CÁLCULO
INTEGRAL
e
FUNÇÕES DE
VÁRIAS VARIAVÉIS
Christian Q. Pinedo
Milagros Q. Castillo
ii Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
“nas questões matemáticas não se compreende a incer-
teza nem a dúvida, assim como tampouco se podem estabe-
lecer distinções entre verdades médias e verdades de grau
superior.”
D. Hilbert (1862 − 1943)
iii
iv Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Título do original
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis
Junho de 2012
Conselho Editorial
PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xi
1 ANTIDERIVADAS 1
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Integral indefinida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.1 Propriedades da integral indefinida . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2.2 Integral imediata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.3 Fórmulas elementares de integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Exercícios 1-1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3 Métodos de integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3.1 Integração por substituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Exercícios 1-2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.3.2 Método de integração por partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Exercícios 1-3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
1.3.3 Integração de funções trigonométricas e hiperbólicas . . . . . . . . . 41
1.3.4 Integração por substituição trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . 49
Exercícios 1-4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
1.3.5 Integração de funções racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Exercícios 1-5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
1.3.6 Integração de funções racionais trigonométricas . . . . . . . . . . . 75
1.3.7 Integração de funções irracionais elementares . . . . . . . . . . . . . 78
Exercícios 1-6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
1.4 Outros métodos de integração
∫ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Pn (x)
1.4.1 Integrais do tipo: √ dx (1o de Ostrogradski) . . . . 90
px 2 + qx + r
∫
P (x)
1.4.2 Integrais do tipo: dx (2o de Ostrogradski) . . . . . . . . . 91
Q(x)
1.4.3 Integração de diferenças
∫ binômias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
1.4.4 Integrais do tipo: P (x) ex dx . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
∫ ∫
1.4.5 Integrais dos tipos: P (x)sen bx dx e P (x) cos bx dx . . . . . . 93
v
vi Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exercícios 1-7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Miscelânea 1-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
5 DERIVADAS 281
5.1 Derivadas parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
5.1.1 Incremento da função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
viii Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377
x Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
PREFÁCIO
Estas notas de Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis é o resultado das aulas
ministradas pelo professor Dr. Christian P. durante muitos anos dedicados ao ensino
abordagem de conceitos e teorias novas para estudantes do primeiro ano na graduação, tais
como suas aplicações aos diferentes ramos das ciências, úteis no estudo das equações
diferenciais.
xi
xii Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
conhecimento científico.
No quarto capítulo se apresenta o estudo das funções de várias variáveis, incluindo uma
pincelada ao estudo das quádricas, este capítulo termina com o estudo dos limites, conti-
nuidade e derivadas de funções. O penúltimo capítulo estuda as derivadas e diferenciais
com funções de várias variáveis.
II” (em edição) neste suplemento se apresenta a solução de todos os exercícios propostos
nesta obra.
Cada capítulo se inicia com os objetivos que se pretende alcançar, os exercícios apre-
sugestões dos leitores, as respostas ou indicações para a solução dos exercícios propostos
Os autores.
Leibnitz
Capítulo 1
ANTIDERIVADAS
1
2 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
1.1 Introdução
Todo cálculo de uma derivada proporciona, devido ao segundo teorema fundamental do
cálculo infinitesimal [10], uma fórmula para integrais. Por exemplo, se f (x) = x(Lnx − 1),
então f ′ (x) = Lnx.
O conceito intuitivo de integrar corresponde a os seguintes significados:
• Dada uma função y = f (x) definida num intervalo A ⊆ R, determinar uma função
F (x) de modo que a derivada de F (x) seja a função f (x); isto é F ′ (x) = f (x) ∀x ∈
A.
• Dada uma função y = f (x) definida num intervalo A ⊆ R, calcular o limite das
somas de determinado tipo, construídas para f (x) no intervalo A.
Exemplo 1.1.
3. Por inversão, (2) e (3) dão ainda as funções da qual provêem novas funções como:
x
y = loga x, y = arctan x, y = arcsen √ , . . . etc.
1 + x2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 3
Definição 1.2.
Seja f : A ⊆ R −→ R uma função. A função F : A −→ R tal que F ′ (x) =
f (x) ∀ x ∈ A é chamada “Primitiva” ou “Antiderivada de f (x) em A” e escreve-se
F (x) = Ant(f (x)) em A.
Exemplo 1.2.
Se f (x) = 7x6 + 8 , então a função F (x) = x7 + 8x é uma antiderivada de f (x); isto
é F (x) = Ant(7x6 + 8).
Observação 1.1.
• Em geral, não existe um método para o cálculo de primitivas das “funções elemen-
tares” ou das combinações destas. É incluso fácil formar funções cujas primitivas
não sejam expressas mediante “funções elementares‘ ”.
• Em geral não é possível achar primitivas elementares; por exemplo, não existe al-
guma função elementar F (x) de modo que F ′ (x) = e−x para todo x.
2
b) Pode acontecer que seja necessário calcular uma integral, em condições em que não
seja possível consultar tabelas de integração.
Propriedade 1.1.
Consideremos as funções f : A −→ R e F : A −→ R, onde A ⊆ R e F (x)
uma antiderivada de f (x). Se F1 : A −→ R é também uma antiderivada de f (x), então
F1 (x) = F (x) + C para alguma constante C
Demonstração.
Seja H(x) = F1 (x) − F (x); derivando esta função temos: H ′ (x) = F1′ (x) − F ′ (x) =
f (x) − f (x) = 0; então H ′ (x) = 0 logo H(x) = C.
Portanto F1 (x) = F (x) + C.
4 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Definição 1.3.
Se F (x) é antiderivada de f (x) em A ⊆ R, a integral∫indefinida de f (x) é o conjunto
das antiderivadas de f (x) no intervalo A, denotado por f (x)dx ; isto é:
∫
f (x)dx = F (x) + C
onde C ∈ R é uma constante que assume qualquer valor, o número C é chamado constante
de integração.
∫
No que segue, escreveremos f (x)dx = F (x) + C, onde F ′ (x) = f (x), a expressão
∫a
f (x) chama-se “integrando”, f (x)dx é chamado “elemento de integração” , o símbolo
b
∫a
denomina-se ”símbolo de integração no intervalo [a, b]”; a notação f (x)dx é chamada
∫ b
“integral definida no intervalo [a, b]”. A expressão f (x)dx lê-se “integral indefinida de
f (x) diferencial da variável x ".
Propriedade 1.2.
Da Definição (1.3) deduz-se as seguintes propriedades:
∫ ∫
d
a) ( f (x)dx) = ( f (x)dx)′ = (F (x) + C)′ = F ′ (x) = f (x). Isto é, a derivada da
dx ∫
d
integral indefinida é igual ao integrando ou: ( f (x)dx) = f (x).
dx
∫ ∫
d
b) d( f (x)dx) = ( f (x)dx)dx = f (x)dx. Isto é, o diferencial da integral indefi-
dx ∫
nida, é igual ao elemento de integração ou: d( f (x)dx) = f (x)dx
′
c) Se f (x)
∫ é uma função derivável no intervalo A, então uma primitiva de f (x) é f (x)
e: f ′ (x)dx = f (x) + C.
∫
′
d) Sendo d(f (x)) = f (x)dx, do item c) deduz-se que: d(f (x))dx = f (x) + C
∫ ∫
e) a.f (x)dx = a f (x)dx onde a é uma constante.
∫ ∫
f ) Se f (x)dx = F (x) + C e u = g(x), então f (u)du = F (u) + C.
De b) e d), a integral indefinida pode ser interpretada como uma operação inversa da
diferenciação.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 5
Exemplo 1.3.
∫
1 ∫
i) e5x dx = e5x + C ii) 6x5 dx = x6 + C
5
Exemplo 1.4. ∫
Como d(x.Lnx − x) = Lnx.dx, então da Propriedade (1.2)-d) temos que d(x.Lnx −
∫
x)dx = Lnx.dx = x.Lnx − x + C.
Exemplo 1.5.
∫
dx 1 x d 1
2
= arctan( ) + C , lembre que (arctan t) =
9+x 3 3 dx 1 + t2
∫ ∫
ii) k.f (x)dx = k. f (x)dx
Demonstração. (i)
Pela Propriedade (1.2)-b) temos que:
∫
d( )
[f (x) ± g(x)]dx = f (x) ± g(x) (1.1)
dx
∫ ∫
d( ) d( )
Por outro lado, pela Propriedade (1.2)-b) como f (x)dx = f (x) e g(x)dx =
dx dx
g(x), somando (ou subtraindo) estas igualdades temos
∫ ∫
d d
( f (x)dx) ± ( g(x)dx) = f (x) ± g(x)
dx dx
∫ ∫
Portanto, desta última igualdade e, de (1.1) segue que: [f (x)±g(x)]dx = f (x)dx±
∫
g(x)dx
Demonstração. (ii)
Exercício para o leitor.
6 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.6.
∫ ∫ ∫ ∫
Observe, [e − 6x + Lnx]dx = e dx − 6x dx + Lnx.dx =
5x 5 5x 5
1
= e5x − x6 + x.Lnx − x + C.
5
∫
1
Logo, I = [e5x − 6x5 + Lnx]dx = e5x − x6 + x.Lnx − x + C.
5
∫ ∫
du
1. du = u + C 2. = Ln | u | +C
∫ ∫ u
un+1
3. un du = +C n ̸= 1 4. eu du = eu + C
∫ n u+ 1 ∫
a
5. au du = +C 6. sen u.du = − cos u + C
∫ Lna ∫
7. cos u.du = sen u + C 8. cot u.du = Ln | sen u | +C
∫ ∫
9. tan u.du = Ln | sec u | +C 10. sec udu = Ln | sec u + tan u | +C
∫ ∫
11. csc u.du = Ln | csc u − cot u | +C 12. sec2 u.du = tan u + C
∫ ∫
13. csc2 u.du = − cot u + C 14. sec u tan u.du = sec u + C
∫ ∫
15. csc u cot u = − csc u + C 16. senhu.du = cosh u + C
∫ ∫
17. cosh u.du = senhu + C 18. tanh u.du = Ln | cosh u | +C
∫ ∫
19. sech2 u.du = tanh u + C 20. cosh2 u.du = − coth u + C
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 7
∫ ∫
21. sechu tanh u.du = −sechu + C 22. cschu coth u.du = −cschu + C
∫ ∫
du 1 u du 1 u−a
23. = arctan( ) + C 24. = Ln | | +C
∫ u2 +a 2 a a ∫ u2 −a 2 2a u+a
du 1 u + a du u
25. = Ln +C 26. √ = arcsen( ) + C
∫ a2 − u 2 2a u − a ∫ a −u
2 2 a
du √ du u
27. √ = Ln(u + u2 ± a2 ) + C 28. = √ +C
∫ u2 ± a2 √ ∫
2
(u + a ) 2 3/2
a u2 + a2
2
du u2 + a2 du 1 |u|
29. √ =− 30. √ = ( )arcsec +C
∫ u2 u2 + a2 a2 u ∫ u u2 − a2 a a
1 1 du
31. sen 2 u.du = [u − sen 2u] + C 32. = Ln(Lnu) + C
∫ 2 2 ∫ uLnu
33. tan u.du = tan u − u + C
2
34. cot2 u.du = − cot u − u + C
∫
1
35. sen 3 u.du = (2 + sen 2 u) cos u + C
∫ 3 ∫
36. u sen u.du = −u cos u + n un−1 cos u.du
n n
∫
1
37. tan3 u.du = tan2 u + Ln | cos u | +C
∫ 2
1
38. cot3 u.du = cot2 u − Ln | sen u | +C
∫ 2 ∫
1
39. n
tan u.du = tan n−1
u − tann−2 udu
∫ n − 1
un+1
40. un Lnu.du = [(n + 1)Lnu − 1] + C
∫ (n + 1)2 ∫
1 n
41. un eau du = un eau − un−1 eau du
∫ a a
eau
42. eau sen bu.du = 2 (asen bu − b. cos bu) + C
a + b[2 ]
∫ √ [ ]
du 1 u2 + a2 + a 1 u
43. √ = − Ln + C = Ln √ +C
u u2 + a2 a u a u2 + a2 − a
∫ √
1 √ u
44. a2 − u2 · du = [u a2 − u2 + a2 arcsen( )] + C
∫ √ 2 a
1 √ √
45. u2 + a2 · du = [u u2 + a2 + a2 Ln(u + u2 + a2 )] + C
∫ √ 2
1 √ √
46. u2 − a2 · du = [u u2 − a2 − a2 Ln(u + u2 + a2 )] + C
∫ 2
√ 1 √ √
47. u u2 + a2 · du = [u(a2 + 2u2 ) u2 + a2 − a2 Ln(u + u2 + a2 )] + C
2
∫ √ 8
2 √
48. u a + bu · du = [(3bu − 2a) (a + bu)3 ] + C
∫ 15b2
u 2 √
49. √ · du = 2 (bu − 2a) a + bu + C
3b
∫ √a + bu √ ∫
a + bu du
50. · du = 2 a + bu + a √ +C
∫ u u a +∫ bu
1 n−1
51. sen u · du = − sen
n n−1
cos u + senn−2 u.du
n n
8 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫
1 n−1
52. cos u · du = cos
n n−1
usen u + cosn−2 u.du
∫ n n ∫
n 1 n−2 n−2
53. sec u.du = tan u sec u+ secn−2 u.du
∫ n−1 n − 1∫
−1 n−2
54. cscn u.du = cot u cscn−2 u + cscn−2 u.du
∫ n−1 n−1
sen (a − b)u sen (a + b)u
55. sen (au)sen (bu) · du = − +C
∫ 2(a − b) 2(a + b)
sen (a + b)u sen (a − b)u
56. cos(au) cos(bu) · du = − +C
∫ 2(a + b) 2(a − b)
cos(a − b)u cos(a + b)u
57. sen (au) cos(bu) · du = − − +C
2(a − b) 2(a + b)
Cada uma das fórmulas podem-se verificar mediante a derivação respeito da variável
u. Por exemplo observe, no caso da fórmula (25), temos quando a > 0:
d 1 u+a 1 d 1 1 1 1
( Ln | |) = [ (Ln | u + a | − | u − a |)] = [ − ]= 2
dx 2a u−a 2a du 2a u + a u − a u − a2
∫
du 1 u+a
Portanto, = Ln | | +C.
a2 − u2 2a u−a
Exemplo 1.7.
∫
Calcular I = (8x7 − 3x2 + 5)dx
Solução.
Exemplo 1.8.
∫ √ √
2( x + x3 )
Calcular I = dx
x
Solução.
√ √ ∫
2( x + x3 )
Aplicando a fórmula (3), temos: I = dx =
x
∫ ∫ ∫
−1/2 −2/3 −1/2
√ √
I = 2 (x +x )dx = 2 x dx + 2 x−2/3 dx = 4 x + 6 3 x + C
Exemplo 1.9.
∫
x2
Calcular I = dx
(a + bx3 )2
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 9
∫ ∫
x2
Observe, I = (a + bx3 )−2 x2 dx, multiplicando e dividindo por
dx =
∫ (a + bx3 )2
1
3b, temos I = (a + bx3 )−2 (3bx2 )dx.
3b
Considere u = (a+bx3 ) então o diferencial du = 3bx2 dx; aplicando a fórmula (3) segue
∫ ∫
1 3 −2 1 1 −1 1
I= (a + bx ) (3bx )dx = 2
u−2 du = − u = − (a + bx3 )−1 + C
3b 3b 3b 3b
∫
x2 1
Portanto, I = 3 2
dx = − (a + bx3 )−1 + C.
(a + bx ) 3b
Exemplo 1.10. ∫
dx
Calcular I =
senh x. cosh2 x
2
Solução.
1 cosh2 x − senh2 x
= = csch2 x − sech2 x
senh2 x. cosh2 x senh2 x. cosh2 x
∫ ∫
dx
pelas fórmulas (19) e (20) resulta I = 2 2 = (csch2 x − sech2 x)dx =
senh x. cosh x
− coth x − tanh x + C.
∫
dx
Portanto, I = = − coth x − tanh x + C.
senh x. cosh2 x
2
Exemplo 1.11.
∫
(3 + 2ex )2
Calcular I = dx
ex
Solução.
∫
∫
(3 + 2ex )2 9 + 12ex + 4e2x
Resolvendo o quadrado: I = dx = dx =
ex ex
∫ ∫ ∫
I = 9 e dx + 12 dx + 4 ex dx = −9e−x + 12x + 4ex + C
−x
Exemplo 1.12. ∫
b
Calcular I = ax ( )x dx.
2
Solução.
∫ ∫
b ab x ( ab )x ab
I= a ( )x dx =
x
( ) dx = 2 ab = ( )x [Ln(a) + Ln(b) − Ln2]−1 + C
2 2 Ln( 2 ) 2
∫
b ab
Portanto, I = ax ( )x dx = ( )x [Ln(a) + Ln(b) − Ln2]−1 + C.
2 2
10 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.13. ∫
Lnx
Calcular I = dx
x
Solução.
1
Suponhamos que u(x) = Lnx, então du(x) = · dx; assim podemos obter a integral
x
original ∫ ∫
Lnx 1
I= dx = u.du = (Lnx)2 + C
x 2
Exemplo 1.14. ∫
dx
Calcular I = .
1 + e2x
Solução. ∫ ∫ ∫
dx e−2x dx e−x dx
I= = =
1 + e2x e−2x (1 + e2x ) e−2x + 1
Suponha u(x) = e−2x + 1, então o diferencial du = −2e−2x dx; logo nossa integral.
∫ ∫
e−x dx 1 du 1 1
I= = − = − Ln(u(x)) + C = − Ln(e−2x + 1) + C
e−2x + 1 2 u 2 2
Exemplo 1.15.
∫ √
cos x
Calcular I = dx
sen5 x
Solução.
∫ √ ∫ √ ∫ √ ∫ √
cos x cos x 1
I= dx = · dx = cot x · csc4 xdx = cot x · csc2 x ·
sen5 x senx sen4 x
dx
Exemplo 1.16. ∫
2x − 1
Calcular I = dx
2x + 3
Solução.
∫ ∫ ∫ ∫
2x − 1 4 dx
A integral I = dx = [1 − ]dx = dx − 2 =
2x + 3 2x + 3 x + 32
Exemplo 1.17. ∫
Determine o valor da integral I = 2x 32x 53x dx
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 11
Solução.
∫ ∫ ∫
2250x
I= x 2x 3x
2 3 5 dx = (2 · 3 · 5 ) · dx =
2 3 x
2250x · dx = +C
Ln2250
∫
2250x
Portanto, I = 2x 32x 53x dx = + C.
Ln2250
Exemplo 1.18. ∫
x+2
Calcular I = √ dx
x
Solução.
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
x+2 x dx √
I= √ dx = √ dx + 2 √ = xdx + 2 x−1/2 dx =
x x x
x3/2 x1/2 2√ 3 √
+2 = x +4 x+C
3/2 1/2 3
∫
x+2 2√ 3 √
Portanto, I = √ dx = x + 4 x + C.
x 3
Exemplo 1.19. ∫
Calcular I = sen (3x − 1) cos(2x + 2)dx
Solução.
1
Lembre que, sen (A). cos(B) = [sen (A + B) + sen (A − B)].
2
Sejam A = 3x − 1, B = 2x + 2; então, A + B = 5x + 1 e A − B = x − 3, logo
∫ ∫
1
I= sen (3x − 1) cos(2x + 2)dx = [sen (5x + 1) + sen (x − 3)]dx =
2
∫ ∫
1 1
= sen (5x + 1)dx + sen (x − 3)dx
2 2
1
Suponhamos que u = 5x + 1, então du = 5dx ou du = dx, de modo análogo,
5
suponhamos que v = x − 3 , então dv = dx assim:
∫ ∫ ∫ ∫
1 1 1 1
I = sen (5x + 1)dx + sen (x − 3)dx = sen u · du + sen v · dv =
2 2 10 2
1 1 1 1
− cos u − cos v = − cos(5x + 1) − cos(x − 3) + C.
10 2 ∫ 10 2
1 1
Portanto, I = sen (3x − 1) cos(2x + 2)dx = − cos(5x + 1) − cos(x − 3) + C.
10 2
Exemplo 1.20. ∫
1
Calcular I = dx
1 + cos2 x
Solução.
12 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.21. ∫
dx
Calcular I= .
x4 − 16
Solução. ∫ ∫
dx 1 1 1
I= = [ 2 − 2 ]dx
x − 16
4 8 x −4 x +4
∫ ∫
dx dx 1 x−2
Da fórmula (24) temos que I = = = Ln | |; e pela
∫x − 4 x −2
2 2 2 4 x+2
∫
1 dx 1 x
fórmula (23) temos que, 2
dx = 2 2
= arctan . Assim,
x +4 x +2 2 2
∫ ∫
dx 1 1 1 1 1 x−2 1 x
I= = [ − 2 ]dx = [ Ln | | − arctan ]
x − 16
4 8 x2 −4 x +4 8 4 x+2 2 2
∫
dx 1 x−2 x
Portanto, I = == [Ln | | −2 arctan ] + C.
x4 − 16 32 x+2 2
Exemplo 1.22.
∫
x2 + 13
Calcular I = √ dx
x2 + 9
Solução.
∫ 2 ∫ 2 ∫ √
x + 13 x +9+4 4
I= √ dx = √ dx = [ x2 + 9 + √ ]dx.
2
x +9 2
x +9 2
x +9
Da fórmula (45) temos que a integral
∫ √ ∫ √
1 √ √
x2 + 9dx = x2 + 32 dx = [x x2 + 33 + 32 Ln(x + x2 + 32 ]
2
Exemplo 1.23.
Seja f : R −→ R uma função contínua em R, de modo que f (0) = 2 e sua função
derivada é representada por:
x
, se x < 1 e x ̸= 0
′
f (x) = |x|
ex , se x > 1
Pela continuidade de f (x) temos que f (0) = f (0+ ) = f (0− ) = 2, então C1 = 2; por
outro lado, f (1+ ) = f (1− ) = e + C2 = 1 + 2, logo C2 = 3 − e.
{
| x | +2, se x ≤ 1
Portanto, f (x) = .
ex + 3 − e, se x > 1
Exemplo 1.24. ∫
3ex
Calcular I = √ dx
1 − e2x
Solução.
Exemplo 1.25.
Estima-se que, dentro de x semanas, a população de um certo tipo de gafanhotos
variará segundo a taxa (7+6x) insetos por semana. A população atual é de 500 gafanhotos.
Qual será a população dentro de nove semanas?
Solução.
Quando x = 0 temos a população atual; assim P (0) = 7(0) + 3(02 ) + C = 500 então
C = 500 e P (x) = 7x + 3x2 + 500.
Dentro de nove semanas a população será P (9) = 7(9) + 3(9)2 + 500 = 806 gafanhotos.
14 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.26.
O lucro marginal de uma fábrica de calçados ao produzir q pares de unidades de cal-
çados é 200 − 4q reais por unidade. Se o lucro obtido com a produção de 100 pares de
unidades é R$500, 00, qual será o lucro máximo da fábrica?
Solução.
Exemplo 1.27.
Calcular a equação da função f (x) cujo coeficiente angular da tangente em qualquer
ponto x, é m = 4x3 + 2 e seu gráfico passa pelo ponto (−2, 10).
Solução.
Para o cálculo de C consideremos o fato que o gráfico de f (x) passa pelo ponto (−2, 10);
isto é f (−2) = (−2)4 + 2(−2) + C = 10 o que implica que C = −2.
Portanto a equação desejada é f (x) = x4 + 2x − 2.
Exemplo 1.28.
Determine a função cujo gráfico possui máximo relativo em x = 2 e mínimo relativo
em x = 6, e passa pelo ponto (0, −3)
Solução.
′
∫ a forma f (x) = (x − 2)(x − 6), logo a antiderivada
então a∫derivada da função tem
1
f (x) = (x − 2)(x − 3)dx = (x2 − 8x + 12)dx = x3 − 4x2 + 12x + C.
3
Observe que pelo fato o gráfico da função f (x) passar por (0, −3) temos que f (0) =
C = −3.
1
Portanto f (x) = x3 − 4x2 + 12x − 3.
3
Exemplo 1.29.
Um fabricante de componentes eletrônicos constata que o custo marginal em reais (R$)
da produção de x unidades de uma peça de filmadora é dada por 40 − 0, 01x reais. Se
o custo de produção de uma unidade é 45 reais, determine a função custo, e o custo de
produção de 50 unidades.
Solução.
Seja C(x) a função de custo total, então a função de custo marginal é dada pela função
C ′ (x); isto é C ′ (x) = 40 − 0, 01x. Logo
∫ ∫
′
C (x)dx = (40 − 0, 01x)dx = 40x − 0, 005x2 + K
Exemplo 1.30.
Seja f (x) =| x − 1 | +x. Mostre que
x se, x < 1
F (x) =
x2 − x + 1 se, x ≥ 1.
Exemplo 1.31.
dy
Considere a equação: + y = x + 1, onde y = f (x) determine o seguinte:
dx
a) Uma solução geral dessa equação (chamada equação diferencial).
Solução. a)
Seja y função de variável x, e consideremos a função implícita F (x, y) = y·ex ; derivando
dy x
F implícitamente em relação à variável x temos que F ′ (x, y) = · e + y · ex .
dx
Com esta idéia, a equação original podemos escrever na forma:
dy x d(y · ex )
· e + y · e = e (x + 1), de onde resulta
x x
= ex (x + 1).
dx dx
∫ ∫ ∫
d(y · e )
x
De onde, dx = e (x + 1)dx ⇒ y · e = ex (x + 1)dx.
x x
dx ∫
Portanto. uma solução geral à equação é: y = e−x · ex (x + 1)dx
Solução. b)
∫
Como ex (x + 1)dx = x · ex , da solução geral temos que
Exercícios 1-1
5 8 x6 − 7x2 + 2
1. 2x8 2. + 2 3.
x x x
1
4. 1 − 2sen 2 x 5. √ 6. e2−5x
a + bx
1 1 x6 − 1
7. √ 8. 9.
3
7x cos2 3x x2 − 1
7. O preço de revenda de um carro decresce a uma taxa que varia com o tempo.
Quando o carro tiver x anos de uso, a taxa de variação de seu valor será 200(x − 9)
reais por ano. Se hoje o carro foi comprado por 12.000, 00 reais, qual será o custo
do carro dentro de cinco anos?
dy x + 6x2
8. Determine uma função y = f (x) que cumpra = √ e passe pelo ponto
dx y
(2, 4).
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 19
as quais não podem ser expressas como “ combinações finitas” de funções elementares.
Do ponto de vista prático, a integração se apresenta como uma operação um tanto mais
complicada que a derivação entanto tínhamos regras gerais de derivação, para a integração
somente é possível fazer artifícios que são válidos para grupos mais ou menos restritos de
funções. Para cada caso particular precisamos uma tentativa, um ensaio pelo que se
recomenda prática, mais prática e mais prática.
3) Depois nossa intenção será achar a função inversa de u(x), isto é temos que achar
x = x(u).
6) Confira depois de simplificações algébricas que o cálculo da nova integral é mais simples
que a inicial 1). (Caso contrário proponha outra substituição em 2).
∫
7) Não esqueça que a resposta para f (x)dx é uma função de variável x. Então uma
vez que você terminou seus cálculos, você deveria substituir parta obter na variável
inicial x.
Observação 1.2.
a) Em geral, se a substituição é boa, você pode não precisar de 3). Calcular o diferencial
de u = u(x), para obter du = u′ (x)dx, logo substitua a variável u = u(x) na nova
integral. Você deveria ter certeza que a variável x desapareceu da integral original.
b) Uma boa substituição às vezes é difícil de achar no início. Então recomendamos não
perder muito tempo no passo 2). Depois de alguma prática você pode começar a
ter um bom palpite para a melhor substituição.
Exemplo 1.32. ∫
Calcular I = x(x2 + 5)75 dx
Solução.
Está claro que, se nós desenvolvemos o (x2 + 5)75 mediante a fórmula de binômio,
acharemos uma função polinomial fácil de integrar. Mas está claro, que isto levará muito
tempo com possibilidade de cometer erros de cálculo.
2
Consideremos a substituição u = ∫ x + 5 (a razão é a∫presença de x na integral).
75
u
Então temos du = 2xdx e I = x(x2 + 5)75 dx = du; podemos conferir que a
2
nova integral é mais fácil calcular, consequentemente
∫
u75 u76
I= du = +C
2 152
que não completa a resposta desde que, a integral indefinida não é uma função de x é de
variável u = u(x).
Então, temos que substituir u através de u(x) ; onde
∫
1
I= x(x2 + 5)75 dx = (x2 + 5)76 + C
125
Propriedade 1.4.
Demonstração.
Para mostrar, é necessário que as derivadas respeito da variável x, da igualdade (1.2)
sejam idênticas.
∫
d( )
Com efeito, temos que: f (x)dx = f (x)
dx
Por outro lado, como h′ (t) ̸= 0 ∀ t ∈ B então h(t) > 0 ou h(t) < 0 logo h(t) é
estritamente crescente ou decrescente em B assim h(t) admite função inversa t = h−1 (x)
dt 1
onde h−1 : A −→ B e = dx .
dx dt
dy dy dt
Pela regra da cadeia = · por tanto, na parte da direta da igualdade (1.2)
dx dt dx
segue que: ∫ ∫
d d dt
[ f (h(t))h (t)dt] = [ f (h(t))h′ (t)dt] ·
′
=
dx dt dx
dt 1
= f (h(t)) · h′ (t) · = f (h(t)) · h′ (t) · dx =
dx dt
1
= f (h(t)) · h′ (t) · = f (h(t)) = f (x)
h′ (t)
As outras igualdades são evidentes.
Observação 1.3.
∫
a) Resumindo, se na integral f (x)dx substituímos x = h(t) e como dx = h′ (t)dt,
∫ ∫
verifica-se f (x)dx = f (h(t))h′ (t)dt.
c) A eleição da função x = h(t) deve ser feita de modo que seja possível calcular a integral
indefinida em função da variável t.
22 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.33. ∫
Calcular I = 5(x5 + 2)3 x4 dx
Solução.
. ∫
1 5
Portanto, I = 5(x4 + 2)3 x4 dx = (x + 2)4 + C.
4
Exemplo 1.34. ∫
√
Calcular I = x 2x + 2dx
Solução.
u−2
Considere u = 2x + 2, então du = 2dx, e x =logo:
2
∫ ∫ ∫ √
√ u − 2 √ du 1 √
I = x 2x + 2dx = [ ] u = [ u3 − 2 u]du =
2 2 4
[ ]
1 2√ 5 4√ 3
I= u − u +C
4 5 3
[ ]
1 2√ 5
4√ 3
Substituindo u = 2x + 2, temos I = (2x + 2) + (2x + 2) + C.
4 5 3
∫
√ 1√ 1√
Portanto, I = x 2x + 2dx = (2x + 2)5 + (2x + 2)3 + C.
10 3
Exemplo 1.35. ∫
Considere-se a ̸= 0, calcular I = cos(ax + b)dx
Solução.
∫
1
I = cos(ax + b)dx = sen (ax + b) + C.
a
Exemplo 1.36. ∫
Calcular I = (2x + 1)20 dx
Solução.
∫
1
I = (2x + 1)20 dx = (2x + 1)21 + C.
42
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 23
Observação 1.4.
∫
a) Considere a ̸= 0, ao determinar a integral f (ax+b)dx podemos omitir a substituição
1
u = ax + b; é suficiente considerar dx = d(ax + b) e deste modo obter a integral
∫ a
1
f (ax + b)dx = F (ax + b) + C onde F é a primitiva de f (x).
a
b) Em geral se temos que integrar o produto de duas funções, a qual uma delas é uma
certa função g(x) e a outra é a derivada de g(x) (com precisão até o fator constante),
então é conveniente efetuar a substituição g(x) = u.
Exemplo 1.37.
∫ √
arcsen x
Calcular I = √ dx
x − x2
Solução.
∫ √ ∫ √
arcsen x arcsen x
I= √ dx = √ √ dx
x − x2 x· 1−x
√ 1 dx
Seja a substituição u = arcsen x, então du = √ √ 2· √
∫ √ ∫ √ 1 − ( x) 2 x
arcsen x arcsen x
Logo, I = √ dx = √ √ dx =
x − x2 x· 1−x
∫ √ ∫
2arcsen x √
I= √ √ dx = 2 u.du = u2 + C = (arcsen x)2 + C
1−x·2 x
∫ √
arcsen x √
Portanto I = √ dx = (arcsen x)2 + C.
x − x2
Exemplo 1.38. ∫
Calcular I = [sen (e−x ) + ex · cos(e−x )]dx
Solução.
Considere u = ex · cos(e−x ), então du = [ex · cos(e−x ) + (ex )sen (e−x ) · (e−x )]dx =
[sen (e−x ) + ex · cos(e−x )]dx, logo na integral original temos que
∫ ∫
−x −x
I= [sen (e ) + e · cos(e )]dx =
x
du = u + C = ex · cos(e−x ) + C
∫
Portanto, I = [sen (e−x ) + ex · cos(e−x )]dx = ex · cos(e−x ) + C.
Exemplo 1.39. ∫
senhx · cosh x
Calcular I = dx
(1 + senh2 x)3
Solução.
24 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.41.
∫
e2x
Calcular a integral: I = √ dx.
1 + ex
Solução.
1 + cos 2θ
Sabe-se que cos2 θ = logo, 2 cos2 θ = 1 + cos 2θ. Observe que:
2
√ √ √ √
√ √ √ √
2 + 2 + 2 + 2 cos(5 x + 1) = 2 + 2 + 2[1 + cos(5 x + 1)] =
v v
u u √ √ √
u u [ √ ] √
u t (5 x + 1) 5 x+1
t
= 2 + 2 + 4 cos2 = 2 + 2 + 2 cos( )=
2 2
√ v √
√ √ u [ √ ]
u
= 2 + 2[1 + cos(
5 x+1 t
)] = 2 + 4 cos 2
5 x+1
=
2 4
√ √ √ √
5 x+1 5 x+1
= 2 + 2 cos( ) = 2[1 + cos( )] =
4 4
√ [ √ ] √
2
5 x+1 5 x+1
= 4 cos = 2 cos( )
8 8
√
5 x+1 5 · dx
Seja u = então, du = √ , assim na integral original temos:
8 16 x
√ √ √ √
∫ 2+ 2+ 2 + 2 cos(5 x + 1) ∫
32 32
I= √ dx = cos u · du = sen u + C
x 5 5
√ √ √ √
∫ 2+ 2+ 2 + 2 cos(5 x + 1) [ √ ]
32 5 x+1
Portanto, I = √ dx = sen + C.
x 5 8
Exemplo 1.43.
Em março de 1987, a população mundial atingiu 5.000.000.000, e estava crescendo à
taxa de 380.000 pessoas por dia. Assumindo taxas de natalidade e mortalidade constantes,
para quando se deve esperar uma população mundial de 10.000.000.000?
Solução.
Consideremos 1987 como o início da observação, logo para o tempo t = 0 (em anos)
corresponde a 1987, sendo a função população P (t) em função do tempo, temos então que
P (0) = 5 × 109 habitantes.
Seja k a constante de proporcionalidade para o crescimento populacional, então no
dP
instante t, temos = k · P de onde
dt
∫ ∫
1 1
· dP = k · dt · dP = k · dt ⇒ LnP = kt + C1
P P
26 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
38 × 104 × 365 38 × 73
38 × 104 × 365 = k · 5 × 109 ek·0 ⇒ k= = = 0, 02774
5 × 10 9 105
de onde k = 0, 02774
Assim, temos que P (t) = 5 × 109 e0,02774t
Queremos saber qual o valor de t quando P (t) = 10.000.000.000 = 1010 , isto é
Exercícios 1-2
∫ √
dx −3 3 (cot x − 1)2
23. √ = +C
sen 2 x( 3 cot x − 1 2
∫
4 · dx 2x + 5
24. √ = 2arcsen[ ]+C
−4x − 20x − 9
2 4
∫ √ √
1 2x + 3
25. −4x2 − 12x − 5 · dx = [(2x + 3) −4x2 − 12x − 5 + 4arcsen( )] + C
4 2
∫ √ √
dx
26. √ √ = 2 Ln(x + 1 + x2 ) + C
(1 + x2 )Ln(x + 1 + x2 )
∫ arctan x
e + xLn(x2 + 1) + 1 1
27. 2
· dx = earctan x + Ln2 (x2 + 1) + arctan x + C
1+x 4
∫ √ √
2 + x2 − 2 − x2 x x
28. √ · dx = arcsen( √ ) − arcsenh( √ ) + C
4 − x4 2 2
∫
dx 1 √ √
29. √ √ = [( (x + 1)3 − (x − 1)3 ] + C
x−1+ x+1 3
28 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫ ∫
dx sen x + cos x dx
28. √ 29. dx 30. √
1+x 3 + sen 2x 1 − x2
∫ √ ∫ ∫
x · dx dx x2
31. √ 32. √ 33. √ · dx
a3 − x3 (x + 1) x 1 + x6
∫ √ ∫ 2
a−x x · dx
34. √ dx 35.
x a6 − x6
∫ ∫
′
Então se uma das duas integrais u (x)v(x)dx ou u(x)v ′ (x)dx é fácil calcular,
podemos usar este resultado para adquirir a outra. Esta é a idéia principal de “integração
por partes”. Intuitivamente explicarei esta técnica.
∫
1) Escreva a integral a calcular: I = f (x)·g(x)dx onde você identifica as duas funções
f (x) e g(x). Note que somente uma função estará determinada (por exemplo
suponha f (x)), então fixe a segunda a ser determinada (neste caso sería g(x)).
O primeiro problema que a pessoa enfrenta lidando com esta técnica é a escolha a ser
utilizada no passo 2); não há nenhuma regra geral para seguir; na verdade é uma questão
de experiência. Observe o seguinte exemplo:
Exemplo 1.44. ∫
Calcular I = Lnx · dx
Solução.
∫
1
Podemos supor u = Lnx e dv = dx, então du = dx e v = 1 · dx = x, logo
∫ ∫ x
1
I = Lnx · dx = x · Lnx − dx = x · Lnx − x + C.
x
32 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫
Portanto, I = Lnx · dx = x · Lnx − x + C.
Esta fórmula é conhecida como “fórmula de integração por partes”. Na prática esta
fórmula é bastante útil e consiste em expressar o elemento de integração como o produto
de dois fatores; de uma função u = u(x) e do diferencial de uma função v = v(x) denotado
por dv, de modo que determina-se a função v do diferencial dv, e o cálculo da nova∫integral
∫
v · du constituem em conjunto um problema simples que o cálculo da integral u · dv;
esta fórmula pode ser utilizada mais de uma vez na solução de uma integral.
Para decompor o elemento de integração dado em dois fatores u e dv, normal-
mente traba- lhamos com nossa função u = u(x) como aquela que simplifica-se com
a derivação; por exemplo, nais integrais que aparecem alguma destas funções xn (n ∈
N), Lnx, arcsenx, arcsenhx; etc., considera-las como u(x). Isto não é regra geral, na
prática a habilidade e a experiência de quem calcula é a melhor ferramenta.
Observação 1.5.
Exemplo 1.45. ∫
Calcular I = (x2 + 3x − 1)e2x dx
Solução.
1 x2 x2
Considere-se u = Lnx e dv = x.dx; então du = dx e v = ; logo I = Lnx −
∫ 2 2 ∫ x
2
2 2
1 x x 1 1 x
· · dx = Lnx − x · dx = [x2 Lnx − ] + C.
x 2 2 2 2 2
1 2 x2
Portanto, I = [x Lnx − ] + C.
2 2
Exemplo 1.47. ∫
Calcular I = x2 · ex · dx
Solução.
∫
Seja u = x e dv = e · dx; então du = 2xdx e v = e ; logo I =
2 x x
x2 · ex · dx =
∫
x · e − 2 x · ex · dx. Conseguimos diminuir o grau do polinômio de x em uma unidade.
2 x
∫
Para calcular J = x·ex ·dx aplicamos mais uma vez integração por partes. Considere-se
∫
u = x e dv = e dx, então du = dx e v = e ; logo J = x · e − ex · dx = x · ex − ex .
x x x
∫
Portanto temos I = x2 · ex · dx = ex [x2 − 2x + 2] + C.
Observação 1.6.
∫
Suponha que temos uma integral da forma u · dv.
∫ ∫ ∫
a) Para as integrais do tipo ax
P (x)e dx, P (x)sen ax · dx, P (x) cos ax · dx onde
P (x) é um polinômio, recomenda-se considerar u = P (x) e dv = ? como uma das
expressões eax dx, sen (ax)dx ou cos(ax)dx respectivamente.
∫ ∫ ∫
b) Para as integrais do tipo P (x)Lnx · dx, P (x)arcsenax · dx, P (x) arccos ax · dx
recomenda-se considerar a função u como uma das funções Lnx, arcsenx ou arccos x
e dv = P (x)dx.
34 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.48. ∫
Calcular I = x · sen 2 x · dx
Solução.
∫ ∫
1 − cos 2x
Seja u = x e dv = sen x · dx então du = dx e v = sen x · dx =
2 2
dx =
∫ ∫ 2
x sen 2x x sen 2x x sen 2x x
− ; logo I = x · sen 2 x · dx = x[ − ]−[ − dx] = [2x −
2 4 2 4 2 4 4
2
x cos 2x 1
sen 2x] − − = [2x2 − x · sen 2x + cos 2x] + C.
4 8∫ 8
1
Portanto, I = x · sen 2 x · dx = [2x2 − x · sen 2x + cos 2x] + C.
8
Exemplo 1.49. ∫
Calcular I = x · sen x · dx
Solução.
∫
Se u = x e dv = senx · dx, então du = dx e v = − cosx; logo I = x · sen x · dx =
∫
−x · cos x + cos x · dx := −x · cos x + sen x + C.
∫
Portanto, I = x · sen x · dx = − x · cos x + sen x + C.
Suponha a solução de outro modo, se escolhemos u = sen x e dv = x · dx então
1
du = cos x · dx e v = x2 e
2
∫ ∫
1 2 1
I = x · sen x · dx = x sen x − x2 cos x · dx
2 2
de onde teríamos a resolver uma integral mais complexa que a inicial, pois o grau de x
haveria sido aumentado em uma unidade.
Exemplo 1.50. ∫
Calcular I = ex sen x · dx
Solução.
∫
Observe em (1.4) que, J = ex sen x · dx também é uma integral por partes; seja
∫
u = e e dv = cos x · dx, então u = e e v = sen x. Assim a integral J = ex cos x · dx =
x x
∫
e sen x − ex sen x · dx = ex sen x − I
x
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 35
∫
Em (1.4) temos que I = ex sen x · dx = − ex cos x + J = − ex cos x + ex sen x − I,
logo 2I = ex (senx∫− cosx).
1 x
Portanto, I = ex sen x · dx = e (sen x − cos x) + C.
2
Exemplo 1.51.
Discuta a∫aplicação da fórmula de integração por partes na solução da seguinte integral:
1 1 1
Seja I = · dx, considere u = e dv = dx, logo du = − 2 dx e v = x, assim
x x x
∫ ∫ ∫
1 1 1 1
I= · dx = · x − x · (− 2 ) · dx = 1 + · dx = 1 + I
x x x x
então I = 1 + I.
Portanto, 0 = 1 !
Exemplo 1.52. ∫
dx
Deduzir a fórmula de recorrência para a integral In =
(x2 + a2 )n
Solução.
∫ ∫
dx 1 (a2 + x2 − x2 )dx
Observe que: In = 2 2 n
= 2 =
(x + a ) a (x2 + a2 )n
∫ ∫
1 dx 1 x2 · dx 1 1
= 2 2 2 n−1
− 2 2 2 n
= 2 In−1 − 2 J
a (x + a ) a (x + a ) a a
isto é:
∫
dx 1 1
In = = 2 In−1 − 2 J (1.5)
(x2 2
+a ) n a a
∫ ∫
x2 · dx x · x · dx
onde J = 2 2 n
=
(x + a ) (x2 + a2 )n
x · dx 1
Seja u = x e dv = 2 então du = dx e v = − logo
(x + a ) 2 n 2(n − 1)(x2 + a2 )n−1
∫
x 1 dx
J =− +
2(n − 1)(x + a )
2 2 n−1 2(n − 1) (x2 + a2 )n−1
[ ∫ ]
1 1 x 1 dx
Em (1.5), In = 2 In−1 − 2 − + =
a a 2(n − 1)(x2 + a2 )n−1 2(n − 1) (x2 + a2 )n−1
1 1 x 1
In = In−1 − 2 [− + In−1 ] =
a 2 a 2(n − 1)(x + a )
2 2 n−1 2(n − 1)
x 2n − 3
= + In−1
2a2 (n − 1)(x2 + a2 )n−1 a2 (2n − 2)
36 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
x 2n − 3
Portanto, In = + 2 In−1
2a2 (n − 1)(x + a )
2 2 n−1 a (2n − 2)
Quando n = 2 obtemos a integral I2 por meio de funções elementares. Quando n = 3
conseguimos a integral I3 que depende da integral já calculada I2 . Em geral podemos
calcular In para qualquer n ∈ N.
Exemplo 1.53. ∫
1
Suponha que a integral e2x cos 2x · dx = e2x (cos 2x + sen 2x).
∫ 4
Determine a integral I = e2x cos2 x · dx.
Solução.
∫
Considere-se a integral J = e2x sen 2 x · dx, então temos que:
∫ ∫
I +J = e cos x · dx +
2x 2
e2x sen 2 x · dx =
∫
1
I +J = e2x · dx = e2x . (1.6)
2
1 2x
I −J = e (cos 2x + sen 2x) (1.7)
4
Exemplo 1.54.
Determine se, a seguinte igualdade é verdadeira:
∫
dx √ √ √ √
√ √ = 2( 2x + 1 + x) − 2[arctan 2x + 1 + arctan x] + C
2x + 1 − x
Solução.
mesmas temos:
√ √
√ √ 2 1 2 x + 2x + 1
f1 (x) = 2x + 1 + x ⇒ f1′ (x) = √ + √ = √ √
2 2x + 1 2 x 2 x 2x + 1
√ 1 2
f2 (x) = arctan 2x + 1 ⇒ f2′ (x) = √ · √ =
( 2x + 1)2 + 1 2 2x + 1
1
= √
2(x + 1) 2x + 1
√ 1 1 1
f3 (x) = arctan x ⇒ f3′ (x) = √ 2 · √ = √
( x) + 1 2 x 2(x + 1) x
Logo, se
√ √ √ √
F (x) = 2( 2x + 1 + x) − 2[arctan 2x + 1 + arctan x] + C
sua derivada é:
√ √ [ ]
′ 2 x + 2x + 1 1 1
F (x) = 2( √ √ )−2 √ + √
2 x 2x + 1 2(x + 1) 2x + 1 2(x + 1) x
√ √ [√ √ ]
2 x + 2x + 1 1 x + 2x + 1
Assim, F ′ (x) = √ √ − √ √ ⇒
x 2x + 1 (x + 1) x 2x + 1
1 [ √ √ √ √ ]
′
F (x) = √ √ √ √ (2 x + 2x + 1)( x − 2x + 1) + 1
x 2x + 1( x − 2x + 1)
√ √ [ ] √ √
′ x + 2x + 1 1 x + 2x + 1 x
F (x) = √ √ 1− = √ √ ·
x 2x + 1 x+1 x 2x + 1 x+1
De onde:
1
F ′ (x) = √ √
2x + 1 − x
Portanto, a igualdade
∫
dx √ √ √ √
√ √ = 2( 2x + 1 + x) − 2[arctan 2x + 1 + arctan x] + C
2x + 1 − x
é verdadeira.
Exemplo 1.55.
Suponha n ̸= 1 , deduzir a fórmula de recorrência para a integral
∫
In = (a + bxp )n · dx
38 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Solução.
∫ ∫
In = x(a + bx ) − np
p n p n
(a + bx ) dx + npa (a + bxp )n−1 dx
Exercícios 1-3
5. Combine-se as duas soluções do exercício anterior para obter uma identidade im-
pressionante.
∫ ∫
dx
6. Expressar Ln(Lnx) · dx em função de, (as duas integrais não são
Ln
possíveis expressar como combinação de funções elementares)
∫
2g(x)f ′ (x) − f (x)g ′ (x) f (x)
7. Mostre que a fórmula √ dx = √ + C é válida.
2[ g(x)]3 g(x)
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 41
Caso 1. a) Se m é ímpar positivo, então escreva sen m−1 x em função de cos x e considere
a substituição cos x = t. De modo análogo para o caso da função hiperbólica;
utilizando a identidade sen 2 x = 1 − cos2 x (ou cosh2 x + 1 = senh2 x).
Caso 2. Quando ambos os expoentes m e n são pares não negativos, recomenda-se usar
1 − cos 2x cosh 2x − 1
umas das identidades: sen 2 x = (ou senh2 x = ) ou cos2 x =
2 2
cos 2x + 1 cosh2x + 1
(ou cosh2 x = ) . Se m + n = −2k onde k ∈ N é conveniente
2 2
usar t = tan x ou t = cot x
Caso 3. Em geral se m e n são inteiros, calculamos a integral com ajuda das fórmulas
de recorrência, as que se deduzem mediante integração por partes.
Observação 1.7.
sen x 1
Suponhamos que, u = sen x e dv = 2k+1
dx, então du = cos x.dx e v =
cos x 2k. cos2k x
e mediante a integração por partes obtemos:
∫
sen x 1 dx sen x 1
I2k+1 = 2k
− dx + I2k−1 = + (1 − )I2k−1
2k. cos x 2k cos2k−1 x 2k
2k. cos x 2k
Exemplo 1.56.
Calcular as integrais:
∫ ∫ √
a) I = sen x · cos x · dx
3 4
b) J = senh5 x · cosh xdx
Solução. a) ∫ ∫
Temos que I = sen x·cos x·dx = sen 2 x·cos4 x·sen x·dx, sendo sen 2 x = 1−cos2 x
3 4
∫
então I = (1 − cos2 x) cos4 x · sen x · dx como cos x = t e d(cos x) = − dt; na integral
∫
1 1
original I = (t6 − t4 )dt = t7 − t5 + C.
∫ 7 5
1 1
Portanto I = sen 3 x · cos4 x · dx = cos7 x − cos5 x + C.
7 5
Solução. b)
Seja cosh x = t, então dt = senhx.dx, logo temos
∫ √ ∫ √
J= senh x · 5
cosh x · dx = senh4 x cosh x · senhx · dx =
∫ ∫ √ √
√ √ 2 √ 11 4 √ 7 2 √ 3
= (t − 1) t · dt = ( t9 − 2 t5 + t)dt =
2 2
t − t + t +C
11 7 3
2√ 4√ 2√
Portanto, J = cosh11 x − cosh7 x + cosh3 x + C.
11 7 3
Exemplo 1.57.
Calcular as integrais:
∫ ∫
a) I= sen 2 x · cos4 x · dx b) J= senh4 x · dx
Solução. a)
∫ ∫
1 − cos 2x 1 + cos 2x 2
Temos que a integral I = sen x · cos x · dx = [2
][ 4
] · dx,
∫ 2 2
1
efetuando operações resulta I = (1 + cos 2x − cos2 2x − cos3 2x)dx .
∫ 8
∫
1 1 1
A integral cos 2x · dx =
2
(1 + cos 4x)dx = x + sen 4x.
2 2 8
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 43
1 1 1 1 1 1
Assim, I = [x + sen 2x − x − sen 4x − sen 2x + sen 3 2x].
8 ∫ 8 2 8 2 6
1 1 1
Portanto, I = sen x · cos x · dx = [x − sen 4x + sen 3 2x] + C
2 4
16 4 3
Observe que esta integral podemos resolver mediante a identidade 2sen x. cos x =
sen 2x. ∫ ∫
1
I = sen x · cos x · dx =
2 4
sen 2 2x · cos2 x · dx =
4
∫ ∫
1 1 1
= sen 2x · (1 + cos 2x)dx =
2
sen 2 2x · dx + sen 3 2x
8 8 48
∫ ∫
1 1 1 sen 4x
A integral sen 2x · dx =
2
(1 − cos 4x)dx = [x − ].
8 [ 16 ] 16 4
1 sen 4x sen 3 2x
Portanto, I = x− + + C.
16 4 3
Solução. b)
Mediante a identidade recomendada, temos que:
∫ ∫ ∫
cosh 2x − 1 2 1
J= senh x · dx =
4
( ) dx = (cosh2 x − 2 cosh 2x + 1)dx =
2 4
∫
1 cosh 4x + 1
= ( − 2 cosh 2x + 1)dx =
4 2
∫
1 1 senh4x
= (cosh 4x − 4 cosh 2x + 3)dx = [ − 2senh2x + 3x] + C
8 8 4
1
Portanto, J = [senh4x − 8senh2x + 12x] + C.
32
Exemplo 1.58.
Calcular as integrais:
√
∫ 3
sen x ∫ dx
a) I = √ · dx b) J =
3
cos13 x cos3 x
Solução. a)
1 13
Observe que − = −4, para o cálculo da integral a transformamos em função da
3 3
tangente. ∫ √ ∫ √
3
sen x dx
Logo I = √ · dx =
3
tan x · =
3 13
cos x cos4 x
∫
√ 3√ 3 3√3
tan x(1 + tan2 x) sec2 x · dx =
3
= tan4 x + tan10 x + C
4 10
44 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Solução. b)
Mediante a fórmula da Observação (1.7), temos que k = 1; logo
∫ ∫
dx sen x 1 dx sen x 1
J= 3
= I3 = 2
+ = 2
+ Ln(tan x + sec x) + C
cos x 2 cos x 2 cos x 2 cos x 2
sen x 1
Portanto, J = 2
+ Ln(tan x + sec x) + C.
2 cos x 2
∫ ∫
m n
1.3.3.2 Integrais do tipo: tan x sec x.dx e cotm x cscn x.dx
Quando m é ímpar e n par, ambos positivos devemos utilizamos uma das seguintes
identidades: sec2 x − tan2 x = 1 ou sech2 x + tanh2 x = 1 ou csc2 x − cot2 x = 1 ou
coth2 x − csch2 x = 1.
Caso 1. Se m é ímpar positivo, na integral, isole o fator tan x. sec x.dx ou cot x. csc x.dx
ou tanh x.sechx.dx ou coth x.cschx.dx, e. O resto dos fatores expressar em função
de sec x ou csc x, ou sechx, ou cschx respectivamente.
Caso 2. Se n é um inteiro par positivo, na integral, isole o fator sec2 x ou csc2 x ou sech2 x
ou csch2 x, e o resto dos fatores escreva em função de tan x ou cot x ou tanh x ou
coth x respectivamente.
Exemplo 1.59.
Calcular as integrais:
∫
tan3 x ∫ √
a) I = · dx b) J = tanh3 x · sechx · dx
sec4 x
Solução. a)
Observe que:
∫ ∫ ∫
tan3 x tan2 x (sec2 x − 1)
I= · dx = · tan x · sec ·dx = · tan x · sec x · dx
sec4 x sec5 x sec5 x
1
Portanto I = cos2 x(cos2 x − 2) + C
4
Solução. b)
∫ √ ∫
tanh3 x
Pelo Caso 1., temos que J = tanh x · sechx · dx =
3
√ · tanh x · sechx · dx =
∫ sechx
(1 − sech2 x)
√ · tanh x · sechx · dx.
sechx ∫ √ √
Fazendo t = sechx resulta dt = −sechx · tanh x · dx. Logo J = − ( t−1 − t3 )dt =
√ 2√ 5 2√ √ 2√
−[2 t − t ] + C = [ sech5 x − 5 sechx] + C = sechx[sechx − 5] + C
5 5 5
2√
Portanto, J = sechx [sechx − 5] + C.
5
Exemplo 1.60.
Calcular as integrais:
∫ √
∫
a) I= csch6 x · dx b) J= sec4 x · tan3 x · dx
Solução. a)
∫ ∫
= (coth x − 2 coth x + 1) · csch x · dx = −
4 2 2
(t4 − 2t2 + 1)dt =
1
− [ coth5 x − coth3 x + coth x] + C
5
1
Portanto, I = − coth5 x + coth3 x − coth x + C.
5
Solução. b)
∫ √ ∫ √
J= sec x ·
4
tan x · dx =
3
sec2 x · tan3 x · sec2 x · dx =
∫ √
= (1 + tan2 x) · tan3 x · sec2 x · dx
∫ √ √ 2√ 5 2√ 9
considere t = tan x, então dt = sec x · dx, logo J = ( t3 + t7 )dt =
2
t + t + C.
5 9
2√ 5 2√ 9
Portanto, J = tan x + tan x + C.
5 9
46 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫
2n+1
1.3.3.3 Integrais do tipo: sec x dx e csc2n+1 x dx
isto é ∫
cos x 3
I=− 4
+ csc3 x · dx
4sen x 4
∫
Aplicando novamente a fórmula à integral J = csc3 x · dx observe que aqui n = 1 e
temos: ∫
cos x 1 cos x 1 x
J =− + (1 − ) csc x · dx = − + Ln[tan( )]
2sen 2 x 2 2sen 2 x 2 2
[ ]
cos x 3 cos x 1 x
Assim, I = − + − + Ln[tan( )]
4sen 4 x 4 2sen 2 x 2 2
cos x 3 cos x 3 x
Portanto, I = − 4
− 2
+ Ln[tan( )] + C.
4sen x 8sen x 8 2
Observação 1.8. ∫
x
No exemplo precedente, mostre que realmente csc x · dx = Ln[tan( )] + C, e deter-
2
mine fórmulas recorrentes para as funções hiperbólicas da secante e cossecante.
1
a) sen (mx). cos(nx) = [sen (m − n)x + sen (m + n)x]
2
1
b) sen (mx).sen (nx) = [cos(m − n)x − cos(m + n)x]
2
1
c) cos(mx). cos(nx) = [cos(m − n)x + cos(m + n)x]
2
1
d) senh(mx). cosh(nx) = [senh(m − n)x + senh(m + n)x]
2
1
e) senh(mx).senh(nx) = [cosh(m − n)x − cosh(m + n)x]
2
1
f) cosh(mx). cosh(nx) = [cosh(m − n)x + cosh(m + n)x]
2
Lembre que:
Exemplo 1.62.
Calcular as integrais:
∫ ∫
a) I = senh4x · senh3x · dx b) J = cos 4x · cos 3x · dx
Solução. a)
Considere m = 4 e n = 3, então temos que
∫ ∫
1 1 1
I= senh4x · senh3x · dx = (cosh 7x − cosh x)dx = [ senh7x − senhx] + C
2 2 7
1 1
Portanto, I = senh7x − senhx + C.
14 2
Solução. b)
Considere m = 4 e n = 3, então temos que
∫ ∫
1 1 1
J= cos 4x · cos 3x · dx = (cos x + cos 7x)dx = [sen x + sen 7x] + C
2 2 7
1 1
Portanto, J = sen x + sen 7x + C.
2 14
Exemplo 1.63.
48 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Calcular as integrais:
∫
∫
a) I= cosh 4x · senhx · dx b) J= sen 2x · cos 3x · dx
Solução. a)
∫ ∫
A integral I = cosh 4x · senhx · dx = senhx · cosh 4x · dx , então m = 1 e n = 4
logo, ∫
1 1 1 1
I= (senh5x − senh3x)dx = [ cosh 5x − cosh 3x] + C
2 2 5 3
1 1
Portanto, I = cosh 5x − cosh 3x + C.
10 6
Solução. b)
∫ ∫
1 1
Temos J = sen 2x · cos 3x · dx = [sen (2 − 3)x + sen (2 + 3)x]dx = [cos x −
2 2
1
cos 5x] + C.
5
1 1
Portanto, J = [cos x − cos 5x] + C.
2 5
Exemplo 1.64.
Calcular as integrais:
∫ ∫
sen 4 x + cos4 x cos x · dx
a) I = · dx b) J = √
sen 2 x − cos2 x 3
(2sen x)7 · cos8 x
Solução. a)
∫ ∫
sen 4 x + cos4 x (sen 2 x + cos2 x)2 − 2sen 2 x · cos2 x
I= · dx = − · dx =
sen 2 x − cos2 x sen 2 x − cos2 x
∫ ∫ ∫
1 2 − sen 2 2x 1 1 + cos2 2x 1
= − · dx = − · dx = − sec 2x + cos 2x)dx =
2 cos 2x 2 cos 2x 2
1
= − [Ln(sec 2x + tan 2x) − sen 2x] + C
4
1
Por tanto, I = − [Ln(sec 2x + tan 2x) − sen 2x] + C.
4
Solução. b) ∫ ∫
cos x · dx cos x · dx
J= √ = √ =?
3
(2sen x)7 · cos8 x 3
2 sen 7 x · cos8 x
7
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 49
esta integral não é nenhum dos casos estudados; é conveniente transformar em outras
funções como por exemplo em tangente ou secante.
∫ ∫ ∫
cos x · dx 1 sec4 x 1 1 + tan2 x
J= √ = √ √ dx = √ √ · sec2 x · dx
(2sen x)7 · cos8 x
3 3 3
3
27 tan8 x 432 8
tan x
Considere t = tan x, então dt = sec2 x · dx; logo a integral original resulta em:
∫ √ √ √
1 1 3 3 −5 √
J= √ ( t + t )dt = √
−8 −2
3 3 3
[− t + 3 t] + C
432 432 5
3 √ 1√
Portanto, J = √
3
−
3
3
[ tan x cot5 x] + C.
4 2 5
Exemplo 1.65.
∫
sen 2 x
Calcular a integral: I = · dx.
cos6 x
Solução.
∫ ∫ ∫ ∫
sen 2 x
I= · dx tan x · sec x · dx =
2 4
tan x(1 + tan x) sec x · dx =
2 2 2
(t2 + t4 )dt
cos6 x
1 1
onde t = tan x, e dt = sec2 x · dx. Logo, I = t3 + t5 + C.
3 5
1 3 1 5
Portanto, I = tan x + tan x + C.
3 5
a u √
a +u
2 2 u
s t
√ s t
a2 − u2 a
Caso I
Se o trinômio tem a forma a2 − u2 , recomenda-se a substituição u = a · sen t, a > 0;
√
logo temos que du · t = a · cos t · dt, observe que a2 − u2 = a · cos t.
Para voltar à variável original u utilizarmos as relações do triângulo da Figura (1.1).
Caso II
Se o trinômio tem a forma u2 + a2 , recomenda-se a substituição u = a · tan t; logo
√
temos que, du = a · sec2 t · dt, observe que a2 + u2 = a · sec t.
Para voltar à variável original u utilizarmos as relações do triângulo da Figura (1.2).
Caso III
Se o trinômio tem a forma u2 − a2 , recomenda-se
a substituição u = a · sec t, u > 0; logo temos que,
√
du = a·sec t·tan t·dt, observe que u2 − a2 = a·tan t. √
u u2 − a2
Para voltar à variável original u utilizarmos as re-
lações do triângulo da Figura (1.3).
s t
a
Exemplo 1.66. ∫ √ Figura 1.3: Caso III
Calcular a integral: I = 9 − x2 dx
Solução.
∫
9 9 sen 2t 9
= [t −
(1 + cos 2t)dt = ] + C = [t + sen t · cos t] + C
2 2 2 2
√
9 x x 9 − x2
Da Figura (1.4) resulta: I = [arcsen( ) + ] + C.
2 3 9
√
3 x x x2 − 16
s t √ s t
9 − x2 4
Exemplo 1.67.
∫
x3 · dx
Calcular a integral: I = √
x2 − 16
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 51
É uma integral do terceiro caso, seja x = 4 sec t, então dx = 4 sec t · tan t · dt, logo:
∫ ∫
64 sec3 t · 4 · sec t · tan t · dt
I= √ = 64 sec4 t · dt =
16 sec2 t − 16
∫
1
= 64 (1 + tan2 x) sec2 x · dx = 64[tan t + tan3 t] + C
3
√ 1√ 2
Da Figura (1.5) temos: I = 16 x2 − 16 + (x − 16)3 .
3
1√ 2
Portanto, I = x − 16(x2 + 32) + C.
3
Exemplo 1.68.
∫
x2 · dx
Calcular a integral: I = √
x2 + 2x + 10
Solução.
Observe que : √
∫ ∫ x2 + 2x + 1 x+1
x2 · dx x2 · dx
I= √ = √ .
x2 + 2x + 10 (x + 1)2 + 32 s t
3
Seja x + 1 = 3 tan t, então dx = 3 sec t · dt, logo:
2
Figura 1.6:
∫ ∫
x2 · dx (3 tan t − 1)2 · 3 sec2 t · dt
I= √ = =
x2 + 2x + 10 3 sec t
∫ ∫
= (3 tan t − 1) · sec t · dt = (9 tan2 t − 6 tan t + 1) · sec t · dt =
2
∫ √ ∫ ∫
=9 sec t − 1 · tan t · sec t · dt − 6 tan t · sec t · dt + sec t · dt =
2
9 7
= sec t · tan t − 3 sec2 t − Ln(sec t − tan t) + C
2 2
√
Da Figura (1.6) temos que: 3 tan t = x + 1 e 3 sec t = x2 + 2x + 10, assim:
1 √ 1 √ 7 √
I = (x + 1) x2 + 2x + 10 − ( x2 + 2x + 10)2 − Ln( x2 + 2x + 10 + x + 1) + C
2 3 2
1√ 2 7 √
Portanto, I = − x + 2x + 10(2x2 + x + 17) − Ln( x2 + 2x + 10 + x + 1) + C.
6 2
Observação 1.9.
Das propriedades de logaritmo, e para C1 constante temos que
Exemplo 1.69.
∫
e−x · dx
Calcular a integral: I = √
(9e−2x + 1)3
Solução.
Observe a Figura (1.7), podemos aplicar a substituição do segundo caso; isto é seja
tan t = 3 · e−x , então sec2 t.dt = −3 · e−x · dx e a integral transforma-se em:
∫ ∫
1 sec2 t · dt 1 1 −e−x
I=− =− cos t · dt = − sen t + C = √ +C
3 3
sec t 3 3 9e−2x + 1
−e−x
Portanto, I = √ + C.
9e−2x + 1
√ √
9e−2x + 1 3e−x 2x − 3 2 x2 − 3x + 2
s t s t
1 1
Exemplo 1.70.
∫ √
x 1−x
Calcular a integral: I = √ dx
2−x
Solução.
∫√ ∫ √ √
x 1−x x 1−x· 1−x
I= √ dx = √ √ dx =
2−x 2−x· 1−x
∫ ∫
x(1 − x) x(1 − x) · dx
= √ = √
x2 − 3x + 2 (x − 23 )2 − ( 12 )2
1 1 1
Da Figura (1.8) temos x − = sec t, então dx = sec t · tan t · dt, logo:
3 2 2
∫ ∫
x(1 − x) · dx ( 12 sec t + 32 )(1 − 32 − 12 sec t) · 12 sec t · tan t · dt
I= √ = 1 =
(x − 32 )2 − ( 12 )2 2
tan t
∫
1
= sec3 t + 4 sec2 t + 3 sec t)dt =
4
∫ √
3 1
= − tan t − Ln(sec t + tan t) − 1 + tan2 t · sec2 t · dt =
4 4
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 53
1 7
=− tan t(8 + sec t) − Ln(sec t + tan t) + C1
8 8
√
x2 − 3x + 2 7 √
Portanto I = − (2x + 5) − Ln(2x − 3 + 2 x2 − 3x + 2) + C.
4 8
Observação 1.10.
√ √ √
Quando o integrando apresenta expressões da forma a2 − u2 , a2 + u2 , ou u2 − a2
a substituição por funções hiperbólicas é recomendada.
√ √
Deste modo, para a2 − u2 recomenda-se u = a · tanh t, onde a2 − u2 = a · secht;
√ √ √
para a2 + u2 recomenda-se u = a · senht, onde a2 + u2 = a · cosh t e para u2 − a2
√
recomenda-se u = a · cosh t, onde u2 − a2 = a · senht.
Exemplo 1.71. ∫ √
Calcular a integral: I = x2 x2 + 4 · dx
Solução.
∫ √ ∫
Seja x = 2senht, então I = 2
x x2 + 4 · dx = 4senh2 t · 2 cosh t · cosht · dt =
∫ ∫ ∫
= 16 senh t · cosh t · dt = 4
2 2
senh 2t · dt = 2
2
(cosh 4t − 1)dt =
1
= senh4t − 2t + C = 2senht · cosh t(senh2 t + cosh2 t) − 2t + C =
2
1 √ 2 x2 x2 + 4 x
= x x + 4( + ) − 2senh−1 ( ) + C
2 4 4 2
1 √ x
Portanto, I = x x2 + 4(x2 + 2) − 2senh−1 ( ) + C.
4 2
Exemplo 1.72. ∫
dx
Resolver a integral: I = √
2
x x +x+1
Solução.
√
1 3 2
Temos que x2 +x+1 = (x+ )2 +( ) , logo, nossa integral original podemos escrever
∫ 2 2 ∫ √ 2
dx x +x+1
na forma: I = √ = I1 − I2 − I3 onde I1 = dx,
2
x x +x+1 x
∫ ∫
1 1 (x + 12 )dx
I2 = √ dx e I3 = √
2 x2 + x + 1 x2 + x + 1
Temos que a solução da integral I1 é muito trabalhosa, por isso vamos omitir o seu
desenvolvimento, não acontecendo o mesmo com as outras duas integrais que são imediatas
54 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
√ √
∫
(x + 1
)dx 1 2 3 2 √ 2
I3 = √ √
2
= (x + ) + ( ) = x +x+1
1 2 3 2 2 2
(x + 2 ) + ( 2 )
[ ] [ ]
√ 1 2√ 1 (2 + x)
2
I1 = x + x + 1 + arcsenh 3(x + ) − arctan √
2 3 2 2 x2 + x + 1
Portanto,
[ ] [ ] [ ]
1 2√ 1 (2 + x) 1 1 √
I = arcsenh 3(x + ) −arctan √ − Ln (x + ) + x + x + 1 +C
2
2 3 2 2 x2 + x + 1 2 2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 55
Exercícios 1-4
∫ √ √
dx x2 + 3 (x2 + 3)3
21. √ = − +C
x4 x2 + 3 9x 27x3
∫ √
1 √ √
22. 4 + x2 = [x 4 + x2 + Ln(x + 4 + x2 )] + C
2
∫ √
dx 1 x2 + 2x
23. √ = arcsec(x + 1) + +C
(x + 1)3 x2 + 2x 2 2(x + 1)2
∫ √
sen x · dx
24. √ = − Ln(cos x + 2 + cos2 x + 4 cos x + 1) + C
cos2 x + 4 cos x + 1
∫ √
x2 − 3 1 3 x2
25. √ · dx = [Ln(x2 + x4 − 4) − arcsec( )] + C
x x2 − 4 2 2 2
∫ √ √
dx 1 x − 3 4 − x2
26. √ = Ln[ √ √ ]+C
(x2 − 3) 4 − x2 2 x + 3 4 − x2
∫ √
dx x + x2 + 1
27. √ = Ln[ √ ]+C
(x2 + 1)(x + x2 + 1) x2 + 1
∫
x5 · dx x2 − 9 4
28. √ = (x − 4x2 + 19) + C
x2 − 9 5
∫ √ √
x 1−x x2 − 3x + 2 7 √
29. √ · dx = − (5 + 2x) − Ln(2x − 3 + 2 x2 − 3x + 2) + C
2−x 4 8
∫ √
√ 2
x +4 2 x
30. x2 x2 + 4 · dx = (x + 2) − senh−1 ( ) + C
4 2
∫ √
x · dx
2
x2 + 4x − 5 15 x+2
31. √ = (x − 6) + cosh−1 ( +C
x2 + 4x − 5 6 2 3
∫
e−x · dx e−x
32. √ = −√ +C
[(3e−x )2 + 1]3 1 + 9e−2x
∫ √
(x2 − x)dx x2 + 3 4
33. √ = (x − 4x2 + 19) + C
2
x +3 5
∫ ∫ ∫
sec4 x dx cos2 xdx
19. dx 20. 21.
tan4 x sen x · cos4 x
2 sen 2 x + 4sen x cos x
∫ ∫ ∫
x x
22. cot x · dx
2
23. cos2 x · sen 2 4x · dx 24. sen 2 ( ) · cos2 ( ) · dx
4 4
∫ ∫ ∫
x dx dx
25. tan ( ) · dx4
26 √ 27.
2 sen 3 x · cos5 x 3 + 5sen x + 3 cos x
∫ ∫ ∫
2
sen (πx) sen 2x · dx
28. · dx 29. cot2 x · csc x · dx 30.
cos6 (πx) cos x − sen 2 x − 1
3
∫
3. Obter a fórmula sec x · dx do modo seguinte:
1. Escrevendo:
x
2. Mediante a substituição t = tan( )
2
4. Mediante substituição trigonométrica, calcular as seguintes integrais:
∫ ∫ √ ∫ √
x2 · dx x2 − 1
1. √ 2. dx 3. x2 4 − x2
1 − x2 x
∫ ∫ ∫
dx dx x3 · dx
4. √ 5. √ 6. √
x2 1 + x2 (x2 + 1) 1 − x2 2x2 + 7
∫ ∫ ∫
dx (4x + 5) · dx (2x − 3) · dx
7. √ 8. √ 9. √
a − x2
2 (x2 − 2x + 2)3 (x2 + 2x − 3)3
∫ √ ∫ ∫ √
x2 − 4x · dx x4 · dx (x2 − 25)3 · dx
10. 11. √ 12
x3 (4 − x2 )7 x6
∫ √ ∫ ∫
dx x3 · dx
13. 1 − 2x − x2 dx 14. √ 15. √
(x2 + 9)3 4 − x2
∫ ∫ √ ∫
2x2 − 4x + 1 y2 − 4 dx
16. √ dx 17 dy 18. √
3 + 2x − x2 y4 (x2 − 2x + 5)3
∫ ∫ ∫
dx 2x2 + 1 dx
19. √ 20. · dx 21. √
(x2 − 1) x2 − 2 (x2 + 4)2 (2x + 1) x2 + 1
2
∫ ∫ ∫
x2 · dx x2 · dx x · dx
22. 23 24. √
(x2 − 1)4 (x2 + 4)3 (x2 − 2) x4 − 4x2 + 5
∫ ∫ ∫ √
2x3 · dx e2x · dx
25. 26. √ 27. (3 − 2x − x2 )3 · dx
(x2 − 1)4 (e2x − 2ex + 5)3
∫ ∫ ∫ √
x · dx dx
28. √ 29 √ 30. x2 + 2x + 5 · dx
x2 + 1 x2 + px + q
58 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫ ∫ √
(2x − 8) · dx √ 1 − cos2 x · dx
31. √ 32 2 − x − x2 · dx 33. √
∫ 1 − x − x2 ∫ ∫ 4 cos x + 1 + cos2 x
dx dt √
34. √ 35. √ 36. x2 (a2 − x2 )3 · dx
x3 x2 − a2 t · 16 − t2
∫ ∫ √ ∫
√ x+5 dx
37. x · 8 + x · dx 38.
5
· dx
3 2 39.
x 9x − 6x + 2
2
∫ 2 ∫ ∫ √ 4
x +1 x3 · dx (x + 1)3
40. · dx 41. √ 42. · dx
x3 + 1 (ax + b)3 x2
∫ √ ∫ √ ∫
a+x (2x2 + 7)7 · dx x · Lnx · dx
43. · dx 44. 45. √
a−x x 1 − x2
∫ ∫
x · dx (2x + 1) · dx
46. √ 47. √
1 − 2x2 − x4 (4x2 + 1 − 2x)3
p p p 4q − p2
(x + )2 + q − ( )2 = (x + )2 + =
2 2 2 4
√
p 4q − p2 2
= (x + )2 + ( ) = u2 + r2
√ 2 4
2 p 4q − p2
desde que p < 4q, u = x + e r = .
∫ 2 ∫4
dx du 1 u
Assim, a integral I = 2
= 2 2
= 2 arctan( ) + C.
x + px + q u +r r r
Portanto:
∫
dx 2 2x + p
3o
I= =√ arctan[ √ ]+C
2
x + px + q 4q − p 2 4q − p2
60 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Para o caso geral de uma função racional elementar do tipo c), temos:
a ap
Escrevemos ax + b sob a forma ax + b = (2x + p) + (b − ) ; então a integral:
2 2
∫ ∫ ∫
(ax + b)dx a (2x + p) · dx ap dx
4o I= = + (b − )
x2 + px + q 2 x2 + px + q 2 x2 + px + q
Portanto:
∫ ∫ ∫
ax + b a (2x + p)dx ap dx
5o
I= 2 n
= 2 n
+ (b − )
(x + px + q) 2 (x + px + q) 2 (x + px + q)n
2
Deste modo, a integração de uma função racional do tipo d) pode resolve-se com ajuda
de uma fórmula de recorrência.
Observação 1.11.
1 x 1
In = · + 2 · In−1 (1.8)
2r2 (n − 1) (x2 2
+r ) n−1 r
Esta fórmula (1.8) permite depois de aplicada n vezes, reduzir à integral dada In a
uma imediata.
Exemplo 1.73. ∫
dx
Calcular a integral I =
x2 + 6x + 25
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 61
∫ ∫ ∫
dx dx d(x + 3) 1 x+3
I= 2
= 2 2
= 2 2
= arctan[ ]+C
x + 6x + 25 (x + 3) + 4 (x + 3) + 4 4 4
1 x+3
Portanto, I = arctan[ ] + C.
4 4
Exemplo 1.74. ∫
dx
Calcular a integral I =
2x − 2x + 3
2
Solução.
∫ ∫ ∫ ∫
dx 1 dx 1 dx 1 d(x − 12 )
I= = = √ = √ =
2x2 − 2x + 3 2 x2 − x + 32 2 (x − 12 )2 + ( 25 )2 2 (x − 12 )2 + ( 25 )2
1 2 x − 21 1 2x − 1
· √ arctan[ √ ] + C = √ arctan[ √ ] + C
2 5 5 5 5
2
1 2x − 1
Portanto, I = √ arctan[ √ ] + C.
5 5
Exemplo 1.75. ∫
3x − 1
Calcular a integral I =
x2 − 4x + 8
Solução.
∫ ∫
3x − 1 3
(2x − 4) − 1 + 6
Temos I = = 2
· dx =
x − 4x + 8
2 x2 − 4x + 8
∫ ∫ ∫
3 2x − 4 dx 1 dx
= · dx + 5 = Ln[x2 − 4x + 8] + 5 =
2 x − 4x + 8
2 x − 4x + 8
2 2 (x − 2)2 + 22
3 5 x−2
Ln[x2 − 4x + 8] + arctan[
= ]+C
2 2 2
∫
3x − 1 3 5 x−2
Portanto, I = = Ln[x2 − 4x + 8] + arctan[ ] + C.
x − 4x + 8
2 2 2 2
Exemplo 1.76.
Solução. a) [ ]
∫ ∫ ∫
3 · dx 3 dx 3 dx 3 1 x − 12
I= = = = · Ln +C
4x2 + 4x − 3 4 x2 + x − 34 4 (x + 12 )2 − 1 4 2 x + 21
3 2x − 1
Portanto, I = Ln[ ]+C
8 2x + 1
Solução.∫ b) ∫
dx dx 1 x
J= = = arctan[ ] + C.
x − 2x + 10
2 (x − 1) + 3
2 2 3 3
1 x
Portanto, J = arctan[ ] + C.
3 3
62 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.77. ∫
x. · dx
Calcular a integral I =
2x2 + 2x + 5
Solução.
Solução. a) ∫ ∫
3 3 (2x + 6) · dx dx
Observe que 3x−5 = (2x+6)−14, então I = 2
−14 =
2 2 x + 6x + 18 (x + 3)2 + 9
3 14 x+3
Ln(x2 + 6x + 18) − arctan( ) + C.
2 ∫ 3 3
(3x − 5) · dx 3 14 x+3
Portanto, I = 2
= Ln(x2 + 6x + 18) − arctan( ) + C.
x + 6x + 18 2 3 3
Solução. b)
4 + 5x A B A(x + 3) + Bx
Observe que, = + = , como os denominadores são
x(x + 3) x x+3 x(x + 3)
4 11
iguais então 4 + 5x = x(A + B) + 3A, logo A = e B = assim,
3 3
∫ ∫ ∫
(4x + 5) · dx 4 11
4 11
J= = 3
· dx + 3
· dx = Lnx + Ln(x + 3) + C
x(x + 3) x x+3 3 3
4 11
Portanto, J = Lnx + Ln(x + 3) + C.
3 3
Exemplo 1.79.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 63
∫
2x3 + 3x
Determine a integral I = · dx
x4 + x2 + 1
Solução.
∫ ∫
(2x2 + 3) · 2x · dx
2x3 + 3x 1
Seja u = x , então du = 2x · dx e, I =
2
4 4 22
· = =
∫ ∫ ∫ x +x +1
∫ x + x +1 1 2
1 (2u + 3)du 1 (2u + 1)du du 2 d(u + 2 )
= + = Ln[u +u+1]+ √ =
2 u2 + u + 1 2 u2 + u + 1 u2 + u + 1 (u + 12 )2 + ( 23 )2
1 2 2u + 1
Ln[u2 + u + 1] + √ arctan( √ ) + C.
2 3 3
1 2 2x2 + 1
Portanto, I = Ln[x4 + x2 + 1] + √ arctan( √ ) + C.
2 3 3
Exemplo 1.80.
∫
dx
Calcular a integral I3 =
(x2 + 1)3
Solução.
Exemplo 1.81.
∫
(3x + 2)dx
Calcular a integral I =
(x2 + 2x + 10)2
Solução.
∫ ∫
(3x + 2)dx 3
(2x + 2) + (2 − 3)
Temos I = = 2
· dx, assim
(x2 + 2x + 10)2 (x2 + 2x + 10)2
∫ ∫
3 (2x + 2)dx dx
I= − (1.10)
2 (x2 + 2x + 10)2 (x2 + 2x + 10)2
64 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫
(2x + 2)dx du 1 1
Onde, 2 2
= 2
=− =− 2 ; por outro lado, aplicando
(x + 2x + 10) u u x + 2x + 10
a fórmula de recorrência (1.8) segue que a integral:
∫ ∫
dx dx
= =
(x + 2x + 10)2
2 ((x + 1)2 + 32 )2
∫
1 (x + 1) 1 2(2) − 3 dx
= · + 2( =
2(3) (2 − 1) ((x + 1) + 3 )
2 2 2 2−1 3 2(2) − 2 (x + 1)2 + 32
(x + 1) 1 1 x+1
= 2 2
+ . arctan( )
18[(x + 1) + 3 ] 18 3 3
∫
(3x + 2)dx 3 1 1 (x + 1)
Em (1.10) segue, I = 2 2
= [− 2 ]− · 2 +
(x + 2x + 10) 2 x + 2x + 10 18 x + 2x + 10
1 1 x+1
· arctan( ).
18 3 3
3 (x + 1) 1 x+1
Portanto: I = − − − arctan( ) + C.
2(x2 + 2x + 10) 18(x2 + 2x + 10) 54 3
P (x) P1 (x)
= M (x) +
Q(x) Q1 (x)
P1 (x)
onde M (x) é um polinômio e é uma função racional própria.
Q1 (x)
2o Decompor o denominador Q(x) em produto de fatores lineares e quadráticos : Q(x) =
(x − a)m . . . (xn + px + q)n . . . onde p2 < 4q (isto é o trinômio: xn + px + q , tem
raízes complexas).
Caso I. Quando o denominador têm somente raízes reais diferentes sem multiplicidade;
isto é, o denominador podemos decompor como o produto de fatores distintos de
primeiro grau.
Caso II. Quando o denominador têm somente raízes reais diferentes algumas delas com
multiplicidade; isto é, o denominador podemos decompor como o produto de fatores
distintos de primeiro grau, e alguns deles se repetem.
Caso III. Quando entre as raízes do denominador existem algumas que são complexas e
não se repetem; isto é o denominador podemos escrever como o produto de fatores
de primeiro grau e quadráticos (que não se repetem).
Caso IV. Entre as raízes do denominador existem complexas e múltiplas, isto é o deno-
minador tem fatores quadráticos que se repetem.
Exemplo 1.82. ∫
x+3
Calcular a integral I = · dx
x2 + 3x + 2
Solução.
onde:
x + 3 = A(x + 1) + B(x + 2) = x(A + B) + (A + 2B)
(x − 1)3 (x − 2)5
= 3Ln(x − 1) − 7Ln(x − 4) + 5Ln(x − 2) + Constante. = Ln[ ] + Constante.
(x − 4)7
∫
x2 + 2x + 6 (x − 1)3 (x − 2)5
Portanto, I = · dx = Ln[ ] + Constante.
(x − 1)(x − 4)(x − 2) (x − 4)7
Exemplo 1.84.
∫
(x2 + 4x + 4) · dx
Calcular a integral I =
x(x − 10)2
Solução.
(x2 + 4x + 4)
Estamos a resolver uma integral do Caso II; a função é racional própria
x(x − 10)2
e seu desenvolvimento é da forma:
(x2 + 4x + 4) A B C
= + +
x(x − 10) 2 x x − 1 (x − 1)2
É uma integral do Caso II; ao fator (x − 1)3 corresponde à soma de três funções
A B C D
racionais simples + + , e ao fator (x+3) corresponde ; assim,
(x − 1) (x − 1) (x − 1)
3 2 x+3
x2 + 1 A B
do fato os denominadores serem iguais temos: = + +
(x − 1)3 (x + 3) (x − 1)3 (x − 1)2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 67
C D
+ ; onde:
(x − 1) x + 3
5
Quando x = −3, temos (−3)2 + 1 = −64D então D = − , e quando x = 1, temos:
32
1
12 + 1 = 4A, onde A = .
2
Por outro lado, x2 + 1 = x3 (C + D) + x2 (B − 2C + 3D) + x(A + 2B − 5C + 3D) +
5
(A − 3B + 3C − D), então C + D = 0, onde C = ; e de A − 3B + 3C − D = 1 segue
32
1 5 5 3
que −3B = 1 − − 3( ) + (− ) onde B = .
2 ∫ 32 32 ∫8 1 ∫ 3 ∫ 5
x2 + 1 ( 2 ) · dx ( 8 ) · dx ( 32 ) · dx
A integral I = · dx = + + +
(x − 1) (x + 3)
3 (x − 1) 3 ( x − 1) 2 x−1
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
5
(− 32 ) · dx 1 dx 3 dx 5 dx 5 dx 1
= + + − =− −
x+3 2 (x − 1) 8
3 (x − 1) 32
2 x − 1 32 x+3 4(x − 1)2
3 5 5
+ Ln(x − 1) − Ln(x + 3) + Constante.
8(x − 1) 32 32
∫
x2 + 1 1 3 5 x−1
Portanto, I = · dx = − − + Ln[ ]+
(x − 1) (x + 3)
3 4(x − 1) 2 8(x − 1) 32 x+3
Constante.
Exemplo 1.86.
∫
dx
Calcular a integral I =
x5 − x2
Solução.
Es uma integral do Caso III; observe que x5 − x2 = x2 (x2 + x + 1)(x − 1), então
1 1 A B C Dx + E
= = + + +
x5 − x2 x2 (x2 + x + 1)(x − 1) x2 x x − 1 x2 + x + 1
isto é:
1
quando x = 0, então A = −1; e quando x = 1 então C = .
3
Comparando coeficientes entre os dos polinômios: B + C + D = 0; A + C + E − D = 0
1 1
e C − E = 0 achamos que B = 0, D = − e E = , logo integral
3 3
68 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫ ∫ 1
∫ ∫
dx (−1) · dx
0 · dx ( 3 ) · dx − 31 + 13
I= = ++ + · dx =
x5 − x2 x2 x x−1 x2 + x + x
∫
1 1 1 x−1
= + Ln(x − 1) − 2
=
x 3 3 x +x+1
∫
1 1 1 2x + 1 − 3
= + Ln(x − 1) − · dx
x 3 6 x2 + x + 1
∫
1 1 1 1 dx
= + Ln(x − 1) − Ln(x + x + 1) +
2
x 3 6 2 (x + 12 )2 + 34
1 1 1 1 2 2x + 1
= + Ln(x − 1) − Ln(x2 + x + 1) + · √ arctan[ √ ] + Constante.
x 3 6 2 3 3
∫
dx 1 1 (x − 1)2 1 2x + 1
Portanto, I = = + Ln[ ] + √ arctan[ √ ] + Constante.
x −x
5 2 x 6 2
(x + x + 1) 3 3
Exemplo 1.87. ∫
x · dx
Calcular a integral I =
x4 + 6x2 + 2
Solução.
x Ax + B Cx + D
= 2 + 2
x4 2
+ 6x + 2 (x + 5) (x + 1)
então
A + C = 0, (B + D) = 0, (A + 5C) = 1 e B + 5D = 0
1 1
onde A = − , C = , B = D = 0.
4 4
∫ ∫ ∫
x · dx 1 x · dx x · dx
Logo a integral I = 4 2
=− 2
+ =
x + 6x + 2 4 (x + 5) (x2 + 1)
1 1
= − Ln(x2 + 5) + Ln(x2 + 1) + Constante
8 8
∫ [ 2 ]
x · dx 1 x +1
Portanto, I = = Ln 2 + Constante.
x4 + 6x2 + 2 8 x +5
Exemplo 1.88.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 69
∫
(x3 − 2x)dx
Calcular a integral I =
(x2 + 1)2
Solução.
Esta integral corresponde ao Caso IV, pelo fato ser x2 + 1 é um fator dobre, então:
x3 − 2x Ax + B Cx + D
= +
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2 x2 + 1
eliminando denominadores x3 − 2x = (Ax + B) + (Cx + D)(x2 + 1) = Cx3 + Dx2 + x(A +
C) + (B + D); onde 1 = C, A + C = −2, D = 0, B = 0 e A = −3. Logo
∫ ∫ ∫
(x3 − 2x)dx (−3)x · dx x · dx
I= = + =
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2 x2 + 1
∫
−3 2x · dx 1 2x · dx 3 1
= 2 2
+ 2
= 2
+ Ln(x2 + 1) + Constante.
2 (x + 1) 2 x +1 2(x + 1) 2
∫
(x3 − 2x)dx 3 1
Portanto, I = 2 2
= 2
+ Ln(x2 + 1) + Constante.
(x + 1) 2(x + 1) 2
Exemplo 1.89.
∫
x3 + 3x2 + 5x + 7
Calcular a integral I = · dx
x2 + 2
Solução.
Temos que separar a parte inteira da função racional imprópria dada, pelo algoritmo
da divisão para polinômios temos que
x3 + 3x2 + 5x + 7 3x + 1
Assim, 2
=x+3+ 2 e a integral original
x +2 x +2
∫ 3 ∫ ∫
x + 3x2 + 5x + 7 3x + 1
I= 2
· dx = (x + 3)dx + · dx =
x +2 x2 + 2
∫ ∫
3 dx dx 3 1 x
2
= x +3x+ 2
+ = x2 +3x+ ·Ln(x2 +2)+ √ ·arctan[ √ ]+Constante.
2 x +2 x2 +2 2 2 2
∫
x3 + 3x2 + 5x + 7 3 1 x
Portanto: I = · dx = x2
+ 3x + · Ln(x 2
+ 2) + √ · arctan[ √ ]+
x2 + 2 2 2 2
Constante.
Exemplo 1.90. ∫
dx
Calcular a integral I =
x3+1
Solução.
70 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Temos a igualdade:
1 1 A Bx + C
= = +
x3 + 1 (x + 1)(x2 − x + 1) x + 1 x2 − x + 1
eliminando denominadores:
1 = A(x2 − x + 1) + (Bx + C)(x + 1) =
1 x+1 1 1 2x − 1
= Ln[ 2 ] + · √ arctan( √ ) + Constante
3 x −x+1 2 3 3
∫
dx 1 x+1 1 2x − 1
Portanto, I = = Ln[ 2 ] + √ arctan( √ ) + Constante.
3
x +1 3 x −x+1 2 3 3
Observação 1.12.
Desde este ponto de vista merece grande atenção o método proposto por Ostrogradski
V. M. que exponho na última parte de este capítulo.
Exemplo 1.91.
Calcular:∫ ∫
3x2 + x − 2 x · dx
a) I = · dx b) J=
4 − 12x + 9x2 − 2x3 x3 + 1
Solução. a)
Observe que: 4 − 12x + 9x2 − 2x3 = (x − 2)2 (1 − 2x).
Temos a igualdade:
3x2 + x − 2 A B C
= + +
4 − 12x + 9x − 2x
2 3 (x − 2) 2 x − 2 1 − 2x
eliminando denominadores:
Por exemplo podemos supor que x = 2 então temos que 12 = −3A, ao supor que
1 5
2x = 1 temos que C = − onde calculando o valor para o coeficiente B temos B = − ,
3 3
assim
∫ ∫ ∫ √
dx 5 dx 1 dx 1 1 − 2x 4
I = −4 − − = Ln[ ]+ +C
(x − 2) 2 3 x−2 3 1 − 2x 3 (x − 5)2 x−2
∫ √
3x2 + x − 2 1 1 − 2x 4
Portanto, I = · dx = Ln[ ]+ +C
4 − 12x + 9x − 2x
2 3 3 (x − 5)2 x−2
Solução. b)
x Ax + B C
= 2 + , onde x = (Ax + B)(x + 1) + C(x2 − x + 1)
x3 +1 x −x+1 x+1
1 1 1
Resolvendo A = , B = , C = − , logo
3 3 3
∫ ∫
1 (x + 1) · dx 1 dx 1 x2 − x + 1 2x − 1
J= − = Ln[ ] + arctan[ √ ] + C
3 x −x+1
2 3 x+1 6 (x + 1) 2
3
1 x2 − x + 1 2x − 1
Portanto, J = Ln[ 2
] + arctan[ √ ] + C.
6 (x + 1) 3
Exemplo 1.92.
72 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫
(5x2 − 12) · dx
Calcular a integral I =
(x2 − 6x + 13)2
Solução.
Podemos observar que (x2 − 6x + 13)2 tem raizes complexas de multiplicidade dois
5x2 − 12 Ax + B Cx + D
logo = 2 + 2 , então
(x − 6x + 13)
2 2 x − 6x + 13 (x − 6x + 13)2
A = 0, 5 = B, C = 30, D = −77
Assim ∫ [ ]
0x + 5 30x − 77
I= + dx
x2 − 6x + 13 (x2 − 6x + 13)2
∫ [ ∫ ]
1 15(2x − 6) + 13
I=5 dx + dx
(x − 3)2 + 22 (x2 − 6x + 13)2
∫
5 x−3 15 1
I = arctan − 2 + 13 dx
2 2 x − 6x + 13 ((x − 3)2 + 22 )2
Seja (x − 3) = 2 tan α ⇒ dx = 2 sec2 αdα ⇒ (x − 3)2 + 22 = 4 sec2 α, logo
∫ ∫ ∫ ∫
1 2 sec2 α 2 2 1
dx = dα = cos αdα = [1 + cos(2α)]dα =
(x − 6x + 13)2
2 4
16 sec α 16 16
[ ]
1 1 1 1 x−3 2(x − 3)
= [α + sen (2α)] = [α + sen α cos α] = arctan + 2
16 2 16 16 2 x − 6x + 13
Voltando a integral
[ ]
5 x−3 15 13 x−3 2(x − 3)
I = arctan − 2 + arctan + 2
2 2 x − 6x + 13 16 2 x − 6x + 13
Portanto,
∫
(5x2 − 12) · dx 13x − 159 53 x−3
I= = + arctan( )+C
(x − 6x + 13)
2 2 8(x − 6x + 13)
2 16 2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 73
Exercícios 1-5
∫ ∫
(2x2 + 41x − 91) · dx (x2 + 5x + 6) · dx
16. 17.
(x − 1)(x + 3)(x − 4) (x − 1)(x + 3)(x − 4)
∫ ∫
(x6 − 2x4 + 3x3 − 9x2 + 4) · dx 32x · dx
18. 19.
x5 − 5x3 + 4 (2x − 1)(4x2 − 16x + 15)
74 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫ ∫
x + 2 2 dx (2x − 3) · dx (5x3 − 17x2 + 18x − 5) · dx
1. ( ) · 2. 3.
x−1 x (x2 − 3x + 2)2 (x − 1)3 (x − 2)
∫ ∫ ∫
(x3 + 1) · dx (x2 − 3x + 2) · dx (5x2 + 6x + 9) · dx
4. 5. 6.
x3 − x2 x(x2 + 2x + 1) (x − 3)2 (x + 1)
∫ ∫ ∫
dx x2 · dx (x3 − 6x2 + 11x − 5) · dx
7. 8. 9.
x4 − x2 (x + 2)2 (x + 4)2 (x − 2)4
∫ ∫ ∫
1 x−1 4 x2 · dx (x2 − 2x + 3) · dx
10. ( ) · dx 11. 12.
8 x+1 x3 + 5x2 + 8x + 4 (x − 1)(x3 − 4x2 + 3x)
∫ ∫ ∫
(3x2 + 1) · dx (x3 − 2x2 + 4) · dx (x3 − 6x2 + 9x + 7) · dx
13. 14. 15.
(x2 − 1)3 x3 (x − 2)2 (x − 2)2 (x − 5)
∫ ∫ ∫
(7x3 − 9) · dx x5 · dx dx
16. 17. 18.
x4 − 5x3 + 6x2 (x − 1)2 (x2 − 1) (x2 − 16)(x2 − 1)(x2 − 9)
∫
1.3.6.1 integrais do tipo R(cos x, sen x) · dx.
Onde R(cos x, sen x) é uma função racional de variáveis cos x e sen x. Das fórmulas:
x x x x 1 − tan2 ( x2 )
cos x = cos2 ( ) − sen 2 ( ) = cos2 ( ) · [1 − tan2 ( )] =
2 2 2 2 1 + tan2 ( x2 )
x x x x 2 · tan2 ( x2 )
sen x = 2sen ( ) cos( ) = cos2 ( ) · [2 · tan2 ( )] =
2 2 2 2 1 + tan2 ( x2 )
x
deduzimos pela substituição trigonométrica universal t = tan( ) que x = arctan(2t) e:
2
2dt 1 − t2 2t
dx = , cos x = , sen x =
1 + t2 1 + t2 1 + t2
∫ ∫
1 − t2 2t 2 · dt
Portanto, R(cos x, sen x) · dx = , R(
) · , observe que a integral
1 + t2 1 + t2 1 + t2
do segundo membro é a integral de uma função racional de variável t.
Exemplo 1.93. ∫
dx
Determine a integral I =
4sen x + 3 cos x + 5
Solução.
Exemplo 1.94. ∫
dx
Determine a integral I =
cos x + 2sen x + 3
Solução.
76 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Temos
∫ ∫ 2dt ∫
dx 1+t2 dt
I= = 2 = ⇒
cos x + 2sen x + 3 [ 1−t
1+t2
] + 2t
2[ 1+t 2] +3 t2 + 2t + 2
∫
dt x
I= = arctan(t + 1) + C = arctan[1 + tan( )] + C
(t + 1)2 + 1 2
Observação 1.13.
A substituição universal oferece a possibilidade de integrar qualquer função racional de
va- riável cos x e sen x; em alguns casos esta substituição conduz a cálculos complicados
de funções racionais de variável t2 .
Propriedade 1.5.
∫
Seja R(cos x, sen x) · dx então:
2o .- Se a função R é ímpar respeito da variável cos x; isto é, se temos R(− cos x, sen x) =
−R(cos x, sen x) recomenda-se a substituição t = sen x.
3o .- Se a função R é par respeito da variável cos x e sen x; isto é, se R(− cos x, −sen x) =
R(cos x, sen x) recomenda-se a substituição t = tan x.
Exemplo 1.95.
∫
(sen x + sen 3 x)dx
Calcular a integral J =
cos 2x
Solução.
Observe que
Exemplo 1.96.
∫
(cos3 x + cos5 x)dx
Determine o valor da integral I =
sen 2 x + sen 4 x
Solução.
Observe que a função é ímpar a respeito da variável cos x; considere t = sen x, então
dt = cos x · dx, cos2 x = 1 − sen 2 x.
∫ ∫
(cos3 x + cos5 x)dx cos2 x(1 + cos2 x) cos x · dx
I= = ⇒
sen 2 x + sen 4 x sen 2 x(1 + sen 2 x)
∫ ∫ ∫ ∫
(1 − t2 )(2 − t2 ) · dt dt dt 2
I= = dt + 2 −6 = t − − 6 arctan t + C
t2 (1 + t2 ) t2 1 + t2 t
Portanto, I = sen x − 2 csc x − 6 arctan(sen x) + C.
Exemplo 1.97. ∫
dx
Calcular J =
sen 2x + 2sen x cos x − cos2 x
Solução.
Observe que a função de integração é par a respeito das variáveis cos x e sen x; logo seja
t = tan x, então dt = sec2 x · dx, multiplicando por sec2 x o numerador e o denominador
temos:
∫ ∫
dx sec2 x · dx
J= = ⇒
sen 2 x + 2sen x cos x − cos2 x tan2 x + 2 tan x − 1
∫ [ √ ]
dt 1 t+1− 2
J= = √ Ln √ +C
(t + 1)2 − 2 2 2 t+1+ 2
[ √ ]
1 tan x + 1 − 2
Portanto, J = √ Ln √ +C
2 2 tan x + 1 + 2
Observação 1.14.
Exemplo 1.98. ∫
dx
Calcular J =
3 + cos2 x
Solução.
78 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫
dx dx
Podemos escrever J = = , então m = 2 e n = 0.
3 + cos2 x 3sen + cos2 x
0x
Pn (x)
e) √ , onde Pn (x) é um polinômio de grau n.
px2 + qx + r
Observe o seguinte:
Exemplo 1.100. ∫
dx
Calcular I = √ √
3
(2x + 1)2 − 2x + 1
Solução.
√
5√ 2 13 1
= 2x + 8x + 1 − √ Ln[x + 2 + x2 + 4x + ] + C
2 2 2
∫ √
(5x − 3)dx 5√ 2 13 1
Portanto: I = √ = 2x + 8x + 1 − √ Ln[x + 2 + x2 + 4x + ] +
2
2x + 8x + 1 2 2 2
C.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 81
Exemplo 1.103. ∫
dx
Calcular a integral I = √
x 5x2 − 2x + 1
Solução.
1
Seja x = , então dx = − u12 · du e
u
∫ ∫ ∫
− u12 · du dx du
I= √ = √ =− √ ⇒
x 5x2 − 2x + 1 1
5( u1 )2 − 2( u1 ) + 1 u2 − 2u + 5
u
√
√ 1 1 2
I = −Ln[u + 1 + u2 − 2u + 5] + C = −Ln[ + 1 + 2
− + 5] + C
x x u
∫ √
dx 1 − x + 5x2 − 2x + 1
Portanto, I = √ = − Ln[ ] + C.
x 5x2 − 2x + 1 x
Exemplo 1.104.
∫
x3 + 2x2 + 3x + 4
Determine o valor da integral I = √ · dx
x2 + 2x + 2
Solução.
isto é, x3 + 2x2 + 3x + 4 = 3b0 x3 + (5b0 + 2b1 )x2 + (4b0 + 3b1 + b2 )x + (2b1 + b2 + λ).
Comparando os coeficientes dos polinômios:
1 1 7 5
Onde b0 = , b1 = , b2 = e λ= .
3 6 6 2
1 1 7 √ 3 √
Portanto, I = ( x2 + x + ) x2 + 2x + 2 + Ln[x + 1 + x2 + 2x + 2] + C.
3 6 6 2
82 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 1.105. ∫
dx
Determine o valor da integral: I = √ √
x( x + 1)10
4
Solução.
∫ ∫
dx − 12 1
−10 1 1
Temos que I = √ √ = x (x 4 + 1) dx; observe que m = − , n =
x( 4 x + 1)10 4 4
e p = −10 logo é uma integral do 1o caso e s = m.m.c.{2, 4} = 4 .
Seja x = u4 , então dx = 4u3 · du e
∫ ∫
4 − 12 1
−10 u · du
I= (u ) 4
((u ) + 1)
4
3
(4u )du = 4 ⇒
(u + 1)10
∫ ∫ ∫
u+1−1 du du 1 4
I=4 10
· du = 4 9
+4 10
=− 8
− +C
(u + 1) (u + 1) (u + 1) 2(u + 1) 9(u + 1)9
∫
dx 1 4
Portanto, I = √ √ 10
=− √ 8
− √ + C.
x( x + 1)
4
2( x + 1)
4
9( x + 1)9
4
Exemplo 1.106.
∫
x3 · dx
Determine o valor da integral: I = √
(a2 − x2 ) a2 − x2
Solução.
∫ ∫
x3 · dx
x3 (x2 − x2 )− 2 , logo m = 3, n = 2 e
3
Observe que, I = √ =
(a2 − x2 ) a2 − x2
3 m+1
p = − ; como é um inteiro, estamos no 2o caso.
2 2 n
Seja a − x2 = u2 , temos que x · dx = −u · du, e
∫ ∫
x3 · dx
(a2 − u2 )(u2 )− 2 (−u · du)
3
I= √ = ⇒
(a2 − x2 ) a2 − x2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 83
∫ ∫ ∫
a2 − u2 a2 · du a2
I=− · du = du − = u + +C
u2 u2 u
∫
x3 · dx a2
Portanto, I = √ = (a2 − x2 ) + √ + C.
(a2 − x2 ) a2 − x2 a2 − x2
Exemplo 1.107. ∫
1 2 1
Determine o valor da integral: I = x 3 (2 + x 3 ) 4 · dx
Solução.
1 2 m+1 2
Temos m = , n = e p = 41 onde = 2, a substituição apropriada é 2+x 3 = u4
3 3 n
2 −1 3 1
3
logo, x 3 dx = 4u du ou dx = 6x 3 u du.
3 ∫ ∫
1 2 1 1 1 1
A integral I = x 3 (2 + x 3 ) 4 · dx = x 3 (u4 ) 4 · 6x 3 u3 du =
∫ ∫
2 u9 2u5 u5
= 6 4
x u du = 6
3 (u4 − 2)u4 du = 6[ − ] + C = [10u4 − 36] + C
9 5 15
. ∫ 2 5
1 2(2 + x 3 ) 4
1 2
Portanto, I = x (2 + x ) · dx =
3 3 4 [565 + 10x 3 ] + C.
15
Exemplo 1.108. ∫
dx
Calcular a integral J = √
x6 (65 − x6 )
6
Solução.
1 m+1
Observe que m = −6, n = 6 e p = − , como + p = −1 a substituição
6 n
1
recomendada é , 65 − x6 = u6 x6 isto é 65x − 6 − 1 = u6 , onde dx = − x7 u5 du, então
65
∫ ∫ ∫
dx −6 6 6 16 1 7 5 1 1 5
J= √ = x (u x ) (− x u · du) = − u4 · du = − u +C
x (65 − x )
6 6 6 65 65 325
∫ √
dx 6
(65 − x6 )5
Portanto, J = √ =− + C.
x6 6 (65 − x6 ) 325
Exemplo 1.109.∫
dx
Resolver I = √ √3
√
4
x2 1 + x3
Solução.
m+1
observe que m = −3, n = 3, p = − 13 e +p = −1 (inteiro) consideramos y −3 +1 = t3
n4
então y = (t3 − 1)− 3 e dy = − t2 (t3 − 1)− 3 · dt , a integral se reduz a
1
∫
I = −4 t · dt = − 2t2 + C
√
(x− 4 + 1)2 + C.
3
Substituindo as variáveis originais temos que I = −2
3
√
Portanto, I = −2 (x− 4 + 1)2 + C.
3 3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 85
Exercícios 1-6
∫ ∫ √ ∫
dx x · dx 5x2 + 20x − 24
7. √ √ 8. √5
9. √ · dx
x+ 3x x + x4 x+5
∫ √ ∫ √ ∫ √
x+1 1−x 8x + 21 2x − 5
10. √ · dx 11. √ · dx 12. √ · dx
x3 + 1 x2 1 + x 4 + 2x − 5
∫ ∫ √ ∫
x3 · dx 3
x · dx dx
13. √ 14. √ 15. √ √
1 − x2 ( x + 1)2
3 4
(x + 1) − 4 (x + 1)5
3
∫ ∫ √ ∫
dx 3
(x − 2)2 · dx dx
16. √ 17. √ 18. √
x (1 + x2 )3
2 3
(x − 2)2 + 3 (1 + x ) 1 + x4 − x2
4
∫ ∫ ∫
dx dx x5 + 2x2
19. √ 20. √ 21. √ · dx
3
8x3 + 27 x · 25 − x5
5 5
(1 + x3 )3
∫ ∫ √ √ ∫
dx √ 4 cos x · sen 7 x · dx
√ x · 2 + x2 · dx √
3 3
22. 3
23. 24.
x3 1 + x3 (1 + sen 4 x)3
∫ √ √ ∫ √ √ ∫ √
2 − 3 x · dx 1+ 3x
25. √ 26. √
3
27. x5 · 3 (1 + x2 )2 · dx
3
x x2
∫ ∫ ∫ √
x · dx
3
dx √
28. √ 29. √ 30. 4
(1 + x)3 · dx
1 − x2 x (1 + x2 )3
∫ ∫ ∫
dx dx dx
31. √ 32. √ √ 33. √
(1 + x2 )3 3 3
x2 ( x2 + 1) x7 3 (x−3 + 1)4
∫ √ ∫ √ √ ∫
3
x · dx 3
x + 1 · dx dx
34. √ 35. √ 36. √
( x + 1)2
3 3
x e + 4ex − 4
2x
∫ ∫ √ ∫
dx x−1 dx
37. √ 38. x · dx 39. √
x · 1 + x5
3
x+1 x2 · 3 (2 + x3 )2
∫ ∫ ∫
dx dx ex · dx
40. √ 41. √ √ 42. √
x 1 + x2
4 x + 1 + (1 + x)3 sec2 α − 2ex tan α
∫
4. A partir da integral In = xn · cos(ax) · dx, mostre que:
xn n · xn−1 n(n − 1)
In = sen (ax) + 2
cos(ax) − In−2
a a a2
.
∫
sen (nx)
5. Mostre que a integral In = · dx cumpre a seguinte identidade:
sen x
2
In = sen (n − 1)x + In−2
n−1
∫
cos 8x − sen 7x sen 3x sen 2x
6. Mostre que ·= − +C. Sugestão: sen 3x = sen x(1+
1 + cos 2x 3 2
88 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
2 cos 2x).
7. O preço de revenda de um Fusca decresce a uma taxa que varia com o tempo de
√
uso. Quando a máquina tinha t anos, a taxa de variação por ano era −960 · 5 e− t
reais por ano. Se o Fusca foi comprado por R$5.000,00 quanto custará dentro de 10
anos?
4x3
8. Estima-se que a valorização de um objeto dá-se a uma taxa de √
10 0, 2x4 + 8000
reais por ano. Se o valor desse objeto é R$500,00 quanto será o custo dentro de 10
anos?
∫
9. Calcular (y + x) · dx sendo y 3 − x3 + x4 = 0. Sugestão: considere y = tx.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 89
Exemplo 1.110. ∫
sen x · dx
Calcular a integral I =
cos x + sen x
Solução. .
∫ ∫
cos x · dx
Seja J = , observe que I + J = dx = x + C1 .
cos x + sen∫x ∫ ∫
(cos x − sen x) · dx
Por outro lado J −I = 2 2
= (cos x−sen x)dx = cos 2x·dx =
cos x + sen x
1
sen 2x + C2 = sen x · cos x + C2 .
2
1
Portanto I = [x − sen x · cos x] + C.
2
Exemplo 1.111.
∫
cos3 x + 2 cos x + 1
Calcular a integral J = · dx
cos x + 2
Solução.
Exemplo 1.113.
∫
x3 + 2x2 + 3x + 4
Calcular a integral J = √ · dx
x2 + 2x + 2
Solução.
Observe que o grau do numerador é n = 3, é devido a isso que a identidade (1.13) tem
a forma:
∫ 3 √ ∫
x + 2x2 + 3x + 4 dx
J= √ = (b0 x + b1 x + b2 ) x + 2x + 2 + λ √
2 2
x2 + 2x + 2 x2 + 2x + 2
x3 + 2x2 + 3x + 4 √
√ = (2b0 x + b1 ) x2 + 2x + 2 +
x2 + 2x + 2
(x + 1) 1
(b0 x2 + b1 x + b2 ) · √ +λ· √
x2 + 2x + 2 x2 + 2x + 2
Eliminando o denominador:
o bem, x3 + 2x2 + 3x + 4 = 3b0 x3 + (5b0 + 2b1 )x2 + (4b0 + 3b1 + b2 )x + (2b1 + b2 + λ).
Comparando os coeficientes de potências iguais de x, obtemos o sistema:
1 1 7
resolvendo o mesmo, achamos b0 = , b1 = , b2 = e λ = 52 .Logo:
3 6 6
∫ 3 ∫
x + 2x2 + 3x + 4 1 2 1 7 √ 2 5 dx
√ · dx = ( x + x + ) x + 2x + 2 + √
x2 + 2x + 2 3 6 6 2 x2 + 2x + 2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 91
1 1 7 √ 5 √
Portanto, J = ( x2 + x + ) x2 + 2x + 2 + Ln[x + 1 + x2 + 2x + 2] + C.
3 6 6 2
∫
P (x)
1.4.2 Integrais do tipo: dx (2o de Ostrogradski)
Q(x)
Se Q(x) tem raízes múltiplas, esta integral calculasse com a ajuda da identidade:
∫ ∫
P (x) S(x) T (x)
· dx = + · dx (1.14)
Q(x) Q1 (x) Q2 (x)
onde Q1 (x) é o máximo divisor comum dos polinômios Q(x) e de sua derivada Q′ (x); o
Q(x)
polinômio Q2 (x) = ; S(x) e T (x) são polinômios com coeficientes indeterminados,
Q1 (x)
cujos graus são menores em uma unidade que os Q1 (x) e Q2 (x) respectivamente.
Os coeficientes dos polinômios S(x) e T (x) calculam-se derivando a identidade (1.14).
Exemplo 1.114. ∫
dx
Calcular a integral J =
(x3 − 1)2
Solução.
Observe, Q(x) = (x3 − 1)2 e Q′ (x) = 6x2 (x3 − 1); logo o polinômio Q1 (x) = (x3 − 1).
Aplicando a identidade (1.14):
∫ ∫
dx b0 x2 + b1 x + b2 a0 x2 + a1 x + a2
J= = + · dx
(x3 − 1)2 x3 − 1 x3 − 1
o bem: 1 = (2xb0 +b1 )(x3 −1)−3x2 (b0 x2 +b1 x+b2 )+(x3 −1)(a0 x2 +a1 x+a2 ) igualando os
coeficientes das correspondentes potências de x, obteremos a0 = 0; a1 − b0 = 0; a2 − 2b1 =
1
0; a0 + 3b2 = 0; a1 + 2b0 = 0 e b1 + a2 = 0, onde b0 = 0; b1 = − ; b − 2 = 0; a0 = 0; a1 = 0
3
2
e a2 = − , consequentemente:
3
∫ ∫
dx x 2 dx
J= = − − (1.15)
(x3 − 1)2 3(x3 − 1) 3 x3 − 1
1 2
iguais de x e resolvendo o sistema obtemos B = −
e C = − . Na identidade (1.15)
3 3
∫ ∫ ∫
dx x 2 1 dx 1 (x + 2) · dx
J= =− − [ − ]
(x − 1)
3 2 3(x − 1) 3 3
3 x−1 3 x2 + x + 1
.
1 1 1 2x + 1
Portanto: J = Ln(x − 1) − Ln[x2 + x + 1] − √ arctan[ √ ] + C.
3 6 3 3
Caso Substituição K m′ a′ b′ n′ p′
s
p<0 xn = us sα − 1 a b s p
n
s
p<0 xn = u−s − − sβ − 1 b a s p
n
m+1 ω
≤1 a + bxn = uω ω(p + 1) − 1 −a 1 ω α−1
n nbα
m+1 ω
≤1 a + bxn = u−ω − α − ωβ − 1 1 −a ω α−1
n nb
m+1 1
≥1 a + bxn = u p −a 1 1 α−1
n nbα
m+1 1
≥1 a + bxn = u−1 − α −β−1 1 −a 1 α−1
n nb
m+1 ωaβ
+p≥1 a + bxn = xn uω − ω(p + 1) − 1 −b 1 ω −β−1
n n
m+1 ωaβ
+p≥1 a + bxn = xn u−ω ωα − 1 1 −b ω −β−1
n n
m+1 aβ
+p≤1 a + bxn = xn u − p −b 1 1 −β−1
n n
β
m+1 a
+p≤1 a + bxn = xn u−1 α−1 1 −b 1 −β − 1
n n
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 93
∫
1.4.4 Integrais do tipo: P (x) ex dx
onde a integral do segundo membro não difere da anterior exceto que porque P ′ (x) tem
grau menor em uma unidade que P (x).
Repetindo a operação teremos:
∫
eax P ′ (x) P ′′ (x) P ′′′ (x)
P (x) · eax · dx = [P (x) − + − + ···] + C
a a a2 a3
∫
eax ∑
n
P (k) (x)
que escrevemos: P (x) · eax · dx = (−1)k + C, onde P (0) (x) ≡ P (x).
a k=0 ak
O somatório termina na derivada n-ésima, pois as derivadas de P (x), de ordem superior
a n são nulas.
∫ ∫
1.4.5 Integrais dos tipos: P (x)sen bx dx e P (x) cos bx dx
por último quando tivermos que calcular a integral com derivada de ordem n de P(x)
teremos:
∫ ∫
π P (n) (x) π 1 π
P (n)
(x)·sen (bx+n )·dx = − cos(bx+n )+ P (n) (x)·sen (bx+(n+1) )·dx
2 b 2 b 2
como P (x) é um polinômio de grau n, P (n) (x) será nulo; por substituições sucessivas
resultará em (1.17).
∫ ∑n
P (k) (x) π
P (x)sen bx · dx = − k+1
cos(bx + k ) + C
k=0
b 2
1 ∑ P (k) (x)
n
π
=− k
sen (bx + (k + 1) ) + C
b k=0 b 2
Análogamente obteríamos
∫ ∑n
P (k) (x) π
P (x) cos bx · dx = k+1
sen (bx + k ) + C
k=0
b 2
1 ∑ P (k) (x)
n
π
=− cos(bx + (k + 1) )+C
b k=0 bk 2
Exemplo 1.115.∫
Resolver J = (x5 − 3x4 + 2x3 − 5x2 + 6x + 2) · e7x · dx
Solução.
eax ∑
5
P (k) (x)
logo, aplicando a fórmula: J= (−1)k + C.
a k=0 ak
eax 5
Portanto, J = (x − 8x4 + 34x3 − 107x2 + 220x − 118) + C.
a
Exemplo 1.116.∫
x + sen x
Resolver I = · dx
1 + cos x
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 95
∫ ∫ ∫
x + 2sen( x2 ) cos( x2 ) x · dx sen ( x2 )
I= · dx = + =
2 cos2 ( x2 ) 2 cos2 ( x2 ) cos( x2 )
∫ ∫
1 x
= x · sec x · dx + tan( ) · dx =
2
2 2
∫ ∫
x x x x
= x · tan( ) − tan( ) + tan( ) = x · tan( ) + C.
∫ 2 2 2 2
x + sen x x
Portanto, I = · dx = x · tan( ) + C.
1 + cos x 2
Exemplo 1.117.∫
x+y
Resolver J = · dx sendo y 2 (x + a) = x2 (a − x)
x−y
Solução.
√
a−x
Da condição y 2 (x+a) = x2 (a−x) temos y = x· , logo substituindo na integral
a+x
∫ ∫ √ √
x+y a+x+ a−x
J= · dx = √ √ · dx
x−y a+x− a−x
Exercícios 1-7
3. Determine
∫ um polinômio quadrático P(x) tal que P(0) = 1, P’(0) = 0 de modo que
P(x) · dx
seja uma função racional.
x3 (1 − x)2
4. Resolver pelo primeiro método de Ostrogradski
∫ √ ∫ ∫
6
x · dx dx dx
1. √ 2. √ 3. √ √
∫ 1+ x
3
∫ x −x−1
2
∫ 1 − 2x − 4 1 − 2x
dx (5x + 3) · dx (3x + 2) · dx
4. √ 5. √ 6. √
∫ −x2 − 2x + 8 ∫ −x2 + 4x + 5 ∫ x2 + x + 2
dx dx (x − 1) · dx
7. √ 8. √ 9. √
(x + 2) x2 + 2x x 2x2 − 2x − 1 (x + 1) x2 + 1
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 97
∫ ∫ ∫
(x2 + 2x + 3)dx x · dx dx
10. √ 11. √ 12. √
−x2 + 4x x+1 x 2x + 1
∫ ∫ ∫
− x2 dx x3 − 1
37. x·e · dx 38. √ x 39. · dx
e x+1
∫ ∫ ∫
dx tan 3x − x · cot 3z
40. 41. · dx 42. asen x · cos x · dx
x · Ln x 2
sen 3x
∫ ∫ ∫ [1 − sen ( √x )]2
x2 · dx x dx
43. √ 44. (2 + 2 )√ 45. 2
· dx
3 3
x +1 2x + 1 2x2 + 1 sen ( √x2 )
∫ ∫ ∫
x · dx sec2 x · dx
46. √ 47. √ 48. tan2 ax · dx
1 − x4 4 − tan2 x
∫ ∫ √ ∫
dx 3
1 + Lnx x2 · dx
49. 50. · dx 51.
x
cos( a ) x x2 − 2
∫ ∫ ∫
x · dx 2 sen x − cos x
52. 2
53. esen x sen 2x · dx 54. · dx
sen (x ) sen x + cos x
∫ ∫ ∫
(1 + x)2 · dx 5 − 3x dx
55. 56. √ · dx 57.
∫
x(1 + x2 )
∫ 4 − 3x 2
∫
ex + 1
− tanx dx ex · dx
58. e sec x · dx 59
2
60. √
sen ax · cos ax e2x − 2
∫ ∫ ∫
dx arccos( x2 ) arcsenx + x
61. 62. √ · dx 63. √ · dx
x(4 − Ln2 x) 4 − x2 1 − x2
∫ ∫ tanh x
cos 2x · dx 3 · dx
64. 2
65. 2
4 + cos 2x cosh x
Miscelânea 1-1
1. I = √ √ · dx =
x2 + 1 · ex + x2 ex − x2 − 1
1
= earctan x + Ln2 (x2 + 1) + arctan x + C.
4
∫
dx
2. H = =
(sen x + 4)(sen x − 1)
2 2 4 tan( x2 ) + 1
= − √ arctan[ √ ] + C.
5(tan( x2 ) − 1) 5 15 15
1 (sen x + 4) − (sen x − 1)
Sugestão: =
(sen x + 4)(sen x − 1) 5(sen x + 4)(sen x − 1)
∫ x √ 2x √
e e − 4 − 2e2x (ex + 2) 1
3. J = √ = Ln(2 + ex ) − e2x − 4 + C.
2(ex + 2) e2x − 4 2
√
x2 + 1 + x
4. Determine antiderivada de g(x) = √
3
, de modo que passe pelo ponto
1+x
709
P(0, ).
280
5. Se f ′′ (x) = −a e∫ g ′′ (x) = b · g(x) onde a e b são constantes positivas; achar o valor
da integral I = f (x) · g ′′ (x) · dx.
b
6. Substituindo tan θ = , mostre a seguinte fórmula:
a
∫
1
eax cos bx · dx = √ · eax cos(bx − θ)
a + b2
2
100 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ ∫
7. Se y = f (x) e x = f (y), mostre que: f (x) · dx + f (y) · dy = xy + C.
∫
8. Seja a integral I = u · v (n) · dx, onde v (n) é a derivada n−ésima da função v; qual
é a fórmula obtida após de n integrações por partes?. Calcular uma primitiva para
a expressão: u · v ′′ − v · u′′ .
10. As seguintes integrais requerem aplicação de métodos estudados. Resolver cada uma
das mesmas.
∫ ∫ ∫ √
arctan x x · arctan x
1. · dx 2. · dx 3. x · Ln( 1 + x2 ) · dx
1 + x2 (1 + x2 )3
∫ ∫ √ ∫
dx (x2 − 1) · dx
4. 5. Ln( 1 + x 2 ) · dx 6. √
x6 + 1 (x2 + 1) 1 + x4
∫ ∫ ∫
x · dx √ x cos3 x − sen x
7. 8. arcsen x · dx 9. esen x · [ ] · dx
x + sen x cos2 x
Capítulo 2
INTEGRAL DEFINIDA
101
102 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
2.1 Somatórios
Considere m e n dois números inteiros tais que m ≤ n e f (x) uma função real
∑
n
definida para cada i ∈ Z , onde m ≤ i ≤ n. A expressão f (i) representa uma soma
i=m
da seguinte forma: f (m) + f (m + 1) + f (m + 2) + · · · + f (n − 1) + f (n) ; isto é
∑n
f (i) = f (m) + f (m + 1) + f (m + 2) + · · · + f (n − 1) + f (n) .
i=m ∑
A letra grega “sigma” é o símbolo do somatório, i é o índice ou variável, m é o
limite inferior e n é o limite superior.
Exemplo 2.1.
Observação 2.1.
∑
n
Na expressão f (i) existem, (n − m + 1) somandos.
i=m
Propriedade 2.1.
∑
n
a) K = (n − m + 1)K.
i=m
∑
n ∑
n ∑
n
b) [f (i) ± g(i)] = f (i) ± g(i). · · · distributiva
i=m i=m i=m
∑
n
c) [f (i) − f (i − 1)] = f (n) − f (m − 1) · · · telescópica
i=m
∑
n
d) [f (i + 1) − f (i − 1)] = f (n + 1) + f (n) − f (m) − f (m − 1) · · · telescópica
i=m
Demonstração.
A demonstração desta propriedade, é exercício para o leitor.
Exemplo 2.2.
∑
200 √ √
Calcular o valor de S= [ i + 1 − i − 10].
i=1
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 103
∑
200 √ √ ∑
200 √ √
Pela Propriedade (2.1) temos que: S= [ i + 1 − i] − 10 = [ 201 − 1] −
i=1 i=1
200(10) = −2001.
∑
200 √ √ √
Portanto S = [ i + 1 − i − 10] = 201 − 2001.
i=1
Exemplo 2.3.
∑
n
Calcular uma fórmula para S = [(i + 1)2 − (i + 1)2 ].
i=m
Solução.
Considere f (i) = i , segundo a Propriedade (2.1) d) segue:
∑n
S= [(i + 1)2 − (i + 1)2 ] =
i=m
Solução. a)
∑
n ∑
n
É consequência do Exemplo (2.3), observe que 4i = 4 i = 2n(n + 1) então
i=1 i=1
∑
n
n(n + 1)
S= i=
i=1
2
Solução. b)
Consideremos f (i) = i3 , pela Propriedade (2.1) d) temos que a soma:
∑
n
[(i + 1)3 − (i + 1)3 ] = (n + 1)3 + n3 − 13 − 03 = 2n3 + 3n2 + 3n (2.1)
i=1
∑
n ∑
n ∑
n
[(i + 1)3 − (i + 1)3 ] = [6i2 + 2] = 6 [i2 ] + 2n (2.2)
i=1 i=1 i=1
104 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∑
n
De (2.1) e (2.2) segue que 6 [i2 ] + 2n = 2n3 + 3n2 + 3n.
i=1
∑
n
n(n + 1)(2n + 1)
Portanto, i2 =
i=1
6
Solução. c)
Consideremos f (i) = i4 , pela Propriedade (2.1) d) temos que a soma:
∑
n
[(i + 1)4 − (i + 1)4 ] = (n + 1)4 + n4 − 14 − 04 = 2n4 + 4n3 + 6n2 + 4n (2.3)
i=1
∑
n ∑
n ∑
n
Por outro lado, da parte a) deste exemplo, [(i + 1)4 − (i + 1)4 ] = 8 i3 + 8 i=
i=1 i=1 i=1
∑
n
8 [i3 ] + 4n(n + 1).
i=1
∑
n
Igualando a (2.3), temos 8 [i3 ] + 4n(n + 1) = 2n4 + 4n3 + 6n2 + 4n.
i=1
∑
n
n2 (n + 1)2
Portanto, U = [i3 ] =
i=1
4
Solução. d)
Exercício para o leitor.
Exemplo 2.5.
∑
n
Se a > 0, determine uma fórmula para a progressão geométrica ak .
k=1
Solução.
∑
n
Seja S = ak = a + a2 + a3 + a4 + · · · + an−2 + an−1 + an , se multiplicamos por −a
k=1
à soma S obtém-se −aS = −a2 − a3 − a4 − · · · − an−2 − an−1 − an − an+1 ; logo S - aS =
a − an+1 onde S(a − 1) = a(an − 1)
∑n
a(an − 1)
Portanto, S = ak = .
k=1
a−1
Exemplo 2.6.
∑n
6
Achar uma fórmula para S = k−1
.
k=1
2
Solução.
∑n
6 ∑n
2 ∑n
1
Temos que S = k−1
=6 k
= 12 ; pelo Exemplo (2.5) concluímos:
k=1
2 k=1
2 k=1
2k
1
S = 12(1 − ( )n ].
2
∑n
6 1
Portanto, S = k−1
= 12[1 − )n ].
k=1
2 2
Exemplo 2.7.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 105
∑n
k
Determine uma fórmula para .
k=1
3k
Solução.
∑ n
k k−1 n
Aplicando a propriedade telescópica, [ k − k−1 ] = n − 0.
k=1
3 3 3
∑n
k ∑n
k−1 ∑ k
n ∑n
k ∑n
1
Por outro lado, k
− k−1
= k
− 3[ k
− k
]=
k=1
3 k=1
3 k=1
3 k=1
3 k=1
3
∑n
k ∑n
1 ∑n
k [( ) − 1]
1 1 n ∑n
k 3 1
= −2 +3 = −2 +3· 3 3
= −2 + [1 − ( )n ]
k=1
3k
k=1
3k
k=1
3k 1
3
−1 k=1
3k 2 3
∑n
k 3 1 n n ∑n
k 3 3 + 2n
logo −2 k
+ [1 − ( ) ] = n − 0 onde k
= − .
k=1
3 2 3 3 k=1
3 4 4(3)n
∑ n
k 3 3 + 2n
Portanto, k
= −
k=1
3 4 4(3)n
Exemplo 2.8.
∑
n
Determine a soma S= k · (k!).
k=1
Solução.
Portanto, S = (n + 1)! − 1
Exemplo 2.9.
∑
n
Achar uma fórmula para sen (kx).
k=1
Solução.
Exemplo 2.10.
∑
n
Calcular a soma S= sen 2n 2x.
k=1
Solução.
106 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∑
n
[sen 2k 2x − sen 2(k−1) 2x] = sen 2x − 1 (2.4)
k=1
∑
n ∑
n ∑
n
Por outro lado, [sen 2k
2x − sen 2(k−1)
2x] sen 2k
2x − sen −2 2x · sen 2(k−1) 2x =
k=1 k=1 k=1
∑
n
sen 2 2x − 1 ∑
n ∑n
−2
[1 − sen 2x] 2k
sen 2x = [ 2 2x
] 2k 2
sen 2x = cot 2x sen 2k 2x .
k=1
sen k=1 k=1
∑
n
De (2.4) temos cot2 2x sen 2k 2x = sen 2n 2x − 1.
k=1
Portanto, S = tan2 2x(sen 2n 2x − 1)
Exemplo 2.11.
∑
n
tanh(19kx)
Calcular a soma T = .
k=1
sech(19kx)
Solução.
∑
n
tanh(19kx) ∑
n
Observe que, T = = senh(19kx) , análogo ao Exemplo (2.9) temos
k=1
sech(19kx) k=1
∑
n
tanh(19kx) cosh(19(n + 1)x) + cosh(19nx) − cosh(19x) − 1
T = =
k=1
sech(19kx) 2senh(19x)
Exemplo 2.12.
∑
n
1
Determine o valor da seguinte soma T =
k=1
loga (22k ) log a (2
2k+2 )
Solução.
[ ]
1 1 1 1
Temos que: = −
loga (22k ) loga (22k+2 ) loga (22 ) loga (22x ) loga (22x+2)
∑ n [ ]
1 1 1
Logo T = 2 2k
−
log a (2 ) loga (2 ) loga (22k+2)
k=1 [ ]
1 1 1
Assim, T = − .
loga (22 ) loga 22 log2 (22n+2 )
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 107
Exercícios 2-1
∑
n
k ∑
20
2k + 1 ∑
10
k 2 − 2k + 3 ∑n
ak
1. 2. 3. 4. (−1)k 3
k=1
k+1 k=0
3k + 2 k=1
2k 2 + k + 1 k=1
k
∑∞
3 ∑30 ∑∞
3 ∑n
k2
5. ( )k 6. sen (kπ) 7. Ln( ) 8.
k=1
2 k=1 k=1
k k=1
k+1
∑
n
√ √ ∑
n
4 ∑
100
k
1. [ 2i + 1 − 2i − 1] 2. 3. Ln[ ]
i=1 k=1
(4k − 3)(4k + 1) k=1
k+2
∑
n
2k + k(k + 1) ∑
n
k ∑
n
2k + 3k
4. 5. 6.
k=1
2k+1 (k 2
+ k) k=1
(k + 1)(k 2 + 5k + 6) k=1
6k
√ √
∑n
k+1− k ∑n
Ln[(1 + k1 )k (1 + k] ∑n
ek + 2
7. [ √ ] 8. 9.
k=1
k2 + k k=1
(Lnk k )(Ln(k + 1))k+1 k=1
3k
∑
n
1 ∑n
1 ∑n
2k + 1
10. 11. 12.
k=1
2x2 + 6x + 4 k=1
k2 −1 k=1
k 2 (k
+ 1)2
∑
n
ek − [3sen a · cos a]k ∑
n
16 csc kx 5 ∑
n
13. 14. 15. cos(3kx)
k=1
3k k=1
cot5 kx · sec9 kx k=1
∑n
25 6 ∑
n ∑n
k
16. [ k− k
] 17. sen 2k (2x) 18.
k=1
10 100 k=1 k=1
5k
∑
n ∑
n ∑
n
19. 5 · sen (5k − x)
k
20. k·x k+1
21. k · 2k
k=1 k=1 k=1
∑n
1 ∑n ∑n
√
22. 23. cos2k 24. [ 3 + x]k
k=1
24 + 10k − 25k 2 k=1 k=1
∑
n
n(n + 1)
3. Determine a validade da igualdade: Ln 2k = Ln2.
k=1
2
∑
n
(m + k)! (m + n + 1)!
4. Mostre que a fórmula é evidente: = .
k=1
k! (m + 1)n!
1 ∑
n
∑n ∑n ∑n
5. Se X = [ Xk ] , mostre que [Xk − X]2 = Xk2 − X Xk .
n k=1 k=1 k=1 k=1
∑
n ∑
n
6. Determine o valor de n ∈ N , se: (2 + k 2 ) = (k + k 2 ).
k=1 k=1
108 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∑
n
a
7. Seja | a | < 1, mostre que : S = ak = quando n → ∞.
k=0
1−a
8. Nos seguintes exercícios expresse as dizimas periódicas dadas como series geométri-
cas e em seguida expresse as somas destas últimas como o quociente de dois inteiros.
1. 0, 6666 2. 0, 2323 3. 0, 07575 4. 0, 21515
6
6y
C
C
4 C u
C C
C C
C u
2 C C u
C C
C
CC C C CC u
u Cu
Cu u -
0 T empo x
?
Figura 2.1:
∑
n
11. Mostre que Ln(k + 1) = Ln[(n + 1)!].
k=1
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 109
P = {x0 , x1 , x2 , x3 , · · · , xn }
Observação 2.2.
∑
n
Esta região poligonal tem como área I(P) = f (ui ) · ∆i x. De modo análogo
i=1
podemos eleger v1 , v2 , v3 , v4 , · · · , vn nos subintervalos de P, tais que f (v1 ) seja o valor
máximo em [x0 , x1 ] ; f (v2 ) seja o valor máximo em [x1 , x2 ] , e assim sucessivamente de
modo que f (vn ) seja o valor máximo no intervalo [xn−1 , xn ] .
A região poligonal formada pelos retângulos
de base os subintervalos de P e altura f (v1 ),
f (v2 ), f (v3 ), · · · , f (vn ) esta circunscrito à região
D Figura (2.4), e sua área é denotada por C(P);
logo
∑ n
C(P) = f (vi ) · ∆i x
i=1
Observação 2.3.
Portanto, a área da região D denotada por A Figura (2.2), se existe deve encontra-se
entre AL e AU ; isto é AL ≤ A ≤ AU
Exemplo 2.13.
Mediante retângulos inscritos e circunscritos, calcular a área da região D, limitada
pelos gráficos de y = x + 1, x = 0, x = 3 e o eixo x.
Solução.
Observe, na Figura (2.5), temos que f (x) = x + 1, a = 0 e b = 3 ; como a função
y = f (x) é crescente no intervalo [0, 3], f (x) apresenta mínimo no extremo esquerdo de
qualquer subintervalo de uma partição P de [0, 3].
3−0 3
Seja ui = a + (i − 1)∆x i = 1, 2, 3, · · · , n ; sendo é ∆x = = então
n n
3 3
ui = (i − 1) e f (ui ) = ui + 1 = (i − 1) +1
n n
∑
n n [
∑ ]
3 3
I(P) = f (ui ) · ∆i x = (i − 1) + 1 ⇒
i=1 i=1
n n
[ ]2 ∑ n [ ]2 ∑ n [ ] ∑n
3 3 3
I(P) = · i− · 1+ · 1 ⇒
n i=1
n i=1
n i=1
[ ]2 [ ]2
3 n(n + 1) 3 9n(n + 1) 9
I(P) = · − n+3= + +3 ⇒
n 2 n 2n2 n
9n(n + 1) 9
I(P) = + +3 (2.6)
2n2 n
6y 6y
y =x+1
y =x+1
r r - r r -
0 ··· xi−1 xi ··· 3 x 0 ··· xi−1 xi ··· 3 x
? ?
3−0 3
Por outro lado, consideremos vi = a + i∆x i = 1, 2, 3, · · · , n ; sendo ∆x = =
n n
então vi = i e f (ui ) = vi + 1 = i + 1; a soma das áreas dos retângulos circunscritos
112 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∑
n ∑n [ ]
3 3
C(P) = f (ui ) · ∆i x = i +1
i=1 i=1
n n
[ ]2 ∑ n [ ] ∑ n [ ]2
3 3 3 n(n + 1) 9n(n + 1)
= · i+ · 1= +3= 2
+3 ⇒
n i=1
n i=1
n 2 2n
9n(n + 1)
C(P) = +3 (2.7)
2n2
9n(n + 1) 9 9n(n + 1)
I(P) = 2
+ +3≤ + 3 = C(P)
2n n 2n2
15 15
lim I(P) = ≤ lim C(P) =
n→∞ 2 n→∞ 2
15
Portanto, a medida da área da região D é A = unidades quadradas.
2
Exemplo 2.14.
Mediante área de retângulos, calcular a área da região D limitada por y = x2 , o eixo
x e a reta x = 2.
Solução. .
2−0 2
Da Figura (2.7) seja x0 = 0, ∆x = = , logo x1 = ∆x, x2 = 2∆x, · · · , xi = i∆x.
n n
Como a curva é crescente a altura de cada um dos retângulos inscritos é ui = xi−1 , e
f (ui ) = (ui )2 = [(i − 1)∆x]2 onde :
∑
n ∑
n [ ]3 ∑
n
2
I(P) = f (ui )∆x = [(i − 1)∆x] ∆x =
2
[i2 − 2i + 1] =
i=1 i=1
n i=1
[ ]3
2 n(n + 1)(2n + 1)
= [ + n(n + 1) + n]
n 6
logo [ ]3
2 n(n + 1)(2n + 1)
I(P) = [ + n(n + 1) + n]
n 6
8
no limite quando n → ∞ temos I(P) =
3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 113
Por outro lado, a altura de cada um dos retângulos circunscritos (Figura (2.8)) é
vi = xi , e f (vi ) = (vi )2 = (i · ∆x)2 onde:
∑
n ∑
n
C(P) = f (ui )∆x = [i · ∆x]2 ∆x ⇒
i=1 i=1
[ ]3 ∑ n [ ]3
2 2 n(n + 1)(2n + 1)
C(P) = · 2
i =
n i=1
n 6
8 4 4 8
logo, C(P) = + + 2 no limite quando n → ∞ temos lim C(P) = .
3 n 3n n→∞ 3
8
Portanto, a área pedida é A = unidades quadradas (u2 )
3
Exemplo 2.15.
Calcular a área da região D limitada pelos gráficos de y = x3 + x + 3, x = −1, x = 2
e o eixo x.
Solução. .
2 − (−1) 3
Temos a = −1, b = 2, f (x) = x3 + x + 3 e ∆x = =
n n
3
Seja ui = 1 + i∆x = −1 + i , logo
n
[ ]3 [ ]
3 3 27 27 12
f (ui ) = −1 + i + −1 + i + 3 = 3 i3 − 2 i2 + i + 1
n n n n n
∑
n
81 ∑ 3 81 ∑ 2 36 ∑
n n
3∑
n n
I(P) = f (ui )∆x = i − i + i + 1=
i=1
n4 i=1 n3 i=1 n2 i=1 n i=1
57
De modo análogo obtemos no limite quando n → ∞ que lim C(P) = .
n→∞ 4
57 2
Portanto, a área pedida é u.
4
Exemplo 2.16.
√
Calcular a área da região D limitada pelos gráficos de y = 2 x , o eixo x, as retas
x = 0 e x = 9.
Solução. .
6−0 6 6
∆y = = , yi = i sendo i = 1, 2, 3, · · · e ui = yi
n n n
Logo
∑ n [ ]
6∑ 1
n
−1 6 2
I(P) = f (ui )∆y = (i · ) =
i=1
n i=1 4 n
54 ∑ 2 54 n(n + 1)(2n + 1)
n
I= 3 i = 3
n i=1 n 6
Exemplo 2.17.
Determine a área da região D, abaixo da curva y = senhx no intervalo [0, 1].
Solução. .
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 115
1−0 1 1 1
∆x = = , ui = i , f (ui ) = senh(i )
n n n n
no limite quando n → ∞ temos:
∑
n
1 cosh[(n + 1) · n1 ] + cosh(n · n1 ) − cosh( n1 ) − 1
senh(i · )=
i=1
n 2 · senh( n1 )
Logo,
[ ][ ]
1 cosh[(n + 1) · n1 ] + cosh(n · n1 ) − cosh( n1 ) − 1 2 · cosh(1) − 2
A = lim =
n→∞ n 2 · senh( n )
1
2
Exemplo 2.18.
Calcular a área da região D, a direita da reta x = 1, limitada pela curva y = 4 − x2 .
Solução.
2−1 1
O gráfico de y = 4 − x2 mostra-se na Figura (2.11); temos ∆x = = , x0 =
n n
1, xi = 1 + i · ∆x ; logo a área da região D é
Figura 2.11:
116 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∑n ∑
n
A = lim [ f (vi )∆x] = lim { [4 − (1 + i · ∆x)]∆x} =
n→∞ n→∞
i=1 i=1
n [ ]
1∑ 1 2
= lim { 4 − (1 + i · ) }
n→∞ n n
i=1
n [
∑ ]
2i i2 10n3 − 9n2 − n 5
= lim 3− − = lim 3
=
n→∞ n n n→∞ 6n 3
i=1
5 2
Portanto, a área da região D mede u.
3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 117
Exercícios 2-2
π π 3x
1. y = cos x, x = − , x = , y = 0 2. y = arctan x, y = arccos , y=0
6 2 2
x2 − x
3. y = x3 + x, x = 0, y = 2, y = 0 4. y = , y = 0, x = −1, x = 2
1 + x2
5. y = 3x − x2 , y = x2 − x 6. y(x2 + 4) = 4(2 − x), y = 0, x = 0
π
7. y = tan2 x, y = 0, x = , x = 0 8. y = arcsenx, y = arccos x, x = 1
3
2
9. y = Ln(x ), x = Ln4, x = e 10. y = x3 + x − 4, y = x, y = 8 − x
2
11. y = tan x, x = 0, y = cos x 12. y = x2 + 2x − 3, x = −2, x = 0, y = 0
3
x2 − 4
13. x = ey , x = 0, y = 0, Ln4 14. y = , x = −3, x = 3, y = 0
x2 − 16
15. y = ex , y = e−x , x = 1 16. y 2 − x = 0, y − x3 = 0, x + y − 2 = 0
√
17. y = 9 − x2 , y = x2 + 1 18. y = x2 − 3, y =| x − 1 |, y = 0
19. y = arcsenx, y = arccos x, x = 0 20. y =| x − 2 |, y + x2 = 0, x = 1, x = 3
10. Para cada um dos exercícios seguintes, determine a área da região dada, limitada
por:
1. y = x2 , x = 0, x = 2, y=0
2. y = 4 − x2 , y = 0
√
3. y = 2 x, eixo x, x = 0 e x = 4
4. y = x2 , y = 4 − 3x2
5. y = x3 , x = −1, x = 1 e o eixo x
6. y = (x − 1)2 , x = 3, x = 8 e o eixo x
7. y = 4− | x |, o eixo x, x = −4 e x = 4
8. y = 12 − x2 − x, eixo x, x = −3 e x = −2
9. y = 2− | x |, o eixo x, x = −4 e x = 4
10. y = mx, m > 0, y = 0, x = a e x = b sendo 0 < a < b
11. y = x2 − 2x − 1, eixo x, x = 1 e x = 4
4
12. y = 3x − 3x2 − x3 , eixo x, x = 0 e x = 1
3
13. y = cosh x, x = 0, x = 1 e y = 0
π π
14. y = cos x, x = − , x = e o eixo x
2 2
15. 4y = (x − 4)2 , 4y = (x + 4)2 , 4y = −(x − 4)2 e 4y = −(x + 4)2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 119
∑
n ∑
n ∑
n ∑
n
m · ∆j x ≤ mj · ∆ j x ≤ Mj · ∆j x ≤ M · ∆j x
k=1 k=1 k=1 k=1
∑
n ∑
n ∑
n
Isto é m · ∆j x ≤ S(f, P) ≤ S(f, P) ≤ M · ∆j x , como m · ∆j x = b − a ,
k=1 k=1 k=1
Demonstração. .
Exercício para o leitor.
Propriedade 2.4.
Se f (x) é uma função limitada no intervalo I, P1 e P2 duas partições arbitrárias de
I, então S(f, P1 ) ≤ S(f, P2 ).
Demonstração.
∪
Seja P = P1 P2 , como P1 j P e P2 j P.
Pela Propriedade (2.3) temos S(f, P1 ) ≤ S(f, P) e S(f, P) ≤ S(f, P2 ) .
Da Propriedade (2.2) segue S(f, P1 ) ≤ S(f, P2 ) .
Portanto, S(f, P1 ) ≤ S(f, P2 ).
Definição 2.2.
Se f (x) é função limitada no intervalo I, o número sup{S(f, P)/.P j Ω} denomina-se
∫b
integral inferior de f (x) em I e indica-se por J = f (x) · dx .
a
∫b ∫c ∫b ∫b ∫c ∫b
f (x)·dx = f (x)·dx + f (x)·dx e f (x)·dx = f (x)·dx + f (x)·dx
a a c a a c
Esta última igualdade recebe o nome de integral de Riemann de f (x) sobre [a, b] e
∫b
denota-se por: f (x) · dx.
a
∫a ∫b ∫b
Logo, f (x) · dx = f (x) · dx = f (x) · dx e por simplicidade diz-se: integral de
b a a
é podemos escrever:
∫b ∫b ∫b ∫b
f (x) · dx = f (t) · dt = f (s) · ds = f (π) · dπ · · · etc
a a a a
Exemplo 2.19.
Seja f (x) = K função constante no intervalo [a, b] , temos que S(f, P) = S(f, P) =
∫b
K(b − a) ; logo a função constante é integrável sobre [a, b] e, f (x) · dx = K(b − a).
a
Exemplo 2.20.
Consideremos a função de Dirichlet f : [a, b] −→ R definida como segue :
{
0, se x é irracional
f (x) =
1, se x é racional
Observação 2.4.
Do significado geométrico de soma inferior e soma superior deduzimos que se D é a
região plana limitado pelo gráfico de y = f (x) , as retas x = a, x = b e o eixo x; se A(D)
representa a área a região D, então:
∫b
i) Se f (x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b] , A(D) = f (x) · dx.
a
∫b
ii) Se f (x) ≤ 0 ∀ x ∈ [a, b] , A(D) = − f (x) · dx.
a
Propriedade 2.5.
Se f (x) é uma função limitada no intervalo I, uma condição necessária e suficiente
para que f (x) seja integrável em I é que, dado ε > 0 , exista uma partição P de I tal
que: S(f, P) − S(f, P) < ε .
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 123
Demonstração.
Condição necessária (⇒)
∫b
Por hipóteses f (x) é integrável em I, sendo J = f (x) · dx = sup{S(f, P) /. P ∈ Ω},
a
ε
dado ε > 0 existe uma partição P1 de I tal que J − < S(f, P1 ) isto é :
2
ε
J− < S(f, P1 ) (2.8)
2
∫a
Por outro lado J = f (x) · dx = inf{ S(f, P) /. P ∈ Ω } , considerando o mesmo
b
ε
ε > 0 existe uma partição P2 de I tal que S(f, P2 ) < J + isto é:
2
ε
S(f, P2 ) < J + (2.9)
2
Definição 2.4.
∫b ∫a
Se a < b , define-se f (x)dx = − f (x) · dx sempre que a integral exista.
a b
Definição 2.5.
∫a
Se f (x) esta definida em x = a , então f (x)dx = 0.
a
Propriedade 2.6.
Se f (x) é contínua em [a, b] , então f (x) é integrável em [a, b]
Demonstração. .
Exercício para o leitor.
∫b ∫b ∫b
[f (x) ± g(x)] · dx = f (x) · dx ± g(x) · dx
a a a
d) Se f (x) é integrável nos intervalos [a, c] e [c, b] então f (x) é integrável no intervalo
∫c ∫b ∫b
I = [a, b] e: f (x) · dx + f (x) · dx = f (x) · dx (Propriedade aditiva a respeito
a c a
do intervalo de integração).
∫b
e) Se f (x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b] então f (x) · dx ≥ 0.
a
∫b ∫b
f ) Se f (x) ≥ g(x) ∀ x ∈ [a, b] então f (x) · dx ≥ g(x) · dx
a a
∫b
m(b − a) ≤ f (x) · dx ≤ M (b − a)
a
∫b ∫b
h) f (x) · dx ≤ | f (x) | ·dx.
a a
Exemplo 2.21.
∫1
dx
Estime a integral I = √ .
1 + x4
0
Solução. .
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 125
1 1
Para x ∈ [0, 1] temos que 1 ≤ 1 + x4 ≤ 2 , logo m = √ ≤ √ ≤1=M,
2 1 + x4
∫1 ∫1 ∫1
1 1
consequentemente √ ≤ √ ≤ 1dx.
2 1 + x4
0 0 0
∫1
1 1
Portanto, √ ≤ √ ≤ 1.
2 1 + x4
0
∫b
1
f (c) = · f (x) · dx
b−a
a
Demonstração.
Lembre o teorema do valor médio para funções contínuas:
Propriedade 2.8.
Se f (x) é contínua e g(x) é integrável em [a, b] sendo g(x) ≥ 0 , existe um ponto
c ∈ (a, b) tal que verifica-se a igualdade:
∫b ∫b
f (x) · g(x) · dx = f (c) · g(x) · dx
a a
126 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Esta propriedade é conhecida como o teorema generalizado do valor médio, sua de-
monstração é exercício para o leitor.
Teorema 2.2.
Seja y = f (x) uma função contínua em I = [a, b] e consideremos a função F (x) =
∫x [ ∫x ]
d
f (t) · dt, x ∈ [a, b] então temos: F ′ (x) = f (t) · dt = f (x), ∀ x ∈ [a, b] .
dx
a a
Demonstração.
Pela definição de derivada, para x ∈ [a, b] e h > 0 tão pequeno quanto poder, temos:
∫ ∫x
1[ ]
x+h
F (x + h) − F (x)
F ′ (x) = lim = lim f (t) · dt − f (t) · dt =
h→0 h h→0 h
a a
∫x ∫ ∫x ∫
1[ ] 1[ ]
x+h x+h
∫
x+h
1 1
F ′ (x) = lim [ f (t) · dt] = lim [h · f (c)] = lim f (c) = f (x)
h→0 h h→0 h h→0
x
Observação 2.5.
Esta propriedade estabelece um enlace entre os conceitos de integral indefinida e defi-
nida. Isto mostra que uma função contínua em I = [a, b] admite uma primitiva dada pela
∫x
integral F (x) = f (t) · dt ; pois F ′ (x) = f (x) ∀ x ∈ [a, b].(é um teorema de existência,
a
dada f (x) contínua, existe F (x) )
1
Isaac Barrow (Londres 1630˘1677) foi teólogo, professor e matemático inglés a quem históricamente
se deu menos mérito em seu papel no desenvolvimento do cálculo moderno.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 127
Propriedade 2.9.
Seja y = f (x) uma função contínua em I = [a, b] e F (x) uma primitiva de f (x) em
∫b b
I, então ∀ x ∈ [a, b] temos: f (x) · dx = F (b) − F (a) = F (x)
a
a
Demonstração.
Pelo primeiro teorema fundamental do cálculo para todo x ∈ I, podemos definir outra
∫x
primitiva G(x) = f (t) · dt para a função f (x) ; logo F (x) = G(x) + C (C constante).
a
∫b ∫a
Por outro lado, F (b) = G(b)+C = f (t)·dt+C e F (a) = G(a)+ f (t)·dt+C = 0+C,
a a
∫b ∫b
logo F (b) − F (a) = ( f (t) · dt + C) − C = f (t) · dt . Como a variável t é independente
a a
∫b b
podemos escrever: f (x) · dx = F (b) − F (a) = F (x) .
a
a
Observação 2.6.
b
a) F (x) = F (b) − F (a) somente é notação para F (b) − F (a).
a
∫b b
b) A fórmula f (t) · dt = F (b) − F (a) = F (x) é conhecida de modo convencional
a
a
como “Fórmula de Newton - Leibnitz” ; devido a que estes matemáticos estabelece-
ram independentes um do outro, a relação intima entre a derivada e integral, porém;
eles não utilizaram a mesma.
c) Observe-se que a diferença F (b) − F (a) não depende da primitiva F , desde que todas
as primitivas são diferentes por uma constante.
Exemplo 2.22.
∫x
dt
Seja a função F (x) = calcular:
1 + t2
0
1
Desde que f (t) = é contínua em R , pelo primeiro teorema fundamental do
1 + t2
1
cálculo temos F ′ (x) = ∀ x ∈ R+ .
1 + x2
Observe que F ′ (x) ≥ 0 logo F (x) é crescente ∀ x ∈ R+ .
Solução. ii)
2x
Da fórmula de derivação F ”(x) = − , observe-se que F (x) apresenta ponto
(1 + x2 )2
de inflexão em x = 0.
Solução. iii)
1
Temos F ′ (1) =
2
1
Por último, do fato F ′ (x) = segue que F (x) = arctan x + C e sendo F (0) = 0
1 + x2
segue que 0 = arctan(0) + C , por tanto F (x) = arctan x.
Exemplo 2.23.
Calcular as seguintes integrais:
π
∫1 ∫2 ∫1 ∫1
dx
a) b) sen x · dx c) ex · dx d) senhx · dx
1 + x2
−1 0 0 0
Solução. a)
dx
Uma antiderivada para f (x) = em [−1, 1] é F (x) = arctan x + C ; logo
1 + x2
∫1 1
dx π π π
= [arctan x + C] = [arctg(1) + C] − [arctg(−1) + C] = − (− ) =
1 + x2 −1 4 4 2
−1
∫1
dx π
Portanto, = .
1 + x2 2
−1
No que segue, pela Observação (2.6)-iii) não precisamos da constante de integração.
Solução. b)
π π
∫2 π ∫2
2 π
sen x · dx = − cos x = −[cos − cos 0] = 1 ⇒ sen x · dx = 1
0 2
0 0
Solução. c)
∫1 1 ∫1
e · dx = e = e1 − e0 = e − 1
x x ⇒ ex · dx = e − 1
0
0 0
Solução. d)
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 129
∫1 1
senhx · dx = cosh x = cosh 1 − cosh 0 = cosh 1 − 1
0
0
∫1
Portanto, senhx · dx = cosh 1 − 1.
0
Exemplo 2.24.
∫x2
Calcular a primeira derivada da função F (x) = sen t · dt.
2
Solução.
Exemplo 2.25.
∫x4 ∫5
dt dt
Sejam G(x) = e H(x) = calcular as derivadas G′ (x)
1 + 9sen 2 t t + 9sen 2 t + 10
−3 x3
′
e H (x).
Solução.
1
Pelo exemplo anterior temos G′ (x) = [ ] · (4x3 ) ; logo a derivada G′ (x) =
1 + 9sen 2 (x4 )
4x3
].
1 + 9sen 2 (x4 )
∫5
dt
Por outro lado, pela Definição (2.4) temos que a função H(x) = =
t + 9sen 2 t + 10
x3
∫x3
dt ′ 1 3x2
− , logo H (x) = −[ ]·(3x 2
) = − .
t + 9sen 2 t + 10 (x3 ) + 9sen 2 (x3 ) + 10 (x3 ) + 9sen 2 (x3 ) + 10
5
3x2
Portanto H ′ (x) = − .
(x3 ) + 9sen 2 (x3 ) + 10
Exemplo 2.26.
∫x2
Determine a primeira derivada de F (x) = (cos t + t2 )dt
sen x
Solução.
∫c ∫x2
Pelas propriedades de integrais temos: F (x) = (cos t + t2 )dt + (cos t + t2 )dt para
sen x c
130 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 2.27.
∫1
|x|
Calcular o valor de: J= · dx.
1 + x2
−1
Solução.
|x|
Temos que f (x) = , da definição de valor absoluto, a função f (x) podemos
1 + x2
x
, se, x ≥ 0
redefinir como f (x) = 1 + x2 .
− x , se, x < 0
1 + x2
∫0 ∫1 0
−x x 1
Logo podemos escrever J = · dx + · dx = − [Ln(1 + x )] +
2
1 + x2 1 + x2 2 −1
−1 0
1 ∫1
1 1 |x|
[Ln(1 + x2 )] = − ([Ln(1)−Ln(2)]+[Ln(2)−Ln(1)]) ⇒ J= = Ln(2).
2 0 2 1 + x2
−1
Exemplo 2.28.
∫4
Calcular o valor de: J= | x2 + x − 6 | dx
−4
Solução.
∫−3 ∫2 ∫4
logo a integral original J = (x2 + x − 6)dx − (x2 + x − 6)dx + (x2 + x − 6)dx =
−4
−3 2 −3 24
1 1 1 1
[ x3 + x2 − 6x] − [ x3 + x2 − 6x] + [ 1 x3 + 1 x2 − 6x] = 17 − (− 125 ) +
3 2 3 2 3 2 6 6
−4 −3 2
38 109
= .
3 3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 131
∫4
109
Portanto J = | x2 + x − 6 | dx = .
3
−4
Exemplo 2.29.
∫u
i) Seja G(x) = f (t) · dt , onde f : [a, b] ⊂ R −→ R é uma função contínua e u = u(x)
a
é função derivável u : I −→ [a, b] .
d
Mostre que G′ (x) = f (u) · u′ , onde u′ = u(x) .
dx
∫a
ii) Seja H(x) = f (t) · dt onde f e u cumprem as condições da parte i).
u
d
Mostre que H ′ (x) = − f (u) · u′ onde u′ = u(x) .
dx
Solução. i)
∫x ∫u
Se F (x) = f (t) · dt e u = u(x), então F (u(x)) = (F ◦ u)(x) = f (t) · dt , derivando,
a a
pela regra da cadeia G′ (x) = F ′ (u(x)) · u′ (x) = f (u(x)) · u′ (x); isto é G′ (x) = f (u) · u′ ,
d
onde u′ = u(x) .
dx
Solução. ii)
∫a ∫u
Da Definição (2.4) temos que H(x) = f (t)·dt = − f (t)·dt; isto é H(x) = −G(x),
u a
d
então pela parte i) H ′ (x) = − G′ (x) = −f (u) · u′ , onde u′ = u(x) .
dx
Exemplo 2.30.
∫ x
tan
1
Se f (t) · dt = g(x) e f (x) = − determine g(x).
1 + x2
0
Solução.
Derivando ambos os membros temos:
1 1
f (tan x) · sec2 x = g ′ (x); como f (x) = − então g ′ (x) = − · sec2 x =
1+x2 1 + tan2 x
−1 ⇒ g ′ (x) = −1.
Portanto, g(x) = C − x.
Propriedade 2.10. Cauchy - Buniakovski.
Se [f (x)]2 e [g(x)]2 são integráveis em [a, b] , então:
b v b b
∫ u u ∫ ∫
f (x) · g(x) · dx ≤ u
t 2
[f (x)] dx 2
[g(x)] dx (2.10)
a a a
132 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Demonstração. .
Exercício para o leitor.
Exemplo 2.31.
∫1 √
Aplicando a Propriedade (2.10) estime a integral: (4 + x3 )x · dx.
0
Solução. .
√ √
Sejam f (x) = 4 + x3 e g(x) = x , temos [f (x)]2 = 4 + x3 e [g(x)]2 = x, da
desigualdade (2.10) temos
v 1
∫1 √ u ∫1 ∫ √
u √ √ 2 1 17
u
(4 + x )x · dx ≤ t
3 3 2
[ 4 + x ] dx [ x)] dx = = 0, 72
4 2
0 0 0
√
Por outro lado, como 0 ≤ x ≤ 1 segue que 0 ≤ (4 + x2 )x ≤ 5, então 0 ≤
∫1 √ ∫1
(4 + x3 )x · dx ≤ 5 · dx = 5.
0 0
∫1 √
Portanto, a melhor estimativa é 0 ≤ (4 + x3 )x · dx ≤ 0, 72.
0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 133
Exercícios 2-3
1. Determine quais das seguintes funções são integráveis no intervalo [0, 2], e calcule
a integral caso seja possível.
{ {
x, se 0 ≤ x < 1 x, se 0 ≤ x ≤ 1
1. f (x) = 2. f (x) =
x − 2, se 1 ≤ x ≤ 2 x − 2, se 1 < x ≤ 2
3. f (x) = x + ∥ x ∥
∫2x ∫ x
sen
dt
1. F (x) = cosh(2t2 + 1) · dt 2. F (x) =
arcsent
1 a
2
∫
x
dt
1+sen 2 t
∫x ∫y 0 ∫
dt
3. F (x) = dy 4. F (x) = cos2 (y 2 + 4) · dy
1 + t + sen 2 t
2
2
5 x y a
∫ ∫
5. F (x) = sen sen sen 3 t · dt dy
0 0
∫f (2) ∫ x
sen
dt
3. Sejam H(x) = e g(t) · dt = Ln(1 − cos x) , calcular H ′ (x) .
√
t2 √
g(x)·(1− 1−x2 ) 2
∫x2
t6 · dt
4. Seja F (x) = 4
, calcular F ′ (x) .
1+t
x3
∫ 2
x+x
∫ex
6. Se F (x) = x(t2 + 1) · dt , calcular F ′ (x).
x2
g∫2 (x)
1
10. Determine f (x), se f ′′′ (x) = √ , x ≥ 0.
1 + sen 2 x
1
∫
3x+1
2 1 16
11. Se f (t) · dt = + ax , determine valores de a de modo que f ( ) = .
ax 4 3
5
12. Suponhamos f e g funções contínuas no intervalo [a, b] tais que cumpram a desi-
∫b ∫b
gualdade: f (x) · dx > g(x) · dx. Responda as seguintes questões justificando
a a
sua resposta.
∫b
1. Sempre [f (x) − g(x)]dx > 0 ?
a
∫x
′
13. Determine F (x) , se F (x) = x · f (t)dt.
0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 135
∫b
14. Mostre que se f é contínua em [a, b] e | f (x) | dx = 0, então f (x) = 0 ∀x ∈ [a, b].
a
{x }
∫ dt
1+cos2 t
a ∫
′ dt
15. Calcular F (x) para a função F (x) = .
1 + sen 2 t
a
∫x
−1 2 dt
16. Determine [F (x)] , onde F (x) = .
t
1
∫x
dt
17. Análogo ao exercício anterior para a função: √
1 − t2
1
∫b
18. Suponhamos que f seja contínua em [a, b] e que f (x) · dx = 0. Responda as
a
seguintes questões justificando sua resposta.
1. Sempre f (x) = 0 ∀ x ∈ [a, b] ?
2. Sempre f (x) = 0 para algum x ∈ [a, b] ?
b
∫
3. Necessáriamente f (x)dx = 0
a
∫ b
1
∫sec x
19. Determine g(x), se g(t) · dt = senx − x.
1
1
∫csc x
√
20. Se f (t) · dt = − 2 1 − sen x , determine f (x).
5
∫ 2x
cos
1 π
21. Se f (t) · dt = g(x) e f (x) = √ determine, g( ).
x−1 2
1
136 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫ x
tan
π
22. Se f (s) · ds = g(x) e f (x) = x2 − 1 determine g( ).
6
a
∫ x
cos
1 1
24. Se f (w) · dw = x − tan x , calcular f ( ).
2 2
a
x∫2 +1
√ √
25. Se f (t) · dt = x + 3 determine f (17).
√
2
x2∫
(x+1)
∫x+2
27. Seja f (w) · dw = x − 6 . Calcular f (3).
2,5
∫π
28. Se [f (t) + f ′′ (t)] · sen t · dt = 5 e f (π) = 2. Calcular f (0).
0
π
∫2
sen 2 x 3
29. Se [f (sen x) + f ”(sen x) ] · cos x · dx = e f ′ (1) = 1. Calcular f (1).
2 2
0
∫x
x
30. Determine todas as funções f (t) que verificam a relação: f (t) · dt = f (x)
3
0
√ √ √
31. Calcule a área limitada por os eixos de coordenadas e a parábola x+ y= a
Demonstração.
∫y
Seja F (y) = f (x)·dx, pelo primeiro teorema fundamental do cálculo integral, temos
a
F ′ (y) = f (y) ∀ y ∈ I = [a, b] .
Por outro lado, pela regra da cadeia, para a função composta F (g(t)) temos [F (g(t))]′ =
F ′ (g(t)) · g ′ (t) = f (g(t)) · g ′ (t) ; isto é F (g(t)) é uma antiderivada de f (g(t)) · g ′ (t).
Pelo segundo teorema fundamental do cálculo temos:
∫d d
′
f (g(t)) · g (t) · dt = F (g(t)) =
c
c
∫b
F (g(d)) − F (g(c)) = F (b) − F (a) = f (x) · dx
a
∫b ∫d
Portanto, f (x) · dx = f (g(t)) · g ′ (t) · dt.
a c
Observação 2.7.
Exemplo 2.32.
∫3
x2 · dx
Calcular a integral J = .
(1 + x3 )3
2
Solução.
138 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
√
Considere t = 1 + x3 , logo x = g(t) = 3 t − 1 ⇒ dx = g ′ (t) = dt ; g(9) = 2 e
g(28) = 3, sendo g e g ′ contínuas em [9, 28] temos que,
∫3 ∫28 √
x2 · dx 3
(t − 1)2 dt
J= = · √ =
(1 + x3 )3 t3 3 · 3 (t − 1)2
2 9
∫28 28
1 703
t−3 · dt = − 16 t−2 =
3 9 127.008
9
∫3
x2 · dx 703
Portanto, J = 3 3
=
(1 + x ) 127.008
2
Propriedade 2.12.
∫a ∫a
a) Se f é contínua em [0, a], então f (x) · dx = f (a − x) · dx .
0 0
∫a ∫a
b) Se f é par e contínua em [−a, a], então f (x) · dx = 2 · f (x) · dx
−a 0
∫a
c) Se f é função ímpar e contínua em [−a, a], então f (x) · dx = 0
−a
∫π ∫π
π
d) Se f é contínua, então x · f (sen x) · dx = f (sen x) · dx
2
0 0
∫π ∫π
π
e) Se f é função par e contínua, então x · f (cos x) · dx = f (cos x) · dx.
2
0 0
Demonstração. a)
∫a
Para a integral f (a − x) · dx considere a − x = z, então quando x = a , temos z = 0
0
e quando x = 0 , temos z = a além disso dx = −dz, logo:
∫a ∫0 ∫0 ∫a
f (a − x) · dx = f (z) · (−dz) = − f (z) · dz = f (x) · dx
0 a a 0
isto último aplicando a Definição (2.4) e do fato ser a integral independente da variável
de integração.
Demonstração. b)
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 139
∫a ∫0 ∫a
Observe: f (x) · dx = f (x) · dx + f (x) · dx; considere x = −y em [−a, a] logo
−a −a 0
y ∈ [−a, a] e sendo f função par então f (−y) = f (y).
∫0 ∫0 ∫0
Efetuando mudança de variável na integral f (x)·dx temos: f (x)·dx = f (−y)·
−a −a a
∫0 ∫0 ∫a
(−dy) = f (y) · (−dy) = − f (y) · (dy) = f (x) · (dx).
a a 0
Isto último aplicando a Definição (2.4) e do fato ser a integral independente da variável
de integração.
∫a ∫a ∫a ∫a
Portanto, f (x) · dx = f (x) · dx + f (x) · dx = 2 f (x) · dx
−a 0 0 0
Demonstração. c)
∫a ∫0 ∫a
Temos f (x) · dx = f (x) · dx + f (x) · dx; considere x = −y em [−a, a] logo
−a −a 0
y ∈ [−a, a] e sendo f função ímpar então f (−y) = −f (y).
∫0 ∫0 ∫0
Efetuando mudança de variável na integral f (x)·dx temos: f (x)·dx = f (−y)·
−a −a a
∫0 ∫0 ∫a
(−dy) = − f (y) · (−dy) = f (y) · (dy) = − f (x) · (dx)
a a 0
∫a ∫0 ∫a
Portanto, f (x) · dx = f (x) · dx + f (x) · dx = 0.
−a −a 0
Demonstração. d)
∫π ∫0
Considerando a mudança x = p − y, temos dx = −dy e x · f (sen x) · dx = (π − y) ·
0 π
∫0 ∫π
f (sen (π − y)) · (−dy) = − (π − y) · f (sen (π − y)) · dy = (π − y) · f (sen (π − y)) · dy =
π 0
∫π ∫π ∫π ∫π
π · f (sen (π − y)) · dy − y · f (sen (π − y)) · dy = π · f (sen y · dy − y · f (sen y) · dy,
0 0 0 0
isto último do fato sen (π − y) = sen y.
∫π ∫π ∫π
Logo, x · f (sen x) · dx + y · f (sen y) · dy = π x · f (sen x) · dx.
0 0 0
∫π ∫π
π
Portanto, x · f (sen x) · dx = f (sen x) · dx
2
0 0
Demonstração. e)
140 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 2.33.
∫1
Ln(1 + x)
Calcular a integral J = · dx
1 + x2
0
Solução.
π tan a − tan b
Lembrando que tan( − y) = tan y e tan(a − b) =
4π 1 + tan a · tan b
∫4
π
Em (2.11) segue J = Ln(1 + tan( − y)) · dx =
4
0
π π
∫4 ∫4
tan − tan y
π
1 − tan y
Ln(1 + 4
) · dy = Ln(1 + ) · dy =
1 + tan π4 · tan y 1 + tan y
0 0
π π π
∫4 ∫4 ∫4
2 π
Ln( ) · dy = 2 · dy + Ln(1 + tan y)dy = Ln2 − J.
1 + tan y 4
0 0 0
∫1
Ln(1 + x) π
Portanto, J = 2
· dx = Ln2.
1+x 8
0
Exemplo 2.34.
∫π
x · sen x
Calcular a integral J = · dx
1 + cos2 x
0
Solução.
∫π ∫π
x · sen x x · sen x
Aplicando identidade sen 2 x+cos2 x = 1, temos J = ·dx = ·
1 + cos2 x 2 − sen 2 x
0 0
dx, a função a integral nesta última integral é da forma x · f (sen x).
∫π ∫π
π sen x π sen x
Pela Propriedade (2.12) d) segue J = · dx = · dx =
2 2 − sen x
2 2 1 + cos2 x
]π
0 0
π[ π π π π2
= − arctan(cos x) = − [− − ] = .
2 0 2 4 4 4
∫π
x · sen x π2
Portanto, J = · dx = .
1 + cos2 x 4
0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 141
∫b b ∫ b
u · dv = u · v − v · du
a
a a
Demonstração.
Pela fórmula do diferencial de um produto temos d(u · v) = u · dv + v · du; logo
∫b ∫b ∫b
d(u · v) = u · dv + v · du.
a a a
∫b b ∫b
Portanto, u · dv = u · v − v · du.
a
a a
Exemplo 2.35.
∫3
Calcular a integral J = x2 · Lnx · dx.
1
Solução.
1 x3
Suponhamos u = Lnx e dv = x2 · dx, ⇒ du = · dx e v = .
x 3
∫3 [ ]
x3 3 1 x3 1 x3 3
Logo J = Lnx − x2 · dx = · Lnx − x3 Lnx = (9Ln3 − Ln1) − (27 −
3 1 3 3 9 3 1
1
26
1) = 9Ln3 − .
9
∫3
26
Portanto, J = x2 · Lnx · dx = 9Ln3 − .
9
1
Exemplo 2.36.
∫16 √
√
Calcular a integral J = arctan x − 1 · dx
1
Solução.
√√ √
Seja z = arctan x − 1, então sec2 z = x ⇒ x = sec4 z e dx = 4 sec4 z · tan x ·
∫16 √
π √
dz, se x = 1 ⇒ z = 0, se x = 16 ⇒ z = ; a integral J = arctan x − 1 · dx =
3
1
π
∫3
z · 4 sec4 z · tan z · dz, integrando por partes; considere u = z e dv = 4 sec4 z · tan z · dz;
0
logo du = dx e v = sec4 z
142 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
π π
π ∫3 π ∫3
3 3
Temos J = z · sec4 z − sec4 z · dz = z · sec4 z − (1 + tan2 z) sec2 z · dz =
0 0
0 0
π √
16π 3 16π
− [tan z + 3 tan z] =
1 3 −2 3
3 0 3
∫16 √ √
√ 16π
Portanto, J = arctan x − 1 · dx = − 2 3.
3
1
A soma de Riemann, é um tipo de somas que não necessáriamente é uma soma inferior
ou superior estudadas anteriormente, porém está compreendida entre elas.
Definição 2.7.
Dizemos que S(f, P) tem soma igual a J ∈ R, quando ∥ P ∥ → 0 e se escreve
lim S(f, P) = J
∥P∥→0
Quando, dado ε > 0, (arbitrário), existe δ > 0, tal que para toda partição P com
0 <∥ P ∥< δ e para qualquer cj temos ∥ P ∥ < ε.
Propriedade 2.15.
Sejam f, g : I = [a, b] −→ R, duas funções tais que f (x) = g(x), ∀ x ∈ I, exceto
um número finito de pontos. Se g é integrável em I, então f é integrável em I e temos:
∫b ∫b
f (x) · dx = g(x) · dx
a a
Demonstração.
∫b
Se g é integrável em I e g(x) · dx = J, pela Propriedade (2.14), dado ε > 0,
a
(arbitrário), existe δ1 > 0, tal que para toda partição P de [a, b] com 0 <∥ P ∥<
ε
δ1 , ∀ cj ∈ Ij = [xj−1 , xj ] , temos ∥ S(f, P) − J ∥ < .
2
Por outro lado, se A = { x ∈ I /. f (x) ̸= g(x) } possui r pontos (r é finito) e
ε
L = sup{ | f (x) − g(x) | /. x ∈ I }, para toda partição P de I com ∥ P ∥< temos:
∑ 2rL
r·L·ε ε
| S(f, P) − S(g, P) | = | [f (cj ) − g(cj )]∆j x | ≤ r · L· ∥ P ∥ < = .
cj ∈A
2r · L 2
ε
Portanto, se δ = min{ δ1 , } temos | S(f, P) − J | ≤ | S(f, P) − S(g, P) | + |
2r · L
ε ε
S(g, P) − J |< + = ε.
2 2
Em resumo, para toda partição P de [a, b] com | P | < δ e ∀ cj ∈ Ij verifica-se
| S(f, P) − J | < ε.
Portanto, pela Propriedade (2.14) (teorema de Darboux), f é integrável em [a, b] e;
∫b ∫b
f (x) · dx = g(x) · dx..
a a
Propriedade 2.16.
Propriedade 2.17.
Se f é seccionalmente contínua em I = [a, b], então f é integrável em I = [a, b].
Demonstração.
Exemplo 2.37.
−2, se, − 2 ≤ x < −1
Seja f (x) = x3 , se, −1≤x≤1
2, se, 1<x≤2
a) Desenhar o gráfico de f (x). b) A função f (x) é integrável em [−2, 2] ? Justificar
∫2 ∫x
sua resposta. c) Calcular f (x) · dx. d) Calcular F (x) = f (x) · dx x ∈ [−2, 2]. e)
−2 −2
Esboçar o gráfico de F (x). f ) Determine um conjunto onde F (x) seja derivável; determine
F ′ (x).
Solução. a)
−2 −1 1
−1 1 2 ∫2
1 4
= −2x + x + 2x = −2 + 0 + 2 ⇒ f (x) · dx = 0.
−2 4 −1 1
−2
Solução. d)
∫x x
Observe, se x ∈ [−2, −1] ⇒ F (x) = (−2) · dt = −2t = −4 − 2x; se
−2
−2
∫x x
1 4 x4 1
x ∈ [−1, 1] ⇒ F (x) = t · dt = t =
3
− .
4 −1 4 4
−1
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 145
∫x x
Por último, se x ∈ [1, 2] ⇒ F (x) = 2 dx = 2t = 2x − 2
1 1
∫x ∫x ∫x
Assim, F (x) = f (x) · dt = (−2) · dt + t3 ·
−2 −2 −1
∫x
dt + (2) · dx
1
Portanto,
−2x − 4, se, − 2 ≤ x < −1
4
x −1
F (x) = , se, − 1 ≤ x ≤ 1
4
2x − 2, se, 1 < x ≤ 2
Figura 2.13:
Solução. e)
O gráfico de F (x) mostra-se na Figura (2.13)
Exemplo 2.38.
∫π
dx
Calcular a integral J =
a2 cos2 x + sen 2 x
0
Solução.
π
A função tangente é descontínua em x = , então podemos calcular:
π
2
∫2 ∫π
dx dx
J= + =
a cos x + sen 2 x
2 2 a2 cos2 x + sen 2 x
0 π
2
π π
1 tan x 2 1 tan x
= π − 1(π ) = π
arctan( ) + arctan( ) π
a a 0 a a 2a a 2 a
2
∫π
dx π
Portanto, J = = .
a2 cos2 x + sen 2 x a
0
Exemplo 2.39.
∫π
Queremos calcular J = sen x · dx mediante a substituição x = arcsent. Como
0
devemos aplicar a fórmula fundamental ?
Solução.
Não é possível determinar um intervalo [c, d] para t no qual x varie de modo contínuo
de 0 até π.
146 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 2.40.
∫1
dx
Determine o valor da integral J = √ √ .
1 + x + 1 − x2
2
−1
Solução.
dx
Observando que a função f (x) = √ √ é par no intervalo simétrico
1 + x + 1 − x2
2
[−1, 1], pela Propriedade (2.11)-b) temos:
∫1 ∫1 { √ √ } √
dx 1 + x2 − 1 − x2 1 + x2
J =2 √ √ = · dx ; as funções
1 + x2 + 1 − x2 x2 x2
√ 0 0
1 − x2
e não são contínuas em x = 0, porém sua diferença é contínua, logo
x2
√ √ 1
2 − 2 π √
J = [arcsenhx − 1 + x
+
1 x
+ arcsenx] = + arcsenh1 − 2
x2 x2 0 2
∫1 dx π √
Portanto, J = √ √ = + arcsenh1 − 2
−1 1 + x2 + 1 − x2 2
Exemplo 2.41.
∫1 x ∫1 x
e · dx e · dx
Seja K = ; expressar a integral em função de K.
x+1 (x + 1)2
0 0
Solução.
1
Considerando u = e dv = ex · dx logo integrando por partes a primeira integral,
x+1
∫1 x 1 ∫1 x ∫1 x
e · dx ex e · dx 2 e e · dx 2
temos que K = = + ⇒ K = ( − 1) +
x+1 x+1 x+1 0 2 x+1
0 0 0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 147
∫1
ex · dx e
Portanto, 2
=K +1− .
(x + 1) 2
0
Exemplo 2.42.
∫3 2
x −4
Determine o valor da seguinte integral: I = x2 − 25 · dx
−3
Solução.
2
x −4
Observe que f (x) = 2 é função par e contínua no intervalo [−3, 3], logo pela
x − 25
∫3 2 ∫3 2
x −4 x −4
Propriedade (2.12) temos que I = 2
· dx = 2 · 2 · dx
x − 25 x − 25
−3 0
No intervalo [0, 2] temos que a função f (x) ≥ 0 e no intervalo [2, 3] temos que f (x) ≤ 0.
∫3 2 [ ∫2 x2 − 4 ∫3 ]
x −4 −(x2 − 4)
Logo I = 2 · 2 · dx = 2 · dx + · dx =
x − 25 x2 − 25 x2 − 25
{
0
2
0 2
3 }
21 ( x − 5 ) 21 ( x − 5 )
= 2.
2 [ x + Ln − [x + Ln
10 x + 5 0 10 x+5
2
∫3 2
x −4
Portanto, I = 2 · dx = 2.
x − 25
−3
Exemplo 2.43.
π
∫3 √
sec x · dx
Determine o valor da seguinte integral: I = √ √
sec x + csc x
π
6
Solução.
Temos: π π
∫3 √ ∫3 √
sec x · dx csc x
I= √ √ = (1 − √ √ )dx (2.12)
sec x + csc x sec x + csc x
π π
6 6
π
∫3 √
csc x π
Por outro lado, na integral √ √ dx, considere x = −u, logo dx = −du,
sec x + csc x 2
π
6
π π
lembrando que no primeiro quadrante temos que csc( − x) = sec x e sec( − x) = csc x,
2 2
π π π π
além disso; quando x = temos que u = , e quando x = temos que u = , segue
2 6 6 2
que:
148 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫3
π
√ ∫6 √ π
∫3 √
π
π π π
∫3 √ ∫3 √ π ∫3 √
sec x · dx csc x 3 sec u · du
I= √ √ = (1 − √ √ )dx = x π − √ √
sec x + csc x sec x + csc x 6
sec u + csc u
π π π
6 6 6
π
∫3 √
sec u · du π π
Então 2· √ √ = − .
sec u + csc u 3 6
π
6
π
∫3 √
sec u · du π
Portanto, I = √ √ = .
sec u + csc u 12
π
6
Exemplo 2.44.
∫4
x + 1
Calcular o valor da integral: I = · dx
x + 6
−2
Solução.
x+1
Temos que x ∈ [−2, 4], porém a função f (x) = é positiva para todo x ∈ [−2, 4],
x+6
logo a podemos escrever:
∫4 ∫4
x + 1 x+1
I = · dx =
· dx
x+6 x+6
−2 −2
∫4 4
5
De onde I = [1 − ] · dx = [x − Ln(x + 6)] = 6 + Ln2 − Ln5.
x+6 −2
−2
Portanto, I = 6 + Ln2 − Ln5.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 149
Exercícios 2-4
∫2
1. Desejamos calcular a integral evidente J = dx mediante a mudança x = −t2 +
0
5t − 4. Quais são os possíveis valores dos limites da integral?. Mostre que em todos
os casos, sempre voltamos a calcular J.
∫b ∫b
3. Verifique se a fórmula é verdadeira f (x) · dx = f (a + b − x) · dx .
a a
5. Mostre que:
π
∫1 ∫2 ∫e2 ∫2
dx cos x dx ex · dx
1. = · dx 2. =
√
arcsenx x Lnx x
2 π e 1
4
2
π
∫2
6. Mostre que Ln(tan x) · dx = 0.
0
∫2
3x7 − 2x5 + x3 − x
7. Sem calcular a integral, verificar que: J = · dx = 0.
x4 + 3x2 + 1
−2
∫2a ∫a
8. Determine se a identidade f (x) · dx = [f (x) + f (2a − x)] · dx é verdadeira.
0 0
Obtenha uma identidade quando f (x) = f (2a − x).
150 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫b ∫b
a+b
9. Se f (a + b − x) = f (x), mostre que: x · f (x) · dx = f (x) · dx.
2
a a
∫2 √
x· 1 − x2 · dx mediante a substituição x = sen t ?
3
11. É possível calcular J =
0
Justificar sua resposta.
∫1
xp · dx π q 1
13. Prove que a integral: I = q
= p+1 . Sugestão. 1 + x = .
1+x q(sen [ q ]) t
0
π π
∫2 ∫2
14. Mostre que, para a integral In = sen n x · dx = cosn x · dx n ∈ N , é válida a
0 0
fórmula In = In−2 . Calcule I7 .
∫1
15. Mostre que, para a integral In = xn · e−x · dx n ∈ N, é válida a fórmula
0
1
In = − + n · In−1 .
e
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 151
π
∫π ∫2
cos x sen x · cos x
16. Suponha que · dx = a, calcular o valor da integral · dx
(x + 2)2 x+1
0 0
em função de a.
π
∫3 √
5
cos x · dx π
19. Calcular o valor de √ √ . Sugestão x = − t.
5
cos x + sen x
5
2
π
6
∫π
20. Calcular f (0), se f (π) = 2 e [f (x) + f ′′ (x)]sen x · dx = 5.
0
x2
1. O gráfico das curvas f (x) = x2 e g(x) = + 2.
2
2. Os gráficos de f (x) = x2 , g(x) = −x2 , x = −1 e x = 1.
3. Os gráficos de f (x) = x2 , g(x) = x2 − 2x + 4 e o eixo vertical.
∫5
−1
25. As funções f e sua inversa f são contínuas, se f (0) = 0; mostre que: f (x) ·
0
∫f (5)
dx + f −1 (t) · dt = 5f (5).
0
26. Seja f uma função contínua, tal que f ′ (x) < 0 em [1, 4] , 1 = f −1 (−2), 4 = f −1 (−6)
∫4 ∫−2
e f (x) · dx = −10. Calcular o valor de f −1 (x) · dx .
1 −6
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 153
2o A função f (x) tinha que ser limitada. Quando estas restrições são modificadas de
modo que os extremos b = +∞ (ou a = −∞), e [a, b] seja limitado porém f (b− ) =
lim f (x) = ∞ (ou f (a+ ) = lim+ f (x) = ∞ ), então as integrais são chamadas de
x→b− x→a
“integrais impróprias ”. Estas integrais são de dois tipos:
Definição 2.9.
∫
+∞
∫
+∞
Observação 2.8.
∫b
Como estudado anteriormente, se f (x) ≥ 0, a integral f (x) · dx representa a área
a
da região D limitada pelo gráfico de f (x), as retas x = a, x = b e o eixo x.
154 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫
+∞
Definição 2.10.
∫b
Diz-se que a integral imprópria g(x) · dx é convergente, quando existe, e o número
−∞
lim G(t) é finito .
t→− ∞
Caso contrário, isto é se o limite não existe ou é infinito, dizemos que a integral
imprópria é divergente.
∫b ∫b
Escrevemos: g(x) · dx = g(x) · dx.
−∞ t
∫b
Quando a integral imprópria g(x) · dx é convergente, ela representa a área infinita
−∞
da região plana compreendida entre o gráfico de g(x), a reta x = b e o eixo x, como indica
a Figura (2.15).
Exemplo 2.45.
∫
+∞
dx
Calcular a integral J = , caso existir.
1 + x2
−∞
Solução.
∫0 ∫
+∞
dx dx
J= +
1 + x2 1 + x2
−∞ 0
Logo, temos:
∫t ∫0
dx dx
J = lim + lim =
t→+∞ 1 + x2 s→−∞ 1 + x2
0 s
[ ]
= lim arctan(t) − arctan 0 + Figura 2.16:
t→+∞
[ ]
+ arctan 0 − lim arctan(s) =
s→− ∞
π π
=( − 0) − (− − 0) = π
2 2
∫
+∞
dx
Portanto, J = = π é convergente (converge para π).
1 + x2
−∞
Exemplo 2.46.
∫1 ∫
+∞
x · Lnx x · Lnx
Calcular as seguintes integrais: I = · dx e J= · dx
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2
0 0
Solução.
1 ∫1
Lnx dx
Mediante integração por partes, temos que I = − + ; estas
2
2(x + 1) 0 x(x2 + 1)
0
duas expressões não tem sentido para x = 0; calculando a última integral temos:
1
x2 · Lnx
I=[ −
1
Ln(x2
+ 1)] = − 1 Ln2.
2
2(x + 1) 4 4
0
1
De modo análogo, obtemos que J = 0. Portanto, I = − Ln2, e J = 0.
4
Exemplo 2.47.
∫
+∞
dx
Mostre que a integral imprópria J = converge se p > 1, e diverge se p ≤ 1.
xp
1
Solução.
∫t t [ ]
dx x1−p 1 1
Para qualquer p ̸= 1, temos = = − 1 ; logo quando
xp 1 − p 1 1 − p tp−1
1
156 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫t
dx 1
p > 1 e t → + ∞ vem → , logo a integral converge. Por outro lado, se
xp p−1
1
∫t
dx
p < 1 e t → + ∞ segue → + ∞ (a integral diverge).
xp
1
∫t
dx
Se p = 1 e t → + ∞ vem = Lnt → + ∞.
x1
1
∫
+∞
1
dx , se p < 1 converge
Portanto, J = = p−1
x p
1 + ∞, se p ≤ 1 diverge
∫t
Consideremos a função H(t) = f (x)dx e, seja t ∈ I; se a integral imprópria
a
∫t ∫t
f (x) · dx, t ∈ I é convergente e o limite lim− f (x) · dx, t ∈ I é finito, escreve-se:
t→b
a a
∫t ∫t
f (x) · dx = lim− f (x) · dx, t ∈ I.
t→b
a a
∫t ∫b−ε
Esta definição é equivalente a: f (x) · dx = lim+ f (x) · dx. Se f (x) ≥ 0, a integral
ε→0
a a
representa a área infinita da região D limitada pelo gráfico de f (x), as retas x = a, : x = b
e o eixo-x (Figura (2.17)).
Definição 2.12.
∫b
Diz-se que a integral imprópria f (x) · dx é convergente, quando existe e é finito o
a
número lim+ G(t). Caso contrário, isto é se o limite não existe ou é infinito, dizemos
t→a
que a integral imprópria é divergente.
∫b ∫b
Esta definição é equivalente a: f (x) · dx = lim+ f (x) · dx.
ε→0
a a−ε
Se f (x) ≥ 0, a integral representa a área infinita da região D limitada pelo gráfico de
f (x), as retas x = a, x = b e o eixo x (Figura (2.18)).
Exemplo 2.48.
∫
+∞
Este último limite não existe. Portanto, I = cos x · dx não existe (é divergente)
0
Exemplo 2.49.
π
∫4
Calcular a integral I = cot x · dx.
− π
4
Solução.
Observe que f (x) = cot x, não esta definida em x = 0; pela definição podemos escrever
π π
∫4 ∫0 ∫4
I= cot x · dx = cot x · dx + cot x · dx sempre que as duas últimas integrais sejam
− π
4
− π
4
0
convergentes.
π π
∫4 ∫4 π
4
Por outro lado, a integral cot x · dx = lim+ cot x · dx = lim+ Ln(sen x) =
ε→0 ε→0 0+ε
√ 0 0+ε
2
Ln( ) − (− ∞) = + ∞.
2
158 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫0 ∫0−ε √
2
De modo análogo, mostra-se que cot x · dx = lim+ cot x · dx = − ∞ − Ln( )=
ε→0 2
− π
4
− π
4
−∞
π
∫4
Portanto, I = cot x · dx = + ∞ é divergente
− π
4
Exemplo 2.50.
∫0 √
x
e
Determine se existe o valor da integral J = 3
· dx
x
−1
Solução.
∫0 √ ∫0−ε √ √ √
x
e x
e √ x
e 0−ε √ x
e
Temos J = 3
·dx = lim 3
·dx = lim [ x
e− ] = lim x
e− lim −
x ε→0 + x ε→0 + x −1 ε→0 + ε→0 + x
−1 −1
2e−1 = 0 + 2e−1 = 2e−1 = 0 − 2e − 1. Neste último limite aplicamos a regra de L’Hospital.
∫0 √
x
e
Portanto, J = 3
· dx = − 2e−1 .
x
−1
Exemplo 2.51.
∫
+∞
dx
Calcular a integral I= .
x(x − 2)
−∞
Solução.
∫
+∞ ∫− 1 ∫0 ∫2 ∫
+∞
dx dx dx dx dx
Temos: I = = + + + .
x(x − 2) x(x − 2) x(x − 2) x(x − 2) x(x − 2)
+∞ −∞ −1 0 2
∫0 ∫0−ε 0−ε
dx dx 1 x−2
Por outro lado, = lim = lim Ln[ ]F (x) =
x(x − 2) ε→0+ x(x − 2) 2 ε→0+ x −1
[ −1 ] −1 [ ]
1 −ε − 2 1 −ε − 2
= lim Ln( ) − Ln3 = lim Ln = + ∞.
2 ε→0+ ε 2 ε→0+ 3·ε
Deste fato temos que quaisquer seja o valor das outras integrais, sempre teremos uma
expressão que não representa um número real.
∫
+∞
dx
Portanto, I = diverge.
x(x − 2)
−∞
Exemplo 2.52.
∫
+∞
n 3x
Determine n ∈ Q, para que a integral J = [ − 2 ] · dx seja convergente.
x + 1 2x + n
1
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 159
∫
+∞ ∫t
n 3x n 3x
Podemos escrever I = [ − 2 ] · dx = lim [ − 2 ] · dx .
x + 1 2x + n t→+ ∞ x + 1 2x + n
−∞ 1
∫t
n 3x
Calculando a integral deste último limite, temos lim [ − 2 ] · dx =
t→+ ∞ x + 1 2x + n
1
[ ] [ ]
(t + 1)n 2n
= lim Ln( √ ) − Ln √
t→+ ∞ 4
(2t2 + n)3 4
(2 + n)3
∫
+∞
3 n 3x 3 7
Portanto quando n = a integral existe e, I = [ − 2 ] · dx = Ln( ).
2 x + 1 2x + n 4 32
1
‘
Propriedade 2.18.
Seja f (x) função não negativa no intervalo [a, b) (isto é f (x) ≥ 0) e integrável em
∫t
[a, t] para todo t ∈ [a, b). Se a função F (t) = f (x) · dx é limitada em [a, b), então
a
∫b
f (x) · dx é convergente.
a
Demonstração.
∫t
Do fato f (x) ≥ 0 em [a, b) vem que F (t) = f (x) · dx é crescente em [a, b); sendo
a
F (t) limitada, F (t) admite limite finito quando t → b− ; logo é convergente.
160 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫b
Portanto, f (x) · dx é convergente.
a
∫t ∫t
ii) Se f (x) · dx é divergente, então g(x) · dx é divergente.
a a
Demonstração.
∫t ∫t
É imediata; aplicar a Propriedade (2.18) e a desigualdade 0 ≤ f (x) · dx ≤ g(x) ·
a a
dx, ∀ t ∈ [a, b)
Exemplo 2.53.
∫
+∞
dx
Estudar a convergência de J = √
x4 · 1 + x4
2
Solução.
1 1
Para todo x ≥ 2 temos sabemos que 0 < √ ≤ 6.
· 1+x 4 x x4
∫
+∞ ∫
+∞
dx dx
Pelo Exemplo 2.45 a integral é convergente. Logo √ é conver-
x6
x · 1 + x4
4
2 2
gente.
Exemplo 2.54.
∫1
dx
Estudar a convergência da integral I= √
x2 + 2x
0
Solução.
∫1
1 1 dx
Como 0 < √ ≤ √ ∀ x ∈ [0, 1) e √ é convergente, então pelo
x2 + 2x x x
0
1 1
Exemplo (??) a integral 0 < √ ≤ √ é convergente.
x2 + 2x x
Exemplo 2.55.
∫−3
dx
Examinar a convergência de J = √
x2 + 3x + 2
−∞
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 161
1 dx
Para todo x ≤ −3 temos que 0 < − ≤√ é como examinar a convergência
x x2 + 3x + 2
∫−3 ∫−3
dx dx
de J = − é divergente, segue que J = √ é divergente.
x x2 + 3x + 2
−∞ −∞
Definição 2.13.
∫b ∫b
Diz-se que a integral f (x) · dx é absolutamente convergente, se a integral | f (x) |
a a
·dx for convergente.
Propriedade 2.20.
∫b ∫b
Se f (x) · dx é absolutamente convergente, então f (x) · dx é convergente.
a a
Demonstração.
Pelas propriedades do valor absoluto temos 0 ≤ |f (x)| − f (x) ≤ 2|f (x)| e, pelo cri-
∫b ∫b
[ ]
tério de comparação a integral |f (x)| − f (x) dx é convergente; logo f (x)dx =
a a
∫b ∫b
|f (x)|dx − [|f (x)| − f (x)]dx é convergente.
a a
Exemplo 2.56.
∫
+∞
cos(x2 ) · dx
Examinar a convergência de J=
x2
1
Solução.
∫
+∞
cos(x2 ) · dx
Observe que ≤ 1 ∀ x ∈ [1, + ∞) e a integral
dx
é convergente,
x2 x2 x2
1
+ ∞
∫
cos(x2 )
logo a integral x2 · dx é convergente; pela Propriedade (2.20) segue que J =
1
∫
+∞
cos(x2 ) · dx
é convergente.
x2
1
∫b ∫b
i) Se 0 < r < + ∞ , então as integrais impróprias f (t) · dt e g(t) · dt são ambas
a a
convergentes ou ambas são divergentes.
∫b ∫b
ii) Se r = 0 e g(t) · dt converge, então f (t) · dt converge.
a a
∫b ∫b
ii) Se r = ±∞ e g(t) · dt diverge, então f (t) · dt diverge.
a a
Demonstração.
Exercício para o leitor.
Propriedade 2.22.
Seja f função integrável em [a, t], ∀ t ∈ [a, +∞) e suponhamos que lim xp ·f (x) =
x→+ ∞
r < + ∞, temos:
∫
+∞
∫
+∞
Propriedade 2.23.
Seja f função integrável em [a, t], ∀ t ∈ [a, b) e suponhamos que lim− (b−x)p ·f (x) =
x→b
r < + ∞, temos:
∫
+∞
∫
+∞
̸ 0 e p ≥ 1, então
ii) Se Se r = f (t) · dt diverge.
a
Exemplo 2.57.
∫
+∞
dx
Análise a convergência da integral J = √
x3 · 4x5 + x3 − 1
2
Solução.
11 1 1 3
Considerando que lim x 2 · √ = e neste caso p = > 1, pela
x→+ ∞ x3 ·
4x5 + x3 − 1 2 2
∫
+∞
dx
Propriedade (2.22) temos que a integral J = √ é convergente.
x3 · 4x5 + x3 − 1
2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 163
Exemplo 2.58.
∫5
dx
Estudar a convergência da integral I = √
(x2 − x − 2)3
2
Solução.
√
3 1 3 3
Observando o limite: lim+ (x − 2) · √ 2 = , neste caso p = > 1.
x→2 (x2 − x − 2)3 9 2
∫5
dx
Pela Propriedade (2.23) a integral I = √ é divergente.
(x2 − x − 2)3
2
Exemplo 2.59.
∫0
x · dx
Determine a convergência de J= √
3
2x + 8x − 10
9
−∞
Solução.
x 1
Temos o limite lim x2 · √ = √ , neste caso p = 2 > 1; logo a integral
x→− ∞ 3
2x + 8x − 10
9 3
2
∫0
x · dx
J= √ converge.
3
2x9 + 8x − 10
−∞
Exemplo 2.60.
∫+∞
e−x dx converge.
2
Mostre que a integral I =
0
Solução.
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
e dy, logo I = ( e dx)( e−y dy), isto é:
−y 2 −x2 2
2
Podemos escrever I =
0 0 0
∫+∞ ∫+∞
e−(x +y ) dxdy
2 2
I2 = (2.13)
0 0
Exemplo 2.61.
Determine a convergência das integrais:
∫1 ∫+∞
log x
1. Lnxdx 2. dx
x
0 2
Solução. 1.
∫1 1 ∫1
1
I = lim+ Lnxdx = lim+ [xLnx] − lim+ x · dz = − lim+ ε · Lnε − 1 = −1
ε→0 ε→0 ε ε→0 x ε→0
ε ε
f (x) Lnx
= · x = Lnx → ∞, quando x → ∞
g(x) x
Exercícios 2-5
√
∫1 3n ∫+∞ √ 2 ∫+∞
1 − x3 x − 1 · dx dx
43. · dx 44. 45. √
x5 x4 x 1 + x3
−1 1 1
∫+∞ ∫a ∫+∞
dx a2 − e2 x2 x
46. 47. √ · dx 48. ex−e · dx
(a + b )(b2 + x2 )
2 2
a2 − x2
0 0 −∞
∫4 ∫π ∫1
dx sen x · dx dx
49. √ 50 √ 51 √
4x − x2 1 + cos x x − x2
0 0 0
∫5 ∫+∞ ∫+∞
dx dx x5 · dx
52. 53. √ 54. √
(x − 1)(x − 8x + 15)
2
(x2 − 6x)3 1 + x3
0 9 1
∫4 ∫2 ∫+∞
x · dx x5 · dx
55. √ 56. √ 57. x2 · e−3x · dx
16 − x2 x−1
0 1 0
∫2 ∫+∞
dx
58. 59. xn · e−x · dx
x2 −4
1 0
∫+∞ √ ∫+∞
cos x · dx π sen x · dx
2. Sabendo que : √ = , determine se existe o valor de J = √
x 2 x3
. 0 0
∫+∞
dx
3. Se H(a) = , determine H(0), H(1) e H(2).
(1 + xa )(1 + x2 )
0
∫+∞ ∫+∞
sen x · dx π sen (x2 ) · dx
4. Sabendo que = , calcular o valor de J = .
x 2 x2
0 0
{ ∫+∞
mx2 , se | x |≤ 3
5. Seja f (x) = , determine m de modo que f (x) · dx = 1.
0, se | x |> 3
−∞
∫+∞
4x · dx
6. Determine o valor de a para que a integral J(a) = ; exista.
x4 − 1
a
7. Uma bola cai de uma altura de 4, 6 metros. Cada vez que ela cai de h metros, ela
quica e sobe até uma altura de 0, 81h metros da altura anterior. Encontre a distância
total percorrida pela bola. Encontre o tempo que a bola do leva para parar.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 167
∫1
ex · dx
8. Seja K = ; expressar cada uma das seguintes integrais em função de K.
x+1
0
∫1 ∫a
x · ex · dx ex · dx
2
1. 2.
1 + x2 x−a−1
0 a−1
∫1 ∫1
ex · dx
3. 4. ex · Ln(1 + x) · dx
(x + 1)2
0 0
∫+∞ ∫1 ∫+∞
dx dx (x + 1) · dx
1. 2. 3.
x + 2x − 3
2 2
x + 3x + 4 x3 − 1
2 −∞ 1
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
(x + 3) · dx dx dx
4. 5. 6. √
x4 − 1 x3 + x2 x3 · x2 + 4
3
1 1 −∞
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
x3 + 1 e−2x · dx dx
7. √ · dx 8. 9. √
x2 − 1 x2 + 3x + 5 x2 · x2 + x + 1
3
2 1 0
∫
+∞ ∫
+∞ ∫
+∞
dx
e−x · sen (x2 )dx 11. e−x · dx
2
10. 12.
x2 (1 + ex )
0 0 1
∫5 ∫1 ∫3
dx 1 (x3 + 1) · dx
13. √ 14. x · sen 2 ( ) · dx 15. √
x 25 − x2 x2 x2 − 1
4 0 1
∫2π e∫2 +1
∫x π
sen (t − 1)2 · dt ∫2
1 dx
1. lim 2. √
x→1 (1 − x)3 1 + [tan x] 2
0
∫π
sen (n + 12 )x
12. Se n ∈ N é qualquer número, determine o valor de: I = · dx
sen ( x2 )
0
∫−1 ∫x ∫2
dx
1. 2. cos t · dt 3. (x2 − 2x + 3)dx
x3
−2 0 1
∫4 √ ∫−3 ∫1
1+ y dx x · dx
4. · dy 5. √ 6.
y 25 + 3x x3 + 3x + 2
1 0 0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 169
Miscelânea 2-1
S1 + S2
1. Seja uma sucessão Sn definida por: S1 = a, S2 = b, S3 = , · · · Sn =
2
Sn−1 + Sn−2
onde a e b são números reais quaisquer. Associamos un = Sn − Sn−1 .
2
Mostre que un é a expressão geral de uma progressão geométrica. Calcular sua soma
quando n → +∞.
12 + 22 + 32 + · · · + n2
2. Determine o valor do limite L = lim [ ]
n→+∞ n3
3. Mostre que:
∑
n
(1 − cos x)[cos(3 + nx) − sen 3] sen x[sen (3 + nx) − sen 3]
cos(3 + kx) = −
k=1
2(1 − cosx) 2(1 − cosx)
1 1 1 2(2 − cos x)
4. Mostre que lim [1 + cos x + cos 2x + · · · + n cos nx] =
n→+∞ 2 4 2 5 − 4 cos x
1 1 1
5. Determine se a soma representa um número real ou não: 1 + √
3
+√
3
+√
3
+
4 49 16
1
√3
+ · · · . Justificar sua resposta.
25
6. Determine o valor das seguintes somas:
∑
n
4k ∑n
2 π π π
1. 2. 3. π + + √ + ··· √
k=1
3k k=1
5k 2 22 2n−1
∑n
5 ∑
n
1 ∑
n
2k + 3k
4. k−1
5. 6.
k=1
7 k=1
22k+1 k=1
5k
∫b
b4
7. Mostre que x3 · dx = , considerando partições em n subintervalos iguais e
4
a
∑
n
usando a fórmula i3 .
i=1
∫1 √
8. Estime a integral (1 + x)(1 + x3 ) · dx mediante a desigualdade de Cauchy -
0
Buniakovski.
∫x
9. É verdade que, se f (x) = f (t) · dt então f (x) = 0?
0
170 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
10. Determinar os valores médios das seguintes funções nos intervalos indicados::
13. Para cada uma das seguintes funções, calcular g(2) se g(x) é contínua para todo
x ≥ 0.
∫x ∫x2
1. g(t) · dt = x2 (1 + x) 2. g(t) · dt = x2 (1 + x)
0 0
∫g(x) x2∫
(1+x)
3. t2 · dt = x2 (1 + x) 4. g(t) · dt = x
0 0
∫ x
cosh
√ cosh x · senhx x
14. Mostre que t2 − 1 · dt = −
2 2
1
∫ x
cosh
cos t
15. Determine os pontos de extremo para a função: F (x) = · dt quando x > 0
t
a
π
e 0<a<
2
16. Aplicando indução matemática ∀n ∈ N, e integração por partes, mostre a igualdade:
u
∫x ∫x ∫un ∫ 1
f (u)(x − u) n
· du = ··· f (t) · dt du1 · · · dun−1 dun
n!
0 0 0 0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 171
∫1
17. Determine todas as funções f (x) que cumpram f ′ (t) = f (t) + f (t) · dt.
0
∫b
dx
19. Mostre que converge se 0 < p < 1 e, diverge se p ≥ 1.
(b − x)p
a
∫1 ∫2 ∫4
dx x · dx dx
1. 2. √ 3. √
x2 + x4 5
(x2 − 1)4 6x − x2 − 8
0 0 2
2
∫e ∫2 ∫3
dx x · dx
3
dx
4. 5. √ 6. √
x · Ln3 x 4 − x2 x · 9x2 − 1
1 0 1
3
2
∫e2 ∫1 ∫π
dx dx 1 dx
7. √ 8. √ 9. cos( )·( 3)
x · Lnx x(x − 1) x2 x
1 0 0
∫1 ∫1 ∫1 √
cos( x1 ) x2 · dx
3
Ln(1 + x2 )
10. √ · dx 11. √ 12. · dx
3
x 1 − x4 ex − 1
0 0 0
∫1 ∫1 ∫1
dx dx sen (x3 ) · dx
13. 14. 15. √
tan x − x ex − cos x x
0 0 0
∫1 ∫+∞ ∫1
dx dx
16. √ 17. x · cos x · dx 18. √ √
x + 4x3 3
x2 − 1 · 5 x4 − 1
0 0 −1
∫+∞ ∫+∞
sen x dx
19. dx 20.
x3 x4 + 5x3 + x2 + x + 1
1 0
π π
∫2 ∫2
21. Provar que I = sen x·Ln(sen x)·dx = Ln2−1; e que, J = cos x·Ln(tan x)·dx =
0 0
Ln2
172 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
23. Determine a área das duas partes em que a parábola y 2 = 2x divide o círculo
x2 + y 2 = 8.
25. Calcular a área da figura limitada pela parábola y = 4x − x2 e o eixo das abscissas.
27. Calcular a área da figura compreendida entre a curva y = tan x , o eixo x e a reta
π
x= .
3
28. Achar a área da figura limitada pelas parábolas y 2 = 2px e x2 = 2py.
∫+∞
29. Mostre que, para α > 0, a integral de Euler Γ(α) = e−x · xα−1 · dx que define a
0
função gamma Γ(α), converge e estabeleça as seguintes relações:
∫+∞
31. Mostre que a integral de Fresnel sen (x2 ) · dx é convergente.
0
Capítulo 3
APLICAÇÕES DA INTEGRAL
DEFINIDA
173
174 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Caso I Seja f : I −→ R, I = [a, b] uma função contínua tal que f (x) ≥ 0 ∀x ∈ [a, : b],
a área da região D limitada pelo gráfico de f , o eixo-x e as retas x = a e x = b
(Figura (3.1)) aqui denotamos por A(D) e é definido como
∫b
A(D) = f (x) · dx unidades quadradas (3.1)
a
Caso II Sejam f e g funções contínuas em [a, b] tais que f (x) ≥ g(x) ∀ x ∈ [a, b],
a área da região D limitada pelos gráficos de f (x), g(x) e as retas x = a e x = b
(Figura (3.2)) é definido como
∫b
A(D) = [f (x) − g(x)] · dx (3.2)
a
∫b ∫b
A(D) = [f (x) − k] · dx − [g(x) − k] · dx
a a
∫b
isto é A(D) = [f (x) − g(x)]dx.
a
Observação 3.1.
Se a região D estiver limitada pelo gráfico de x = f (y), x = g(y), as retas y = c e y = d
(Figura (3.3)) onde f e g são funções contínuas em [c, d] sendo g(y) ≤ f (y) ∀ y ∈ [c, d],
∫b
a área da região D é dada por: A(D) = [f (x) − g(x)] · dx.
a
Exemplo 3.1.
π
Calcular a área da região limitada pelas curvas y = sen x, x = 0, x = e y = 0.
2
Solução.
O gráfico da região D mostra-se na Figura (3.4).
π
∫2 π
2 π
A(D) = sen x · dx = − cos x = −[cos − cos(0)] = 1.
0 2
0
Exemplo 3.2.
2|x|
Determine a área da região D limitada pelo gráfico de y = , o eixo-x e as retas
1 + x2
x = −2, e x = 1.
Solução.
O gráfico da região D, mostra-se na Figura (3.5); sua área é:
∫1 ∫0 ∫1
2 | x | ·dx 2x · dx 2x · dx
A(D) = = −2 +2 ⇒
1 + x2 1 + x2 1 + x2
−2 −2 0
176 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
0 1
2
A(D) = −[Ln(1 + x )] + Ln(1 + x ) = Ln5 + Ln2 = Ln(10)
2
−2 0
Figura 3.5:
Exemplo 3.3.
Calcular a área da região D, limitada pela parábola y = x2 + 4x, o eixo-x e as retas
x = −2 , e x = 2.
Solução.
∫0 ∫2
A(D) = − (x2 + 4x) · dx − (x2 + 4x) · dx =
−2 0
[ ] [ 3 ] Figura 3.6:
x3 0 x 2 16 32
− ( + 2x ) + ( + 2x ) =
2 2
+ = 16
3 −2 3 0 3 3
Portanto, a área da região D mede 16.
Exemplo 3.4.
Achar a área da região D limitada pelo gráfico das curvas y = x2 e y = x3 e as retas
x = −1 e x = 2.
Solução.
∫1 ∫2
8 17 25
A(D) = (x − x ) · dx +
2 3
(x2 − x3 ) · dx = + =
12 12 12
−1 1
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 177
25
Portanto, a área da região D mede .
12
Exemplo 3.5.
Determine a área da região D limitada pelo gráficos de y = arcsenx, y = arccos x, e
y = 0.
Solução.
É evidente que a esta integral é resolvida com a técnica de integração por partes.
√
Portanto a área da região D mede ( 2 − 1).
Exemplo 3.6.
Achar a área da região D limitada pelos gráficos de y = 4 − x2 , y = Ln(2x − 3) e y = 1.
Solução.
e √ 13
Portanto a área da região D mede [ + 2 3 − ].
2 2
178 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 3.7.
Calcular a área da região D limitada pelos gráficos de y =| x3 − 4x2 + x + 6 |, 3y + x2 =
0, x = 0 e x = 4.
Solução.
∫4 [ ]
x2
logo a área pedida é: A(D) = | x − 4x + x + 6 | −(− ) · dx =
3 2
2
0
∫2 ∫3 ∫4 ∫4
x2
= (x3 − 4x2 + x + 6) · dx − (x3 − 4x2 + x + 6) · dx + (x3 − 4x2 + x + 6) · dx + · dx =
2
0 2 3 0
22 7 47 64 455
+ + )+
=( =
3 2 2 9 18
455
Portanto, área da região D mede .
18
Exemplo 3.8.
Determine a área da região D do primeiro quadrante, limitada pelas curvas xy =
1, xy = 3, x − xy = 1 e x − xy = 3
Solução.
1 1 1 3
Calculando os pontos de intersecções obtemos: A(2, ), B(6, ), N (4, ) e M (4, ).
2 2 4 4
Logo a área é dada pela integral:
∫4 ∫6
1 1 3 3
A(D) = [(1 − ) − ]dx + [ − (1 − )]dx =
x x x x
2 4
729
= (2 − Ln4) + [6(Ln3 − Ln2) − 2] = Ln
256
729
Portanto, a medida da área da região D, é Ln .
256
Exemplo 3.9.
Achar a área da região D, no primeiro quadrante, limitado pelas curvas y = x2 , x2 = 4y
e x + y = 6.
Solução.
Pelo gráfico das curvas ( Figura (3.12)), podemos observar que a interseção de x+y = 6
com y = x2 é o ponto (2, 4); e o ponto de interseção de x + y = 6 com 4y = x2 é,
√ √
(2 7 − 2, 8 − 2 7) logo a área da região D é dada pela integral:
√
∫2 2 ∫7−2
x2 x2
A(D) = (x2 − ) · dx + (6 − x − ) · dx = (2 − Ln4) + [6(Ln3 − Ln2) − 2]
2 2
0 2
729 1 √ 2 √
= Ln = 2 + (28 7 − 68) = (14 7 − 31)
256 3 3
2 √
Portanto a área da região D mede (14 7 − 31).
3
Exemplo 3.10.
A região D limitada pela curva y = 10x − 5x2 e pelo eixo-x, é dividida em duas partes
iguais por uma reta que passa pela origem de coordenadas. Determine a equação dessa
180 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
reta.
Solução.
∫a
10 10 5
A área de uma das partes é ; logo = [(10x − 5x2 ) − (10 − 5a)] · dx = a3 ⇒
3 3 6
√
3
0
a= 4.
√
Portanto, a equação da reta é L : y = 5(2 − 3 4)x.
Exemplo 3.11.
Uma parábola de eixo vertical corta à curva y = x3 + 2 nos pontos (−1, 1) e (1, 3).
Sabendo que as curvas mencionadas limitam uma região de área 2. Determine a equação
da parábola.
Solução.
∫1
2= (x3 + 2 − Ax2 − Bx − C) · dx = A + 3C
−1
3 1
resolvendo o sistema obtemos, A = , B = 1 e C = .
2 2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 181
∫1
2= (Ax2 + Bx + C − x3 − 2) · dx
−1
onde obtemos A + 3C = 9.
Exemplo 3.12.
Calcular a área, se existe da região infinita compreendida entre a curva (2a−x)y 2 = x3
e sua assíntota vertical , (a > 0)
Solução.
[ ]
3 x−a 1 √ t
= 2 lim a 3
arcsen( ) − 2 (x − 5a) x(2a − x) =
t→2a 2 a 2a 0
[ ]
3 t−a 1 √ 3π 3π 3π
= 2 lim a3 arcsen( ) − 2 (t − 5a) t(2a − t) − = 2a2 ( + ) = 3πa2
t→2a 2 a 2a 4 4 4
Portanto, a área mede 3π.
182 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 3.13.
Dada a região D limitada superiormente por xy = 1, inferiormente por yx2 +y −x = 0
e à esquerda por x = 1; calcular sua área, caso exista.
Solução.
O gráfico da região D mostra-se na Figura (3.17); sua área caso exista é dada pela
integral:
∫+∞( ∫t
1 x ) 1 x
A(D) = − 2 · dx = 2 lim ( − 2 ) · dx =
x x +1 t→+∞ x x +1
1 1
1 ( x2 )t 1 ( t2 ) (1) √
= lim Ln 2 = lim Ln 2 − Ln = Ln 2
t→+∞ 2 x + 1 1 2 t→+∞ t +1 2
√
Portanto a área existe e é Ln 2 .
Figura 3.18:
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 183
∑
n ∑
n
√
L(P) = | Qi−1 Qi |= (xi − xi−1 )2 + (f (xi ) − f (xi−1 ))2
i=1 i=1
Propriedade 3.1.
O número L sempre existe.
Demonstração.
Como f é derivável e contínua em [a, b] , em particular o é no intervalo [xi−1 , xi ], i =
1, 2, 3, . . . , n; pelo teorema do valor médio para funções contínuas, existe ti ∈ (xi−1 , xi ) tal
que f (xi ) − f (xi−1 ) = f (ti )(xi − xi−1 ), i = 1, 2, 3 ·, n, considerando ∆i x = (xi − xi−1 ), i =
1, 2, 3, . . . , n temos que o comprimento da poligonal definida pela partição P é:
∑
n
√
L(P) = (xi − xi−1 )2 + (f (xi ) − f (xi−1 ))2 =
i=1
∑
n
√ ∑
n
√
(∆i x)2 + [f ′ (ti ]2 (∆i x)2 = 1 + [f ′ (ti )]2 · (∆i x)
i=1 i=1
∑
n
√ ∫b √
Logo, L = lim L(P) = lim 1 + [f ′ (ti )]2 · (∆i x) = 1 + [f ′ (x)]2 · dx.
∥P∥→0 ∥P∥→0
i=1 a
Observação 3.2.
∫d √ ∫d √ [ dx ]2
L= 1+ [g ′ (y)]2 · dy = 1+ · dy
dy
c c
ii) Se a equação de uma curva suave C é dada em forma paramétrica, mediante um par
de funções com derivadas contínuas; isto é C : x = x(t) e y = y(t), t ∈ [α, β] ,
então o comprimento da curva é:
√[ ]2 [ ]2
∫β
dx dy
L= + · dt
dt dt
α
184 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 3.14.
Determine o comprimento da curva C descrita pela equação:
[ √ ]
√ 1+ sec2 x + 1
y= sec2 x + 1 − Ln
sec x
π π
desde x = até x = .
4 3
Solução.
√
Aplicando as regras de derivação temos: y ′ = tan x · sec2 x + 1; logo da fórmula:
π π
∫3 √ ∫3 √ √
L= 1 + [y ′ ]2 · dx = 1 + [tan x · sec2 x + 1]2 · dx =
π π
4 4
π
∫3 √
= (1 + tan2 x) · dx = ( 3 − 1)
π
4
unidades lineares.
√
Portanto o comprimento da curva é ( 3 − 1) u.
Exemplo 3.15.
1 x4
Determine o comprimento da curva de equação y = + desde x = −2 até
2x3 16
x = −1.
Solução.
1 x4 ′ dy x3 1
Como y = 3 + , então y = = − 3 , logo:
2x 16 dx 4 x
√ [ ]2
∫−1√ ∫−1 ∫−1
x3 1 1 + x6 27
L= 1 + [y ′ ]2 · dx = 1+ − 3 · dx = 3
· dx = u
4 x 4x 32
−2 −2 −2
27
Portanto o comprimento da curva é u.
32
Exemplo 3.16.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 185
∫2 √
π π π
∫2 √ ∫
2
√ x x
Logo, L = 1 + cos x · dx = 2 · cos2 ( ) · dx = 2 cos2 ( ) · dx = 4.
2 2
− π2 − π2 − π2
Portanto o comprimento do arco é 4 u.
Exemplo 3.18.
Determine o comprimento da cardióide r = a(1 − cos θ)
Solução.
dr
O gráfico mostra-se na Figura (3.19), como r = a(1 − cos θ), então = a · sen θ, logo:
dθ
∫π √
L=2 [a(1 − cos θ)]2 + [a · sen θ]2 · dθ =
0
∫π √
θ
= 2a sen ( ) = 2 2a
2
0
√
Portanto, o comprimento da cardióide mede 2 2a.
Exemplo 3.19.
Determine o perímetro do triângulo curvilíneo limitado pelo eixo- x, e pelas curvas de
π π
equações: y = Ln(cos x) se x ∈ [− , ] e y = Ln(sen x) se x ∈ [0, π].
2 2
Solução.
186 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Observando
√ a Figura (3.20), são vértices
√ do triângulo curvilíneo são os pontos O(0, 0),
π 2 π 2
A( , Ln ) e B( , 0); lembre que Ln é negativo. O perímetro a calcular esta dado
2 2 2 2
por: L = OB + OA + AB.
π π
∫4 √ ∫2 √
π
L= + 1 + tan x · dx +
2
1 + cot2 x · dx =
2
0 π
4
π √ √
+ Ln( 2 + 1) − Ln( 2 − 1)
=
2
π √
O perímetro é P = + Ln(3 + 2 2).
2
Exemplo 3.20.
θ π
Determine o comprimento da curva r = sen 3 ( ) desde θ = 0, até θ =
3 2
Solução.
θ θ
Temos que r′ (θ) = sen 2 · cos , logo:
3 3
π √ [ ]2
∫2
θ θ θ
L= sen 6( ) + (sen ( ) · cos( ) · dθ =
2
6 3 3
0
π π
∫2 ∫2 √
θ 2θ 1
= sen 2 ( ) · dθ = [1 − cos( )] · dθ = (2π − 3 3)
3 3 8
0 0
1 √
O comprimento da curva é (2π − 3 3) unidades lineares.
8
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 187
Exercícios 3-1
10. A área da região compreendida entre a parábola y = 12x − 6x2 e o eixo-x é dividida
em duas partes iguais por uma reta de passa pela origem. Achar a equação de tal
reta.
12. Para cada um dos seguintes exercícios, desenhar a região D, e determine a área da
mesma, se D esta limitada pelos gráficos de:
2
1. x = 0, y = tan x, y = cos x 2. y 2 − x = 0, y = x3 , x + y = 2
3
x2 − x
3. y = 9 − x2 , y = x2 + 1 4. y = , y = 0, x = −1, x = 2
1 + x2
5. y = 3x − x2 , y = x2 − x 6. y = arcsenx, y = arccos x, x = 1
7. y = Ln(x2 ), y = Ln4, x = 0 8. y = x3 + x, x = 0, y = 2, y = 0
3x
9. x = ey , x = 0, y = 0, y = Ln4 10. y = arctan x, y = arccos , y = 0
π π 2
11. y = cosx, x = , x = , y = 0 12. y = ex , y = e−x , x = 1
6 2
188 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
1
13. y = , 2y = x2 14. y = x2 , 2y = x2 , y = 2x
1 + x2
15. y = sec2 x, y = tan2 x, x = 0 16. x = 4y − y 2 , x + 2y = 5
17. y = x2 , y = 8 − x2 , y = 4x + 12 18. y = x3 + 3x2 + 2, y = x3 + 6x2 − 25
19. y = x3 − x, y = sen (πx) 20. x2 y = 2, x + y = 4, x = 1, x = 2
21. y = x4 , y = 8x
a3 a2 x
8. Curvas: y = , y = e o eixo-y.
a2 + x2 a2 + x2
9. Parábola (x − a)2 = 2p(y − b) pelo eixo-y, e a tangente à mesma no ponto de
abscissa x = c (c > p > 0.
10 Curvas y = ex − 1, y = e2x − 3, x = 0.
11. Parábola y = 3 + 2x − x2 e o eixo-x.
π
12. y = arcsenx, e as retas x = 0, y = .
2
13. Circunferências x2 + y 2 = a2 , x2 + y 2 + 2ay = a2 a > 0.
14. Curvas (x − 1)(y + 2) = 2 e x + y = 2.
15. A curva y = Lnx, e sua tangente no ponto x = e; e o eixo-x.
∫b √
A(S) = 2π f (x) · 1 + [f ′ (x)]2 · dx (3.3)
a
Figura 3.21:
Observação 3.3.
Se o gráfico da função não negativa é dada na forma paramétrica mediante um par de
funções com derivadas contínuas em [α, β], isto é x = x(t) e y = y(t), t ∈ [a, b] , então
a área da superfície gerada ao girar o gráfico da curva em torno do eixo-x é dada por:
∫β √
A(S) = 2π y(t) · [x′ (t)]2 + [y ′ (t)]2 · dt
α
Observação 3.4.
Seja f : [a, b] −→ R uma função não negativa, com derivada contínua em [a, b]; tal que
seu gráfico esta do mesmo lado de uma reta y = c. Fazendo girar y = f (x) no intervalo
[a, b], em torno da reta y = c, obtemos uma superfície de revolução como mostra a Figura
(3.22). Mostra-se que a área desta superfície é dada pela fórmula:
∫b √
A(S) = 2π | f (x) − c | · 1 + [f ′ (x)]2 · dx
a
192 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Figura 3.22:
Observação 3.5.
Se a equação do arco da curva C é dada por x = g(y) ∀ y ∈ [c, d], onde g é uma
função com derivada contínua em [c, d] e S é a superfície de revolução que se obt em ao
girar a curva C em torno da reta x = a (Figura (3.23) ). A área da superfície S é dada
por:
∫d √
A(S) = 2π | g(y) − a | · 1 + [g ′ (y)]2 · dy (3.4)
c
Figura 3.23:
∫t2 √
A(S) = 2π | x(t) − a | · [x′ (t)]2 + [y ′ (t)]2 · dt (3.5)
t1
Observação 3.6.
Se a equação do arco C é definido em coordenadas polares r = r(θ) , sendo θ ∈ [α, β]
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 193
∫β √
A(S) = 2π r · sen θ · [r(θ)]2 + [r′ (θ)]2 · dθ
α
Exemplo 3.21.
Achar a área da superfície de revolução engendrada pela revolução em torno do eixo-x,
π
do arco y = sen 2 x desde x = 0 até x = .
2
Solução.
∫b
Obtemos y ′ = 2 cos2 x, então, de (3.3) como a área da superfície é A(S) = 2π f (x) ·
a
√ ∫2π √
1 + [f ′ (x))]2 · dx segue que A(S) = 2π sen 2x · 1 + 4 cos2 2x · dx .
0
Para o cálculo da integral consideremos t = 2 cos 2x, logo dt = −4sen 2x · dx; quando
π
x = 0 temos t = 2 e quando x = , temos t = −2. Deste modo:
2
∫2π √ ∫2 √
1
A(S) = 2π sen 2x · 1 + 4 cos2 2x · dx = 2π 1 + t2 (− )dt =
4
0 −2
∫2 √ [ ] [ √ ]
π π 1 √ 1 √ ]2 π √ 1 ( 5 + 2)
1 + t2 dt = 1 + t2 + Ln(t + 1 + t2 ) −2 = 2 5 + Ln √
2 2 2 2 2 2 5−2
−2
[ √ ]
π √ 1 5+2
Portanto a área da superfície é: A(S) = 2 5 + Ln( √ ) .
2 2 5−2
Exemplo 3.22.
√
3
√
3
√3
Calcular a área da superfície formada pela revolução da astróide x2 + y 2 = a2
em torno do eixo-x.
Solução.
y′ = x − a − −1 =− √
3 3 3
2 2 x
2 3 3
x
v [ √√
u
u √ ]2 √
3 2 − 3 a2
t x a
3
Figura 3.24:
Assim:
∫a √ √ √ [√ ]
3
a
A(S) = 2 2π ( a2 − x2 )3 √ · dx =
3 3
3
x
0
√ √ √
3 ( a − x ) a 12 2
3 2 3 2 5
= −4π 5 = πa
2 2
0 5
12
Portanto a área da superfície é π · a2 ·.
5
Exemplo 3.23.
Determine a área da superfície gerada fazendo girar o gráfico da função f (x) =
√
24 − 4x, x ∈ [3, 6].
Solução.
−1
Temos que f ′ (x) = √ , logo:
6−x
∫6 √
A(S) = 2π f (x) · 1 + [f ′ (x)]2 · dx =
3
∫6 √ ∫6
√ 1 √ 56π
= 2π 24 − 4x · 1+ · dx = 2π 7 − x · dx =
6−x 3
3 3
56π
Portanto a área A(S) = .
3
Exemplo 3.24.
Calcular a área da superfície formada pela revolução de uma onda da ciclóide x =
a(t − sen t), y = a(1 − cos t) em torno do eixo-x.
Solução.
Temos, x′ = a(1−cos t), y ′ = a·sen t por outro lado, [x′ (t)]+ [y ′ (t)]2 = [a(1−cos t)]2 +
[ ]2
t
[a · sen t] = a · 2(1 − cos t) = 2a · sen
2 2
.
2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 195
∫β √
Logo a área, A(S) = 2π y(t) [x′ (t)]+ [y ′ (t)]2 · dt =
α
∫2π ∫2π
t t
= 2π [a · (1 − cos t) · 2a · sen ]dt = 8πa 2
sen 3 · dt =
2 2
0 0
∫2π
t t t t 2π 64
8π · a2 (1 − cos2 )sen · dt = −16π · a2 (cos − cos3 ) = π · a2
2 2 2 2 0 3
0
64
Portanto a área A(S) = π · a2 .
3
Exemplo 3.25.
x2 y 2
Determine a área do elipsóide de revolução que se obtém ai girar a elipse 2 + 2 = 1
s 4
em torno do eixo-x.
Solução.
4√
Considere y = f (x) = 25 − x2 , x ∈ [−5, 5], logo a área do elipsóide gerado é:
√ 5
∫5 √
16 ( 100 3)
A(S) = 2π 25 − x2 · 1 + √ · dx = 2π 16 + · arcsen .
25 25 − x2 3 5
−5
100 3
Portanto, área A(S) = 2π(16 + · arcsen ).
3 5
Exemplo 3.26.
Determine a área de uma superfície formada pela revolução da cardióide r = 2a(1 +
cos θ) em torno do eixo polar.
Solução.
Temos que r′ (θ) = −2a·sen θ e r2 +(r′ )2 = [2a(1+cos θ)]2 +[−2a·sen θ]2 = {4a · cos θ}2 ,
logo:
∫β √ ∫ π
θ
A(S) = 2π rsen θ · [r(θ)] + [r (θ)] · dθ = 2a(1 + cos θ)sen θ · 4a · cos · dθ
2 ′ 2 ⇒
2
α 0
∫π
θ θ 128 2
A(S) = 64πa 2
cos4 · sen · dθ = πa
2 2 5
0
Exemplo 3.27.
Calcular área da superfície de revolução que se obtém ao girar o arco da curva y =
2 − ex , desde x = 0 até x = 3 em torno da reta y = 2.
Solução.
196 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫3 √
A(S) = 2π (2 − f (x)) 1 + [f ′ (x)]2 · dx ⇒
0
∫3 [ √ ]
√ √ √ e x
+ 1 + e 6
A(S) = 2π · e 1 + (ex ) 2 · dx = π e 1 + e6 − 2 + Ln √
x 3
2+1
0
[ √ ]
√ √ ex
+ 1 + e6
Portanto, área A(S) = π e3 1 + e6 − 2 + Ln √ .
2+1
Exemplo 3.28.
Achar a área da superfície gerada pela revolução, em torno do eixo- y do arco da curva
1
y = [x2 − 2Lnx], x ∈ [1, 4].
4
Solução.
1 2
Representando na forma paramétrica a curva temos: x(t) = t, y(t) = [t −
4
1 1
2Ln(t)], t ∈ [1, 4] onde x′ (t) = 1 e y ′ (t) = (t − ).
2 t
Pela fórmula (3.5) segue:
√ [ ]2
∫4 √ ∫ 4
1 1
A(S) = 2π x(t) [x (t)] + [y (t)] · dt = 2π t ·
′ 2 ′ 2 [1]2 + (t − ) · dt =
2 t
1 1
∫4
1
=π t(t + ) · dt = 24π
t
1
Exercícios 3-2
1. No tempo t, uma partícula encontra-se no ponto P (cos t + t · sen t, sen t − t · cos t).
Achar a distância percorrida desde o tempo t = 1 até o instante t = π.
√
2. No instante t, a posição de uma partícula é x = 1 + arctan t, y = 1 − Ln 1 + t2 .
Achar o recorrido desde o instante t = 0 até t = 2π.
3. Para cada um dos seguintes exercícios, achar a área da superfície de revolução que
se obtém ao girar em torno do eixo-x, a curva dada por:
x
1. y = 2 cosh( ) desde x = 0 até x = 2.
2
1
2. y = x3 desde x = 0 até x = .
2
3. b2 x2 + a2 y 2 = a2 b2 .
4. x = t − sen t, y = 1 − cos t, (área engendrada pela revolução de um arco).
1
5. f (x) = x3 , x ∈ [0, 2].
3
π π
6. f (x) = cos x, x ∈ [− , ].
2 2
7. Um laço da curva 8a2 y 2 = a2 x2 − x4 .
8. 6a2 xy = x4 + 3a4 desde x = a até x = 2a.
9. y 2 + 4x = 2Lny desde y = 1 até y = 2.
10. x = a · cos3 t, y = a · sen 3 t.
π
11. x = et · sen t, y = et · cos t de t = 0 até t = .
2
12. y = e−x , x ≥ 0.
t
13. x = a[cos t + Ln(tan )], y = a · sen t.
2
π
14. y = tan x desde (0, 0) até ( , 1).
4
15. O laço da curva 9ay 2 = x(3a − x)2 .
16. x2 + (y − b)2 = a2 , 0 < a < b (toro de revolução)
3
x 1
17. y= + , x ∈ [1, 3].
6 2x
18. y = 2x, x ∈ [0, 2].
19. y 2 = 4ax desde x = 0 até x = 3a.
20. y = x43 , x ∈ [1, 8].
4. Achar a área a superfície gerada pela rotação em torno do eixo-y, de cada uma das
seguintes curvas:
198 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
9. Mostre
√ que o comprimento do arco da espiral logarítmica r = emθ é L = r ·
1 + m2
+ C, onde C depende da origem do arco. Se consideramos este ponto
m √
1 + m2
como a origem de coordenadas, mostre que L = .
m
√ √ √
10. Determine o comprimento da curva y = 2 2[ x + 1 + 1 − x].
Seja S o sólido limitado no espaço; sob certas condições é possível calcular o volume
V (S) deste sólido.
Denotemos Sx0 a seção plana do sólido S determinado ao traçar um plano perpendi-
cular a um eixo (por exemplo ao eixo x) no ponto x0 , como se observa na Figura (3.25).
∪
Suponhamos que existe um intervalo [a, b] tal que S = Sx e que ∀x ∈ [a, b], a
x∈[a, b]
seção plana Sx tem área conhecida A(Sx ), de modo que a função x ∈ [a, b] → A(Sx ), seja
∫b
contínua, logo temos: V (S) = A(Sx ) · dx unidades cúbicas.
a
Exemplo 3.29.
a) Triângulos retângulos isósceles, cada um de eles com hipotenusa sobre o plano xy.
Solução. a)
Um esboço do gráfico do sólido mostra-se na Figura (3.26).
O sólido é descrito pela união dos Sx , x ∈ [−a, a], onde Sx é o triângulo retângulo
b2
isósceles de área A(Sx ) = y 2 = 2 (a2 − x2 ).
a
200 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫a
b2 2 4
Logo, o volume pedido é V (S) = 2
(a − x2 ) · dx = ab2 (unidades cúbicas)
a 3
−a
Solução. b)
∫a
bc 8
O volume procurado é V (S) = 2 2 (a2 − x2 ) · dx = abc.
a 3
−a
Observe que a região transversal Sx , (Figura (3.31)), obtida pela interseção do sólido
S com o plano perpendicular ao eixo-x, que passa por x ∈ [a, b] é um círculo de raio
| y |=| f (x) | (disco circular), temos: A(Sx ) = πy 2 = π[f (x)]2 , x ∈ [a, b]
Logo pelo método das seções transversais, o volume do corpo S é dado pela expressão:
∫b
V (S) = π [f (x)]2 · dx.
a
Observação 3.7.
Seja g função contínua em [c, d] , e S o sólido obtido pela rotação em torno do eixo-y,
da região plana D limitada pela curva x = g(y), o eixo-y e as retas y = c e y = d (Figura
(3.32)).
∫d
O volume do sólido S é dado pela expressão: V (S) = π [g(y)]2 · dy.
c
Observação 3.8.
Sejam f e g : [a, b] −→ R funções contínuas cujos gráficos encontram-se de um mesmo
lado do eixo-x, e | g(x) | ≤ | f (x) | ∀ x ∈ [a, b].
Seja S o sólido de revolução obtido pela rotação em torno do eixo- x da região D
limitada pelas curvas y = f (x), y = g(x) e as retas verticais x = a e x = b como se
mostra na Figura (3.33).
202 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫b
V (S) = π {R2 − r2 } · dx (3.6)
a
Observação 3.9.
Observação 3.10.
Exemplo 3.31.
∫0
π(π + 0) Figura 3.36:
V =π (12 − sen 2 y) · dy =
4
− π
2
π2
Portanto, o volume mede .
4
Exemplo 3.33.
204 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
√
A região limitada pelos gráficos de y = x2 , y = x, x = 2 gira em torno do eixo-x.
Calcular o volume do sólido.
Solução.
O gráfico da região mostra-se na Figura (3.37); pelo gráfico da região a girar em torno
∫1 ∫2 ∫1
√ 2 √
do eixo-x temos: V = π{ [( x) − (x2 )2 ] · dx + [(x2 )2 − ( x)2 ] · dx} = π{ (x − x4 ) ·
0 1 0
∫2
3π 47π
dx + (x4 − x) · dx} = + .
10 10
1
Portanto o volume do sólido engendrado pela rotação é 5π.
y
6
b
-
−a a x
−b
?
Exemplo 3.34.
A região limitada pela elipse b2 x2 + a2 y 2 = a2 b2 sendo 0 < b < a, gira em torno de seu
eixo maior. Determine o volume do sólido engendrado.
Solução.
Observe na Figura (3.38) que a elipse é simétrica respeito de seu eixo maior; podemos
considerar o sólido gerado pela região sombreada.
∫a 2
b 2 4π
Logo, V = π 2
(a − x2 ) · dx = ab.
a 3
−a
4π
Portanto o volume mede ab.
3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 205
Exercícios 3-3
2. Um sólido tem, como base um círculo de raio r = 1 e sua intersecções com planos
perpendiculares a um diâmetro fixo da base são triângulos retângulos isósceles cujas
hipotenusas são as respectivas cordas dos círculos. Determine o volume do sólido.
3. Achar o volume do sólido S que é a parte comum aos cilindros circulares retos de
raio r, supondo que seus eixos cortam-se perpendicularmente.
5. Achar o volume do sólido S, cuja base é um círculo de raio 3 e cujas seções planas
perpendiculares a um diâmetro fixo são triângulos equiláteros.
7. Um cilindro circular reto de raio r é cortado por um plano que passa por um diâmetro
da base sob um ângulo a respeito do plano da base. Achar o volume da parte
separada.
8. Para cada um dos seguintes exercícios, calcular o volume do sólido gerado pela
rotação da região D, em torno da reta L indicada:
10. L : x = 4; D : x2 + y 2 = 1.
11. L : x = −2; D : y 2 = x e x2 = y.
12. L : y = −1; D : y = arccos x, y = arcsenx e x = 1.
13. L : x = 0; D : y 2 = x2 + 10, x = 3, x = 4 e y ≥ 0.
π
14. L : x = 0; D : y = cos x, y = 0, x = 0 e x = .
2
√ 1
15. L : y = 0, D : y = x − √ , x = 1, x = 4 e y = 0.
x
√
16. L : y = 0; D : y = 0, y = 2, x = 0 e x = y 2 + 4 .
π
17. L : y = −1; D : y = arcsenx, y = 0 e x = .
2
√
18. L : y = −1; D : y = x − 3, y = x − 1 e y = 0.
2
√
1 π
19. L : x = 0; D : y = 2
, x = 0, x = e y = 0.
cos x 4
20. L : x = 0; D : y = x3 + x, x = 1 e x = 0.
21. L: x = 1; D : y =| x2 − 2x − 3 |, y + 1 = 0, x = 2 e x = 4.
22. L : y = 0; D : y = x + 2 e y 2 − 3y = 2x.
23. L : eixo-y ; D : y =| sen x |, 2x = π, 2x = 3π e y = 0.
√ √
24. L : y = 0; D : y = 4 − x2 , y = 1, x = 0 e x = 3.
9. O triângulo de vértices O(0, 0), A(a, b) e B(0, b) gira em torno do eixo-y. Achar o
volume obtido.
14. Determine o volume do sólido de revolução gerado pela rotação em torno do eixo-x,
√
da região infinita compreendida entre a curva y = 0, y x2 = 1, e x ≥ 1.
3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 207
m
Y
S 6
S
S
d y· · · · · · ·. (x,
· · y)
S ..
S ..
..
.x -
L
0 X
?
∑
n ∑
n
Mx = mi · y i e My = mi · xi (3.7)
i=1 i=1
∑
n ∑
n
Mx = mi · y i = m · y e My = mi · x i = m · x
i=1 i=1
∑
n ∑
n
mi · xi mi · y i
i=1 i=1
onde x = e y= .
m m
Portanto, se Mx e My são os momentos de um sistema de partículas respeito dos
eixos-x e y respectivamente e P (x, y) o centro de gravidade ou centro de massa do
sistema, então:
My Mx
x= e y= (3.8)
m m
Exemplo 3.35.
Quatro partículas encontram-se nos pontos P1 (−1, −2), P2 (1, 3), P3 (0, 5) e P4 (2, 1) e
suas massas são m1 = 2, m2 = 3, m3 = 3 e m4 = 4 respectivamente; determine o centro
de gravidade do sistema formado por essas quatro partículas.
Solução.
Temos Mx = 2(−2) + 3(3) + 3(5) + 4(1) = 24; My = 2(−1) + 3(1) + 3(0) + 4(2) = 9 e
como m = 2 + 3 + 3 + 4 = 12 resulta da fórmula (3.7):
My 9 Mx 24
x= = e y= = =2
m 12 m 12
9
Portanto, o centro de gravidade esta em P ( , 2)
12
i) Uma lâmina é chamada homogênea se duas partes dela da mesma área tem pesos iguais.
ii) A densidade ρ de uma lâmina é a massa de uma unidade quadrada de lâmina. Se uma
lâmina é homogênea, então sua densidade (de área) ρ é constante e se A é a área de
tal lâmina, então sua massa é m = ρ · A.
iii) O centro de massa de uma lâmina homogênea, podemos pensar como o ponto de
equilíbrio dessa lâmina, e; se esta tem um centro geométrico, este ponto será o
centro de massa ou centro de gravidade .
Por exemplo o centro de massa de uma lâmina circular homogênea é o centro do
círculo; de uma lâmina retangular homogênea é o ponto de interseção das diagonais.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 209
iv) Se uma lâmina cortamos a várias partes, o momento da lâmina é a soma dos momentos
dessas partes.
Exemplo 3.36.
Determine o centro de massa de uma lâmina homogênea de densidade ρ, da Figura
(3.41); as medidas estão em centímetros.
Solução.
21 3 1197 6
····
Mx = (21ρ)( ) + (60ρ)(6) + (12ρ)( ) = ρ
R3
-
2 2 2 0 4 X
13 1065
My = (21ρ)( ) + (60ρ)(5) + (12ρ)(8) = ρ. ?
2 2
Portanto, o centro de massa (x, y) é dado por:
1065 Figura 3.41:
My ρ
x= = 2 = 5, 72 · · · ;e
m 93ρ
1197
Mx ρ
y= = 2 = 6, 43 · · ·
m 93ρ
Observação 3.11.
em seu centro de gravidade obtemos que os momentos dos n retângulos, determinados pela
partição, respeito dos eixos-x e y são:
∑
n ∑
n { }
f (ci ) + g(ci )
Mx = mi · yi = ρ[f (ci ) − g(ci )] · ∆i x
i=1 i=1
2
∑
n ∑
n
My = mi · x i = ρ[f (ci ) − g(ci )] · ∆i x · xi
i=1 i=1
∑
n
ρ xi · [f (ci ) − g(ci )] · ∆i x
My i=1
x≈ = ∑n
m
ρ ·[f (ci ) − g(ci )] · ∆i x
i=1
∑
n
ρ {[f (ci )]2 − [g(ci )]2 } · ∆i x
Mx 1 i=1
y≈ = · ∑
n
m 2
ρ ·[f (ci ) − g(ci )] · ∆i x
i=1
∫b ∫b
x · [f (x) − g(x)] · dx {[f (x)]2 − [g(x)]2 } · dx
My 1
x= = ab e y= · a
m ∫ 2 ∫b
·[f (x) − g(x)] · dx ·[f (x) − g(x)] · dx
a a
Observação 3.12.
Observação 3.13.
∫d ∫d
{[f (y)]2 − [g(y)]2 } · dy y · [f (y) − g(y)] · dy
1 c c
x= · e y=
2 ∫d ∫d
[f (y) − g(y)] · dy [f (y) − g(y)] · dy
c c
Exemplo 3.37.
Determine o centróide da região limitada pelas curvas y = x3 , y = 4x no primeiro
quadrante.
Solução.
∫2 ∫2
64
My = x[f (x) − g(x)] · dx = x(4x − x3 )dx =
15
0 0
∫2 ∫2
1 1 256
Mx = {[f (x)] − [g(x)] } · dx =
2 2
(16x2 − x6 ) · dx =
2 2 21
0 0
64 256
My 16
15 Mx 64 21
Logo, x = = = e y= = = .
m 4 15 m 4 21
16 64
Portanto o centróide está no ponto P ( , ).
15 21
Exemplo 3.38.
Determine o centro de gravidade da região D limitada pelas curvas x2 − 8y = 0, x2 +
16y = 24.
Solução.
√
∫8{ } √
1 24 − x2 2 x2 2 16 2
Mx = [ ] − [ ] dx =
2 √ 16 8 5
− 8
212 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Mx 4
então y = = .
m 5
4
Portanto, o centro de gravidade é (0, ).
5
Exemplo 3.39.
Achar o centróide da região limitada pelas curvas x = 2y − y 2 , x = 0.
Solução.
∫2
(2y − y 2 )2 dx 8
10 15 2
x= = =
2 ∫2 4
5
(2y − y )dy
2 3
0
2
Portanto, P ( , 1) é o centróide.
5
Exemplo 3.40.
Determine o centro de gravidade da região plana limitada pelas curvas: y = f (x), y =
−x , x = −1 e x = 2 onde:
2
{
1 − x, se; x ≤ 0
f (x) =
x3 + 1, se, x > 0
Solução.
∫0 ∫2
11 21 53
A= (1 − x − x )dx +
2
(x2 + 1 + x2 )dx = + =
6 3 6
−1 0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 213
∫0 ∫2
1 1 16 11 71
Mx = [(1 − x)2 − x4 ]dx + [(x2 + 1)2 − x4 ]dx = + =
2 2 15 3 15
−1 0
∫0 ∫2
13 107
My = x(1 − x + x )dx +
2
x(x2 + 1 + x2 )dx = − + 10 =
12 12
−1 0
107
12
71 107 142
Logo x = 53 ey= 15
53 , onde o centróide é P ( , )
6
6 6 265
Exemplo 3.41.
214 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Calcular o volume do sólido gerado pela rotação da região D, limitada pela parábola
y = x2 e a reta y = x + 2 em torno desta última.
Solução.
∫2 ∫2
9 1 36
My = x(x + 2 − x )dx =
2
, Mx = [(x + 2)2 − (x2 )2 ]dx =
4 2 5
−1 −1
My 1 Mx 8 1 8
Logo, x = = y= = , e o centro de gravidade é o ponto P ( , ).
m 2 m 5 2 5
Sabe-se que
√ a distância do ponto P à reta y = x + 2, é dada √ pela fórmula
√ r =
x−y+2 9 2 9 2 9 81 2
√ = ; assim o volume do sólido S é V = 2πr.A = 2π · = π.
1+1 20 20 2 20
Exemplo 3.42.
| mx − y − m | | −3 − m |
3= √ = √
m2 + 1 m2 + 1
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 215
3 3
onde m = 0 ou m = ; sendo a reta oblíqua seu coeficiente é m = .
4 4
Portanto a equação da reta é 3x − 4y − 3 = 0.
Se o arco de uma curva vem dada pela função y = f (x) a ≤ x ≤ b, e tem densidade
ρ = ρ(x), os momentos estáticos de tal arco Mx e My respeito dos eixos coordenados Ox
e Oy são:
∫b √ ∫b √
Mx = ρ(x)f (x) 1 + [f ′ (x)]2 · dx My = ρ(x) · x · 1 + [f ′ (x)]2 dx
a a
∫b √ ∫b √
Ix = ρ(x)[f (x)] 1 + [f ′ (x)]2 · dx
2
Iy = ρ(x) · x2 · 1 + [f ′ (x)]2 dx
a a
∫b √ ∫ √
b
My 1 Mx 1
x= = ρ(x)f (x) 1 + [f (x)] · dx e y =
′ 2 = ρ(x) · x · 1 + [f ′ (x)]2 dx
L L L L
a a
∫b √
onde L é a massa do arco; isto é L = ρ(x) 1 + [f ′ (x)]2 · dx.
a
Exemplo 3.43.
Determine os momentos estáticos e os momentos de inércia respeito dos eixos-x e y
do arco da catenária y = cosh x, para 0 ≤ x ≤ 1.
Solução.
dy √ √
Temos y = cosh x, logo = senhx, 1 + (y ′ )2 = 1 + senh2 x = cosh x.
dx
∫1 ∫1
1 1 ∫1
Logo Mx = cosh2 x · dx = (1 + cosh 2x)dx = (2 + senh2) , e My = x · cosh x ·
2 4 0
0 0
dx = senh1 − cosh 1 + 1.
∫1 ∫1
senh3 1
Ix = cosh x · dx =
3
(1 + senh x) cosh x · dx = senh1 +
2
3
0 0
216 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∫1
Iy = x2 cosh x · dx = 3senh1 − 2 cosh 1
0
1 senh3 1
Portanto, Mx = (2 + senh2), M y = senh1 − cosh 1 + 1, Ix = senh1 + e
4 3
Iy = 3senh1 − 2 cosh 1.
Exemplo 3.44.
Determine as coordenadas do centro de massa do arco da circunferência de equação
x = a · cos t, y = a · sen t situado no primeiro quadrante.
Solução.
1 πa π
Temos que o comprimento é L = (2πa) = , 0 ≤ t ≤ , x′ = −a · sen t, y ′ =
√ √ 4 2 2
a · cos t, (x′ )2 + (y ′ )2 = a2 sen t + a2 cos2 t = a.
π π
∫2 ∫2
My a2 2a
Logo, Mx = a2 = cos t · dt = a2 , My = a2 sen t · dt = a2 , x = = πa = , e
L 2
π
0 0
Mx a2 2a
y= = πa = , .
L 2
π
2a 2a
Portanto, o centro de gravidade do arco é ( , ).
π π
Teorema 3.2. Teorema de Guldin.
A área da superfície engendrada pela revolução do arco de uma curva plana em torno a
um eixo situado no mesmo plano que o arco, porém que não a intercepta, é igual ao produto
do comprimento desse arco pelo comprimento da circunferência descrita pelo centro de
gravidade desta.
Exemplo 3.45.
√
Determine as coordenadas do centro de gravidade da semicircunferência y = a2 − x2 .
Solução.
Exercícios 3-4
Y
6 (14, 12) 6 6y 6
(0, 8) ..
.. 10 4 4 10
.. 4 4
..
..
..
.. 2 2
. - -
0 (10, 0) X 0 x
? ?
(8, 6)
-
x
Equação da elipse
16x2 + 25y 2 = 400
2. Determine o centro de gravidade de cada uma das regiões limitada pelas seguintes
curvas:
1. y = x2 − 4, y = 2x − x2 2. y = 3x, y = x2 , y = 1, y = 2
√
3. y = a2 − x2 , y = 0 4. y = Lnx, y = 4, y = 4 − 4x2
5. y = x2 , y = x − x2 6. y = x2 + 1, y = x3 − 1, x = 0, x = 1
7. x = 4y − y 2 , y = x 8. y 2 = 4 − 2x, o{eixo − y, y = 3
x, se, x ≤ 1
9. y 2 = 20x, x2 = 20y 10. y = −x, y =
x2 , se, x > 1
√ √
11. x + y = 3, y = 0, x = 0 12. y =| x |3 +1, x = −1, x = 2, y = 0
13. x + xy 2 − 2 = 0, x − y 2 = 0
π
14. y = sen x, y = cos x, y = 0 desde x = 0 até x = .
2
218 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
15. x − 2y + 8 = 0, x + 3y + 5 = 0, x = −2, x = 4.
Exemplo 3.46.
Um estudante de matemática, levanta uma mochila do assoalho de massa m = 10kg,
e eleva com aceleração desprezível até uma altura d = 0.8m para colocá-lo na carteira.
Desejamos determinar as forças que atuam sobre a mochila, e o trabalho que elas realizam.
Solução.
Atuam duas forças sobre a mochila, seu peso m · g agindo para baixo e a força F
agindo para cima.
Pelo fato a mochila não estar acelerada a força resultante que age sobre ela é zero.
O módulo comum destas forças é F = m · g = (10kg)(9, 8m/s2 ) = 98N .
Por outro lado, sendo a força F e o deslocamento apontados para uma mesma direção,
temos que o trabalho W = F.d = (98N )(0, 8m) = 78, 4J.
Definição 3.2.
Seja f (x) uma força variável que atua no sentido do eixo-x sobre o segmento [a, b].
O trabalho realizado para deslocar um objeto do ponto a até o ponto b, podemos expressar
mediante a integral:
∫b
W = f (x) · dx
a
Exemplo 3.47.
Um bloco de massa igual 5kg, move-se em linha reta sobre uma superfície horizontal
o sob influência de uma força que varia com a posição conforme mostra a Figura (3.54).
220 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Qual é o trabalho realizado pela força, quando o bloco se move da origem até x = 8m?
Solução.
∫2 ∫4 ∫6 ∫8
W = 10 · dx + −5(x − 4)dx + 0 · dx + −2, 5(x − 6)dx = 25 J
0 2 4 6
Exemplo 3.48.
Calcular o trabalho a realizar, para elevar um corpo de massa m da superfície da Terra,
cujo raio é R, até uma altura h.
Solução.
De acordo com a lei de gravitação universal, a força F que atua sobre um corpo de
mM
massa m é igual a F = k · 2 , M é a massa da Terra, r é a distância da massa m desde
r
o centro da Terra e k é a constante de gravitação universal.
Quando o objeto está na Terra temos que r = R; logo F = m · g, podemos então
mM R2
escrever F = m · g = k · 2 , onde kM = gR pelo que F = mg 2 .
2
r r
∫
R+h ∫
R+h
dr h
O trabalho, procurado é: W = F · dr = mgR2 · = mgR .
r R+h
R R
6y
10
AA
A
5 AA
AAA -
0 2 4 6@
@ 8 x
@
@
−5 · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·@
@
··
?
Exemplo 3.49.
Um tanque em forma de cone circular reto, de altura 10m e raio da base 5m, tem
seu vértice no solo e eixo vertical. Se o tanque está cheio de água, determine o trabalho
realizado para bombear a água pelo topo do tanque.
Solução.
Observação 3.14.
A força necessária para distender uma mola x unidades além de seu comprimento
natural é dada pela lei de Hooke: f (x) = k · x onde k é uma constante chamada constante
da mola.
Exemplo 3.50.
Exige-se uma força de 9kg para distender até 8cm uma mola cujo comprimento natural
é 60cm.
a) Determinar o trabalho realizado ao distender a mola até um comprimento de 70cm.
b) Determinar o trabalho realizado ao distender a mola até um comprimento de 65cm.
Solução.
Observação 3.15.
Definição 3.3.
A força F exercida por um líquido de densidade constante ρ sobre uma região como
mostra a Figura (3.57) (s é a superfície da água) onde x = f (y) e x = g(y) são funções
∫d
contínuas em [c, d] é dada pela fórmula: F = ρ(s − y)[f (y) − g(y)]dy
c
Figura 3.57:
Exemplo 3.51.
A parte lateral de um aquário adjacente ao nível da água é vertical e tem a forma de
um retângulo de 15pés de altura, 200pés de comprimento e profundidade 10pés. Determine
a força, total da água devido à pressão do líquido.
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 223
∫10
F = 200ρ(10 − y)dy = 1000ρ.
0
Exemplo 3.52.
As extremidades de um depósito de água de 10 m de comprimento têm a forma de um
trapézio isósceles de base menor 6 m, base maior 8m e altura 4 m. Determine a força
sobre uma extremidade quando o recipiente esta cheio de água.
Solução.
se a densidade da água é ρ kg por m3 , a força exercida pelo líquido sobre este retângulo
é:
1
ρ(4 − yi )2[ (yi + 12)] · ∆i y
4
∫4
1 232ρ
somando e, no limite a força total é F = ρ(4 − y)(y + 12)dy = kg.
2 3
0
232ρ
Logo, a força exercida pelo líquido é F = kg.
3
(−4, 4)
6y (4, 4)
J 4−y
J
∆i y
J y
J
-
−3 0 3 x
Figura 3.58:
224 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 3.53.
Determine a força de pressão que a gasolina que está em um depósito cilíndrico, cuja
altura h = 3, 5 m e o raio da base r = 1, 5 m exerce sobre as paredes do mesmo; considere-
se ρ = 900 kg/m3 .
Solução.
e r = 1.5m.
O elemento da pressão que se exerce sobre a parede é:
dP = r · g · h · S = r · g · 2πry · dy
∫h
logo P = 2πrρg y · dy = (9.8)π(1.5)(900)(3.5)2 = 161.000π.N
0
Portanto, a força de pressão que a gasolina exerce sobre a parede é 161.000π.N
∫b
P (a ≤ x ≤ b) = f (x) · dx
a
Exemplo 3.54.
A função densidade de probabilidade da duração de CDs produzidas por uma deter-
minada companhia é f (x) = 0.01e−0.01x , donde x representa a duração (em meses) de
um CD selecionado aleatoriamente. a) Qual é a probabilidade que a duração de um CD
selecionada aleatoriamente seja de 50 a 60 meses?. b) Qual é a probabilidade que a
duração de um CD selecionada aleatoriamente seja igual o menor de 60 meses?. c) Qual
é a probabilidade que a duração de um CD selecionada aleatoriamente seja igual o maior
de 60 meses?.
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 225
∫60
a) P (50 ≤ x ≤ 60) = 0, 01e− 0,001x · dx = 0, 0577.
50
∫60
b) P (x ≤ 60) = 0, 01e− 0,001x · dx = 0.4512
0
∫
+∞
Exemplo 3.55.
Uma partícula movimenta-se em linha reta de modo que sua posição está dada pela
expressão x = S(t) = x0 + v0 t + bt2 + ct3 m/s onde x0 é o espaço inicial, v0 é a velocidade
inicial, sendo b e c constantes. Calcule a velocidade média entre os 6 e 8 primeiros
segundos.
Solução.
Observação 3.16.
Se um ponto movimenta-se sob uma curva, e o valor absoluto de sua velocidade v =
f (t) é uma função conhecida do tempo t; o espaço recorrido por tal ponto em um intervalo
∫b
de tempo [a, b] é igual a: s = f (t) · dt.
a
226 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 3.57.
Se a velocidade de um ponto é v = 0, 2t3 m/s. Determine o espaço s recorrido durante
os 10 primeiros segundos. Qual é sua velocidade média neste intervalo de tempo?.
Solução.
∫10
500
Temos s = 0, 2t3 = 500 m, sua velocidade média é: m/s = 50 m/s
10
0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 227
Exercícios 3-5
3. Determine o trabalho realizado para extrair água de um recipiente cônico, cuja base
é horizontal e encontra-se embaixo do vértice, sendo o raio da base r e sua altura h.
5. Um tanque que tem a forma de um cilindro circular reto de 8 pés de alto e 5 pés de
raio basal está cheio de água. Achar o trabalho realizado ao bombear toda a água
do tanque ate uma altura de 6 pés por encima da parte superior do tanque.
6. Um elevador de 3.000 lbs. de peso acha-se suspenso num cabo de 12 pés de compri-
mento, pesando 15 lbs por pé linear. Determine o trabalho necessário para elevá-lo
de 10 pés, enrolando-se o cabo numa roldana.
8. Um elevador que pesa 1, 380kg pende de um cabo de 3, 65m que pesa 21kg por
metro linear. Aproxime o trabalho necessário para fazer o elevador subir 2, 75m.
10. Um balde de água é içado verticalmente a razão constante de 45cm/s por meio de
uma corda de peso desprezível. À medida que o balde sobe, a água vaza à razão
de 100gr/s. Se o balde cheio de água pesa 11kg no momento em que começa a ser
içado, determine o trabalho necessário para iça-o a uma altura de 3, 6m.
228 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
11. Um bote está ancorado de modo que a ancora encontra-se 100 pés diretamente
embaixo do cabrestante em que sua cadeia está enrolada. A ancora pesa 3, 000lbs e
a cadeia 20 lbs/pé. Qual é o trabalho necessário para levantar a ancora?.
12. A face de una represa adjacente à água tem forma de trapézio isósceles de uma altura
20 pés, base superior 50 pés e base inferior 40 pés. Achar a força total exercida pela
água sobre a face se a profundidade da água é 15 pés.
14. Exige-se uma força de 9 libras para distender até 8 polegadas uma mola cujo com-
primento natural é 6 polegadas. a) Determinar o trabalho realizado ao distender
a mola até um comprimento de 10 polegadas. b) Determinar o trabalho realizado
ao distender a mola de um comprimento de 7 polegadas até um comprimento de 9
polegadas.
16. Uma mola de 25cm de comprimento natural sofre uma distensão de 3.8cm sob o peso
de 35N . Ache o trabalho realizado ao distender a mola. a) De seu comprimento
natural para 35, 5cm; b) De 28cm para 33cm.
17. Uma mola tem comprimento natural de 12 polegadas. Quando se estica x polegadas,
puxa para atrás com una força kx, pela lei de Hooke. A constante k depende do
material, do arame, etc. Se são necessárias 10 libras de força para mantê-o esticado
em 1/2 polegada, quanto é o trabalho realizado para esticá-lo desde seu comprimento
natural até um comprimento de 16 polegadas?.
19. Determine a força de pressão que exerce a água sobre uma placa triangular vertical
de base a e altura h, submersa na água, com o vértice para abaixo, de forma que
sua base se encontre na superfície da água.
20. Um tanque de vidro, para ser usado como aquário, têm 3 pés de comprimento e
extremidades quadradas de 1 pé de lado. Estando o tanque cheio de água, determine
a força exercida pela água: a) sobre uma extremidade; b) sobre um lado.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 229
21. A face de uma represa em contato com a água é vertical e de forma retangular com
50 pés de largura e 10 pés de altura. Achar a força exercida pelo líquido sobre esta
face quando a superfície do líquido esta a rãs da parte superior da represa.
22. Supondo que v e p estão relacionadas pela equação p · v14 = C onde C é constante,
e que p = 60 lb/pul2 , quando v = 10 pés3 , achar : a) v quando p = 15lbs/pulg2 ; b)
o trabalho realizado pelo gás ao expandir-se ate que sua pressão alcança este valor
(15lbs/pul2 ).
23. Uma chapa com a forma de trapézio isósceles de base superior 4 pés e base inferior 8
pés, acha-se submersa verticalmente na água de tal forma que as bases têm posição
paralela à superfície. Se as distâncias da superfície da água as bases superior e
inferior são 10 pés e 6 pés respectivamente, determine a força exercida pela água
sobre um lado da chapa.
25. A taxa de depreciação de certa peça de equipamento, no intervalo [0, 3] pode ser
1 − t2
aproximada por g(t) = com t dado em anos e g(t) em R$100.00. Determine
9
a depreciação total ao final dos seguintes períodos: a) 6 meses b) 1 ano c) 18 meses
26. Duas cargas opostas de e1 y e2 unidades eletrostáticas atraem-se com uma força
e1 e2
, sendo r a distância entre ambas (em unidades apropriadas).
r
carga e1 = +7 r
-
P 4 20
carga e2 = -1
Figura 3.59:
A carga positiva e1 de 7 unidades mantém-se fixa num certo ponto P (ver Figura
(3.59)). Qual é o trabalho realizado ao mover uma carga negativa e2 de 1 unidade
desde o ponto situado a 4 unidades da carga positiva até um ponto situado a 20 pés
dessa carga ao longo de uma reta r em sentido oposto ao da carga positiva.
27. Uma companhia estima que a venda anual de um produto novo será de 8.000 uni-
dades. Suponha que todo ano 10% das unidades (independentemente de quanto
forem produzidas) param de funcionar. Quantas unidades estarão em uso após de
n anos ?. Supondo que 25% das unidades param de funcionar a cada ano qual é sua
resposta?.
230 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
28. Determine o trabalho necessário para distender uma mola até 5cm, se a força de 1N
o distende em 1cm.
31. Se aos x anos de idade, una máquina industrial gera ingressos a razão de R$ R(x) =
6025 − x2 por anos e seus gastos acumulam-se a razão de R$ C(x) = 400 + 15x2 ao
ano. a) Por quantos anos o uso da máquina es lucrativo? b) Qual é o lucro líquido
gerado pela máquina ao longo do período encontrado no item a)?
32. Um tanque tem a forma de cone circular reto invertido com eixo vertical, se sua
altura é 20 pés e raio da base 5 pés. Determine o trabalho realizado para bombear
a água pelo topo do tanque sabendo que o tanque está cheio de água.
34. Um cilindro reto cuja base é uma elipse esta cortada por um plano inclinado que
passa pelo eixo maior da elipse. Calcular o volume do corpo engendrado, sabendo
que o comprimento do eixo menor da elipse é 8 e o comprimento do semi-eixo maior
é 10.
35. Em uma una fábrica de rádios, depois de t horas de trabalho, um operário produz
Q1 (t) = 60 − 2(t − 1)2 unidades por hora, entanto que um segundo operário produz
Q2 (t) = 50−5t unidades por hora. a) Se ambos chegam ao trabalho as 8hs, quantas
unidades o primeiro operário terá produzido a mais que o segundo até as 12hs.?.
b) Interprete a resposta encontrada em a) como a área compreendida entre as duas
curvas.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 231
Miscelânea 3-1
1
4. x = t − 1, y = t2 , t ∈ [0, 1].
2
5. x = e · sen t, y = et · cos t, t ∈ [0, π].
t
x2 √
10. Da curva y = − Ln x, desde x = 2 até x = 3.
2
√ √
1. Da curva y = x − x2 + arcsen x
8. Achar a área da superfície formada pela revolução do bucle da curva x = a(t2 + 1), :
y = (3 − t2 ) em torno do eixo-x.
10. Calcular o volume do sólido gerado pela rotação da região D, em torno da reta L
√ √
indicada: L : y = 0; D : x + y = 1, x + y = 1.
π
∫2
dx
11. Determine um limite superior e inferior para I = .
(3 + 2 cos x)2
0
π
∫2 ∫0
sen x sen x
12. Mostre que · dx > · dx Sugest. Na última integral x = π − u.
x x
0 π
2
∫1
13. Estabeleça uma fórmula de recorrência para a integral In = xn · sen (πx)dx.
0
Mostre que In → 0 quando n → +∞.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 233
15. Determine o centro de gravidade de cada uma das regiões limitada pelas seguintes
curvas:
17. A região limitada pelos gráficos de y 2 = 20x, x2 = 20y gira em torno da reta
3x + 4y + 12 = 0. Calcular o volume do sólido gerado.
21. No ponto de abscissa 6 da parábola y 2 = 12x, existe uma reta tangente. Calcular
o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo-x da região limitada pela
tangente traçada, o eixo-x e a parábola.
25. O ponto de interseção das diagonais de um quadrado (de lado variável) movimenta-
se ao longo do diâmetro (fixo) de uma circunferência de raio 3; o plano do quadrado
permanece sempre perpendicular ao plano da circunferência, entanto os vértices
opostos do quadrado se movimentam pelas circunferência. Achar o volume do corpo
assim gerado.
235
236 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Definição 4.1.
O conjunto de todas as triplas ordenadas de números reais é chamado de espaço nu-
mérico tridimensional, sendo denotado por R3 .
z
6 z
6
>−x
>−x
P
−y −y
y
-
y
-
(3, 4, 0)
x
=
=
x
−z
?
−z
?
Propriedade 4.1.
a) Uma reta é paralela ao plano-yz se, e somente se, todos os pontos da reta tiverem a
mesma ordenada x.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 237
b) Uma reta é paralela ao plano-xz se, e somente se, todos os pontos da reta tiverem a
mesma ordenada y.
c) Uma reta é paralela ao plano-yx se, e somente se, todos os pontos da reta tiverem a
mesma ordenada z.
No espaço tridimensional R3 , se uma reta for paralela a dois planos que se interceptam,
ela será paralela à reta de interseção dos dois planos.
Propriedade 4.2.
Sejam P (x1 , y1 , z1 ) e Q(x2 , y2 , z2 ) dois pontos no espaço tridimensional.
a) Se os pontos estão sobre uma reta paralela ao eixo-x, então a distância orientada de
−→ −→
P a Q denotada P Q, será dada por P Q = x2 − x1
b) Se os pontos estão sobre uma reta paralela ao eixo-y, então a distância orientada de
−→ −→
P a Q denotada P Q, será dada por P Q = y2 − y1
c) Se os pontos estão sobre uma reta paralela ao eixo-z, então a distância orientada de
−→ −→
P a Q denotada P Q, será dada por P Q = z2 − z1
Definição 4.2.
A distância não orientada entre os pontos P (x1 , y1 , z1 ) e Q(x2 , y2 , z2 ) é dada por
√
∥ P Q ∥= (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 + (z2 − z1 )2
Exemplo 4.1.
A distância não orientada entre os pontos P (−2, 1, 5) e Q(2, 4, 2) é dada por
√ √
∥ P Q ∥= (−2 − 2)2 + (1 − 4)2 + (5 − 2)2 = 34
Propriedade 4.3.
As coordenadas do ponto médio do segmento de reta com extremos P (x1 , y1 , z1 ) e
Q(x2 , y2 , z2 ) são dadas por:
x2 + x1 y2 + y1 z2 + z1
x= , y= , z=
2 2 2
Exemplo 4.2.
As coordenadas do ponto médio do segmento da reta que une os pontos do Exemplo
(4.1) é dada por
−2 + 2 1+4 5 5+2 7
x= = 0, y= = , z= =
2 2 2 2 2
Definição 4.3.
O gráfico de uma relação em R3 é o conjunto de todos os pontos (x, y, z) cujas
coordenadas são números que satisfazem a relação.
238 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Definição 4.4.
Uma esfera é o conjunto de todos os pontos no espaço tridimensional, equidistantes
de um ponto fixo. O ponto fixo é chamado “centro da esfera”, e a medida da distância
constante é chamada de “raio da esfera”.
Propriedade 4.4.
A equação de segundo grau da forma x2 + y 2 + z 2 + Gx + Hy + Lz + J = 0 representa
uma esfera, (equação geral), um ponto ou um conjunto vazio.
Exemplo 4.3.
Determine o raio e centro da esfera: x2 + y 2 + z 2 − 4x − 4x − 2z = 2.
Solução.
Exemplo 4.4.
Ache uma equação da esfera tendo os pontos P (9, −4, 0) e Q(−5, 6, −2) como extremos
de um diâmetro.
Solução.
Pelos dados do problema temos que o centro da esfera é o ponto médio do segmento
não orientado P Q isto é, o centro é o ponto C(2, 1, −1) e o raio da esfera é
√ √
CQ = (−5 − 2)2 + (6 − 1)2 + (−2 + 1)2 = 75
√
isto é o raio é r = 75.
Assim a equação pedida é (x − 2)2 + (y − 1)2 + (z + 1)2 = 75.
Um vetor em R3 pode ser representado como o feito para R2 por um segmento de reta
orientado.
Se ⃗u = (a1 , a2 , a3 ) é um vetor em R3 então, ele representa um segmento orientado
de ponto inicial P (x, y, z) e extremo Q(x + a1 , y + a2 , z + a3 ). Quando P (0, 0, 0) é a
origem de coordenadas, temos que o ponto Q(a1 , a2 , a3 ) pode ser representado pelo vetor
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 239
6z
Q(x + a1 , y + a2 , z + a3 )
>
⃗u = (a1 , a2 , a3 )
P (x, y, z)
-
y
x
=
Figura 4.3:
Definição 4.6.
Os ângulos de direção de um vetor não nulo ⃗u = (a1 , a2 , a3 ) são os três ângulos que
têm a menor medida não negativa em radianos α, β e γ medidos a partir dos eixos
positivos x, y e z respectivamente, até a representação posicional do vetor.
⃗u · ⃗v = a1 b1 + a2 b2 + a3 b3
⃗u · ⃗v a1 b1 + a2 b2 + a3 b3
cos θ = =√ 2 √
∥ ⃗u ∥ · ∥ ⃗v ∥ a1 + a22 + a23 b21 + b22 + b23
Propriedade 4.5.
Dados dois vetores ⃗u = (a1 , a2 , a3 ) e ⃗v = (b1 , b2 , b3 ):
−→ .
⃗v = P Q = Q − P = (y1 , y2 , y3 , · · · , yn ) = Q ∈ Rn
Isto quer dizer que todo vetor com “ponto inicial ” na origem de coordenadas pode ser
tratado como um ponto do espaço Rn .
A distância não orientada entre os pontos P (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ) e Q(y1 , y2 , y3 , · · · , yn )
é determina pela fórmula
√
d(P, Q) = ∥P Q∥ = (x1 − y1 )2 + (x2 − y2 )2 + (x3 − y3 )2 + · · · + (xn − yn )2 (4.1)
Quando tivermos uma relação real, e o conjunto A for subconjunto de Rn , resulta uma
relação de n variáveis.
242 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
4.3.1 Elipsóide
A equação analítica do elipsóide com centro no
x2 y 2 z 2
ponto (0, 0, 0) é 2 + 2 + 2 = 1.
a b c
Supondo que as constantes a, b e c são todas po-
sitivas. Estas constantes são as medidas dos semi-
eixos das três elipses obtidas no corte do elipsóide
pelos planos coordenados:
x2 y 2
• + 2 = 1 no plano-xy quando z = 0
a2 b
Figura 4.5:
x2 z 2
• + 2 = 1 no plano-xz quando y = 0
a2 c
y2 z2
• + 2 = 1 no plano-xyz quando x = 0
b2 c
(x − x0 )2 (y − y0 )2 (z − z0 )2
+ + =1
a2 b2 c2
Exemplo 4.5.
Identificar a superfície dada por: 2x2 + 4y 2 + 6z 2 − 2x + 4y − 15z = 10.
Solução.
1 1 5 167
2(x − )2 + 4(y + )2 + 6(z − )2 =
2 2 4 8
1 1 5
(x − )2 (y + )2 (z − )2
2 + 2 + 4 =1
167 167 167
16 32 48
A superfície é uma elipsóide.
4.3.2 Parabolóide
Parabolóide elíptico
x2 y 2
A equação analítica do parabolóide elíptico com centro no ponto (0, 0, 0) é 2 + 2 ±
a b
z = 0 supondo as constantes a > 0 e b > 0.
Não há cortes do parabolóide elíptico com os eixos coor-
denados, exceto pela origem: tomando duas variáveis nulas
na equação do parabolóide elíptico, obtemos sempre a origem
(0, 0, 0), que é o vértice do parabolóide; o mesmo ocorre com
o corte do parabolóide elíptico com o plano coordenado z = 0,
que é só a origem (0, 0, 0).
Já os cortes com planos paralelos ao plano-xy, quando não-
x2 y 2
vazios, são as elipses dadas por 2 + 2 = k
Figura 4.6: a b
O corte do parabolóide elíptico com os planos coordenados
244 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
1 2 1 2
z=± x, z=± y
a2 b2
Convém observar que o que é exibido nos gráficos de parabolóides é só uma parte do
parabolóide elíptico que se estende indefinidamente “ para cima” (ou em alguma direção),
como ocorre com a parábola, no entanto, basta entender o comportamento do parabolóide
na vizinhança do vértice, pois o resto é bastante previsível.
Além do elipsóide (que é limitado nos seis sentidos do espaço tridimensional), o pa-
rabolóide elíptico é a única quádrica que tem algum dos seis sentidos limitados, no caso,
“para baixo” (ou em alguma direção). Também observamos que tomando a = b na equa-
ção analítica (padrão), obtemos um parabolóide circular, que sempre é uma superfície de
revolução.
O parabolóide elíptico evidentemente é o gráfico da função real
x2 y 2
z = f (x, y) = + 2
a2 b
(x − x0 )2 (y − y0 )2
+ ± (z − z0 ) = 0
a2 b2
Exemplo 4.6.
Identificar a superfície dada por: 2x2 + 3y 2 + 6x + 12y − 4z = 0.
Solução.
3 66
2(x + )2 + 3(y + 2)2 − 4z =
2 4
3
(x + )2 (y + 2)2 33
2 + − (z + ) = 0
1 1 8
2 3
A superfície é um parabolóide elíptico .
Parabolóide hiperbólico
x2 y2
A equação analítica do parabolóide elíptico com centro (0, 0, 0) é − ±z = 0
a2 b2
supondo as constantes a > 0 e b > 0.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 245
1 2 1 2
z= x, z=− y
a2 b2
Convém observar que o que é exibido nos gráficos desta superficie é só uma parte
do parabolóide hiperbólico, que se estende indefinidamente em todos os seis sentidos do
espaço tridimensional; no entanto, basta entender o comportamento do parabolóide na
vizinhança do ponto de sela, pois o resto tem um comportamento semelhante.
Também observamos que o parabolóide hiperbólico nunca é uma superfície de revolu-
ção.
O parabolóide hiperbólico evidentemente é o gráfico da função real
x2 y 2
z = f (x, y) = − 2
a2 b
Por outro lado, os cortes por planos verticais paralelos aos eixos coordenados, sempre
resultam em parábolas.
A equação do parabolóide hiperbólico com centro no ponto (x0 , y0 , z0 ) é
(x − x0 )2 (y − y0 )2
− ±z =0
a2 b2
Exemplo 4.7.
Identificar a superfície dada por: 2x2 − 3y 2 + 6x − 12y − 4z = 0.
Solução.
3 15
2(x + )2 − 3(y + 2)2 − 4z = −
2 2
3 15
2(x + )2 − 3(y + 2)2 − 4(z − ) = 0
2 8
246 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
3
(x + )2 (y + 2)2 15
2 − − (z − ) = 0
2 4 8
3
A superfície é um parabolóide hiperbólico.
4.3.3 Hiperbolóide
O Hiperbolóide elíptico de uma folha
x2 z 2 y2 z2
− 2 = 1, − 2 =1
a2 c b2 c
O hiperbolóide elíptico de uma folha nunca é o gráfico de uma função real de duas
variáveis reais pois quase sempre ocorrem dois cortes por retas verticais. No entanto,
podemos separá-lo em dois gráficos, dados pelas duas funções
√ √
x2 y 2 x2 y 2
z = f (x, y) = c + − 1 e z = g(x, y) = −c + 2 −1
a2 b2 a2 b
(x − x0 )2 (y − y0 )2 (z − z0 )2
+ − =1
a2 b2 c2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 247
Exemplo 4.8.
Identificar a superfície dada por: 4x2 + y 2 − 4z 2 − 16x − 6y − 16z + 9 = 0.
Solução.
Escrevemos a equação 4x2 + y 2 − 4z 2 − 16x − 6y − 16z − 7 = 0 na forma:
x2 y 2
− 2 =1
a2 b
x2 z 2
− 2 =1
a2 c
Exemplo 4.9.
Identificar a superfície dada por: 4x2 − 3y 2 + 12z 2 + 12 = 0.
Solução.
4x2 4y 2
− + z 2 = −1
12 12
x2 y 2
− + − z2 = 1
3 3
A superfície é um hiperbolóide de duas folhas, cujo eixo coincide com o eixo-y .
a b
z = ± x, z=± y
c c
Figura 4.10:
Observe que o único corte do cone elíptico com
o plano-xy é dado pela origem, já que substituindo
x2 y 2
z = 0 na equação-padrão do cone elíptico obtemos 2 + 2 = 0, cuja única solução é a
a b
origem (x, y) = (0, 0).
Em particular, a origem é o único ponto de corte do cone elíptico com os eixos coor-
denados.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 249
O cone elíptico nunca é o gráfico de uma função real de duas variáveis reais; no entanto,
como sempre ocorrem dois cortes por retas verticais, podemos separá-lo em dois gráficos,
dados pelas duas funções
√ √
x2 y 2 x2 y 2
z = f (x, y) = c + 2 e z = g(x, y) = −c + 2
a2 b a2 b
Exemplo 4.10.
Identificar a superfície dada por: 4x2 − 3y 2 + 2z 2 + 8x + 18y − 8z = 15.
Solução.
4.3.5 Cilindros
Considera-se uma curva plana C. Todas as linhas retas que passam por C e são
perpendiculares ao plano de C formam uma superfície (cilindro). As linhas perpendiculares
são chamadas “geratrizes do cilindro”.
Se a linha curva C se encontra no plano-xy (ou num plano paralelo ao plano-xy) então
as geratrizes do cilindro são paralelas ao eixo-z e a equação do cilindro só tem como
variáveis x e y.
As equações dos cilindros com curva C nos plano-xy são:
Exemplo 4.11.
• Cilindro parabólico x2 − 8x + 4y + 16 = 0
x2 y 2
• Cilindro elíptico + =1
5 7
x2 y 2
• Cilindro hiperbólico − =1
7 9
das equações analíticas apresentadas na classificação, isto ocorre quando pelo menos duas
das três constantes a, b ou c são idênticas.
No caso do elipsóide, por exemplo, sempre resulta uma superfície de revolução, bas-
tando para isso a igualdade de duas quaisquer destas constantes; assim obtemos os esfe-
róides e a esfera. No caso dos hiperbolóides e do parabolóide elíptico, a simetria axial só
ocorre quando a = b.
O parabolóide hiperbólico nunca apresenta simetria axial e portanto nunca é uma
superfície de revolução.
x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 +1=0
a2 b c
que só tem soluções complexas, representa um elipsóide imaginário cujos seis vértices são
dados pelos pontos (±ia, 0, 0), (0, ±ib, 0) e (0, 0, ±ic) de C3 .
Definição 4.10.
Sejam m, n ∈ N
Podemos observar que o que faz a diferencia entre campo escalar e vetorial, é seu
conjunto imagem. Se a imagem é um subconjunto de R será campo escalar, para o caso
no ser campo escalar, então será um campo vetorial.
Em qualquer dos dois casos, se o domínio de definição de f for um subconjunto A ⊂ Rn ,
dizemos que f é uma função de várias variáveis.
Exemplo 4.12.
1. A função que a cada ponto do espaço associa sua temperatura é um campo escalar.
2. A função que a cada ponto do plano associa a velocidade do vento nesse ponto, é um
campo vetorial.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 253
Exercícios 4-1
2. Mostre que os três pontos P (1, −1, 3), Q(2, 1, 7) e R(4, 2, 6) são os vértices de um
triângulo retângulo e ache sua área.
4. Uma reta é traçada pelo ponto (6, 4, 2) ao plano perpendicular yx .Ache as coor-
denadas do ponto sobre a reta a uma distância de 10 unidades do ponto (0, 4, 0).
6. Uma reta é traçada pelo ponto (4, 2, 0) ao plano perpendicular yx . Ache as coor-
denadas do ponto sobre a reta a uma distância de 8 unidades do ponto (0, 2, 0).
7. Prove que os três pontos P (−3, 2, 4), Q(6, 1, 2) e R(−12, 3, 6) são colineares.
8. Ache os três vértices do triângulo cujos lados tem os pontos médios em (3, 2, 3), (−1, 1, 5)
e (0, 3, 4).
9. Para o triângulo com vértices em P (2, −5, 3), Q(−1, 7, 0) e R(−4, 9, 7), ache: 1.)
o comprimento de cada lado. 2.) o ponto médio de cada lado.
1. x2 + y 2 + z 2 − 8y + 6z − 25 = 0 2. x2 + y 2 + z 2 − 8x + 4y + 2z − 4 = 0
3. x2 + y 2 + z 2 − x − y − 3z + 2 = 0 4. x2 + y 2 + z 2 − 6z + 9 = 0
5. x2 + y 2 + z 2 − 8x + 10y − 4z + 13 = 0 6. x2 + y 2 + z 2 − 6x + 2y = 4z + 19 = 0
254 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
13. Nos seguintes exercícios ache a equação da esfera satisfazendo as condições dadas:
14. Prove analiticamente que as quatro diagonais unindo vértices opostos de um para-
lelepípedo retangular se interceptam ao meio.
15. Prove analiticamente que as quatro diagonais de um cubo têm o mesmo compri-
mento.
1. ⃗u + 5⃗v , ⃗ − 5⃗x,
7w ||7w||
⃗ − ||5⃗v ||, ||7w
⃗ − 5⃗v ||| .
2. 2ū − w,
⃗ ⃗ − 2⃗x,
4⃗v + 6w ||2⃗u|| − ||w||,
⃗ ||4⃗v + 6w
⃗ − 2⃗x||.
3. Ache os escalares a e b tais que a(⃗u + ⃗v ) = b(⃗x + w).
⃗
4. Ache os escalares a, b e c tais que a⃗u + b⃗v + cw
⃗ = ⃗x.
−→
17. Para os seguintes pontos, ache os cossenos diretores do vetor ⃗u = P Q e teste a
resposta verificando que a soma dos seus quadrados é 1 (um).
21. Para os seguintes exercícios ache o cosseno do ângulo entre os dois planos dados:
1. 3x − 2y − 3z − 8 = 0 e 7x − 8y + 9z + 4 = 0
2. x − 9y + 4z − 4 = 0 e 8x − 6y + 8 = 0
3. 2x − 7y + 4z − 6 = 0 e 5x + y + 5z + 12 = 0
1. Perpendicular á reta que passa pelos pontos (5, 1, −2) e (6, 2, −3) e contendo o
ponto (2, −2, −4).
2. Paralelo ao plano x − 4y + 2z = 1 e contendo o ponto (12, 5, −2).
3. Perpendicular ao plano 2x + 7y − 3z = 8 e contendo os pontos (−1, 2, 4) e
(1, 2, −3).
4. Perpendicular a cada um dos planos 2x − 3y + 4z = 10 e 4x + 2y − 5z − 9 = 0 e
contendo o ponto (−4, 1, 2) .
5. Perpendicular ao plano-xy, contendo o ponto (−2, −1, 1) e fazendo um ângulo
com o plano 3x − 2y + 4z − 8 = 0 com mediada de arccos(1/3) radianos.
1. x2 + y 2 = 4 (em R2 e em R3 ) 2. x2 + 2y 2 = 9 (em R2 e em R3 )
3. 2x2 − y 2 = 0 (em R2 e em R3 ) 4. 2x2 − z 2 = 1 (em R2 e em R3 )
5. x2 + 2y 2 − z 2 = 4 6. x2 + 2y 2 + z 2 − 1 = 0.
7. x2 + 2x + y 2 + z 2 = 0. 8. x2 − y 2 − 4y + z 2 − 20 = 0
x2
9. x2 + y 2 − z − 5 = 0 10. z = −y 2
4
x2 x2 y 2 z 2
11. z = − y2 12. − + =1
4 4 16 9
25. Identifique e faça um esboço gráfico de cada uma das seguintes superfícies quádricas:
1. x2 + 2y 2 + z 2 = 1 2. x2 + z 2 = 9 3. x2 + y 2 + z 2 = −2z
4. x2 + y 2 = 4 − z 5. (z − 4)2 = x2 + y 2 6. y = x2
{
z = 2 − y2
7. 8. x2 + 2y 2 − z 2 = 1 9. x2 − y 2 − z 2 = 9
x>2
1. x2 + y 2 ≤ z ≤ 2 − x2 − y 2 2. x2 + y 2 ≤ 4 e x2 + y 2 ≥ (z − 6)2
3. x2 + y 2 ≤ 1 e 0 ≤ z ≤ x + y 4. 0 ≤ z ≤ 2 e x2 + y 2 − z 2 ≤ 1
27. Faça um esboço da seção transversal transversal do cilindro dado no plano indicado.
256 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
1. z = ex no plano-xz 2. x = y no plano-xy.
28. Para cada um dos seguintes exercícios, ache uma equação da superfície de revolução
gerada pela rotação da curva plana dada em torno do eixo indicado. Faça um esboço
da superfície.
Exemplo 4.13.
x2 − y 2 1 1
Seja f (x, y) = . Determine: (1.) f (3, −2), (2.) f(x, y), (3.) f ( , ).
xy x y
Solução.
32 − (−2)2 5
1. f (3, −2) = =− .
3(−2) 6
y 2 − x2
2. f (y, x) = = −f (x, y).
yx
1 1
1
x2
− y12 y 2 − x2
3. f( , ) = = = −f (x, y).
x y ·
1 1
x y
xy
Exemplo 4.14.
Um tanque para estocagem de oxigênio líquido num hospital deve ter a forma de um
cilindro circular reto de raio R e de altura h metros, com um hemisfério em cada ex-
tremidade. O volume do tanque é descrito em função da altura h e do raio R (Figura
(4.14)).
Exemplo 4.15.
Da lei gravitacional universal de Newton segue que dada uma partícula de massa m0
na origem de um sistema de coordenadas xyz, o módulo da força F exercida sobre outra
partícula de massa m situada no ponto (x, y, z) é dado por uma função de cinco variáveis
independentes:
gm0 m
F (m0 , m, x, y, z) = 2
x + y2 + z2
.
Exemplo 4.16.
Um circuito elétrico simples é constituído de quatro resistores como na Figura (4.15):
E
I(R1 , R2 , R3 , R4 , E) =
R1 + R2 + R3 + R4
Figura 4.15: Circuito elétrico.
A representação da imagem da
função f podemos denotar como y = f (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ). As variáveis x1 , x2 , x3 , · · · , xn
denominam-se “variáveis independentes”, e y é chamada de “variável dependente”.
Segundo a definição de função, temos que toda função é uma relação e nem toda
relação é função. Por se tratar de ser função uma relação em particular, os conceitos de
domínio e imagem de função são os mesmos da definição de domínio e imagem de uma
relação.
Assim, o conjunto de todos os grupos de valores das variáveis para as quais a função
é definida chama-se “domínio de definição da função”.
Exemplo 4.17.
O volume V de um cilindro é função do raio r de sua base e de sua altura h. Logo,
V = πr2 h.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 259
e imagem Im(f ) = R.
Exemplo 4.18.
y
Determine o domínio da função f : R2 −→ R definido por z = f (x, y) = arcsen .
x
Solução.
y
A função esta definida para −1 ≤ ≤ 1, x ̸= 0.
x
Consequentemente −x ≤ y ≤ x para x > 0, e x ≤ y ≤ −x para x < 0.
Da mesma forma que no caso de uma variável, as funções polinomiais de grau n, de
várias variáveis tem D(f ) = Rn e a Im(f ) depende do grau do polinômio.
Por exemplo. Se f (x, y, z) = x5 + y 3 − 3xyz 2 − x2 + x2 yz + z 5 − 1, então, Im(f ) = R.
Se g(x, y) = x2 + y 2 − 2xy, então Im(f ) = [0, +∞).
Exemplo 4.19.
{
1 se x, y ∈ Q
O gráfico da função : f (x, y) = , não e uma superfície.
0 se x, y ∈ I
Exemplo 4.20.
√
Seja f : R2 −→ R definido por f (x, y) = 9 − x2 − y 2 .
Figura 4.16:
.
(gof )(x) = g(f (x)) = g(f (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ))
D(f ◦ g) = { (x, y, z) ∈ R3 /. 0 ≤ x2 + y 2 + z 2 − 9 ≤ 1 }
D(f ◦ g) = { (x, y, z) ∈ R3 /. 9 ≤ x2 + y 2 + z 2 ≤ 10 }
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 261
Observação 4.1.
Suponhamos que esta superfície z = f (x, y) podemos cortar mediante uma família de
planos paralelos ao plano-xy (estes são da forma z = k onde k = 0, 1, 2, · · · , n) além
disso sabe-se que a curva de interseção projeta-se sobre o plano-xy.
Esta curva projeção tem como equação f (x, y) = z e, é chamada “curva de nível de f
sobre k”.
O conjunto de curvas de nível é chamado de “mapa de contorno”.
Exemplo 4.22.
Seja f : R2 −→ R função definida por f (x, y) = (x − 1)2 + (y − 1)2 .
A curva de nível desta superfície tem por equação k = (x − 1)2 + (y − 1)2 cujo gráfico
mostra-se na Figura (4.17); o gráfico da superfície mostra-se na Figura (4.18).
Exemplo 4.23.
Esboce o gráfico de z = f (x, y) = Ln(x2 + y 2 ).
Solução.
Note que o domínio D(f ) = R2 r (0, 0).
Intersecções com os eixos coordenados: (0, ±1, 0), (±1, 0, 0).
Simetrias: A equação: z = Ln(x2 + y 2 ) não se altera se substituimos x e y por −x e
−y respectivamente; logo, tem simetria em relação aos planos-yz e xz.
Fazendo z = c, temos: x2 + y 2 = ec , para todo c ∈ R. As curvas de nível são círculos
centrados na origem de raios ec/2 ; se c → ∞, o raio tende para zero e se c → ∞, o raio
cresce. A superfície tem o aspecto de um funil(Figura (4.19)) .
262 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Define-se vizinhança de centro P e raio ϵ e denota-se Vϵ (P ), a toda bola aberta B(P, ϵ).
Exemplo 4.24.
Na reta real R, temos:
Exemplo 4.25.
Seja P (a1 , a2 ) ∈ R2 , no plano R2 temos:
1. A bola aberta B(P, ϵ) ou círculo (ou disco) aberto, é o conjunto dos pontos tais que
{ (x, y) ∈ R2 /. (x − a1 )2 + (y − a2 )2 < ϵ2 }
2. A bola fechada B(P, ϵ) ou círculo (ou disco) fechado, é o conjunto dos pontos tais que
{ (x, y) ∈ R2 /. (x − a1 )2 + (y − a2 )2 ≤ ϵ2 }
3. A bola reduzida B ′ (P, ϵ) ou círculo (ou disco) reduzido é, o conjunto dos pontos tais
que
{ (x, y) ∈ R2 /. 0 < (x − a1 )2 + (y − a2 )2 < ϵ2 }
Exemplo 4.26.
Seja P (a1 , a2 , a3 ) ∈ R3 , no espaço R3 temos:
{ (x, y, z) ∈ R3 /. (x − a1 )2 + (y − a2 )2 + (z − a3 )2 < ϵ2 }
{ (x, y, z) ∈ R3 /. (x − a1 )2 + (y − a2 )2 + (z − a3 )2 < ϵ2 }
Exemplo 4.27.
Exemplo 4.28.
Exemplo 4.29.
Seja S = { (x, y) ∈ R2 /.x > 0, y > 0 }.
Temos que (0, 0) é ponto de acumulação de S; qualquer ponto deste conjunto S também
é ponto de acumulação.
Exercícios 4-2
√ √
7. f (x, y) = x2 + 4y 2 + 16 8. f (x, y) = x2 + 3y 2 − 1
√ x+y
9. f (x, y) = x2 + y 2 + 16 10. f (x, y) =
x−y
1
11. f (x, y) = √ 12. f (x, y) = arcsen(x − y)
16 + 4x2 − 4y 2
x−y−z x+y−z
1. f (x, y, z) = 2. f (x, y, z) =
x+y+z
√ x−y
3. f (x, y, z) = 16 − 4x2 − y 2 − 4z 2 4. f (x, y, z) = xz · arccos(x2 − 1)
y √
5. f (x, y, z) = 2 6. f (x, y, z) = 9 − x2 − y 2 − z 2
x −z √
y
7. f (x, y, z) = (x + y) z − 2 8. f (x, y, z) = |x|exp( )
z
10. Para cada um dos seguintes exercícios, encontre o domínio e imagem da função f e
trace um esboço do gráfico.
√
1. f (x, y) = 9x2 + y 2 2. f (x, y) = 2x + y
√
3. f (x, y) = 4y 2 − x2 4. f (x, y) = 16 − 4x2 − y 2
√
5. f (x, y) = 36 − x2 − y 2 6. (x, y) = 9 − x2 − y 2
11. Nos seguintes exercícios trace um esboço do mapa de contorno da função f mos-
trando as curvas de nível de f para os valores de k dados.
Observação 4.2.
O ponto A ∈ Rn não necessáriamente deverá estar no domínio da função, é possível
ser um ponto de acumulação do domínio que não pertence a este conjunto.
Exemplo 4.30.
Verificar que lim
x→1
x + y 2 = 5.
y→2
Solução.
Seja ϵ > 0, devemos achar δ > 0 tal que |x + y 2 − 5| < ϵ sempre que 0 < ∥(x, y) −
(1, 2)∥ < δ.
Com efeito, temos que |x + y 2 − 5| = |(x − 1) + 4(y − 2)2 |, logo
ϵ
Escolhido δ = min{1, }, temos que |x+y 2 −5| < ϵ sempre que 0 < ∥(x, y)−(1, 2)∥ < δ.
6
268 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Portanto, lim
x→1
x + y 2 = 5.
y→2
Exemplo 4.31.
xy
Seja a função f (x, y) = para todo (x, y) ̸= (0, 0). Mostre que lim f (x, y) = 0.
|x| + |y| x→0
y→0
Demonstração.
xy |x||y|
Sabe-se que − 0 < ϵ ⇒ − 0 < ϵ.
|x| + |y| |x| + |y|
√ 1 1
Por outro lado, |x| + |y| ≥ x2 + y 2 ⇒ ≤√ .
|x| + |y| x + y2
2
xy x2 + y 2 √
Logo, − 0 ≤ √ = x2 + y 2 < ϵ = δ.
|x| + |y| x2 + y 2
xy
Escolhido δ = ϵ temos que − 0 < ϵ sempre que 0 < ∥(x, y) − (0, 0)∥ < δ.
|x| + |y|
Portanto, limx→0
f (x, y) = 0.
y→0
Observação 4.3.
Se lim
x→a
f (x, y) = L, então este limite L não depende do caminho y = F (x) ou
y→b
x = G(y).
Assim, se o limite for diferente, por caminhos diferentes, o limite não existe.
Para achar um provável limite, costumamos tomar os caminhos do tipo: y = b, x = a,
y = b + m(x − a), x = a + k(y − b), y = b + m(x − a)2 , x = a + k(y − b)2 , ou, mais
geralmente, y = b + m(x − a)r ou x = a + k(y − b)s .
Propriedade 4.7.
Sejam f, g : Rn −→ R funções tais que lim f (X) e lim g(X) existem no ponto A
X→A X→A
que é ponto de acumulação de D(f ) ∩ D(g), então:
Propriedade 4.8.
Suponhamos que f : R2 −→ R seja definida em uma bola aberta de centro (x0 , y0 )
exceto possívelmente em (x0 , y0 ) e x→x
lim f (x, y) = L.
0
y→y0
Como x→x
lim f (x, y) = L então
0
y→y0
Propriedade 4.9.
Suponhamos que f : R2 −→ R tenha diferentes limites quando (x, y) se aproxima a
(x0 , y0 ) através de dois conjuntos diferentes que têm (x0 , y0 ) como ponto de acumulação.
Então x→x lim f (x, y) não existe.
0
y→y0
Demonstração.
lim f (x, y) = L1
x→x0
e lim f (x, y) = L2
x→x0
y→y0 y→y0
(x, y)∈S1 (x, y)∈S2
Absurdo!
Portanto, x→x
lim f (x, y) não existe.
0
y→y0
Exemplo 4.32.
270 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
xy
Seja f (x, y) = , ∀ (x, y) ̸= (0, 0). Determine se existe lim f (x, y).
x2 + y2 x→0
y→0
Solução.
0
Seja S1 = { (x, y) ∈ R2 /. y = 0 }, então f (x, 0) = = 0, x ̸= 0.
x2 + 02
Logo lim f (x, y) = lim f (x, 0) = lim 0 = 0.
x→x0
y→y0 x→0 x→0
(x, y)∈S1
x2
Por outro lado, seja S2 = { (x, y) ∈ R2 /. x = y }, então f (x, y) = =
x2 + x2
1
, x ̸= 0.
2
1 1
Logo lim f (x, y) = lim f (x, x) = lim = .
x→x0
y→y0 x→0 x→0 2 2
(x, y)∈S2
Exemplo 4.33.
x2 − y 2
Determine se existe o limite da função f (x, y) = quando x → 0 e y → 0.
x2 + y 2
Solução.
x2 − y 2 x2 − (kx)2 1 − k2 1 − k2
lim = lim = lim =
x→0
y→0
x2 + y 2 x→0 x2 + (kx)2 x→0 1 + k 2 1 + k2
Temos que considerar um ϵ > 0 dado e mostrar que nao conseguimos achar um δ > 0
tal que |f (x, y) − 0| < ϵ sempre que 0 <∥ (x, y) − (0, 0) ∥< δ.
δ
Para todo δ > 0, considerando os pontos (x, y) na forma y = mx onde 1 − <m<
2ε
δ δ2 δ2 δ
1+ e x2 + y 2 = . Assim, = x2 + y 2 = (1 + m2 )x2 ⇒ x = √
2ϵ 4 4 2 1 + m2
2 2 2
(1 + 3m )δ δ
Então, x2 + 3y 2 = x2 + 3m2 x2 = (1 + 3m2 )x2 = >
4(1 + m2 ) 4
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 271
Também
1 δ δ2 1 4ϵ
|x − y| = |x − mx| = |1 − m||x| < · √ < ⇒ > 2
2ϵ 2 1 + m2 4ϵ |x − y| δ
|x2 + 3y 2 | δ 2 4ϵ
Assim, |f (x, y) − 0| = > · > ϵ.
|x − y| 4 δ2
Exemplo 4.35.
Consideremos a função T (x, y) que mostra a temperatura T de cada ponto (x, y)
de uma chapa circular (exceto as bordas, que e constituida de outro material) de raio
unitário, localizada no centro do plano-x0y, T (x, y) = x2 + y 2 − 2x + 5y − 10, com
domínio D(T ) = { (x, y) / x2 + y 2 < 1 }.
Exemplo 4.36.
Determine se os limites reiterados entorno do ponto (0, 0) existem para a função
xsen 1 + ysen 1 se (x, y) ̸= (0, 0)
f (x, y) = y x
0 se (x, y) = (0, 0)
Solução.
Portanto, os limites reiterados lim lim f (x, y) e lim lim f (x, y) não existem.
x→0 y→0 y→0 x→0
Exemplo 4.37.
xy
Seja a função f (x, y) = , determine se existem os limites reiterados entorno
x2 + y2
do ponto (0, 0).
Solução.
Porém, lim
x→0
f (x, y) não existe.
y→0
Propriedade 4.10.
Suponhamos f : A ⊆ Rn −→ R, o retângulo R = {(x0 , y0 )/. |x−x0 | < δ1 , |y−y0 | <
δ2 } inscrito em A, onde (x0 , y0 ) é ponto de acumulação de A.
Se o limite de f no ponto (x0 , y0 ) existe através do conjunto A, e para qualquer
y ∈ (y0 − δ2 , y0 + δ2 ) o limite lim f (x, y) = g(y), existe então
x→x0
Exemplo 4.38.
A função f (x, y) = x · sen y1 , y ̸= 0. Esta função esta definida em todo o plano,
exceto no eixo-x.
Denotemos o domínio f por de por A = R2 r {y = 0}.
Evidentemente existem os limites
logo, pela Propriedade (4.10), existe também o limite lim lim f (x, y) = 0.
y→0 x→0
4.9 Continuidade
Definição 4.25.
Seja f : S ⊂ Rn −→ R uma função definida em S, e A(a1 , a2 , a3 , · · · , an ) ∈ S.
Dizemos que f é contínua no ponto A se satisfaz as três condições:
1. f (A) existe;
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 273
Exemplo 4.39.
Seja f (x, y) = xy e o ponto A(2, 3) no domínio D(f ).
Temos que f (2, 3) = (2)(3) = 6 existe. Por outro lado, lim
x→2
f (x, y) = 6.
y→3
Exemplo 4.40.
xy 3
se, (x, y) ̸= (0, 0)
Seja a função f (x, y) = x2 + y 6
0 se, (x, y) = (0, 0)
Determine se f é contínua em (0, 0).
Solução.
Observe que:
1 1
Considerando S2 = {(x, y) ∈ R2 /. y 3 = x}, então f (x, y) = e lim f (x, y) = .
2 x→0
y→0
2
(x, 0)∈S2
Portanto a função f (x, y) não é contínua em (0, 0), o limite não existe.
Exemplo 4.41.
3x y − y se,
2
(x, y) ̸= (0, 0)
Determine a continuidade da função f (x, y) = x2 + y 2
0 se, (x, y) = (0, 0)
em (0, 0).
Solução.
3x2 y − y 3ky 2 − y 1
lim = lim = −
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 y→0 ky + y 2 k
ky=x2
Não existe limite em (0, 0), logo a função não é contínua em (0, 0).
274 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Propriedade 4.11.
Sejam f, g : S ⊆ Rn −→ R funções definidas em S, então:
Propriedade 4.12.
Sejam F, G, H : Rn −→ R e f, g : R −→ R funções cada uma delas contínuas
em seu domínio de definição, então as seguintes funções compostas são contínuas em seu
respectivo domínio.
F o(G, H), F o(f, g), f oF
Exemplo 4.42.
sen (xy) se, (x, y) ̸= (0, 0)
Seja f (x, y) = xy
1 se, x = 0 ou y = 0
Mostre que f é contínua em R2 .
Solução.
{ sen u
se, u ̸= 0
Observe que f (x, y) = (goF )(x, y), onde F (x, y) = xy e g(u) = u
1 se, u = 0
Como F é contínua em (0, 0) e g é contínua em 0, então F ◦ g é contínua em (0, 0).
Exemplo 4.43.
1 − cos(x − y) se, x ̸= y
Seja f (x, y) = x−y
0 se, x = y
Verificar que f é contínua em R .
2
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 275
Observeque temos a função composta f (x, y) = (goF )(x, y), onde F (x, y) = x − y
1 − cos u se, u ̸= 0
e g(u) = u
0 se, u = 0
Como F é contínua em todo R2 e g é contínua em R, então F ◦ g é contínua em R2 .
Definição 4.26.
Dizemos que uma função é contínua num conjunto S ⊆ Rn , se ela é contínua em todos
os pontos X ∈ S.
Observação 4.4.
Exemplo 4.44.
Exemplo 4.45.
7 + 8xyz
Determine os pontos de descontinuidade da função f (x, y, z) = .
4x − 5y + 3z − 9
Solução.
A função não está definida para os valores (x, y, z) onde o denominador seja zero; isto
é quando 4x − 5y + 3z − 9 = 0.
Motivo pelo qual, a função tem como descontinuidade os pontos do plano 4x − 5y +
3z − 9 = 0.
O espaço de funções contínuas é denotado C 0 , logo
C 0 = { f : A ⊆ Rn −→ Rm /. f contínua em A }
276 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Uma função contínua pode ser formalmente definido como uma função f : A ⊆ Rn −→
B ⊆ Rm onde a imagem de cada conjunto aberto em A é aberto em B.
Muitas vezes, para mostrar continuidade (ou a falta dela), utiliza-se a caracterização
de continuidade através de sucessões:
Exemplo 4.46.
Seja f : Rn −→ Rm , g : Rm −→ Rp , f e g contínuas. Mostremos que g ◦ f é
contínua.
Seja x0 ∈ Rn e {xk } ⊂ Rn uma sucessão convergente para x0 . Definindo yk = f (xk )
obtemos uma sucessão {yk } ⊂ Rm que converge para y0 = f (x0 ), uma vez que f é contínua.
A sucessão {zk } ⊂ Rp , definida por zk = g(yk ), converge para z0 = g(y0 ), uma vez que g
é contínua.
Resta observar que zk = g ◦ f (xk ) → z0 = g ◦ f (x0 ), pelo que g ◦ f é contínua.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 277
Exercícios 4-3
1. lim
x→3
(3x + 4y) = 17 2. lim
x→2
(5x + 3y) = 22 3. lim
x→2
(x2 − 2xy + y 2 ) = 4
y→2 y→4 y→4
4. lim
x→3
2
(2x + y ) = 22 2
5. lim
x→1
(x − y ) = 0
2 2
6. lim
x→3
(x2 − y 2 + 4x + 2y) = 18
y→2 y→1 y→−1
sen (x3 + y 3 ) x2 y 2 + 1 − 1 x2 + y 2
10. lim 11. lim 12. lim √
x→0
y→0
x2 + y 2 x→0
y→0
x2 + y 2 x→0
y→0 x2 + y 2 + 1 − 1
(y 2 − x)3 + x2 y
3. Seja f (x, y) = . Verificar que lim f (x, y) = 0.
(y 2 − x)2 + | x |5 x→0
y→0
{
| x |y , se x ̸= 0
4. Seja f (x, y) = . Verificar que o limite lim f (x, y) não existe.
1, se x = 0 x→0
y→0
7. Para os seguintes exercícios, verifique que, para a função f dada, o limite lim
x→0
f (x, y)
y→0
não existe.
5x2 − y 2 x2
1. f (x, y) = 2. f (x, y) =
x2 + 5y 2 x2 − y 2
xy 9 x2 y 2
3. f (x, y) = 2 4. f (x, y) = 2
(x + y 6 )2 (x + y 4 )3
x2 y 4 x3 y + x2 y 2 + 2xy 3
5. f (x, y) = 7 6. f (x, y) =
x + y7 (x2 + y 2 )2
y→3 [ ] y→4
ex + ey
3. lim lim [4x2 y + xyz 2 + 12x2 z 3 ]
4. x→−2
x→0 cos x + sen y y→3
[ 2 2 2 2] z→4 [ ]
y→0
y→0 y→0
z→0
3 3 2
x + 3y xy x2 + x2 y
1. f (x, y) = 2. f (x, y) = √ 3. f (x, y) = √
3x2 + y 2 x2 + y 2 x2 + y 2
xy 7 x6 y 2 x4 y 2
4. f (x, y) = 4 5. f (x, y) = 2 6. f (x, y) = 3
x + y4 x − y2 x + y3
x2 + y 3x2 y + 2xy 2
7. f (x, y) = 8. f (x, y) =
x + y2 x+y
xy 2
1. f (x, y) = se (x, y) ̸= (0, 0); f (0, 0) = 0
x3 + y 3
x2 y
2. f (x, y) = √ se (x, y) ̸= (0, 0); f (0, 0) = 0
x2 + y 2
sen (x2 + y 2 )
3. f (x, y) = se (x, y) ̸= (0, 0); f (0, 0) = 1
x2 + y 2
y(x2 − y 2
4. f (x, y) = se (x, y) ̸= (0, 0); f (0, 0) = 0
x2 + y 2
1 1
1. f (x, y, z) = 2. f (x, y, z) = 2 2
xyz x y z2
+ + −1
a2 b2 c2
1 1
3. f (x, y, z) = 4. f (x, y, z) = 2
x2 + y 2 − z 2 x + y2 − z2 + 1
1
5. f (x, y, z) = 2 6. f (x, y, z) =
x + y − z2 − 1
2
1 1
1. z = 2. z = 3. z = Ln(1 − x2 − y 2 )
(x − 1)2
+ (y + 1) 2 sen x · sen y
1 x2 + y 2 1
4. z = 5. z = 6. z =
sen 2 πx + sen 2 πy (x + y)(y 2 − x) (x2 + y 2 − 1)(x2 − y 2 − 1)
14. Um cone truncado de altura h = 30cm tem como raios: R = 20cm e r = 10cm.
Como varia aproximadamente o volume do cone, se R aumenta em 2mm, r em 3mm
e h diminue em 1mm.
16. Seja x ∈ Rn . Uma função f (x) e dita homogenea de grau n ∈ Z se para todo t >
0, f (tx) = tn f (x). Verifique que as seguintes funções sao homogêneas e determine o
grau
2
1. f (x, y) = 3x2 + 5xy + y 2 2. f (x, y) =
√ x2
+ y2
y x y
3. f (x, y) = x2 + y 2 sen , x ̸= 0 4. f (x, y, z) = 3 + 3 + z
x3
x y z
1
5. f (x, y, z) = 6. f (x, y, z) = x2 e−y/z
x+y+z
17. Seja f : Rn −→ Rm . Prove que f é contínua se, e somente se, para todo o aberto
A ⊂ Rm se tem f −1 (A) ⊂ Rn aberto, onde o conjunto f −1 (A) é definido como sendo:
f −1 (A) = {x ∈ Rn /. f (x) ∈ A}
x+y
18. Mostre que a função u = para x → 0, y → 0, pode se aproximar a qualquer
x−y
limite (dependendo como se aproximem a zero x e y). Dar exemplos que mostrem
as variações de x e y para que: 1. lim u = 1, 2. lim u = 2
Capítulo 5
DERIVADAS
281
282 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Definição 5.2.
Seja f : Rn −→ R uma função. O incremento de f no ponto P (x̄1 , x̄2 , x̄3 , · · · , x̄n ) ∈
D(f ), é definido por
∆f (P ) = f (x̄1 + ∆x1 , x̄2 + ∆x2 , x̄3 + ∆x3 , · · · , x̄n + ∆xn ) − f (x̄1 , x̄2 , x̄3 , · · · , x̄n )
Exemplo 5.1.
Sejam f (x, y) = 3x2 +2xy−y 2 , ∆x = 0, 03, ∆y = −0, 02. Determine o incremento
de f no ponto P (1, 4).
Solução.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 283
Observe que ∆f (1, 4) = f (1 + 0, 03, 4 − 0, 02) − f (1, 4) = f (1, 03; 3, 98) − f (1, 4)
Exemplo 5.2.
Sejam f (x, y, z) = xy + Ln(yz), ∆x = 0, 02; ∆y = 0, 04; ∆z = 0, 03. Determine
o incremento de f no ponto P (4, 1, 5).
Solução.
Com estas idéias, podemos supor para qualquer função f : R2 −→ R, que o incremento
da função f (x, y) em relação a x é:
△f = f (x + △x, y) − f (x, y)
△f f (x + △x, y) − f (x, y)
=
△x △x
∂f f (x + h, y) − f (x, y)
(x, y) = D1 f (x, y) = lim
∂x h→0 h
∂f f (x, y + k) − f (x, y)
(x, y) = D2 f (x, y) = lim
∂y h→0 k
Observação 5.1.
Quando desejamos definir a primeira derivada parcial de f em um ponto (x0 , y0 ) em
particular, substituímos na Definição (5.3) a variável (x, y) por (x0 , y0 ) para obter:
∂f f (x0 + h, y0 ) − f (x0 , y0 )
(x0 , y0 ) = D1 f (x0 , y0 ) = lim
∂x h→0 h
∂f f (x0 , y0 + k) − f (x0 , y0 )
(x0 , y0 ) = D2 f (x0 , y0 ) = lim
∂y k→0 k
∂f
O valor de (x0 , y0 ) é o coeficiente angular da reta tangente á curva z = f (x, y0 )
∂x
em (x0 , y0 ), f (x0 , y0 )) no plano y = y0 .
∂f ∂f
Em R3 essa reta tem vetor diretor (1, 0, (x0 , y0 )). O valor de (x0 , y0 ) é também
∂x ∂x
a taxa de variação de f no ponto (x0 , y0 ) na direção do eixo-x.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 285
∂f
De modo análogo, o valor de (x0 , y0 ) é o coeficiente angular da reta tangente a
∂y
curva z = f (x0 , y) em (x0 , y0 ), f (x0 , y0 )) no plano x = x0 .
∂f ∂f
Em R3 essa reta tem vetor diretor (0, 1, (x0 , y0 )). O valor de (x0 , y0 ) é também
∂y ∂y
a taxa de variação de f no ponto (x0 , y0 ) na direção do eixo-y.
Na maioria casos, as derivadas parciais calculam-se recorrendo as regras de deriva-
ção conhecidas para funções de uma variável, considerando a outra variável como uma
constante.
∂f ∂ ∂u ∂f
• = (u · v) = ·v+u· = 2xsen x + (x2 + y 3 ) cos x
∂x ∂x ∂x ∂x
∂f ∂ ∂u ∂f
• = (u · v) = ·v+u· = 3y 2 sen x
∂y ∂y ∂y ∂y
Exemplo 5.4.
Achar as primeiras derivadas parciais da função f definida por: f (x, y) = x3 − 3x2 y +
y 2 + 2x − 9.
Solução.
∂f
• D1 f (x y) = (x y) = 3x2 − 6xy + 2
∂x
∂f
• D2 f (x y) = (x y) = −3x2 + 2y
∂y
Exemplo 5.5.
y
Determine as derivadas parciais da função f (x, y) = arctan .
x
Solução.
286 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∂f 1 [ y] y
(x, y) = [ y ]2 · − 2 = − 2
∂x x x + y2
1+
x
Exemplo 5.6.
Determine o coeficiente de inclinação1 da superfície descrita por f (x, y) = x2 +
2
y 3 1 1
− no ponto ( , − , 0) nas direções do eixo-x e eixo-y.
2 16 4 2
Solução.
∂f ∂f 1 1 1
(x, y) = 2x ⇒ ( , − )=
∂x ∂x 4 2 2
∂f ∂f 1 1 1
(x, y) = y ⇒ ( , − )=−
∂y ∂x 4 2 2
Exemplo 5.7.
Calcular a inclinação α da reta tangente a interseção da superfície z = 4x2 y − xy 3 ,
com o plano y = 2 no ponto (3, 2, 48).
Solução.
∂z ∂ ∂
= (4x2 y) − (xy 3 ) = 8xy − y 2 .
∂x ∂x ∂x
No ponto x = 3 e y = 2 , temos
∂f
tan α = (3, 2) = 40 ⇒ α = arctan(40)
∂x
Exemplo 5.8.
1
Coeficiente de inclinação. Pendente de uma reta. Declividade. Coeficiente angular de uma reta.
Todas estas frases são sinônimos e representam a mesma idéia.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 287
3x y − y
2
se, (x, y) ̸= (0, 0)
Seja f (x, y) = x2 + y 2 .
0 se, (x, y) = (0, 0)
Determine as derivadas parciais da função no ponto (0, 0).
Solução.
Esta função não pode ser definida em (0, 0) e em pontos próximos de (0, 0) por uma
única expressão, logo para as derivadas parciais segue
(6xy)(x2 + y 2 ) − (3x2 y − y)(2x)
∂f se, (x, y) ̸= (0, 0)
(x, y) = (x2 + y 2 )2
∂x lim f (h, 0) − f (0, 0)
se, (x, y) = (0, 0)
h→0 h
3
∂f 6xy + 2xy se, (x, y) ̸= (0, 0)
(x, y) = (x2 + y 2 )2
∂x
0 se, (x, y) = (0, 0)
Análogamente
(3x2 − 1)(x2 + y 2 ) − (3x2 y − y)(2y)
∂f se, (x, y) ̸= (0, 0)
(x, y) = (x2 + y 2 )2
∂y lim f (0, h) − f (0, 0)
se, (x, y) = (0, 0)
h→0 h
3x4 − 3x2 y 2 − x2 + y 2
∂f se, (x, y) ̸= (0, 0)
(x, y) = (x2 + y 2 )2
∂y
∞ se, (x, y) = (0, 0)
∂f ∂f
Observe-se os domínios D( ) = D(f ) = R2 , D( ) = R2 r { (0, 0) }.
∂x ∂y
∂f ∂f
É evidente que e não se definem em pontos do domínio de f , isto é, os domínios
∂x ∂y
∂f ∂f
de e estão contidos no domínio de f .
∂x ∂y
∂f ∂f
Pelo fato serem e funções de duas variáveis podemos geralmente derivá-las
∂x ∂y
parcialmente obtendo as derivadas parciais de segunda ordem para f e assim sucessiva-
mente.
Definição 5.4.
Seja f : S ⊂ Rn −→ R uma função definida no conjunto aberto S. A primeira derivada
parcial de f em relação a i-ésima coordenada de X = (x1 , x2 , x3 , · · · , xi , · · · , xn ) é a
função denotada por:
∂f f (x1 , x2 , x3 , . . . , xi + h, . . . , xn ) − f (x1 , x2 , x3 , . . . , xi , . . . xn )
(X) = Di f (X) = lim
∂xi h→0 h
288 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 5.9.
Determine as primeiras derivadas parciais da função f (x, y, z) = Ln(x2 + y 2 + z 2 ).
Solução.
∂f 2x
D1 f (x, y, z) = (x, y, z) = 2
∂x x + y2 + z2
∂f 2y
D2 f (x, y, z) = (x, y, z) = 2
∂y x + y2 + z2
∂f 2z
D3 f (x, y, z) = (x, y, z) = 2
∂z x + y2 + z2
∂f
As derivadas parciais calculam-se segundo as regras e fórmulas de derivação co-
∂xi
nhecidas para funções de uma variável (consideram-se todas as variáveis, a exceção de xi ,
como grandezas constantes)
Exemplo 5.10.
x4
1. f (x, y) = 2x3 ex/y − é homogênea de grau 3.
x + 3y
√
ax2 + bxy + cy 2
2. f (x, y) = é homogênea de grau 0.
dx + ay
x y
3. f (x, y, ) = sen + ez/x − cos é homogênea de grau 0.
y z
4. f (x, y) = axα y 1−α é homogênea de grau 1.
Observação 5.2.
Seja z = f (x, y) uma função homogênea de grau 1. Suponhamos que o ponto P0 (x0 , y0 , z0 ) ∈
R está no gráfico desta função. Logo podemos escrever P0 (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) pois z =
3
f (x0 , y0 ).
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 289
Demonstração.
Como z = f (x, y) uma função homogênea de grau m podemos escrever z = f (x · 1, x ·
y y
) = xm · f (1, ).
x x
y y
Considere ϕ( ) = f (1, ).
x x
Para a outro caso é análogo.
2. Seja z = f (x, y) uma função homogênea de grau m, então qualquer de suas derivadas
parciais de primeira ordem é uma função homogênea de grau m − 1.
Demonstração.
y
Pela primeira propriedade temos que z = xm ϕ( ). Derivando usando as regras do
x
produto e da cadeia obtemos
∂f (x, y) y y y [ y y ]
= mxm−1 ϕ( ) + xm ϕ′ ( )(− 2 ) = xm−1 mϕ( ) − x−1 yϕ′ ( )
∂x x x x x x
y y
Ao substituir (x, y) por (λx, λy) as funções ϕ( ) e ϕ′ ( ) não serão alteradas
x x
∂z ∂z
3. Seja z = f (x, y) uma função homogênea de grau m, então: x +y = mz.
∂x ∂y
Demonstração.
y
Desde que que z = xm ϕ( ) então
x
∂z [ y y ] ∂z y
= xm−1 mϕ( ) − (x)−1 yϕ′ ( ) e = xm−1 ϕ′ ( )
∂x x x ∂x x
290 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∂ 2z ∂ 2z 2
2 ∂ z
x2 · + 2xy · + y · = m(m − 1)z
∂x2 ∂x∂y ∂y 2
Demonstração.
A propriedade anterior estabelece igualdade de funções, logo as derivadas parciais
destas funções serão iguais.
∂ ( ∂z ∂z ) ∂ ∂ ( ∂z ∂z ) ∂
x +y = (mz) e x +y = (mz)
∂x ∂x ∂y ∂x ∂y ∂x ∂y ∂y
de onde
∂ 2z ∂z ∂2z ∂z ∂ 2z ∂ 2 z ∂z ∂z
x 2
+ + y =m e x +y 2 + =m
∂x ∂x ∂x∂y ∂x ∂y∂x ∂y ∂y ∂y
∂f ∂f ∂f
x1 · (X) + x2 · (X) + · · · + xn · (X) = m · f (X)
∂x1 ∂x2 ∂xn
Exemplo 5.11.
Determine se f (x, y) = Ax2 + 2Bxy + Cy 2 satisfaz o Teorema de Euler.
Solução.
Seja t ∈ R, temos que f (tx, ty) = A(tx)2 + 2Btxty + C(ty)2 = t2 f (x, y), logo f (x, y)
é homogênea de grau m = 2.
∂f ∂f
Observe que (x, y) = 2Ax + 2By e (x, y) = 2Bx + 2Cy, de onde
∂x ∂y
∂f ∂f
x· (x, y) + y · (x, y) = 2f (x, y)
∂x ∂y
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 291
∂fi
i = 1, 2, 3, . . . , m, j = 1, 2, 3, . . . , n
∂xj
Exemplo 5.12.
2
Carl Gustav Jacob Jacobi (1804 − 1851) foi um alemão matemático, amplamente considerado como
o professor mais inspirador do seu tempo e é considerado um dos maiores matemáticos de sua geração.
292 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Como as derivadas parciais de f são todas funções contínuas, f é uma função de classe
C (R2 ) e portanto diferenciável em todos os pontos de R2 .
1
Exemplo 5.13. ( )
2x 2y
A matriz jacobiana de f (x, y) = (x2 + y 2 , xy) é Jf (x; y) =
x y
O Jacobiano é Jf (x; y) = 2(x2 + y 2 ).
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 293
Exercícios 5-1
1. Determine as primeiras derivadas parciais para cada uma das seguintes funções:
√
x2 − y 2
1. z = x2 sen 2 y 2. f (x, y) = arctan(xy) 3. f (x, y) = arctan
x2 + y 2
2
√
4. f (x, y) = xy 5. z = sen 2 (Lnxy) 6. w = x2 + y 2 + z 2
x−1
7. z = Ln 8. w = ex/y + ez/y 9. f (x, y) = arcsen(x + y)
y−1
2 +y 2 +z 2 y xyz
10. w = xx 11. f (x, y) = arctan( ) 12. w =
x x2 + y2 + z2
2 +y 2 x
13. z = xyex 14. z = cos3 (ey − ex ) 15. f (x, y) = arcsen( )
1+y
√ ∫y √
2 2
16. z = e x +y 17. z = esen t dt 18. w = (x2 + y 2 )Ln x2 + y 2 + z 2
x
x ∂f ∂f ∂f
2. Seja f (x, y, z) = , verifique a igualdade x· +y· +z · = −f .
x2 + y 2 + z 2 ∂x ∂y ∂z
∂w ∂w ∂z
3. Determine se a função w = xz 2 +yx2 +zy 2 verifica que: + + = (x+y+z)2 .
∂x ∂y ∂x
√ √ ∂z ∂z
4. Seja z = 1 + x2 + 1 + y 2 . Determine (0, 0) e (0, 0).
∂x ∂y
√ ∂f ∂f
5. Seja f (x, y) = Ln x2 + y 2 , mostre que x
+y = 1.
∂x ∂y
u v
x x
6. Para cada uma das funções, calcule o determinante .
uy vy
∫y ∫y
1. u= cos t2 dt v= sen t2 dt
x x
2. u = x · cosh y v = x · senhy.
x+y ∂w ∂w ∂w
7. Dada a função w = sen ( ), verificar que: x +y +z = 0.
z ∂x ∂y ∂z
xy ∂f ∂f
8. Dada a função f (x, y) = , verificar que: x +y = f (x, y).
x+y ∂x ∂y
z ∂w ∂w ∂w
9. Dada a função w = , verificar que: x +y +z + w = 0.
xy + yz + xz ∂x ∂y ∂z
10. A área A de um retângulo de base b e altura h, podemos expressar na forma A(b, h) =
∂A ∂A
b · h. Determine e e dar uma interpretação geométrica para cada resultado.
∂b ∂h
294 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
ayx2 + bxy 2
1. f (x, y) = ax2 + by 2 2. f (x, y) =
x+y
√ x2 + y 2
3. f (x, y) = 3
x4 − 6y 4 4. f (x, y) = Ln[ 2 ]
x − y2
√ √ √ x − y − 3z
5. f (x, y, z) = 5 5 x 5 y 3 5 z 6. f (x, y, z) =
z 2 + xy
17. Verificar que z = a1 xα1 y 1−α1 + a2 xα2 y 1−α2 e z = (a1 x + b1 y)α (a2 x + b2 y)1−α são
funções homogêneas, logo, verifique o Teorema de Euler em cada caso.
18. Mostre que o tetraedro limitado pelos planos coordenados e cada plano tangente á
superfície xyz = a2 é de volume constante.
∂ 2z
19. Para que valor da constante α, a função z = x3 + αxy 2 satisfaz e igualdade +
∂x2
∂ 2z
= 0.
∂y 2
1 ∂ 2z 2
2∂ z
20. Seja z = 2 . Provar que =α .
y − α 2 x2 ∂x2 ∂y 2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 295
∂f f (x0 + h, y0 ) − f (x0 , y0 )
(x0 , y0 ) = lim
∂x h→0 h
∂f
Na definição de derivada parcial (x0 , y0 ), mantém-se y = y0 constante.
∂x
Porém, y = y0 é um plano paralelo a plano-xz que passa pelo ponto Q(x0 , y0 , 0) ∈ S
e intercepta a superfície z = f (x, y) na curva que passa por P0 (x0 , y0 , z0 ) ∈ Gf , como
podemos observar na Figura (5.4).
Figura 5.1:
∂f f (x0 + h, y0 ) − f (x0 , y0 )
(x0 , y0 ) = lim
∂x h→0 h
(x − x0 ) z − z0
= ; y = y0 .
1 ∂f
(x0 , y0 )
∂x
∂f f (x0 , y0 + k) − f (x0 , y0 )
(x0 , y0 ) = lim
∂y k→0 k
(y − y0 ) z − z0
= , x = x0 .
1 ∂f
(x0 , y0 )
∂x
Definição 5.9.
O plano tangente a superfície z = f (x, y) no ponto P (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) determinado
pelas retas Lt e L′t com vetor normal ⃗n é dado por
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
(x − x0 ) + (y − y0 ) − (z − z0 ) = 0
∂x ∂y
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 297
Exemplo 5.14.
√
Determine a equação do plano tangente a superfície z = 1 − x2 − y 2 no ponto
√
(a, , b, c), onde c = 1 − a2 − b2 .
Solução.
A superfície z = f (x, y) é a parte superior da esfera x2 + y 2 + z 2 = 1 onde z ≥ 0.
Temos
∂f (x, y) ∂z −x
= =√
∂x ∂x 1 − x2 − y 2
∂f (x, y) ∂z −y
= =√
∂y ∂y 1 − x2 − y 2
∂f (a, b) ∂z −a a
no ponto (a, b, c) temos = =√ =−
∂x ∂x 1−a −b
2 2 c
∂f (a, b) ∂z −b b
= =√ =− .
∂y ∂y 1−a −b
2 2 c
∂f
= y(1 − 2x − y) = 0 (5.1)
∂x
∂f
= x(1 − 2x − y) = 0 (5.2)
∂y
1 1
x = 0, y = 0; x= , y= ; x = 0, y = 1 e x = 1, y = 0
3 3
1 1 1
Portanto, nos pontos (0, 0, 0, ), ( , , ), (1, 0, 0) e (0, 1, 0) o plano tangente é
3 3 27
paralelo ao plano-xy.
funções de várias variáveis. As derivadas de ordem mais alta são denotadas de acordo
com a sequência em que as derivadas são calculadas.
Se uma função de várias variáveis tem primeiras derivadas com relação a cada uma de
suas coordenadas em todos os pontos de S, estas derivadas parciais podem ser consideradas
como novas funções. Assim podemos pensar na seguinte questão:
Será que estas novas funções admitem derivadas parciais com relação
a cada uma de suas coordenadas?
Por exemplo temos a função derivável z = f (x, y).
∂ ( ∂f ) ∂ 2f
1. A segunda derivada de f em relação a x é: = = Dxx f (x, y).
∂x ∂x ∂x2
∂ ( ∂f ) ∂ 2f
2. A segunda derivada de f em relação a x é: = = Dyy f (x, y).
∂y ∂y ∂y 2
3. A segunda derivada de f primeiro em relação a x e, depois, em relação a y é:
∂ ( ∂f ) ∂2f
= = Dxy f (x, y)
∂y ∂x ∂y∂x
∂ ( ∂f ) ∂ 2f
= = Dyx f (x, y)
∂x ∂y ∂x∂y
Estas duas últimas derivadas descritas são chamadas de derivadas parciais mistas.
Definição 5.10.
Seja f : S ⊂ Rn −→ R uma função definida no conjunto S, a derivada parcial se f
com relação da i-ésima (i = 1, 2, 3, ·, n) componente é:
∂f f (x1 , x2 , . . . , xi + h, . . . , xn ) − f (x1 , x2 , . . . , xi , . . . , xn )
= lim
∂xi h→0 h
∂f
As derivadas parciais da função , são chamadas de “derivadas parciais de segunda
∂xi
ordem de f ” e são denotadas por:
∂ ( ∂f ) ∂ 2f
ou ou Dji f (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ) i, j = 1, 2, 3, ·, n
∂xj ∂xi ∂xj ∂xi
∂ 2f
As derivadas parciais da função , são chamadas de “derivadas parciais de ter-
∂xj ∂xi
ceira ordem de f ” e são denotadas por:
[ ]
∂ ∂ ( ∂f ) ∂ 3f
ou ou Dkji f (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ) i, j = 1, 2, 3, ·, n
∂xk ∂xj ∂xi ∂xk ∂xj ∂xi
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 299
Assim podemos continuar a definir derivadas parciais para f de ordem superior, desde
que elas existam, e as chamaremos “ derivada parcial de n-ésima ordem de f ”, desde que
elas existam.
Propriedade 5.2.
∂2f ∂ 2f
Seja f : S ⊂ R2 −→ R uma função para a qual e são contínuas em
∂xj ∂xi ∂xi ∂xj
∂ 2f ∂ 2f
algum conjunto aberto de S ⊂ R, então = para todo i, j = 1, 2, 3, . . . , n.
∂xj ∂xi ∂xi ∂xj
A demonstração é exercício para o leitor.
Exemplo 5.16.
∂ 3f
Determine para a função f (x, y) = x2 + sen (xy).
∂x∂y 2
Solução.
∂f ∂ 2f
Temos f (x, y) = x2 + sen (xy), então = 2x + y cos(xy), logo = 2 − y 2 sen (xy).
∂x ∂x2
∂3f
Portanto, = −2ysen (xy) − xy 2 cos(xy).
∂y∂x2
A pergunta natural é: Será que as derivadas parciais calculadas em distintas ordens
são iguais? Isto é:
∂ 4f ∂ 4f
e
∂x∂y 2 ∂x ∂y 2 ∂x2
Em geral a resposta a esta pergunta é negativa. No obstante tem lugar a seguinte
propriedade para funções de duas variáveis.
Propriedade 5.3.
Seja f : S ⊂ R2 −→ R uma função para a qual está definida junto com suas derivadas
∂f ∂f ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
parciais , , e de modo que e sejam contínuas em
∂x ∂y ∂y∂x ∂x∂y ∂y∂x ∂x∂y
∂2f ∂ 2f
algum conjunto aberto de S ⊂ R, então = .
∂y∂x ∂x∂y
Demonstração.
∂f
Seja g(x, y) = (x, y), ∀ (x, y) ∈ S. Dado uma constante a ∈ R de modo que
∂y
(x, a) ∈ S, então:
∫y
f (x, y) = f (x, a) + f (x, y) − f (x, a) = f (x, a) + g(x, t)dt
a
∫y
∂f ∂f ∂g
(x, y) = (x, a) + (x, t)dt
∂x ∂x ∂x
a
300 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Observação 5.3.
∂ 2f ∂ 2f
2. A igualdade = pode ser falsa se as derivadas parciais não forem contínuas.
∂y∂x ∂x∂y
3. Esta propriedade podemos estender com facilidade por indução a quaisquer das deri-
vadas parciais mistas contínuas que se diferenciam umas das outras só pela ordem
da diferenciabilidade.
Exemplo 5.17.
x3 y
Seja f (x, y) = 2 2
se x2 + y 2 ̸= 0 e f (x, y) = 0 se x2 + y 2 = 0. Determine as
x +y
derivadas parciais de segunda ordem.
Solução.
Para o caso x2 + y 2 ̸= 0.
∂f x4 + 3x2 y 2 ∂f x5 − x3 y 2
D1 f (x, y) = = 2 e D2 f (x, y) = = 2 .
∂x (x + y 2 )2 ∂y (x + y 2 )2
Quando x2 + y 2 = 0.
Por definição
∂ 2f D2 f (h, 0) − D2 f (0, 0) h
(0, 0) = lim = lim = 1
∂x∂y h→0 h h→0 h
∂ 2f ∂ 2f
Isto é, (0, 0) ̸= (0, 0). Isto pelo fato ser as derivadas descontínuas em
∂x∂y ∂y∂x
(0, 0).
∂2f ∂ 2f
Observemos que as derivadas parciais e são descontínuas em (0, 0).
∂x∂y ∂y∂x
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 301
∂ 2f x6 + 6x4 y 2 − 3x2 y 4
Temos que = para x2 + y 2 ̸= 0 de onde
∂y∂x (x2 + y 2 )3
∂ 2 f (x, y) 1 ∂2f
lim = ̸= (0, 0) = 0
x→0
x=y
∂y∂x 2 ∂y∂x
Exemplo 5.18.
Seja z = sen (x2 + y 2 ). Determine as derivadas parciais de segunda ordem.
Solução.
∂z ∂z
Observemos que = 2x cos(x2 + y 2 ), = 2y cos(x2 + y 2 )
∂x ∂y
∂ 2z
1. = 2 cos(x2 + y 2 ) − 4x2 sen (x2 + y 2 )
∂x2
∂ 2z
2. = 2 cos(x2 + y 2 ) − 4y 2 sen (x2 + y 2 )
∂y 2
∂ 2z ∂ 2z
3. = −4xysen (x2 + y 2 ) =
∂y∂x ∂x∂y
Exemplo 5.19.
x
O potencial elétrico no ponto (x, y, z) é dado por: V (x, y, z) = √ , onde
x2
+ y2 + z2
V é dado em volts e x, y e z em cm. Determine a taxa de variação instantânea de V em
relação a distância em (1, 2, 3) na direção do: (a) eixo-x; (b) eixo-y; (c) eixo-z.
Solução.
302 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∂V x
1. Devemos calcular (1, 2, 3). Seja g(x) = f (x, 2, 3) = √ ; então
∂x x2 + 13
∂V 13
(x, 2, 3) = g ′ (x) = √
∂x (x + 13)3
∂V 13
logo; (1, 2, 3) = √ volts/cm.
∂x 14 14
∂V 1
2. Devemos calcular (1, 2, 3). Seja h(y) = h(1, y, 3) = √ ; então
∂y y 2 + 10
∂V y
(1, y, 3) = h′ (y) = √
∂y (y 2 + 10)3
∂V 1
logo; (1, 2, 3) = − √ volts/cm.
∂y 7 14
∂V 1
3. Devemos calcular (1, 2, 3). Seja k(z) = h(1, 2, z) = √ ; então
∂z z2 + 5
∂V z
(1, 2, z) = k ′ (z) = √
∂z (z 2 + 5)3
∂V 3
logo; (1, 2, 3) = − √ volts/cm.
∂z 14 14
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 303
Exercícios 5-2
x2 y 2 83
1. z = 3 − − ; P (2, 2, ) 2. z = xLny; P (1, 1, 0)
√ 9 16 √
36
3. z = 4 − x2 − y 2 ; P (1, 1, 2) 4. z = 3x2 + y 2 + 2; P (−1, 2, 9)
π √
5. z = e2x cos(3y); P (1, , e2 ) 6. z = Ln x2 + y 2 ; P (−3, 4, Ln5)
3
7. z = ex sen (πy); P (2, 1, 0) 8. z = x + y + 2Lnxy; P (1, 1, 2)
a2 a a
9. x2 + z 2 = 2 y 2 ; P ( √ , h, √ )
h 2 2
x2 y 2 z 2
1. + + =1 2. z = sen y 3. z = x2 y − x3 y + x2 y 2
4 9 1
4. z = x3 − 12xy + 8y 3
x+y
1. z = Ln(x2 + y 2 ) 2. z = arctan( ) 3. z = ex/y
1 − xy
x y2
4. z = 5. w = xy + yz + zx 6. z = ln( )
x+y x
xyz
7. w = 8. w = sen (x2 + y 2 + z 2 ) 9. z = ex−y−z
x+y+z
304 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
11. Achar a interseção com os eixos coordenados de cada plano tangente a superfície
√
3
√ √3
√
3
x2 + 3 y 2 + z 2 = a2 .
1 1 1
12. Seja u= + + , determine se:
x−y y−z z−x
[ 2 ]
∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u ∂ u ∂ 2u ∂ 2u
+ + +2 + + =0
∂x2 ∂y 2 ∂z 2 ∂x∂y ∂y∂z ∂z∂x
∂ 2z ∂ 2z ∂ 2z
13. Seja z = f (x, y), s = x − y, t = x + y. Verificar que − = 4 .
∂x2 ∂y 2 ∂s∂t
∂ 2u ∂ 2u
14. Suponhamos u = xLn(x + z) − z, onde z 2 = x2 + y 2 . Mostre que + =
∂x2 ∂y 2
1
.
x+z
15. Calcule as derivadas parciais indicadas:
2 −y 2 ∂ 2z ∂ 2z
1. f (x, y) = x3 y 2 , fxx , fyy 2. z = ex , ,
∂x2 ∂y 2
∂ 2z ∂ 2z
3. z = Ln(1 + x2 + y 2 ) , 4. g(x, y) = 4x3 y 4 + y 3 , gxx , gyy
∂x2 ∂y 2
16. Nem sempre as derivadas parciais mistas de segunda ordem são iguais. Considere a
função f dada por: 3
xy se (x, y) ̸= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
0 se (x, y) = (0, 0)
∂ 2f ∂ 2f
Verificar que ̸= em (0, 0).
∂x∂y ∂y∂x
√
17. Seja u = x2 + y 2 + z 2 . Mostre que
∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u 2 ∂ 2 Ln(u) ∂ 2 Ln(u) ∂ 2 Ln(u) 1
1. 2
+ 2+ 2 = 2. 2
+ 2
+ 2
= 2
∂x ∂y ∂z u ∂x ∂y ∂z u
18. Mostre que as seguintes funções são harmônicas :
√
1. f (x, y) = Ln(x2 + y 2 ) 2. f (x, y, z) = (x2 + y 2 + z 2 )
∂ 3f ∂ 3f
19. Seja f (x, y) = xyex/y . Mostre que x · + y · = 0.
∂x3 ∂y∂x2
∂ 2z ∂2z
20. Seja z = (x + y)ex/y . Verifique que x · +y· 2 =0
∂x∂y ∂y
∂ 2f ∂2f
21. Seja f (x, y) = Ln(x − y) + tan(x − y). Mostre que = .
∂x2 ∂y 2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 305
5.7 Diferenciais
Lembre que ao estudar funções de uma variável y = f (x) definimos o diferencial de y
como dy = f ′ (x)dx sempre que a derivada exista. Para o caso de funções de duas variáveis
a terminiologia é análoga.
Chamamos △x e △y os incrementos de x e y respectivamente, logo o incremento de
z = F (x, y) é dado por: △z = F (x + △x, y + △y) − F (x, y).
Se z = F (x, y) , △x e △y são os incrementos de x e y, então as diferenciais das
variáveis independentes x e y são dx = △x e dy = △y.
Estes conceitos podem ser estendidos para funções de várias variáveis.
Exemplo 5.20.
O erro envolvido ao medir as dimensões de uma caixa retangular é aproximadamente
de ±0, 015mm. As dimensões da caixa são 10, 25 e 40 centímetros. Determine o erro
propagado e erro relativo ao medir o volume desta caixa.
sol
f (a + h) − f (a)
lim = f ′ (a)
h→0 h
306 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
f (a + h) − f (a)
lim − f ′ (a) = 0
h→0 h
ou seja,
f (a + h) − [h · f ′ (a) − f (a)]
lim =0
h→0 h
Podemos considerar x − a = h então quando x → a temos que h → 0, logo a última
igualdade significa que
se aproxima de zero “mais depressa” quando h se aproxima a zero, isto é; a reta tangente
é uma boa aproximação linear da função f numa vizinhança de x = a.
A função L(x) = (x − a) · f ′ (a) − f (a) é designada por linearização de f em x = a. É
a generalização deste comportamento para funções de duas variáveis que nos vai conduzir
a definição de diferenciabilidade.
É natural esperar que uma função de duas variáveis seja diferenciável num ponto se
existir o plano tangente ao seu gráfico nesse ponto.
O plano tangente a z = f (x, y) em (a, b) deverá conter as retas tangentes as curvas
z = f (x, b) e z = f (a, y). Sabemos que
são os vetores diretores dessas retas tangentes. Logo o referido plano terá vetor normal
dado pelo produto vetorial dos dois vetores diretores:
⃗n = (1, 0, Dx f (a, b)) × (0, 1, Dy (a, b)) = (Dx f (a, b), Dy f (a, b), 1)
Definição 5.11.
Sejam f : S ⊆ R2 −→ R, S um conjunto aberto e (a, b) ∈ S. A função f diz-se
diferenciável em (a, b) se:
Note que a segunda condição é equivalente a dizer que a função z = f (x, y) pode ser
bem aproximada, perto do ponto (x, y), pela função mais simples z = L(x, y).
Definição 5.12.
Se f for diferenciável em (a; b) então o plano de equação,
z = f (a, b) + Dx f (a, b)(x − a) + Dy f (a, b)(x − b)
é designado por plano tangente ao gráfico de f em (a, b, f (a, b)).
Exemplo 5.21.
Estudar a diferenciabilidade
de g no ponto (0, 0)
2 3
xy se (x, y) ̸= (0, 0)
g(x, y) = x2 + y 2
0 se (x, y) = (0, 0)
Solução.
x2 y 3
g(x, y) − L(x, y) x2 + y 2
lim = lim √ =0
(x,y)→(0,0) ||(x, y) − (a, b)|| (x,y)→(0,0) x2 + y 2
Com efeito,
2 3 x2 y 3
x y
2 √ = √ ≤
(x + y 2 ) x2 + y 2 (x2 + y 2 ) x2 + y 2
||(x, y)||5
≤ = ||(x, y)||2 −→ 0 quando (x, y) −→ (0, 0)
||(x, y)||3
g(x, y) − L(x, y)
Logo existe lim =. Neste caso, a equação do plano tangente ao
(x,y)→(0,0) ||(x, y) − (a, b)||
gráfico de f no ponto (0; 0; 0) é z = 0.
Exemplo 5.22.
Estudar a diferenciabilidade
de f no ponto (0, 0)
2xy se (x, y) ̸= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
0 se (x, y) = (0, 0)
Solução.
f (h, 0) − f (0, 0) 0
Dx f (0, 0) = lim = lim = 0
h→0 h h→0 h
308 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
2x2
Calculando o limite ao longo da reta y = x obtémos lim√ = ∞.
x→0 (2x2 ) 2x2
Disto resulta que o limite anterior não é zero (de fato, o limite não existe) e “portanto”
que f não é diferenciável em (0, 0).
∂f (x, y) ∂f (x, y)
df (x, y) = dx + dy onde dx = △x, dy = △y
∂x ∂y
∂f ∂f
df = dx + dy = 0 (5.3)
∂x ∂y
Em outras palavras, dada uma família de curvas f (x, y) = C, pode-se gerar uma
equação diferencial de primeira ordem, determinando a diferencial total.
Exemplo 5.23.
Se f (x, y) = x2 − 5xy + y 3 = C então da igualdade (5.3) segue
dy 5y − 2x
(2x − 5y)dx + (−5x + 3y 2 )dy = 0 ou = 2
dx 3y − 5x
Definição 5.14.
Seja f : S ⊂ Rn −→ R uma função diferenciável em P (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ) ∈ Rn ,
então o diferencial total de f , é a função df definida por:
∂f (P ) ∂f (P ) ∂f (P )
df (P ) = dx1 + dx2 +· · ·+ dxn onde dxi = △xi , i = 1, 2, 3, · · · , n
∂x1 ∂x2 ∂xn
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 309
Observação 5.4.
Seja f : S ⊂ R2 −→ R uma função diferenciável em (x, y) ∈ R2 , então
Assim,
f (x + △x, y + △y) = f (x, y) + df (x, y) (5.5)
Exemplo 5.24.
√
Avaliar z = x2 + y 2 para x = 2, 98 e y = 4, 01.
Solução.
Exemplo 5.25.
O raio de um cilindro aumenta 0, 5% e sua altura 1%. Qual é a mudança percentual
aproximada do volume?
Solução.
Sabe-se que o volume do cilindro é V (r, h) = πr2 h onde r é o raio da base e h sua
altura. Então
∂V ∂V
△V ≈ dV = dr + dh
∂r ∂h
Como estamos interesados na mudança percentual, calculamos
△V 2πrh πr2 2 dh 2 0, 5 1 1 2
≈ dV = 2 dr + 2 dh = dr + = · + · h= 2%
V πr h πr h r h r 100 h 100 100
Exemplo 5.26.
Seja z = x2 y, o diferencial desta função é dz = 2xydx + x2 dy. Queremos saber o valor
aproximado para a variação △z quando x = 1 aumenta em 2% e y = 2 aumenta em 1%.
Então temos que dx = 0, 02 e dy = 0, 01 e como △z = 2xydx + x2 dy, segue que
△z = 2xy(0, 02) + x2 (0, 01) . Quando x = 1 e y = 2 segue que △z = 0, 09.
O erro cometido nesta variação é △z = (x + dx)2 (y + dy) − x2 y = (1, 02)2 (2, 02) − 2 =
0, 091204
Propriedade 5.4.
Se a função f : S ⊂ R2 −→ R é diferenciável no ponto P (x0 , y0 ) ∈ S, então ela é
contínua em P (x0 , y0 ).
Demonstração.
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
f (x0 + ∆x, y0 + ∆y) = f (x0 , y0 ) + ∆x + ∆y + ε1 ∆x + ε2 ∆y
∂x ∂y
Note no entanto que se f é contínua em (x0 , y0 ) nada se pode concluir sobre a dife-
renciabilidade de f em (x0 , y0 ).
Exemplo 5.27.
√
Mostre que f (x, y) = x2 + y 2 é contínua em (0, 0) porém não diferenciável em (0, 0).
Solução.
Observe que
√
i) f (0, 0) = 02 + 02 = 0 existe.
√ √
ii) lim
x→0
f (x, y) = lim
x→0
x2 + y 2 = 02 + 02 = 0
y→0 y→0
iii) lim
x→0
f (x, y) = f (0, 0)
y→0
Exemplo 5.28.
2xy
A função f (x, y) = não é contínua no ponto (0, 0). Pela Propriedade (5.4)
x2
+ y2
resulta que f (x, y) também não é diferenciável nesse ponto.
Propriedade 5.5.
Para que a função f seja diferenciável em um ponto, é necessário que nesse ponto tenha
derivadas parciais e é suficiente que as derivadas parciais nesse ponto sejam contínuas.
Lembre que para funções de uma variável, é necessário e suficiente que tenha derivada
nesse ponto.
Pela Propriedade (5.4) se a função é diferenciável em um ponto, então ela é contínua
nesse ponto.
Exemplo 5.29.
Seja a função f (x, y, z) = 0 nos planos coordenados x = 0, y = 0, z = 0 e 1 nos
demais pontos do espaço R3 .
Evidentemente esta função tem derivadas parciais que são nulas no ponto (0, 0, 0),
obviamente é descontínua neste ponto consequentemente não pode ser diferenciável nele.
Assim, somente uma condição de que em um ponto existam derivadas parciais não é
suficiente para que a função seja diferenciável e inclusso contínua no ponto citado.
312 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 5.30.
A função z = |x|(y + 1) é contínua no ponto (0, 0). No entanto, podemos observar
∂z
que neste ponto não existe a derivada .
∂x
Consequentemente, z não é diferenciável no ponto (0, 0).
Vamos enunciar em seguida uma propriedade que, em muitos casos, torna simples o
estudo da diferenciabilidade de uma função.
Definição 5.15.
Uma função f dizemos de classe C 1 num subconjunto aberto A do seu domínio, e
escreve-se f ∈ C 1 (A), se f tiver derivadas parciais Dx f e Dy f contínuas em A.
Propriedade 5.6.
Se f ∈ C 1 (D(f )) então f é diferenciável em D(f ).
Observação 5.5.
Exemplo 5.31.
A função f (x, y) = x2 + xy 3 é de classe C 1 (R2 ). Em particular é diferenciável em
todos os pontos de R2 .
Exemplo 5.32.
y
A função f (x, y) = é de classe C 1 (D(f )) com D(f ) = { (x, y) /. x ̸= ±1 }.
x2 − 1
Em particular é diferenciável em todos os pontos de R2 que não estão sobre as duas retas
verticais de abscissas x = 1 e x = −1.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 313
Exercícios 5-3
2. z = x3 + y 3 − 3xy
2 +y 2
1. z = ex 3. u = Ln(xyz)
x2 − y 2
4. u = tan(x + y) − z 2 cos y 5. z = x2 y 3 6. z = 2
x + y2
7. z = arcsen(xy) + 3x−y 8. z = yxy
1. a)△x = 1 e △y = 2 2. △x = 0, 1 e △y = 0, 2
6. Determine a razão de câmbio máximo das seguintes funções nos pontos indicados.
1. f (x, y, z) = xy 2 + x2 z; P0 (3, 1, 2)
2. f (x, y, z) = ex cos y + ey sen z; P0 (−1, 2, 2)
3. f (x, y, z) = (x + y)2 + z 2 − xy + 2z; P0 (−2, 3, 2)
4. f (x, y, z) = xz + z x + y z + z y ; P0 (4, 1, 1)
5. f (x, y, z) = xz + y 2 t; P0 (1, 0, −3, 2)
√ y2
1. z = Ln(y + x2 + y2) 2. y = tan( ) 3. u = (xy)z
x x √
4. z = Ln(cos ) 5. z = x3 + 3x2 y − y 3 6. z = x2 + 2xy
y
Isto é, dizemos que a expressão é exata, se ela é a diferencial total de uma função
F (x, y).
De modo análogo se existe uma função F : S ⊂ R3 −→ R tal que
dizemos que M (x, y, z)dx + N (x, y, z)dy + Q(x, y, z)dz é diferencial exata.
dy df
Lembre que, se y = f (x), então sua derivada y ′ = = , e seu diferencial
dx dx
dy = df = f (x + h) − f (x) ≡ f ′ (x)dx
Para o caso de uma função de duas variáveis z = F (x, y), sua diferencial exata é
dz = dF (x, y) = F (x + h, y + k) − F (x, y) ⇒
∂F ∂F
M (x, y)dx + N (x, y)dy ≡ dF ≡ dx + dy = dF (x, y) (5.7)
∂x ∂y
∂F ∂F
e podemos supor M (x, y) = e N (x, y) = estas equações nos conduzem a
∂x ∂y
∂M ∂ 2F ∂N ∂ 2F
= e =
∂y ∂y∂x ∂x ∂x∂y
∂2F ∂ 2F
Pelas propriedades do cálculo diferencial sabemos que = sempre que as
∂y∂x ∂x∂y
derivadas parciais sejam contínuas. Assim temos a seguinte propriedade.
Propriedade 5.7.
Suponhamos que M e N sejam funções contínuas de S ⊂ R2 em R, com derivadas
parciais de primeira ordem contínuas em S. Então a expressão M (x, y)dx + N (x, y)dy é
∂M ∂N
uma diferencial exata para todo (x, y) ∈ S se, e somente se = , ∀ (x, y) ∈ S.
∂y ∂x
316 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 5.33.
Examinar se: sen ydx + cos y(x + 2sen y)dy é uma diferencial exata.
Solução.
∂M (x, y)
Observe que M (x, y) = sen y, de onde = cos y.
dy
∂N (x, y)
Por outro lado, N (x, y) = cos y(x + 2sen y), de onde = cos y.
dx
∂M (x, y) ∂N (x, y)
Como cumpre a igualdade = , então satisfaz a Propriedade (5.7).
dy dx
Portanto, a expressão dada é uma diferencial exata.
Observação 5.6.
Mostra-se que, se M, N, Q : S ⊂ R3 −→ R são funções contínuas com derivadas
parciais de primeira ordem contínuas em S. Então a expressão M (x, y)dx + N (x, y)dy +
Q(x, y)dz é uma diferencial exata para todo (x, y, z) ∈ S se, e somente se
∂M ∂N ∂M ∂Q ∂N ∂Q
= , = , = ∀ (x, y, z) ∈ S
∂y ∂x ∂z ∂x ∂z ∂y
Exemplo 5.34.
Determinar se a diferencial é exata
Solução.
Temos M = 2xy + z 2 , N = 2yz + x2 e Q = 2xz + y 2 , logo:
∂M ∂N ∂M ∂Q ∂N ∂Q
= 2x, = 2x, = 2, = 2z, = 2y, = 2y
∂y ∂x ∂z ∂x ∂z ∂y
∂F (x, y)
= M (x, y) (5.8)
∂x
∂F (x, y)
= N (x, y) (5.9)
∂y
∫x
F (x, y) = M (x̄, y)dx̄ + g(y) (5.10)
x0
∫x
∂F ∂M dg
(x, y) = (x̄, y)dx̄ + (y)
∂y ∂y d
x0
∂M ∂N
Como = e da igualdade (5.9) temos
∂y ∂x
∫x
∂F ∂N dg
N (x, y) = (x, y) = (x̄, y)dx̄ + (y)
∂y ∂x dy
x0
∫y ∫y ∫x
∂N
N (x, ȳ)dȳ = (x̄, ȳ)dx̄ dȳ + g(y)
∂x
y0 y0 x0
F (x, y) = C
∫x ∫y
F (x, y) = M (x̄, y)dx̄ + N (x, ȳ)dȳ = C
x0 y0
Exemplo 5.35.
Resolver a equação diferencial (x + zseny)dx + (x cos y − 2y)dy = 0
Solução.
∂M
Aqui M (x, y) = x + zseny e N (x, y) = x cos y − 2y, além disso cumpre que ≡
∂y
318 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
∂N
= cos y, logo a equação diferencial é exata.
∂x
Procuremos agora uma função F (x, y) que satisfaça (5.8) e (5.9), para isto considere-
∂F (x, y)
mos = x + sen y, de onde
∂x
∫ ∫
∂F (x, y)
= (x + sen y)dx
∂x
ou
1
F (x, y) = x2 + xsen y + v(y) (5.11)
2
∂F
Para determinar v(y), derivamos esta última função com relação a y, obtendo =
∂y
x cos y + v ′ (x), e levamos o resultado juntamente com N (x, y) = x cos y − 2y em (5.9),
obtendo
x cos y + v ′ (y) = x cos y − 2y ou v ′ (y) = −2y
de onde v(y) = −y 2 + C1 .
Considerando este valor em (5.11), obtemos
1
F (x, y) = x2 + xsen y − y 2 = C
2
1 2
Portanto, a solução é x + xsen y − y 2 = C.
2
Exemplo 5.36.
Determinar se a expressão é diferencial exata.
(ex sen y cos z)dx + (ex cos y cos z)dy − (ex sen ysen z)dz
caso sua resposta seja afirmativa, determinar a função F da qual é diferenciação total.
Solução.
Designando M = ex sen y cos z, N = ex cos y cos z e Q = ex sen ysen z, obtemos:
∂M ∂N ∂M ∂N ∂N ∂Q
= ex cos y cos zv = , = −ex sen ysen z = , = −ex cos y cos z =
∂y ∂x ∂z ∂x ∂z ∂y
∂F
Portanto, a diferencial é exata. Calculemos F fazendo = M e integrando, obtém-se
∂x
∂F ∂g
(x, y, z) = ex cos y cos z + (y, z) = N = ex cos y cos z
∂x ∂y
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 319
∂F
(x, y, z) = −ex sen ysen z + g ′ (z) = Q = −ex sen ysen z
∂z
∫x ∫y
F (x, y) = sen (xy) + xy cos(xy)]dx + +x20 cos(x0 y)dy =
x0 y0
x y
xsen (xy) + x0 sen (x0 y) = xsen (xy) − x0 sen x0 y0
x0 y0
dF = µM dx + µN dy
Por exemplo, seja a função f (x, y) onde por sua vez x = x(t) e y = y(t). A derivada
desta função em relação a t é
df ∂f dx ∂f dy
= · + ·
dt ∂x dt ∂y dt
Propriedade 5.8.
Seja f : S ⊂ R2 −→ R função diferenciável definida por u = f (x, y) , x = F (r, s)
e y = G(r, s), se existem as derivadas parciais
∂u ∂u ∂x ∂x ∂y ∂y
, , , , ,
∂x ∂y ∂r ∂s ∂r ∂s
∂u ∂u ∂x ∂u ∂y
= · + · (5.12)
∂r ∂x ∂r ∂y ∂r
∂u ∂u ∂x ∂u ∂y
= · + · (5.13)
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s
Demonstração.
Como f é diferenciável
△f (x, y) △x △y △x △y
= D1 f (x, y) + D2 f (x, y) + ε1 + ε2
△r △r △r △r △r
△f (x, y) △x △y △x △y
lim = D1 f (x, y) lim + D2 f (x, y) lim + ε1 lim + ε2 lim
r→0 △r r→0 △r r→0 △r r→0 △r r→0 △r
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 321
Lembre que
∂x ∂x
Como e existem, F e G são contínuas com relação a r, segue que
∂r ∂r
Assim, quando △r se aproxima de zero, temos que (△x, △y) → (0, 0) , então ε1 → 0
∂u ∂u ∂x ∂u ∂y
e ε2 → 0. Portanto, = · + · .
∂r ∂x ∂r ∂y ∂r
Exemplo 5.38.
Calcular a derivada da função F (x, y) = x2 + 3y − 5 em relação a t, onde x(t) = et e
y(t) = t3 .
Solução.
dF
1. A função pode ser posta em função de t , F (t) = e2t + 3t3 − 5. E a derivada =
dt
2e2t + 9t2
∂f ∂f dx dy
= 2x, = 3, = et , = 3t2
∂x ∂y dt dt
dF
Assim, = 2e2t + 3(3t2 ) = 2e2t + 9t2 .
dt
Podemos também entender a derivada de funções compostas com a seguinte situação
problema.
Seja a função A = b · h que nos dá a área de um retângulo de base b e altura h.
Sabemos que se variarmos a base e/ou a altura então o valor da área também se alterará.
Mas para que isto ocorra, o valor da base e o valor da altura deverão variar com o passar
do tempo t, isto significa que as variáveis base e altura dependerão do tempo t. Logo
poderemos escrever:
dA
• = taxa de variação da área em relação ao tempo t
dt
322 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
db
• = taxa de variação da base em relação ao tempo t
dt
dh
• = taxa de variação da altura em relação ao tempo t
dt
∂A
• = taxa de variação da área em relação a base b
∂b
∂A
• = taxa de variação da área em relação a altura h
∂h
Fazendo um encadeamento de derivadas, encontraremos a taxa de variação da área
com relação ao tempo t
∂A ∂A db ∂A dh
= · + ·
∂t ∂b dt ∂h dt
Exemplo 5.39.
Uma peça retangular de metal tem 10cm de base e 16cm de altura. Se a base aumentar
a razão de 0, 04cm/s e altura aumentar a razão de 0, 02cm/s, então determine a taxa de
variação da área em relação ao tempo.
Solução.
db
A área da peça retangular é dada por A = b · h, pelos dados do problema, =
dt
dh ∂A ∂A
0, 04cm/s, = 0, 02cm/s. Por outro lado, = h, =b
dt ∂b ∂h
∂A ∂A db ∂A dh ∂A
= · + · ⇒ = (16cm)·(0, 04cm/s)+(10cm)·(0, 02cm/s) = 0, 84cm2 /s
∂t ∂b dt ∂h dt ∂t
Exemplo 5.40.
∂z ∂z
Seja z = x2 y 3 , onde x = er cos(s), y = er sen (s). calcular e .
∂r ∂s
Solução.
∂xi
Suponhamos que as derivadas parciais ∀i = 1, 2, 3, · · · , n e j = 1, 2, 3, · · · , m.
∂yj
Então u é função de y1 , y2 , y3 , · · · yn e
Observação 5.8.
Seja f : S ⊂ Rn −→ R uma função diferenciável em (x1 , x2 , x3 , · · · xn ) ∈ S tal que
u = f (x1 , x2 , x3 , · · · xn ) e cada xi , i = 1, 2, 3, · · · , n é uma função diferenciável de
variável t. Então u é função de t e a derivada total de u com relação a t é
Exemplo 5.41.
dF
Seja F (x, y) = xy 2 + x3 + y onde x = t2 − 1 e : y = 2t − t3 . determinar .
dt
Solução.
dF dF dx dF dy
Temos = · + · , isto é
dt dx dt dy dt
dF
= (y 2 + 3x2 )(2t) + (2xy + 1)(2 − 3t2 )
dt
de onde substituindo x = e : y = 2t − t3
dF
= [(2t − t3 )2 + 3(t2 − 1)2 ](2t) + [2(t2 − 1)y(2t − t3 ) + 1](2 − 3t2 )
dt
dF
Portanto, == 8t7 − 15t5 + 14t3 − 3t2 − 6t + 2.
dt
∂f dx ∂f dy ∂f ∂f dy
· + · =0 ⇒ + · =0
∂x dx ∂y dx ∂x ∂y dx
ou
∂f
dy fx
= − ∂x = − (5.15)
dx ∂f fy
∂y
Exemplo 5.42.
Dada a função f (x, y) = 2x2 + 5y 3 + 2 = 0 determine sua dy/dx usado, diretamente
a fórmula (5.15)
Solução.
dy fx 4x
=− =−
dx fy 15y 2
Uma expressão algébrica de variáveis x, y, z estabelece uma relação entre as variáveis as
quais podemos escrever na forma F (x, y, z) = 0. Esta relação pode ou não determinar uma
função z = G(x, y); isto é, pode existir uma função G com duas variáveis independentes
e uma região S ⊂ R2 tal que: F (x, y, G(x, y)) = 0 ∀ (x, y) ∈ S
Por exemplo a expressão 3x2 + y 2 + z 2 − 16 = 0 pode resolver-se para z na forma
√
z = ± 16 − 3x2 − y 2 e expressa duas funções na forma implícita.
que contêm (a, b, c) tal que para todo (x, y) que satisfaz: x1 < x < x2 , y1 < y < y2 , a
equação F (x, y, z) = 0 determina o valor z = f (x, y) com z1 < z < z2 . Além disso
Exemplo 5.43.
∂x ∂x
Determine e se z = f (x, y) satisfaz a equação: xy 2 + yz 2 + z 3 + x3 − 4 = 0.
∂x ∂y
Solução.
∂F ∂F ∂F
= y 2 + 3x2 , = 2xy + z 2 , = 2yz + 3z 2
∂x ∂y ∂z
∂z y 2 + 3x2 ∂z 2xy + z 2
Portanto, =− , =− .
∂x 2yz + 3z 2 ∂y 2yz + 3z 2
Exemplo 5.44.
Sejam u e v funções de x e y definidas implícitamente em alguma região do plano-xy
∂u ∂u ∂v ∂v
definida pelas equações u·sen v +x2 = 0 e u·cos v −y 2 = 0. Calcular: , , , .
∂x ∂y ∂x ∂y
Solução.
∂u ∂v
· sen v + u · cos v · + 2x = 0
∂x ∂x
∂u ∂v
· cos v + u · (−sen v) · =0
∂x ∂x
de onde obtemos:
∂u 2x ∂v 2x
=− =−
∂x sen v + cos v · cot v ∂x u(sen v · tan v + cos v)
O teorema estabelece que se o campo vetorial está definido entre dois subconjuntos
de Rn , o campo tem primeiras derivadas contínuas e a matriz jacobiana em um ponto do
domínio é invertible, então o campo também é invertible localmente.
1
F (P ) = Q ⇒ ∂(F −1 (Q)) =
∂(F (F −1 (Q)))
Isto quer dizer que existe uma vizinhança de F (P ), na qual existe uma função inversa
de F .
A demonstração é exercício para o leitor.
Exemplo 5.45.
Consideremos a função f : R2 → R2 definida por f (x, y) = (ex cos y, ex sen y). Sua
matriz jacobiana é
( )
ex cos y −ex sen y ex cos y −ex sen y
Jf = ⇒ |Jf | = x = e2x ̸= 0
ex sen y ex cos y e sen y ex cos y
Como o determinante e2x é não nulo em todo o ponto, aplicando o teorema, para a
cada ponto (a, b) ∈ R2 , existe uma vizinhança de (a, b) ∈ R2 em que f admite função
inversa.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 327
Exercícios 5-4
1. Para cada um dos seguintes exercícios, determinar quais são diferenciais exatas.
Caso seja diferencial exata, determinar a função da qual é diferencial total.
V2
9. A potência consumida numa resistência elétrica é dada por P = watts. Se
R
V = 12 volts e R = 6 ohms, determine o valor da variação da potência se V é
aumentada de 0, 015 volts e R é aumentada de 0, 002 ohms. Interprete o sinal do
resultado: a potência é reduzida ou aumentada? Resposta dP = 0, 052 watts
10. Denotemos por z = 2e − x2 + e−3y a altura de um morro na posição (x, y). Em que
2
direção desde (1, 0) deveriamos começar a caminhar para escalar o mais rápidamente
possível?
11. A temperatura de cada um dos pontos de uma placa quadrada vem determinada
pela função T (x, y) = (x − 1)3 (y − 2)2 . Se deseja conhece quais são, no ponto (0, 0),
as direções de maior crescimento e decrescimento da temperatura.
14. Seja f : R2 −→ R, uma função diferenciável tal que f (u, 0) = 0 e f (0, v) = v para
qualquer u, v ∈ R. Seja g(x, y) = (x2 − x − y, y 2 − x − y).
1. Mostre que h = f ◦ g é diferenciável em R2 2. Calcule h′ (2, 2)
15. Uma partícula desloca-se em R3 , sendo as suas coordenadas no instante t dadas por
x = et−1 + t, y = et−1 − t e z = cos(t − 1). Considere o movimento da partícula
em instantes suficientemente próximos de t = 1.
1. Será possível através de uma medição da coordenada x da partícula determinar
o instante de tempo t e as suas coordenadas y e z?
Em caso afirmativo calcule a derivada de t em ordem a x no instante t = 1.
2. E será possível determinar x, z e t com uma medição da coordenada y, perto do
instante considerado?
Mostre que existe uma vizinhança de (x; y; z) = (1; 1; 0) onde este sistema tem uma
solução única.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 329
Definição 5.17.
Seja f : S ⊂ R3 −→ R diferenciável em D, consideremos P0 (x0 , y0 , z0 ) ∈ S e o vetor
unitário ⃗u = ⃗i cos α + ⃗j cos β + ⃗k cos γ. A derivada direcional da função f no ponto P0 e
na direção ⃗u é definida por
Exemplo 5.46.
Seja a função f (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 . Achar a derivada direcional no ponto (1, 1, 1)
na direção do vetor ⃗u = ⃗i − ⃗j + ⃗k.
Solução.
√ √ 1 1 1
Sendo |⃗u| = 3, então cos α = √ , cos β = − √ , cos γ = √ .
12 + (−1)2 + 12 =
3 3 3
∂f ∂f ∂f
As derivadas parciais são dadas por: = 2x, = 2y, = 2z, segue que
∂x ∂y ∂z
∂f (P0 )
= (2x) cos α + (2y) cos β + (2z) cos γ ⇒
∂⃗u
∂f (P0 ) 1 (−1) 1 2
= (2) √ + (2) √ + (2) √ = √
∂⃗u 3 3 3 3
Portanto, a derivada direcional de f no ponto P0 (1, 1, 1) na direção do vetor u é
∂f (P0 ) 2
=√ .
∂⃗u 3
Observação 5.9.
∂f (P0 )
, D⃗u f (P0 )
∂⃗u
f (x + h, y) − f (x, y) ∂f
• Se ⃗u = (1, 0), então: D⃗u f (x, y) = lim = (x, y).
h→0 h ∂x
f (x, y + h) − f (x, y) ∂f
• Se ⃗u = (0, 1), então: D⃗u f (x, y) = lim = (x, y).
h→0 h ∂y
Em particular para a função f : S ⊂ R2 −→ R, se o vetor direção é considerado como
⃗u = (cos θ, sen θ), então a derivada direcional de f é dada por
Exemplo 5.47.
Determine a derivada direcional de f (x, y) = x2 + xy + 2y 2 , no ponto (2, 1) na direção
do vetor ⃗u = (3, −4).
Solução.
∂f ∂f
Temos: = 2x + y, = x + 4y, no ponto
∂x ∂y
∂f df
(2, 1) = 2(2) + 1 = 5, (2, 1) = 2 + 4(1) = 6
∂x ∂y
Por outro lado, como ⃗u = (3, −4) o vetor unitário na direção do vetor ⃗u é w
⃗ = ( 35 , − 45 )
∂f 3 4 9
(2, 1) = (5, 6) · ( , − ) = −
∂⃗u 5 5 5
Exemplo 5.48.
Seja f (x, y, z) = exy + Lnz, achar a derivada direcional de f na direção de ⃗u =
1
√ (2, 0, 3).
13
Solução.
2h 3h
f (x + √ , y, z + √ ) − f (x, y, z)
13 13
D⃗u f (x, y, z) = lim
h→0 h
(x+ √2h )y 3h
e 13 + Ln(z + √ ) − (exy + Lnz)
13
D⃗u f (x, y, z) = lim
h→0 h
2hy
√
exy [e 13 − 1] + Ln[1 + √3h ]
13z
D⃗u f (x, y, z) = lim
h→0 h
aplicando a regra de L’Hospital e calculando o limite resulta:
2 3
D⃗u f (x, y, z) = √ yexy + √
13 13z
Outro modo de apresentar o conceito da derivada direcional está dado pelo seguinte:
Considere ⃗u = (u1 , u2 , u3 , · · · , un ) vetor unidade arbitrário, a derivada direcional de f
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 331
∂f f (X + t⃗u) − f (X)
D⃗u f (X) = = lim
∂⃗u t→0
t>0
t
Observação 5.10.
Observe que ao calcular o limite, estamos considerando que t tende a zero pela direita.
∂f
Portanto, podemos dizer que é uma derivada direita no ponto t = 0
∂⃗u
Sejam f : S ⊂ Rn −→ R uma função definida num conjunto aberto S, um vetor
unitário ⃗u = (u1 , u2 , u3 , · · · , un ) em Rn e um ponto P (x1 , x2 , x3 , · · · , xn ) ∈ S .
Consideremos a reta L = { P + t⃗u /. t ∈ R } em Rn que passa por P e tem como
vetor direção o vetor ⃗u. Como S é um conjunto aberto, então para cada ponto P ∈ S
existe ϵ > 0 tal que, a bola B(P, ϵ) ⊂ S.
Seja ϕ : R −→ S ⊂ Rn uma função definida por ϕ(t) = P + t⃗u.
Queremos achar o domínio de ϕ com a condição que sua imagem esteja contida na
bola aberta B(P, ϵ), isto é ϕ(t) = P + t⃗u ⊂ B(P, ϵ), ∀ t ∈ D(ϕ).
Como ϕ(t) = P + t⃗u ⊂ B(P, ϵ) então ∥P + t⃗u − P ∥ < ϵ ⇔ ∥t⃗u∥ < ϵ ⇔ ∥t∥ < ϵ ⇔
−ε < t < ϵ ⇔ t ∈ (−ϵ, ϵ).
Assim, o domínio D(ϕ) = (−ε, ε), e também temos que ϕ(0) = P .
Efetuando a composição com a função f : S ⊂ Rn −→ R obtemos a função composta
f ◦ ϕ : (−ε, ε) −→ R definida por (f ◦ ϕ)(t) = f (ϕ(t)).
Propriedade 5.10.
Sejam, f : S ⊂ Rn −→ R uma função definida num conjunto aberto S, o vetor unitário
⃗u = (u1 , u2 , u3 , · · · , un ) em Rn e X ∈ S.
Se existem as derivadas parciais D1 f (X), D2 f (X), D3 f (X), · · · , Dn f (X) então a
derivada direcional D⃗u f (X) está dada por:
Exemplo 5.49.
Seja f (x, y, z) = Ln(x2 + y 2 + z 2 ), determine D⃗u f (x, y, z) no ponto P (1, 3, 2) na
1 1 1
direção ⃗u = ( √ , − √ , − √ ).
3 3 3
Solução.
4 4 4 1 1 1 4
D⃗u f (X) = ( , , ) · (√ , −√ , −√ ) = − √
14 14 14 3 3 3 7 3
Exemplo 5.50.
√
Qual o valor do ângulo θ para o qual a derivada direcional de f (x, y) = 25 − x2 − y 5
no ponto (1, 2) é minima? Qual é este valor de mínimo ?
Solução.
1 1
Seja ⃗u = (cos θ, sen θ) vetor unitário, então D⃗u f (1, 2) = − √ cos θ − √ sen θ.
2 5 5
1 1 dg(θ) 1 1
Seja g(θ) = − √ cos θ − √ sen θ, assim = √ sen θ − √ cos θ.
2 5 5 dθ 2 5 5
dg(θ)
Considerando = 0 segue que θ = arctan 2 é número crítico.
dθ
d2 g(θ) 1 1 d2 g 1
Observe que 2
= √ cos θ + √ sen θ = e 2
(arctan 2) = > 0.
dθ 2 5 5 dθ 2
1
Portanto θ = arctan 2 corresponde a um valor de mínimo, e D⃗u f (1, 2) = − .
2
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 333
∂f
= (grd f, ⃗u) = grd⃗u f
∂⃗u
Propriedade 5.12.
Suponhamos que ∇f (X) ̸= ⃗0 , então ∇f (X) aponta a direção ao longo do qual f
cresce mais rápidamente.
Podemos dizer então que o vetor gradiente indica a direção de crescimento mais rápido
da função, entanto o gradiente com sinal contrário indica a diminuição máxima .
Em cada ponto X o valor máximo da derivada direcional é ∥∇f (X)∥, e o valor de
mínimo da derivada direcional é −∥∇f (X)∥.
Exemplo 5.51.
Em que direção desde (0, 1) cresce mais rápidamente f (x, y) = x2 − y 2 ?
Solução.
Exemplo 5.52.
A equação da superfície de uma motanha está dada pela função f (x, y) = 900 − 2x2 −
2y 2 onde a distância é medida em metros, o eixo-x indica o leste, o eixo-y indica o norte.
√
Uma pessoa está no ponto correspondente a (6, − 14, 800).
Solução. 1.
∂f ∂f √ √
Temos que ∇f (x, y) = ( , ) = (−4x, −4y). Assim ∇f (6, − 14) = (−24, 4 14),
∂x ∂x √
um vetor unitário na direção de ∇f (6, − 14) é
√ √ √
∇f (6, − 14) 3 2 7
⃗u = √ =( , )
∥∇f (6, − 14)∥ 5 5
Exemplo 5.53.
A distribuição de temperatura de uma placa metálica está dada pela função T (x, y) =
xe + y 3 ex .
y
Solução.
336 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Propriedade 5.13.
Seja f : D ⊂ R2 −→ R diferenciável em (x0 , y0 ) ∈ D, e ∇f (x0 , y0 ) ̸= 0, então
∇f (x0 , y0 ) é normal a curva de nível que contém (x0 , y0 ).
(x − x0 ) (y − y0 ) (z − z0 )
= =
∂F (P0 ) ∂F (P0 ) ∂F (P0 )
∂x ∂y ∂z
Exemplo 5.54.
Achar a equação do plano tangente e da reta normal a superfície 4x2 + y 2 − 16z = 0
no ponto (2, 4, 2).
Solução.
Como F (x, y, z) = 4x2 + y 2 − 16z então temos que: ∇F (x, y, z) = (8z, 2y, −16)
de onde ∇F (2, 4, 2) = (16, 8, −16).
Logo a equação do plano tangente é 16(x − 2) + 8(y − 4) − 16(z − 2) = 0; isto é
2x + y − 2z − 4 = 0.
x−2 y−4 z−2
A equação simétrica da reta normal é: = = .
2 1 −2
Observação 5.11.
Consideremos uma curva C interseção das superfícies F (x, y, z) = 0 e G(x, y, z) = 0
e P0 (x0 , y0 , z0 ) ∈ C.
Um vetor normal em P0 a superfície F (x, y, z) = 0 é ⃗n1 = ∇F (x0 , y0 , z0 ) e o vetor
normal em P0 a superfície G(x, y, z) = 0 é ⃗n2 = ∇G(x0 , y0 , z0 ).
Assim temos que ⃗n1 e ⃗n2 são ortogonais ao vetor tangente unitário a C em P0 logo
⃗n1 e ⃗n2 não são paralelos e o vetor tangente unitário tem a mesma direção (ou oposta)
ao vetor ⃗n1 × ⃗n2 .
Exemplo 5.55.
Achar a equação simétrica da reta tangente a curva de interseção das supérficies x2 +
y 2 − z = 8 e x2 − y 2 + z 2 = −2 em (2, −2, 0).
Solução.
Exemplo 5.56.
Determine o ângulo de inclinação do plano tangente a superfície 4x2 + y 2 + z 2 = 12
no ponto (1, 2, 2).
Solução.
Exercícios 5-5
1. Qual o valor de θ para o qual a derivada direcional de f (x, y) = (sen y)xy no ponto
P0 (0, π/2) seja máxima? Qual é esse valor máximo?
2. Para cada um dos seguintes exercícios, determine D⃗u f no ponto P para o qual ⃗u é
−→
um vetor unitário na direção P Q
3. Achar um vetor unitário ⃗u no ponto dado P0 tal que D⃗u f (P0 ) alcança seu valor
máximo.
dz
6. Calcular , se z = e2x−3u , onde x = tan t e y = t2 − t.
dt
340 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
√
1. f (x, y) = x2 + ln xy, (2, 1) 2. f (x, y, z) = 2xLny − z 2 y 2 (1, 1, 0)
1 √ xz
3. f (x, y) = ln , (5, 2) 4. f (x, y, z) = √ , (1, −1, 1)
xy x2 + y 2
1. y = x2 , y = 16 − z 2 ; (4, 16, 0)
2. x2 + z 2 + 4y = 0, x2 + y 2 + z 2 − 6z + 7 = 0; (0, −1, 2)
3. x = 2 cos(πyz), y = 1 + sen (πxz)
10. Mostre que toda reta normal a esfera x2 + y 2 + z 2 = r2 passa pelo centro.
( x2 3y 2 z 2 1)
11. Dada a função f (x, y, z) = arcsen + + −
6 2 24 2
1. Achar a equação do plano tangente a superfície de nível f (x, y, z) = 6, no ponto
(1, 1/3, −4)
2. Em que proporção variam os valores funcionais quando começa a se movimentar
desde o ponto (1, 1/3, 4) para o ponto (2, −5/2, −2) ?
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 341
Miscelânea 5-1
∂F ∂F
2. Seja F (x, y) = f ( xy , xy ). Mostre que x +y = 0.
∂x ∂y
3. Seja f (t) = g(2t2 + 2, 5t). Expresse f ′ (t) em termos das derivadas parciais de g.
∂f ∂f
4. Suponha que f (t2 , 2t) = t3 − 3t. Mostre que (1, 2) = − (1, 2).
∂x ∂y
∂z ∂z
5. Seja z = f (u − v, v − u). Mostre que + = 0.
∂u ∂v
6. Seja f uma função de uma variável real, diferenciável tal que f ′ (1) = 4. Seja
x ∂g ∂g ∂g
g(x, y) = f ( ). Calcule: 1. (1, 1) 2. (1, 1) 3. x (x, y) +
y ∂x ∂y ∂y
∂g
y (x, y)
∂y
7. Para cada um dos seguintes exercícios, achar uma equação do plano tangente e
equação da reta normal a superfície no ponto indicado.
x+y
1. z = Ln(x2 + y 2 ) 2. z = arctan( ) 3. z = ex/y
1 − xy
x y2
4. z = 5. w = xy + yz + zx 6. z = ln( )
x+y x
xyz
7. w = 8. w = sen (x2 + y 2 + z 2 ) 9. z = ex−y−z
x+y+z
x ∂f ∂f ∂f
10. Seja f (x, y, z) = , verifique a igualdade x· +y· +z · = −f .
x2 + y 2 + z 2 ∂x ∂y ∂z
11. Seja f função real de uma variável real, e contínua, com f (3) = 4.
∫2 +z4
x+y
∂g ∂g ∂g
1. (1, 1, 1) 2.
(1, 1, 1) 3. (1, 1, 1)
∂x ∂y ∂z
[ 2 ]
∂ 2u ∂ z ∂z ∂z
x y z
12. Seja u = e + e + e . Provar que =e z
+ − .
∂x∂y ∂x∂y ∂x ∂y
∂ 2u ∂ 3u ∂ 3u
13. Seja u = yex + xey . Provar que = + .
∂x∂y ∂x2 ∂y ∂y 2 ∂x
∂ 2u ∂2u 2
2 ∂ u
14. Seja u = xLn( xy ). Provar que x2 · + 2xy + y · = 0.
∂x2 ∂x∂y ∂y 2
15. Para as seguintes funções, supor que w é função de todas as outras variáveis. De-
termine as derivadas parciais indicadas em cada caso.
∂w ∂w
1. 3x2 + 2y 2 + 6w2 − x + y = 12; , .
∂x ∂y
∂w ∂w
2. x2 − 2xy + 2xw + 3y 2 + w2 = 21; , .
∂x ∂y
∂w ∂w
3. w − (r2 + s2 ) cosh(rw) = 0; , .
∂r ∂s
∂w ∂w ∂w ∂w
4. x3 + 3x2 y + 2z 2 t − 4zt3 + zxw − 8yw4 = 0; , , , .
∂x ∂y ∂z ∂t
du
19. Calcular , se u = xyz, onde x = t2 + 1 y = Lnt e z = tan t.
dt
∂z
20. Determine , se z = y x , onde y = φ(x).
∂x
x
21. Determine dz, se z = f (u, v), onde u = sen ( ).
y
dz dz
22. Calcular e , se z = f (u, v), onde u = Ln(x2 + y 2 ) e v = xy 2 .
dx dy
∂z ∂z z
23. Mostre que a função z = y · φ(cos(x − y)) satisfaz a equação + = .
∂x ∂y y
24. O período T em segundos para oscilações √ de um pêndulo simples que tem ρ cm
ρ
de largura é dado pela fórmula T = 2π onde g é a constante de aceleração da
g
gravidade. Sabendo que ρ = 13 cm e g = 9, 8 cm/s2 e que foi a leitura incorreta com
ρ = 12, 95 cm e g = 9, 85 cm/s2 , encontre a variação do período T . Resposta
dT = 0, 0102π segundos
25. Seja um retângulo com lados x = 3cm e y = 4cm. Determine a variação aproximada
da diagonal deste retângulo, sabendo que o lado x foi aumentado 0, 005 cm e o lado
y diminuindo 0, 004 cm Resposta dD = −0, 0002 cm
28. Seja f (x, y) = 2e−x + e−3y a altura de uma montanha na posição (x, y) ∈ R2 . Em
2 2
qual direção desde o ponto (1, 0) devia-se começar a caminhar para escalar o mais
rápido possível?
344 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
√
29. Seja a função f (x, y) = xy. 1. Usando a definição da derivada direcional
demonstrar que as derivadas parciais na origem são 0 e, que nos pontos (1, 0), (−1, 0),
(0, 1) e (0, −1) são as únicas direções para as quais existe derivada direcional na
origem. 2. É contínua em (0, 0)? 3. É diferenciavel (0, 0)?
345
346 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 6.1.
√
Para a função f (x, y) = x2 + y 2 o ponto (0, 0) é ponto de mínimo absoluto, pois
f (0, 0) ≤ f (x, y) para todo (x, y) ∈ D(f ).
Propriedade 6.1.
Seja S ⊂ R2 um disco fechado, e seja f : S ⊂ R2 −→ R uma função contínua em S.
Então existe pelo menos um ponto em S onde f tem um valor máximo absoluto, e pelo
menos um ponto onde f tem um valor mínimo absoluto.
Observação 6.1.
Denomina-se valores extremos relativos (ou absolutos) de uma função f : S ⊂ Rn −→
R aos valores de máximos e mínimos relativos (ou absolutos) de f em S.
Exemplo 6.2.
√
Determine os valores extremos da função f (x, y) = 1 − 3 x2 + y 2 .
Solução.
Propriedade 6.2.
Se a função f : S ⊂ Rn −→ R definida no conjunto aberto S ⊂ Rn tem um valor
∂f ∂f
extremo em X0 ∈ S e as derivadas , i = 1, 2, 3, · · · , n existem. Então (X0 ) =
∂xi ∂xi
0, i = 1, 2, 3, · · · , n.
Demonstração.
Observação 6.2.
1. A Propriedade (6.2) afirma que uma condição necessária para que uma função tenha
extremo relativo em um ponto, onde suas primeiras derivadas parciais existem, é
que este ponto seja ponto crítico.
2. A Propriedade (6.2) não é suficiente para estudar o problema da existência dos extre-
mos de uma função.
Exemplo 6.3.
Determine os extremos relativos de f (x, y) = x2 + 2y 2 − 6x + 8y + 25.
Solução.
∂f ∂f
= 2x − 6; = 4y + 8 ⇒ x = 3, y = −2
∂x ∂y
Portanto, f tem um mínimo relativo em (3, −2), o valor mínimo é f (3, −2) = 8.
Exemplo 6.4.
∂f ∂f
A função f (x, y) = x2 − y 2 têm as derivadas parciais = 2x e = −2y, que se
∂x ∂y
reduz a zero quando x = y = 0.
A função não tem máximo, nem, mínimo quando x = y = 0.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 349
é chamada de Hessiano.
Observe:
△(x, y) = D11 f (x, y) · D22 f (x, y) − [D12 f (x, y)]2
1. Quando △(P0 ) > 0 e P0 (x0 , y0 ) corresponde a um extremo relativo. Se D11 (x0 , y0 ) <
0, o ponto P0 (x0 , y0 ) é máximo relativo. Se D11 (x0 , y0 ) > 0, o ponto P0 (x0 , y0 ) é
mínimo relativo.
350 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
2. Se △ < 0, a função f não tem nem máximo nem mínimo relativo em P0 (x0 , y0 ). Neste
caso f tem ponto de sela.
Observação 6.3.
Na verdade esta propriedade não se aplica se uma das derivadas parciais de primeira
ordem não estiver definida, ou no caso △ = 0. Nestes dois casos recomenda-se outra
abordagem.
Exemplo 6.5.
Determine os extremos relativos de f (x, y) = x3 + y 3 + 9x2 − 3y 2 + 15x − 9y
Solução.
Logo, são quatro pontos críticos P0 (−1, −1), P1 (−1, 3), P2 (−5, −1) e P3 (−5, 3).
Determinemos as segundas derivadas parciais
O Hessiano nos pontos P0 (−1, −1), P1 (−1, 3), P2 (−5, −1) e P3 (−5, 3) são:
12 0 12 0
△(P0 ) = = −144, △(P1 ) = = 144,
0 −12 0 12
respectivamente.
Como △(P0 ) = −144 < 0, △(P1 ) = 144 > 0, △(P3 ) = 144 > 0, △(P3 ) =
−144 < 0, pela Propriedade (6.3) existem extremos nos pontos P1 e P2 .
Como D11 (−1, 3) > 0, a função tem mínimo relativo em P1 (−1, 3) este valor de
mínimo é f (−1, 3) = −34 .
Como D11 (−5, −1) < 0, no ponto P2 (−5, −1) tem máximo relativo, este valor de
máximo é f (−5, −1) = 30 . Nos pontos P0 (−1, −1) e P3 (−5, 3) a função tem pontos de
sela.
Portanto, a superfície tem no ponto (−1, 3, −34) seu gráfico mas baixo, no ponto
(−5, −1, 30) seu ponto mais alto, e os pontos (−5, 3, −2) e (−1, −1, −2) são pontos de
sela.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 351
Exemplo 6.6.
Determine os extremos relativos de f (x, y) = x3 + y 3 − 3xy.
Solução.
Temos:
D1 f (x, y) = 3x2 − 3y = 0; D2 f (x, y) = 3y 2 − 3x = 0
D11 f (x, y) = 6x, D12 f (x, y) = D21 f (x, y) = −3, D22 f (x, y) = 6y
respectivamente.
Pela Propriedade (6.3), no ponto (0, 0) não existe extremo. No ponto (1, 1) existe
mínimo relativo f (1, 1) = −1.
Propriedade 6.4.
Seja f : S ⊂ Rn −→ R uma função que tem suas derivadas parciais de segunda ordem
contínuas no conjunto aberto S ⊂ Rn . Seja X0 ∈ S para o qual
Seja o Hessiano de f :
D11 f (x0 , y0 ) D12 f (x0 , y0 ) · · · D1n f (x0 , y0 )
[ 2 ]
D21 f (x0 , y0 ) D22 f (x0 , y0 ) · · · D2n f (x0 , y0 ) ∂ f
△ = .. .. .. ..
= det ∂xi ∂xj
. . . .
Dn1 f (x0 , y0 ) Dn2 f (x0 , y0 ) · · · Dnn f (x0 , y0 )
Exemplo 6.7.
352 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
Exemplo 6.8.
Achar os extremos relativos da função f (x, y) = x2 y 2 .
Solução.
Exemplo 6.9.
O conjunto S = { (x, y) ∈ R2 /. x ≤ y 2 } é um conjunto fechado, mas não limitado.
Exemplo 6.10.
O conjunto S = { (x, y) ∈ R2 /. x2 + y 2 ≤ 9 } é um conjunto fechado e limitado, logo
S é compacto.
f (P ) ≤ f (X) ≤ f (Q)
Exemplo 6.11.
Determine os extremos da função f (x, y) = x2 + y 2 − 2x − 2y no conjunto
Solução.
Exemplo 6.12.
Achar os pontos de máximo e mínimo da função f (x, y) = x3 + y 3 − 3xy na região
S = { (x, y) ∈ R2 /. 0 ≤ x ≤ 2, −1 ≤ y ≤ 2 }.
Solução.
∂f ∂f
(x, y) = 3x2 − 3y = 0, (x, y) = 3y 2 − 3x = 0
∂x ∂y
resolvendo estas igualdades obtemos os pontos crítico P0 (0, 0), P1 (1, 1) ∈ S de onde
f (0, 0) = 0 e f (1, 1) = −1.
Análise dos pontos de fronteira.
Exemplo 6.13.
O lucro obtido na produção de x unidades de um produto A e y unidades de um produto
B está dado pelo modelo L(x, y) = 20x − 16y − (0, 002)(x2 + xy + y 2 ) + 20.000. Determine
o nível da produção para que o lucro seja máximo.
Solução.
∂L ∂L
= 20 − (0, 002)(2x + y) = −16 − (0, 002)(2y + x)
∂x ∂y
∂L
= 20 − (0, 002)(2x + y) = 0 ⇒ 2x + y = 10.000
∂x
∂L
= −16 − (0, 002)(2y + x) ⇒ x + 2y = 8.000
∂y
Resolvendo esse sistema de equações segue que x = 4.000 e y = 2.000. Por outro lado
∂L ∂ 2L ∂ 2L
= 20 − (0, 002)(2x + y) ⇒ = −0, 004x e = −0, 002
∂x ∂x2 ∂y∂x
∂L ∂2L ∂ 2L
= −16 − (0, 002)(2y + x) ⇒ = −0, 004y e = −0, 002
∂y ∂y 2 ∂x∂y
−0, 004x −0, 002
△(x, y) = = 0, 000008(x − y)
−0, 004y −0, 002
∂ 2L
Como △(4.000, 2.000) = 0, 016 > 0 e (4.000, 2.000) = −0, 004(4.000) < 0
∂x2
Concluímos que o lucro L é máximo quando x = 4.000 e y = 2.000, observe que
L(4.000, 2.000) = 12.000 é o lucro máximo.
Exemplo 6.14.
Determine a equação do plano que passa pelo ponto (1, 2, 1), e corta os eixos coorde-
nados em um tetraedro de volume mínimo.
Solução.
A equação simétrica do plano que corta os eixos nos pontos (a, 0, 0), (0, b, 0) e (0, 0, c)
x y z
é dada pela equação + + = 1
a b c
Como (1, 2, 1) pertence ao plano, então cumpre a igualdade
1 2 1
+ + =1
a b c
356 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
o volume do tetraedro formado pelos pontos de interseção do plano com os eixos coorde-
1 1 1 2 1
nados é V (a, b, c) = abc. Seja função F (a, b, c) = abc + λ( + + − 1) logo
6 6 a b c
∂F 1 λ
= bc − 2 = 0 (6.1)
∂a 6 a
∂F 1 2λ
= ac − 2 = 0 (6.2)
∂b 6 b
∂F 1 λ
= ab − 2 = 0 (6.3)
∂c 6 c
∂F 1 2 1
= + + −1=0 (6.4)
∂λ a b c
De (6.1) menos (6.2) temos λ(2x − y) = 0. De (6.2) menos (6.3) temos λ(2z − y) = 0.
Assim, y = 2x = 2z ⇒ x = z. Substituindo em (6.4) segue que (3, 6, 3) é ponto
crítico.
x y z
Observe que V (3, 6, 3) = 9, a equação do plano procurado é + + = 1.
3 6 3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 357
Exercícios 6-1
2
1. z = x2 + 2
+ y2 2. z == 18x2 − 32y 2 − 36x − 128y − 110
xy
1 8
3. = + xy − 4. z = sen (x + y) + sen x + sen y
x y
1 4 8
5. z= − 2 − 2 6. w = x2 + y 2 + z 2 − 4x + 6y − 2z
xy x y xy
7. z = 4xy 2 − 2x2 y − x 8. z = x3 + y 3 + 3xy 2 − 18(x + y)
9. f (x, y) = x4 − y 4 + 8xy − 4y 2 10. f (x, y) = x2 y 2 − 5x2 − 8xy − 5y 2
y z 2 50 20
11. f (x, y, z) = x + + + 12. z = xy − + , x > 0, y > 0
x y z x y
13. f (x, y) = x − 3xy + y 3
3
14. f (x, y) = 120x + 120y − xy − x2 − y 2
√
f (x, y) = − 3 2x2 + y 2 16. f (x, y) = (2x2 + y 2 )e−(x +y )
2 2
15.
17. f (x, y) = (x − 1)2 + (y − 4)2 18. f (x, y) = 9 − (x − 2)2 − (y + 3)2
19. f (x, y, z) = x2 + y 2 − z 2 + xy 20. f (x, y) = x2 + xy + y 2 − 3x − 6y
5. Achar três números reais positivos, de modo que sua soma seja 24, e seu produto o
maior possível.
6. Um fabricante deseja construir uma caixa de 36cm3 com tampa. Quais as dimensões
a serem consideradas para minimizar custos? Sabe-se que o fundo e a tampa da caixa
custam o dobro que os lados por cm2 .
7. Achar a distância mínima entre o ponto (0, −2, 4) e os pontos do plano x+y −z = 5.
358 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
9. Mostre que todos os triângulos com um perímetro dado, o de maior área é o equi-
látero.
13. Determine um ponto dentro de um quadrilátero, para o qual a soma dos quadrados
das distâncias entre tal ponto e os vértices seja mínima.
14. Uma caixa retangular está sobre o plano-xy com um dos vértices na origem. En-
contre o volume máximo da caixa se o vértice oposto à origem pertence ao plano
6x + 4y + 3z = 24.
15. Achar as dimensões do maior paralelepípedo retangular com três de suas faces nos
planos coordenados e um vértice sobre o plano x + 3y + 2z = 6, sabe-se que x, y, z
são positivos. Resposta; comprimento = 2, largura = 2/3 e altura = 1.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 359
16. Verificar que a função f definida por f (x, y) = x2 + y 4 , tem um mínimo na origem,
e não satisfaz as condições do teorema da derivada segunda.
17. Para os seguintes exercícios use o teorema de Weierstrass (teorema de valores extre-
mos) para dizer se é possível garantir a priori, se o problema de otimização possui
ou não uma solução.
1. f (x, y) = x3 + 12xy + y 3 + 5
xy 1 1
2. f (x, y) = + −
8 x y
3. f (x, y) = x − y 3 + 3x2 + 3y 2 − 9x
3
19. Determine os valores de máximo e mínimo para f (x, y) = sen x + cos y no retângulo
R definido por 0 ≤ x ≤ 2π, 0 ≤ y ≤ 2π. Resposta: −2 é o mínimo absoluto e 2 é o
máximo absoluto
20. Obter o máximo e mínimo absolutos das seguintes funções nas regiões indicadas
1. f (x, y) = xy 2 + 2x + y 4 + 1 na região x2 + y 2 ≤ 1
2. f (x, y) = 6x2 + 18xy + 4y 2 − 6x − 10y + 5 no quadrado 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1.
21. Deseja-se construir uma caixa, retangular com tampa, cujo volume é de 2744 cm3 ,
sendo que a quantidade de material para a sua fabricação deve ser mínima.
22. Deseja-se construir uma caixa, retangular com tampa, de 64cm3 de volume. O custo
do material a ser usado é de 1u.m. por cm2 para o fundo e tampa, 4u.m. por cm2
para um par de lados opostos e 2u.m. por cm2 para o outro par de lados opostos.
Determine as dimensões da caixa de tal maneira que o custo seja mínimo.
360 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
23. Determine três números positivos cujo produto seja 100 e cuja soma seja mínima.
25. Determine a temperatura mínima num disco de raio igual a 1 centrado na origem,
sabe-se que a temperatura T em qualquer ponto (x, y) do plano é dada por T (x, y) =
3y 2 + x2 − x − 7.
26. Determine a temperatura máxima num disco de raio igual a 2 centrado na origem,
sabe-se que a temperatura T em qualquer ponto (x, y) do plano é dada por T (x, y) =
−y 2 − x2 − 2x + 2y + 8.
27. Uma indústria produz dois produtos denotados por A e B. O lucro da indústria
pela venda de x unidades do produto A e y unidades do produto B é dado pela
função L(x, y) = 60x + 100y − 1, 5x2 − 1, 5y 2 − xy. Supondo que toda a produção da
indústria seja vendida, determinar a produção de tal modo que o lucro seja máximo.
Rpta. x = 10, y = 30, L(10, 30) = 1800 u.m.
28. Obter as dimensões do paralelepípedo retangular de maior volume que pode ser
2
inscrita numa esfera de raio R = 1. Resp: Cubo de lado √
3
29. Determine o máximo e mínimo para função f (x, y, z) = x + y − z com restrição na
esfera B = { (x, y, z) : x2 + y 2 + z 2 = 1 } .
logo teremos que achar os pontos críticos desta nova função; isto é temos que resolver o
sistema
D1 F (x, y, λ) = D1 f (x, y) + λD1 g(x, y) = 0
D2 F (x, y, λ) = D2 f (x, y) + λD2 g(x, y) = 0 (6.6)
D3 F (x, y, λ) = g(x, y) = 0
De acordo com a natureza do problema decidimos quais são os pontos críticos corres-
pondente a um máximo ou a um mínimo.
Exemplo 6.15.
Determine os valores máximos e mínimos da função f (x, y) = x + 2y + 6 sobre a
x2 y 2
região limitada pela elipse + = 1.
9 4
Solução.
x2 y 2
Seja g(x, y) = + − 1 = 0. Escrevemos
9 4
[ ]
x 2 y2
F (x, y, λ) = x + 2y + 6 + λ + −1
9 4
2xλ
D1 F (x, y, λ) = 1 + =0
9
2yλ
D2 F (x, y, λ) = 2 + =0
42
2
D3 F (x, y, λ) = x + y − 1 = 0
9 4
9
Eliminando λ nas duas primeiras igualdades temos x = y. Ao substituir na terceira
8
9y 2 y 2 8
igualdade obtemos 2 + = 1 de onde y = ± .
8 4 5
9 8 9 8 9 8
Deste modo os pontos críticos de f são (± , ± ), de onde f ( , ) = 11, f (− , − ) =
5 5 5 5 5 5
1.
9 8
O máximo é 11 e obtém-se quando ( , ).
5 5
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 363
9 8
O mínimo é 1 e obtém´se quando (− , − ).
5 5
Exemplo 6.16.
Achar o extremo condicionado da função z = x + 2y, se x2 + y 2 = 5.
Solução.
∂F ∂F
= 1 + 2λx, = 2 + 2λy
∂x ∂y
Observação 6.4.
Para o caso de impor mais restrições, o método de Lagrange pode ser estendido usando
vários multiplicadores. Em particular se queremos achar pontos críticos da função z =
f (x, y), sujeitas a duas condições laterais g(x, y) = 0 e h(x, y), teremos que achar os
pontos críticos da função
Exemplo 6.17.
Encontre o valor mínimo de f (x, y, z) = 3x2 +y 2 +2z 2 restrita ao plano 4x−3y−2z =
40.
Solução.
de onde
∂F ∂F ∂F
= 6x + 4λ, = 2y − 3λ, = 4z − 2λ
∂x ∂y ∂z
resolvendo o sistema
6x + 4λ = 0
2y − 3λ = 0
4z − 2λ = 0
4x − 3y − 2z − 40 = 0
de onde x = 4, y = −6 e z = −3, logo (4, −6, −3) é o único ponto crítico.
Observe que f (4, −6, −3) = 102, considerando qualquer outro ponto da restrição, por
exemplo (10, 0, 0) temos f (10, 0, 0) = 300.
Portanto, o valor mínimo de f é 102,
Exemplo 6.18.
Determine máximo e mínimo condicionado da função f (x, y, z) = 20 + 2x + 2y + z 2
restrita esfera x2 + y 2 + z 2 = 11 e ao plano x + y + z = 3.
Solução.
∂F ∂F ∂F
de onde = 2 + λ + 2xµ, = 2 + λ + 2yµ, = 2z + λ + 2zµ, resolvendo
∂x ∂y ∂z
o sistema
{
2 + λ + 2xµ = 0 2 + λ + 2yµ = 0 2z + λ2zµ = 0
x+y+z−3=0 x2 + y 2 + z 2 − 11 = 0
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 365
91
Portanto, f = 25 é o máximo, e f = é o mínimo.
3
Exemplo 6.19.
Determine o ponto da interseção dos planos x + y + z = 1 e 3x + 2y + z = 6 mais
próximo da origem.
Solução.
de onde
∂F ∂F ∂F
= 2x − λ − µ, = 2y − λ − 2µ, = 2z − λ − µ
∂x ∂y ∂z
e obtemos o sistema
2x − λ − µ = 0 ⇒ 2x = λ + µ (6.8)
2y − λ − 2µ = 0 ⇒ 2y = λ + 2µ (6.9)
2z − λ − µ = 0 ⇒ 2z = λ + µ (6.10)
x+y+z−1 ⇒ x+y =1−z (6.11)
3x + 2y + z − 6 ⇒ 3x + 2y = 6 − z (6.12)
366 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
22
de onde λ == , µ = 4.
3
7 1 5
Aplicando o critério dos multiplicadores de Lagrange, verifica=se que em ( , , − )
3 3 3
existe o ponto procurado. √ √
7 1 5 5 3
Portanto, a distância mínima procurada é ( )2 + ( )2 + (− )2 =
3 3 3 3
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 367
Exercícios 6-2
6. Uma caixa retangular tem três faces nos planos coordenados e um vértice P =
(x, y, z) no primeiro octante sobre a superfície x2 + y 2 + z = 1. Calcule o volume da
maior caixa com essas características.
8. Determine a reta que melhor se ajusta aos pontos (0, 0), (−1, 2), (−2, −1), (2, 3), (1, 2)
e (3, 2).
9. Determine a reta que melhor se ajusta aos pontos (−3, −5), (−1, −2), (2, 1), (1, −1),
(5, −1), (4, 3) e (3, 4).
13. Seja um retângulo de lados 3cm e 5cm. Calcule um valor aproximado para a variação
da área deste retângulo quando as medidas de seus lados são modificadas para
3, 01cm e 4, 95cm, respectivamente.
14. Seja um triângulo retângulo cujos lados menores medem 4cm e 6cm. Calcule um
valor aproximado para a variação da área deste triângulo quando as medidas seus
lados são modificadas para 3, 99cm e 5, 95cm, respectivamente.
368 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
16. Determine os extremos relativos da função dada em cada caso, com as restrições
indicadas.
20. Um container (no formato de paralelepípedo) tem que ter um volume de 13, 5m3 .
Aplicando multiplicadores de Lagrange achar as dimensões do container com esse
volume e custo mínimo, se o preço de construção da base é R$60, 00 por metro
quadrado e os lados e a tampa custam R$40, 00 o metro quadrado.
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 369
21. Achar as dimensões do cilindro circular reto com área de superfície mínima cujo
volume é V0 unidades cubical.
22. Use multiplicadores de Lagrange para achar as dimensões da caixa retangular de vo-
lume máximo que pode ser inscrita(com as arestas paralelas aos eixos coordenados)
x2 y 2 z2
no elipsóide + + = 1.
9 49 25
23. Prove que o produto de três números positivos x, y, z cuja soma é S, é máximo
quando os três números são iguais.
√
3 xyz ≤
x+y+z
24. Usar o resultado do exercício anterior para mostrar que .
3
25. Maximize a função f (x, y, z) com as restrições dadas.
26. Fazer uso dos multiplicadores de Lagrange para resolver os seguintes problemas
1
1. Obter os pontos críticos de f (x, y) = 4x + y 3 + 3 sujeito a restrição x2 + y 2 = 1
2
2. Obter os pontos sobre a curva de interseção do plano x + y + z = 1 e a superfície
x2 + y 2 − z 2 = 1 que estão mas perto e mais longe da origem.
27. Calcular os extremos absolutos das seguintes funções sujeita à restrição indicada:
28. Determine a distância mínima entre a superfície 4x2 + y 2 − z = 0 e o ponto (0, 0, 8).
29. Se a temperatura sobre uma esfera de raio 1 é dada por T (x, y, z) = xz + yz,
determine os pontos em que a temperatura é mais baixa e os pontos em que a
temperatura é mais alta.
30. Se a densidade na placa xy +xz +yz = a, (x, y, z ̸== 0) é dada por D(x, y, z) = xyz,
determine os pontos da placa onde a densidade é máxima e onde é mínima.
y2 z2
32. Determine os pontos extremos de f (x, y, z) = xyz tais que x2 + + 3
= 1.
12
33. De todos os paralelepípedos retangulares cuja soma das arestas é constante e igual
a 4B (B > 0), qual é o que tem volume máximo?
36. Um depósito cilíndrico de aço fechado deve conter 2 litros de um fluido. Determine
as dimensões do depósito de modo que a quantidade de material usada em sua
construção seja mínima.
37. Um fio de cobre de comprimento B, deve ser dividido em 3 partes tais que o produto
dos comprimentos das partes seja máximo. Determine o produto.
1∑
n
√
n
x1 x2 x3 · · · xn ≤ xi
n i=1
Cálculo Integral e Funções de Várias Variáveis 371
Miscelânea 6-1
1. f (x, y) = x2 + y 2
2. f (x, y) = 4xy 2 − 2x2 y − x
xy 1 1
3. f (x, y) = + + . (x, y) ̸= (0, 0)
8 x y
f (x, y) = 2(x2 + y 2 )−(x
2 +y 2 )
4.
x2 +y 2
5. f (x, y) = (x2 − y 2 )− 2
x2 − y 2
6. f (x, y, z) =
x2 + y 2 + 1
√4
3xyz
7. f (x, y, z) =
3+x+y+z
8. f (x, y) = −(x2 − 1)2 − (x2 y − x − 1)2
1. z = xy x+2y 2. z = xy 2 (1 − x − y) 3. z = y 2 + x2 y + x4
4. z = (x − y 2 )(x − y 3 ) 5. z = 2x2 + y + 3 6. 3x3 + y 2 + 3xy
∂ 2y 2
2∂ y
6. Seja y = f (x − αt) + g(x + αt). Mostre que = α qualquer que sejam
∂t2 ∂x2
as funções f e g duas vezes deriváveis.
∂ 2z ∂z
7. Seja z = f (x) + g(y) + (x − y)g ′ (y). Verificar que (x − y) = qualquer
∂x∂y ∂y
que sejam as funções f e g duas vezes deriváveis.
372 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
10. A função de produção de Cobb-Douglas para certo produto é dada por f (x, y) =
√
100 4 x3 y, onde x representa o número de unidades de mão de obra (R$150, 00 o
custo por unidade) e y representa o número de unidades do capital (R$250, 00 o custo
por unidade). Se o custo total de mão de obra e capital é limitado a R$50.000, 00,
determine o número de unidades de mão de obra e de capital que maximizam a
produção. Determine também a produção máxima.
11. O custo total de produção de uma firma produtora de dois bens é dado por C(x, y) =
8x2 − xy + 12y 2 onde x e y representam o número de unidades de cada um dos bens.
Determine os valores de x e y que minimizam o custo, se a firma é obrigada, por
contrato, a produzir um total de 42 produtos. Qual é o custo mínimo?
Índice
373
374 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.
[1] Abellanas P. & Perez Beato M.- Curso de Matemáticas em Forma de Proble-
mas.- Sociedad Anónima Española de Traductores y Autores. 1960.
[4] Lang Serge.- Cálculo I.- Vol I e II Fondo Eduativo Interamericano S. A. 1973.
[5] Larson R. & Hostetler R. & Edwards B.- Cálculo com Geometria Analítica.-
Vol II. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1998. Rio de Janeiro.
[7] Marsden J. & Tromba A..- Cálculo Vectorial. - Editorial Reverte. 1983.
[8] Meza Mitac M. & Ortega Carlos P.- Cálculo III. - Editorial San Marcos. 1987.
Lima-Perú.
[10] Pinedo Christian Q.- Cálculo diferencial em R.- Universidad de Málaga Espanha,
2008.
[11] Pinedo Christian Q.- Matemática Aplicada I.- FADEP Pato Branco, 2000.
[12] Protter Murraty & Charles Morrey.- Análisis Matemático. - Fondo Educativo
Interamericano. 1969 - Lima - Perú.
[13] Murraty R. Spiegel.- Cálculo Superior. - Coleção Schaum. 1973 - Lima - Perú.
[14] Purcell E. & Varberg D. & Steven R..- Cálculo. - Editorial Pearson. 2007.
[15] Rivaud J.- Exercices dánalyse- Livrarie vuibert Paris. Tomo I e II, 1971.
377
378 Pinedo C. J. Q. & Castillo M. N.Q.