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O1. PRINCÍPIOS DO ESPIRITISMO

Nossa Terapia Psíquica e Espiritual é aplicada em Casa Espírita, ou Centro Espírita, seguindo os ensinamentos
de Allan Kardec. Além do conhecimento transmitido por Allan Kardec utilizamos outros autores, como Dr.
José Lacerda, Chico Xavier, Divaldo Franco, J. S. Godinho e muitos outros que através de seus escritos nos
deram uma compreensão maior do objetivo da vida, da continuidade da vida após a morte do corpo físico,
do mundo espiritual e de suas relações com o mundo dos homens, os encarnados.

Assim sendo, vamos conhecer o que é o Espiritismo, conhecendo as três formas como ele pode ser
entendido, ou seja, vamos conhecer os três aspectos do Espiritismo:

Segundo Allan Kardec1, o Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação, uma doutrina
filosófica e uma religião. Como ciência ele pesquisa e estuda as manifestações dos espíritos; como filosofia,
ele tira dessas pesquisas e estudos as consequências morais que resultam das relações entre encarnados e
desencarnados; como religião ele aplica esses princípios morais no dia a dia das pessoas que são seguidoras
do Espiritismo.

Existem três graus de pessoas que adotam o espiritismo:

1º. Os que creem nas manifestações e se limitam a comprová-las; para esses, o Espiritismo é uma ciência
experimental.
2º. Os que percebem as consequências morais que resultam desse contato com os espíritos; para esses o
espiritismo é uma filosofia de vida.
3º. Os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral; para esses o espiritismo é ciência, filosofia e
religião.

1. O Aspecto Científico

Ciência: “Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto de estudo, obtidos


mediante a observação.”(Fonte: Dicionário Aurélio) O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza,
origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. O Espiritismo é a ciência
que vem revelar aos homens, por meio de provas, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas
relações com o mundo material. Ele nos mostra o mundo espiritual, não mais como coisa sobrenatural, mas,
ao contrário, como uma das forças vivas e incessantes, atuantes da Natureza como a fonte de uma
imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e, por isso, considerados fantásticos e misteriosos.

Todas as ciências são fruto de observações sucessivas, apoiadas em um ponto conhecido, para chegar ao
desconhecido. Foi assim que os Espíritos procederam com relação ao Espiritismo. Foram e continuam
ensinando gradativamente, aos poucos, de tempos em tempos eles trazem novos ensinamentos ao homem
encarnado. Nessa continuidade dos ensinamentos é que encontramos a Apometria.

Dizemos que o Espiritismo é científico porque ele não estabelece um princípio antes que seja demonstrado,
testado e comprovado. O fato espírita (objeto de estudo) é a comunicação com os espíritos. Por isso, é
perfeitamente aceitável que os novos ensinamentos trazidos pela Apometria, uma vez que esses
ensinamentos são verificáveis quando entramos em contato com os espíritos.

2. O Aspecto Filosófico
O aspecto filosófico do Espiritismo vem, primeiramente, de O Livro dos Espíritos: “De fato, o Espiritismo é
uma doutrina filosófica, embora seus princípios sejam comprovados experimentalmente, o que lhe confere
também o caráter científico. Quando o Homem pergunta, interroga, cogita, quer saber o “como” e o
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O Livro dos Espíritos.
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“porquê” das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, nasce a Filosofia, que mostra o que são as coisas e
porque são as coisas o que são. O caráter filosófico do Espiritismo está, portanto, no estudo que faz do
Homem, sobretudo Espírito, de seus problemas, de sua origem, de sua destinação. Esse estudo leva ao
conhecimento do mecanismo das relações dos Homens, que vivem na Terra, com aqueles que já se
despediram dela pela morte, estabelecendo as bases desse permanente relacionamento, e demonstra a
existência, inquestionável de algo que tudo cria e tudo comanda, inteligentemente – DEUS.

3. O Aspecto Religioso
Religião: “Crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada como criadora do universo,
e que, como tal, deve ser adorada e obedecida. Modo de pensar ou agir, princípios.” (Fonte: Dicionário
Aurélio.
O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, pois tem as bases fundamentais de todas as
religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas, não é uma religião constituída, pois não tem culto, nem rito, nem
templos e que, entre seus adeptos, nenhum tomou, nem recebeu o título de sacerdote ou de sumo
sacerdote. Por que, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Em razão de que, na opinião
geral, a palavra religião é inseparável da de culto, que o Espiritismo não tem. Eis por que simplesmente se
diz: o espiritismo é doutrina filosófica e moral. O aspecto religioso da Doutrina Espírita fundamenta-se em
Deus e Jesus, conforme se lê na questão 625 de O Livro dos Espíritos: Qual o tipo mais perfeito que Deus
tem oferecido ao homem para, lhe servir de guia e modelo? – Jesus.

O que ensinam as religiões cristãs sobre a morte

A Terapia Psíquica e Espiritual consiste na aplicação de certas técnicas e do uso do diálogo com a finalidade
de esclarecer espíritos e vidas passadas que estejam relacionados ao problema que aflige a pessoa
encarnada que nos solicitou o tratamento. A pergunta é: esclarecer em que sentido? O objetivo do diálogo
com espíritos e com vidas passadas de encarnados é o esclarecimento. Isto significa que eles tinham crenças
equivocadas sobre a finalidade da vida, sobre o mundo espiritual, sobre Deus e sua criação, sobre si mesmos
etc. Essas crenças equivocadas ou são fruto do ensinamento errado das religiões, ou mesmo da ausência de
religião, quando a pessoa não acredita em Deus, nem que haja continuidade da vida após a morte: morreu o
corpo, tudo acaba segundo pensam os materialistas.

Os apometras precisam conhecer o modo de pensar das outras religiões, para poder esclarecer os espíritos
ou as vidas passadas que incorporam em médiuns durante a terapia psíquica e espiritual. Com a morte do
corpo, a alma conserva sua individualidade, suas características, sua forma de pensar, seus sentimentos de
amor e de ódio, seus preconceitos, seus vícios e suas virtudes, e quando se vê na realidade do mundo
espiritual, muitas vezes se decepciona por ser diferente do que ela acreditava, e sofre muito, fica
completamente confuso. Muitas vezes, por sintonia vibratória, é atraído para regiões do plano espiritual que
são comandadas por espíritos sem luz, e estes criam um ambiente similar ao que o espírito esperava
encontrar, dessa forma o prendem naquela região, o escravizam e vampirizam, usando-o para atormentar
outros espíritos ou encarnados. Temos exemplos dessas situações na literatura espírita, nos livros de Chico
Xavier, Divaldo Franco e outros médiuns que escrevem sobre colônias, cidades, fortalezas, vales e outras
regiões do plano espiritual, umas habitadas por espíritos mais esclarecidos, porém, a maioria, habitada por
espíritos de pouca ou nenhuma luz.

Quando dizemos que o apômetra deve conhecer como pensam as religiões cristãs, é porque a maioria dos
espíritos e das vidas passadas que se comunicam conosco durante a nossa terapia, são ou materialistas e
ateus, ou cristãos. Porém, às vezes também nos deparamos com judeus e muçulmanos, ainda que
raramente, por isso o ideal seria conhecer os fundamentos básicos de todas as religiões, já que cabe a um
dialogador conversar com quem incorporou para descobrir qual é o seu problema e ajudar a solucionar a
questão que o aflige, dessa forma conseguindo a sua harmonização. Muitas vezes o espírito ou a vida
passada tem suas desarmonias ligadas à crença religiosa que tinham quando encarnados, por isso, o
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dialogador precisa conhecer o básico das crenças religiosas ocidentais, para executar seu trabalho com
sucesso. Vejamos resumidamente como as principais religiões cristãs ensinam o que acontece após a morte
do corpo físico:

Para melhor entendimento, vamos comparar o pensamento das outras religiões cristãs com o espiritismo:

Catolicismo: A igreja católica, que surgiu após a passagem de Jesus entre nós, e que atraiu para si o
movimento do cristianismo primitivo, tem como princípios: a Existência de Deus, dos santos, dos anjos, dos
demônios. O Papa é o representante de Deus na terra. Considera o homem um pecador por causa da
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desobediência do primeiro homem, Adão. Considera que o batismo elimina esse pecado herdado de Adão e
que os pecados cometidos por cada católico podem ser perdoados pelo padre confessor, em nome de Jesus.
Considera que após a morte do corpo físico a alma que morreu sem pecado, ou por não ter cometido ou por
ter sido perdoado após a confissão com o padre, essa alma vai para o céu. Quem morreu sem ter os pecados
perdoados, se não tinha pecado grave, vai para o purgatório, uma situação temporária, onde depois de um
tempo de sofrimento, poderá ir para o céu. Se a pessoa tinha cometido pecado grave e não foi perdoada, a
alma vai para o inferno, que é eterno. Os demônios são opositores de Deus. O catolicismo acredita também
na ressurreição da carne, ou seja, como aconteceu com Jesus, que eles acreditam ter ressuscitado em seu
corpo físico, eles pensam que no dia do Juízo Final, quando Deus julgar todos os homens, os mortos serão
ressuscitados em seus corpos físicos, para serem julgados por Deus.

A Igreja proclamou, em muitas ocasiões, a sua fé na ressurreição de todos os mortos no


final dos tempos. Trata-se, de certo modo, da “extensão" da Ressurreição de Jesus Cristo,
«o primogênito entre muitos irmãos» (Rm8,29) a todos os homens, vivos e mortos, justos
e pecadores, que terá lugar quando Ele vier no final dos tempos (cf. Catecismo, 997). [...]
O corpo ressuscitado será real e material, mas não terreno nem mortal. São Paulo fala do
corpo ressuscitado como “glorioso" (cf. Fl 3,21) e “espiritual" (cf. 1 Cor 15,44). [...]Por um
lado, a morte é natural no sentido em que a alma pode separar-se do corpo. Logo depois
da morte irá para o Céu, para o Inferno ou para o Purgatório. Para que isto se verifique,
existe aquilo a que a Igreja chamou de juízo particular (cf. Catecismo, 1021-1022). [...}

A Escritura (bíblia) ensina que a morte entrou no mundo por causa do pecado
original (cf. Gn 3,17-19; Sb 1,13-14; 2,23-24; Rm 5,12; 6,23; Tg 1,15; Catecismo, 1007).
Neste sentido, deve ser considerada como castigo pelo pecado; [...] Para quem vive em
Cristo pelo Batismo, a morte continua a ser dolorosa e repugnante, mas já não é uma
lembrança viva do pecado, mas uma oportunidade preciosa de poder se redimir com
Cristo, mediante a mortificação e a entrega aos outros. (Catecismo, 1010).[...]«O céu é o
fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de
felicidade suprema e definitiva» (Catecismo, 1024); (Catecismo, 1023). " [...]A Sagrada
Escritura afirma, repetidas vezes, que os homens que não se arrependerem dos seus
pecados graves perderão o prêmio eterno da comunhão com Deus, sofrendo, pelo
contrário, a desgraça perpétua. [...]Sem dúvida, a existência do inferno é um mistério: o
mistério da justiça de Deus para com aqueles que se fecham ao Seu perdão
misericordioso. [...] Alguns autores pensaram na possibilidade da aniquilação do pecador
impenitente quando morre. Esta teoria é difícil de conciliar com o fato de que Deus deu,
por amor, a existência – espiritual e imortal – a cada homem.[...]

Embora a doutrina do Purgatório não tenha sido definida formalmente até a Idade Média
[15], a antiga prática de oferecer sufrágios pelos defuntos, é indício claro da fé da Igreja
na purificação ultra-terrena. Não teria sentido rezar pelos defuntos se estivessem ou já
salvos no céu ou então condenados no inferno. Os protestantes, na sua maioria, negam a
existência do purgatório, já que lhes parece uma confiança excessiva nas obras humanas
e na capacidade da Igreja de interceder por aqueles que deixaram este mundo.Mais do
que um lugar, o purgatório deve ser considerado como um estado de temporário e
doloroso afastamento de Deu, devioa ao pecado. O pecado não só ofende a Deus, e causa
dano ao próprio pecador como também, através da Comunhão dos Santos, causa dano à
Igreja, ao mundo, à humanidade. A oração da Igreja pelos defuntos restabelece, de algum
modo, a ordem e a justiça: principalmente por meio da Santa Missa, das esmolas, das
indulgências e das obras de penitência (cf. Catecismo, 1032).2

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https://opusdei.org/pt-br/article/tema-16-creio-na-ressurreicao-da-carne-e-na-vida-eterna/
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Os católicos descrevem o céu como sendo um lugar de muita paz, cheio de santos e anjos, onde reina a
felicidade. O inferno como um lugar de fogo e tortura eternos. Já o purgatório não tem descrição.

O purgatório, segundo a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, é o estado no qual


os fiéis são purificados depois da morte, antes de entrar no céu. Depois da morte, a alma é
julgada por Deus e tem dois destinos: a eternidade feliz (o céu) ou a eternidade infeliz (o
inferno). No céu só entram os puros. O purgatório, então, é uma antessala do céu. As
pessoas que morreram arrependidas de seus pecados e se confessaram, não vão para o
inferno. O que as leva para lá é a culpa dos pecados, mas este também tem as penas
temporais, que é o estrago que ele próprio causou à pessoa, à sociedade e à Igreja como um
todo. Então, essa pessoa tem de passar por um processo de purgamento (daí o nome
purgatório; de purificação) para ver a Deus.
http://www.paroquianossasenhoradocarmo.com/jornal/201011padre_responde.htm

A palavra "purgatório" passou a se referir também a sofrimento pós-morte, qualquer lugar ou condição de
sofrimento ou tormento, e que é temporário. A cultura popular apresenta a ideia do purgatório como sendo
um lugar físico, embora a Igreja católica ensine que o Purgatório não indica um lugar, mas "uma condição de
existência". Wikipédia. Segundo os católicos, outra passagem bíblica que confirma o Purgatório é Lucas 12,
58-59:

Faze o possível para entrar em acordo com o teu adversário no caminho até o
magistrado, para que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o
executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali até pagares o último centavo.” O
Cristo não diz: “Nunca mais sairás dali”, mas ensina claramente: ao fim desta vida,
seremos entregues ao Juiz, que poderá nos mandar a uma prisão de onde não
sairemos até saldarmos as nossas dívidas – mas da qual um dia sairemos. A condenação
não é eterna em alguns casos, diferentes dos daqueles que vão ao Inferno.
http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/existe-o-purgatorio.html

Uma coisa se destaca quando lemos os ensinamentos da igreja católica em seus livros de teologia: foram
escritos por doutores da igreja, padres que estudaram muito a bíblia, e alguns deles, muitos, depois da
morte, quando se depararam com a realidade da vida espiritual, vieram através da mediunidade corrigir seus
ensinamentos, como por exemplo, São Tomás de Aquino, Santo Agostinho e outros, que se manifestaram em
médiuns para se comunicar com Allan Kardec. Depois de mortos entenderam que Paulo estava certo quando
dizia que a ressurreição seria no corpo glorioso, o que Jesus usou para se mostrar aos discípulos após a sua
morte, e não no corpo físico. O corpo glorioso os espíritas chamam de perispírito.

Católicos, Evangélicos e Testemunhas de Jeovah e outras religiões cristãs ensinam também a noção de
“pecado”, que é o que condena o cristão ao inferno ou ao purgatório:

Pecado é qualquer ato, sentimento ou pensamento que vai contra os padrões de


Deus. Quem peca desrespeita as leis divinas, fazendo o que é errado ou injusto do
ponto de vista de Deus. (1 João 3:4; 5:17) A Bíblia também fala sobre o pecado da
omissão, ou seja, deixar de fazer o que é certo. Tiago 4:17.
No entanto, nos idiomas originais da Bíblia, as palavras traduzidas como “pecado” significam “errar o alvo”.
Por exemplo, no Israel antigo, um grupo de soldados era tão experiente em arremesso de pedras que eles
atiravam “sem errar”, ou, numa tradução literal, “sem pecar”. (Juízes 20:16) Assim, pecar é errar o alvo dos
padrões perfeitos de Deus. Jesus nos ensinou que amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como
a si mesmo substitui todas as leis e todos os profetas. Então, podemos dizer aos espíritos e às vidas passadas
com quem estamos dialogando que eles compreenderam errado o significado de “pecado”, por isso sentem
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culpa e remorso. Que sendo a ação considerada como pecado apenas um erro em direção ao alvo-amor,
bastava corrigir a mira e agora acertar, que o pecado deixaria de existir. Essa correção de mira significa, amar,
perdoar, deixar de sentir culpa, remorso, ou raiva e vingança. Essa interpretação está de acordo com o
espiritismo, uma vez que após a morte reencarnamos sucessivas vezes, até acertar o alvo, que é aprender a
amar.

Para os protestantes e evangélicos em geral

Para os protestantes (e todas as suas derivações), após a morte Deus julga a alma e ela é premiada com a
vida imortal no céu ou com a eternidade do inferno. Não acreditam no purgatório. Acreditam na ressurreição
da carne. A condição para ir para o céu é a fé religiosa, não as obras. Segundo eles, a Bíblia não fala muito
sobre o que acontece após a morte:

Há coisas que não sabemos, e elas pertencem ao Senhor, nosso Deus; mas o que ele
revelou, isto é, a sua Lei, é para nós e para os nossos descendentes, para sempre. “Ele fez
isso a fim de que obedecêssemos a todas as suas leis”. Deuteronômio 29.3

Assim como os católicos, acreditam no juízo final, na ressurreição da carne. Não acreditam em santos, mas
acreditam em anjos. Acreditam no pecado, mas não na confissão perante um sacerdote. Para eles, basta
aceitar os ensinamentos da religião, e “aceitar Jesus”, para que o homem se salve. No dia do juízo final os
que estão no céu serão ressuscitados e viverão no reino de Deus que será implantado na Terra.

Quando dialogamos com um espírito ou uma vida passada que tem essa crença, podemos perguntar-lhe se
está no céu ou no inferno. Certamente ela não poderá dizer que estava no céu, pois estava no plano
espiritual de baixa vibração, e precisou ser trazida no trabalho espiritual para ser esclarecida. Se disser que
estava no inferno, pois estava em sofrimento, podemos dizer-lhe que como ela pode ver não é eterno, que
poderá viver novamente para corrigir-se, conforme prometeu Jesus quando disse que para ir ao céu teria que
nascer de novo. Que foi um erro acreditar que nascer de novo significava ser batizado, mas sim nascer
mesmo, em outro corpo físico. Podemos dar a mesma explicação para pecado, a que damos para os
católicos. Podemos dizer que se a bíblia não fala muito sobre o que acontece após a morte, agora que ela já
morreu ela já sabe. E perguntar se quer tirar alguma dúvida.

As Testemunhas de Jeovah

As Testemunhas de Jeovah, estudando a Bíblia, concluíram que após a morte o espírito dorme até o dia do
juízo, quando Deus (Jeovah) julgará os justos e os pecadores, sendo que os justos ganharão por recompensa
a vida eterna, pois serão ressuscitados e viverão para sempre, e os pecadores serão condenados à morte
eterna, serão destruídos junto com Satanás, que é opositor a Deus (Jeovah). Segundo eles, os mortos
dormem nos túmulos memoriais, e isto significa que estão na memória de Jeovah (e eu pergunto: se é a
memória de Jeovah, então porque está no plural? Eu respondo: os mortos são as vidas passadas das pessoas
e dormem na memória do nosso corpo espiritual, por isso está no plural). 4
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Ao dialogarmos com espíritos que foram protestantes ou evangélicos, podemos lembra-lhes que a Bíblia não ensinou
todas as coisas, não falou sobre o que acontece após a morte, e mostrar-lhe que não dormem depois de mortos, e
explicar-lhes o que a Bíblia queria dizer quando falou em “dormir”. Dormir é não ver a verdade. A partir desse ponto
podemos explicar-lhes que voltarão à vida para corrigir seus erros, sendo que Jesus garantiu que daqui ninguém sai até
pagar o último ceitil, e qual o significado disto. Assim podemos intermediar suas brigas com o encarnado que persegue,
obtendo o perdão. Mesma coisa podemos falar às Testemunhas de Jeovah, e a eles podemos explicar que os túmulos
memoriais são nossa memória espiritual, podemos inclusive mostrar-lhes outras personalidades que ficam junto com
ele (no subconsciente), que ali é o túmulo memorial.
4
Na Apometria, ferramenta que no CEAK usamos para fazer tratamento espiritual de desobsessão, as vidas passadas
das pessoas são chamadas de Personalidades Múltiplas. Isto porque para cada vida o Espírito projeta, cria, uma
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“Os mortos não sabem absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5). Eles não estão vivos e não
têm existência consciente em nenhum lugar. Lázaro simplesmente dormia na morte.
— João 11:11. Quem será ressuscitado? 28 Não fiquem admirados com isso, pois vem a
hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz dele+ 29 e sairão: os
que fizeram coisas boas, para uma ressurreição de vida; e os que praticaram coisas ruins,
para uma ressurreição de julgamento. (João 5:28, 29) Similarmente, Apocalipse 20:13 diz:
“O mar entregou os mortos nele, e a morte e a Sepultura entregaram os mortos nelas.”
Ao dialogar com uma vida passada ou um espírito que foi Testemunha de Jeovah, podemos pergunta-lhe se
estava dormindo. Isso basta para mostrar-lhe que ele estava equivocado com o que acontece com os mortos.
Mas também podemos usar os argumentos que usamos com os católicos e evangélicos, inclusive com
relação ao pecado. Será fácil para que compreendam, pois já desencarnaram e já viram que a realidade do
mundo espiritual é diferente do que imaginavam.

Resumindo: as religiões judaico-cristãs acreditam que após a morte do corpo físico a alma passa por um
julgamento pessoal de sua vida e dos pecados que cometeu, cujo resultado a enviará para o
céu/inferno/purgatório ou sono, onde aguardará o dia do julgamento final, onde todos os mortos serão
ressuscitados e julgados, sendo os pecadores destruídos e os demais viverão no reino dos céus.

Espírita
Espírita é aquele que acredita que somos um espírito imortal, que continua existindo mesmo após a morte
do corpo físico e que pode voltar ao mundo físico em outro corpo, por meio da reencarnação, e a finalidade
da reencarnação é aprender a amar. Após a morte do corpo físico o espírito permanece no corpo espiritual e
vivendo no mundo espiritual, aguardando uma nova encarnação, para continuar a sua jornada de evolução.
Pode interferir na vida dos vivos (encarnados) e com eles se comunicar por meio da mediunidade. Não há
pecado e condenação, apenas erramos contra a lei do amor e precisamos reencarnar para corrigir nosso
erro, por isso reencarnamos em famílias junto com aqueles que nos feriram ou que nós ferimos no passado,
para aprender a amar nossos parentes. Não há juízo final, há avaliações quando a humanidade evolui e se
faz necessário separar os espíritos que não conseguiram evoluir, para que continuem sua jornada em outro
planeta; não há céu nem inferno, há 5 escalas de mundos e o espírito evolui em todos esses mundos. O
espírita acredita que, além do corpo físico e do espírito, temos corpos espirituais, ensinamento que podemos
encontrar na própria Bíblia:

1 Coríntios capítulo 15 versículo 44Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual.


Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 42 Assim também é a ressurreição, é
ressuscitado em incorrupção. 43 Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória.
Semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em poder. 44 Semeia-se corpo animal, é
ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Desta forma, podemos compreender de forma diferente o inferno e o purgatório dos católicos: enquanto não
purificado (evoluído), o espírito não pode ir para o céu (mundos celestiais, mundos elevados), permanece no
mundo espiritual e depois reencarna, trabalhando pela sua purificação, vida após vida, evoluindo até
alcançar a condição de Jesus, que era Uno com o Pai. O mundo espiritual, portanto, tem dimensões que
podem se assemelhar ao inferno ou ao purgatório, mas nunca é definitivo, pois o espírito não deixa de
evoluir. Podemos também compreender de forma diferente o entendimento dos protestantes e Testemunhas
de Jeovah sobre o “sono” dos mortos. Está dormindo quem ainda não compreendeu as verdades espirituais.
Se os túmulos são memoriais, significa que os “mortos” estão dormindo na memória de cada espírito, esteja
ele encarnado (habitando um corpo físico) ou no mundo espiritual. Por isso é plural: não é na memória de
Jeovah, é na memória de cada espírito que as vidas passadas permanecem.

Personalidade. Se nascemos e morremos muitas vezes, então temos Personalidades Múltiplas. Todas elas nos
acompanham na vida atual. Depois de morrermos nos tornaremos mais uma Personalidade Múltipla da próxima
encarnação.
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Para dar um nome à crença nos Espíritos Kardec usou as palavras: “Espírita ou Doutrina Espírita”, dizer
“espírita kardecista” é apenas para diferenciar de outras religiões que também fazem contato com os
espíritos ou com entidades através da mediunidade. O Espiritismo tem por princípio a relação do mundo
material com os Espíritos ou seres do mundo espiritual. Os adeptos do Espiritismo são os espíritas.

O Espiritismo não tem como prática: rituais, uso de incensos, imagens ou objetos materiais. Não tem
sacerdotes ou pastores, ou Chefes de terreiro, ou Mães/Pais de Santos, ou Gurus, ou seja, não tem líder
religioso. Não faz reuniões mediúnicas (reuniões para contato com os espíritos) para que as pessoas se
consultem com os espíritos, não faz adivinhações, não faz reuniões para atender necessidades materiais ou
curiosidades. As reuniões mediúnicas são feitas para receber mensagens dos guias (também chamados de
mentores e que sempre trazem conforto e esperança), mensagens de espíritos que desejam escrever para
seus entes queridos, e reuniões para tratamento espiritual de espíritos e de encarnados (vivos). O Espiritismo
não cobra por seus atendimentos e trabalhos. O objetivo maior do Espiritismo é ajudar na evolução MORAL
dos encarnados (vivos) e dos desencarnados (mortos), com base nos divinos ensinamentos de JESUS. Faz isso
para os encarnados através de palestras, estudos, cursos, livros, acolhimento fraterno, passes, mensagens de
espíritos elevados e outras atividades. Para os desencarnados essa ajuda é feita através da caridade fraterna,
as sessões de desobsessão onde o espírita pode esclarecer um desencarnado que incorporou em um
médium, levando a ele consolo, esperança, possibilidade de perdão e os ensinamentos de Jesus.

O Pentateuco Espírita: essa expressão é usada para se referir aos 5 livros deixados por Allan Kardec, que foi o
codificador do espiritismo. É necessário que o espírita leia esses cinco livros, chamados de obra básica, além
de outros livros escritos por espíritos através de médiuns (mediunidade de psicografia), como por exemplo,
André Luiz através do médium Chico Xavier. A leitura dos livros psicografados ajuda a compreender os livros
de Kardec e trazem novas informações.

MARCO FUNDAMENTAL DA CODIFICAÇÃO FOI O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, em 18 de abril de 1857, sob o pseudônimo
Allan Kardec. Esta obra é o alicerce do espiritismo, e foi lançado por Kardec após seus estudos sobre os
fenômenos que, segundo muitos pesquisadores da época, possuíam origem mediúnica, e estavam difundidos
por toda a Europa durante o século XIX. Em ordem cronológica segue:

O LIVRO DOS MEDIUNS (1861): (Mundo Espírita ou dos Espíritos) - analisa a noção de Espírito e toda a série
de imperativos que se ligam a esse conceito. A finalidade de sua existência, seu potencial de auto
aperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864): (Das leis morais) - aborda os ensinamentos morais de Jesus
Cristo, aos quais estaria submetida toda a Criação.

O CÉU E O INFERNO (1865): (Das esperanças e consolações) - esclarece ponderações acerca do futuro do
homem, seu estado após a morte, às alegrias e obstáculos que encontra no além-túmulo.

A GÊNESE (1868): (As causas primeiras) - abordando as noções de divindade, Criação e elementos
fundamentais do Universo.

Allan Kardec foi o nome indicado pelo espírito Zéfiro, para o Professor Rivail assinar os livros por ele escritos.
Allan Kardec é o nome de um mago celta, uma das encarnações do professor Rivail. 5 Portanto, em uma vida
5
Isto consta da biografia de Allan Kardec escrita por André Moreil, Vida e obra de Allan Kardec. Tradução de J. Herculano
Pires, 1986. O espírito Zéfiro relatou que o professor Rivail fora um druida, um mago celta, e lhe sugeriu que usasse seu
antigo nome como pseudônimo para escrever sobre os espíritos, o que ele aceitou; Ver o livro de Eduardo Carvalho
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passada, o professor Rivail foi um mago celta. Na época em que Kardec escreveu seus livros, na França,
Madame Blavatsky organizava a Teosofia e Flamarion publicava livros sobre alquimia, entre outros ocultistas
famosos, que eram amigos do prof. Rivail (Kardec). Havia uma onda de espiritualismo na França. No entanto,
somente Kardec amarrou os conhecimentos espirituais ao Evangelho de Jesus, ou seja, tais conhecimentos
eram destinados à evolução moral das pessoas.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO


Significado da palavra fundamento: base, alicerce, sustentação. Significado da palavra princípios: são os
pontos considerados iniciais e necessários para tratar para um determinado assunto: eles orientam as
condutas que devem ser seguidas. Os princípios do espiritismo determinam as condutas que devem ser
seguidas na Terapia Psíquica e Espiritual com Apometria. Em aulas futuras veremos que Apometria é apenas
uma ferramenta usada na terapia, e o seu uso é feito obedecendo aos princípios do espiritismo.

1. A Crença em Deus.
2. A existência do espírito e a Imortalidade da Alma.
3. A Reencarnação.
4. A Comunicabilidade dos Espíritos.
5. A Pluralidade dos Mundos Habitados.

1. Deus
O Livro dos Espíritos cap. I trata exclusivamente de Deus. Allan Kardec pretendeu demonstrar, com isso, que
o Espiritismo tem na existência de Deus o seu primeiro princípio. Deus é eterno, imutável, imaterial, único
(absoluto), todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Não se pode separar a justiça divina da misericórdia
divina, e essa aparente contradição só existe para nós, que somos limitados. Por ser justo, pelas leis divinas
somos obrigados a colher o que semeamos, porém, por ser Deus misericordioso, a provação nunca será
acima do que podemos suportar. Por isso, os atributos de Deus podem ser assim resumidos: Deus é amor.
Deus é o criador. Criou o universo, que compreende todos os seres materiais e imateriais. Se ele criou tudo o
que existe, ele não tem opositor (a palavra satanás significa opositor). Isto significa que não existe o mal
eterno, personificado em um espírito, seja Lúcifer, o diabo, satanás ou qualquer outro ser que as religiões
ensinam erroneamente. Mesmo o espírito mais duro e cruel está destinado a evoluir, por mais que atrase sua
evolução, pois é uma criatura de Deus. Há espíritos que estão endurecidos há tanto tempo, que nos dão a
impressão de representarem o mal eterno, no entanto, isso os faria iguais a Deus-criador, o que não é
possível, uma vez que ele será sempre, criatura.

No atual estágio em que a humanidade se encontra, não temos condição de compreender Deus, segundo os
espíritos, falta-nos uma faculdade para isso, faculdade essa que temos que desenvolver, mas que os espíritos
não disseram qual era. Podemos deduzir, quando Jesus disse que o amor a Deus e ao próximo substituía toda
lei e os profetas, que essa faculdade é o amor. Conforme vamos exercitando o amor, iremos compreendendo
Deus.

Hoje em dia ouvimos falar em reptilianos, dragões, extraterrestres do mal, arcontes e outras palavras que se
referem a espíritos muito maus e endurecidos e os apresentam como sendo muito poderosos. Dizem
também que os extraterrestres criaram os homens e que eles voltarão para salvar a humanidade. Dizem
mesmo que Jesus foi um extraterrestre. Estão mais ou menos certos: os malignos são poderosos mas jamais
serão iguais a Deus, pois existe apenas um Criador. Esse Criador criou também os extraterrestres. Jesus
encarnou na Terra, portanto, foi uma Personalidade de algum espírito já evoluído, que encarnou entre nós
para nos ajudar a evoluir com seus ensinamentos. Assim sendo, poderá também ter encarnado em outro
planeta. De modo geral, somos todos extraterrestres, pois nosso espírito já viveu em outros mundos, como
veremos em outra aula.

Monteiro: Allan Kardec o druida reencarnado, 1996.


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2. A existência do espírito e a imortalidade da alma

Allan Kardec [LE – 27] afirma que todas as coisas que existem no universo podem ser sintetizadas em três
elementos fundamentais: Deus, espírito e matéria. O espírito é o princípio inteligente do universo,
individualizado, com moralidade própria. O espírito é distinto de Deus, seu criador, e da matéria, a qual se
une para que possa se manifestar. Alma é o espírito encarnado.

Do ponto de vista histórico, a ideia da imortalidade do Espírito sempre esteve presente na cultura de
diferentes sociedades. Como esclarece Gabriel Delanne: “Verifica-se, com efeito, que os homens da época
pré-histórica, a que se deu o nome de megalítica, sepultavam os mortos, colocando-lhes nos túmulos armas
e adornos. É, pois, de supor-se que essas populações primitivas tinham a intuição de uma existência
segunda, sucessiva à existência terrena.”

Os cânticos védicos, fundamento milenar da formação religiosa hindu, falam da morada dos “deuses” no
mundo espiritual, para onde se dirige a alma purificada: “Depois da morte, essa alma, revestida de um novo
corpo, luminosa névoa resplandecente, de forma brilhante, cujo brilho furta à fraca visão dos
vivos [encarnados], é transportada à morada divina.” Da mesma forma, analisa Delanne, tão “longe quanto
possamos chegar interrogando os egípcios, ouvi-los-emos afirmar a sua fé numa segunda vida do homem
[…], onde habitam os antepassados.”

Essa ideia de sobrevivência da alma é encontrada nos demais povos da Antiguidade, entre eles destacamos:
os persas que seguiam a religião chamada zoroastrismo (ou masdeísmo, mitraísmo ou parsismo), organizada
a partir dos ensinamentos do profeta Zoroastro ou Zarastutra, e aceitavam a crença no paraíso, na
ressurreição, no juízo final, na vinda de um messias — fato que influenciou as demais religiões monoteístas,
constituídas posteriormente.

Os gregos com os ensinamentos dos filósofos, principalmente Sócrates e Platão, pregavam: “O homem é
uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, unida aos tipos primordiais, às ideias do verdadeiro, do bem
e do belo; separa-se deles, encarnando e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo
desejo de voltar a ele.” Alguns escritores, filósofos e teólogos antigos admitiam a imortalidade do Espírito.
O italiano Dante Alighieri, notável escritor medieval, relata em sua monumental obra Divina Comédia a
peregrinação da alma nas diferentes regiões do Plano espiritual, conhecidas, respectivamente, como Inferno,
Purgatório e Céu (ou Paraíso).

Outro escritor e dramaturgo universalmente famoso, William Shakespeare, exprime em várias obras de sua
autoria a convicção da imortalidade do Espírito, por exemplo: em Hamlet, o personagem Hamlet vê e ouve o
Espírito do pai, morto por assassinato, e com ele dialoga; em Rei Lear há interferências de Espíritos no
cotidiano das pessoas envolvidas no drama; em MacBeth a trama gira em torno de premonições anunciadas
por três médiuns, denominadas “bruxas”, aparição de Espíritos, manifestações de Espíritos, fenômenos de
sonambulismo, etc.

Nos séculos XIX e XX vários estudiosos e cientistas confirmaram a existência e a sobrevivência da alma por
meio de pesquisas e investigações. Na Inglaterra, um dos mais importantes foi Frederick William Henry
Myers, fundador da Sociedade de Pesquisa Psíquica, considerado “pai” da pesquisa psíquica.

Na Inglaterra vamos encontrar outros cientistas de renome, quais sejam: o físico e químico William Crookes,
cujos experimentos a respeito da imortalidade do Espírito foram amplamente divulgados na época em que
viveu e que se encontram descritos no livro Fatos Espíritas, editado pela FEB.

O matemático e físico Oliver Lodge escreveu mais de quarenta livros sobre a vida após a morte. O biólogo
Alfred Russell Wallace investigou os fenômenos das mesas girantes e se revelou incansável na pesquisa da
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vida no além-túmulo, a ponto de escrever para um familiar, em 1861. “Mas quanto a haver um Deus e qual
seja a Sua natureza; quanto a termos ou não uma alma imortal ou quanto ao nosso estado após a morte, não
posso ter medo algum de ter que sofrer pelo estudo da natureza e pela busca da verdade.” Mais tarde, ciente
da veracidade das manifestações dos Espíritos afirmou: “são inteiramente comprovadas tão bem como
quaisquer fatos que são provados em outras ciências”.

Na França, além de Allan Kardec, vemos que o respeitado astrônomo Camille Flammarion, abraçou a causa
espírita e publicou várias obras sobre os desencarnados e suas influências espirituais.

Na Itália, destaca-se o médico criminalista Cesare Lombroso, considerado o “pai” da medicina forense.
Durante muitos anos negou os fenômenos psíquicos e espirituais, rotulando-os de charlatanice e credulidade
simplória. Porém, após participar de algumas sessões mediúnicas, realizadas pela médium italiana Eusápia
Paladino e verificando a veracidade e autenticidade da produção dos fenômenos de manifestação dos
Espíritos, Lombroso iniciou as próprias investigações. Em 15 de julho de 1891 fez publicar uma carta, na qual
declarava a sua rendição aos fatos espíritas, afirmando: “[…] estou muito envergonhado e desgostoso por
haver combatido com tanta persistência a possibilidade dos fatos chamados espiríticos; digo fatos, porque
continuo ainda contrário à teoria. Mas os fatos existem, e deles me orgulho de ser escravo.”

Na Alemanha, encontramos no astrofísico Karl Friedrich Zöllner e no médico Albert von Schrenck-
Notzing dois grandes estudiosos do mundo espiritual e das influências dos Espíritos. Para Zöllner o Universo
teria, além das três dimensões ensinadas pela geometria euclidiana, uma quarta, pela qual se explicariam os
fenômenos de ordem mediúnica. Essa dimensão suplementar seria uma extensão da própria matéria,
invisível e imperceptível aos sentidos físicos humanos. Com isso, os fenômenos espíritas perderiam a sua
característica mística e ingressariam no campo da Física. Em seu livro Provas Científicas da Sobrevivência,
editora EDICEL, constam inúmeras experiências realizadas pelo autor, e merecem ser conhecidas. Outro livro
de sua autoria que trata do assunto, infelizmente edição esgotada (pode ser encontrada em boas
bibliotecas), é Física Transcendental.

No século XX, notadamente depois da segunda guerra mundial, surge um campo fértil de pesquisas
científicas relacionadas aos fenômenos produzidos pelos desencarnados e condições de vida em outra
dimensão, a espiritual. Na área espírita, não podemos esquecer a imensa contribuição do Espírito André Luiz
que, em suas obras, desvendou o mundo espiritual. Como tais estudos tiveram significativa projeção, alguns
cientistas passaram a se interessar por eles. Com autoridade acadêmica, surge a Parapsicologia, também
conhecida como Pesquisa Psi.

A Parapsicologia teve início efetivo em 1930, com os trabalhos do Professor Joseph Banks Rhine, que dirigiu o
primeiro laboratório de parapsicologia do mundo, na Duke University, Carolina do Norte-USA. A proposta da
Parapsicologia é estudar fatos supostamente catalogados como sobrenaturais, mas associados às ações
humanas: a) fenômenos psicocinéticos (PK); b) percepções extrassensoriais (PES). Os fenômenos
psicocinéticos, identificados por PK (psychokinesis), são caracterizados pela ação mental sobre o meio
ambiente. Os principais fatos, analisados são assim nomeados: telepatia (transmissão do pensamento e
emoções/sentimentos); clarividência (visualização de coisas e acontecimentos do mundo físico, através de
um corpo opaco ou à distância); clariaudiência (percepções de sons, ruídos, frases, músicas, aparentemente
não provenientes do Plano físico); precognição (conhecimento de fatos que ainda não aconteceram);
retrocognição (relatos de acontecimentos ocorridos no passado, por meio da PES), psicocinesia (ação
anímica sobre a matéria por meio da mente). Os fenômenos extrassensoriais (PES) são classificados em dois
tipos: Psi-Gama (telepatia, clarividência, clariaudiência, xenoglossia, etc.) e Psi-Kapa (levitação, transportes,
desvios de pequenos corpos, etc.). Parapsicólogos modernos utilizam uma terceira categoria de fenômenos
paranormais: os Psi-Teta que são os fenômenos mediúnicos, propriamente ditos.
12

Na atualidade, há grande impulso para o estudo da parapsicologia forense. Diz respeito ao trabalho
mediúnico que envolve a solução de crimes, viabilizado por médiuns então denominados investigadores
psíquicos (do inglês Psychic Witness). Nos Estados Unidos esse tipo de prática é relativamente comum,
permitindo que médiuns trabalhem em conjunto com a polícia na investigação de crimes de difícil solução
(inexistência de testemunhas, escassez de provas, excesso de suspeitos, etc.).

A abrangência dos fatos espíritas teve novo impulso quando alguns estudiosos verificaram ser possível a
comunicação dos Espíritos por meio de instrumentos e máquinas, quais sejam: gravadores de vozes, rádio,
televisão, telefone, computador, entre outros. Esse tipo de comunicação foi cunhado com o nome
Transcomunicação Instrumental (TCI). A origem da moderna TCI está situada no início do século XX, quando
alguns cientistas, como Thomas Alva e Atila Von Szalay [Vide informações sobre esse fotógrafo americano
em: Fenômenos de Voz Eletrônica , entre outros, começaram suas experiências de TCI com aparelhos pouco
sofisticados. Acredita-se que a primeira obra sobre o assunto foi Vozes do Além pelo Telefone, do brasileiro
Oscar D’Argonnel, publicada no Rio de Janeiro, em 1925. Em 1959, Friedrich Jüergenson, russo naturalizado
sueco, obteve gravações de vozes dos Espíritos com uma surpreendente regularidade. Com a publicação de
suas pesquisas, em 1964, a TCI tornou-se mundialmente conhecida. Os resultados do trabalho de Jüergenson
estimularam o psicólogo e literato lituano Konstantin Raudive (1909-1974) a iniciar pesquisas sobre o tema,
em 1965. Raudive é considerado um dos maiores estudiosos do assunto, em todo o Planeta. Este
pesquisador realizou a proeza de gravar 72 mil frases dos Espíritos, que estão publicadas em sua obra O
Inaudível Torna-se Audível. Quem pretender obter maiores informações sobre TCI, não deve deixar de ler o
livro Ponte entre o aqui e o Além, de Hidelgard Schäfer, editora Pensamento.

A Experiência de Quase Morte (EQM) é outra linha de pesquisa, especialmente desenvolvida pela médica
suíça, naturalizada americana, Elisabeth Kübler-Ross. A pesquisa EQM faz referência a um conjunto de
sensações e percepções associadas a situações de morte iminente, em razão da hipóxia cerebral, sendo que
as mais divulgadas são o efeito túnel e a “experiência fora-do-corpo” (EFC), também denominada autoscopia.
O termo foi cunhado por Raymond Moody, em seu livro Vida depois da vida, escrito em 1975.
As pessoas que vivenciaram o fenômeno de EQM relatam que flutuam acima do corpo físico; têm consciência
nítida das duas realidades, a física e a espiritual; viajam por um túnel luminoso e informam que os seus
sentidos ficam muito ampliados, sendo possível ter visão de 360 graus. Há encontros com parentes ou
amigos desencarnados e, também, com “seres de luz” que lhes proporcionam paz interior. Em alguns relatos
há encontros não muito felizes com desencarnados.

Por último, gostaríamos de deixar registrada uma breve referência sobre um plano investigatório da vida
após a morte, descrito no livro: O experimento scole, evidências científicas sobre a vida após a morte, de
autoria de Grant e Jane Solomon. Trata-se de uma obra, não espírita, que apresenta resultados de cinco anos
de investigação sobre a vida no Plano espiritual, conduzidos pelo Grupo Experimental Scole da cidade de
Norfolk, Inglaterra [v. As experiências de Scole]. A pesquisa foi iniciada, em 1993, por quatro pesquisadores e
médiuns curandeiros. Mais tarde, o grupo foi ampliado e, desde então, tem recebido apoio de pesquisadores
da prestigiada Sociedade de Pesquisa Psíquica do Reino Unido. Todos os acontecimentos que caracterizam a
ação dos Espíritos desencarnados foram gravados e/ou fotografados, formando um protocolo que,
posteriormente, passa por minucioso estudo científico. Os resultados são considerados surpreendentes pela
comunidade científica.

A Doutrina Espírita ensina que, além de sermos Espíritos imortais, conservamos a nossa individualidade no
mundo espiritual, para onde retornaremos após a morte do corpo físico.

3. A pluralidade das existências – a reencarnação

Os Espíritos revestem temporariamente um corpo material perecível, cuja destruição pela morte lhes restitui
a liberdade. A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu veículo de manifestação. Há no
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homem três coisas: o corpo material, como o dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; a alma ou
ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; o laço que prende a alma ao corpo, intermediário entre a matéria
e o Espírito, chamado perispírito, que é semi-material. A morte é a destruição do corpo material. O Espírito
conserva o períspirito, invisível para nós no estado normal, porém que pode tornar-se visível, como sucede
no fenômeno das aparições. É com o períspirito que o Espírito habita o Plano Espiritual após a morte do
corpo físico. Reencarnação é o processo pelo qual o espírito retorna, periodicamente, ao mundo material
para adquirir conhecimentos e experiências, corrigir erros cometidos em vidas anteriores e evoluir.
A ideia da reencarnação não é recente nem foi inventada pelo Espiritismo. Trata-se de uma crença muito
antiga, porém, essa crença antiga dizia que o espírito podia encarnar tanto em homens como em animais, e
não ligava a reencarnação ao objetivo de evolução. A doutrina espírita expandiu o entendimento que os
povos mais antigos tinham sobre a questão, passando a ensinar que a encarnação dos Espíritos se dá sempre
na espécie humana; seria um erro acreditar que a alma ou o Espírito pudesse encarnar no corpo de um
animal. Pela reencarnação, nas sucessivas existências, mediante os seus esforços e desejos de melhoria no
caminho do progresso, o homem avança sempre e alcança a perfeição, que é a sua destinação final. A vida do
Espírito se compõe, assim, de uma série de existências corporais, e cada uma delas é uma ocasião para o seu
progresso.
Segundo a doutrina espírita, “o espírito reencarna em um determinado país, em uma determinada região
desse país, em uma determinada localidade dessa região, com determinadas características culturais
(idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.), bem como em uma determinada família, de acordo
com a sintonia que a frequência do seu pensamento consiga estabelecer em relação a cada um desses
elementos. Essa sintonia acontece em razão do espírito ter convivido com aquele grupo em outras vidas, e
ter com aqueles espíritos simpatias e antipatias, apegos e equívocos a serem corrigidos. No entanto, não é
uma regra exclusiva”. Por exemplo, em entrevista a Herculano Pires, em 1973, no programa No limiar do
amanhã6, Chico Xavier revelou que milhões de espíritos de cultura francesa reencarnaram no Brasil para
continuar a divulgação do espiritismo.

Segundo Divaldo, “há dois milhões de espíritos da época da revolução francesa reencarnados no Brasil. Ainda
segundo Divaldo, após a Revolução Francesa de 1789, quando a França se libertou da Casa dos Bourbons, os
grandes filósofos da libertação sonharam com os direitos do homem, direitos que foram inscritos nos códigos
de justiça em 1791 e que, até hoje, ainda não são respeitados, embora em 1947, no mês de dezembro, a
ONU voltasse a reconhecê-los. Depois daquele movimento libertário, o que aconteceu com os franceses? Os
dois partidos engalfinharam-se nas paixões sórdidas e políticas e como consequência, os grandes filósofos
cederam lugar aos grandes fanáticos, e a França experimentou os dias de terror, quando a guilhotina, arma
criada por José Guilhotin, chegava a matar mais de mil pessoas por dia. Esses Espíritos saíam desesperados
do corpo e ficavam na psicosfera da França buscando vingança. Começa o século XIX e é programada a
chegada de Allan Kardec. O grande missionário vai reencarnar na França, porque a mensagem de que é
portador deverá enfrentar a descrença das academias na Cidade-Luz da Europa e do mundo e, naquele
momento, Cristo havia designado que o Espiritismo nasceria na França, mas seria transplantado para um país
onde não houvesse carmas coletivos, e esse país, por enquanto, seria o Brasil. São Luís, o guia espiritual da
França, cedeu que a terra gaulesa recebesse Allan Kardec, mas “negociou” com Ismael, o guia espiritual do
Brasil: “Já que a mensagem de libertação vai ser levada para a Terra do Cruzeiro, a França pede que muitos
Espíritos atribulados da Revolução reencarnem no Brasil, pois, se reencarnarem aqui impedirão o processo
da paz”. E dois milhões de franceses vieram reencarnar no Brasil, para que, quando chegasse a mensagem
espírita, culturalmente se identificassem com o chamado método cartesiano de Allan Kardec. Naturalmente,
esses Espíritos eram atribulados, perturbados, com ressentimentos, com mágoas. Se nós considerarmos que
os Espíritos brasileiros são os índios, que a maioria de nós é constituída por Espíritos comprometidos na

6
Programa radiofônico exibido pela Rádio Mulher de São Paulo, e apresentado por J. Herculano Pires, entre
os anos de 1971 e 1974.
14

Eurásia, e que estamos aqui de passagem, longe dos fenômenos cármicos para nos depurarmos,
compreenderemos porque muitos brasileiros do momento ainda não amam esta grande nação.” 7

O espírito encarnado, com a bagagem de conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de toda a sua
história, seja encarnado, seja desencarnado, passa a exercitar sua capacidade, a constatar e desenvolver suas
potencialidades, enfim, passa a construir seu momento presente e seu momento futuro. Vai enfrentando
contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades, administrando encontros e desencontros, permanecendo
no seu plano geral ou dele se desviando, mas sempre de acordo com sua vontade.

No exercício do livre-arbítrio, o espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu desequilíbrio, de
acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações e a vida, segundo a natureza de seus pensamentos,
sentimentos e atos. Por menos que faça, ou por mais que se desequilibre, o espírito sempre alcança
progressos de algum modo. A evolução não está necessariamente vinculada ao tempo de vida material, mas
à intensidade com que ela é vivida, a quantidade de experiências e o aproveitamento que é feito delas.

Os conceitos de missão, provação, expiação e carma, podem predominar em uma ou outra reencarnação, ou
seja: há reencarnações programadas para o desenvolvimento de uma missão, outras programadas para
serem uma expiação ou uma provação, mas, de modo geral, a maioria delas envolve a questão do karma,
entendido como sendo a lei de ação e reação, em que o espírito encarnado vive a colheita do que semeou
em outras vidas. De qualquer forma, quando dizemos que essas situações são programadas, queremos dizer
que quem programa é o próprio espírito que vai encarnar, não envolve a idéia de castigo, punição ou
recompensa. Eles são decorrentes da lei de causa e efeito e das condições de equilíbrio e harmonia do
espírito.

Provação é a situação na qual o conhecimento adquirido deve ser vivenciado; é a situação na qual o espírito
é desafiado ao limite de seu conhecimento. Assim sendo, o espírito que aprendeu sobre o significado do
perdão é testado, colocado em situações onde precisa perdoar e pedir perdão para de fato internalizar esse
conhecimento.

Expiação é a consequência de um conhecimento aplicado, que provocou resultados difíceis, desagradáveis,


muitas vezes dolorosas, que o seu responsável deverá enfrentar.

Missão é a situação na qual o espírito reencarnante aplica conhecimentos adquiridos e internalizados a favor
de uma pessoa ou do grupo de sua convivência. Por exemplo, podemos dizer que a encarnação do Chico
Xavier foi uma missão. A maioria de nós está encarnado para passar por provas (testes) ou para corrigir erros
praticados, passando pelas dores que provocamos nos outros em vidas passadas, mas isto está mudando. A
Terra e sua humanidade está evoluindo, e podemos hoje, com o conhecimento de que dispomos, corrigir
nossos erros sem sofrimento, por meio do amor. Quem nos garante isso é Jesus, o Governador Espiritual da
Terra, ele afirmou que o “amor cobre a multidão de pecados”. I Pedro: 4-8.

A palavra Karma não é usada no espiritismo: aquilo que as religiões antigas chamam de Karma, o espiritismo
chama de lei de ação e reação, e explica essa lei de um modo um pouco diferente de como se entende o que
seja karma. Para o Espiritismo, karma caracteriza a situação na qual o espírito está enfrentando as
consequências de seus atos que lhe provocaram um desequilíbrio muito intenso, e que o espírito poderá
levar toda uma encarnação, ou mais de uma, para recuperar seu equilíbrio. Por exemplo, uma criança que
nasce com um problema cerebral consequência de ter se suicidado com um tiro na cabeça, em vida anterior.
O suicídio é um erro grave, precisa ser corrigido. Como poderia ser corrigido na mesma vida, se o espírito se
matou? Por outro lado, como não conhecemos esse passado do espírito que está encarnando, como

7
Texto Extraído do livro: APRENDENDO COM DIVALDO. Entrevistas / Divaldo Pereira Franco: São Gonçalo, RJ:
Organizado pela SEJA, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas, 2002, p. 69-74.
15

poderemos considerar injusto que uma criança nasça com um problema cerebral, se acabou de nascer e
ainda não cometeu nenhum erro nessa vida?

É importante saber que as dificuldades que o espírito encarnado encontra em seu dia a dia nem sempre são
explicadas pela reencarnação. Reencarnação não explica tudo. Há muitas situações de desequilíbrio que não
são causadas em vidas passadas, mas na encarnação atual. Por exemplo, se a pessoa dirige embriagada e por
causa disso provoca um acidente e perde uma perna, não se pode dizer que era o karma dela, que ela
reencarnou para passar por aquilo: na verdade, ela usou seu livre arbítrio para ter uma conduta perigosa e
reprovável, que poderia gerar aquela consequência.

A reencarnação tem por objetivo trazer oportunidades de aprendizado e de crescimento, e corrige a noção
errônea das religiões sobre pecado e punição dos pecados: não serve para explicar tragédias e desgraças;
não serve para esconder a ignorância, não serve como desculpa para não fazer nada, supondo que a vida já
foi programada para ser daquela forma; não serve como consolo para aquelas situações que deveriam ser
modificadas e não o são, por exemplo, um relacionamento onde o marido espanca frequentemente a
esposa, esta não pode deixar que essa situação continue imaginando que esse é o seu karma; não serve para
destacar o passado e paralisar o presente, por exemplo, um pai que possui um filho alcoólatra não pode
imaginar que está resgatando seu karma e ficar se submetendo a conviver com aquele filho que não o
respeita.8
4. A Comunicabilidade dos Espíritos

Vimos que os espíritos existem, foram criados por Deus, vivem sucessivas vidas encarnados em corpos
materiais com o objetivo de aprender, adquirir experiências e evoluir, e quando não estão encarnados em um
corpo material habitam o plano espiritual usando como veículo para se manifestarem o perispírito. Agora
vamos ver que o quarto princípio do espiritismo é que os espíritos se comunicam com os encarnados através
de um médium, que é um encarnado que possui uma faculdade chamada de mediunidade. Todos os
encarnados possuem a capacidade de comunicar-se com os desencarnados, por diferentes tipos de
mediunidade, mas segundo Kardec ensina no Livro do Médiuns, a mediunidade de psicofonia, também
conhecida como de incorporação, depende de uma predisposição orgânica, então não é possível de ser
desenvolvida naquele que não nasceu com essa predisposição e, por outro lado, aquele que nasceu com ela
não tem como eliminá-la. Já os outros tipos de mediunidade como vidência, psicografia e outras, essas
mediunidades podem ser desenvolvidas.

A mediunidade na bíblia – a proibição de Moisés e a liberação por Jesus


Nos tempos bíblicos, quando o povo hebreu vivia em cativeiro, no Egito, o intercâmbio mediúnico estava
sendo utilizado para adivinhações, interesses egoístas, materiais e mesquinhos, misturando-se com práticas
mágicas e, até, sacrifícios humanos. Por isso Moisés, o grande médium e legislador hebreu, ao retirar o povo
do cativeiro, proibiu a prática mediúnica de modo geral. Se Moisés proibiu, é que era possível fazer o
intercâmbio, pois o impossível não é preciso proibir.

Quando entrares no país que Javé, teu Deus, te der [...] não se achará entre ti [...] quem
se entregue à adivinhação, aos augúrios, às feitiçarias e à magia. Quem recorra aos
encantamentos, interrogue aos espíritos, ainda que familiares, e quem invoque os mortos.
Porque todo homem que pratica estas coisas é abominável para Javé e é por causa dessas
abominações que Javé, teu Deus, vai expulsar estas nações da tua presença.
Deuteronômio, cap. 18: 9-13.

8
Extraído e adaptado de https://www.sbee.org.br/reencarnacao
16

Mas a proibição de Moisés não era uma condenação da mediunidade em si mesma. Visava, apenas, reprimir
os abusos. Particularmente, porém, Moisés continuou usando sua mediunidade (pela qual recebia as
instruções do Além). E desejava que todo o povo viesse a fazer o intercâmbio, também, mas de modo correto
e superiormente inspirado. É o que se vê nesta passagem:

Moisés pedira ajuda a Deus para atender ao povo muito numeroso e recebera a promessa de que o Senhor
iria derramar o seu espírito sobre 70 anciãos do povo. Na hora aprazada, isso ocorreu, na tenda em que era
feita a concentração e oração por Moisés. Mas 2 dos anciãos, Eldad e Medad haviam ficado no campo e ali
mesmo começaram a profetizar (falar mediunizado, ou seja, espíritos falando através deles). Foram contar a
Moisés. E Josué queria que Moisés mandasse impedir aquela manifestação, pois era proibido. Moisés,
porém, retrucou: “por que hás de ser tão ciumento a meu respeito? Prouvera Deus que todo o povo fosse
feito de profetas, e que o Senhor lhes desse o seu espírito!” Números, cap. 11:26-29

Quando, 1300 anos depois, Jesus veio à Terra, a humanidade já havia evoluído um pouco mais e poderia
voltar a utilizar a mediunidade, que Moisés proibira. Jesus, então:

• Afirmou a influência dos espíritos bons e maus sobre as pessoas, como ao declarar Pedro que Jesus era o
Cristo (Mt., cap. 16, v. 17) e no caso do espírito impuro expulso (Mt. 12 v. 43 e L. 11 v. 24).
• Exemplificou o intercâmbio com o Além, como ao conversar com Moisés e Elias materializados (Mt. 17 vs
1/18) e com a legião de espíritos que obsidiava um homem em Gadara (Mt. 5 vs 1/20).
• Desenvolveu as faculdades mediúnicas nos seus discípulos ("conferiu-lhes o poder") e ordenou que
trabalhassem com elas ("curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os
demônios"), sem nada cobrar ("Recebestes de graça, de graça dai") (Mt. 10). Vide ainda: Mt. 17 v. 21, em
que Jesus ensina os discípulos que são necessários "jejum e oração" para ter autoridade moral diante de
espíritos mais rebeldes.
• Anunciou um batismo do espírito que se cumpriu no Dia de Pentecostes, quando os discípulos,
mediunizados, falaram até em outros idiomas.
Pedro esclareceu, então, que se estava cumprindo a profecia de Joel: "...nos últimos dias, acontecerá, diz
Deus, que do meu espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e filhas profetizarão, vossos
mancebos terão visões, vossos velhos, sonhos".
Era a liberação da mediunidade para todas as pessoas. Pedro ainda explicou que a promessa divina abrange
"a todos quantos Deus nosso Senhor chamar". (Atos, cap. 1, vs. 4/5; cap. 2, vs 1/39).

O uso da mediunidade no Espiritismo


Alguns séculos depois, não respeitando a liberação da mediunidade, que Jesus fizera, grupos religiosos
tentaram proibir de novo o intercâmbio mediúnico, dizendo ser obra do demônio e perseguindo os que o
praticavam, sob a acusação de serem bruxos, feiticeiros. Mas Deus já "derramou o seu espírito sobre toda a
carne", a sensibilidade já se desenvolveu na espécie humana e a mediunidade se generalizou, sendo
impossível conter a manifestação dos espíritos por toda parte.

Surge, então, o Espiritismo, que utiliza a mediunidade como instrumento valioso de espiritualização da
humanidade, desde que não seja usada para o mal, esclarece que sua finalidade é superior e ensina técnicas
para a segurança e proveito espiritual na sua prática, especialmente em "O Livro dos Médiuns", de Allan
Kardec.

Entretanto, o uso da mediunidade só tem valor se for feito com Jesus. Mediunidade com Jesus significa
aplicar os ensinamentos de Jesus quando entramos em contato com os espíritos, pois de nada adiantaria um
espírito incorporar em um médium para se comunicar com os encarnados se essa comunicação não servisse
para ajudar na evolução tanto do espírito como do encarnado. A próxima pergunta: como uma conversa
entre espíritos e encarnados pode contribuir para a evolução de ambos? A resposta: na terapia espiritual, o
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tipo de espírito que comparece é o espírito doente, pois o espírito sadio está um passo adiante na evolução e
não precisa do diálogo com o encarnado para continuar evoluindo. A doença que impede o espírito de
evoluir, resumindo, é o seu campo emocional carregado de emoções negativas como raiva, desejo de
vingança, apego material etc. No diálogo, mostramos isso a ele e, se conseguimos fazer com que ele entenda,
ele muda seu campo emocional. Por outro lado, nós, que estamos dialogando, podemos saber que se o
nosso comportamento é igual, quando desencarnarmos estaremos na mesma situação que está aquele
espírito doente com quem dialogamos.

A mediunidade não é exclusividade do Espiritismo. Outras religiões e seitas também adotam a


mediunidade: a Umbanda, o Candomblé, a Quimbanda, o Hinduísmo, e mesmo os católicos (a comunicação
dos santos com o espírito santo) e os evangélicos (comunicação com o espírito santo). Sem a força
disciplinadora da Doutrina dos Espíritos, sem a orientação cristã do Espiritismo, seriam os fenômenos, sem
dúvida, apenas um turbilhão de energias desorientadas, sem rumo nem objetivo definido, sem finalidade
educativa.

Queremos aqui simplesmente chamar a atenção para os dois pontos seguintes: a mediunidade não depende
do Espiritismo e por que o Espiritismo usa a mediunidade. A mediunidade é um meio de comunicação; ela
serve para que dois planos, ou se quiserem, dois mundos se comuniquem entre si: o mundo ou plano
material habitado por nós e o mundo ou plano espiritual habitado pelos espíritos. É um erro supor que o
Espiritismo inventou a mediunidade. A mediunidade sempre existiu, uma vez que sempre existiram os dois
planos.

As pessoas que usam a mediunidade chamam-se médiuns. Também os médiuns não são exclusividade do
Espiritismo; deles sempre houve e se manifestam não somente no Espiritismo, como também em todas as
outras religiões, em todas as camadas sociais, entre ricos e entre pobres, entre crentes e descrentes, entre
letrados e iletrados.

A mediunidade é uma qualidade inerente ao espírito e não há ninguém privado dela. E assim, num sentido
geral, todos nós encarnados somos médiuns, pois há vários tipos de mediunidade. Entretanto, o grau de
mediunidade varia de pessoa para pessoa: em algumas é acentuado, em outras menos. Sendo o Espiritismo
uma religião que veio especialmente para demonstrar-nos a imortalidade da alma e a vida que passaremos a
viver depois do fenômeno da morte, encontrou nos médiuns auxiliares preciosos para ajudar nessa tarefa.
Resumindo: através da mediunidade estudamos o mundo espiritual; vemos o estado em que lá vivem os
desencarnados; conhecemos os resultados das ações que os desencarnados praticam na terra; e como
“homem prevenido vale por dois”, aprendemos a pautar nossa vida segundo as leis divinas consubstanciadas
no Evangelho de Jesus, para evitarmos as péssimas consequências do desrespeito a essas leis. Também por
meio da mediunidade podemos nos comunicar com espíritos superiores e com eles aprender, ou podemos
ajudar espíritos ainda não evoluídos a terem mais esclarecimento e dessa forma poder evoluir. Longe de ser
combatida ou ironizada, a mediunidade precisa ser carinhosamente estudada, por constituir luminoso
caminho de progresso para a humanidade.

5. A pluralidade dos mundos habitados

Este princípio será estudado com mais detalhe na próxima aula, pois é necessário estuda-lo com um pouco
mais de profundidade, para compreender a terapia psíquica e espiritual com Apometria.

Segue um breve resumo dos pontos fundamentais ensinados pela Doutrina Espírita:
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· Deus é a inteligência, é a causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente,
soberanamente justo e bom. Só existe um Deus, ele não se apresenta como uma pessoa, ainda não podemos
compreendê-lo no estágio da evolução em que estamos. Nosso modelo para entender Deus é Jesus.

. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados,
materiais e imateriais.

· Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (homens), existe o mundo espiritual,
habitação dos Espíritos desencarnados.

· No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos
e menos evoluídos que os homens.

· Todas as Leis da Natureza são Leis Divinas pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as Leis Físicas
quanto as Leis Morais.

· O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semi-material que une o
Espírito ao corpo material.

· Os Espíritos são seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive
a tudo.

· Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem intelectual e moralmente, passando de uma ordem
inferior a outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

· Os Espíritos preservam sua individualidade antes, durante e depois de cada encarnação.

· Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

· Os Espíritos evoluem sempre, em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca
regridem. A rapidez do seu progresso, moral e intelectual, depende dos esforços que faça para chegar à
perfeição.

· Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado:
Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que
predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões
inferiores.

· As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os Bons Espíritos nos atraem
para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os
imperfeitos nos impelem para o mal.

· Jesus é o Guia e Modelo para toda a humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão
mais pura da Lei de Deus.

· A moral do Cristo contida no Evangelho é o roteiro para evolução segura de todos os homens e a prática é a
solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade.

· O homem tem livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas ações.
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· A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei
de Deus.

· A prece é um ato de adoração a Deus. Está na Lei Natural, e é o resultado de um sentimento inato do
homem, assim como é inata a idéia de existência do Criador.

· A prece torna melhor o homem. Aquele que hora com fervor e confiança se faz mais forte contra as
tentações do mal e Deus lhe envia Bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa,
quando pedido com sinceridade.

Prática Espírita

· Toda prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".

· A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão que Deus deve ser
adorado em espírito e verdade.

· O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares,
imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgências, paramentos, bebidas
alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomantes, pirâmides, cristais,
búzios ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

· O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-los, a submeter seus
ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.

· A mediunidade que permite a comunicação dos Espíritos com os homens é uma faculdade que muitas
pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente de religião ou da diretriz doutrinária de vida que
adote.

· A prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e
dentro da moral cristã, conforme os ensinamentos de Jesus.

· O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha para a
confraternização entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível
cultural ou social.

· Reconhece, ainda, que o verdadeiro homem de bem é o que "cumpre a Lei de Justiça, de Amor e de
Caridade, na sua maior pureza".

REFERÊNCIAS

AMORIM, Deolindo - O Espiritismo à Luz da Crítica - Cap. II. PIRES, José Herculano - Agonia das Religiões -
cap. II, cap. 10 – Magia e Magnetismo. EMANNUEL, Palavras de Emmanuel- n. 83.
BARBOSA, Pedro Franco. Espiritismo Básico. 5. ed. FEB, 2002. Segunda Parte (Postulados e Ensina-mentos).
Item: O Espiritismo Científico, p. 01. 10. ______. p. 104.
BUENO, Taciano. O Espiritismo confirmado pela ciência. 1ª ed. São Paulo: J.R. Editora, 2006. Capítulo 3 (O
Espírito é imortal), item 76, p. 102.
DELANNE, Gabriel. A alma é imortal. 4. edição revista. Tradução de Guillon Ribeiro. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2003. Primeira parte, Capítulo 1 (Golpe de vista histórico), p. 18.
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------------ O Fenômeno Espírita. Tradução de Francisco Raymundo Ewerton Quadros. 7. ed. FEB, 1998.
Prefácio, p. 13.
FRANCO, Divaldo Pereira. Aprendendo com Divaldo. São Gonçalo, RJ: Organizado pela SEJA, Editora e
Distribuidora de Livros Espíritas, 2002, p. 69-74.
HILLMAN, James. O código do ser. Tradução de Adalgisa Campos da Silva. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.
Capítulo 4 (Voltando aos invisíveis), p. 106.
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - questões: 189 a 196, 610, 611, introdução: itens I, VI e VII, questões,
172 a 188
------------ Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 36. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Segunda parte.
Projeto - 1868, p. 347-349.
------------ O Evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1ª ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2008. Introdução IV item I (Resumo da doutrina de Sócrates e Platão), p. 44.
------------ O Livro dos espíritos. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009, questões 149 e 150, p. 159-160.
SOLOMON, Grant e Jane. O experimento scole, evidências sobre a vida após a morte. Tradução de Henrique
Amat Rego Monteiro. 1ª ed. São Paulo: Madras, 2002.
SOUZA, Hebe Laghi. Darwin e Kardec, um diálogo possível? Campinas: Centro Espírita Allan Kardec, 2002.
Capítulo 1 (Novos conhecimentos), p. 26.
XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Esp. Emmanuel. 25. ed. FEB, 2005. Definição, p. 19-20.
------------ Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Capítulo 15 (A ideia da
imortalidade), p. 107-108.
http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/existe-o-purgatorio.html
http://www.paroquianossasenhoradocarmo.com/jornal/201011padre_responde.htm
http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-polemico-dificil/vida-apos-a-morte.html
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/biblia-ensina/esperanca-ressurreicao-de-entes-queridos-falecidos/
http://jefersonfabianocandido.blogspot.com.br/2012/07/carta-de-paulo-explica-ressurreicao-ou.html
https://www.espiritismo.net/nossas_atividades/perguntas_e_respostas/o_que_e_o_espiritismo

Questionário:

1. Sendo o espiritismo uma ciência que estuda a manifestação dos espíritos e seus ensinamentos, e
tendo Kardec dito que os espíritos nos passam ensinamentos aos poucos, conforme estamos
preparados para receber novas informações, você acredita que podemos considerar a Apometria
como uma ferramenta que nos foi ensinada pelos espíritos para este estágio de evolução do
espiritismo?
2. Sendo o espiritismo uma filosofia, deve entender as descobertas científicas trazidas pelos espíritos
com a compreensão de Deus, do sentido e finalidade da vida, você acha correto usar a Apometria
para satisfazer a curiosidade?
3. Sendo o espiritismo uma religião, no sentido de aplicar os ensinamentos dos espíritos em nossa vida,
podemos dizer que os ensinamentos da Apometria devem ser aplicados, primeiramente, em nossa
própria vida?
4. Vimos como a humanidade vê Deus, através das religiões. Deus era visto como uma pessoa, inclusive
lhe davam nomes: Jeová, Allah e outros nomes, e os profetas conversavam com ele. Será que
podemos supor que tanto Jeová como Allah eram espíritos responsáveis pela evolução de alguns
povos, em dado momento, e que os profetas eram médiuns que conseguiam conversar com eles
através da mediunidade? Você ampliou o seu entendimento de Deus após isso?
5. Ao comparar a ideia que as religiões fazem do que seja o pecado, o céu, o inferno e o purgatório e a
ideia da reencarnação, podemos concluir que a reencarnação é a justiça de Deus feita junto com a
misericórdia, pois permite a correção do erro em outra vida, fazendo antigos desafetos aprenderem
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a perdoar e se amar? Podemos entender agora o que Jesus quis dizer quando falou que seu jugo era
suave?
6. Após ler este estudo, você acredita que a mediunidade é um fenômeno de comunicação entre os
vivos e os chamados mortos e que ela existe apenas no espiritismo?
7. Por que a reencarnação, o espírito tendo que viver sucessivas vidas em um corpo físico, pode ser
entendida como justiça e misericórdia de Deus?
8. A Bíblia é composta por duas partes: o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento
conta a história do povo hebreu antes da vinda de Jesus. O Novo Testamento conta o início do
cristianismo, com a vinda de Jesus, o Cristo enviado por Deus. Vimos neste estudo que Moisés
proibiu a seu povo que praticasse a mediunidade e pudemos compreender seus motivos, pois era
uma prática indisciplinada e sem objetivos nobres. Vimos que Jesus liberou a prática da mediunidade
para motivos nobres. Após essa leitura, como podemos compreender a prática da mediunidade nos
dias atuais? É proibida ou liberada? Quem pratica a mediunidade com a finalidade liberada por
Jesus?
9. Como podemos ter a garantia de estarmos praticando a mediunidade liberada por Jesus?
10. O que significa praticar a mediunidade com Jesus?
11. Como as outras religiões entendem o que acontece após a morte? E os espíritas, o que pensam?
12. O que significa, realmente, a palavra pecado? Nesse entendimento, o pecador deve ou não deve
sentir culpa? E arrependimento? Dê um exemplo de uma situação que você conhece.

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