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DEPARTAMENTO DE MECÂNICA – DISCIPLINA: SISTEMAS MECÂNICOS II

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APOSTILA - TÓPICOS DE AR COMPRIMIDO Prof. Antonio Santoro

TÓPICOS DE AR COMPRIMIDO

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APOSTILA - TÓPICOS DE AR COMPRIMIDO Prof. Antonio Santoro
1. INTRODUÇÃO
A denominação ar comprimido é normalmente utilizada para o ar cuja pressão se encontra
bem superior à pressão atmosférica. As pressões podem variar bastante, porem, para utilização
geral nos processos industriais e de grandes instalações, usualmente se utilizam pressões em
torno de 700 kPa, na escala efetiva.
O ar comprimido é largamente utilizado nas indústrias, como também na construção civil,
mineração, em usinas termelétricas e termonucleares, em hidrelétricas, sistemas metroviários e
ferroviários, dentre outras aplicações.
É empregado em automação e controle de processos, quando se requer o acionamento de
dispositivos, transporte de materiais, utilizando-se de cilindros pneumáticos controlados por
computadores ou de acionamento manual.
Destaca-se também o transporte pneumático de materiais sólidos, em grãos ou pós,
como em instalações de filtragem do ar, visando reduzir os níveis de emissão de materiais
particulados na atmosfera, com reaproveitamento do material proveniente dos filtros.
As ferramentas pneumáticas são imprescindíveis nos processos industriais, obtendo
rapidez e precisão na execução de tarefas, citando-se as parafusadeiras, rebarbadeiras, furadeiras,
lixadeiras e outras.
Outra importante aplicação do ar comprimido são os sistemas hidropneumáticos,
permitindo pressurizar o óleo hidráulico a ser empregado nos processos que envolvem
movimentação de cargas.
Aplica-se também no exercício da odontologia e em hospitais, requerendo um ar mais
purificado, isento de partículas sólidas e outros contaminantes.
Esta apostila tem o objetivo de auxiliar os estudantes dos cursos de processos de produção
e projetos nos estudos da disciplina Sistemas Mecânicos II e abrange uma análise dos processos de
compressão do ar, bem como aspectos referentes à distribuição do ar comprimido através de
tubulações.
Quaisquer comentários, críticas ou sugestões de melhoria deste trabalho serão acolhidas e
apreciadas pelo autor. A comunicação pode ser pelo endereço: santoro@fatecsp.br.

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2. COMPRESSÃO DO AR
2.1 Potência Necessária à Compressão
Os compressores são equipamentos que são acionados por um motor, normalmente
elétrico, podendo também ser turbinas ou motores de combustão interna alternativos. Possuem
elementos móveis que transferem energia mecânica ao ar, isto é, transferem trabalho,
proporcionando então uma elevação da pressão do fluido. A relação entre o trabalho e o tempo é
a potência transferida ao ar pelo compressor.
O trabalho recebido pelo ar pode ser obtido pela expressão:
dW = PdV (1)
sendo dW o trabalho infinitesimal,
P a pressão absoluta do ar e
dV a variação do volume infinitesimal.

Assim, o trabalho recebido pelo ar no interior do compressor será obtido pela integração
da equação (1):
2
1 𝑊2 = 𝑃𝑑𝑉 (2)
1
Sendo (1) a condição de entrada do ar no compressor e (2) a condição de saída.
Para a solução da equação (2) é necessário conhecer a relação entre a pressão e o volume
do ar durante a compressão. Essa relação depende do tipo de compressão que o ar está sendo
submetido no interior do compressor. Há três tipos de compressão:
 Isotérmica
 Adiabática e
 Politrópica
a) Compressão isotérmica de gás ideal
A compressão é isotérmica quando não há variação de temperatura do ar durante a
compressão e então a temperatura na saída do compressor é igual à de entrada. Isso é
possível devido à transferência de calor ao meio externo que ocorre durante a compressão.
Admitindo-se a hipótese de gás ideal, tem-se:
𝑚𝑅𝑇
𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇 𝑃 =
𝑉
Substituindo na equação (2), tem-se:
2
𝑚𝑅𝑇
𝑊
1 2 = 𝑑𝑉
1 𝑉
Sendo a compressão isotérmica a temperatura T é constante e considerando o regime
permanente (propriedades constantes com o tempo), então a massa m também será
constante. Então:
2
𝑑𝑉
𝑊
1 2 = 𝑚𝑅𝑇
1 𝑉
Resolvendo, tem-se:
𝑉2
1 𝑊2 = 𝑚𝑅𝑇 𝑙𝑛
𝑉1

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Sendo:
PV =mRT,
Então:
P1V1 = mRT
Substituindo na equação acima:

𝑉2
1 𝑊2 = P1 𝑉1 𝑙𝑛
𝑉1

Mas: P1V1 = P2V2 (compressão isotérmica).


Então:
𝑉2 𝑃1
=
𝑉1 𝑃2

Substituindo na equação acima:


𝑃1
1 𝑊2 = P1 𝑉1 𝑙𝑛
𝑃2
Como P1<P2 , o trabalho resultará num número negativo. Isso é devido ao fato do trabalho
ser fornecido ao ar. Interessa-nos o valor absoluto do trabalho. A equação final fica então:

𝑃2
1 𝑊2 = P1 𝑉1 𝑙𝑛
𝑃1
Potência necessária à compressão isotérmica:

Wis
Nis =
tempo
Considerando a vazão em volume de ar na entrada do compressor, 𝑉1 a potência
necessária à compressão isotérmica será:

𝑷𝟐
𝑵𝒊𝒔 = 𝐏𝟏 𝑽𝟏 𝒍𝒏 (𝟑)
𝑷𝟏

Rendimento isotérmico:
O rendimento isotérmico é a relação entre a potência necessária à compressão
isotérmica e a potência nominal, fornecida pelo acionador do compressor (geralmente um
motor elétrico).
𝐍𝐢𝐬
𝛈𝐢𝐬 = (𝟒)
𝐍𝐞

Sendo Ne a potência nominal do compressor (fornecida pelo acionador)

b) Compressão adiabática de gás ideal


Na compressão adiabática, não há troca de calor entre o ar que está em processo de
compressão no compressor e o meio externo. Desta forma, a temperatura do ar na saída
do compressor é bem maior que na entrada. Esse tipo de compressão é característico dos

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compressores rápidos, com grandes volumes de ar a ser comprimido, como os
compressores axiais destinados a suprir a demanda de ar das turbinas a gás, por exemplo.
Os processos adiabáticos de gás ideal caracterizam-se pela expressão:
PVk = constante
Sendo k o expoente adiatático do gás. No caso,
kar =1,4
Da equação acima, deduz-se a relação entre P e V:
𝑃1 𝑉1𝑘
𝑃𝑉 𝑘 = 𝑃1 𝑉1𝑘 𝑃 = 𝑘
𝑉

Substituindo na equação (2) e integrando-a, obtem-se:


𝑘−1
𝑘 𝑃2 𝑘
𝑊𝑎𝑑 = 𝑃𝑉 −1
𝑘−1 1 1 𝑃1
Potência necessária à compressão adiabática:
Analogamente à compressão isotérmica, tem-se:
𝐤−𝟏
𝐤 𝐏𝟐 𝐤
𝐍𝐚𝐝 = 𝐏𝐕 −𝟏 (𝟓)
𝐤−𝟏 𝟏 𝟏 𝐏𝟏

Rendimento adiabático:
O rendimento adiabático é a relação entre a potência necessária à compressão
adiatábitca e a potência nominal, fornecida pelo acionador do compressor (geralmente um
motor elétrico).
𝐍𝐚𝐝
𝛈𝐚𝐝 = (𝟔)
𝐍𝐞

Sendo Ne a potência nominal do compressor (fornecida pelo acionador)

Temperatura do ar após a compressão adiabática:


Aplicando-se as equações de estado e do processo adiabático, tem-se:
𝐤−𝟏
𝐓𝟐 𝐏𝟐 𝐤
= (𝟕)
𝐓𝟏 𝐏𝟏

As temperaturas e pressões devem ser sempre empregadas nas escalas absolutas!

c) Compressão politrópica de gás ideal


A compressão politrópica é regida pela equação:
PVn = constante
Onde n é o expoente politrópico do processo de compressão. Depende do tipo de
compressor e é obtido experimentalmente, devendo ser fornecido pelo fabricante do
equipamento. Varia de 1,0 até k. No caso do ar,
1 < n ≤ 1,4
Da equação acima, deduz-se a relação entre P e V:

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𝑃1 𝑉1𝑛
𝑃𝑉 𝑛 = 𝑃1 𝑉1𝑛 𝑃=
𝑉𝑛

Substituindo na equação (2) e integrando-a, obtem-se:


𝑛 −1
𝑛 𝑃2 𝑛
𝑊𝑝 = 𝑃𝑉 −1
𝑛−1 1 1 𝑃1
Potência necessária à compressão politrópica:
Analogamente à compressão adiabática, tem-se:
𝐧−𝟏
𝐧 𝐏𝟐 𝐧
𝐍𝐩 = 𝐏𝐕 −𝟏 (𝟖)
𝐧−𝟏 𝟏 𝟏 𝐏𝟏
Observe que n deve ser diferente de 1!

Rendimento politrópico:
O rendimento politrópico é a relação entre a potência necessária à compressão
politrópica e a potência nominal, fornecida pelo acionador do compressor (geralmente um
motor elétrico).
𝐍𝐩
𝛈𝐩 = (𝟗)
𝐍𝐞

Sendo Ne a potência nominal do compressor (fornecida pelo acionador)

Temperatura do ar após a compressão politrópica:


Aplicando-se as equações de estado e do processo adiabático, tem-se:
𝐧−𝟏
𝐓𝟐 𝐏𝟐 𝐧
= (𝟏𝟎)
𝐓𝟏 𝐏𝟏

As temperaturas e pressões devem ser sempre empregadas nas escalas absolutas!


Observe que se n=1 a compressão será isotérmica!

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