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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO – UEMANET


PÓLO: COROATÁ
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
TUTORA A DISTÂNCIA: STELA DE FÁTIMA CUNHA DINIZ
TUTORA PRESENCIAL: EUTERPINA PALHANO DE PAIVA MORAIS

ESCOLA E DEMOCRACIA

(Dermeval Saviani)

Acadêmica

Edna silva da Costa

Coroatá – Ma
2018
ESCOLA E DEMOCRACIA

(Dermeval Saviani)

Dermeval Saviani, nessa obra Escola e Democracia, procura esclarecer a


situação da Educação e a sua relação com a sociedade ao longo do tempo. O livro
aborda uma síntese clara e didática das principais teorias da educação. Saviani parte
do âmbito do fenômeno da marginalidade e da concepção de sociedade que as
principais teorias da educação trazem e seu corpo.
Na primeira parte é dado enfoque às teorias não-críticas e apresentado as
principais diferenças existentes entre a pedagogia tradicional, pedagogia nova e a
pedagogia tecnicista. Na sequência, é feito algumas considerações sobre as teorias
crítico-reprodutivistas e, são elas: a) “teoria do sistema de ensino enquanto violência
simbólica”; b) “teoria da escola enquanto aparelho ideológico de Estado (AIE)”; c)
“teoria da escola dualista”. Saviani comenta cada uma delas e, em seguida faz uma
pequena análise comparativa entre as teorias não-críticas e as reprodutivistas e
explica ao leitor o motivo pelo qual não fez referência à “teoria da educação
compensatória”.
No tópico seguinte ele faz menção da Teoria da Curvatura da Vara destacando
três teses políticas: Tese filosófico-histórica; pedagógico-metodológica e uma terceira
que, segundo o autor, é resultado da junção das duas primeiras, ”que é aquela
conclusão segundo a qual quando mais se falou em democracia no interior da
escola,...”p.59. Para finalizar o tópico Saviani colocam em evidência as consequências
que essas teorias trouxeram para Educação brasileira. A terceira parte do livro é
dedicada a reprodução as teses referidas no tópico anterior junto com algumas
contribuições aos professores.
Saviani conclui deixando em evidência a relação entre educação e sociedade
e que a responsabilidade dos professores é a de transformar cada aluno seu para que
cada um compreenda seus direitos e deveres para a efetivação de uma nação melhor
para se viver. Ele ainda apresenta como fechamento de suas proposições “Onze teses
sobre educação e política”. Com as Onze teses sobre educação e política, o autor
procura situar o debate pedagógico e indica caminhos para a formulação de uma
teoria crítica não reprodutiva, para uma pedagogia revolucionaria que “não é outra
coisa senão aquela pedagogia empenhada decididamente em colocar a educação a
serviço da transformação das relações de produção”.
A obra de Saviani tem como característica marcante, analisar a sociedade
brasileira no seu momento histórico. Os acontecimentos políticos e os eventos
históricos da sociedade brasileira sempre estiveram presente na obra de Saviani. No
seu livro História das ideias pedagógica no Brasil Saviani contribui para o avanço das
condições subjetivas necessárias ao cumprimento da grande tarefa por ele mesmo
anunciada como prioritária: a defesa e a produção de uma educação pública de
qualidade para todos os brasileiros. Ou seja, o autor nos fala das correntes
pedagógica que influenciaram o panorama da educação brasileira nas últimas
décadas. Em entrevista publicada no informativa “Expressão Sindical” do
Sinpro/Guarulhos quando perguntado sobre sua concepção filosófica orientadora das
pratica educacionais.
Nesse sentido, Saviani retoma,
[...] em três atos, o drama do professor descrito no livro. Primeiro ato: o professor tinha
a cabeça escolanovista, mas era obrigado a atuar nas condições tradicionais; segundo
ato: nessas condições sobrevém a ele a tendência tecnicista, instando-o a ser
eficiente e produtivo; terceiro ato: ao mesmo tempo, a visão crítico-reprodutivista veio
mostrar que, na crença de estar formando indivíduos autônomos, o professor estava
reproduzindo a ordem vigente e, assim, contribuindo para reforçar os mecanismos de
exploração. Como as pedagogias contra hegemônicas formuladas nos anos 80 não
tiveram força para reverter esse quadro, nos 90 o professor entra no quarto e atual
ato de seu drama: ainda se pede a ele eficiência e produtividade, mas agora sem
seguir um planejamento rígido; não é preciso pautar sua ação por objetivos
predefinidos e regras preestabelecidas. Como ocorre com os trabalhadores de modo
geral, também os professores são instados a se aperfeiçoarem continuamente, num
eterno processo de aprender a aprender. Acena-se, então, com cursos de atualização
ou reciclagem referidos a aspectos fragmentários da atividade docente, todos eles
aludindo a questões práticas do cotidiano. O mercado e seus porta-vozes
governamentais parecem querer um professor ágil e flexível que, a partir de uma
formação inicial ligeira, de curta duração e a baixo custo, prosseguiria sua qualificação
no exercício da docência, lançando mão da reflexão sobre a própria prática,
eventualmente apoiada em cursos rápidos, ditos também “oficinas”. Estas, recorrendo
aos meios informáticos, transmitiriam em doses homeopáticas as habilidades que o
tornariam competente nas pedagogias da “inclusão excludente”, do “aprender a
aprender” e da “qualidade total”. É a concepção produtivista que, hegemônica desde
a década de 70, é agora refuncionalizada numa espécie de neoprodutivismo (Fonte:
Expressão Sindical Sinpro/Guarulhos Publicado em 17/09/07).
Segundo Saviani o pensamento pedagógico brasileiro sempre procurou
aspiração cientifica no passado. Mas, a partir da década de noventa, sobreveio um
forte desvio, ou seja, a aspiração científica que antes havia ambicionado. Agora,
cedeu lugar ao fenômeno da descrença na ciência. Daí o pensamento pedagógico
brasileiro enveredou pelo caminho da desconstrução das ideias anteriores antepondo-
lhes prefixos do tipo “pós” ou “neo”. Dessa metamorfose resultaram correntes como o
neoprodutivismo, o neo-escolanovismo e o neoconstrutuvismo que dominam a cena
pedagógica brasileira atual. O autor resume sua forma de entender a "pedagogia
histórico-crítica" da seguinte forma: [...] a pedagogia histórica-crítica é tributária da
concepção dialética, especificamente na versão do materialismo histórico, tendo fortes
afinidades, no que se refere às suas bases psicológicas, com a psicologia histórico-
cultural desenvolvida pela Escola de Vigotski. A educação é entendida como o ato de
produzir, direta e indiretamente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é
produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Em outros termos, isso
significa que a educação é entendida como mediação no seio da prática social global.
A prática social põe-se, portanto, como o ponto de partida e o ponto de chegada
da prática educativa. Daí ocorre um método pedagógico que parte da prática social
em que o professor e aluno se encontram igualmente inseridos, ocupando, porém,
posições distintas, condição para que travem uma relação fecunda na compreensão
e no encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática social. Aos
momentos intermediários do método cabe identificar as questões suscitadas pela
prática social (problematização), dispor os instrumentos teóricos e práticos para a sua
compreensão e solução (instrumentação) e viabilizar sua incorporação como
elementos integrantes da própria vida dos alunos (catarse). (p. 420)
Contudo, Saviani, além do resgate e compreensão histórica da Educação, faz
também algumas referências, quanto às questões da ética, educação e cidadania. Em
artigo para a revista Brasileira de Filosofia Saviani ele discorre sobre a sobre “ética e
educação” que a educação institui o homem que é referência tanto para ética como
para a cidadania.
Nesse sentido, Saviani afirma
a educação como uma atividade mediadora no seio da pratica social global. Assim, a
educação é entendida como instrumento, como um meio, como uma via através da
qual o homem se torna plenamente homem apropriando-se da cultura, isto é, a
produção humana historicamente acumulada. Nesses termos, a educação fará a
mediação entre o homem e a ética permitindo ao homem assumir consciência da
dimensão ética de sua existência com todas as implicações desse fato para a sua vida
em sociedade.
Enfim, Saviani tem seu nome consagrado entre os pensadores que,
comprometidos com a luta pela democracia, dedica ou dedicaram parte de suas vidas
em prol da educação, pois consideram-na como um instrumento de mudança social e
transformação da realidade Social.
REFERÊNCIAS

SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores


Associados, 2007.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 35. ed. rev. Campinas: Autores


Associados, 2002.

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