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Unidade 4 Utopia Massificacao e Globalidade

41 Cultura de Elite x Cultura do Povo

4 2 Imperialismo Cultural e a Defesa do Nacional Popular

4 3 Movimentos Artisticos Aliencao e Engajamento

Politico Entre a Utopia e a Massificacao

4 4 Globalizacao Midia e Contemporaneidade

nas Artes e na Cultura

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Utopia Massificacao e Globalidade

Olá, alunos. Sejam bem-vindos à Unidade IV. Nela iremos caracterizar


a produção artística e o pensamento acerca da arte e da cultura
brasileira na segunda metade do século XX e XXI. Lembre-se de
acessar o conteúdo disponível na sua Web Aula, assista aos vídeos,
leia os textos e realize as atividades propostas.

Bons estudos!

41 Cultura de Elite X Cultura do Povo


Anos de 1950 a 1980 – O período é importante para entendermos as mudanças no
âmbito das culturas popular e erudita, na época tratadas como binômio, e ainda postas em
relação com a cultura de massas, cada vez mais fortalecida no Brasil por meio da Indústria
Cultural. Indústria que, voltada para a produção em larga escala de produtos culturais
padronizados e de qualidade duvidosa, voltava-se unicamente para o lucro e não para
despertar, nos seus consumidores, o bom gosto, a prática da cidadania e a reflexão.

O Brasil, a partir da década de 50, tornou-se um país cada vez mais urbanizado e
industrializado. Campo e cidade passaram a coexistir e a apresentar muitas divergências
entre si e desigualdades sociais. Para Marcos Napolitano (2006), a cultura popular das
comunidades camponesas, com a migração para as cidades e o crescente acesso aos
meios de comunicação de massa, como o rádio, as revistas, o jornal e a televisão, entrou
em forte diálogo com elementos de uma cultura cada vez mais ligada ao lazer dos centros
urbanos e das novas classes trabalhadoras. “Por sua vez, a cultura de elite tradicional,
herdada do século XIX, também passou a coexistir com novos meios e linguagens artístico-
culturais modernos e cosmopolitas”, conforme o autor. (2006, p. 8).

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42 Imperialismo Cultural e a Defesa do Nacional Popular


Anos 1950 a 1980 – No Brasil, muito da discussão feita em torno do subdesenvolvimento
dos países da América Latina se deu a partir de um grupo de cientistas sociais liderados
pelo sociólogo Florestan Fernandes, da Universidade de São Paulo – USP, conforme Mariza
Veloso e Angélica Madeira (1999). Entre esses pesquisadores estavam Fernando Henrique
Cardoso, Otávio Ianni e Paul Singer. Na época, afirmam as autoras, falava-se em uma
“teoria da dependência”, que aludia às relações políticas e econômicas internas e externas
ao processo de implantação e evolução do capitalismo nos países latino-americanos.

Os Estados Unidos da América – EUA – foram identificados por intelectuais, artistas e


militantes brasileiros como o grande país imperialista das Américas. Imperialismo que não
se encontrava apenas nos campos da política e da economia, mas também no da cultura
como um todo. Éramos, então, segundo os mais radicais, consumidores absolutamente
passivos de “enlatados” culturais norte-americanos.

Com eles, interiorizávamos o modo capitalista de pensar e deixávamos de lado a


capacidade de reflexão e de insubordinação frente a uma ideologia opressora que só
poderia ser combatida com a valorização de um espírito nacional, voltado para o resgate
das expressões de origem popular.

43 Movimentos Artisticos Alienacao e Engajamento Politico

Entre a Utopia e a Massificacao


Anos 1950 a 1980 – O Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos
Estudantes (UNE) trazia, em seu manifesto de 1962, a defesa do nacional-popular.
Identificado com a esquerda brasileira, o CPC propunha o engajamento político do artista,
o qual deveria “‘optar por ser povo’, mesmo tendo nascido no seio das famílias mais
abastadas”, conforme Marcos Napolitano (2006, p.37). A ideia era que o artista abrisse
mão da qualidade estética de seu trabalho, se preciso fosse, e com ele partisse em busca
da conscientização do povo. Povo que, historicamente transformado em massa amorfa e
alienada, finalmente encontraria na fruição dos filmes, canções, peças teatrais e outros
vinculados ao CPC, a possibilidade de ascender a uma consciência crítica.

Um dos cartazes do Centro Popular de Cultura

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A música popular brasileira (MPB) foi provavelmente o setor engajado da cultura que
mais se fez notar no Brasil. No período que vai de 1966 a 1968, ela ganhou força ao
chegar à televisão em “festivais da canção” e assim fez jus à grande massa, tendo uma
boa penetração nos setores populares até os anos 1980. Mas a Tv também dava lugar a
uma programação alienante, como diziam os esquerdistas mais radicais. Foi nessa disputa,
entre o que se pensava ser emancipador e o que era rigidamente tachado de alienação, que
a Indústria Cultural Brasileira conseguiu agradar aos vários setores da população. Pode-se
dizer que ela inclusive gerou artigos de qualidade reconhecida, nos vários âmbitos da arte
e da cultura brasileira.

Capa da Revista “O Cruzeiro” – Novembro 1966

Importa mencionar que a dicotomia “alienação das massas pela Indústria Cultural” x
“consciência das massas trazida por artistas engajados” – tida como uma ideia simplória
e pouco esclarecedora da complexidade do fenômeno cultural –, encontrou opositores
bastante qualificados. Contestando qualquer tipo de conservadorismo e classificação radical,
essas pessoas viam o híbrido entre o erudito, o massivo e o popular tradicional como algo
bastante interessante e produtivo. E entendiam a cultura brasileira como dialógica, como
locus de interação criativa entre o nacional e o estrangeiro, entre o brega e o sofisticado,
entre o subdesenvolvimento e a ultramodernidade, entre o local e o global/universal. O
tropicalismo é um bom exemplo desse modo de pensar.

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4 4 Globalizacao Midia e Contemporaneidade nas Artes

e na Cultura
Anos 1950 a 1980 – Nos anos 1970 e 1980, muitos artistas da poesia, da música e do teatro
adotaram o selo de “independentes”. No entanto, vale salientar que grande parte desse universo
underground foi posteriormente absorvido pelo mercado, como aconteceu com o rock brasileiro
da década de 80, segundo Marcos Napolitano (2006). Nas artes plásticas, a experimentação era
a marca visível das instalações, das vivências estéticas com o corpo e com a paisagem urbana de
um mundo globalizado. Com a arte participativa e sensorial de Hélio Oiticica e Lígia Clark, entre
outros, o Brasil entrava de vez no rol da arte contemporânea mundial.

Detalhe do Metaesquema 4066

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Trepantes (Obra mole), 1964. Borracha.

Havia também a artemídia que, como disse Arlindo Machado (2004, p. 10), tanto no
exterior quanto no Brasil, lutava para desprogramar a própria mídia. Distorcia suas funções
simbólicas, “obrigando-as a funcionar fora de seus parâmetros conhecidos e a explicitar os
seus mecanismos de controle e sedução”. Um bom exemplo de artista que trabalhou nessa
direção foi a baiana Letícia Parente, um das pioneiras da videoarte no Brasil.

Confira na sua Web Aula o vídeo “Marca Registrada” de Letícia Parente.

Munida de linha e agulha, Letícia bordava o solado do próprio pé com a inscrição “Made
in Brazil”, em uma videoarte realizada no ano de 1975. A arte de Letícia fazia eco aos trabalhos
dos norte-americanos Vito Aconti, Joan Jonas e Peter Campus, em que eles se debruçavam
sobre os seus própios corpos e existências, abordando-os com ares de Narciso.

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Seria este, então, o modo de Letícia se questionar sobre a condição


feminina na contemporaneidade, tendo-se em vista o processo de
coisificação do ser humano?

É o que dizem os críticos … Mas será que não seria também este o modo de ela
evidenciar, em suas mãos e pés de mulher-artista-brasileira, os dolorosos caminhos das
artes, em meio ao cenário internacional, cada vez mais globalizado? Quem sabe…

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Bibliografia

MACHADO, Arlindo. Arte e mídia: aproximações e distinções. Revista E-Compós. Edição


1, dezembro de 2004.

NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: utopia e massificação (1950-1980). São Paulo:


Contexto, 2006.

VELOSO, Mariza, MADEIRA, Angélica. Leituras brasileiras: itinerários no pensamento


social e na literatura. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

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Creditos

Núcleo de Educação a Distância


O assunto estudado por você nessa disciplina foi planejado pelo professor conteudista,
que é o responsável pela produção de conteúdo didático, e foi desenvolvido e
implementado por uma equipe composta por profissionais de diversas áreas, com o
objetivo de apoiar e facilitar o processo ensino-aprendizagem.

Coordenação do Núcleo de Educação a Distância


Lana Paula Crivelaro Monteiro de Almeida

Coordenação do Polo de Apoio Presencial em Educação a Distância


Kelly Cristina Fernandes Pinto Amaral

Supervisão Administrativa
Denise de Castro Gomes

Produção de Conteúdo Didático Identidade Visual


Carmen Luisa Chaves Cavalcante Régis da Silva Pereira
Viviane Cláudia Paiva Ramos
Designer Instrucional
Andrea Chagas Alves de Almeida Arte
Diego Silveira Maia Cordeiro da
Projeto Instrucional Silva
Ana Paula de Oliveira Ximenes Viviane Cláudia Paiva Ramos

Roteiro de Áudio e Vídeo Programação / Implementação


José Glauber Peixoto Rocha Jorge Augusto Fortes Moura

Produção de Áudio e Vídeo Editoração


Alex Nunes Barroso Régis da Silva Pereira
José Moreira de Sousa
Revisão Gramatical
Vanderlene Paiva Lopes

O trabalho Arte e Cultura Brasileira- Unidade 4 Utopia Massificação e Globalidade de Carmen Luisa Chaves Cavalcante, Núcleo de
Educação a Distância da UNIFOR está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações
4.0 Internacional.

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