Os projetos integradores (PI) estão previstos no curso de Licenciatura em Pedagogia da Univesp para
contemplar as práticas como componente curricular (PCC), conforme a Deliberação do Conselho
Estadual 154/ 2017. Mas, também, tem como objetivo desenvolver práticas criativas em sala de aula.
É preciso que o futuro professor em formação, seja exposto a reflexões sobre conteúdos a serem
ensinados no Ensino Infantil e Fundamental I; conheça a realidade escolar e seu contexto; esteja em
contato com pesquisas na área de Educação que abordam dificuldades identificadas no aprendizado de
conteúdos básicos; análise de conteúdos e novos enfoques para os programas das escolas; e discuta as
potencialidades das ferramentas tecnológicas para a aprendizagem da Pedagogia, elaborando
atividades de ensino nesses ambientes diferenciados.
Programar e executar novas experiências de ensino, tanto do ponto de vista da educação básica, quanto
do ponto de vista metodológico, é vivenciar uma prática docente em sala de aula. No PI, os alunos
realizam este trabalho em ambientes escolares, com alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental e
no Ensino Infantil. Desse modo, eles têm a oportunidade de investigar os processos do ensinar e do
aprender, levando em consideração aspectos do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de jovens,
bem como as dificuldades no aprendizado de alguns conteúdos.
Assim, os projetos integradores têm início no segundo semestre do curso de Pedagogia e a cada
semestre será desenvolvido um tema, articulados com as disciplinas. Serão realizados 6 projetos
integradores totalizando 400 (quatrocentas) horas ao final do curso, todos com ênfase nos conteúdos do
Ensino Infantil e Ensino Fundamental I.
Cabe destacar, ainda, que os projetos serão desenvolvidos em pequenos grupos permitindo a troca de
experiências e o debate sobre pontos de vista comuns ou divergentes.
Objetivos:
Tema: Práticas de convívio social na escola, Ensino Fundamental I: propostas didáticas que considere o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança no contexto escolar.
O mundo digital avança e nos mostra diversas possibilidades para o ambiente educacional e escolar,
contudo, é necessário termos em mente os objetivos pedagógicos de cada ação. Algumas perguntas
devem ser feitas: como adotar? O que pode ser alterado com o uso das tecnologias? Como elas podem
nos auxiliar no processo de aprendizado do estudante?[1].
Um dos problemas atuais enfrentados pela escola está relacionado à falta de criatividade e autonomia
no processo de ensino e aprendizagem, principalmente, nos primeiros anos do ensino fundamental I. E
as ações pedagógicas que são realizadas, muitas vezes, não consideram o desenvolvimento cognitivo e
socioemocional, ou seja, criar possibilidades para as crianças aprenderem, dentro de suas
especificidades, contemplando o um processo integral de formação pedagógica.[2] Além disso, é
importante considerarmos uma mudança no perfil dos ‘novos’ alunos que são mais ‘antenados’ e
‘rápidos’ a esse mundo que envolve o imediatismo provindo, dentre diversos aspectos, da tecnologia.
As mudanças nos perfis das crianças, como por exemplo, chegarem na escola com algum tipo de
repertório cultural e tecnológico devem ser considerados na organização das atividades pedagógicas
como parte de um conhecimento prévio que deverá ser incorporado ao se estruturar o planejamento das
aulas. O desafio consiste também na adoção dessas tecnologias de forma organizada e com objetivos
pedagógicos pré-estabelecidos, ou seja, utilizá-las de forma intencional, como um meio educacional que
auxiliará o docente a atingir determinado objetivo educacional.
De maneira prática, a escolha de uma metodologia entre as várias existentes deve possibilitar a coleta
de dados e de informações e, ainda estar coerente com o objeto e o tema específico do projeto. A
sugestão é que envolvam preferencialmente a escuta de especialistas e instituições envolvidas com a
temática de forma a aprofundar os argumentos e análises para concretizar o produto final que será
apresentado ao final do processo.
Enquanto futuro docente, esperamos que você vivencie e reflita sobre a prática pedagógica no ambiente
escolar. Assim, cabe o desafio de pensar em seu exercício como professor.
[1]
MORAN, J. Manuel., BEHRENS, Marilda A, MASETTO, Marcos T. Novas Tecnologias e Mediação
Pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.
[2]
MACEDO, Lino; BRESSAN, R. A.. Desafios da aprendizagem: Como as neurociências podem ajudar
pais e professores. Campinas, SP: Papirus, 2017.
Em linhas gerais, tanto no espaço presencial dos polos quanto nos espaços virtuais, os
tutores/mediadores devem organizar e direcionar os estudantes no desenvolvimento de três passos
essenciais relacionados a cada disciplina e ao projeto definido pelo grupo, considerando os seguintes
princípios que não se alteram:
Os projetos integradores devem ser realizados em grupos de no máximo 7 (sete) estudantes, seguindo
as seguintes etapas ao longo do semestre são:
Para o pleno desenvolvimento dos projetos é importante garantir a elaboração de um PLANO DE AÇÃO
semanal, que oriente as próximas atividades a serem desenvolvidas por cada membro do grupo até a
próxima sessão coletiva. O Plano de Ação é que garante um planejamento adequado e o
compartilhamento de responsabilidades em um trabalho colaborativo e coletivo. Este plano deve prever,
e deixar registrado, o que segue:
No quadro a seguir é apresentada uma sugestão de cronograma para o desenvolvimento das atividades
relacionadas ao Projeto integrador.
11 e 12 Feedback do tutor/mediador
Semana Plano de Aprendizagem
13 e 14 Melhoria da solução
Plano de ensino
Objetivo: Elaborar uma proposta que considere o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança
no ambiente escolar, por meio do uso de tecnologias.
Ementa: O Projeto Integrador foca o uso e as possibilidades das tecnologias como apoio ao processo
de ensino e de aprendizagem para resolução de problemas articulados aos conteúdos desenvolvidos
nas disciplinas Produção de Texto e Comunicação; Teorias do Currículo; Educação Mediada por
Tecnologias; Psicologia da Educação e Didática, sobre o tema “Práticas de convívio social na escola,
Ensino Fundamental I: propostas didáticas que considere o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social
da criança no contexto escolar”.
Bibliografia básica:
Bibliografia complementar:
1. ARNOLD, M.. Técnicas eficazes de comunicação para a educação infantil. São Paulo :
Cengage Learning, 2012.
2. BARBOSA, M. C. S.. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed,
2006.
3. PAIVA, Ana Paula Mathias. Professor criador. Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2015.
4. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Educação é a Base. BNCC
3ª versão. Brasília, DF, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf Acesso em 18 dez. 2017.
5. VEIGA, Ilma P. A. (coord.). Repensando a Didática - 29ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2011.
ISBN: 8530801539
Avaliação
As atividades parciais e finais devem ser postadas na área do Projeto Integrador, segundo o calendário
da disciplina. A avaliação final do PI será composta por:
Autoavaliação | 0 a 1 ponto