i ó n n o r t e a m e r i c a n a d e l 47; o las ex-
periencias de u n soldado en el d r a m á t i c o proceso de l a l u -
cha r e v o l u c i o n a r i a .
T o d o s estos testimonios ahora perdidos, d a r í a n q u i z á u n a
nueva i m a g e n , u n a i m p r e s i ó n d i s t i n t a de l a h i s t o r i a , que en
parte p o d r í a enriquecerse, ya n o t a n s ó l o con l a e r u d i c i ó n
de u n h i s t o r i a d o r d e l pasado, de u n cronista o de u n narra-
d o r p r e t é r i t o ; sino q u e p o d r í a m o s rehacer nuestra tarea his-
t ó r i c a - q u e n o es sino u n deseo siempre insatisfecho p o r com-
prender la vivencia h u m a n a - en la versión del hombre
L A HISTORIA ORAL 379

c o m ú n , en sus sentimientos y emociones, desprovistos d e l ba-


gaje q u e i m p l i c a l a c u l t u r a .
T r a t a n d o de ser objetivos, reconocemos que al plasmar
en u n p a p e l nuestras ideas, éstas se t r a n s f o r m a n , puesto q u e
d o m i n a nuestra i n t e n c i ó n de darles u n sentido m á s l i t e r a r i o
q u e l i t e r a l . A d e m á s , si se acepta l a idea de que el historia-
d o r e n c u e n t r a en su l a b o r de b ú s q u e d a l o que realmente
desea encontrar, el m a t e r i a l u t i l i z a d o tiene u n valor subje-
t i v o . S i n embargo, si este m a t e r i a l se conserva íntegro per-
m i t i r á a u n o y o t r o estudioso d e l tema, ahora y m a ñ a n a ,
observar, estudiar, analizar y c o m p r e n d e r de manera dife-
r e n t e cada vez u n m i s m o proceso h i s t ó r i c o .
L a h i s t o r i a o r a l i m p l i c a u n a l a b o r m u y c o m p l e j a y suma-
m e n t e costosa. A u n q u e n o t o d o el m a t e r i a l pueda ser p u b l i -
cado luego de realizar u n a entrevista, ésta se debe transcri-
b i r y corregir, q u i z á p u l i r en parte, e v i t a n d o que pierda su
o r i g i n a l i d a d y a u t e n t i c i d a d como t e s t i m o n i o ; a u n q u e sí per-
m i t i e n d o su m e j o r c o m p r e n s i ó n .
G e n e r a l m e n t e las transcripciones se e n v í a n al sujeto en-
trevistado, q u i e n muchas veces se sorprende de l o que d i j o
a l c a l o r de l a p l á t i c a ; otras, puede a ñ a d i r datos o corregir
errores de fechas o de nombres, que incluso v i e n e n a au-
m e n t a r l a i n f o r m a c i ó n . Esto sucede especialmente con los
i n d i v i d u o s de edad avanzada, quienes creen haber d i c h o algo
q u e n o d i j e r o n ; a l leer l a t r a n s c r i p c i ó n pueden i n c o r p o r a r
una nueva i n f o r m a c i ó n .
Sin embargo, debe tomarse en cuenta u n factor psicoló-
gico d e t e r m i n a n t e en este c a m p o y es que el sujeto infor-
m a n t e generalmente desea conservar su i n t i m i d a d . Por ello,
en muchas ocasiones se r e a l i z a n largas entrevistas, de d í a s , de
horas, de semanas incluso, en q u e podemos t o m a r notas pero
en d o n d e n o podemos i n t r o d u c i r u n a g r a b a d o r a que auxi-
l i a r í a en m u c h o s nuestra l a b o r y e v i t a r í a l a ausencia de deta-
lles, de errores o de olvidos.
Este es el verdadero p r o b l e m a con que se enfrenta el his-
t o r i a d o r q u e pretende enriquecer u n acervo de h i s t o r i a o r a l :
l o g r a r q u e l a gente, a d e m á s de p r o p o r c i o n a r información,
380 EUGENIA M E Y E R Y A L I C I A OLIVERA DE B O N F I L

acepte "dejarse grabar", puesto q u e los apuntes, a u n q u e casi


sean textuales, n u n c a p o d r á n resultar t a n fieles como u n a
g r a b a c i ó n í n t e g r a de l a c o n v e r s a c i ó n .
M u c h a s veces, e l obtener versiones i n m e d i a t a s de los he-
chos o c u r r i d o s , evita l a d i s t o r s i ó n , los cambios, etc. Sin em-
bargo, l a entrevista, l a g r a b a c i ó n y l a posible y eventual
p u b l i c a c i ó n , conducen a u n p r o b l e m a legal. E n ocasiones
existe e n e l sujeto entrevistado t e m o r a que se d i v u l g u e su
i n f o r m a c i ó n , y para ello tendremos q u e r e c u r r i r a remedios
temporales, es decir, a l a clausura t e m p o r a l de u n a i n f o r m a -
c i ó n , c o n d i c i ó n que, a u n q u e n o es d e l t o d o deseable, p e r m i t e
rescatar u n m a t e r i a l , de o t r a suerte, p e r d i d o .
S ó l o brevemente mencionaremos e l p r o b l e m a legal que
aparece i m p l í c i t o . » T r e s son f u n d a m e n t a l m e n t e los casos que
p u e d e n afectar el b u e n desarrollo de esta n u e v a t é c n i c a his-
t ó r i c a : a) l a d i f a m a c i ó n ; b) l a v i o l a c i ó n de l a v i d a p r i v a d a d e l
i n d i v i d u o entrevistado, y c) los derechos de a u t o r , a l p u b l i -
carse l a entrevista.
E l entrevistado tiene d e f i n i t i v a m e n t e el derecho de deci-
d i r si acepta q u e su entrevista se p u b l i q u e o n o ; si l a i n f o r -
m a c i ó n q u e p r o p o r c i o n a está abierta a u n p ú b l i c o en general, o
si se destinara ú n i c a m e n t e para uso de los investigadores.
Puede t a m b i é n l i m i t a r algunas partes de l a g r a b a c i ó n ,
pero c o n t o d o , l a i n f o r m a c i ó n siempre se c o n s e r v a r á y ten-
d r á v a l o r p a r a futuras investigaciones.
Si a l entrevistado se le hacen saber esos derechos con t o d a
a n t i c i p a c i ó n , se p o d r á evitar que surja su angustia, q u e dado
e l caso, le i m p e d i r í a a d q u i r i r confianza para c o m u n i c a r he-
chos o i n c i d e n t e s ; d e l o t r o m o d o , se p r o p i c i a n m a y o r liber-
tad, franqueza y espontaneidad en l a entrevista.
Se le debe hacer saber i g u a l m e n t e , q u e p o d r á leer una
c o p i a t r a n s c r i t a de l a entrevista y que l a i n s t i t u c i ó n que rea-

5 Aunque se refiere a las condiciones en los Estados Unidos, se reco-


mienda la lectura de la ponencia de E . Douglas Hamilton en el 2? Co-
loquio Nacional de Historia Oral efectuado en 1967 en Harriman, Nue-
va York: Oral history and the law of libel. T h e Oral history Asso-
ciation, Nueva York, 1968, pp. 41-56.
L A HISTORIA ORAL 381

liza l a l a b o r h i s t ó r i c a , es s ó l i d a y con i n t e g r i d a d m o r a l , ase-


g u r a n d o con ello que el m a t e r i a l que p r o p o r c i o n e n o será
m u t i l a d o o tergiversado. A s i m i s m o se le d i r á q u e n i n g ú n ma-
t e r i a l s e r á p u b l i c a d o sin su p r e v i o c o n s e n t i m i e n t o .
E n c u a n t o a las cintas grabadas en sí, se ha d i s c u t i d o
m u c h o , especialmente en los coloquios de h i s t o r i a o r a l sos-
6
tenidos en los Estados U n i d o s , si ya t r a n s c r i t o e l m a t e r i a l ,
é s t e debe conservarse o borrarse, o conservar, q u i z á , u n a pe-
q u e ñ a parte q u e i d e n t i f i q u e l a voz d e l sujeto entrevistado.
E n cada proyecto de h i s t o r i a o r a l se h a n t o m a d o medidas
diferentes a l respecto, dadas las posibilidades e c o n ó m i c a s y
las de c o n s e r v a c i ó n física d e l m a t e r i a l . Nosotros juzgamos
q u e resulta m e j o r conservar las grabaciones í n t e g r a s , a ma-
nera de a r c h i v o sonoro, en las condiciones adecuadas para
su p r e s e r v a c i ó n .

Desarrollo del campo de la historia oral en México

En el caso concreto de M é x i c o , el o r i g e n de l a h i s t o r i a
o r a l se r e m o n t a a 1959, cuando e l profesor W i g b e r t o J i m é -
nez M o r e n o , a l a s a z ó n jefe d e l D e p a r t a m e n t o de Investiga-
ciones H i s t ó r i c a s d e l I n s t i t u t o N a c i o n a l de A n t r o p o l o g í a e
H i s t o r i a , d e c i d i ó organizar u n a r c h i v o sonoro, c o n o b j e t o de
recabar y preservar testimonios vivos de personajes destaca-
dos, t a n t o e n e l c a m p o p o l í t i c o como en e l m i l i t a r , durante
la R e v o l u c i ó n de 1910.

* E l auge de la Historia Oral se pone de manifiesto si considera-


mos que ya se han celebrado cinco coloquios en esta especialidad; se ha
integrado una Asociación de Historia Oral y de acuerdo con la in-
formación que ella proporciona, existen en los Estados Unidos 250 pro-
gramas de historia oral en más de 70 instituciones académicas. L a téc-
nica empieza a difundirse en Canadá, Francia, Inglaterra e Israel. Asi-
mismo, este vertiginoso desarrollo, ha llevado a los especialistas a
considerar los primeros proyectos de que se incluya la filmación de la
entrevista, proporcionando de esta manera una entrevista que llene los
aspectos visuales y sonoros
382 EUGENIA MEYER Y ALICIA OLIVERA DE B O N F I L

Sin embargo, e x i s t í a ya desde t i e m p o a t r á s u n departa-


m e n t o de grabaciones e n e l Museo de A n t r o p o l o g í a , reorga-
nizado p o r T h o m a s Stanford, a s í como u n a r e c o p i l a c i ó n de
m ú s i c a f o l k l ó r i c a , realizada c o n g r a n acierto p o r R a ú l Hel¬
mer, para e l I n s t i t u t o N a c i o n a l de Bellas Artes.
M á s tarde, entre 1964 y 1965, James y E d n a W i l k i e h i -
c i e r o n u n a serie de entrevistas, q u e e n f o r m a de l i b r o , f u e r o n
7
p u b l i c a d a s . Debemos m e n c i o n a r t a m b i é n los discos de l a
U n i v e r s i d a d N a c i o n a l , conocidos como " V o z V i v a de M é x i -
co", y, a u n q u e c o n reservas, l a reciente p u b l i c a c i ó n de P í n -
8
daro U r i ó s t e g u i .
De m a n e r a e s p o r á d i c a t a m b i é n , h a n aparecido entrevistas
o d i á l o g o s grabados e n p e r i ó d i c o s , revistas, etc. S i n embargo,
n o es sino hasta 1968, c u a n d o e l A r c h i v o Sonoro d e l Departa-
mento de Investigaciones Históricas, se r e o r g a n i z ó , de t a l
suerte q u e se p u d o i n i c i a r u n a i n t e n s i v a l a b o r de recopila-
c i ó n de m a t e r i a l , d á n d o s e preferencia a los sobrevivientes de
al gesta r e v o l u c i o n a r i a , puesto q u e e l elemento t i e m p o , en
estos casos, es f u n d a m e n t a l .
A s i m i s m o , a q u e l proyecto i n i c i a l se e x t e n d i ó a otros cam-
pos, ya q u e p u d o comprobarse q u e e l m a t e r i a l de h i s t o r i a
o r a l e n nuestro p a í s era t a n r i c o como v a r i a d o y q u e n o
p o d í a m o s r e s t r i n g i r l o a l a h i s t o r i a r e v o l u c i o n a r i a como t a l ,
sino a buscar los elementos h i s t ó r i c o s generales q u e d e b í a n
rescatarse.

t JAMES W . WILKIE y EDNA MONZÓN DE W I L K I E , México, visto en


el siglo XX. Entrevistas de historia oral, Instituto Mexicano de Investi-
gaciones Económicas, México, 1969.
s PÍNDAEO U R I Ó S T E G U I M I R A N D A , Testimonio del proceso revoluciona-
rio de México, Argrin, E l Autor, México, 1970. Se acusa en esta obra
falta de técnica así como cierto descuido en la información comple-
mentaria, v. gr.: nombres, fechas, etc., y en general perpetúa la versión
institucionalizada de la Historia de la Revolución, sin corregir n i apor-
tar nada novedoso. Además, tuvimos la oportunidad de dialogar con
uno de los entrevistados, el Sr. Nicolás Bernal, el cual nos aseguró que
por lo menos la versión de él, fue corregida y mutilada. Todo lo cual
invalida de base este trabajo.
L A HISTORIA ORAL 383

F u e p o r ello, que empezaron a realizarse entrevistas sin


u n c a m p o o especialidad definidos. L o i m p o r t a n t e - j u z g a -
mos entonces— era el rescate d e l m a t e r i a l para darle poste-
r i o r m e n t e u n a a p l i c a c i ó n en el campo de l a i n v e s t i g a c i ó n
histórica.
Se s i g u i ó pues, u n a p o l í t i c a f l e x i b l e en cuanto a las trans-
cripciones y a las posibles publicaciones. Es p o r eso que aun-
q u e e l acervo ha i d o a u m e n t a n d o considerablemente, n o
todas las grabaciones se h a n t r a n s c r i t o n i m u c h o menos p u -
b l i c a d o ; p a r a esto ú l t i m o nos hemos visto forzados a emplear
u n c r i t e r i o selectivo.
Desde 1970, se i n s t i t u y ó d e n t r o de las publicaciones del
9
I N A H , u n a serie p r o p i a d e l A r c h i v o Sonoro; serie q u e pre-
tende d i f u n d i r este m a t e r i a l h i s t ó r i c o - i n f o r m a t i v o , n o sólo
e n t r e profesionales, sino entre el p ú b l i c o e n general y par-
t i c u l a r m e n t e entre los estudiantes. E l l o nos d e c i d i ó a p u b l i -
carlos en f o r m a de folletos de fácil a d q u i s i c i ó n , p o r su bajo
costo, a d e m á s de que consideramos que u n a p u b l i c a c i ó n bre-
ve p o d r í a tener m a y o r p o s i b i l i d a d de ser l e í d a , q u e u n grue-
so v o l u m e n q u e r e u n i e r a varias entrevistas.
C a d a entrevista p u b l i c a d a h a seguido l a n o r m a de llevar
u n p r ó l o g o i n t r o d u c t o r i o que p r o p o r c i o n e datos acerca del
entrevistado, t r a t a n d o de q u e éste se l i m i t e a i n f o r m a r y n o
a p r e j u i c i a r a l lector. E n los casos en que l o amerita, se
h a n i n c l u i d o datos aclaratorios, anexos y a p é n d i c e s con do-
cumentos relacionados con l a entrevista, o poco conocidos
hasta entonces.

9 L a serie del Archivo Sonoro del I N A H incluye: Emest Gruening,


experiencias y comentarios sobre el México Post-Revolucionario (entre-
vista por Eugenia Meyer) . I N A H . Archivo Sonoro 1, México, 1970.
Miguel Palomar y Viicarra y su interpretación del conflicto religioso
de 1926 (entrevista por Alicia Olivera de Bonfil) . I N A H , Archivo So-
noro 2, México, 1970. Jesús Sotelo Incldn y sus conceptos sobre el mo-
vimiento zapatista (entrevista por Alicia Olivera de Bonfil y Eugenia
Meyer) . I N A H , Archivo Sonoro 3, México, 1970. Gustavo Baz y sus jui-
cios como revolucionario, médico y político (entrevista por Alicia Oli-
vera de Bonfil y Eugenia Meyer) . I N A H , Archivo Sonoro 4, México,
1971.
384 EUGENIA M E Y E R Y A L I C I A OLIVERA DE B O N F I L

D e acuerdo con nuestra experiencia, las entrevistas deben


hacerse s i n e n v i a r con a n t i c i p a c i ó n u n cuestionario q u e deli-
m i t a r í a l a espontaneidad y h a r í a que el entrevistado estudia-
r a sus respuestas. ( T a l es, q u i z á , el defecto q u e sufren las
entrevistas de los W i l k i e . R e s u l t a n demasiado depuradas,
demasiado estudiadas y a veces los criterios vertidos e n ellas
se a n t o j a n oficialistas.)
A u n q u e las l i m i t a c i o n e s e c o n ó m i c a s (que parecen ser el
c o m ú n d e n o m i n a d o r de todos los proyectos de h i s t o r i a o r a l ) ,
n o p e r m i t i r í a n l a t r a n s c r i p c i ó n y p u b l i c a c i ó n de t o d o l o gra-
bado, e l m a t e r i a l debe conservarse í n t e g r a m e n t e . Y a h a b r á
a l g u i e n q u e l o u t i l i c e , e incluso que l o r e ú n a o seleccione
e v e n t u a l m e n t e , p r o d u c i e n d o l i b r o s t a n i m p o r t a n t e s y valio-
sos c o m o e l de E l e n a Poniatowska, La noche de Tlatelolco,
10
q u e ella m i s m a d e f i n e como t e s t i m o n i o de h i s t o r i a o r a l ,
este l i b r o a u n q u e es u n a r e c o l e c c i ó n fragmentaria, p e r m i t e
r e c o n s t r u i r c o n acuciosidad u n episodio i m p o r t a n t e de nues-
t r a h i s t o r i a actual.
C o n s i d e r a n d o que u n o de los problemas fundamentales
de esta n u e v a m a n e r a de hacer h i s t o r i a es el de las relaciones
p ú b l i c a s , e l A r c h i v o Sonoro busca su d i f u s i ó n y, especial-
mente, pretende l o g r a r q u e los investigadores, profesores y
estudiantes se interesen en é l y deseen cooperar.
Somos conscientes de que l a c a r a c t e r í s t i c a i n t r í n s e c a del
m e x i c a n o , es su a c t i t u d reticente, sin embargo, hay q u e l u -
char en c o n t r a de é l . C u a l q u i e r c o n v e r s a c i ó n en el campo,
en l a c i u d a d , en l a f á b r i c a , en l a u n i v e r s i d a d , en u n a re-
u n i ó n p o l í t i c a o d u r a n t e u n p a r o s i n d i c a l , puede v e n i r a
enriquecer nuestro acervo d o c u m e n t a l .
Se debe buscar, sobre t o d o , d i f u n d i r los valores de l a
h i s t o r i a o r a l , considerando q u e ello s e r á el paso d e f i n i t i v o
para su d i v u l g a c i ó n y a p l i c a c i ó n .
N o i g n o r a m o s q u e m u c h a gente considera q u e es u n a
absoluta p é r d i d a de t i e m p o hablar a u n a m á q u i n a cuando

10 E L E N A PONIATOWSKA, La noche de Tlatelolco, testimonios de his-


toria oral, Ediciones E r a , S. A., México, 1971.
LA HISTORIA ORAL 385

" b i e n p u e d o escribir m u c h o m e j o r l o que pienso sobre al-


g ú n asunto e n p a r t i c u l a r " .
L a l a b o r d e l h i s t o r i a d o r o r a l , debe ser l a de i n t e n t a r con-
vencer a l sujeto; s i n embargo, en aquellas ocasiones en q u e
é s t e se niegue (que n o son escasas), debe aceptarse que el
sujeto entrevistable escriba l o q u e desea c o m u n i c a r , ya que
a u n q u e sólo sirva de c o m p l e m e n t o d o c u m e n t a l , es parte de la
i n f o r m a c i ó n q u e se l o g r a rescatar.
Es i n d u d a b l e q u e l a h i s t o r i a o r a l tiene errores y defec-
tos y m u c h o s aspectos " d é b i l e s " , q u e pueden l i m i t a r su va-
l o r . C u a n d o los lectores leen las entrevistas, siempre surgen
aquellos temas, aquellas preguntas o asuntos que ellos h u -
biesen p r e g u n t a d o y que a l entrevistador se l e escaparon.
Se c r i t i c a t a m b i é n l a f o r m a casi l i t e r a l en que se hacen
las transcripciones. Esto s i n d u d a - c o m o se s e ñ a l ó anterior-
m e n t e - está sujeto a l a f á n de t r a t a r de conservar con l a ma-
yor f i d e l i d a d posible e l o r i g i n a l , a u n q u e carezca de u n de-
p u r a d o estilo l i t e r a r i o .
S i n embargo, a u n q u e éstas h a n sido hasta h o y nuestras
breves experiencias, existen i n f i n i d a d de proyectos y de posi-
bilidades. M é x i c o es a ú n , p o r d e c i r l o así, u n campo i n e x p l o -
rado para la historia oral.

Perspectivas y posibilidades

E l campo de l a h i s t o r i a o r a l en M é x i c o h a p e r m a n e c i d o
i g n o r a d o . Y a p o r negligencia, p o r franco r e p u d i o a l m é t o d o ,
o p o r rechazo a su validez, m u c h a gente se opone a u t i l i z a r l o
p o r q u e piensa q u e l o q u e el entrevistado dice es u n a serie
de mentiras, m á x i m e q u e el t r a d i c i o n a l c a r á c t e r desconfiado
d e l m e x i c a n o n o le p e r m i t e explayarse abiertamente.
Pero si consideramos a l a h i s t o r i a o r a l como u n m e d i o y
n o c o m o u n f i n , t o d a i n f o r m a c i ó n que conduzca a l conoci-
m i e n t o de la verdad, siempre r e l a t i v a , es ú t i l .
Las posibilidades son muchas, pero a q u í sólo nos pode-
mos r e f e r i r a algunos de los proyectos planeados.
386 EUGENIA M E Y E R Y A L I C I A OLIVERA DE B O N F I L

Recopilación de material folklórico.-Si aceptamos l a defi-


n i c i ó n q u e E . S. H a r t l a n d d i e r a hace ya t i e m p o , de q u e " e l
f o l k l o r e es l a ciencia de l a t r a d i c i ó n o r a l " , esto significa q u e
e n M é x i c o existe u n vasto m a t e r i a l que debe recopilarse:
grabaciones con gente d e l campo, con u n a l b a ñ i l , con u n
h e r r e r o , c o n u n obrero, etc., que seguramente o f r e c e r í a n u n
t i p o de i n f o r m a c i ó n valiosa y d i f e r e n t e . Existe a q u í el caso
ya c o m ú n , de las dificultades para poder i n t r o d u c i r u n a gra-
b a d o r a . Testigos constantes de esta d i f i c u l t a d son los antro-
p ó l o g o s y s o c i ó l o g o s , quienes e n e l m e d i o m e x i c a n o se en-
f r e n t a n a d i a r i o con este t i p o de o b s t á c u l o s .

La tradición o manera de hacer la historia.-Este proyecto,


i n i c i a d o hace t i e m p o , pretende rescatar impresiones, concep-
tos y mensajes de los historiadores ya formados; de las diversas
generaciones de historiadores q u e h a n hecho h i s t o r i a , de c ó m o
la h a n realizado y su o p i n i ó n acerca de c ó m o d e b e r í a hacerse.
Estas o p i n i o n e s , n o f u e r o n plasmadas e n sus obras; n o fueron
t r a n s m i t i d a s , y creemos que deben perdurar para ser l e í d a s p o r
las futuras generaciones de h i s t o r i ó g r a f o s .
O t r o proyecto aprobado, i n c l u y e l a r e c o p i l a c i ó n de ma-
t e r i a l o r a l , q u e t r a t a sobre l a a c t u a l g e n e r a c i ó n e s t u d i a n t i l
u n i v e r s i t a r i a ; l a que i n d i s c u t i b l e m e n t e v i v e u n m o m e n t o de
crisis. G e n e r a c i ó n cuyas o p i n i o n e s q u i z á , de n o ser grabadas,
se p e r d e r í a n , sea p o r q u e a l convertirse en profesionistas se
enajenen en su campo, o p o r q u e p i e r d a n i n t e r é s en los suce-
sos pasados; o p o r q u e su m e n t e a l e v o l u c i o n a r t o m e rutas
c o n t r a r i a s a l a e s p o n t á n e a e x p r e s i ó n de l o que ve y le entu-
siasma e n el presente.
E n el campo de la v i d a p o l í t i c a de M é x i c o , existe m u c h o
m a t e r i a l f l o t a n d o en el a m b i e n t e ; m a t e r i a l que q u i z á m a ñ a -
n a desaparezca. Es p o r ello q u e se h a pensado en grabar
entrevistas c o n l í d e r e s p o l í t i c o s , representantes de diversos
p a r t i d o s , m i e m b r o s d e l Senado, d i p u t a d o s a quienes p u d i é -
semos entrevistar ahora y v o l v e r a hacerlo al finalizar su
p e r í o d o , c u a n d o posiblemente su c r i t e r i o haya m a d u r a d o y
su s i t u a c i ó n haya cambiado; estableciendo entonces u n m é -
todo comparativo.
L A HISTORIA ORAL 387

O t r o de los proyectos, pretende realizar u n rescate de


m a t e r i a l e t n o g r á f i c o , m a t e r i a l q u e existe y se pierde d í a c o n
d í a . E n c u a n t o a este proyecto en concreto, l a a y u d a q u e los
etnólogos puedan proporcionar resultaría fundamental.
C o n t o d o , l a h i s t o r i a o r a l nos p r o p o r c i o n a u n auxiliar
esencialmente d i d á c t i c o y resulta de p r i m o r d i a l importancia
d e n t r o d e l c a m p o de l a h i s t o r i a b i o g r á f i c a , ya que combi-
n a n d o el r e l a t o a u t o b i o g r á f i c o con l a h i s t o r i a n a c i o n a l , se
o b t i e n e n m a g n í f i c o s resultados.
A d e m á s , l a h i s t o r i a o r a l p u e d e n hacerla los estudiantes,
periodistas, profesionistas, historiadores, etc., puesto q u e no
se necesitan especialistas, sino simplemente gente c o n cierta
c u l t u r a , interesada en p r e p a r a r y d o c u m e n t a r su entrevista,
y a u n q u e t o d o proyecto de h i s t o r i a o r a l debe tener como
p r o p ó s i t o ú l t i m o su p u b l i c a c i ó n y d i f u s i ó n , comprendemos
q u e esto es casi i m p o s i b l e . Sin embargo, el A r c h i v o Sonoro
pretende ser u n f o n d o i n f o r m a t i v o y de consulta, p o r l o c u a l
se h a organizado u n c a t á l o g o q u e p e r m i t a e l servicio a l p ú -
b l i c o ; así c o m o u n i n t e r c a m b i o de m a t e r i a l grabado c o n otros
centros de l a m i s m a especialidad.
Debemos c o n c l u i r p o r o t r a parte, q u e a l i n t r o d u c i r esta
t é c n i c a en el c a m p o de l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a en M é x i c o ,
rescatamos l a v i e j a t r a d i c i ó n i n i c i a d a p o r Fray B e r n a r d i n o
de S a h a g ú n , q u i e n v a l i é n d o s e de l a entrevista con sus i n f o r -
mantes, s a l v a g u a r d ó leyendas, m i t o s y el relato d i r e c t o de los
sucesos entre caciques, sacerdotes y ancianos, c o m o fuente
esencial de su o b r a ; i n d i s c u t i b l e m e n t e u n a de las m á s com-
pletas y valiosas de nuestra h i s t o r i o g r a f í a .

Anda mungkin juga menyukai