Paulo Vargas
Diretor Regional do SENAI
Superintendente do SESI
Goiânia/GO
2011
© SESI – Serviço Social da Indústria
© SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Recurso didático elaborado pelo docente Luiz Eurípedes Ferreira Rosa, a ser utilizado na Rede SESI
SENAI de Educação.
____________________________________________________________
S514i
SESI-GO. Filosofia . Goiânia, 2010.
202p. : Il.
CDD – 107
__________________________________________________________
CARTA DO ALUNO
Prezado aluno,
na perspectiva de que somos convidados a buscar continuamente a aprendi-
zagem e tendo como referência inúmeras pesquisas indicando que pessoas com maior
escolaridade têm diversas oportunidades no mercado de trabalho, o SESI SENAI – De-
partamento Regional de Goiás, atento a essas demandas, desenvolve cursos de aperfei-
çoamento profissional na modalidade Educação a Distância (EaD).
Com isso, objetivamos democratizar o acesso à educação, possibilitando uma
aprendizagem efetiva e autônoma, em que você, aluno, não precise se ausentar do tra-
balho ou de casa para ampliar seus conhecimentos.Vale ressaltar que os cursos de Edu-
cação Continuada na modalidade EaD foram criados tendo em vista as atuais demandas
de qualificação, por isso oferecemos à você cursos de informática básica, geohistória,
novas regras ortográficas, empreendedorismo, educação ambiental e outros.
Dessa forma, este material foi preparado para auxiliá-lo em seus estudos, con-
tribuindo como fonte de pesquisa e consulta, estando disponível nas bibliotecas do SESI
e do SENAI em Goiás.
Desejamos sucesso em sua caminhada e que você continue sendo parceiro na
promoção contínua de uma educação de qualidade.
Sistema de Gestão Integrada 9
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno, seja bem- vindo ao curso Sistema de Gestão Integrada, onde
você conhecerá os meios para implantá-lo e as ferramentas que o compõem.
Você já ouviu falar em sistema de gestão?
Toda empresa se organiza por um sistema administrativo que abrange todos
os seus departamentos e atividades. Os modelos convencionais são aplicados reprodu-
zindo os existentes e desenvolvidos ao longo do tempo. A normatização dos sistemas
de gestão é uma prática recente e em crescimento acelerado devido a sua eficácia
comprovada. Para as empresas pouco estruturadas e não muito organizadas, os mode-
los normativos propiciam as correções das rotinas e rumos com visível e mensurável
melhoria de desempenho. Entretanto, para o sucesso do sistema, é necessário o empe-
nho e o comprometimento dos dirigentes definindo uma política de gestão clara, com
a elaboração de um manual de gestão bem como instruções de trabalho e procedimen-
tos a serem cumpridos por todos os envolvidos, que contribuirão para as melhorias e
serão percebidas por todos da organização.
Várias empresas, visando ao melhoramento de desempenho, buscam implantar
sistemas estruturados de gestão, que são utilizados para a garantia da qualidade de seus
produtos e serviços e a adequada condução das questões relativas ao meio ambiente, a
segurança e saúde dos trabalhadores. Com a atual globalização dos mercados, o sistema
internacional de normatização cria e atualiza as normas propostas pelos países mem-
bros para serem utilizadas, aplicadas e avaliadas periodicamente por meio de auditorias
internas e externas.
A empresa que pretende ser competitiva no mercado onde a concorrência
é cada vez mais acirrada deve ter o seu o sistema de gestão da qualidade adequada-
mente implantado e agregar valor ao mesmo, estendendo-o às questões ambientais, de
segurança do trabalho e das ações socialmente responsáveis, por meio do Sistema de
Gestão Integrada (SGI).
Bons estudos!
Sistema de Gestão Integrada 11
PLANO DE ESTUDO
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
METODOLOGIA
DE ESTUDO
Este curso está dividido em quatro módulos de estudos, sendo que cada mó-
dulo está dividido em aulas. O curso foi elaborado de forma a desenvolver suas habili-
dades e competências para reconhecer um Sistema de Gestão Integrado.
Em todo o conteúdo você encontrará objetos instrucionais, que estarão dis-
poníveis para você explorar conceitos e aspectos centrais dos assuntos estudados.Você
verá quadros de destaque, curiosidades, dicas, reflexão, saiba mais, importante, atenção,
entre outros.
Lembre-se de que, ao terminar uma aula, é importante que você tire todas as
dúvidas com seu professor tutor e sempre resolva todas as questões antes de passar
para a próxima etapa.
Assim, dedique momentos do seu dia para o estudo. Nossa sugestão é de uma
hora por dia, em local calmo e arejado. Mas lembre-se de fazer um pequeno intervalo
de dez minutos durante esse momento de estudo.
MÓDULO 1
Qualidade
Objetivos de aprendizagem
Aulas
ÎÎ AULA 3: A qualidade
ÎÎ AULA 6: Conceituando o 5S
Aula 1
Aplicação de sistemas de gestão
Nesse sentido, quanto mais cedo você adquirir esses conhecimentos, mais
rapidamente eles irão facilitar a sua vida profissional futura.
Sistema de Gestão Integrada 17
ATENÇÃO
Observe na figura anterior como uma organização pode integrar vários siste-
mas internos de gestão formando um amplo sistema. Como exemplo, pode-se conside-
rar as áreas administradas de forma integrada sob uma coordenação diretamente ligada
e subordinada à diretoria da empresa.
Sistema de Gestão Integrada 19
Você pode perceber que uma organização empresarial pode utilizar seus siste-
mas internos de gestão de forma simplificada. Nesse caso foi considerada uma coorde-
nação do Sistema de Gestão Integrada composta pelos sistemas de:
ÎÎgestão da qualidade;
ÎÎgestão ambiental;
ÎÎgestão da segurança e saúde no trabalho;
ÎÎgestão da responsabilidade social.
Aula 2
Definições de Sistema de Gestão da Qualidade
Você viu na aula passada o sistema de gestão e o quanto ele auxilia as empre-
sas a melhorar suas ferramentas de gestão.
Você conhecerá agora alguns conceitos e qual a normatização de um SGQ,
facilitando assim compreender com objetividade como é o processo de qualidade total
e como ele pode ser implantado na empresa.
Para iniciar, volta-se a perguntar: o que é um sistema de gestão?
Os homens das cavernas padronizaram os sons para obterem uma comunicação oral, associan-
do sons a objetos e ações.
No início do comércio, se padronizou os valores dos produtos.
Começaram a cunhar moedas de prata e ouro conforme esses valores.
No Egito, a construção das pirâmides envolveu o corte de blocos de pedras de diferentes lu-
gares, que tinham de se encaixar.
Na Revolução Industrial, foi necessária a padronização de medidas, como metro, litro, quilo etc.,
normatizando a produção.
22 Módulo 1
Na Segunda Grande Guerra, os países envolvidos tiveram que criar esforços de guerra, onde
as indústrias, por mais diferentes que fossem, tiveram de ajudar produzindo armas. Cada in-
dústria produzia um tipo de peça, que eram montadas em uma central e tinham de se encaixar
facilmente.
Em 1947, foi criado a International Organization for Standardization – ISO (Organização Mundial
para a Normatização), com o objetivo principal de buscar uma padronização em nível mundial,
de forma a facilitar o comércio entre os países.
Aula 3
A qualidade
O fantástico mundo da qualidade total evoluiu muito. Qual são os seus prin-
cípios e como aplicá-los nas atividades empresariais e na vida pessoal será o assunto
desta aula.
Você sabia que desde a Antiguidade, como conta a arqueologia, havia formas de
controle na produção realizada por egípcios, chineses, gregos, romanos e outros povos.
Até o final do século XVIII, o controle da qualidade era exercido no trabalho
artesanal, ou seja, era o próprio produtor que definia e controlava a qualidade daquilo
que produzia ou do serviço que ofertava. Na era artesanal, o artesão desenvolvia todas
as etapas da produção, comprando os materiais e insumos, realizando o produto, o aca-
bamento e a entrega ao cliente, sendo o único responsável pela qualidade.
Na Revolução Industrial, com a produção massificada, o artesão passou a ope-
rar máquinas, realizando uma parte no processo de produção.
24 Módulo 1
Seu foco principal era evitar que itens com defeitos acabassem na
mão do consumidor.
Mas os processos foram ficando cada vez mais complexos e essa abordagem já
não atendia a diversidade produtiva que utilizada na planta fabril.
Assim, no final dos 1920, começou-se a utilizar técnicas estatísticas para con-
trolar a qualidade. O principal laboratório a utilizar o método foi o Inspection Enginee-
ring Departament, da empresa de telefonia Bell, em 1924. Surge também a primeira carta
de controle, conhecida por “Carta de Controle de Shewhart”, que passou a utilizar o
método estatístico no controle dos processos.
A partir da década seguinte, o uso da estatística se disseminou e se consolidou
como a principal ferramenta para evitar a deterioração da qualidade dos produtos em
decorrência da massificação.
Na década de 1940, com o advento da Segunda Guerra Mundial, a indústria
armamentista desenvolveu novas metodologias para programas de controle da qualida-
de. Foram estabelecidos padrões a serem seguidos, visando a garantir a uniformização
do que era produzido.
Sistema de Gestão Integrada 25
ÎÎPlan – de planejar.
ÎÎDo – de executar ou desenvolver.
ÎÎCheck – de avaliar ou checar.
ÎÎAction – de agir para melhorar.
26 Módulo 1
! Importante
Aula 4
Ferramentas da qualidade
ÎÎfluxograma;
ÎÎdiagrama de Pareto;
ÎÎ brainstorming;
ÎÎ diagrama de Ishikawa;
ÎÎ5W2H.
Figura 4 - PDCA
Fonte: SO Serviços Organizacionais (2009)
ÎÎmétodo;
ÎÎmão de obra;
ÎÎmateriais;
ÎÎmáquina;
ÎÎmeio ambiente.
Figura 7 - 5W2H
O quê (What)?
Exemplo:
Que materiais utilizar?
Quais as especificações a serem seguidas?
Quais são os equipamentos?
O que envolve o serviço?
Quais são as condições anteriores?
Quais são as condições de entrega?
Quais são as condições de exposição?
Quais são as condições de interrupção?
Onde (Where)?
Exemplo:
Onde será feito o serviço?
Onde estão os materiais?
Onde armazená-los?
Onde guardar os equipamentos?
Quando (When)?
Exemplo:
Quando iniciar o serviço?
Quando verificar?
Qual é o prazo de execução?
Quem (Who)?
Exemplo:
Quem deve fazer o serviço?
Quem deve verificar?
32 Módulo 1
Exemplo:
Por que se deve verificar o serviço?
Quais são os riscos da falta de controle?
Como (How)?
Exemplo:
Como executar o serviço?
Como verificar?
Exemplo:
Qual o custo dos materiais?
Qual o custo da mão de obra?
Qual o custo dos equipamentos?
Aula 5
Qualidade e produtividade
A qualidade sempre foi uma preocupação, mas passou a ser uma questão
estratégica para a sobrevivência da empresa. Pelas razões já expostas anteriormente,
a qualidade e a produtividade são as bases para a competitividade, palavra que passa a
ter grande importância com os mercados globalizados. Atualmente, se uma empresa
não for capaz de ser competitiva mundialmente, corre o risco de perder seu mercado
para qualquer outro, incluindo estrangeiros que produzam com boa qualidade e preços
baixos.
?
Curiosidade
? E a qualidade no Brasil?
Uma das soluções para esses desafios foi a aplicação prática do Círculo do
Controle da Qualidade (CCQ), com a integração dos funcionários das empresas em
equipes, em um ambiente de parceria.
36 Módulo 1
Você viu nesta aula como surgiu a prática da gestão no Japão, na América do
Norte e no Brasil. Como implementar todas essas ferramentas na empresa será o as-
sunto a seguir. Dedicação e disciplina fazem parte da sua trajetória de aprendizagem.
38 Módulo 1
Aula 6
Conceituando o 5S
NOTA
Figura 9 - 5S´s
DICA
DICA
Tudo deve ter seu lugar previamente definido. Aquilo que tem uso frequente
deve estar mais a mão.
40 Módulo 1
A organização sempre acompanha a liberação de áreas, pois uma vez que as coisas
estão organizadas, só se mantém o necessário no local. O uso de etiquetas especifi-
cando o que está sendo armazenado da forma mais clara possível diminui o tempo de
recuperação dos documentos.
ATENÇÃO
Assim como não deve existir um nível aceitável de não conformidades, tam-
bém não deve existir um nível aceitável de sujeira, desordem e desorganização no local
de trabalho.
A tese do housekeeping é que não é necessária alta tecnologia para aplicá-lo,
pelo contrário, trata-se de algo simples, acessível a qualquer pessoa por menor que seja
o nível de instrução. É tão somente uma questão cultural. É nesse aspecto, isto é, da cul-
tura, que as empresas devem agir, partindo da conscientização da administração, fazen-
do com que as pessoas façam corretamente as coisas simples, como parte integrante
de um programa just in time (JIT) de melhoria contínua.
Uma empresa, para se nivelar internacionalmente, deve passar por uma mu-
dança cultural, passando pelo entendimento de que 5S é responsabilidade de todos.
Aula 7
O que significa melhoria contínua (KAIZEN)?
Martins (2005) afirma que essa palavra japonesa se refere à prática de peque-
nas mudanças para se atingir a melhoria contínua, por meio de métodos, técnicas e da
criatividade dos trabalhadores no seu local de trabalho, em quaisquer níveis hierárqui-
cos, sem maiores investimentos.
?
Curiosidade
Enquanto o just in time (JIT) leva para o conceito de uma filosofia organiza-
cional e comportamental, o Kaizen pressupõe uma cultura com foco na eliminação de
perdas nos sistemas organizacionais, implicando na melhoria entendida como mudança
para melhor e na continuidade demonstrada em ações permanentes de mudança, não
devendo haver nem um dia na empresa sem alguma espécie de melhoria.
Conheça a seguir algums motivos que esfriam as ações do Kaizen, desmoti-
vando aqueles que querem mudar para melhor:
ÎÎestou muito ocupado para estudar o assunto;
ÎÎé uma boa ideia, porém prematura;
ÎÎnão está previsto no orçamento;
ÎÎa teoria é diferente da prática;
ÎÎacho que isso não vem ao encontro das políticas corporativas;
ÎÎnão é da nossa alçada, deixe outros pensarem sobre o assunto!;
44 Módulo 1
As sugestões Kaizen são infinitas. E você, como parte integrante de uma orga-
nização, deverá estar preparado para propor ações de melhoria. Explore esse conteúdo.
A próxima etapa vem cheia de novidades. Aproveite. Explore todas as oportunidades de
aprendizagem.
Sistema de Gestão Integrada 45
Aula 8
O que é a ISO?
A ISO 9001 é uma norma de sistema de gestão que verifica e atesta a consis-
tência de seus processos, ao medir e monitorá-los com o objetivo de aumentar a sua
competitividade e, com isso, assegurar a satisfação de seus clientes.
O certificado ISO 9001 representa o reconhecimento nacional e internacional
da qualidade, de boas práticas de gestão e de um bom relacionamento com os clientes
e fornecedores.
46 Módulo 1
1. foco no cliente;
2. liderança sobre objetivos comuns;
3. envolvimento de todos;
4. considerar o impacto de decisões em outros processos;
5. ver as coisas como processos;
6. melhorar, melhorar;
7. decidir após ter os dados;
8. benefícios mútuos entre clientes e fornecedores.
Nesta aula você pôde perceber a importância da ISO para as empresas. Que
tal agora percorrer mais um trajeto de aprendizagem?
Sistema de Gestão Integrada 47
Aula 9
Para que serve a ISO?
Veja bem! É uma norma que visa a prevenção de falhas por meio de uma série
de ações. Mas que ações são essas? Isso é o que você verá agora.
ÎÎA empresa precisa estar totalmente comprometida com a qualidade para satisfazer
as necessidades dos seus clientes, desde a presidência até os operadores.
ÎÎExistência de instruções de trabalho formalizando todas as atividades que afetam a
qualidade.
ÎÎExistência de treinamentos para perceber necessidades, controlar a execução e
verificar a sua eficácia.
ÎÎAtendimento aos requisitos da norma escolhida, em função da complexidade do
produto ou serviço.
a ) Auditorias internas: são realizadas pelo próprio pessoal da organização. Têm
como objetivo o funcionamento do sistema de gestão da qualidade.
b ) Auditorias de registro: são realizadas por empresas certificadoras e têm como
objetivo a obtenção da certificação ISO 9001.
c ) Controle da documentação: busca garantir o acesso das pessoas às versões
atualizadas dos documentos que necessitam.
d ) Controle de formulários: para não afetar a qualidade dos produtos da organi-
zação, devem ser controlados.
e ) Documentação do SGQ: o manual da qualidade, os procedimentos, as instru-
ções de trabalho e os registros devem ter linguagem que facilite a compreensão.
f ) Documentos do SGQ: todos os documentos relacionados ao negócio devem
ser controlados. Só não precisam ser controlados os documentos que não têm im-
pacto no produto. A extensão do controle depende da importância do documento.
g ) Evidências: todos os registros documentais, como as correspondências, atas de
reunições, notas de compras, recibos e outros constituem evidências pertinentes aos
critérios das auditorias e verificações.
h ) Fluxogramas: são ferramentas valiosas na descrição da interação de processos;
que podem descrever como processos ou atividades-chave se relacionam.
i ) Identificação dos documentos: todos os documentos devem estar identifica-
dos com data de revisão, origem (órgão, setor, departamento etc.) e título.
j ) Manual da qualidade: deve ser o mais simples possível. Não se coloca detalhes
no manual, que devem ir para os procedimentos escritos referenciados numericamen-
te no manual. Os documentos devem ter sempre fácil acesso e fácil leitura. O cumpri-
mento da norma propicia a melhoria continuada pela qual a organização tem oportu-
nidade de melhorar continuamente até destacar-se como uma excelente empresa. As
situações que não correspondem ao que está descrito no manual, nos procedimentos
e demais documentos da qualidade são denominadas não conformidades.
k ) Organização: é um grupo de pessoas com os mesmos objetivos: empresas,
órgãos públicos, escolas, ONGs etc.
l ) Política da qualidade: todos os colaboradores devem conhecer e entender a
política da qualidade.
m ) Procedimentos: quanto mais complicados os procedimentos, menos eles serão
entendidos e seguidos, portanto, eles deverão ser escritos da maneira mais simples
possível.
n ) Produto: para a ISO, produto é o que resulta do processo, incluindo os serviços.
Registros: são documentos que evidenciam o funcionamento do sistema de gestão da
qualidade.
Sistema de Gestão Integrada 49
Você viu nesta aula que a qualidade é fator indispensável para o desenvolvi-
mento e crescimento de uma empresa. Para garantir essa qualidade existem normas
regulamentadoras que façam toda a diferença. Gostou do assunto? Sinta-se à vontade
para reler todo o conteúdo deste módulo, explorar outras fontes de pesquisa e com-
partilhar ideias com envolvidos no tema.
+
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto desta uni-
dade, consulte:
Saiba
Mais ÎÎASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR ISO 9000: sistemas de gestão da qualidade – fun-
damentos e vocabulário. Rio de Janeiro, RJ: 2000.
ÎÎ______. NBR ISO 9001: sistemas de gestão da qua-
lidade – requisitos. Rio de Janeiro, RJ: 2000.
ÎÎ______. NBR ISO 9004: sistemas de gestão da qua-
lidade – diretrizes para a melhoria do desempenho. Rio de
Janeiro, RJ: 2000.
ÎÎMARSHALL Jr., Isnard et al. Gestão da qualidade. 8. ed.
Rio de Janeiro: FGV, 2006.
50 Módulo 1
Colocando em prática
( ) Foco no cliente.
( ) Liderança estabelecendo os objetivos comuns.
( ) Envolvimento de das pessoas de todos os níveis da organização.
( ) Consideração das atividades e recursos como processos.
( ) Visão das atividades de forma sistêmica, mesmo os processos inter-rela-
cionados.
( ) Desempenho da organização com o objetivo de melhoria contínua.
( ) Decisões baseadas em dados e evidências.
( ) Busca de benefícios mútuos com os fornecedores.
RELEMBRANDO
Caro aluno, você conheceu alguns conceitos da qualidade, bem como uma
ferramenta importante do sistema de qualidade e como utilizá-la. Continuando os seus
estudos pelos módulos a seguir aprenderá como se utiliza qualidade integrada a outras
ferramentas e como esses processos podem melhorar a produtividade da empresa.
Hora da pausa
Que tal parar um pouquinho para se alongar? Assim você relaxa seu corpo e
a mente, voltando aos estudos com mais disposição e entusiasmo. Aproveite a dica a
seguir da fisioterapeuta Taisa Vendramini.
Observe qual sua postura neste momento: sua cabeça deve estar equilibrada,
os ombros alinhados com o quadril e este bem apoiado na cadeira, os pés apoiados
no chão. Evite que, ao longo do tempo, sua cabeça fique à frente do corpo, os ombros
enrolados e o quadril escorregando na cadeira. Esse vício postural pode causar uma sé-
rie de complicações à saúde. Corrija sua posição e alongue-se! Retome suas atividades
somente após 10 minutos de pausa.
Sistema de Gestão Integrada 53
MÓDULO 2
Meio Ambiente
Objetivos de aprendizagem
Aulas
ÎÎ AULA 6: A Agenda 21
Bons estudos!
Aula 1
Impactos ambientais
Você já deve ter percebido que o assunto meio ambiente jamais foi tão discu-
tido como atualmente, afinal é um assunto que acaba despertando o interesse de todos
e, cada vez mais, as pessoas estão se conscientizando de que, para um mundo melhor
existir, há a necessidade da colaboração coletiva.
Quando se fala em meio ambiente, as pessoas lembram apenas da Floresta
Amazônica, porém acabam esquecendo de que o problema vai além das queimadas que
afetam todo nosso planeta.
DICA
Calma! Não se preocupe. Aqui você verá medidas simples que você mesmo
pode tomar para tornar o planeta um lugar mais agradável e seguro.
Sistema de Gestão Integrada 55
NOTA
Impactos globais
Provavelmente você já conhece algumas medidas que podem ser tomadas para
que a devastação do meio ambiente seja reduzida. E aposto que você também tem uma
ideia para contribuir com o meio ambiente.
Temos que ter consciência de que a Terra é a nossa casa, por isso devemos
cuidar muito bem dela. Não poluir. A Terra não é um produto que, quando estraga, a
gente apenas troca.
Sistema de Gestão Integrada 57
Tem muitas coisas que você conhece que podemos fazer para evitar o aumen-
to da poluição.Vamos relembrar algumas delas?
a ) Reflorestar as áreas desmatadas.
b ) Criar um processo para despoluir os mananciais, como os rios, lagos, nascentes.
c ) Aplicar os conhecimentos sobre o desenvolvimento sustentável.
d ) Usar os recursos naturais de forma consciente.
e ) Evitar consumir produtos que poluam.
f ) Educar as crianças para conscientizar as gerações futuras para preservar o meio
ambiente.
g ) Garantir o cumprimento das leis sobre proteção e preservação ambiental etc.
? O que é poluição?
Em relação à alteração do clima, pouca coisa está sendo feita, mas várias em-
presas tomam medidas de segurança para não contaminar o solo, visando a não serem
punidas pela fiscalização ambiental. Como exemplo, empresas fabricantes de papéis
plantam árvores para substituir as extraídas das florestas.
Essa situação é bastante complicada. Saiba que muitos países contribuem para
o aumento do efeito estufa.Confira quais são:
O Brasil ocupa o 16º lugar, comparado a outros países emissores de gás car-
bônico para gerar energia. Mas considerando também os gases de efeito estufa libera-
dos pelas queimadas e pela agropecuária, o país é o quarto maior poluidor em termos
percentuais em relação às emissões totais de gases do efeito estufa.
Viu como os impactos ambientais causados ao meio ambiente são muitos e
por diversos fatores?
Prepare-se para estudar os meios utilizados para prevenir esse tipo de impac-
tos e as ferramentas usadas para auxiliar organizações não governamentais (ONGs), os
governantes e todos que lutam por um meio ambiente equilibrado.
É bastante preocupante a questão da contaminação do meio ambiente por
parte das empresas. Devemos acompanhar as constantes informações sobre o assunto
para aprofundar seus conhecimentos, certo? Que tal primeiro compreender o conceito
de meio ambiente?
Aula 2
Conceituando meio ambiente
Bem, até o momento você já pôde perceber a gravidade dos impactos ambien-
tais e dos efeitos negativos ao meio ambiente se este não for bem cuidado e preserva-
do.
Você agora terá oportunidade de analisar alguns conceitos a respeito do as-
sunto e aprender como é importante conhecer o meio ambiente onde se vive.
60 Módulo 2
Com o Sistema de Gestão Integrada (SGI) isso está começando a mudar, pois
a empresa que quer melhorar os seus processos industriais deve agir com a conscien-
tização de que tudo no planeta faz parte de um sistema totalmente interligado. Nesse
contexto, grupos ambientalistas e organizações internacionais cobram das empresas o
respeito à natureza ao transformar suas matérias-primas.
Sistema de Gestão Integrada 61
ATENÇÃO
Impacto Ambiental
Mata ciliar
Meio ambiente
Recursos hídricos
Turismo sustentável
Aula 3
Ferramentas do meio ambiente
É uma área de proteção ambiental, mas que não é um bem público. Existem
vários tipos de unidades de conservação de uso sustentável. Essas unidades permitem
que pessoas habitem nelas. E tem objetivo de associar a conservação da natureza com
o uso dos recursos naturais.
NOTA
?
Então, como podemos aplicar a sustentabilidade ambiental em
empreendimentos?
68 Módulo 2
! Importante
Aula 4
A linha do tempo
É uma sequência de datas em ordem dos acontecimentos. Por meio dela, to-
mamos conhecimento dos principais fatos acontecidos no meio ambiente.
Na linha do tempo você pode listar os principais fatos e personagens da his-
tória e fazer uma comparação entre os acontecimentos, de acordo com o período e a
época desejada.
70 Módulo 2
Peixoto (2009) afirma que há sinais desse movimento desde a época do des-
cobrimento, mas foi na gestão do presidente Vargas, de 1930 a 1945, que a ocupação da
floresta passou a ser vista como estratégica para o nosso país, ficando conhecida como
a Marcha para o Oeste.
Foram anos de incentivos governamentais para atividades exploratórias da Flo-
resta Amazônica. Foram construídas estradas para o desenvolvimento da região. Após o
período Vargas, durante o regime militar a política para desenvolvimento da Amazônia
ficou conhecida pelo lema “Integrar para não Entregar”.
Junto com a ocupação e o desenvolvimento da região veio também a destrui-
ção do bioma. Estimativas dão conta de que, na década de 1970, a devastação da mata
tenha atingido 14 milhões de hectares, devendo atingir 70 milhões atualmente.
Saiba quais foram os principais momentos dessa história:
Sistema de Gestão Integrada 71
Durante muitos anos, grande parte da hoje conhecida região amazônica já era
propriedade portuguesa em 1494. Entretanto, somente a partir de 1540 iniciaram as
expedições à região. Apesar de a maior parte da terra estar sob domínio dos espanhóis,
foram os portugueses que se preocuparam com a área para protegê-la da invasão de
outros países, como Inglaterra, França e Holanda.
Em 1637, Portugal encomenda a primeira grande expedição à região, ocupan-
do aproximadamente duas mil pessoas. Nesse contexto, os frutos como o cacau e a
castanha ganham uma forte conotação comercial. Em 1750, com o Tratado de Madri,
Portugal passa a ter direito sobre as terras ocupadas na região Norte. Daí iniciou-se o
estabelecimento da fronteira brasileira na região amazônica, culminando com a anexa-
ção do estado do Acre no século XX.
! Importante
Só para se ter uma idéia, a população atual da Amazônia Legal chega a 7 mi-
lhões de pessoas.
ATENÇÃO
Anos 2000
Viu? Todas as ações ao longo do tempo deixaram sua marca no Brasil e os im-
pactos ambientes são muitos nos dias atuais. Prepare-se para conhecer uma importante
ação internacional para discutir as questões ambientais. E sabe quem foi sede dessa
discussão? Rio de Janeiro! A nossa tão conhecida “cidade maravilhosa, coração do meu
Brasil”.
76 Módulo 2
Aula 5
Conferência ECO-92
? O que é a ECO-92?
ATENÇÃO
Essa conferência internacional conso-
lidou o conceito de desenvolvimento
sustentável e contribuiu para a mais
ampla constatação de que os danos am-
bientais são majoritariamente de res-
ponsabilidade dos países desenvolvidos.
Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, a ECO-92 fez mudar a política am-
biental. Na outra reunião global, em Kyoto, foram traçadas metas de redução de impac-
tos para serem atingidas até 2012. Houve também progressos nas questões da redução
do aquecimento global. No Brasil, alguns objetivos foram conquistados com a Agenda
21, aprovada durante a ECO-92.
78 Módulo 2
?
Curiosidade
Um dos resultados dos debates sobre as alterações do clima global foi a ela-
boração do Protocolo de Kioto em 1997, que objetiva a redução da emissão de gases
causadores do efeito de estufa. Porém os modelos de produção e consumo estabeleci-
dos nos eventos pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento, do ponto de vista
ambiental, não foram implementados, intensificando o aquecimento global. A ECO-92 foi
um marco para o Brasil, mas ainda é preocupante o fato de que toda a discussão gerada
nessa convenção não despertou a atenção merecida para concretizar ações de melho-
rias para que nosso planeta continue em desenvolvimento e de maneira sustentável.
Aula 6
A Agenda 21
Agora você vai estudar a Agenda 21 e descobrir o que a mesma relata. Não se
preocupe! O assunto pode até ser diferente, mas você vai gostar.
A Agenda 21 Brasileira
Com um planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável, rea-
lizado após uma ampla consulta à população brasileira, o trabalho foi coordenado pela
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS), constru-
ído a partir das diretrizes da Agenda 21 formalizada no evento ECO-92, distribuída à
sociedade brasileira no final do ano de 2002.
O fórum é composto por representantes do governo e da sociedade civil, com
a responsabilidade pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável
que estabelece prioridades locais e elabora projetos e ações de curto, médio e longo
prazo.
Aula 7
Legislação (federal, estadual e municipal)
DICA
Você sabia que a legislação ambiental brasileira é uma das mais avançadas do mundo?
82 Módulo 2
Legislação estadual
São leis criadas por cada estado estabelecendo poderes aos órgãos para exigir
o cumprimento da legislação e até punir com multas aqueles que causarem danos ao
meio ambiente.
A contribuição do estado é fundamental para o desafio de equilibrar o ecos-
sistema. Afinal, a Constituição brasileira estabelece que o meio ambiente é bem de
uso comum do povo e que o estado está incumbido de defender e preservar o meio
ambiente para as futuras gerações.
NOTA
Cerqueira (2007, p. 374) afirma que a legislação ambiental brasileira é uma das
mais completas do mundo. Apesar de não serem cumpridas de maneira adequa-
da, as 17 leis ambientais de maior importância, se praticadas, podem preservar o
imenso patrimônio ambiental do país.
17. Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição – número 6.803, de
02/07/1980
Atribui aos estados e municípios o estabelecimento de limites e padrões
para a instalação e licenciamento das indústrias, exigindo o Estudo de Impacto Am-
biental.
Não seria por falta de leis que ações prejudiciais ao meio ambiente ficariam
impunes. Cabe a toda a sociedade aplicar as ações corretas, seja na sua casa, cidade,
empresa, assim podemos melhorar nossa qualidade de vida e contribuir com o meio
ambiente do qual fazemos parte.
Podemos prosseguir? ISO será o assunto da próxima aula. Faça da sua aprendi-
zagem um processo de construção de conhecimento.
Aula 8
ISO 14000
NOTA
Segundo Fang (2001, p. 75), ISO trata-se de uma organização denominada Orga-
nização Internacional para Normalização (em inglês, International Organization
for Standardization), instituída em 1947, que tem sua sede em Genebra, na Suíça.
Fazem parte da organização mais de 120 nações, que participam como mem-
bros. A organização foi criada para criar normas técnicas visando a padronizar os
produtos e serviços no continente europeu, sendo adotada por países dos demais
continentes.
Entre essas normas, temos a ISO 14000, que é um conjunto de normas que
definem parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as empresas (privadas e
públicas).
86 Módulo 2
Muitas empresas que atuam no Brasil aplicam a norma pra facilitar a gestão da
redução dos prejuízos e impactos causados à natureza.
Ressalta-se que tanto as normas ISO 9000 como as ISO 14000 não se aplicam
a padrões de fabricação de produtos. Essas normas são utilizadas para aplicação no sis-
tema de gestão da organização, sendo a primeira para a gestão da qualidade dos produ-
tos e serviços e a segunda para gestão do sistema de proteção ambiental dos impactos
gerados nas suas atividades.
A maior diferença entre ambos é que os membros “P” têm direito a voto
nos vários comitês e subcomitês técnicos. Para exercitar essas prerrogativas, exige-se
que os países estejam em dia com suas obrigações e atuem diretamente no processo
de elaboração e aperfeiçoamento normativo. No caso do meio ambiente, quanto mais
aumentam as cobranças para melhoria da qualidade ambiental e a preocupação com a
saúde humana, as organizações de todos os portes vêm de forma crescente atentando
para o potencial impacto de suas atividades, seja produtos ou serviços. O desempenho
nas questões ambientais organizacionais ganha peso maior no interesse das partes
interessadas.
Para o alcance de uma performance ambiental sólida, é necessário um com-
prometimento organizacional e a implantação de uma gestão sistêmica e da melhoria
continuada.
! Importante
Uma organização deve focalizar no propósito daquilo que precisa ser feito
Princípio 1 para garantir um compromisso com o desenvolvimento do SGA e definir sua
política.
Princípio 2 Uma organização deve planejar o cumprimento da política ambiental.
Para uma efetiva implantação, a empresa deve preparar a capacidade das pesso-
Princípio 3
as para alcançar a sua política, objetivos e metas.
Princípio 4 Uma organização deve medir, monitorar e avaliar sua performance ambiental.
Aula 9
Política ambiental
Esse é o desafio de toda pessoa que trabalha captando recursos para ONGs.
O capital privado foge da ignorância, do analfabetismo, da pobreza, mas é atraído pelo
sucesso e pela excelência. Sucesso atrai sucesso.
Não, não é nada fácil. Em um país com pouca ou quase nenhuma cultura filan-
trópica, torna-se difícil realizar campanhas de captação e de obtenção de efetivo apoio
empresarial.
O sucesso de qualquer ONG depende das parcerias feitas, bem como do seu
Plano Geral de Trabalho e das ferramentas utilizadas e muito, muito trabalho com os
seus mantenedores. Também depende de saber definir os possíveis doadores e estimu-
lá-los ao máximo para se envolverem com o trabalho – todos os participantes, desde o
boy ao presidente da empresa –, para se conseguir o sucesso. Nesse estudo de caso, a
SOS demonstra que se fortaleceu ao longo dos anos, provando com um trabalho sério
e fiel à sua missão, que conseguiu agregar valor à sua marca, firmando sólidas parcerias
com a iniciativa privada, governo e com a sociedade civil organizada.
! Importante
Aula 10
Biodiversidade
A biodiversidade brasileira
Segundo Rizzo (2008), quando o Brasil é citado “lá fora”, logo os estrangeiros
lembram-se do futebol, do carnaval e da Amazônia. Já se for falar em Amazônia, lem-
bram-se das matas, dos animais, dos rios, dos peixes e, claro, da biodiversidade. Para os
estudiosos, essa é a maior riqueza do Brasil.
! Importante
Silva alerta:
ATENÇÃO
Devemos nos posicionar tanto poli-
ticamente como tecnicamente para
proteger a vida natural e biológica
do planeta da ganância econômi-
ca do homem, que expõe a riscos a
existência de vários biomas naturais.
+
Acesse o endereço
Colocando em prática
Que tal, agora, responder as questões a seguir? Aproveite este momento para
rever o conteúdo estudado e tornar sua aprendizagem significativa.
RELEMBRANDO
Hora da pausa
MÓDULO 3
Saúde e Segurança no Trabalho (SST)
Objetivos de aprendizagem
Aulas
Aula 1
A linha do tempo na segurança do trabalho
Nesse período eram recrutados para trabalhar nas empresas homens, mulhe-
res, crianças e idosos. Nessa mesma época, observou-se que as pessoas ficavam muito
doentes trabalhando.
1802 – foi publicada a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabeleceu
o limite de 12 horas diárias de trabalho e houve a proibição do trabalho noturno e a
introdução de medidas de higiene nas fábricas.
1830 – Robert Baker recomenda aos empregadores a contratação de um
médico para visitar as fábricas e verificar a influência do trabalho nas crianças.
1833 – foi publicada a “Lei das Fábricas”, que estabeleceu medidas de prote-
ção como:
ÎÎ inspeção nas fábricas;
ÎÎidade mínima de 9 anos para o trabalho;
ÎÎproibição do trabalho noturno aos menores de 18 anos;
ÎÎlimitação da jornada para 12 horas diárias de trabalho e 69 horas por semana.
Sistema de Gestão Integrada 107
! Importante
Nessa data foi publicado o decreto 16.027, criando o Conselho Nacional do Traba-
1923
lho, iniciando a adoção de medidas para proteger os trabalhadores.
Foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), iniciando uma nova era para
1943 os trabalhadores brasileiros. Considerado como o marco inicial na organização do
trabalho e na prevenção de doenças e acidentes do trabalho no Brasil.
Aula 2
O papel da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
História da OIT
! Importante
Fundamentos
NOTA
“... se alguma nação não adotar condições humanas de trabalho, essa omissão
constitui um obstáculo aos esforços de outras nações que desejam melhorar as
condições dos trabalhadores em seus próprios países.”
Constituição da OIT
Estrutura
A OIT é um importante órgão ligado às Nações Unidas que conta com uma
estrutura tripartite, onde participam as representações dos governos, dos empregado-
res e dos trabalhadores nas suas atividades em igualdade de condições.
a oit no Brasil
Aula 3
Normas Regulamentadoras (NRs)
NR 1 – Disposições Gerais
NR 2 – Inspeção Prévia
NR 3 – Embargo ou Interdição
NR 8 – Edificações
NR 12 – Máquinas e Equipamentos
NR 14 – Fornos
Anexo nº 4 – (Revogado)
Anexo nº 8 – Vibrações
Anexo nº 9 – Frio
Anexo nº 10 – Umidade
Anexo nº 13 A – Benzeno
NR 17 – Ergonomia
NR 19 – Explosivos
NR 25 – Resíduos Industriais
NR 26 – Sinalização de Segurança
NR 28 – Fiscalização e Penalidades
ATENÇÃO
Você pôde conferir nesta aula os objetivos de cada uma das normas e a im-
portância destas para a aplicação da segurança no mundo do trabalho.
Estaremos esperando você na próxima aula, onde veremos um pouco sobre as
estatísticas de acidentes e doenças ocupacionais. Até lá!
Aula 4
Estatísticas de acidentes
ATENÇÃO
Para que o acidente ou a doença seja con-
siderado como acidente do trabalho, deve
ser caracterizado pela perícia médica do
INSS, que procederá ao nexo da causa
entre o acidente e a lesão, a doença e o
trabalho, bem como a causa da morte e o
acidente.
! Importante
Aula 5
Higiene ocupacional
Seu campo de atuação cresce a cada dia, tornando-se necessário estudar e es-
tar atualizado em com outras ciências, como medicina, segurança, ergonomia, sociologia,
entre outras.
Segundo Saliba (2009, p. 143), a higiene ocupacional é considerada uma ciência
porque está baseada em fatos que podem ser analisados e comprovados, por método
científico, por meio da física, química, bioquímica, toxicologia, engenharia e saúde públi-
ca. Deve se levar em conta também a individualidade de cada trabalhador e as caracte-
rísticas da atividade e do local de trabalho.
ATENÇÃO
Poluição em Minamata
Vazamento em Bhopal
Césio em Goiânia
Aula 6
Programas de Saúde Segurança do Trabalho (SST)
Sim, essa atitude em relação à SST felizmente está gradualmente mudando en-
tre as empresas mais bem informadas e abertas, sendo substituída pelo entendimento
de que a saúde, a segurança e o bem estar dos trabalhadores são componentes que fa-
zem parte da responsabilidade social, podendo melhorar a produtividade e o equilíbrio
econômico-financeiro. Muitas indústrias ainda não perceberam os verdadeiros benefí-
cios para um melhor desempenho em SST e como chegar a esses padrões, portanto,
necessitam do apoio e orientação de instituições prevencionistas, como:
ÎÎFundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDA-
CENTRO);
ÎÎAssociação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA);
ÎÎ Serviço Social da Indústria (SESI).
! Importante
Esses padrões devem ser praticados de forma efetiva e existindo uma lacuna
na disponibilidade de recurso humano necessário para melhorar as práticas de SST
em todos os setores produtivos, especialmente entre as pequenas e médias empresas
(PMEs) do setor industrial.
O SESI é uma instituição brasileira mantida pela indústria que objetiva oferecer
serviços e programas sociais, com a responsabilidade de trabalhar junto ao setor indus-
trial. O SESI visa especialmente a uma maior atenção para as empresas que apresentam
maiores carências nessa área, buscando alcançar as metas estabelecidas pelo MTE e a
melhoria geral das práticas de SST em todo o país.
O assunto é bem interessante, certo? Acompanhe o que estabelece o Ministé-
rio do Trabalho.
Ministério do Trabalho e Emprego e a legislação obrigatória:
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabeleceu vários programas em
Segurança e Saúde no Trabalho (SST) de cumprimento obrigatório, com o objetivo de
reduzir os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho, dentre eles:
ÎÎO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO, NR 7);
ÎÎO Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA, NR 9);
ÎÎO Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Constru-
ção (PCMAT, NR 18);
ÎÎO Programa de Gestão de Riscos (PGR, NR 22) para o trabalho em mineração.
Aula 7
Política de Saúde e Segurança do Trabalho (SST)
Você percebeu que são muitos os objetivos para assegurar a qualidade de vida
dos trabalhadores. Cabe a cada organização definir as suas estratégias de implantação.
Pronto para prosseguir? Novas descobertas estão por vir. Aproveite todas as
oportunidades de aprendizagem.
Sistema de Gestão Integrada 135
Aula 8
As Normas SA 8000 e BS 8800
A Norma BS 8800
do sistema que trará ganhos à organização. Quando foi concebida, não estava prevista
a sua certificação, entretanto as empresas, diante da necessidade de comprovação da
preocupação com a questão da segurança, recorrem à certificação nesse sistema junto
a entidades certificadoras da área da qualidade, de forma similar à certificação pelas
normas ISO 9000 e ISO 14000.
Veja alguns exemplos das etapas necessárias para a certificação:
1. Comprometimento da alta administração, buscando os benefícios gerados com a
implantação da norma, mas consciente das dificuldades administrativas e operacio-
nais bem como dos investimentos necessários, como o tempo das pessoas, recur-
sos financeiros para consultoria, treinamento, além dos custos da certificação.
2. Seleção e designação formal de um coordenador, que terá uma importante função
nesse processo. O coordenador, além dos conhecimentos específicos sobre qualida-
de, deve ter características como: facilidade de comunicação, fácil acesso aos mem-
bros da organização e conhecimento da instituição etc.
3. Formação do comitê de coordenação. O comitê é normalmente formado pela dire-
toria, pelos gerentes ou chefes e pelo coordenador e tem como responsabilidade a
análise crítica do sistema implantado.
4. Treinamento para mudança da forma de atuação das pessoas, só conseguido por
meio de um adequado plano educativo.
5. Divulgação da política de segurança expressando o comprometimento da organiza-
ção com o processo de segurança do trabalho, elaborada pelos membros do comitê.
6. Palestras sobre qualidade para todos os funcionários, com a adesão de todos. Para
isso eles precisam ser informados sobre todo o processo em curso e conhecer os
conceitos básicos de segurança.
7. Divulgação constante para a introdução do assunto sobre segurança na cultura da
organização.
8. Estudo de cada um dos requisitos da norma com diagnóstico de situações relativas
aos requisitos, estudando, interpretando e adaptando às necessidades da empresa.
138 Módulo 3
Você terminou mais uma aula que abordou o sistema inglês de gestão da segu-
rança e saúde no trabalho. É muito importante conhecer como acontece a certificação
de uma empresa. E mais importante ainda é saber que são necessárias várias ações para
obter a certificação.
Continue atento para assimilar mais um assunto interessante para o seu de-
senvolvimento.
Sistema de Gestão Integrada 139
Aula 9
O Sistema OHSAS – origem e aplicação
Você agora vai estudar sobre o sistema de gestão OHSAS, voltado para a saú-
de do trabalhador. Consiste em mais uma ferramenta usada para melhorar a prevenção
contra os acidentes e preservar a integridade física no ambiente do trabalho.
OHSAS
Aula 10
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
NOTA
Segundo Rachid (2007 p. 11), a AIDS (sigla em inglês para Síndrome da Imuno-
deficiência Adquirida – Acquired Immune Deficiency Syndrome),após a infecção do
organismo, manifesta-se pelo vírus da imunodeficiência humana, o HIV (em inglês,
Human Immunodeficiency Virus)
Embora você já tenha o conceito da sigla, precisa entender o que significa cada
uma das palavras que a compõe. Confira.
Síndrome
Grupo de sinais e sintomas que, uma vez considerados em conjunto, caracteri-
zam uma doença.
Imunodeficiência
Inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger con-
tra microorganismos invasores, tais como: vírus, bactérias, protozoários etc.
Adquirida
A AIDS é causada por um fator externo, a infecção pelo HIV. Esse vírus tem
um longo período de incubação antes de aparecerem os sintomas da doença, com a
infecção das células do sangue, comprometendo o sistema nervoso com a supressão do
sistema imune.
142 Módulo 3
ATENÇÃO
A AIDS é uma doença complexa, uma síndrome,
não se caracterizando por apenas um sintoma.
Na realidade, o vírus HIV destrói os linfócitos que
são células defensoras do organismo, deixando o
indivíduo vulnerável a outras infecções e doen-
ças oportunistas, que se instalam quando o siste-
ma imunológico do indivíduo está enfraquecido.
O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite
materno
ATENÇÃO
+
Saiba
Mais
Para conhecer mais sobre o tema, acesse
ÎÎ<http://www.segurancaetrabalho.com.br>.
146 Módulo 3
RELEMBRANDO
Colocando em prática
Agora chegou o momento de realizar a atividade proposta, para que você pos-
sa avaliar sua aprendizagem em relação ao conteúdo estudado neste módulo.
Hora da pausa
Beba água: beba pelo menos dois copos de água pela manhã e à tarde,
principalmente se você trabalha em lugar com ar condicionado.Você vai perceber que
terá menos vontade de comer doces, de fumar ou de roer as unhas. E certamente terá
muito mais energia!
Procure o equilíbrio: compare as prioridades: Em qual atividade você gasta
mais tempo? Corresponde ao que você considera prioritário? Você precisa optar.Veja
como conciliar a situação real e a ideal.
Seja compreensivo: da próxima vez que receber críticas sobre seu traba-
lho, leve em conta estes pontos: não é fácil dizer a uma pessoa o que você achou do
trabalho dela. Quem faz um comentário ou uma crítica está mais tenso do que quem
ouve. Se ninguém comentasse nada, não saberíamos em que mudar. As críticas podem
ser uma oportunidade de crescimento.
Respeite o fundamental: não despreze suas necessidades básicas. Coma
bem, beba muita água, faça exercícios, respire ar fresco, descanse, durma cedo. Não
deixe o trabalho determinar essas coisas. Garanta espaço para suas necessidades essen-
ciais.
Reorganize-se: às vezes, apenas mudar as pastas de lugar, arrastar a mesa
para o outro lado ou mudar a disposição dos quadros pode fazer uma grande diferença.
Deixe as farpas de lado: Da próxima vez que você estiver irritado com
alguma coisa, largue tudo e dê uma volta. Jogue água no rosto, tome um suco, respire
fundo algumas vezes. Depois, volte e continue o que estava fazendo.
Sistema de Gestão Integrada 149
MÓDULO 4
Responsabilidade Social Empresarial
Objetivos de aprendizagem
Aulas
Aula 1
A função social da empresa
ÎÎa função política está a cargo das organizações de representação, como partidos
políticos e sindicatos;
ÎÎa função social, associada ao bem-estar geral a cargo do governo;
ÎÎà área de negócios cabe a função econômica em que se pressupõe a maximização
dos lucros e a manutenção de uma economia dinâmica.
ATENÇÃO
Aula 2
A vulnerabilidade e a ética da responsabilidade social
! Importante
Buber (1982 apud FERREIRA, 2005), afirma que o princípio do diálogo é a base
do pensamento e deve ter como ponto de partida o outro, reconhecendo a vulnerabi-
lidade de ambos que se relacionam. Reconhecer o valor do outro como primordial é
pré-requisito para o estabelecimento do diálogo, ultrapassando o que pode ser dito.
A alteridade, (entendida como a concepção que parte do pressuposto básico
de que todo homem social interage e interdepende de outros indivíduos) e a vulnerabi-
lidade são dois alicerces fundamentais para a ética nos tempos modernos. O desafio da
questão ética da alteridade implica no reconhecimento de que o outro com quem nos
encontramos tem o valor primordial. Não basta somente o reconhecimento de que a
alteridade seja um valor, devemos reconhecer como um alto valor a relação estabeleci-
da com os outros em condições de vulnerabilidade. Quando é estabelecida uma rela-
ção com o outro, interfere-se em sua condição de existência, assim como este outro
também pode interferir na nossa. A partir dessas considerações deve-se compreender
as relações entre empresas e seus diversos interlocutores. Na maior parte dos casos,
esses interlocutores são a parte frágil e vulnerável da relação.
! Importante
ATENÇÃO
Para compreensão da responsabilida-
de social empresarial, torna-se neces-
sário conhecer a perspectiva histórica
e destacar os relacionamentos entre
as empresas e a sociedade em que
elas se inserem.
Aula 3
A responsabilidade social no Brasil
Caro aluno, aqui você vai conhecer como surgiu a RSE no Brasil e quais foram
os documentos inspiradores para a sua criação.
Esses temas fazem parte da pauta de discussão dos países-membros das Na-
ções Unidas, motivando a elaboração de diretrizes para a orientação conceitual RSE,
que orientam a produção de padrões, acordos, recomendações, códigos que viabilizam
e ajudam a melhor compreensão por parte das organizações.
Ferreira (2005, p. 51) enumera a seguir alguns dos principais documentos inspi-
radores para a sustentabilidade e a RSE, acompanhe:
ÎÎDeclaração Universal dos Direitos Humanos da ONU;
ÎÎDeclaração da OIT sobre os princípios fundamentais do trabalho;
ÎÎDeclaração tripartite sobre empresas multinacionais da OIT;
ÎÎDiretrizes para empresas multinacionais da OCDE;
ÎÎDeclaração do Rio e a Agenda 21, documentos que tratam da proteção do meio
ambiente, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza.
162 Módulo 4
Caro aluno, você estudou como surgiu a RSE no Brasil e quais foram os docu-
mentos inspiradores para a sua criação.
Na próxima aula você aprenderá sobre a sustentabilidade e a gestão empresa-
rial.Vamos para mais um percurso de aprendizagem?
Aula 4
A sustentabilidade e a gestão empresarial
O objetivo dessas diretrizes da ONU é dar poderes aos governos para estes
exigirem das organizações o respeito pelos direitos humanos, soberania e desenvol-
vimento econômico local, além de tratar da RSE sobre direitos humanos, trabalhistas,
do consumidor e do meio ambiente. Cabe às organizações cumprirem, respeitarem e
promoverem essas diretrizes.
Ferreira (2005 p. 34) afirma que Elkington criou, em 1994, o triple botton line,
que sintetiza as dimensões conceituais da ideia de desenvolvimento sustentável no
meio empresarial, constituída pelas dimensões econômica, social e ambiental.
Ocorre quando a empresa passa da prática voltada para o seu público interno
para o público externo. Para o público interno, ocorre na gestão da qualidade de vida
no trabalho e das ações dos recursos humanos da empresa. Para o público externo,
ações de fomento ao desenvolvimento social da comunidade local. Muitas empresas
de pequeno e médio porte praticam ações de doação para entidades assistenciais,
praticam a filantropia, não tendo uma forma estruturada de gestão como uma ativi-
Sistema de Gestão Integrada 165
Aula 5
Ações filantrópicas empresariais
Você sabia que empresários milionários americanos doam suas fortunas para
obras sociais?
Não sabia? Pois é, isso acontece.Veja por quê!
?
Curiosidade
Ele optou por doar grande parte da sua fortuna para uma empresa do terceiro
setor, segundo matéria na Revista Veja (2006, p. 39). Uma forte razão é que nos EUA é
vantajoso criar fundações beneficentes com objetivos sociais e colocar os filhos para
comandá-las.
Os impostos de transferência de herança direta chegam a um valor maior do
que 60%. Também pode ser deduzida no imposto de renda boa parte do dinheiro em-
pregado com filantropia. A outra razão importante é que após conquistar uma imensa
fortuna, uma das maiores do mundo, o empresário Bill Gates tem realmente se dedica-
do às causas humanitárias, sociais e ambientais.
168 Módulo 4
Nos Estados Unidos, grandes doações preservam o bom nome das famílias
que delas se beneficiam, gerando benefícios sociais. Os pioneiros dessa prática foram:
ÎÎJohn D. Rockefeller, da Standard Oil;
ÎÎAndrew Carnegie, do setor siderúrgico.
Val Junior (2009) aborda que no atual contexto econômico a visão social, junto
com a obtenção do lucro, paralelamente às mudanças dos paradigmas da sociedade,
faz aumentar a preocupação das pessoas com o bem-estar pessoal e da coletividade.
As empresas têm o desafio de ficarem atentas para o pronto acompanhamento e até
a antecipação às mudanças sociais, bem como produzirem diferenciais que garantam
vantagem competitiva e sustentável a longo prazo.
Enquanto algumas empresas pensam em buscar qualidade, outras já buscam
antecipar o futuro e apresentam produtos diferenciados. Entretanto, a implantação de
gestão ambiental, a atitude de produzir sem agredir o ambiente, de respeitar a coletivi-
dade e os consumidores, de agir com responsabilidade social são verdadeiros diferen-
ciais no mercado diante da relevância de assuntos como consciência e cidadania.
Sistema de Gestão Integrada 169
ATENÇÃO
Responsabilidade social hoje pode ser
a diferença entre sobreviver no mer-
cado ou não. É, portanto, um conceito
estratégico, e quem não estiver aten-
to a esse diferencial pode até sair do
mercado.
A empresa sempre foi restrita ao seu próprio ambiente, mas atualmente está
ampliando sua atuação junto á comunidade para garantir sua sobrevivência.
Das práticas puramente assistencialistas, as empresas passam a investir no
social de forma séria, aplicando as metodologias mais adequadas, baseadas em estudos
científicos com o efetivo acompanhamento do desempenho de suas práticas, além de
atender aos preceitos jurídicos necessários.
Então quer dizer que as empresas estão mudando o foco social? Correto. As
empresas que investem com foco social estão mudando os seus conceitos e, por con-
sequência, melhorando a qualidade de vida de seus funcionários, conseguindo apresen-
tar maior produtividade.
172 Módulo 4
Aula 6
Aplicando o SGI
+
Saiba
Mais
Acesse <http://www.bosch.com.br/br/responsabilidade_
social/visao_bosch/index.html> e conheça como essa empresa
atua no âmbito social.
174 Módulo 4
RELEMBRANDO
Finalizando este módulo sobre responsabilidade social, você pode verificar que
a RSE fortalece a função social da empresa, propiciando o aumento e a melhoria das
relações sociais com respeito às pessoas, a comunidade, o meio ambiente, colaborando
para a construção de uma sociedade mais justa e uma melhor condição para a vida,
considerando os aspectos éticos e legais da convivência humana.
Colocando em prática
Mais uma vez você é convidado a realizar a atividade proposta. Se for necessá-
rio, reveja os conteúdos estudados. Será muito importante verificar, na prática, a com-
preensão dos conceitos estudados.
Hora da pausa
PALAVRAS DO AUTOR
Caro aluno, como foi dito no início dos nossos estudos, você pôde perceber a impor-
tância dos assuntos abordados tanto para o desempenho das suas atividades profissio-
nais como na vida pessoal.
Os sistemas da qualidade aliados à tecnologia estão presentes em todos os produtos e
serviços que realizamos, compramos e utilizamos.
As questões ambientais fazem parte do cotidiano e os nossos bons hábitos implicam a
sobrevivência da raça humana e as gerações futuras do nosso planeta.
A segurança e a saúde do trabalho tem a fundamental importância de reduzir o núme-
ro de acidentes e doenças de todos que trabalham, garantindo os sonhos de um futuro
melhor. Também é um importante conhecimento a ser aplicado no lar e no nosso dia a
dia.
A Responsabilidade Social Empresarial é uma forma de compensação que as empresas
fazem visando a retribuir com projetos sociais os recursos materiais e humanos que
utilizam para obter lucro e que pertencem à sociedade em que vivemos.
O Sistema Integrado de Gestão (SGI) é uma forma atual de administrar, racionalizando
o tempo, otimizando recursos e tempo na obtenção dos resultados. Espero que todo o
conteúdo do curso possa contribuir para o seu crescimento profissional e consequen-
temente o sucesso seja o resultado final.
CONHECENDO O AUTOR
Luiz Eurípedes Ferreira Rosa, graduado em Engenharia Civil pelo Instituto Politécnico
de Ribeirão Preto (SP) em 1976; com especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1991 e mestrado em Engenha-
ria de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2003. Possui
curso de extensão em Responsabilidade Social Empresarial pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2005 e vários cursos de capacitação em Saúde e Seguran-
ça do Trabalho, Meio Ambiente e Qualidade.
Sistema de Gestão Integrada 181
G Glossário
Referências
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2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 3. ed. São Paulo, SP: Cam-
pus, 2004.
EMBRAPA MEIO AMBIENTE. ISO 14000 – gestão ambiental. 2007. Disponível em:
<http://www.cnpma.embrapa.br/projetos/prod_int/iso_14000.html>. Acesso em: 10 jun.
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FANG, Liping; BATISTA, Manuel Victor da SILVA; BARDECK, Michal. Sistema de ges-
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OLIVEIRA, Marcos Antonio Lima de. Conceitos BS 8800. Disponível em: <http://jas-
consultoria.vilabol.uol.com.br/artigoConceitosBS8800.htm>. Acesso em: 24 jun. 2010.
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RACHID, Marcia; SCHETER, Mauro. Manual de HIV/AIDS. São Paulo, SP: Revinter,
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RIZZO, Marçal Rogério; SOUZA, Tatiane Lima de. A biodiversidade brasileira. 2008.
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SALIBA, Tuffi Messias. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA. São Paulo,
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