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Boletim Epidemiológico

Leishmaniose Visceral
20 de outubro de 2016 | Página 1/8

DEFINIÇÃO DA No Ceará, os primeiros casos notificados de leishmaniose visceral datam da década de


DOENÇA 30. A partir de 1986 a doença começa a ser descrita de forma contínua.
No período de 2007 a 2016*, foram notificados 9.228 casos e destes 5.657 (61,3%)
A Leishmaniose Visceral (LV),
foram confirmados. A média anual de leishmaniose visceral, no período, foi de 565
também conhecida como
casos confirmados e a incidência de 6,3 casos/100.000 hab. É possível observar redução
calazar, é primariamente uma
no número de casos ao longo dos anos, em 2007 foram registradas 719 ocorrências da
zoonose que afeta outros
animais, além do homem. doença e em 2015 esse número passou para 542, o que representa uma queda de 24%.
Em 2016*, até a Semana Epidemiológica 34, foram notificados 166 casos da doença com
É uma doença causada pelo incidência de 1,9 por 100 mil habitantes (Figura 1).
protozoário
Tripanossomatídeo Leishmania
Figura 1 – Número de casos e incidência de leishmaniose visceral, Ceará, 2007 a 2016*.
Chagasi. Apresenta alta
incidência e letalidade
principalmente em indivíduos
não tratados e crianças
desnutridas. Nas pessoas a LV
caracteriza-se por febre
irregular, geralmente
associada a emagrecimento
progressivo, palidez cutâneo-
mucosa e
MODO DE
hepatoesplenomegalia.
TRANSMISSÃO Fonte: SESA/COPROM/NUVEP. *Dados sujeitos à revisão. Atualizado em 29/08/2016.

A transmissão ocorre pela Entre 2007 e 2015, houve aumento de 41,7%, no número de óbitos, passando de 29
picada dos vetores infectados para 41 ocorrências, a média anual foi de 34 óbitos. No mesmo período, a taxa de
pela Leishmania (L.) chagasi.
letalidade apresentou média de 6,1% atingindo o maior percentual em 2011 (8,1%) e
Não ocorre transmissão de
reduzindo para 7,6% em 2015. Em 2016*, até a SE 34, houve 10 óbitos pela doença com
pessoa a pessoa.
taxa de letalidade 6,0% (Figura 2).

PERÍODO DE
Figura 2 – Número de óbitos e taxa de letalidade por leishmaniose visceral, Ceará,
INCUBAÇÃO
2007 a 2016*.
No homem, é de 10 dias a 24
meses, com média entre 2 e 6
meses, e, no cão, varia de 3
meses a vários anos, com
média de 3 a 7 meses.

Fonte: SESA/COPROM/NUVEP. *Dados sujeitos à revisão. Atualizado em 29/08/2016.

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Os homens, historicamente, são mais acometidos pela doença do que as mulheres, em média
TRATAMENTO 66% dos casos ocorre em pessoas do sexo masculino (Figura 3).

Sempre que possível, a


confirmação parasitológica da Figura 3 – Proporção de casos de leishmaniose visceral segundo o sexo, Ceará, 2007
doença deve preceder o a 2016*.
tratamento.
Porém, quando o diagnóstico
sorológico ou parasitológico
não estiver disponível ou na
demora da sua liberação, o
tratamento deve ser iniciado.

O antimonial pentavalente
tem a vantagem de poder
ser administrado no nível
ambulatorial, o que
diminui os riscos
relacionados à
hospitalização.
A anfotericina B é a única
Fonte: SESA/COPROM/NUVEP. *Dados sujeitos à revisão. Atualizado em 30/08/2016.
opção no tratamento de
gestantes e de pacientes
que tenham Ao analisar a faixa etária dos casos confirmados de leishmaniose visceral, observa-se
contraindicações ou que que os adultos de 20 a 39 anos são os mais acometidos pela doença, somando 24,3%
manifestem toxicidade ou
(1.375/5.657), seguido das crianças de 1 a 4 anos que representam 23,8%
refratariedade relacionada
ao uso dos antimoniais (1.348/5.657) das notificações (Figura 4).
pentavalentes.
Recomenda-se o Figura 4 – Casos de leishmaniose visceral segundo faixa etária, Ceará, 2007 a 2016*.
antimoniato de N-metil
glucamina como fármaco
de primeira escolha para o
tratamento da LV, exceto
em algumas situações, nas
quais se recomenda o uso
da anfotericina B,
prioritariamente em sua
formulação lipossomal
(ver guia de vigilância).

Fonte: SESA/COPROM/NUVEP. *Dados sujeitos à revisão. Atualizado em 30/08/2016.

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ASSISTÊNCIA
No Ceará, entre 2007 e 2016*, 93% (171/184) do municípios notificou casos de
AO PACIENTE
leishmaniose visceral. Dentre esses, os municípios com maior ocorrência são Fortaleza
com 33,2% (1.880/5.657) dos casos, seguida de Sobral com 6% (339/5.657), Caucaia
Todo caso suspeito deve ser com 5,6% (318/5.567) e Maracanaú com 3,8% (215/5.567).
submetido à investigação clínica,
epidemiológica e aos métodos
No mesmo período ocorreram 342 mortes pela doença no Ceará, dos 80 municípios que
auxiliares de diagnóstico. Caso
seja confirmado, inicia-se o registraram óbitos, Fortaleza (132), Sobral (18), Caucaia (18), Maracanaú (17) e
tratamento segundo Juazeiro do Norte (13) aparecem com maior número de óbitos confirmados.
procedimentos terapêuticos
padronizados e acompanha-se o Em 2015, 60,8% dos municípios do Estado tiveram casos confirmados doença, em 32%
paciente mensalmente (para desses municípios foi registrado óbito por leishmaniose visceral. Em 2016* até a SE 34
avaliação da cura clínica).
foram registrados casos em 33,1% (61/184) dos municípios, e em 14,1% (9/61) ocorreu
Os casos de LV com maior risco óbito (Figura 5).
de evoluir para óbito devem ser
internados e tratados em Figura 5 – Casos e óbitos por leishmaniose visceral segundo município de residência,
hospitais de referência e os leves Ceará, 2015 a 2016*.
ou intermediários devem ser
assistidos no nível ambulatorial, 2016*
em unidades de saúde com 2015
profissionais capacitados.

Equipe de elaboração
GT Zoonoses
Marta Maria Caetano de Souza Casos
José Roberto Alves Óbitos

Equipe de revisão
COPROM/NUVEP
Márcio Henrique de O. Garcia
Sheila Maria Santiago Borges Fonte: SESA/COPROM/NUVEP. Dados sujeitos à revisão. Atualizado em 30/08/2016

Sarah Mendes D’Angelo

Objetivos da vigilância
• Realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos casos humanos;
• Reduzir o contato do vetor com os hospedeiros suscetíveis;
• Reduzir as fontes de infecção para o vetor;
• Promover ações de educação em saúde e mobilização social.

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ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

De acordo com o Ministério da Saúde, a Vigilância Epidemiológica classifica as áreas de transmissão em


quatro níveis: sem transmissão, transmissão esporádica (≥0,1 e ≤2,3), transmissão moderada (≥2,4 e ≤4,3) e
transmissão intensa (≥4,4).

Considerando esta estratificação de risco, entre os anos de 2010 a 2012, o Ceará apresentou 15 (8,2%)
municípios com transmissão intensa, 16 (8,7%) com transmissão moderada, 110 (59,8%) com transmissão
esporádica e 43 (23,3%) sem transmissão de casos (Figura 6).

Entre 2013 e 2015, 31 (16,8%) municípios cearenses apresentaram transmissão intensa da doença, os
municípios com transmissões moderada, esporádica e sem transmissão, nesse período, foram 23 (12,5%),
89 (48,9%) e 41 (22,3%) respectivamente (Figura 7).

Figura 6 – Estratificação do risco para leishmaniose visceral segundo município de residência, Ceará, 2010
a 2012 e 2013 a 2015.

2013 a 2015
2010 a 2012
Fonte: SESA/COPROM/NUVEP. Dados sujeitos à revisão. Atualizado em 11/10/2016

CONTROLE DE VETORES

Vigilância Entomológica

A Lutzomyia longipalpis está presente em todos os municípios do Estado, de forma bastante diferenciada
no que diz respeito à sazonalidade. O município de Fortaleza apresenta maior captura no primeiro
semestre. Quanto ao ambiente domiciliar (no interior e fora dos domicílios) praticamente é igual à
frequência, sugerido assim a possibilidade da infecção em ambos os ambientes.

A Vigilância Entomológica é responsável pelas ações de levantamento, monitoramento e investigação


entomológica.

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O levantamento verifica a presença de Lutzomya longipalpis em municípios que não tenham sido realizadas
investigações anteriores ou em municípios silenciosos, além de permitir a identificação da dispersão do
vetor no município.

O monitoramento tem a função de conhecer a distribuição sazonal e abundância relativa do vetor e


confirmar a área como de transmissão autóctone.

Quanto as atividades entomológicas no referido período foram realizadas 377 investigações, 448
levantamentos e 232 monitoramentos de vetores em localidades onde aconteceram casos humanos no
Estado do Ceará.

Tabela 1. Atividades de Vigilância Entomológica para os vetores da LVA, Ceará, 2013 a 2016*.

Fonte: COPROM/NUVET, *Atualizado até setembro, 2016.

Tabela 2. Número de exames sorológicos realizados e soros-reagentes caninos de Leishmaniose Visceral,


Ceará, 2013 a 2016*.

Fonte: COPROM/NUVET, *Atualizado até setembro, 2016.

Controle Químico do Vetor

No período de 2013 a agosto de 2016, foram borrifadas com inseticidas de ação residual 36.506
residências, destas, 38,2% (13.964) localizadas em áreas de transmissão intensa e 15,1% (5.521) em áreas
de transmissão moderada.

Tabela 3. Número de Residências Borrifadas com Inseticida de Ação Residual em Atividades de Controle
da Leishmaniose Visceral de Acordo com o Estrato de Risco da Área, Ceará, 2013 a 2016*.

Fonte: COPROM/NUVET, *Atualizado até setembro de 2016.

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Tabela 4 – Casos, óbitos e classificação epidemiológica de leishmaniose visceral, por município de


residência, Ceará, 2013 a 2015

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Tabela 4 – Casos, óbitos e classificação epidemiológica de leishmaniose visceral, por município de


residência, Ceará, 2013 a 2015

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Tabela 4 – Casos, óbitos e classificação epidemiológica de leishmaniose visceral, por município de


residência, Ceará, 2013 a 2015

Fonte: Sinan/COPROM/SESA
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