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Nº 1.

385/2006

O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

PREFEITO MUNICIPAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I
PRELIMINARES

Art. 1º. Fica aprovado e instituído o Plano Diretor do Município de Vitória da Conquista, instrumento normativo da política de desenvolvimento
urbano, com abrangência de todo o território do Município.

2º. Esta Lei contém, como instrumentos básicos de política urbana:

I. Os princípios, diretrizes e instâncias de planejamento para o acompanhamento e controle social do Planejamento Urbano de Vitória da
Conquista e, em especial, o Plano Diretor Urbano;
II. O partido urbanístico e elementos estruturadores do espaço urbano;
III. As diretrizes para a aplicação dos instrumentos de política urbana, previstos no Estatuto da Cidade;
IV. Políticas setoriais e projetos estratégicos; e
V. As diretrizes para a política habitacional de interesse social.

3o. Integram esta Lei os seguintes Anexos:

I. Anexo I - Plantas;
II. Anexo II - Projetos Estratégicos.
CAPÍTULO II
PRINCÍPIOS

Art. 4º. O Plano Diretor Urbano tem como princípios:

I. Promoção da justiça social e a redução das desigualdades sociais;


II. Inclusão social, compreendida como garantia de acesso a bens, serviços e políticas sociais a todos os munícipes, particularmente às crianças,
aos idosos e aos portadores de necessidades especiais;
III. Estímulo ao desenvolvimento socioeconômico em bases sustentáveis, contemplando a eqüidade social e a melhoria da qualidade de vida da
população, bem como a valorização dos recursos naturais e culturais;
IV. Direito à Cidade para todos, compreendendo o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao
transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer;
V. Respeito às funções sociais da Cidade e à função social da propriedade;
VI. Prioridade ao transporte coletivo público, adaptando-o para utilização pelos portadores de necessidades especiais;
VII. Fortalecimento do papel regulador do setor público e valorização das suas funções de planejamento, articulação e controle;
VIII. Participação da população nos processos de decisão, planejamento e gestão;
IX. Compreensão do Plano Diretor Urbano como parte de um processo de planejamento municipal permanente e contínuo, de caráter técnico e
político, baseado na participação, negociação e cooperação;
X. Visão estratégica de planejamento, respaldada num projeto de cidade, construído pela sociedade e caracterizada pela viabilidade e
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oportunidade das propostas.

CAPÍTULO III
OBJETIVOS

5º. O Plano Diretor Urbano tem como objetivos:


I. Consolidar e projetar Vitória da Conquista como:

a) pólo comercial e prestador de serviços, potencializando o desenvolvimento do setor industrial e do agronegócio;


b) centro universitário, educacional e de ciência e tecnologia;
c) centro regional de serviços de saúde, projetando-a como centro de referência estadual.

II. Orientar a política urbana para o atendimento das funções sociais da Cidade, promovendo:

a) o adensamento da ocupação do solo na malha urbana da Sede;


b) o combate à degradação ambiental e a recuperação de áreas degradadas;
c) a implantação de infra-estrutura, em acordo com diretrizes de proteção ambiental, e a racionalização do uso da infra-estrutura, em particular, a
do sistema viário e de transportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade;
d) a extensão dos serviços básicos de saneamento e a implantação de drenagem urbana, na Sede;
e) a solução do problema da destinação final de resíduos sólidos; e
f) a inclusão social das áreas segregadas no meio urbano.

III. Promover a adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a
privilegiar os investimentos públicos e privados geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
IV. Combater as distorções e abusos do mercado imobiliário urbano e o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade;
V. Recuperar os investimentos do Poder Público que resultem na valorização de imóveis urbanos;
VI. Buscar equilíbrio entre a situação social do meio urbano e a do meio rural;
VII. Buscar eficácia na ação governamental, promovendo a integração e a cooperação com os Governos federal e estadual e com os demais
Municípios da região Sudoeste; e
VIII. Promover o desenvolvimento de atividades de auto-geração de trabalho e renda.

CAPÍTULO IV
SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO INTEGRADO

I
GERAIS

Art. 6º. Fica instituído o Sistema Municipal de Planejamento Urbano Integrado, com os objetivos de:

I. Definir, articular e orientar as ações estratégicas do governo, no tocante à problemática urbana;


II. Identificar as necessidades prioritárias de intervenção urbanística do Município;
III. Fornecer os subsídios necessários para a definição de diretrizes gerais da política de desenvolvimento municipal;
IV. Estabelecer os meios de operacionalização do Plano Diretor Urbano e de sua atualização, bem como dos demais planos setoriais;
V. Fornecer subsídios para a elaboração de programas e projetos executivos; e
VI. Propiciar a ampla participação da sociedade civil organizada e dos movimentos sociais na elaboração de propostas de intervenção urbana.
Art. 7º. O Sistema Municipal de Planejamento será composto pelas seguintes instâncias operacionalizadoras:

I. Coordenação de Gestão do Plano Diretor Urbano;


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II. Sistema Municipal de Informações para o Planejamento e Gestão do Município de Vitória da Conquista;
III. Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;
IV. Núcleo de Acompanhamento e de Impulsão de Projetos Estratégicos; e
V. Conferência da Cidade.

SEÇÃO II
DE GESTÃO DO PLANO DIRETOR URBANO

Art. 8º. A Coordenação de Gestão do Plano Diretor Urbano, instância de coordenação do Poder Executivo, será composta pelos seguintes Órgãos:

I. Secretaria de Governo;
II. Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Infra-estrutura Urbana;
III. Secretaria Municipal de Serviços Públicos;
IV. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social; e
V. Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Art. 9º. Competem à Coordenação de Gestão do Plano Diretor Urbano as seguintes atribuições:

I. Coordenar as diversas atividades relacionadas ao planejamento urbano do Município, através da implementação do Plano Diretor Urbano e de
sua atualização, que deve ocorrer, no máximo, a cada dez anos;
II. Assegurar o funcionamento do Sistema Municipal de Planejamento instituído por esta Lei; e
III. Elaborar propostas de lei para alteração da legislação urbanística e encaminhar aqueles de iniciativa popular.

III
MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES

Art. 10. Fica criado o Sistema Municipal de Informações para o Planejamento e Gestão do Município de Vitória da Conquista, como instrumento de
apoio e suporte para o Sistema Municipal de Planejamento Urbano Integrado, onde serão consolidadas as informações básicas para o planejamento
municipal.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Informações será vinculado à Secretaria de Governo.

Art. 11. Caberá ao Sistema Municipal de Informações a produção, coleta, sistematização e divulgação das informações de interesse para o
planejamento municipal e urbano, incluindo indicadores e a guarda de bases documentais e cartográficas.

Parágrafo único. O acervo do Sistema Municipal de Informações compreenderá:

I. As informações sobre operações de serviços públicos, em especial, sobre o transporte público de passageiros, saúde, educação, segurança,
habitação, cultura, esportes e lazer;
II. O cadastro Imobiliário Urbano;
III. O cadastro das áreas ocupadas pelas atividades agropecuárias;
IV. A mapoteca e registro histórico-fotográfico do Município;
V. A Lei do Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e as Leis do Orçamento Anual;
VI. As informações geoambientais do território municipal;
VII. A legislação urbana;
VIII. As fontes de poluição e degradação ambiental;
IX. As informações sobre a estrutura e o funcionamento da Administração Municipal;
X. As informações socioeconômicas sobre o Município, em especial, sobre a demografia, emprego e renda;
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XI. O zoneamento fiscal imobiliário; e
XII. As informações sobre o uso e a ocupação do solo.

Art. 12. A base territorial do Sistema de Municipal de Informações será constituída por Unidades Espaciais de Informações e Planejamento, que
serão formadas pela agregação dos setores censitários instituídos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Sede e nos distritos,
quando couber.
Parágrafo único. O Poder Executivo criará, por lei, o Sistema Cartográfico Municipal, constituído da Rede de Referência Cadastral Municipal
(RRCM) e das bases de dados geográficos digitais, cartas e demais documentos cartográficos que compõem a Base Cartográfica Municipal, segundo
especificações da NBR 14.166, de 30/09/1998, da ABNT.

SEÇÃO IV
MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 13. Fica criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão colegiado com caráter consultivo e deliberativo, ao qual compete:

I. Assegurar a participação dos cidadãos e de suas organizações representativas no planejamento municipal e na formulação, controle e
avaliação de políticas, planos e decisões administrativas;
II. Acompanhar a implementação do Plano Diretor Urbano, seus planos específicos, programas e projetos e redirecionar suas diretrizes;
III. Promover audiências públicas e debates, com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da
comunidade;
IV. Aprovar os projetos estratégicos e de impacto para o desenvolvimento municipal;
V. Realizar debates públicos sobre o planejamento do desenvolvimento urbano, com as organizações representativas de bairros da sede, vilas e
povoados;
VI. Promover, a cada dois anos, com o apoio da Secretaria Municipal de Planejamento, a Conferência da Cidade;
VII. Dar publicidade aos documentos e informações produzidos;
VIII. Promover o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos;
IX. Encaminhar iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento municipal e urbano;
X. Emitir parecer sobre:

a) a compatibilidade da legislação orçamentária com as diretrizes do Plano Diretor Urbano; e


b) os projetos de lei, planos e programas de desenvolvimento urbano, bem como os projetos de iniciativa popular; e
XI. Avaliar propostas para a revisão e atualização do Plano Diretor Urbano.

Art. 14. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano é composto por representantes:

I. Do Poder Público Municipal:


a) o Prefeito, que o presidirá;
b) 1 (um) representante do órgão municipal de Governo;
c) 1 (um) representante do órgão municipal de Infra-estrutrura;
d) 1 (um) representante do órgão municipal de Desenvolvimento Social;
1 (um) representante do órgão municipal da Agência de Desenvolvimento;
1 (um) representante do órgão municipal de Meio Ambiente;
1 (um) representante do órgão municipal de Serviços Públicos;
h) 1 (um) representante do órgão municipal de Finanças;
i) 1 (um) representante do órgão municipal de Administração;
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j) 1 (um) representante do órgão municipal de Saúde;
k) 1 (um) representante do órgão municipal de Educação;
l) 1 (um) representante do órgão municipal de Agricultura;
m) 1 (um) representante da Procuradoria Jurídica.

II. De Outros Órgãos e Entidades Públicas:


a) 1 (um) representante do IBAMA;
b) 1 (um) representante da Caixa Econômica Federal;
c) 1 (um) representante da EMBASA;
d) 1 (um) representante do Ensino Público Universitário;
e) 1 (um) representante do Corpo de Bombeiros;
f) 1 (um) representante da SUDIC;
g) 1 (um) representante do CRA/SEMARH.

III. De Empresas e Entidades de Classes:


a) 1 (um) representante do Ensino Privado;
b) 1 (um) representante do SINDUSCON;
c) 1 (um) representante do CREA;
d) 1 (um) representante da ÁREA;
e) 1 (um) representante da Associação dos Geógrafos;
f) 1 (um) representante da Associação dos Trabalhadores na Construção Civil;
g) 1 (um) representante da OAB - Ba
h) 1 (um) representante da Associação Comercial;
i) 1 (um) representante do CDL;
j) 1 (um) representante da AINVIC;
k) 1 (um) representante da(s) empresa(s) prestadora(s) do Serviço de Limpeza Pública;
l) 1 (um) representante da(s) empresa(s) de Transporte Coletivo;
m) 1 (um) representante do SEBRAE;
n) 1 (um) representante do Sindicato das empresas do setor Saúde;
1 (um) representante da COOPMAC;
p) 1 (um) representante da COELBA;
q) 1 (um) representante da TELEMAR;
r) 1 (um) representante da EBCT.

IV. De Organizações Comunitárias:


a) 1 (um) representante da FEMANC;
b) 1 (um) representante da União das Associações de Bairros;
c) 1 (um) representante da ACIDE;
d) 1 (um) representante do Grupo GEMA;
1 (um) representante de Clubes de Serviços;
f) 6 (seis) representantes da Coordenação do Orçamento Participativo (OP).
o. A atuação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano contará com a participação da Ouvidoria Pública.
o. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano poderá formar comissões temáticas para estudar e proferir pareceres sobre assuntos
específicos, com base nas diretrizes do Plano Diretor Urbano.
o. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano encaminhará processos à apreciação do Conselho Municipal do Meio Ambiente, quando
houver potencial de significativo impacto ambiental.
o. O regimento interno do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano será elaborado pelos seus membros, no prazo de 30 (trinta) dias,
contados da nomeação, e encaminhado para aprovação, por ato do Poder Executivo.

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SEÇÃO V
DE ACOMPANHAMENTO E DE IMPULSÃO DE PROJETOS ESTRATÉGICOS

Art. 15. Quando necessário, o Poder Executivo, em consonância com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, constituirá Núcleos de
Acompanhamento e de Impulsão de Projetos Estratégicos, com as seguintes finalidades:
I. Promover a articulação entre os poderes públicos e as instâncias da sociedade, para definir as respectivas responsabilidades e atribuições na
implementação dos projetos estratégicos aprovados por esta Lei;
II. Dar transparência ao processo de seleção de novos projetos estratégicos prioritários;
III. Compatibilizar o conhecimento técnico das análises dos programas e projetos com a experiência e visão política das demandas sociais;
IV. Garantir a continuidade da implementação dos projetos estratégicos, em face das mudanças nos Poderes Legislativo e Executivo;
V. Fornecer indicações para que os projetos estratégicos sejam contemplados na proposição das leis orçamentárias; e
VI. Avaliar as possíveis formas de viabilizar o financiamento dos projetos estratégicos.

SEÇÃO VI
DA CIDADE

Art. 16. Fica criada a Conferência da Cidade, a ser realizada a cada dois anos, em consonância com as diretrizes federais e estaduais, tendo como
objetivos:
I. Refletir e debater sobre a dinâmica sócio-urbana de Vitória da Conquista;
II. Avaliar o andamento do Plano Diretor Urbano;
III. Discutir problemas e apontar alternativas de desenvolvimento urbano para o Município;
IV. Discutir as diretrizes, princípios e propostas das políticas de desenvolvimento urbano estadual e federal, quando convocada para tal; e
V. Eleger delegados ou representantes para participar de fóruns temáticos regionais, estaduais ou nacionais.
Art. 17. A Conferência da Cidade será convocada pelo Prefeito, mediante Decreto, ouvido o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

CAPÍTULO V
PARTIDO URBANÍSTICO

Art. 18. O planejamento da organização territorial observará as seguintes diretrizes:

I. Ocupação e densificação compatíveis com a qualificação da estrutura urbana local, com vistas à maior eficiência na distribuição dos
equipamentos e serviços públicos;
II. Organização das atividades econômicas comerciais e de serviços e dos equipamentos urbanos, com prioridade para as consideradas
estratégicas para o desenvolvimento municipal;
III. Melhoria da mobilidade urbana e da acessibilidade em nível regional;
IV. Qualificação da estrutura urbana e conseqüente melhoria das condições de moradia da população;
V. Distribuição dos equipamentos comunitários, de forma a atender a todas as regiões da Cidade e do Município, reduzindo a segregação
socioespacial; e
VI. Racionalização da aplicação dos recursos públicos, de forma a maximizar os benefícios e minimizar os custos sociais da urbanização.

Art. 19. A estruturação do espaço urbano e a articulação entre os sistemas previstos nesta Lei serão alcançadas com base:

I. Nas características morfológicas e topográficas do sitio urbano, levando em consideração os recursos naturais, o patrimônio histórico-cultural, a
infra-estrutura urbana, os eixos viários estruturadores em nível urbano e interurbano; e
II. No ordenamento do uso e na regulamentação da ocupação do solo.

Art. 20. Em consonância com os princípios básicos que norteiam a estruturação e organização do espaço urbano, são considerados como seus
elementos estruturadores:
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I. A definição do Perímetro Urbano;
II. O macrozoneamento de Ocupação do Solo;
III. Os parâmetros de Uso do Solo;
IV. As Áreas Especiais de Valor Ambiental e Cultural;
V. As Áreas Especiais de Interesse Institucional;
VI. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); e
VII. O Sistema Viário e de Transporte.

SEÇÃO I
URBANO

Art. 21. Fica mantido o perímetro urbano estabelecido pela legislação vigente.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, são considerados Núcleos Urbanos o povoado de São João da Vitória e os seguintes Distritos:

I. Veredinha;
II. José Gonçalves;
III. Iguá;
IV. Bate Pé;
V. Cachoeira da Jibóia;
VI. Dantelândia;
VII. Inhobim;
VIII. Cercadinho;
IX. São Sebastião; e
X. Pradoso.

SEÇÃO II
DA OCUPAÇÃO DO SOLO NA SEDE MUNICIPAL

Art. 22. Como elemento de estruturação e organização do espaço urbano, ficam instituídas as seguintes macrozonas de ocupação, indicadas na
Planta 01, do Anexo I desta Lei:
I. de Ocupação Consolidada;
II. de Adensamento Controlado;
de Adensamento Condicionado;
IV. de Expansão Urbana Condicionada;
V. de Expansão Urbana Preferencial I e II; e
VI. de Expansão Urbana Rarefeita.
Parágrafo único. As macrozonas correspondem à divisão de bairros da Cidade, objeto das Leis nº 798/95, e 850/96, e configuram unidades de
análise, em relação às ações de planejamento e intervenções do Poder Público.

SUBSEÇÃO I
DE OCUPAÇÃO CONSOLIDADA

Art. 23. São Áreas de Ocupação Consolidada as áreas com infra-estrutura básica e equipamentos urbanos implantados, com acesso ao Sistema
Viário Regional, não inseridas em áreas de valor ambiental.
Os objetivos das Áreas de Ocupação Consolidada são:
I. Otimizar e requalificar a infra-estrutura existente e organizar o trânsito e o transporte coletivo, para melhor aproveitamento das condições de
localização e da acessibilidade;
II. Adensar a ocupação, controlando-a nas áreas onde haja saturação da infra-estrutura;
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III. Estimular a intensificação do uso institucional, da atividade imobiliária residencial e de comércio e serviços; e
IV. Valorizar o núcleo histórico central da Cidade.
As Áreas de Ocupação Consolidada compreendem os Bairros Centro, Recreio, Jurema, Brasil, Patagônia I e Candeias I.
Aplicam-se ao Centro as seguintes diretrizes:
I. Expansão do limite sul e sudeste do Centro para parte do Bairro Candeias e parte do Bairro Recreio;
II. Adensamento e consolidação da ocupação nos limites desejáveis, visando a otimização da infra-estrutura existente e evitando a saturação,
observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 150 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 300 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 3,0;
III. Reorganização do tráfego e reurbanização do sistema viário, favorecendo a circulação de pedestres;
IV. Ampliação e melhor aproveitamento dos espaços públicos e de lazer;
V. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano;
VI. Preservação dos imóveis de valor histórico e controle da ocupação de seu entorno;
VII. Fortalecimento do Centro Tradicional de Comércio e Serviços, promovendo sua requalificação e melhoria e a implantação de
empreendimentos privados; e
VIII. Consolidação da ocupação com parâmetros compatíveis com a otimização da infra-estrutura e equipamentos urbanos.
Aplicam-se ao Bairro Recreio as seguintes diretrizes:
I. Alteração do limite do bairro, para expansão do Centro Tradicional;
II. Adensamento em limites desejáveis, visando a otimização da infra-estrutura existente, permitindo a verticalização, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 250 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 400 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 3,0;
III. Preenchimento preferencial dos vazios urbanos, parcelando o solo de acordo com a qualificação da estrutura urbana local, considerando a
malha viária existente;
IV. Incentivo à utilização dos lotes vazios;
V. Reorganização do tráfego e reurbanização do sistema viário, arborizando e favorecendo a circulação de pedestres, com melhorias relativas à
mobilidade urbana, notadamente no que se refere aos portadores de necessidades especiais;
VI. Aproveitamento e reurbanização de espaços abertos, áreas verdes, praças e largos existentes;
VII. Ampliação e melhor aproveitamento dos espaços públicos e de lazer;
VIII. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano;
IX. Observação das normas ambientais pertinentes às faixas de preservação permanente, às margens do Córrego Verruga; e
X. Consolidação da ocupação, com parâmetros compatíveis com a otimização da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos.
Aplicam-se ao Bairro Brasil as seguintes diretrizes:
I. Consolidação nos limites desejáveis, visando a otimização da infra-estrutura existente, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 150 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 300 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 2,5;
II. Consolidação do centro do Bairro;
III. Ampliação e melhor aproveitamento dos espaços públicos e de lazer;
IV. Arborização de logradouros públicos;
V. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano;
VI. Consolidação da ocupação, com parâmetros compatíveis com a otimização da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos.
Aplicam-se ao Bairro Patagônia I as seguintes diretrizes:
I. Adensamento nos limites desejáveis, visando a otimização da infra-estrutura existente, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 150 hab/ha;
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b) Densidade Líquida Máxima: 300 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 2,5;
II. Incentivo à utilização dos lotes vazios;
III. Reurbanização e qualificação de área prevista para o centro do Bairro;
IV. Ampliação e melhor aproveitamento dos espaços públicos e de lazer;
V. Arborização de logradouros públicos;
VI. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano; e
VII. Consolidação da ocupação, com parâmetros compatíveis com a otimização da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos.
Aplicam-se ao Bairro Candeias I as seguintes diretrizes:
I. Alteração do limite do bairro, para expansão do Centro Tradicional;
II. Adensamento nos limites desejáveis, visando a otimização da infra-estrutura existente, permitindo a verticalização, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 250 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 400 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 3,0.
III. Preenchimento preferencial dos vazios urbanos, parcelando o solo de acordo com a qualificação da estrutura urbana local, considerando a
malha viária existente;
IV. Incentivo à utilização dos lotes vazios;
V. Aproveitamento e reurbanização de espaços abertos, áreas verdes, praças e largos existentes;
VI. Ampliação e melhor aproveitamento dos espaços públicos e de lazer;
VII. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano;
VIII. Observação das normas ambientais pertinentes às faixas de preservação permanente, às margens do Córrego Verruga; e
IX. Consolidação da ocupação, com parâmetros compatíveis com a otimização da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos.

SUBSEÇÃO II
DE ADENSAMENTO CONTROLADO

Art. 24. São Áreas de Adensamento Controlado as áreas com problemas de drenagem e declividade e restrições ambientais decorrentes da
proximidade com a Serra do Periperi e o Poço Escuro, com infra-estrutura e equipamentos parcialmente implantados.

Os objetivos das Áreas de Adensamento Controlado são:


I. Estimular a ocupação dentro dos limites de suporte da área, com requalificação da infra-estrutura existente;
II. Compatibilizar a ocupação com os condicionantes ambientais da área; e
III. Promover a regularização urbanística e fundiária, quando couber.

As Áreas de Adensamento Controlado compreendem os Bairros Guarani, Cruzeiro, Alto Maron, o loteamento Nova Cidade e a parte interior ao Anel
Rodoviário do Bairro Primavera, aos quais se aplicam as seguintes diretrizes:
I. Controle de densidade, condicionando seu incremento à qualificação de sua estrutura urbana, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 100 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 250 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 1,5;
II. Preenchimento dos vazios urbanos, parcelando o solo de acordo com a qualificação da estrutura urbana local, considerando a malha viária
existente;
III. Incentivo à utilização dos lotes existentes;
IV. Ampliação dos espaços públicos e de lazer;
V. Arborização dos espaços públicos e de lazer;
VI. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano;
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VII. Melhoria e qualificação de infra-estrutura, principalmente quanto à drenagem; e
Reurbanização e qualificação de área prevista para Centro de Bairro no Alto Maron.

Os assentamentos de baixa renda existentes na macrozona de que trata esta Seção serão enquadrados como Zonas Especiais de Interesse Social
(ZEIS).

SUBSEÇÃO III
DE ADENSAMENTO CONDICIONADO

Art. 25. São Áreas de Adensamento Condicionado as áreas com características topográficas especiais e restrições ambientais pela proximidade da
Serra do Periperi, carentes de equipamentos urbanos, que exigem uma ocupação condicionada.
Os objetivos das Áreas de Adensamento Condicionado são:
I. Promover a qualificação da área com implantação da infra-estrutura, sistema viário e serviços públicos, em especial a solução de esgotamento
sanitário e drenagem;
II. Condicionar a ocupação à requalificação da infra-estrutura; e
III. Promover a regularização urbanística e fundiária, quando couber.
As Áreas de Adensamento Condicionado compreendem os Bairros de Nossa Senhora Aparecida, Ibirapuera e Zabelê e os loteamentos Miro Cairo,
Henriqueta Prates e Recanto das Águas, aos quais se aplicam as seguintes diretrizes:
I. Controle de densidade, condicionando seu incremento à pavimentação e implantação de redes de infra-estrutura e serviços urbanos e
qualificação de sua estrutura urbana, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 90 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 200 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo:1,5;
II. Preenchimento dos vazios urbanos, parcelando o solo de acordo com a qualificação da estrutura urbana local, respeitando as restrições
ambientais do sitio e considerando a malha viária existente;
III. Incentivo à utilização dos lotes vazios, nas áreas infra-estruturadas;
IV. Ampliação dos espaços públicos e de lazer;
V. Adequação do sistema viário e do sistema de transporte ao processo de desenvolvimento urbano; e
VI. Melhoria e qualificação de infra-estrutura, principalmente drenagem, esgotamento sanitário e sistema viário.
Os assentamentos de baixa renda existentes na macrozona de que trata esta Seção serão enquadrados como Zonas Especiais de Interesse Social
(ZEIS).

SUBSEÇÃO IV
DE EXPANSÃO URBANA CONDICIONADA

Art. 26. São Áreas de Expansão Urbana Condicionada as áreas contíguas às áreas urbanas consolidadas, com restrições ambientais e problemas de
macro-drenagem e baixa qualificação da estrutura urbana.
Os objetivos das Áreas de Expansão Urbana Condicionada são:
I. Condicionar a ocupação à proteção ambiental e à requalificação da infra-estrutura;
II. Promover a qualificação da área, com proteção aos recursos naturais e implantação da infra-estrutura, sistema viário e serviços públicos, em
especial a solução de esgotamento sanitário e drenagem;
III. Compatibilizar a ocupação com os condicionantes ambientais da área; e
IV. Promover a regularização urbanística e fundiária, quando couber.
As Áreas de Expansão Urbana Condicionada compreendem os Bairros Bateias, Patagônia II, Jatobá e parte do Bairro Campinhos contígua a esse
bairro, aos quais se aplicam as seguintes diretrizes:
Ao Bairro Bateias:
I. controle de densidade, condicionando seu incremento à qualificação de sua estrutura urbana, observando-se:
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a) Densidade Bruta Média: 50 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima:150 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 0,7;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 1,0;
II. Reordenamento da ocupação existente, com parâmetros compatíveis com a fragilidade ambiental do sitio, com a infra-estrutura e os
equipamentos urbanos;
III. Remoção de ocupações em áreas alagadiças;
IV. Reurbanização das margens da Lagoa das Bateias e criação de um parque de lazer;
V. Reserva de áreas para equipamentos institucionais de grande porte, complexos de lazer e outros, necessários ao desenvolvimento urbano,
observando os critérios de compatibilidade locacionais;
Plano urbanístico para a área do Aeroporto, quando vier a ser desocupada, observando o sistema de circulação global da cidade e a integração
local; e
VII. Contenção do processo de ocupação nas faixas de domínio das vias e nas faixas de preservação permanente.
4 Ao Bairro de Patagônia II, Jatobá e parte contígua do Bairro Campinhos:
I. Prioridade para implantação de infra-estrutura e equipamentos;
II. Controle de densidade, condicionando seu incremento à qualificação de sua estrutura urbana, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 90 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 200 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 1,5;
I. Consolidação da ocupação existente, com parâmetros de caráter restritivo, compatíveis com a infra-estrutura, os equipamentos urbanos e a
fragilidade ambiental;
II. Preenchimento dos vazios urbanos e parcelamento do solo de acordo com a qualificação da estrutura urbana local; e
III. Contenção de processos desordenados de ocupação nas faixas de domínio de vias e nas faixas de preservação permanente;

Os assentamentos de baixa renda existentes na macrozona de que trata esta Seção serão enquadrados como Zonas Especiais de Interesse Social
(ZEIS).

SUBSEÇÃO V
DE EXPANSÃO URBANA PREFERENCIAL I

Art. 27. São Áreas de Expansão Urbana Preferencial I as áreas contíguas à mancha urbana ocupada ou em processo de ocupação,
caracterizando-se pela presença de vazios urbanos e áreas de ocupação rarefeita.
Os objetivos das Áreas de Expansão Urbana Preferencial I são:
I. Possibilitar transformações urbanísticas para obter melhor aproveitamento das condições locais e da acessibilidade; e
II. Compatibilizar a ocupação com a proteção do Córrego Verruga e suas margens.
As Áreas de Expansão Urbana Preferencial I correspondem ao vetor de expansão Sul/Sudeste, envolvendo os Bairros Felícia I, Boa Vista I e
Candeias II, aos quais se aplicam as seguintes diretrizes:
I. Prioridade para implantação de infra-estrutura e equipamentos;
II. Controle de densidade, condicionando seu incremento à qualificação de sua estrutura urbana, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 90 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 200 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 2,0;
III. Consolidação da ocupação, à medida da implantação da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos, desde que compatível com as
restrições ambientais;
IV. Preenchimento dos vazios urbanos, parcelamento do solo em acordo com a qualificação da estrutura urbana local, principalmente a expansão
do sistema viário;
V. Reserva de áreas para equipamentos institucionais de grande porte, complexos de lazer e outros equipamentos, observando-se critérios
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locacionais; e
VI. Contenção de processos de ocupação nas faixas de domínio de vias e nas faixas de proteção permanente.

VI
DE EXPANSÃO URBANA PREFERENCIAL II

Art. 28. São Áreas de Expansão Urbana Preferencial II as áreas caracterizadas pela presença de grandes vazios e ocupação rarefeita e que têm sua
ocupação condicionada à qualificação da estrutura urbana.
Os objetivos das Áreas de Expansão Urbana Preferencial II são:
I. Possibilitar transformações urbanísticas, para obter melhor aproveitamento das condições locais e da acessibilidade, e
II. Compatibilizar a ocupação com a proteção do Córrego Verruga, de lagoas e de suas margens.
As Áreas de Expansão Urbana Preferencial II correspondem ao Vetor de Expansão Sul/Sudeste, posterior à Área de Expansão Urbana Preferencial
I, englobando os Bairros Felícia II, Boa Vista II, Candeias III, o conjunto habitacional Urbis VI e o loteamento Renato Magalhães, aos quais se aplicam
as seguintes diretrizes:
I. Controle de densidade, condicionando o seu incremento à qualificação da estrutura urbana, observando-se:
a) Densidade Bruta Média: 50 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima:150 hab/ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 0,5;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 1,0;
II. controle de densidade, condicionando o seu incremento à qualificação de sua estrutura urbana, a partir de 10 anos de horizonte do Plano
Diretor Urbano:
a) Densidade Bruta Média: 90 hab/ha;
b) Densidade Líquida Máxima: 200 hab/ ha;
c) Coeficiente de Aproveitamento Básico: 1,0;
d) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 1,0;
III. Consolidação da ocupação com parâmetros de caráter restritivo, compatível com a infra-estrutura e equipamentos urbanos existentes e com
as condições ambientais;
IV. Preenchimento dos vazios urbanos, parcelamento do solo em acordo com a qualificação da estrutura urbana local, principalmente a expansão
do sistema viário;
V. Reserva de áreas para equipamentos institucionais de grande porte, complexos de lazer e outros equipamentos necessários ao
desenvolvimento urbano, observando-se critérios locacionais; e
VI. Contenção de processos desordenados de ocupação nas faixas de domínio de vias e nas faixas de preservação permanente.

SUBSEÇÃO VII
DE EXPANSÃO URBANA RAREFEITA

Art. 29. São de Expansão Urbana Rarefeita os vazios urbanos passíveis de ocupação, com restrições ambientais, exteriores ao Anel Rodoviário, à
exceção dos Núcleos Contíguos à Área Urbana Ocupada, contemplados nas categorias de áreas anteriores.
Os objetivos das Áreas de Expansão Urbana Rarefeita são:
I. Controlar a ocupação dessas áreas, evitando custos sociais excessivos com expansão de infra-estrutura urbana;
II. Compatibilizar a ocupação com a proteção da vegetação, dos cursos de áreas brejadas.
São diretrizes que se aplicam Áreas de Expansão Urbana Rarefeita:
I. Manutenção de densidades baixas e parâmetros de ocupação compatíveis com as restrições ambientais, com Densidade Bruta Média de 15
hab/ha e Coeficiente de Aproveitamento Básico de 0,20;
II. Preservação do patrimônio ambiental referente aos recursos hídricos, à flora e à fauna;
III. Uso exclusivo para a implantação de lotes-chácara de dez mil metros quadrados;
IV. Contenção de processos desordenados de ocupação nas faixas de domínio de vias e nas faixas de proteção permanente;
V. Contenção do adensamento e do crescimento das localidades de Campinhos e Lagoa das Flores; e
VI. Estímulo à instalação de indústrias no Distrito Industrial de Imborés.
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SEÇÃO III
DO USO DO SOLO NA SEDE MUNICIPAL

Art. 30. Ficam identificadas as seguintes nucleações de uso do solo na sede municipal, indicadas na Planta 02, do Anexo I desta Lei, que terão
normas específicas quanto à organização do uso do solo, para efeito de seu desenvolvimento:
I. Centro Tradicional: espaço referencial onde se concentram atividades diversificadas, institucionais, de comércio urbano e de serviços;
II. Sub-centro: espaço em que se concentra parte das atividades comerciais, de serviços e institucionais, com menor porte ou menor
especialização que as do Centro principal, e onde se situa o centro de vivência local;
III. Centros de Bairro: espaços onde se concentram atividades comerciais e de serviços de menor porte, atendendo ao bairro em que se situam e
aos do entorno;
IV. Corredores de Usos Diversificados: faixas onde se concentram atividades diversificadas, com vários níveis de especialização, ao longo de
uma ou mais vias; e
V. Industrial: espaço onde se concentram atividades de uso predominantemente industrial, podendo, para evitar problemas ambientais nas
demais áreas urbanas, abrigar indústrias com potencial poluidor.
Art. 31. Aplicam-se à organização do uso do solo as seguintes diretrizes:
I. Preservação do Centro Tradicional:
a) consolidação da ocupação, visando a otimização da utilização da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos;
b) ampliação e diversificação das atividades comerciais e de serviços;
c) incentivo ao uso residencial e misto, para evitar o esvaziamento à noite e nos fins de semana;
d) concentração de órgãos e entidades da administração pública;
e) ordenamento das atividades instaladas em logradouros públicos em caráter permanente ou ocasional;
f) reordenamento da Feira da CEASA;
g) reurbanização do sistema viário, com alargamento de vias de pedestres e melhorias relativas à movimentação urbana;
h) criação de sistema de estacionamento público e de incentivo à implantação de estacionamentos privados;
i) reorganização do tráfego e controle da instalação de empreendimentos geradores de tráfego; e
j) aproveitamento e reurbanização de espaços abertos, áreas verdes, praças e largos e criação de novos espaços de vivência, como calçadões,
praças e espaços culturais.

II. Consolidação do Sub-centro do Bairro Brasil:

a) requalificação para o desempenho e consolidação da função de sub-centro;


b) descentralização de atividades comerciais e de serviços e institucionais de médio porte;
c) qualificação e ampliação dos espaços públicos;
d) reorganização do tráfego e reurbanização do sistema viário, com alargamento de vias de pedestres e melhorias relativas à movimentação
urbana;
e) criação de sistema de estacionamento público, bem como incentivos à implantação de estacionamentos privados;
f) aproveitamento e reurbanização de espaços abertos, áreas verdes, praças e largos;
g) criação de espaços de vivência; e
h) incentivo à implantação de usos comerciais, de serviços e institucionais, mediante parâmetros permissivos de ocupação.

III. Desenvolvimento dos Centros de Bairro:

a) estímulo à configuração de novas centralidades e dinamização das existentes, mediante intervenções urbanas públicas ou realizadas em
parceria com a iniciativa privada;
b) agregação das atividades comerciais e de serviços de atendimento ao respectivo bairro, evitando a sua penetração nas áreas residenciais,
mediante a criação de estacionamentos;
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c) maior permissividade para usos típicos de atendimento ao respectivo bairro;
d) qualificação e ampliação dos espaços públicos, em especial o aproveitamento e a reurbanização de espaços abertos, áreas verdes, praças e
largos;
e) reorganização do tráfego e reurbanização do sistema viário, com alargamento de vias de pedestres e melhorias relativas à movimentação
urbana;
f) criação de novos espaços de vivência; e
g) organização e saneamento da Feira Permanente dos Centros de Bairro do Alto Maron e Patagônia.

IV. Organização dos Corredores de Usos Diversificados destinando-os à implantação de empreendimentos Pólos Geradores de Tráfego, com as
respectivas medidas mitigadoras para o tráfego intensivo e consolidação dos seguintes corredores:

a) Corredor de Usos Diversificados da BR-116 (C-I);


b) Corredor de Usos Diversificados da Avenida Juraci Magalhães (C - II);
c) Corredor de Usos Diversificados da Avenida Brumado;
d) Corredor de Usos Diversificados da Avenida Olívia Flores (C -IV);
e) Corredor de Usos Diversificados Leste/Oeste (C - V), correspondente às Avenidas Luis Eduardo Magalhães, Via Proposta, Avenida Santiago,
Avenida Paraná I, para o desenvolvimento, em médio prazo, e articulação e integração da Cidade no sentido Leste/Oeste.

V. Consolidação da Área Industrial - Distrito Industrial dos Imborés, mediante:

a) implantação de rede viária, infra-estrutura e serviços urbanos qualificados para comportar a atividade industrial e sua demanda quanto à
emissão de efluentes;
b) exigência do uso de tecnologia ou medidas mitigadoras que minimizem os efeitos da emissão de poluentes; e
c) atendimento a todas as exigências de licenciamento ambiental, estabelecidas na legislação pertinente.

Parágrafo único. São medidas mitigadoras para os Corredores de Usos Diversificados:

I. Orientação e sinalização do tráfego, para a acessibilidade ao empreendimento;


II. Estabelecimento de maior permissividade, com relação a usos, aos terrenos lindeiros;
III. Definição do recuo frontal, lateral e de fundos, para implantação de empreendimentos; e
IV. Exigência de estacionamento e pista de acomodação que corresponda à demanda gerada.

Art. 32. A ordenação de atividades dispersas dar-se-á de forma a não causar incômodo e descaracterização da função residencial, de acordo com as
seguintes diretrizes:
I. Localização das atividades comerciais e de serviços em vias locais, quando se caracterizarem como de apoio ao uso residencial;
II. Localização de atividades e equipamentos institucionais, de forma a levar em consideração a categoria da via que lhes é lindeira e os usos do
entorno; e
III. Relocação de indústrias dispersas, se comprovado o seu potencial de poluição ambiental.

Art. 33. A legislação de ordenamento do uso e utilização do solo definirá os lotes mínimos compatíveis com as diretrizes estabelecidas por esta
Seção, quando de novos parcelamentos, desmembramentos ou remembramentos.

SEÇÃO IV
DE ÁREAS DE VALOR AMBIENTAL E CULTURAL

Art. 34. Fica criado o Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural de Vitória da Conquista, composto dos subsistemas:

I. Subsistema de Áreas de Valor Ambiental;


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II. Subsistema de Áreas de Proteção Histórico-Cultural.

SUBSEÇÃO I
DE ÁREAS DE VALOR AMBIENTAL

35. O Subsistema de Áreas de Valor Ambiental é composto por Áreas de Valor Ambiental Municipal e Áreas de Valor Ambiental Urbano.

1º. Constituem-se Áreas de Valor Ambiental Municipal as Unidades de Conservação e as Áreas de Preservação Permanente instituídas pelo Código
Municipal do Meio Ambiente;

Constituem-se Áreas de Valor Ambiental Urbano:

I. Espaços abertos urbanizados da Cidade e núcleos urbanos;


II. verdes da Cidade e núcleos urbanos.

Parágrafo único. Os parâmetros para as áreas definidas no 2º deste artigo serão definidos na legislação de ordenamento de uso e ocupação do solo,
quanto à sua participação em parcelamentos e projetos de urbanização na cidade.

SUBSEÇÃO II
DE ÁREAS DE PROTEÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL

Art. 36. O Subsistema de Áreas de Proteção Histórico-Cultural compreende os sítios de valor cultural, histórico, artístico, arquitetônico ou urbanístico
em todo o município, elementos da paisagem natural e/ou construída que configurem referencial cênico ou simbólico significativo para a vida, a
cultura e a imagem da Cidade e seu Município.

1º. O enquadramento destas áreas ou elementos, que merecerão tratamento específico, se dará sob consulta ao Conselho Municipal do Meio
Ambiente, Conselho Municipal de Cultura e ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, ouvidos, quando couber, os órgãos e entidades
estaduais e federais.

2º. Deverão ser levantados e enquadrados nesta categoria os imóveis e sítios de valor histórico e cultural, incluindo os cadastrados pelo Executivo
Municipal, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e por entidades culturais municipais.

SEÇÃO V
DE INTERESSE INSTITUCIONAL

Art. 37. As Áreas de Interesse Institucional demandam localização estratégica e grandes áreas qualificadas.do ponto de vista urbanístico e ambiental
e são destinadas a equipamentos urbanos de grande alcance, indispensáveis para o desenvolvimento sustentável do Município.

Dependem, para sua localização, de Estudo de Impacto Ambiental, ampla discussão com a comunidade, Licenciamento Ambiental e aprovação dos
Conselhos de Meio Ambiente e Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Constituem-se Áreas de Interesse Institucional, entre outras:

I. Aterro Sanitário Municipal;


II. Feiras livres;
III. Aeroporto;
IV. Cemitérios;
V. Campus Universitário.

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SEÇÃO VI
ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS)

SUBSEÇÃO I
GERAIS

Art. 38. São Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), porções do território destinadas, prioritariamente, à recuperação e regularização urbanística,
à regularização fundiária e à produção de habitações de interesse social, incluindo a recuperação de imóveis degradados, em acordo com as
seguintes características:

I. ZEIS I: zonas onde predominem áreas de propriedade pública, ocupadas, predominantemente, por assentamentos de padrões de ocupação
precário e popular;
II. ZEIS II: zonas onde predominem áreas de propriedade privada, ocupadas, predominantemente, por assentamentos de padrões de ocupação
precário e popular; e
III. ZEIS III: zonas onde predominem glebas ou terrenos não edificados ou subutilizados, onde haja interesse público na produção de habitação
de interesse social e programas de relocação de assentamentos ou de desabrigados.

Art. 39. Ficam enquadradas como Zonas Especiais de Interesse Social as áreas delimitadas no Planta 03, do Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. As Áreas Especiais de Habitação Popular, definidas na Lei nº 1.186/2003, ficam automaticamente enquadradas nas categorias de
ZEIS.

Art. 40. Aplicam-se às ZEIS, de acordo com o interesse público:

I. Os instrumentos de Política Urbana, previstos na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade), em acordo com
disposições específicas estabelecidas no Capítulo VII, desta Lei; e,
II. Os parâmetros gerais estabelecidos no Código de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo e de Obras e Edificações, para habitação de
interesse social.

Parágrafo único. Só será permitido o remembramento de lotes, nas Zonas e Áreas de Interesse Especial - ZEIS, quando destinados à implantação de
equipamentos comunitários de interesse coletivo ou quando juridicamente necessário para a conformidade com a área de lote exigida para a titulação
individual da habitação social.

Art. 41. A criação e delimitação de novas ZEIS I e II ocorrerá quando identificadas, pelo Poder Público, novas ocupações e parcelamentos irregulares
e precários, por famílias de baixa renda, quando solicitada pelos moradores ou indicadas pelo Plano Municipal de Habitação.

Art. 42. A criação e delimitação de novas ZEIS deverá ser objeto de lei específica, que estabelecerá os respectivos parâmetros de regularização
urbanística e fundiária.

SUBSEÇÃO II
DE REGULARIZAÇÃO

Art. 43. O processo de regularização das ZEIS deverá ser realizado de forma integrada entre o poder público e comunidade, em acordo com lei
municipal 1.186/2003, compreendendo, no mínimo:

I. A elaboração de um Plano de Urbanização Local, incluindo a programação para implantação de infra-estrutura, equipamentos urbanos e
serviços comunitários;
II. A elaboração de um Plano de Regularização Fundiária;
III. A constituição do Fóruns Comunitários, visando a organização social e a consolidação de um modelo de gestão local, composto por:
a) representantes do Executivo Municipal;
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b) população moradora das ZEIS, ou daquela para a qual as ZEIS estiverem destinadas,
c) representantes das suas associações; e
d) representantes dos proprietários de imóveis localizados nas ZEIS, quando se tratar de áreas particulares.
IV. a elaboração e execução de Programas de Geração de Trabalho e de Renda; e
V. a produção e melhoria de unidades habitacionais.

A regularização de ZEIS I e II obedecerá a prioridades fixadas em acordo com os seguintes critérios:

I. A precariedade do assentamento, considerando-se as características do desenho urbano, a densidade da ocupação, a oferta de infra-estrutura
e equipamentos urbanos, bem como as condições de salubridade;
II. O nível de riscos de vida ou ambientais, considerando-se a implantação em áreas passíveis de ocorrência de deslizamentos, áreas alagadiças
ou de solos instáveis, a incidência de acidentes e o gravame ao meio ambiente; e
III. A disponibilidade de recursos no Orçamento e existência de parcerias com interessados para investimento em área determinada.

A regularização da ZEIS poderá implicar em reurbanização, considerando a precariedade da infra-estrutura, ou em relocação da população, no caso
de haver riscos de segurança e saúde para a população ou para a preservação ambiental.

O Fórum Comunitário de cada ZEIS participará de todas as etapas de processo de regularização.

SUBSEÇÃO III
DE URBANIZAÇÃO
Art. 44. O Plano de Urbanização de cada ZEIS será estabelecido por decreto do Poder Executivo e deverá prever:
I. O diagnóstico da ZEIS, contendo, no mínimo, a análise físico-ambiental, a análise urbanística e fundiária e a caracterização sócio-econômica
da população residente;
II. As diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o uso e ocupação do solo, inclusive o coeficiente de aproveitamento máximo;
III. Os projetos e intervenções urbanísticas necessários à recuperação física da área, incluindo, de acordo com as características locais:
a) os sistemas de abastecimento de água, coleta de esgotos e drenagem de águas pluviais;
b) o sistema de coleta regular de resíduos sólidos;
c) a iluminação pública;
d) a adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres;
e) as obras de eliminação de situações de risco, como a estabilização de taludes e de margens de córregos;
f) o tratamento adequado das áreas verdes e dos espaços públicos;
g) instalação de equipamentos sociais; e
h) os usos complementares ao uso habitacional.

IV. A forma de integração das ações dos diversos setores públicos que interferem na ZEIS objeto do Plano;
V. Os instrumentos aplicáveis para a regularização fundiária e a definição da forma de aquisição, se onerosa ou gratuita;
VI. O compromisso da comunidade com o controle do uso e da ocupação da área;
VII. As fontes de recursos para a implementação das intervenções; e
VIII. O plano de ação social.
Os proprietários de lotes ou glebas e as entidades representativas dos moradores de ZEIS poderão apresentar, ao Executivo, propostas para o seu
Plano de Urbanização.
O Plano de Urbanização poderá abranger mais de uma Zona Especial de Interesse Social.
Os Planos de Urbanização de cada ZEIS deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação Popular.
Para o desenvolvimento e implementação dos Planos de Urbanização das ZEIS, o Executivo poderá disponibilizar assessoria técnica, jurídica e
social à população moradora.
Art. 45. Os Planos de Urbanização e a aprovação do parcelamento, uso e ocupação do solo obedecerão às seguintes normas:

I. Nas ZEIS I, II e III:


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a) a implantação de áreas livres equipadas para uso público, na dimensão adequada à população prevista para o respectivo assentamento ou
bairro, com prioridade para aquele com menor índice de áreas públicas por habitante;
b) produção de novas unidades de habitação de interesse social, em acordo com as disposições estabelecidas pela legislação especifica de
habitação de interesse social;
c) remembramento de lotes, limitado à implantação de equipamentos comunitários e de interesse coletivo, ou, quando couber, para a sua
conformidade com a área mínima exigida para a titulação individual de habitação social;
d) coeficiente de aproveitamento mínimo de 0,1 (1 décimo);
e) coeficiente de aproveitamento básico de 1,0 (um); e
f) coeficiente de aproveitamento máximo de até 1,5 (um e meio) que poderá ser reduzido, de acordo com o respectivo Plano de Urbanização;
II. Nas ZEIS I e II:
a) utilização, nas áreas de parcelamentos irregulares, de parâmetros e da regulamentação previstos na legislação específica;
b) regularização das edificações e usos não residenciais, definida pelo Plano de Urbanização ou pela legislação específica;
c) predominância, nas Áreas de Valor Ambiental, das restrições a estas pertinentes;
d) implantação de empreendimentos que extrapolem os padrões locais, dependentes de Estudo de Impacto de Vizinhança, comprovando os
impactos positivos diretos sobre as condições de vida e a geração de postos de trabalho para a população local e a anuência do Fórum Comunitário.

SEÇÃO VII
VIÁRIO

Art. 46. Fica instituído o Sistema Viário, para organizar as vias da Cidade indicadas na Planta 04, do Anexo 1 desta Lei, segundo suas funções
hierárquicas e suas características geométricas, em acordo com as categorias estabelecidas pela Lei Federal n.º 9.503/97:
I. Sistema Viário Principal:
a) Via de Trânsito Rápido (VR), caracterizada por acessos especiais, com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes
lindeiros e sem travessia de pedestres em nível;
b) Via Arterial (VA), caracterizada por interseções em nível, controlada ou não por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias
secundárias e locais;
c) Via Arterial Especial (VAE), caracterizada por se situar em área de proteção ambiental, com traçado adequado às características ambientais e
morfológicas;
d) Via Coletora (VC), caracterizada por coletar e distribuir o trânsito de acesso às Vias de Trânsito Rápido (VR) ou Vias Arteriais (VA); e
e) Via Local (VL), caracterizada por interseções em nível e pela ausência de semáforos, sendo destinada apenas ao acesso local ou acesso a áreas
restritas;
II. Sistema Viário de Veículos a Propulsão Humana:
a) Ciclovia (CV), pista própria caracterizada por se destinar à circulação de bicicletas e por ser separada fisicamente das vias de tráfego comum;
e
b) Ciclofaixa (CF), parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
III. Sistema de Vias e Áreas de Pedestres (VP), via ou conjunto de vias caracterizadas por se destinarem à circulação prioritária de pedestres; e
IV. Sistema de Estacionamentos de Uso Público.

SUBSEÇÃO I
VIÁRIO PRINCIPAL

Art. 47. A gestão do Sistema Viário Principal indicado na Planta 04, integrante do Anexo I, desta Lei, tem como diretrizes:
I. A adequação funcional dos trechos das rodovias BR-116 (Av. Presidente Dutra), BR-415 (Av. Juracy Magalhães), BA-262 (Av. Brumado),
BA-265 (Av. Presidente Vargas) ao sistema viário urbano, mediante articulação com os Governos Federal e Estadual, incluindo:
a) a coibição do tráfego rodoviário de passagem e privilégio do tráfego local, mediante medidas disciplinadoras de tráfego;
b) a construção de pontes e viadutos, para permitir transposições em desnível;
c) a reserva de áreas, para a implantação de vias arteriais ou de trânsito rápido, nos espaços vazios entre a área urbana contínua e o Anel
Rodoviário;
d) a manutenção da integridade da faixa de domínio do Anel Rodoviário, mediante a erradicação e relocação de edificações que a ocupem; e
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e) definição, no Anel Rodoviário, dos pontos de transferência do tráfego rodoviário de acesso à Cidade, que se processará em desnível e através
de via marginal.
II. A implantação de uma Via Arterial Especial (VAE), ao longo das margens do Córrego Verruga, envolvendo, no seu percurso, as áreas
encharcadas do Bairro e da Lagoa da Jurema, até atingir, após contornar o aeroporto, a área das Bateias;
A complementação de obras em vias que, por sua capacidade física e locacional, funcionem ou possam vir a funcionar como Vias Arteriais (VA);
e
A melhoria, a adequação ou a implantação de vias localizadas, em áreas adensadas.

SUBSEÇÃO II
VIÁRIO DE VEÍCULOS A PROPULSÃO HUMANA

Art. 48. A gestão do Sistema Viário de Veículos a Propulsão Humana tem como diretrizes:
I. A reserva de pista própria ou de faixa destinada a esta função, nos projetos de novas vias do sistema viário principal; e
II. A adaptação do sistema viário principal existente, para incluir, onde for possível, pista ou faixa protegida por sinalização específica para a
circulação de ciclos.
SUBSEÇÃO III
DE VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES

Art. 49. A gestão do Sistema de Vias e Áreas de Pedestres, indicado na Planta 02, integrante do Anexo I, tem como diretrizes:
I. Para os passeios e calçadas:
a) o dimensionamento, com reserva do espaço necessário para arborização e equipamentos e mobiliário urbanos;
b) a coibição de desníveis dos passeios em patamares que impeçam o livre trânsito de pedestres e cadeiras de rodas;
c) a construção de rampas para travessia das vias, por pessoas portadoras de necessidades especiais; e
d) a implantação de pisos táteis, em áreas de grande circulação de pessoas portadoras de deficiência visual;
II. A construção de passarelas, para travessia de pedestres, em Via de Trânsito Rápido (VR) e em pontos críticos de tráfego.
Parágrafo único. As passarelas deverão ter acesso por rampas ou outro equipamento que faculte o trânsito seguro de pessoas portadoras de
necessidades especiais.

SUBSEÇÃO IV
DE ESTACIONAMENTOS DE USO PÚBLICO

Art. 50. A gestão do Sistema de Estacionamentos de Uso Público, indicado na Planta 02, integrante do Anexo I, tem como diretrizes:
I. A revisão do serviço de estacionamento rotativo na área central;
A construção de estacionamentos em áreas onde se concentrem atividades diversificadas;
A reserva de espaços, vagas e horários para carga e descarga de mercadorias; e
A implantação de sinalização horizontal e vertical, com a demarcação de vagas e indicação do tipo de estacionamento, quantidade de vagas
disponíveis, horário de funcionamento e outras informações necessárias.

CAPÍTULO VI
DIRETRIZES PARA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
POLÍTICA URBANA
Art. 51. A aplicação dos instrumentos de política urbana, nos espaços em que se divide o Município, atenderá aos dispositivos da Lei Federal n.º.
10.257/01 e às diretrizes do Partido Urbanístico.

SEÇÃO I
URBANO NÃO EDIFICADO, SUB-UTILIZADO OU NÃO UTILIZADO

Art. 52. Os proprietários do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado deverão promover seu adequado aproveitamento, em
conformidade com as diretrizes desta Lei, sob pena de aplicação sucessiva dos instrumentos indicados a seguir, em conformidade com os arts. 5º a
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8º, do Estatuto da Cidade:
I. Parcelamento, Utilização e Edificação Compulsórios;
II. Imposto Territorial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo; e
III. Desapropriação, com Pagamento em Títulos da Dívida Pública.

único. Lei específica definirá:


I. As condições e os prazos para a implementação das obrigações legais;
II. Os parâmetros de aproveitamento mínimo dos imóveis;
III. As condições para implementação de Consórcio Imobiliário, como forma de viabilização financeira do parcelamento do imóvel;
IV. Os imóveis sobre os quais incidirá a obrigação; e
V. As condições para a aplicação do IPTU Progressivo no Tempo;

Art. 53. Os imóveis desapropriados com o pagamento de Títulos da Dívida Pública serão utilizados para a implantação de Habitações de Interesse
Social e equipamentos urbanos, sociais e comunitários.
Art. 54. Os proprietários dos imóveis sujeitos à aplicação dessas medidas poderão:
I. Propor a composição de um Consórcio Imobiliário, conforme lei específica; e
II. Utilizar o direito de superfície, para dar aproveitamento aos seus terrenos.
Art. 55. São compreendidos como sub-tilizados, para fins de Parcelamento, Utilização e Edificação Compulsórios, os imóveis que não estejam
exercendo a sua função social, observando-se os seguintes parâmetros:
I. Os terrenos e lotes vazios localizados em áreas dotadas de infra-estrutura e serviços urbanos, em especial nas Macrozonas:
a) de Ocupação Consolidada, como prioridade 1;
b) de Adensamento Controlado, como prioridade 2;

c) de Adensamento Condicionado, como prioridade 3;


d) de Expansão Preferencial I, como prioridade 4;
II. Os terrenos e lotes vazios situados em áreas densamente ocupadas, onde haja carência de espaços para implantação de equipamentos
urbanos e comunitários;
III. Os terrenos e lotes vazios não destinados a equipamentos urbanos e comunitários, localizados em Zonas Especiais de Interesse Social
(ZEIS);
IV. Os terrenos e lotes que não estejam construídos, edificados e aqueles que não tenham qualquer uso;
V. Os terrenos e lotes cujas construções não atinjam o coeficiente de aproveitamento mínimo estabelecido para a macrozona ou zona
específica, excetuando-se os casos previstos em lei;
VI. As edificações inacabadas ou paralisadas por mais de cinco anos, as desocupadas ou em ruínas, excetuando-se aquelas objeto de
pendências jurídicas.
Serão considerados sub-utilizados e passíveis de Parcelamento Compulsório terrenos compreendidos nas áreas indicadas na Planta 05, do Anexo I
desta Lei, que se encontrem nas seguintes situações:
I. Grandes vazios urbanos, contíguos às áreas efetivamente ocupadas, com alguma infra-estrutura;
II. Glebas a partir de 10.000 m(dez mil metros quadrados) de área, situadas nas Áreas de Adensamento Controlado e Condicionado e Área de
Expansão Urbana Preferencial I;
III. Terrenos situados nas Áreas de Expansão Urbana Preferencial II, indicadas para fins industriais, onde se deseje promover empreendimentos
industriais e correlatos; e
IV. Glebas e terrenos localizados nas ZEIS III.

A aplicação da Utilização e Edificação Compulsórias dar-se-á de acordo com os objetivos e diretrizes do Partido Urbanístico e as prioridades para
sua implantação, atendendo a, pelo menos, uma das seguintes condições:
I. Como parte de um Programa de Reurbanização ou de Revitalização Urbana, contemplando ações junto aos órgãos competentes, para facilitar,
quando necessário, o acesso dos proprietários a linhas de crédito e financiamentos destinadas à transformação, recuperação ou aproveitamento dos
imóveis;
II. Vinculados à promoção de Operação Urbana Consorciada;
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III. Mediante Consórcio Imobiliário;
IV. Integrante de Programas de Habitação de Interesse Social;
V. Quando necessários à implantação de equipamentos urbanos, sociais e comunitários; e
VI. Por integração a lotes ocupados, quando possuir área inferior à do lote mínimo da zona onde se localize.
Serão considerados como sub-utilizados e passíveis de Utilização Compulsória terrenos compreendidos na Planta 06, do Anexo I desta Lei, que se
encontrem nas seguintes situações:
I. Terrenos, nas macrozonas, cuja área seja igual ou superior à estabelecida para a zona onde se localiza e que não sejam destinados a
equipamentos institucionais;
II. Lotes desocupados nas Áreas de Ocupação Consolidada, áreas de Adensamento Controlado e Condicionado e de Expansão Preferencial I,
principalmente em áreas contíguas ao tecido urbano efetivamente ocupado; e
III. Edificações sem utilização e instalações ociosas e em ruínas, que se concentrem nas áreas comerciais e de serviços.
Serão considerados como sub-utilizados e passíveis de Edificação Compulsória terrenos compreendidos na Planta 06, do Anexo I desta Lei, que se
encontrem nas seguintes situações:
I. Terrenos nas Áreas de Ocupação Consolidada e de Áreas de Adensamento Controlado, cuja área seja igual ou superior à estabelecida para a
zona onde se localize e que não sejam necessários para equipamentos institucionais; e
II. de Expansão Preferencial I e Áreas de Adensamento Condicionado, principalmente em áreas contíguas ao tecido urbano efetivamente
ocupado.
Art. 56. Os instrumentos determinados nesta Seção não serão aplicados:
I. A terrenos em áreas de valor ambiental, nas quais haja restrição à ocupação;
II. aprovados pela municipalidade, que abriguem usos que, por sua própria natureza, exijam grandes áreas livres; e
III. A Imóveis tombados, integrantes do patrimônio cultural do Município;
Parágrafo único. Os institutos da edificação e utilização compulsórios não serão aplicados aos terrenos cujos proprietários só possuam esse imóvel
no Município, atestado pelos órgãos competentes, e aos imóveis para os quais haja restrições à ocupação.

SEÇÃO II
DE PREEMPÇÃO

Art. 57. O Poder Público terá preferência, pelo prazo de cinco anos, para aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares,
conforme disposto nos arts. 25, 26, e 27, do Estatuto da Cidade, das áreas demarcadas na Planta 07, do Anexo I desta Lei, compreendidas:
I. Nas Áreas de Ocupação Consolidada, Áreas de Adensamento Condicionado e Controlado e Áreas de Expansão Preferencial I; e
II. Nas imediações das ZEIS e nas ZEIS II e III.

Art. 58. O exercício do Direito de Preempção atenderá aos seguintes critérios e finalidades:
I. Execução de programas e projetos habitacionais de interesse social, aplicável a:
a) indicadas neste Plano, ou em plano ou programa para implantação de ZEIS III;
b) para regularização fundiária de ZEIS II, quando não for possível aplicar a Usucapião Urbano Coletivo; e
c) quando for necessária a incorporação de novas áreas para regularização urbanística de ZEIS I e II:

II. Implantação de equipamentos urbanos e comunitários, aplicável a:


a) e lotes vazios ou prédios localizados em espaços onde haja carência de equipamentos urbanos e estejam indicados para o atendimento à
demanda atual e futura neste Plano, em planos urbanísticos e setoriais ou em planos e projetos das ZEIS;
b) destinadas à implantação ou melhoria de sistema viário, atendendo às indicações deste Plano ou de plano específico de circulação:
1. para implantação do sistema viário estrutural indicado neste Plano;
2. terrenos lindeiros às estradas de acesso à Cidade, para construção de rótulas e vias marginais; e
3. terrenos lindeiros às pistas das rodovias que atravessem a área urbana, para ampliação das calçadas;
III. Constituição de Reserva Fundiária, aplicável a:
a) vazios localizados nas regiões onde o processo de estruturação ainda não esteja consolidado e cujo adensamento seja preferencial; e
b) espaços em processo de consolidação da ocupação, localizados em áreas cujo adensamento populacional deverá ocorrer pelo preenchimento
dos vazios urbanos;
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IV. Criação de espaços públicos e de lazer, aplicável a:
a) de ocupação consolidada, de grande densidade habitacional, onde a carência dos espaços públicos e de lazer contribua para a redução da
qualidade ambiental urbana, especialmente naquelas ocupadas por população de baixa renda;
b) em processo de ocupação de adensamento preferencial, nas quais se pretenda melhorar os padrões da qualidade ambiental urbana; e
c) indicadas como de interesse ambiental, para uso de lazer;
V. Recuperação ou proteção ambiental, aplicável a:
a) ocupadas, cuja ausência ou insuficiência de infra-estrutura e cujo padrão de uso e ocupação do solo venham resultando na degradação dos
recursos ambientais; e
b) de interesse ambiental.
VI. Proteção de imóveis de interesse histórico ou cultural, aplicável a sítios ou edificações considerados como de interesse histórico-cultural e
arqueológico.

SEÇÃO III
ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 59. O Poder Público poderá autorizar o exercício do direito de construir acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico (CAb) estabelecido para
a Macrozona, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário, condicionado ao parecer do órgão competente e de acordo com os arts. 28 e
30 do Estatuto da Cidade, mediante a Outorga Onerosa do Direito de Construir.
Art. 60. A Outorga Onerosa do Direito de Construir será concedida de acordo com o Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAm) estabelecido por
esta Lei, aplicável às seguintes situações, indicadas na Planta 08, do Anexo 1 desta Lei:
I. Nos Centro e Sub-centro: CAm igual a 3 (três);
II. Nas áreas integrantes das seguintes Macrozonas, mediante avaliação, pelo órgão competente, do impacto na estrutura urbana (infra-estrutura
e circulação) e EIV, quando for o caso:
a) de Ocupação Consolidada: CAm igual a 3 (três);
b) de Adensamento Condicionado: CAm igual a 1,5 (um e meio);
c) de Adensamento Controlado: CAm igual a 2 (dois); e
d) de Expansão Preferencial I, - CAm igual a 2 (dois);
III. Em programas de Reurbanização de áreas nas quais se queira estimular ou direcionar a localização de atividades comerciais e de serviços;
IV. Em qualquer local, desde que não ultrapasse 10% (dez por cento) do total do Coeficiente de Aproveitamento Básico estabelecido para a
zona; e
V. Em terrenos localizados em ZEIS, respeitando o CAm igual a 1,5 (um e meio), ou inferior, se estabelecido no respectivo Plano de
Urbanização.
Será exigido Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), sempre que a Outorga Onerosa do Direito de Construir exceder em 50% (cinqüenta por cento),
ou mais, o CaB estabelecido para a Macrozona/Zona onde o imóvel se localize.
Não será admitida a transferência de potencial construtivo:
I. Para usos não residenciais, em zonas predominantemente residenciais; e
II. Para áreas de proteção cultural e ambiental.
Os coeficientes máximos definidos para as Macrozonas e zonas deverão ser revistos num prazo de 5 (cinco) anos, com base na reavaliação da
capacidade de suporte das mesmas.

SEÇÃO IV
ONEROSA DE ALTERAÇÃO DO USO

Art. 61. O Poder Público poderá autorizar o uso, em condições diversas, do estabelecido em Lei para a Macrozona/zona, mediante contrapartida a
ser prestada pelo beneficiário, o que ficará condicionado ao parecer do órgão competente e de acordo com os arts. 29 e 30 do Estatuto da Cidade,
mediante a Outorga Onerosa de Alteração do Uso, desde que tenha aprovado o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e com a anuência do
Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
O Certificado de Alteração de Uso será vinculado ao imóvel para o qual foi concedido, não sendo transferível para outro imóvel, mesmo que este se
localize na área objeto de Operação Urbana Consorciada.
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Lei específica estabelecerá as formas de operacionalização deste instrumento.

SEÇÃO V
DO DIREITO DE CONSTRUIR

62. O proprietário de imóvel urbano, de acordo com o artigo 35, do Estatuto da Cidade, poderá exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura
pública, o direito de construir, quando houver transferência de propriedade para o Município e quando o referido imóvel for considerado necessário
para:
I. A implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II. A criação de espaços abertos de uso público;
III. A proteção de áreas de interesse ambiental, indicadas neste Plano ou em lei específica;
IV. A proteção do patrimônio histórico-cultural; e
V. A implementação de programas de habitação de interesse social.
Art. 63. A Transferência do Direito de Construir será utilizada para aquisição de área para implementação de programas e projetos habitacionais de
interesse social, quando:
I. Tratar-se de plano ou programa para implantação de ZEIS III;
II. Objetivar a regularização fundiária de ZEIS II, não sendo possível aplicar-se o Usucapião Coletivo; e
III. For necessária a incorporação de novas áreas, para regularização urbanística de ZEIS I e II.
No caso de edificações integrantes do patrimônio histórico, o direito de construir a ser transferido equivalerá ao mais alto CAM permitido no
Plano Diretor.
No caso de imóveis requeridos para fins de criação de espaços abertos de uso e gozo públicos, em áreas de alta densidade demográfica e de
ocupação do solo, o direito de construir poderá alcançar o dobro do potencial construtivo do imóvel.
O potencial construtivo decorrente do imóvel transferido ao domínio do Município corresponderá ao produto da área do terreno pelo CaB da
zona em que esteja situado e deverá constar do Certificado de Potencial Construtivo emitido pelo Município ao beneficiário e especificado em medida
de área.
Art. 64. Não será admitida a transferência de potencial construtivo:
a) para usos não residenciais, em zonas predominantemente residenciais; e
b) para áreas de proteção cultural e ambiental.
Art. 65. Serão consideradas áreas receptoras de Transferência do Direito de Construir:
I. As áreas onde se admita a Outorga Onerosa do Direito de Construir, respeitados o Cab da Macrozona/Zona e o CAm estabelecido para a
utilização daquele instrumento;
II. Qualquer região proveniente da mesma Unidade de Informações e Planejamento (UIP), desde que integrante de programa de reurbanização
ou de operação urbana consorciada e seja avaliado o impacto de vizinhança dele decorrente; e
III. Qualquer local, desde que não ultrapasse 10% (dez por cento) do total do Coeficiente de Aproveitamento básico estabelecido para a zona.
Lei específica estabelecerá as formas de operacionalização deste instrumento, instituindo fórmula de cálculo para a cobrança de contrapartida do
beneficiário.
Será exigido Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), sempre que o Direito de Construir exceder em 50% (cinqüenta por cento), ou mais, o CaB
estabelecido para a Macrozona ou Zona. onde o imóvel se localize.
Art. 66. O Certificado de Potencial Construtivo obtido pela Transferência do Direito de Construir poderá ser utilizado como pagamento da Outorga
Onerosa do Direito de Construir.
Parágrafo único. A utilização do potencial construtivo do imóvel transferido ao Município será baseada na proporção entre os valores dos terrenos de
transferência e receptor do direito de construir, estabelecidos pela Planta Genérica de Valores do Município.

SEÇÃO VI
URBANAS CONSORCIADAS
Art. 67. O Poder Público poderá instituir Operações Urbanas Consorciadas, com o objetivo de alcançar, em determinada área, transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, em conformidade com os arts. 32, 33 e 34, do Estatuto da Cidade, e as
disposições desta Lei, atendendo às seguintes finalidades:
I. Implantação e consolidação de centros de bairro e de vizinhança;
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II. Recuperação, proteção ambiental de áreas cuja ausência ou insuficiência de infra-estrutura e padrões de uso e ocupação do solo venham
implicando na degradação de recursos ambientais;
III. Recuperação e revitalização de equipamentos urbanos e espaços degradados, física ou socialmente, ou que se encontrem sub-utilizados em
relação aos investimentos públicos ou privados;
IV. Abertura ou melhoramento de vias integrantes do sistema viário oficial;
V. Melhoria dos padrões ambientais urbanos e abertura de espaços públicos de lazer em áreas ocupadas;
VI. Melhoria dos padrões de habitabilidade dos assentamentos de baixa renda; e
VII. Outras situações indicadas em planos urbanísticos e setoriais.

Art. 68. A indicação de áreas objeto de Operações Urbanas Consorciadas se fará de acordo com Planos Urbanísticos e Setoriais e por iniciativa
popular de projeto de Lei, planos, programas ou projetos de moradores do local, de organizações não-governamentais ou de outras organizações da
sociedade civil, com representação formalizada.
A Operação Urbana Consorciada deverá ser instituída por lei específica, da qual constará o plano específico aprovado pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano.
Toda Operação Urbana Consorciada será gerenciada de forma compartilhada, devendo, para tal, criar-se um Comitê ou Conselho constituído de
forma paritária pelo Poder Público, iniciativa privada e beneficiários.
Fica indicado como área objeto de Operação Urbana Consorciada o Corredor de Usos Diversificados da BR-116 - Avenida Presidente Dutra, na sede
municipal.

69. Em Operação Urbana Consorciada, poderão ser emitidos Certificados de Potencial Construtivo Adicional, em pagamento de terrenos ou de
edificações comprometidos com a operação, que poderão ser utilizados em área de construção que supere os padrões estabelecidos pelo Plano
Diretor e legislação específica, até o limite fixado pela lei específica, em acordo com as seguintes condições:
I. O potencial construtivo emitido na Operação Urbana Consorciada só poderá ser utilizado na área objeto da operação;
II. O Certificado de Alteração de Uso vincula-se ao imóvel para o qual foi concedido, não sendo transferível para outro imóvel, mesmo que este
se localize na mesma área; e
III. O Certificado de Potencial Construtivo Adicional será utilizado no pagamento da área construída que exceder o potencial construtivo do
imóvel, resultante da aplicação do Coeficiente de Aproveitamento Básico, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a Operação Urbana
Consorciada.

Art. 70. O Plano da Operação Urbana Consorciada conterá, no mínimo:


I. Delimitação da área a ser atingida;
II. Programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
III. Programa de atendimento econômico e social para população diretamente atingida;
IV. Finalidade da operação;
V. Estudo prévio de Impacto de Vizinhança;
VI. Contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, em função dos benefícios nas alterações de
usos e índices e características de usos e ocupação do solo;
VII. Forma do controle social da operação;
VIII. Previsão da quantidade de Potencial Construtivo Adicional e de Alteração de Uso; e
IX. A fórmula de cálculo das contrapartidas, as formas de conversão e equivalência do direito de construir constante do Certificado e da área a
ser edificada e o valor mínimo de cada Certificado de Potencial Construtivo Adicional.

SEÇÃO VII
DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

71. Os empreendimentos e atividades privados ou públicos, que dependerão de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para obter as licenças ou
autorizações de construção, ampliação ou funcionamento, serão definidos no Código de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo e de Obras e
Edificações, que também definirá os critérios e procedimentos para análise pelos órgãos municipais competentes e em conformidade com os arts. 36
a 38, do Estatuto da Cidade.
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Art. 72. O Estudo de Impacto de Vizinhança será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade,
compreendendo, no mínimo, os seguintes aspectos:
I. Adensamento populacional;
II. Demanda de equipamentos urbanos e comunitários;
III. Alterações no uso e ocupação do solo;
IV. Valorização imobiliária;
V. Geração de tráfego e demanda de transporte público;
VI. Interferências na ventilação e iluminação natural;
VII. Alterações na paisagem e obstrução de marcos visuais significativos da imagem da Cidade;
VIII. Geração de ruídos e emissão de resíduos sólidos e de efluentes líquidos e gasosos;
IX. Conservação dos valores ambientais e culturais;
X. Impactos sociais e econômicos, inclusive segurança; e
XI. Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos e potencializadoras dos impactos positivos.
Será obrigatória a publicidade dos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis no Centro de Informações do Município, para consulta, por
qualquer interessado.
A elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança não substitui a elaboração e aplicação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), requerido
nos termos da legislação ambiental.

SEÇÃO VIII
IMOBILIÁRIO
Art. 73. O Poder Executivo Municipal poderá receber, por transferência, imóveis que, a requerimento dos seus proprietários, lhe sejam oferecidos,
como forma de viabilização financeira do melhor aproveitamento do imóvel, de acordo com o art. 46, do Estatuto da Cidade.
O proprietário que transferir seu imóvel para o Município, a título de realização do Consórcio, receberá, como pagamento, unidades imobiliárias
devidamente urbanizadas ou edificadas.
O valor das unidades imobiliárias, a serem entregues ao proprietário, será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.
O consórcio imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal de parcelar, edificar ou utilizar, quanto àqueles por ela não abrangidos,
mas necessários à realização de intervenções urbanísticas previstas no Plano Diretor, plano urbanístico local ou plano setorial.

IX
FUNDIÁRIA
Art. 74. O Município poderá dispor, para a regularização fundiária, em atendimento às diretrizes do Plano Diretor Urbano, de todos os instrumentos
previstos no Estatuto da Cidade.
Parágrafo único. Os instrumentos de regularização fundiária de que trata este artigo são os regulamentados pelas Leis específicas, com fundamento
na Lei Orgânica do Município.
SEÇÃO X
TRIBUTÁRIOS
Art. 75. O Município poderá dispor, para o atendimento às diretrizes do Plano Diretor Urbano, de todos os instrumentos tributários, com função fiscal
e extra-fiscal, previstos no Estatuto da Cidade.
Parágrafo único. A utilização do Imposto Predial progressivo no tempo, da contribuição de melhoria e de outros instrumentos tributários será regulada
pelo Código Tributário Municipal ou por Lei específica.

XI
TÉCNICA E JURÍDICA GRATUITA ÀS POPULAÇÕES POBRES

76. O Poder Público promoverá esforço, no sentido de viabilizar assistência técnica e jurídica gratuita, diretamente, ou por força de convênio
estabelecido com instituições de ensino, organizações não governamentais ou com associações profissionais, às pessoas e entidades
comprovadamente pobres no Município.

Art. 77. A assistência técnica e jurídica gratuita precederá a execução de:


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I. Programas e projetos de regularização de ZEIS, regularização urbanística e regularização fundiária;
II. Operações Urbanas Consorciadas; e

III. Desapropriações e relocações de famílias em áreas de risco à vida humana ou ambiental.

Art. 78. Lei específica estabelecerá as condições em que se dará a assistência técnica e jurídica gratuita, devendo abranger, no mínimo:

I. Orientação jurídica e defesa dos direitos individuais e coletivos;


II. Orientação técnica para elaboração de projeto e construção de edificações; e
III. Orientação técnica e acompanhamento nos debates sobre o Plano Diretor, planos urbanísticos, programas e projetos em ZEIS e para a
proposição da Lei de Diretrizes Orçamentárias, do Plano Plurianual e da Lei Orçamentária.

SEÇÃO XII
ESPECIAIS DAS ZEIS

Art. 79. Os instrumentos da política urbana previstos neste Capítulo aplicar-se-ão às ZEIS, de acordo com as seguintes disposições gerais:

I. Relativos à regularização fundiária:

a) concessão do direito real de uso;


b) concessão especial de uso para fins de moradia;
c) usucapião especial individual e coletivo;
d) autorização de uso especial para fins comerciais, para os usos não residenciais de apoio ao uso residencial, pré-existentes e que sejam
considerados pertinentes pelo Fórum Comunitário; e
e) transferência do Direito de Construir, nos casos em que não seja cabível o usucapião especial individual ou o coletivo.

II. Para indução de empreendimentos de urbanização:

a) o parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios; e


b) a Operação Urbana Consorciada.

III. Para aquisição de áreas:

a) o Direito de Preempção;
b) transferência do Direito de Construir; e
c) a desapropriação.

IV. Para a gestão participativa:

a) as Audiências Públicas para debater os planos, programas e projetos; e


b) a Assessoria Técnica e Jurídica.

No caso de ZEIS, cujos limites estejam compreendidos dentro dos perímetros de Operações Urbanas Consorciadas, as leis específicas deverão
incorporar as diretrizes estabelecidas nesta Lei e nas leis especificas da ZEIS abrangida pela operação.

Quando houver necessidade de remoção de habitações, estas devem ser relocadas para outras áreas apropriadas para moradia.

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O Coeficiente de Aproveitamento Máximo poderá ser alterado pelo Fórum Comunitário, até o limite definido para a Operação Urbana na qual a ZEIS
esteja inserida, aplicando-se os demais índices, parâmetros e disposições pertinentes.

A Concessão do Direito de Construir acima do coeficiente de aproveitamento básico, até o coeficiente máximo definido para a ZEIS, será concedida
após análise das condições de infra-estrutura, circulação viária e de conformidade com os parâmetros urbanísticos da área e Estudo do Impacto de
Vizinhança ou parecer do Fórum Comunitário.

A Concessão do Direito de Construir, acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico, até o Coeficiente Máximo, será gratuita para a produção de
habitação de interesse social, com a área mínima estabelecida para o lote mínimo.

A Transferência de Potencial Construtivo poderá ser aplicada, quando houver, no interior da ZEIS, imóvel enquadrado como de proteção cultural ou
ambiental.

As ZEIS terão prioridade nos programas municipais de regularização fundiária.

CAPÍTULO VII
DIRETRIZES PARA PLANOS DE AÇÕES SETORIAIS

SEÇÃO I

Art. 80. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para os planos de ações referentes à drenagem urbana:

I. No Distrito Sede:

a) Implantação, por etapas, do projeto de sistema de drenagem de águas pluviais, contemplando a implantação de Dispositivos Hidráulicos
Especiais Localizados, a otimização da drenagem do Centro e a preservação de áreas de inundação;
b) elaboração e implantação de projeto de recuperação ambiental da Serra do Periperi;
c) recuperação das áreas críticas:

1. elaboração e implantação do projeto executivo do Canal da Serra, completando o revestimento do canal e interligando-o com a Galeria que
corta o Loteamento Urbis IV;
2. elaboração e implantação de projetos executivos referentes às saídas da galeria que corta o Loteamento Urbis IV e da rede de manilhas, no
Bairro Bateias, com dissipador de energia, seguido de canal revestido;
3. implantação do projeto de modificação de saída da galeria que cruza a Av. Otávio Santos;
4. execução do projeto executivo de micro-drenagem no Bairro Recreio, direcionando as águas pluviais para ruas menos sobrecarregadas;
5. execução do projeto executivo da micro-drenagem da Rua São Geraldo e Adjacências;
6. execução do projeto executivo da micro-drenagem do Jardim Petrópolis;
7. execução do projeto executivo da micro-drenagem de áreas adjacentes ao Aeroporto;
8. adequação dos dispositivos de micro-drenagem instalados nos Bairros Candeias, Zabelê e Ibirapuera;

9. eliminação das ligações clandestinas de esgoto residencial e comercial; e


10. eliminação do ponto crítico de erosão e assoreamento do Córrego Verruga e finalização da obra da Av. Luiz Eduardo Magalhães;
11. realização de projetos de educação ambiental junto à população residente nas áreas críticas.

II. Nos outros Distritos, a implantação de pavimentação e de sistemas de micro-drenagem em áreas críticas.

SEÇÃO II
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DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 81. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para os planos de ações referentes à disposição de resíduos sólidos:

I. No Distrito Sede:

a) atualização e acompanhamento do Plano de Gestão de Limpeza Urbana;


b) execução de projeto do aterro sanitário, prevendo dispositivos de impermeabilização do solo, drenagem de águas pluviais, sistema de
drenagem e tratamento de líquidos percolados (chorume), sistema de drenagem e tratamento de gases, processo de compactação e cobertura dos
resíduos;
c) execução de um plano de monitoramento do aterro sanitário, que permita a detecção, em estágio inicial, dos impactos ambientais negativos
que possam vir a ser causados; e
d) desenvolvimento de projeto de recuperação da área do atual lixão, contemplando, no mínimo, os aspectos eco-ambientais;
e) destinação e monitoramento de resíduos provenientes de construção civil.

II. Nos outros Distritos:

a) melhoria da coleta e destinação dos resíduos sólidos;


b) realização de projeto de educação ambiental; e
c) incentivo à implementação de cooperativas ambientais, com o objetivo de reciclar e comercializar o lixo produzido.

SEÇÃO III
DE ÁGUA

Art. 82. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para os planos de ações referentes ao abastecimento de água:

I. No Distrito Sede:

b) exigência, por parte da Administração Municipal, de que a concessionária do serviço de abastecimento de água elabore e entregue, para sua
avaliação, estudos para a ampliação das redes de distribuição para as áreas de expansão da Cidade e implantação de linhas, em paralelo às
existentes;
c) exigência, por parte da Administração Municipal, de que a concessionária do serviço de abastecimento de água elabore e entregue, para sua
avaliação, relatórios mensais de acompanhamento dos serviços prestados, no que tange aos seguintes aspectos:

1. cobertura das redes de distribuição;


demanda de serviços de manutenção na rede de distribuição e ligações domiciliares e a eficiência do atendimento a essas demandas;
3. regularidade na freqüência do abastecimento a todas as áreas da Cidade;
identificação das causas dos problemas nas áreas críticas, para sua correção; e
qualidade da água distribuída, conforme parâmetros estabelecidos na legislação federal, indicando o padrão de potabilidade da água para
consumo humano;
realização de análises da água, no mínimo uma vez ao ano, para confrontá-las com os dados fornecidos pela concessionária.

II. Nos outros Distritos:

1. atendimento com carros pipas nas áreas mais críticas;


ampliação dos sistemas de abastecimento de água, contemplando o tratamento da água, nos distritos que apresentem problemas quanto à
quantidade e qualidade;
3. implantação de novos sistemas simplificados constituídos de poços artesianos e chafarizes na zona rural dos distritos;
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construção de barragens, construção e limpeza de açudes, segundo as necessidades dos moradores; e
execução de projeto de educação ambiental, conscientizando a população, quanto à importância da conservação e preservação dos recursos
hídricos.

IV
SANITÁRIO

Art. 83. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para os planos de ações referentes ao esgotamento sanitário:

I. Na Sede Municipal:

a) implantação do projeto de esgotamento sanitário para a Sede, abrangendo toda a área urbana, incorporando o sistema condominial de esgoto
e implantando o sistema projetado para a bacia Oeste;
b) realização das ligações domiciliares, onde exista rede coletora;
c) estabelecimento de tarifas condizentes com a realidade local e com o sistema condominial de esgotos;
d) controle das fontes de esgoto, a fim de diminuir a DBO e a carga orgânica lançadas nas lagoas de estabilização;
e) cadastramento das indústrias e estabelecimentos comerciais que contribuem para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) e, através de
análise físico-química, verificação da concentração dos esgotos industriais lançados na rede;
f) avaliações periódicas de desempenho de cada uma das lagoas de estabilização e do sistema de tratamento como um todo, levando em
consideração:

1. os aspectos quantitativos relativos à vazão e ao período de detenção;


os aspectos relativos às características físicas, químicas e biológicas de esgoto bruto e tratado;
3. a eficiência e a capacidade do tratamento (capacidade de vazão e redução de carga do esgoto por unidade de volume); e
monitoramento da qualidade dos efluentes;

g) impermeabilização do fundo das lagoas de estabilização e limpezas periódicas, para evitar o crescimento de vegetação e o acúmulo de
materiais que possam causar assoreamento;
h) inspeções periódicas nos taludes das lagoas da estabilização, a fim de verificar infiltrações, dispositivos contra erosão, condições da grama e
placas de concreto;
i) limpeza regular das grades;
j) ampliação do sistema de tratamento de esgotos, conforme projeto executado para a bacia Leste;
k) implantação do sistema de esgotos projetado para a bacia Oeste;
l) estabelecimento de uma política ambiental na ETE a ser elaborada conjuntamente pela concessionária, que a executará, e pelo órgão
competente, que fiscalizará sua execução; e
m) controle da urbanização da área de lagoas de estabilização.

II. nos outros Distritos:

a) revisão e implantação dos projetos de esgotamento sanitário, elaborados quando da realização do Plano de Saneamento Ambiental; e
b) realização de campanhas educativas, orientando a população sobre o uso dos dispositivos a serem implantados.

29/36
VIII

DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS

Art. 84. Ficam estabelecidos os projetos estratégicos constantes do Anexo II, desta Lei, em acordo com as seguintes prioridades estratégicas:

I. No Distrito Sede:

a) implantação e consolidação:

1. de um novo aeroporto;
de um Centro de Convenções e Feiras;
de um Centro de logística;
4. da Cidade universitária;
do Eixo Industrial, Comercial e de Serviços Sul.

b) transformação da BR-116 em avenida urbana;

c) criação da Área de Proteção Ambiental/APA das Lagoas e Vales de Vitória da Conquista;


d) habitação de interesse social no Cinturão Panorama/Santa Cruz.

II. Nos outros Distritos:

a) ampliação do saneamento básico, sobretudo dos sistemas de abastecimento de água;


b) melhoria das estradas vicinais, aumentando a acessibilidade e a circulação no território municipal;
c) intervenções urbanísticas em vilas e povoados, por meio de praças, novos arruamentos e pavimentação;
d) melhoria de iluminação pública, com atenção para o entorno de escolas;
e) regulação do parcelamento do solo, onde couber;
f) melhoria das unidades de saúde e implantação de equipamentos de esporte e lazer;
g) implantação de equipamentos e serviços de segurança pública;
h) incentivo à agricultura familiar, priorizando as cadeias produtivas e os arranjos locais;
i) realização de programas de educação ambiental; e
j) ampliação da rede de energia elétrica, com universalização do serviço em toda a zona rural.

CAPÍTULO IX

DA POLÍTICA HABITACIONAL DO MUNICÍPIO

Art. 85. A Política Habitacional do Município tem por princípios:

I. Todo cidadão tem direito à moradia digna;

II. O direito à moradia pressupõe:

a) unidades residenciais de qualidade, em terra urbanizada;


30/36
b) níveis adequados de acesso;
c) serviços de infra-estrutura básica;
d) equipamentos sociais, de educação, saúde, cultura, assistência social;
e) segurança;
f) abastecimento;
g) esportes, lazer e recreação, com espaços públicos valorizados; e
h) situação fundiária, imobiliária e urbanística regularizada.

Art. 86. A Política Municipal de Habitação Popular tem por objetivos:

I. Tornar acessível a moradia para todos os cidadãos de baixa renda;

II. Reduzir o déficit habitacional, propiciando a oferta de moradia, em condições dignas;

III. Propiciar a melhoria das unidades residenciais;


IV. Assegurar a regularização urbanística, imobiliária e fundiária dos aglomerados de habitações ocupadas por populações de baixa renda; e

V. Assegurar a alocação adequada de espaços, equipamentos urbanos e serviços públicos.

Art. 87. A Política Habitacional do Município compreende:

I. O atendimento à demanda habitacional pelo mercado formal, em conformidade com a legislação de uso e ocupação do solo;

II. O atendimento à demanda habitacional de interesse social, para os segmentos da população de baixa renda, não atendida integralmente pelo
mercado, em acordo com as normas específicas de que trata este Capítulo; e

III. A articulação com as instâncias governamentais estaduais e federais e organizações não governamentais, para atendimento das demandas
de habitação popular.

Art. 88. Constituem diretrizes e ações da Política Habitacional do Município, as definidas na Lei Municipal 1.186/2003, que poderá ser alterada, no
que couber, para adequar-se às disposições desta Lei, do Código de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo e de Obras e Edificações e do
Código Municipal do Meio Ambiente.

CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 89. A elaboração, pelo órgão competente, dos Planos Plurianuais, das Leis de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos Anuais, deve refletir,
obrigatoriamente, as diretrizes estabelecidas nesta Lei.

Parágrafo único. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano Plurianual e as Leis Orçamentárias Anuais serão adaptadas, para possibilitar a
execução dos programas constantes nesta Lei.
31/36
Art. 90. O Poder Executivo deverá promover a revisão e atualização do Plano Diretor Urbano a cada dez anos, após a sua aprovação pela Câmara
Municipal.

Art. 91. O Plano Diretor Urbano poderá sofrer complementações e ajustamentos, antes do prazo estabelecido neste artigo.

Art. 92. Uma vez efetuadas a revisão e atualização do Plano Diretor Urbano, serão revistos e atualizados os planos setoriais e os planos urbanísticos
para sub-unidades espaciais ou áreas especiais assim designadas no Plano Diretor Urbano, que tenham parte ou a totalidade de seus conteúdos
afetadas pelas novas proposições.

Art. 93. O processo de revisão e atualização do Plano Diretor Urbano será precedido de ampla mobilização da sociedade, formando-se um grupo de
trabalho com representação da Administração e da sociedade, para o fornecimento de contribuições e monitoramento dos trabalhos durante todo o
processo, devendo o referido grupo ser extinto quando da aprovação da revisão.

Art. 94. O material produzido para a revisão será disponibilizado com antecedência mínima de quinze dias, para discussão em audiências públicas.

Art. 95. As revisões atinentes ao Plano Diretor Urbano far-se-ão mediante lei, ressalvadas as exceções seguintes:

I. Mediante decreto do Poder Executivo, ouvido o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano:

a) a declaração ou revisão de faixa de preservação permanente;


b) a declaração de tombamento de bem imóvel;
c) a declaração de árvores como imunes ao corte;
d) a definição de empreendimentos de impacto; e
e) a definição das atividades potencialmente geradoras de poluição de qualquer espécie;

II. Mediante decisão do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, homologada por ato do Poder Executivo:

a) a identificação de edificações, obras e monumentos de interesse de preservação; e


b) o estabelecimento de parâmetros urbanísticos complementares, não previstos nesta Lei.

96. As revisões do Plano Diretor Urbano não se aplicam aos processos administrativos em curso nos órgãos técnicos municipais, salvo disposição
em contrário no texto da revisão.

Art. 97. Não são considerados como revisões do Plano Diretor Urbano os atos que tenham por objeto:

I. A regulamentação das normas desta Lei;


II. A aprovação de programas e projetos governamentais;
III. As decisões exaradas em processos administrativos:

a) de aprovação de projetos e licenciamento de construção de edificações;


b) a implantação de usos considerados especiais;
c) o enquadramento das atividades como de uso permitido, tolerado ou proibido; e
d) os atos e decisões referentes ao parcelamento do solo.

Art. 98. Fica mantida a estrutura de bairros definida pela Lei nº 798/85, modificada e complementada pelas Leis nº 850/96 e 952/98.

Art. 99. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário e, expressamente, as seguintes leis:

32/36
I. Lei n.º 118, de 22 de Dezembro de 1976 (Plano Diretor Urbano) com exceção dos incisos II e III do artigo 11;
II. Lei n.º 205, de 27 de Junho de 1980;
III. Lei n.º 279, de 30 de Dezembro de 1983;
IV. Lei n.º 805, de 28 de Dezembro de 1995;
V. Lei n.º 517, de 15 de Janeiro de 1990;

Vitória da Conquista, em 26 de dezembro de 2006.

José Raimundo Fontes


Municipal

ANEXOS

33/36
NDICE

CAPÍTULO I 1
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1
CAPÍTULO II 2
DOS PRINCÍPIOS 2
CAPÍTULO III 2
DOS OBJETIVOS 2
CAPÍTULO IV 4
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO INTEGRADO 4
SEÇÃO I 4
DISPOSIÇÕES GERAIS 4
SEÇÃO II 5
COORDENAÇÃO DE GESTÃO DO PLANO DIRETOR URBANO 5
SEÇÃO III 5
SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES 5
SEÇÃO IV 7
CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO 7
SEÇÃO V 10
NÚCLEO DE ACOMPANHAMENTO E DE IMPULSÃO DE PROJETOS ESTRATÉGICOS 10
SEÇÃO VI 11
CONFERÊNCIA DA CIDADE 11
CAPÍTULO V 11
DO PARTIDO URBANÍSTICO 11
SEÇÃO I 12
PERÍMETRO URBANO 12
SEÇÃO II 13
MACROZONEAMENTO DA OCUPAÇÃO DO SOLO NA SEDE MUNICIPAL 13
SUBSEÇÃO I 13
DE OCUPAÇÃO CONSOLIDADA 13
SUBSEÇÃO II 17
DE ADENSAMENTO CONTROLADO 17
SUBSEÇÃO III 19
DE ADENSAMENTO CONDICIONADO 19
SUBSEÇÃO IV 20
DE EXPANSÃO URBANA CONDICIONADA 20
SUBSEÇÃO V 22
DE EXPANSÃO URBANA PREFERENCIAL I 22
SUBSEÇÃO VI 23
DE EXPANSÃO URBANA PREFERENCIAL II 23
SUBSEÇÃO VII 24
DE EXPANSÃO URBANA RAREFEITA 24
SEÇÃO III 25
ORGANIZAÇÃO DO USO DO SOLO NA SEDE MUNICIPAL 25
SEÇÃO IV 29
SISTEMA DE ÁREAS DE VALOR AMBIENTAL E CULTURAL 29
SUBSEÇÃO I 29
34/36
SUBSISTEMA DE ÁREAS DE VALOR AMBIENTAL 29
SUBSEÇÃO II 29
SUBSISTEMA DE ÁREAS DE PROTEÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL 29
SEÇÃO V 30
DE INTERESSE INSTITUCIONAL 30
SEÇÃO VI 30
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS) 30
SUBSEÇÃO I 30
DISPOSIÇÕES GERAIS 30
SUBSEÇÃO II 32
PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO 32
SUBSEÇÃO III 33
PLANO DE URBANIZAÇÃO 33
SEÇÃO VII 35
SISTEMA VIÁRIO 35
SUBSEÇÃO I 36
SISTEMA VIÁRIO PRINCIPAL 36
SUBSEÇÃO II 37
SISTEMA VIÁRIO DE VEÍCULOS A PROPULSÃO HUMANA 37
SUBSEÇÃO III 38
SISTEMA DE VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES 38
SUBSEÇÃO IV 38
SISTEMA DE ESTACIONAMENTOS DE USO PÚBLICO 38
CAPÍTULO VI 39
DAS DIRETRIZES PARA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 39
DA POLÍTICA URBANA 39
SEÇÃO I 39
SOLO URBANO NÃO EDIFICADO, SUB-UTILIZADO OU NÃO UTILIZADO 39
SEÇÃO II 43
DIREITO DE PREEMPÇÃO 43
SEÇÃO III 45
OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR 45
SEÇÃO IV 46
OUTORGA ONEROSA DE ALTERAÇÃO DO USO 46
SEÇÃO V 46
TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR 46
SEÇÃO VI 48
OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS 48
SEÇÃO VII 50
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA 50
SEÇÃO VIII 51
CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO 51
SEÇÃO IX 52
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 52
SEÇÃO X 52
INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS 52
SEÇÃO XI 52
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E JURÍDICA GRATUITA ÀS POPULAÇÕES POBRES 52
SEÇÃO XII 53
35/36
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS DAS ZEIS 53
CAPÍTULO VII 55
DAS DIRETRIZES PARA PLANOS DE AÇÕES SETORIAIS 55
SEÇÃO I 55
DRENAGEM 55
SEÇÃO II 56
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 56
SEÇÃO III 57
ABASTECIMENTO DE ÁGUA 57
SEÇÃO IV 58
ESGOTAMENTO SANITÁRIO 58
CAPÍTULO VIII 60
DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS 60
CAPÍTULO IX 61
DA POLÍTICA HABITACIONAL DO MUNICÍPIO 61
CAPÍTULO X 62
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 62
ANEXOS 65

36/36
SUMÁRIO
PARTE GERAL
TÍTULO I 5
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 5
CAPÍTULO I 5
DA NATUREZA E VINCULAÇÕES LEGAIS, OBJETIVOS E CONCEITOS 5
TÍTULO II 7
DO ORDENAMENTO DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO 7
CAPÍTULO I 7
DAS CATEGORIAS E ORGANIZAÇÃO DO USO DO SOLO 7
CAPÍTULO II 8
DO ZONEAMENTO 8
CAPITULO III 10
DAS RESTRIÇÕES ZONAIS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 10
CAPITULO IV 10
DO PARCELAMENTO DO SOLO 10
Seção I 10
Disposições Introdutórias 10
Seção II 12
Loteamento e Reloteamento 12
Subseção Única 14
Loteamento e Reloteamento de Interesse Social 14
Seção III 16
Desmembramento 16
Seção IV 16
Condomínio Horizontal e Conjunto Habitacional 16
Seção V 17
Remembramento 17
Seção VI 17
Desdobro 17
CAPÍTULO V 17
DOS CRITÉRIOS E RESTRIÇÕES RELATIVOS AOS USOS QUE INDEPENDEM DO ZONEAMENTO 17
Seção I 17
Usos Geradores de Poluição e Insegurança Ambiental 17
Seção II 19
Pólos Geradores de Tráfego 19
Seção III 20
Usos que requerem Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) 20
Seção IV 22
Intervenções na Morfologia dos Terrenos e nos Recursos Hídricos 22
Subseção I 22
Desmatamento 22
Subseção II 23
Escavação 23
Subseção III 23
Terraplenagem 23
Subseção IV 23
Intervenção nos Recursos Hídricos 23
Seção V 24
1/32
Abertura de Vias 24
Seção VI 26
Estacionamentos e Garagens 26
Seção VII 26
Critérios de Compatibilidade Locacional dos Usos 26
Seção VIII 27
Critérios para Aplicação de Parâmetros Urbanísticos 27
CAPÍTULO VI 28
DOS TERRENOS A SEREM EDIFICADOS 28
TÍTULO III 30
DAS OBRAS E EDIFICAÇÕES 30
CAPÍTULO I 30
DISPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS 30
CAPÍTULO II 30
DAS CONDIÇÕES GERAIS DAS EDIFICAÇÕES 30
TÍTULO IV 31
DAS LICENÇAS E DA FISCALIZAÇÃO 31
CAPÍTULO I 31
DISPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS 31
CAPÍTULO II 32
DAS RESPONSABILIDADES E HABILITAÇÃO PROFISSIONAL 32
CAPÍTULO III 35
DAS LICENÇAS 35
Seção I 35
Da Documentação Necessária 36
Seção II 36
Elementos do Projeto em Geral 36
Subseção I 39
Loteamento, Reloteamento, Loteamento e Urbanização de Interesse Social, Urbanização e Condomínios Horizontais e Conjuntos Habitacionais
39
Subseção II 41
Equipamentos Públicos em Áreas Abertas 41
Subseção III 42
Desmatamento 42
Subseção IV 42
Escavações 42
Subseção V 43
Intervenções nos Cursos D 43
Subseção VI 44
Desmembramento 44
Subseção VII 44
Remembramento e Desdobro 44
Subseção VIII 45
Pólos Geradores de Tráfego (PGT) 45
Subseção IX 46
Edificações 46
Subseção X 48
Atividades 48
Seção III 48
2/32
Análise de Viabilidade Prévia 48
Seção IV 52
Alvará de Localização 52
Seção V 54
Alvará de Localização Simplificada 54
Seção VI 54
Licença ou Alvará de Implantação 54
Seção VII 57
Alvará de Operação ou Habite-se 57
CAPÍTULO IV 58
DA FISCALIZAÇÃO 58
Seção I 58
Infrações 58
Seção II 59
Penalidades 59
CAPÍTULO V 62
DISPOSIÇÕES FINAIS 62
ANEXOS 63
ANEXO I 64
GLOSSÁRIO 64
ANEXO II 85
CATEGORIAS DE USO DO SOLO NO MUNICÍPIO E ÁREAS DE INFLUÊNCIA 85
Quadro 2.1 - Atividades/ Empreendimentos Que Configuram O Uso Do Solo 85
Quadro 2.2 - Uso Do Solo Por Área De Influência 105
ANEXO III 112
PARÂMETROS, CRITÉRIOS E RESTRIÇÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 112
ANEXO IV 134
REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS 134
ANEXO V 138
PARÂMETROS TÉCNICOS PARA OBRAS 138
ANEXO VI 165
INFRAÇÕES E MULTAS 165

INSTITUI O CÓDIGO DE ORDENAMENTO DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO E DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA
DA CONQUISTA.

PREFEITO MUNICIPAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais,

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
NATUREZA E VINCULAÇÕES LEGAIS, OBJETIVOS E CONCEITOS

Art.1º Fica instituído o Código de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo e de Obras e Edificações do Município de Vitória da Conquista-Ba,
3/32
que estabelece as normas para o licenciamento de parcelamento, urbanização, edificação e de atividades, de observância obrigatória pelos agentes
públicos e privados, tendo como objetivos gerais:
I. estabelecer bases sistemáticas de referência e de direito, para o exercício do poder de polícia administrativa, por parte da Administração
Municipal, em consonância com as diretrizes do Plano Diretor Urbano;
II. priorizar a função de moradia como condicionante para implantação de atividades não residenciais em zonas residenciais;
III. garantir a minimização dos impactos causados na estrutura urbana no exercício das atividades e instalação de empreendimentos que
configurem o uso e a ocupação do solo;
IV. evitar a segregação de usos, promovendo a diversificação e mixagem de usos compatíveis, de modo a reduzir os deslocamentos da
população e equilibrar a distribuição da oferta de emprego e trabalho;
V. garantir a promoção da qualidade de vida da população e da preservação do meio ambiente;
VI. garantir a redução da segregação e exclusão sociais;
VII. garantir o cumprimento da função social da propriedade;
VIII. assegurar o padrão de qualidade dos empreendimentos, obras, reformas e demolições, de modo a garantir a higiene, o conforto e a
segurança;
IX. evitar ou remover os obstáculos à locomoção das pessoas portadoras de necessidades especiais, permitindo o seu acesso a edifícios e
logradouros públicos e privados, suas unidades autônomas e dependências.

Art. 2º Integram a presente Lei os Anexos abaixo relacionados:


I. Anexo I: Glossário, contendo conceitos dos termos técnicos adotados;
II. Anexo II: Categorias de Uso do Solo no Município e Áreas de Influência, contendo:
a) Quadro 2.1 - Atividades/ Empreendimentos que configuram o Uso do Solo;
b) Quadro 2.2 - Uso do Solo por Área de Influência;

III. Anexo III: Parâmetros, Critérios e Restrições de Uso e Ocupação do Solo, contendo:
a) Quadro 3.1 - Critérios e Restrições Aplicáveis às Zonas e Corredores de Usos;
Quadro 3.2 - Parcelamento do Solo - Percentual Mínimo das áreas para Usos Complementares;
c) Quadro 3.3 - Atividades e Empreendimentos por nível de Poluição e Segurança Ambiental;
Quadro 3.4 - Critérios e Restrições Relativos a Pólos Geradores de Tráfego (PGT) e vagas para Estacionamento;
Quadro 3.5 - Sistema Viário - Características Técnicas para Implantação;
Quadro 3.6 - Vagas de Estacionamentos e / ou Garagens segundo o Uso;
Quadro 3.7 - Acessos, Área de Espera, Área de Acumulação e Altura Livre dos Estacionamentos e/ou Garagens - Critérios e Restrições
Aplicáveis às Zonas e Corredores de Usos;
Quadro 3.8 - Vias Internas de Estacionamentos e/ou Garagens;
Quadro 3.9 - Critérios de Compatibilidade Locacional relativos à via de acesso;
Quadro 3.10 - Critérios de Compatibilidade Locacional referentes à distância entre usos;

IV. Anexo IV - Representações Cartográfica, contendo a representação espacial das Zonas de Uso e Ocupação do Solo da Sede municipal:
a) P/01 - Zoneamento do Uso e da Ocupação do Solo;
b) P/02 - Zonas Especiais Interesse Social (ZEIS);
P/03 - Áreas de Interesse Ambiental.
V. Anexo V, contendo:
a) Parâmetros Técnicos para Obras - Critérios e Restrições;
b) Quadro 5.1 - Cálculo da População por Empreendimento;
VI. Anexo VI - Infrações e Multas, contendo:
a) Quadro 6.1 - Infrações de obras e multas;
b) Quadro 6.2 - Infrações e Multas de Parcelamento do Solo Urbano.

TÍTULO II
ORDENAMENTO DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO
4/32
CAPÍTULO I
CATEGORIAS E ORGANIZAÇÃO DO USO DO SOLO

Art. 3º Os empreendimentos e atividades no Município serão classificados, para efeito de controle e licenciamento, de acordo com as categorias de
uso do solo relacionadas no Quadro 2.1, do Anexo II e com a Área de Influência relacionada no Quadro 2.2, do Anexo II.
Parágrafo único. Os empreendimentos e atividades não relacionados no Quadro 2.1 serão classificados nas categorias de uso que apresentarem
maior similaridade.
Art. 4º Para o licenciamento de empreendimentos e atividades serão necessariamente considerados:
I. as restrições Zonais, definidas com base nas disposições sobre o zoneamento, estabelecidas pelo Plano Diretor para o macrozoneamento e
por esta Lei;
II. as normas do parcelamento do solo;
III. os critérios e restrições para empreendimentos e atividades que independem do zoneamento;
Parágrafo único. As condicionantes referentes a terrenos que independem do zoneamento atenderão ao estabelecido nesta lei e no Código
Municipal de Meio Ambiente.

II
ZONEAMENTO
Art. 5º A Sede municipal compreende as seguintes zonas, com base no macrozoneamento instituído pelo art. 22, da Lei do Plano Diretor:
I. Zonas de Uso Residencial:
a) ZR -1 - Área de Ocupação Consolidada;
b) ZR -2 - Área de Adensamento Controlado;
c) ZR -3 - Área de Adensamento Condicionado;
d) ZR -4 - Área de Expansão Urbana Condicionada;
e) ZR -5 - Área de Expansão Urbana Preferencial I;
f) ZR -6 - Área de Expansão Urbana Preferencial II;
g) ZR -7 - Área de Expansão Urbana Rarefeita.

II. Zonas de Usos Diversificados:


a) Centro Municipal;
b) Subcentro do Bairro Brasil.

III. Corredores de Usos Diversificados:


a) Corredor de Usos Diversificados da Av. Presidente Dutra;
b) Corredor de Usos Diversificados da Avenida Juracy Magalhães;
c) Corredor de Usos Diversificados da Avenida Brumado;
d) Corredor de Usos Diversificados da Avenida Olívia Flores;
e) Corredor de Usos Diversificados da Av. Luiz Eduardo Magalhães.

IV. Distrito Industrial dos Imborés;


V. Sistema de Áreas de Interesse Ambiental:
a) Parque Municipal da Serra do Periperi;
b) de Proteção Ambiental Municipal das Lagoas e Vales de Vitória da Conquista.

VI. Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS):


a) ZEIS I;
b) ZEIS II;
c) ZEIS III.

Parágrafo único. As normas e restrições estabelecidas para as ZEIS estão em acordo com as diretrizes de expansão, adensamento e consolidação
5/32
da ocupação para as macrozonas que constam dos arts. 38 a 45, da Lei do Plano Diretor.
Art. 6º Para os efeitos desta Lei, nos demais distritos, em conformidade com o parágrafo único do art. 21, da Lei do Plano Diretor, são considerados
Núcleos Urbanos o Povoado de São João da Vitória e os seguintes Distritos:
I. Veredinha;
II. José Gonçalves;
III. Iguá;
IV. Bate Pé;
V. Cachoeira da Jibóia;
VI. Dantelândia;
VII. Inhobim;
VIII. Cercadinho;
IX. São Sebastião;
X. Pradoso.

III
RESTRIÇÕES ZONAIS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 7º Para o ordenamento do uso e da ocupação do solo, de acordo com a zona em que se situem, ficam estabelecidas as restrições contidas no
Quadro 3.1 do Anexo III, referentes às Zonas de Concentração de Usos Residenciais (ZR), Zonas e Corredores de Usos Diversificados e ao Distrito
Industrial, na Sede municipal, e aos Núcleos Urbanos de que trata o art. 6º desta Lei.

1Nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), delimitadas na Planta P/02 do Anexo IV e outras que venham a ser instituídas, até a sua
regulamentação por lei específica, o Coeficiente de Ocupação (Co) será igual a 0,75 e o Coeficiente de Aproveitamento Básico (Cab) será igual a 1.
2Em acordo com o parágrafo único, do art. 40, da lei do Plano Diretor, só será permitido o remembramento de lotes, nas ZEIS, quando destinados à
implantação de equipamentos comunitários de interesse coletivo, de apoio ao uso residencial ou quando juridicamente necessário para a
conformidade desse com a área exigida para a titulação individual da habitação social.
3Nas áreas do Sistema de Áreas de Interesse Ambiental aplicam-se os critérios e restrições estabelecidos pelo Código Municipal do Meio Ambiente,
sem prejuízo das disposições da Lei nº 9.985/2000.
4Nos Núcleos Urbanos fora da sede municipal serão permitidos os usos residencial e comercial varejista, de serviços e institucional, com área de
influência de nível local.

IV
PARCELAMENTO DO SOLO
Seção I
Introdutórias
Art. 8º O parcelamento do solo urbano pode ser feito por meio de loteamento, desmembramento, condomínio horizontal, remembramento,
reloteamento e desdobro.
Para fins desta Lei entende-se por:
I. loteamento: qualquer divisão do solo de que resultem novas unidades imobiliárias, implicando abertura de logradouros públicos ou ampliação
dos existentes;
II. desmembramento: qualquer divisão de gleba, voltada para logradouro público, de que resultem novas unidades imobiliárias e que não
implique abertura de novos logradouros públicos ou ampliação dos existentes;
III. condomínio horizontal: a divisão interna de uma gleba, para uso e ocupação por diferentes proprietários, mediante a instituição de um
regulamento interno;
IV. remembramento: o reagrupamento de dois ou mais lotes ou o reagrupamento dos lotes ou parte dos lotes de uma ou várias quadras,
resultando em nova distribuição, sob a forma de novos lotes ou frações ideais;
V. desdobro: a divisão da área de um lote integrante de loteamento ou de desmembramento para a formação de novo ou novos lotes;
VI. reloteamento: a modificação total ou parcial de loteamento, que implique em alterações no arruamento existente e em nova distribuição das
áreas resultantes, sob a forma de lotes ou frações ideais.
6/32
A aprovação de parcelamentos estará condicionada, no que couber, à obediência das disposições do Código Municipal do Meio Ambiente.
A aprovação de parcelamentos dos tipos loteamento e desmembramento estará condicionada à obediência às disposições da Lei Federal nº
6.766/79 e suas modificações, bem como às disposições desta Lei.
A aprovação de condomínios horizontais, conjuntos habitacionais, remembramentos e desdobros e reloteamentos estará condicionada à obediência
às disposições desta Lei.
Termo de Acordo e Compromisso (TAC) deverá ser firmado, nos empreendimentos promovidos por particulares, entre o empreendedor e o Poder
Executivo, no qual o primeiro se comprometa a observar os dispositivos desta Lei e a realizar, à sua custa, sem qualquer ônus para a Administração
Pública, todas as obras de terraplenagens, pavimentações, meios-fios, arborização, pontes, pontilhões, bueiros, galerias, linhas adutoras, troncos
alimentadores e distribuidores, redes de esgotamentos, muralhas e quaisquer outras obras que venham a ser exigidas, tudo de acordo com os
respectivos projetos aprovados.
A responsabilidade pelas diferenças constatadas entre as áreas existentes nos lotes e a planta aprovada será exclusivamente do loteador.

II
e Reloteamento
Art. 09º. Nos loteamentos, as áreas reservadas para usos, destinados ao sistema viário e implementação de equipamentos comunitários, cujos
parâmetros mínimos para dimensionamento são os constantes do Quadro 3.2, do Anexo III, serão proporcionais à densidade de ocupação para a
área em que se situem e, no total, equivalerão a, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) da área total da gleba.
O órgão municipal competente definirá diretrizes para a localização das vias principais e das áreas institucionais, verdes e de lazer.
As áreas de que trata o serão transferidas para o patrimônio municipal por ocasião do registro do loteamento no Cartório de Registro de Imóveis,
mediante escritura pública, sem qualquer ônus para o Município.
Todo loteamento residencial deverá destinar área específica para uso de pequeno comércio de conveniência e de serviços de apoio aos moradores,
de acordo com o definido no Quadro 3.2 do Anexo III;
Art. 10. Aplicam-se aos reloteamentos os dispositivos relativos aos loteamentos.
Art. 11. Os projetos de loteamentos e reloteamentos deverão ter reservadas áreas institucionais, verdes e de lazer.
As áreas reservadas serão localizadas, na razão de 1/3 (um terço), em locais de declividade máxima de 10% (dez por cento), não devendo o
restante ultrapassar a declividade de 20% (vinte por cento).
As áreas institucionais não poderão ser atravessadas por cursos d'água, valas, córregos ou riachos.
Quando comprovada a inexistência de áreas em condições de atender às exigências especificadas no parágrafo anterior, o Poder Executivo se
reservará o direito de definir a sua localização.
Quando, pelo porte do empreendimento, as áreas destinadas a fins institucionais, resultarem inferiores a duas vezes o tamanho do lote mínimo do
empreendimento, poderão ser substituídas por áreas localizadas em outro local, considerando a correspondência com base no valor de mercado.
As áreas verdes e de lazer deverão ser localizadas, na razão de 1/3 (um terço) de seu total, por indicação do órgão municipal competente, do qual
dependerá a aprovação das demais áreas, em especial se estiverem situadas em faixas contínuas ao longo de pistas ou em sua confluência.
Só poderão ser computadas como áreas verdes e de lazer aquelas em que, em qualquer ponto, permitam ter inscrito um círculo com raio mínimo de
5,00m (cinco metros).
Art. 12. Os projetos do sistema viário dos loteamentos e reloteamentos estão sujeitos aos percentuais mínimos estabelecidos no Quadro 3.2 e
parâmetros constantes do Quadro 3.5, do Anexo III, desta Lei.
Quando a área destinada ao sistema viário não atingir o percentual mínimo estabelecido no Quadro 3.2, do Anexo III, de que trata o caput deste
artigo, a área excedente necessária para completá-lo será adicionada ao total reservado para as áreas verdes e de lazer.
As vias que compõem o sistema viário deverão ainda:
I. atender às normas contidas na Seção V, do Capítulo V, deste Título;
II. articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou aprovadas.

Art. 13. As quadras não poderão ultrapassar o comprimento de 400,00m (quatrocentos metros), salvo a critério do Poder Executivo, em casos
especiais, com composição obrigatória dos logradouros públicos existentes e seus prolongamentos.
Art. 14. O dimensionamento dos lotes atenderá ao mínimo fixado no Quadro 3.1, do Anexo III.
Os lotes terão frente, obrigatoriamente, para logradouros públicos destinados à circulação de veículos e/ou pedestres.
Os lotes só poderão ser objeto de remembramento ou desdobro mediante projeto aprovado pelo órgão municipal competente e de acordo com as
disposições desta Lei.
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Art. 15. A aprovação do projeto de loteamento ficará condicionada à:
I. apresentação de memorial descritivo e cronograma de obras indicando os materiais a serem utilizados e os respectivos prazos de conclusão;
II. assinatura de Termo de Acordo e Compromisso (TAC), conforme disposto no 5º do artigo 8º, no qual o empreendedor se obrigará a executar,
no prazo máximo de 04 (quatro) anos, e de acordo com o projeto aprovado, as seguintes obras:
a) locação de ruas, quadras e lotes;
b) movimentos de terra;
c) assentamento de meios-fios;
d) execução de sarjetas;
e) rede de abastecimento de água potável;
f) ligação de redes de esgotos e águas pluviais;
g) pavimentação de todas as ruas;
h) muros de sustentação, quando necessários;
i) posteação com rede elétrica e de iluminação pública;
j) tratamento paisagístico das áreas verdes e de lazer.
Em garantia às obras mencionadas serão caucionados, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do total dos lotes comercializáveis, devendo a garantia
ser averbada no Cartório de Registro de Imóveis competente.
A liberação dos lotes caucionados somente se dará mediante a constatação, pelo Poder Executivo, da conclusão das obras.

Subseção Única
e Reloteamento de Interesse Social

Art. 16. Os loteamentos de interesse social são os destinados ao atendimento da habitação de interesse social, promovidos pelo Poder Público ou
pela iniciativa privada, de acordo com as diretrizes do Plano Diretor.
Os loteamentos de interesse social poderão se localizar em qualquer Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) ou em Zona Residencial, exceto em
áreas incluídas no Sistema de Áreas de Interesse Ambiental.
A aprovação dos loteamentos de interesse social deverá ter a anuência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e do Conselho Municipal
de Habitação Popular, ressalvados os já aprovados pela Lei Municipal 1.186/2003.
Aplicam-se aos reloteamentos de interesse social os dispositivos relativos aos Loteamentos de Interesse Social.
Art. 17. Aplicam-se aos loteamentos de interesse social as normas pertinentes aos loteamentos que não conflitarem com as especificadas nos
parágrafos deste artigo.
O comprimento das quadras nos loteamentos de interesse social não excederá a 250,00m (duzentos e cinqüenta metros).
Os lotes poderão ter área igual ou inferior a 200,00m(duzentos metros quadrados) e frente igual ou inferior a 8,00m (oito metros) nos
empreendimentos realizados com financiamento do governo, respeitados os limites mínimos de 125,00m(cento e vinte e cinco metros quadrados) de
área e 5,00m (cinco metros) de testada.
Só serão admitidos remembramentos de lotes quando os resultantes forem destinados à implantação de equipamentos comunitários de interesse
coletivo, de apoio ao uso residencial ou quando juridicamente necessário para a conformidade desse com a área exigida para a titulação individual da
habitação social.
As áreas reservadas para os usos complementares deverão atender às disposições estabelecidas para loteamentos.
Art. 18. Os projetos de loteamentos de interesse social preverão vias de circulação de veículos para serviços de fornecimento de gás, coleta de lixo,
emergência e circulação de transporte coletivo.

19. A aprovação do projeto ficará condicionada à:

I. apresentação de memorial descritivo e cronograma de obras, indicando os materiais a serem utilizados e os respectivos prazos de conclusão;
II. assinatura de Termo de Acordo e Compromisso (TAC), no qual o empreendedor se obrigará a executar, no prazo fixado e de acordo com o
projeto, as obras exigidas para loteamentos no art.15, desta Lei, à exceção da pavimentação das vias, que poderá ser substituída por
encascalhamento ou cobertura anti-pó.
Art. 20. Poderá ser admitida a implantação de sistemas alternativos de esgotamento sanitário aprovados pela concessionária de serviços, quando
couber.
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Parágrafo único - O Poder Executivo buscará estabelecer parceria com o proprietário do loteamento e com a concessionária de serviços, para a
implantação das redes de abastecimento de água e quando não couber solução alternativa de esgotamento sanitário, visando atender à necessidade
pública.

Seção III

Art. 21. Aplica-se aos desmembramentos o estabelecido no Quadro 3.2, do Anexo III.
Os lotes resultantes de desmembramentos só poderão ser divididos mediante projeto de modificação, aprovado pelo órgão municipal competente,
segundo as disposições desta Lei.
Os desmembramentos de terrenos com testada igual ou superior a 500,00m (quinhentos metros) ficarão condicionados à definição prévia, pelo
Poder Executivo, quanto aos acessos necessários aos terrenos que lhe fazem fundo.
Seção IV
Horizontal e Conjunto Habitacional
Art. 22. A implantação de condomínios horizontais e conjuntos habitacionais poderá ocorrer em glebas não loteadas ou em lotes regulares,
resultantes de parcelamento aprovado pela Municipalidade.
A manutenção das áreas comuns de circulação, recreação e outras, no interior de um condomínio, é de responsabilidade dos condôminos.
Nos condomínios horizontais e conjuntos habitacionais serão obrigatórias a reserva e implantação de áreas verdes e de lazer proporcionais à
densidade de ocupação prevista para o condomínio, de acordo com as disposições do Quadro 3.2 do Anexo III.
As áreas das edificações destinadas a usos complementares não serão computadas no cálculo da área total construída, o que ocorrerá em relação
ao coeficiente de ocupação.
Para cálculo do montante de área construída na gleba, será aplicado o Coeficiente de Aproveitamento estabelecido para a Zona em que o
empreendimento se localize, com base na Área Líquida do Parcelamento.
A aplicação dos parâmetros urbanísticos para a edificação terá como referência a cota de terreno por edificação, obedecendo às dimensões do lote
mínimo estabelecido por esta Lei para a Zona em que se situa.
As vias particulares de condomínio terão suas características físicas executadas de acordo com os padrões estabelecidos no Quadro 3.5, do Anexo
III.
A articulação com o sistema viário oficial deverá ser aprovada pelo órgão municipal competente.
Seção V

Art. 23. Os remembramento atenderão às dimensões para os lotes mínimos estabelecidos no Quadro 3.1, do Anexo III.
Parágrafo único - Não poderão ser remembrados com destinação diversa da original os lotes reservados para usos complementares.

VI

Art. 24. O desdobro só poderá ser admitido quando os lotes resultantes atenderem às dimensões estabelecidas para os lotes mínimos, constantes do
Quadro 3.1, do Anexo III, salvo para construções consolidadas há pelo menos 5 (cinco) anos, mediante projeto de modificação, aprovado pelo órgão
Municipal competente, segundo as disposições desta lei e regulamentos específicos.

CAPÍTULO V
CRITÉRIOS E RESTRIÇÕES RELATIVOS AOS USOS QUE INDEPENDEM DO ZONEAMENTO
Seção I
Geradores de Poluição e Insegurança Ambiental

Art. 25. Os empreendimentos e atividades serão enquadrados quanto ao Nível de Poluição e Segurança Ambiental, segundo as categorias de uso do
solo, referidas no art. 4º, com base no Quadro 3.3, do Anexo III e nas disposições do Código Municipal do Meio Ambiente.

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A aprovação de usos com emissão de ruído de Nível Baixo e Médio, somente, se dará mediante a apresentação de solução para mitigação da
poluição sonora.
Os usos com nível de emissão de ruído de Nível Alto deverão ser objeto de Autorização para Emissão Sonora acompanhada da relação,
apresentada pelo empreendedor, dos equipamentos ou aparelhos geradores de sons e ruídos, com especificação dos níveis de ruídos e sons que
serão emitidos e o projeto de condicionamento acústico.

Art. 26. A aprovação dos usos emissores de resíduos sólidos somente se dará observadas as disposições deste artigo.
A aprovação de usos com emissão de resíduos sólidos de Nível Alto, somente, se dará mediante a apresentação de:
I. estudos geológicos, enfocando as questões de riscos de deslizamentos, contaminação do solo, subsolo e recursos hídricos superficiais e
subterrâneos por resíduos sólidos;
II. projeto de acondicionamento;
III. plano para transporte, tratamento e disposição final dos resíduos em unidades devidamente licenciadas pelo órgão de controle ambiental e
compatível com sua classificação (classe I, II ou III) conforme as normas federais e estaduais vigentes;e
IV. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos pautado nos princípios da não geração, minimização, reutilização, reciclagem, tratamento e
disposição final, observada esta ordem, conforme estabelecido na legislação vigente.
A aprovação de usos com emissão de resíduos sólidos de Nível Médio, somente, se dará mediante a apresentação dos documentos indicados nos
incisos I, II, e III, do
A aprovação dos usos com emissão de resíduos sólidos de Nível Baixo, somente se dará mediante a apresentação dos estudos indicados no inciso
I,
A aprovação dos usos com geração de resíduos sólidos em quantidades de até 500 l/dia dar-se-á somente se prevista sua armazenagem em local
de fácil acesso para a coleta.
A aprovação dos usos geradores de resíduos sólidos em quantidades acima de 500 l/dia dependerá da disposição de local apropriado para
armazenamento e coleta dos diversos tipos de resíduos.
Art. 27. A aprovação dos usos emissores de efluentes líquidos somente dar-se-á, se atendidas as disposições deste artigo, observado o
disposto na legislação ambiental.
A aprovação de usos com emissão de efluentes líquidos de Nível Alto somente dar-se-á mediante a apresentação de:
I. estudos geológicos enfocando as questões de riscos de deslizamentos, contaminação do solo, subsolo e recursos hídricos superficiais e
subterrâneos por efluentes líquidos;
II. projeto de sistema de coleta separada dos efluentes, segundo sua origem e natureza (orgânico ou inorgânico), e de tratamento para
compatibilizar seu lançamento na rede de esgoto ou em curso d' água, segundo a legislação federal e estadual vigente;
III. plano de gerenciamento de uso de água e geração de efluentes, além de medidas visando à redução do consumo e/ou reuso da água,
quando as atividades gerarem efluentes em volume superior a 2000 l/dia;
IV. plano para atendimento a situações de emergência no caso de acidentes ambientais, especialmente em casos de vazamentos e
derramamentos em que haja potencial contaminação do solo, de águas superficiais e/ou subterrâneas.
A aprovação dos usos com emissão de efluentes líquidos de Nível Médio somente dar-se-á, se apresentados os documentos previstos nos incisos I,
II e III, do
A aprovação dos usos com emissão de efluentes líquidos de Nível Baixo somente dar-se-á, se apresentada e comprovada a implementação do
sistema de coleta previsto no inciso II, do .
Art. 28. A aprovação de usos que gerem emissões atmosféricas somente dar-se-á, se atendidos os padrões primários da qualidade do ar e níveis de
emissão estabelecidos na legislação ambiental.

29. As construções novas, ampliações, reformas ou substituições de uso estarão sujeitas aos critérios e restrições relativos ao impacto ambiental.
Parágrafo único - Em qualquer momento em que haja negligência quanto ao atendimento dos critérios e restrições relativos ao impacto ambiental, a
atividade terá o seu licenciamento cassado, após análise do Órgão Ambiental e decorrido o prazo de 01 (um) mês de notificação, sem que sejam
cumpridas as devidas exigências.

Seção II
Geradores de Tráfego

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Art. 30. São considerados Pólos Geradores de Tráfego os usos urbanos que, pela sua capacidade de atração e geração de viagens, causam reflexos
negativos na circulação viária, demandando parâmetros diferenciados para exigências mínimas relativas aos acessos de veículos e pedestres, às
áreas para acumulação de veículos, estacionamentos, embarque e desembarque de passageiros, carga e descarga de mercadorias.

Art. 31. Dependendo de sua área de influência, os Pólos Geradores de Tráfego podem ser de Nível Local, Municipal ou Regional e, conforme
estabelecido no Quadro 2.2, Anexo II e 3.4 do Anexo III, se enquadram como:
I. Tipo P1, configurados por atividades com área de influência de Nível Local, funcionando em empreendimentos de pequeno e médio portes;
II. Tipo P2, configurados por atividades com área de influência de Nível Municipal, funcionando em empreendimentos de pequeno e médio
portes;
III. Tipo P3, configurados por atividades com área de influência de Nível Regional, funcionando em empreendimentos de médio e grande portes.

Nos empreendimentos onde está previsto o funcionamento de dois ou mais Tipos, serão consideradas as exigências estabelecidas para cada um,
separadamente.
Para os Pólos Geradores de Tráfego, dos tipos P2 e P3, o Poder Executivo exigirá que o responsável arque com todas as despesas provenientes das
melhorias públicas e da execução de obras ou serviços públicos relacionados à operação do sistema viário, necessários à qualificação da estrutura
urbana para sua implantação, abrangendo os seguintes aspectos:
I. adaptação geométrica do sistema viário do entorno;
II. sinalização viária horizontal e vertical de regulamentação, advertência, orientação e semafórica;
III. adaptação e/ou complementação do sistema viário inserido no entorno imediato atingido pelo empreendimento, conforme avaliação do órgão
municipal competente;
IV. implantação de sistemas e equipamentos necessários à:
a) circulação no entorno do Pólo, em especial de apoio ao transporte público;
b) monitoramento e gerenciamento de trânsito.

III
que requerem Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

Art. 32. Entende-se por Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) o documento técnico que deverá ser elaborado e submetido à aprovação do órgão
licenciador, quando do pedido de licenciamento para construção, reforma, ampliação ou para o funcionamento de atividades previstas nesta Lei e no
Código Municipal do Meio Ambiente.

Art. 33. Os usos submetidos à aprovação do EIV são:


I. os classificados como geradores de Poluição Ambiental de nível médio (M) e alto (A), constantes do Quadro 3.3, do Anexo III, em áreas
residenciais;
II. os Conjuntos Habitacionais, a partir de 500 (quinhentas) unidades;
III. o parcelamento do solo com área superior a 20.000 m(vinte mil metros quadrados);
IV. os Pólos Geradores de Tráfego (PGT), tipos P2 e P3, conforme o Quadro 3.4 do Anexo III;
V. os situados em áreas de proteção ambiental.

Art. 34. O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá conter, no mínimo:


I. planta gráfica, delimitando a área sob impacto do uso, inserindo, no mínimo, os imóveis da quadra em questão, bem como da quadra oposta
em relação à via pública, as vias utilizadas para estacionamento de veículos e as que lhe dão acesso, desde o sistema viário principal, considerando
os imóveis lindeiros a este, indicando o uso do solo, localização e porte da vegetação, localização dos monumentos tombados ou de valor histórico e
cultural;
II. análise quanto ao adensamento habitacional, por meio do cálculo da densidade prevista do empreendimento, que não deverá exceder a
prevista no Plano Diretor;
III. análise quanto à capacidade de atendimento das redes de infra-estrutura (esgoto, água, telefone, drenagem, energia elétrica, gás canalizado)
em face da demanda adicional gerada, solicitando parecer das concessionárias;
IV. análise quanto à demanda gerada no tráfego e no sistema de transporte e o atendimento do sistema viário do entorno, a capacidade do
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estacionamento e dos acessos;
V. análise quanto às alterações no meio ambiente: emissões atmosféricas, ruídos, efluentes líquidos e sólidos e risco de segurança, bem como
movimentos de terra;
VI. análise quanto ao impacto em relação às atividades vizinhas, referente ao uso e ocupação do solo e às demandas por equipamentos urbanos
e comunitários, adensamento populacional, geração de empregos e alterações no valor dos imóveis e na economia local;
VII. análise de compatibilidade com a paisagem urbana, com o patrimônio natural e cultural;
VIII. anuência das associações locais, que representem os moradores da área sob impacto, legalmente reconhecidas há pelo menos 02 (dois)
anos.
O EIV deverá ser elaborado por profissionais habilitados nas áreas de interesse da análise.
No documento técnico deverão ser apontadas medidas mitigadoras dos impactos considerados negativos, as quais serão submetidas à avaliação do
órgão responsável pelo licenciamento de construção e atividades do Município.
O proprietário e/ou interessado na implantação do uso arcará com o ônus para a execução das medidas mitigadoras julgadas cabíveis.
O EIV deverá ser apresentado juntamente com os elementos gráficos exigidos, conforme estabelecido nesta lei.
Art. 35. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), requerida nos termos da
legislação ambiental.

IV
na Morfologia dos Terrenos e nos Recursos Hídricos

Subseção I

Art. 36. Os empreendimento que impliquem em desmatamentos deverão observar as disposições previstas no Código Ambiental e também nesta Lei.

É proibido o desmatamento mediante queima, uso de produtos químicos desfolhantes, herbicidas ou substâncias que possam dizimar, por
envenenamento, a flora, a fauna ou as colônias de microorganismos do solo.
Serão obrigatórias a preservação do recobrimento vegetal com função de sustentação de encostas e de proteção de nascentes e cursos d' água e a
proteção das encostas desmatadas com tecnologias de fixação do solo apropriadas.
Subseção II

Art. 37. As escavações deverão atender às seguintes exigências:


I. não prejudicar cotas de soleiras, acessibilidade de pedestres e veículos, passeios, logradouros públicos, planos e programas de urbanização já
previstos;
II. não causar prejuízo a mananciais hídricos, a áreas verdes e a áreas de significação paisagística;
III. não utilizar soluções técnicas que provoquem o bloqueio da drenagem pluvial, o carreamento de matéria sólida para as vias públicas e
acumulação das águas de chuva.
Parágrafo único - Os patamares e taludes deverão receber tratamento de drenagem adequado e serem protegidos com revestimento vegetal,
gramíneas ou vegetação de outras espécies.

III

Art. 38. As terraplenagens deverão obedecer aos critérios estabelecidos para desmatamento e escavações, quando for o caso, observando a
estabilidade dos taludes e bordos de encostas.
Parágrafo único - Nenhuma obra subseqüente à terraplenagem será permitida, enquanto não for comprovada a sua conclusão.

Subseção IV
nos Recursos Hídricos

Art. 39. As intervenções nos cursos ddeverão atender às exigências das leis estaduais e municipais, e somente poderão ser realizadas com a
autorização dos órgãos competentes.
12/32
Não obstante o disposto no caput deste artigo, as intervenções nos cursos dnão poderão:
I. comprometer o curso de água, de qualquer maneira, a montante e/ou a jusante do barramento ou reservatório;
II. provocar poluição do solo, da atmosfera e das águas a montante ou a jusante do barramento ou reservatório resultante;
III. provocar danos à presença humana, à fauna e à flora da região.

Parágrafo único. As intervenções deverão atender aos critérios aplicáveis a desmatamento, escavações e terraplenagens, quando ocorrerem com
estes empreendimentos.
Seção V
de Vias
Art. 40. Toda via a ser aberta, integrante ou não de parcelamento, será enquadrada em uma das categorias constantes da Lei do Plano Diretor,
devendo obedecer aos padrões técnicos constantes do Quadro 3.5 do Anexo III.
Quando da abertura de vias, deverão ser assegurados espaços, passeios e/ou quaisquer logradouros exclusivos para pedestres, de modo a propiciar
segurança contra veículos motorizados e mecânicos.
Os espaços destinados a pedestres deverão assegurar a circulação de pessoas portadoras de necessidades especiais, através da adequação do
projeto às necessidades do usuário atendendo à legislação específica.
As vias deverão ser arborizadas em toda a sua extensão, conforme projeto apresentado juntamente com o projeto viário.
A abertura de vias deverá incluir o mobiliário urbano necessário, nos espaços destinados a pedestre, tais como bancos, abrigos em pontos de
parada de transporte coletivo, locais para caixa de correio, pontos destinados a hidrantes anti-incêndio, coletores de lixo e, quando julgado
conveniente, pelo órgão competente, instalações sanitárias e previsão de instalação móveis e pontos para comércio ambulante.
Quando da abertura de vias fica limitado o desmatamento tão somente às áreas absolutamente necessárias à implantação das vias e seus
equipamentos.
Quando houver necessidade de remanejamento das redes de serviços públicos existentes ou da implantação de novas redes, a nova localização
dar-se-á em áreas próprias, em um dos lados da via e protegidas contra impactos e esforços atuantes, devendo as faixas, onde se implantarem
essas redes, ser recobertas, de preferência, por vegetação, para favorecer a sua conservação e manutenção.
O projeto de drenagem deverá atender a vazões máximas resultantes das chuvas criticas na área.
Art. 41. Os projetos para abertura de vias, integrantes ou não de parcelamento, atenderão às condições estabelecidas neste Código:
O acesso aos terrenos lindeiros e às Vias Arteriais I (VA-I) somente será permitido através da Via Marginal (VM), devendo ser reservada faixa para
sua implantação, dentro do próprio terreno;
Caso as condições topográficas não permitam a implantação da VM, o acesso aos empreendimentos lindeiros dar-se-á através de sistema viário
interno existente ou projetado, hipótese em que será exigido recuo mínimo frontal de 14,00m (quatorze metros), contados a partir do bordo externo da
pista de rolamento.
O acesso lindeiros às Vias Arteriais II (VA-II) poderá ser direto.
As vias de circulação de veículos situadas em regiões acidentadas poderão ter rampas de até 15% (quinze por cento) em trechos não superiores a
100,00m (cem metros).
O raio mínimo de concordância do alinhamento entre Vias Locais (VL) será de 5,00m (cinco metros), e o do alinhamento destas com as vias de
hierarquia imediatamente superior será de 6,00m (seis metros).
As vias sem saídas deverão:
I. garantir que no leito carroçável do dispositivo de retorno possa ser inscrito um círculo de raio igual ou superior à largura da via;
II. contornar todo o perímetro do dispositivo de retorno por passeios com largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros),
respeitada a largura do passeio da via que lhe dá acesso;
Em avenidas ou ruas, com existência de canteiro central, a posteação das redes de distribuição de energia elétrica, deverá ser implantada nos dois
lados, não sendo permitida a instalação de postes no interior do canteiro, nem o cruzamento de fios elétricos, isolados ou não.
Em áreas não caracterizadas como de interesse social, os padrões de entrada de energia elétrica, deverão ser fixados em muros ou nas paredes das
unidades de consumo, e tão somente nessas áreas será permitido o uso de kits metálicos implantados isoladamente.
Em áreas arborizadas, localizadas em parques e no entorno de praças, as redes de distribuição de energia elétrica deverão ser executadas com
cabos e fios isolados.
Art. 42. As vias existentes ou projetadas serão enquadradas por ato do Poder Executivo, acompanhado de mapas e plantas elucidativas, em
obediência às categorias e características referidas no Plano Diretor e constantes do Quadro 3.5, do Anexo III.
Seção VI
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e Garagens
Art. 43. O estacionamento em vias públicas atenderá:
I. ao disposto no Quadro 3.5, do Anexo III;
II. determinações do Poder Executivo em alterar as condições contidas no Quadro mencionado, desde que pautadas em decisões técnicas
justificadas, sob a responsabilidade do órgão disciplinador da circulação urbana.
Art. 44. O número de vagas corresponderá ao estabelecido no Quadro 3.6, do Anexo III e poderá ser oferecido na forma de estacionamento ou de
garagem.
Para a instalação de atividades em edificações existentes, anteriormente à vigência desta Lei, o empreendedor poderá, na impossibilidade de
atendimento, na própria edificação, à quantidade de vagas de que trata o artigo anterior, oferecê-las em outra área, desde que localizadas a uma
distância máxima de 400,00m (quatrocentos metros) e seja legalmente vinculada à edificação.
Desobrigam-se das exigências de vagas para estacionamento de veículos os usos residenciais, nas seguintes condições:
I. em vilas, cujo acesso ao logradouro tenha largura inferior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);
II. quando o acesso for efetuado por vias de circulação de pedestres.

Art. 45. Os estacionamentos e garagens atenderão, quanto aos acessos e à circulação interna, às normas e critérios estabelecidos, respectivamente,
nos Quadros 3.7 e 3.8, do Anexo III.
Art. 46. Os empreendimentos de estacionamentos e garagens deverão atender a todas as exigências do Quadro 3.4, do Anexo III, referentes a Pólos
Geradores de Tráfego (PGT).

VII
de Compatibilidade Locacional dos Usos

Art. 47. A localização dos usos do solo deverá estar em acordo com critérios de compatibilidade locacional:
I. relativos à via de acesso, constantes do Quadro 3.9, do Anexo III;
II. relativos à distância entre usos, constantes do Quadro 3.10, do anexo III.
Seção VIII
para Aplicação de Parâmetros Urbanísticos
Art. 48. Não serão computadas, para efeito da aplicação do Coeficiente de Ocupação (Co), as seguintes áreas:
I. marquise, cuja projeção ocupe, no máximo, metade do recuo frontal mínimo estabelecido;
II. abrigo de medidores, abrigo de coletores de lixo e de hidrantes, caixa e tubos de água, esgoto e energia, reservatório enterrado, abrigo de
bombas e central de gás;
III. acessos à edificação ou passagens externas, cuja largura ou soma das larguras não ultrapasse 1/6 da testada, observando a largura máxima
de 3,30 m;
IV. bilheterias, portarias, guaritas, desde que o somatório de suas áreas úteis cobertas seja menor que 0,5% (meio por cento) da área ocupada
pela edificação, respeitando o limite máximo de 10,00m(dez metros quadrados) e respeitada a condição estabelecida no inciso III deste artigo;
V. placas com nome ou número da edificação, muros, bancos, espelhos d'água, equipamentos descobertos de lazer, inclusive piscinas;
VI. estacionamento descoberto ou em pérgula;
VII. saliências, de até 0,50 m (cinqüenta centímetros) de profundidade;
VIII. balanços, até a profundidade de 0,50m (cinqüenta centímetros), desde que correspondam a varandas, balcões e jardineiras e somente
aplicáveis ao recuo frontal;
IX. beiral, até a profundidade de 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
X. cobertura de tanques e pequenos telheiros, inclusive quiosques, desde que a área ou somatório das áreas, seja igual ou inferior a 4,00 (quatro
metros quadrados);
XI. saída de incêndio situada fora da projeção da edificação;
XII. rampas, passarelas e escadas de acesso à edificação, desde que correspondam, no máximo, à metade da área do recuo, não se admitindo
cobertura.
Art. 49. Serão computadas, para o cálculo dos Coeficientes de Aproveitamento, todas as áreas úteis da edificação, exceto:
I. garagens;
II. circulação vertical comum;
14/32
III. equipamentos e instalações especiais, tais como abrigo de medidores, abrigo de bombas e central de gás;

Art. 50. Poderão situar-se na área de recuo:

I. marquise, somente no pavimento térreo, no máximo, metade do recuo;


II. abrigo de medidores, abrigo de coletores de lixo, de hidrantes; caixa e tubos de água, esgoto, energia; reservatório enterrado; saída de
incêndio (na parte exterior à projeção da edificação) e abrigo de bombas;
III. acessos à edificação ou passagens externas, com pérgolas vazadas, com o mínimo de 50% (cinqüenta por cento) da área, ou cobertas,
sendo a largura dos acessos ou soma destes, igual ou menor que 1/6 (um sexto) da testada do terreno e a largura de cada passagem entre 1,00m
(um metro) e 3,00m (três metros);
IV. bilheterias, portarias, guaritas, desde que o somatório de suas áreas úteis cobertas seja menor que 0,5% (meio por cento) da área ocupada
pela edificação, respeitando o limite máximo de 10,00m(dez metros quadrados);
V. placas com nome ou número da edificação, muros, bancos, espelhos d'água, equipamentos descobertos de lazer, inclusive piscinas;
VI. rampas, passarelas e escadas de acesso da rua à edificação, desde que correspondam, no máximo, à metade da área do recuo, não se
admitindo cobrir qualquer cômodo da edificação;
VII. estacionamento descobertos, desde que seja mantido livre acesso para pedestres, com largura mínima de 2,00m (dois metros).

Art. 51. Os recuos laterais e de frente, exigidos quando da implantação das edificações, atenderão aos critérios e restrições constantes do ANEXO III,
Quadro 3.1.

CAPÍTULO VI
TERRENOS A SEREM EDIFICADOS
Art. 52. Qualquer empreendimento só poderá ser implantado em terreno ou lote resultantes de parcelamentos aprovados pelo Poder Executivo e que
façam frente para logradouro público.
Parágrafo único - Não obstante o disposto no caput deste artigo, os terrenos poderão ser edificados:
I. quando alagadiços ou sujeitos a inundação, depois das correções feitas com base em parecer do órgão competente;
II. quando aterrados com materiais nocivos à saúde, depois de devidamente saneado, com parecer do órgão competente;
III. quando pertencentes a reservas naturais e/ou próximo a mananciais, depois do parecer do órgão ambiental e respeitada toda a legislação
pertinente;
IV. quando em solos especiais, depois da apresentação de laudo técnico, expedido por profissional ou firma habilitada, registrados no Conselho
Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA-BA) que assinará, junto ao proprietário do terreno, termo de responsabilidade quanto a
danos de qualquer natureza que venham causar a pessoas, bens públicos ou de terceiros;
V. quando em zonas de proteção do entorno de edificações militares, zonas de proteção de aeroportos, aeródromos e heliportos, depois de
consultados os órgãos competentes e obedecidas as legislações pertinentes.

Art. 53. Toda obra de edificação só poderá ser iniciada depois de comprovada a conclusão das obras relativas aos empreendimentos de intervenção
nas características do terreno.
Art. 54. Os terrenos ou lotes não edificados, existentes antes da vigência desta Lei, poderão ser edificados com as dimensões de seu título, sendo
observadas as demais disposições desta Lei.
Art. 55. Toda edificação só poderá ser executada em observância ao alinhamento e nivelamento do logradouro para o qual esteja voltada, fornecidos
pelo Poder Executivo.
Art. 56. Será admitido mais de um uso num mesmo terreno, desde que sejam obedecidos os demais critérios e restrições de uso e ocupação zonais e
de compatibilidade locacional, estabelecidos por esta Lei.
Art. 57. Serão analisados, quanto ao impacto que causam na paisagem urbana, os empreendimentos que apresentem as seguintes características:
I. gabarito de altura superior a 20 (vinte) pavimentos;
II. fachada com extensão superior a 60,00m (sessenta metros);
III. construída superior a 10.000,00m(dez mil metros quadrados), em edificações com apenas um bloco;
IV. construída superior a 20.000,00m(vinte mil metros quadrados), em edificações com mais de um bloco;
V. empreendimentos de uso residencial com mais de 100 (cem) unidades, ou que ocupem mais de uma quadra;
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VI. corte de terreno superior a 10,00m (dez metros).

TÍTULO III
OBRAS E EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
INTRODUTÓRIAS
Art. 58. Toda e qualquer obra de urbanização, reurbanização, construção, demolição, reforma e ampliação efetuada, a qualquer título, no Município é
regulada por esta Lei e Anexo V - Parâmetros Técnico para Obras e Anexo VI - Multas por Infrações.
Art. 59. Os projetos de novas construções, de abertura e ligação de novos logradouros ao sistema viário urbano e de abertura de novos loteamentos
urbanos, com potencial de dano ou degradação ambiental, remoção de vegetação nativa e extinção de habitats ou, ainda, envolvendo movimentos de
terra, mesmo de iniciativa do Poder Público, deverão ser licenciados em acordo com as disposições do Código Municipal do Meio Ambiente e deste
Código.
Art. 60. As edificações destinadas a abrigar atividades de caráter temporário, também, estão obrigadas a observar os parâmetros estabelecidos neste
Código, relativos à conforto, segurança e higiene, bem como normas específicas, segundo a natureza da atividade.

II
CONDIÇÕES GERAIS DAS EDIFICAÇÕES

Art. 61. Os projetos de construção e reforma de edificações, bem como as demolições, deverão atender a padrões mínimos de segurança, conforto e
salubridade, previstos em normas técnicas fixadas pela legislação pertinente e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), observadas
ainda as disposições constantes do Anexo V- Parâmetros Técnicos para Obras, incluído o Quadro 5.1, desta Lei.
Art. 62. As Habitações de Interesse Social (HIS) poderão ser objeto de especificações mínimas compatíveis com a sua realidade socioeconômica, por
definição do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, mediante Resolução, com anuência do Conselho Municipal de Habitação Popular.
Parágrafo único. Não obstante o disposto no caput deste artigo, a quota mínima de conforto, de 10,00m2 (dez metros quadrados) por pessoa
estabelecida neste Código, deverá sempre ser observada para a unidade residencial.
Art. 63. Os prédios com instalações classificadas como especiais deverão atender, também, às normas técnicas e disposições específicas,
regulamentadas pela Administração Municipal.

64. As edificações tombadas devem atender às disposições específicas da legislação pertinente e às disposições administrativas editadas pelos
órgãos competentes.
Parágrafo único. As modificações nas edificações tombadas, com fundamento neste Código e na Lei de Tombamento, deverão ser submetidas à
apreciação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e do Conselho Municipal de Cultura, quando o tombamento for instituído por lei
municipal.
TÍTULO IV
LICENÇAS E DA FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
INTRODUTÓRIAS
Art. 65. Os projetos de empreendimentos de urbanização e de obras e o exercício de atividades deverão ser licenciados em três fases, com
fundamento no poder de polícia:
I. Alvará de Localização - correspondente à Análise de Viabilidade, realizada com caráter urbano-ambiental, tendo por objetivo verificar a
legalidade e a conveniência de atividades em uma dada localização;
II. Alvará de Implantação - correspondente à Licença de Execução de Obras de Urbanização e de Edificação e ao Alvará de Construção, que tem
por objetivo assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade e conforto, bem como o cumprimento dos
condicionamentos urbanísticos e ambientais estabelecidos no Alvará de Localização, consignados no respectivo procedimento administrativo,
destinando-se à avaliação dos projetos executivos, e
III. Alvará de Operação - correspondente ao Habite-se, que tem por objetivo verificar a fiel execução do projeto, em relação aos
condicionamentos urbanísticos, ambientais e de habitabilidade estabelecidos pelo Alvará de Implantação, consignados no respectivo procedimento
administrativo, destinando-se a liberar a construção ou o empreendimento para o respectivo uso.

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Parágrafo Único: Na concessão dos alvarás de implantação e de operação deverá ser observada a adequação das edificações às Normas de
Proteção Contra Incêndio e Pânico, nos termos da lei.
Art. 66. Os Alvarás serão expedidos mediante recolhimento das taxas municipais, definidas na legislação tributária, acrescidas, do ressarcimento dos
custos de transporte, porventura despendido para a sua expedição, e pagamento, se necessário, de assessoria técnica especializada, quando o
Poder Público não dispuser, em seus quadros, de profissional habilitado para avaliar o processo.

Parágrafo único. Quando a obra se tratar de empreendimento residencial, em zona de uso predominantemente residencial, o Alvará de Localização
poderá ocorrer simultaneamente ao Alvará de Implantação, exigindo uma única taxa.

CAPÍTULO II
RESPONSABILIDADES E HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 67. A execução de obras, inclusive de demolição, somente poderá ser iniciada, depois de concedidas as respectivas licenças, mediante os
competentes alvarás.
Parágrafo único. Para os fins de fiscalização, são atividades que caracterizam o inicio de uma construção, isoladamente ou em conjunto:
I. o nivelamento do terreno;
II. a abertura de cavas para fundações;
III. colocação de tapumes; e
IV. o início de execução de fundações.
Art. 68. As obras somente podem ser licenciadas, mediante responsabilidade técnica assumida por profissionais legalmente habilitados.
1º Poderá ser dispensada a responsabilidade técnica por profissional habilitado, nos casos de projetos de habitação de interesse social, com área até
70 m2 (setenta metros quadrados), que serão fornecidos pelo Poder Executivo ou submetidos à sua orientação técnica.
2º Todo projeto de casa popular, não fornecido pelo Poder Público Municipal, deverá vir firmado por profissionais legalmente habilitados e
devidamente inscritos no CREA e na Prefeitura.
3º As unidades de um Condomínio ou Conjunto Habitacional não dispensarão a responsabilidade técnica por profissional legalmente habilitado.
4º As pequenas reformas executadas por pessoas físicas são dispensadas de responsabilidade técnica por profissional legalmente habilitado,
caracterizando-se como reparos gerais, nos casos em que:
I. sejam executadas no mesmo pavimento da edificação existente;
II. não exijam estrutura especial;

5º A execução de obras de edificação e de demolição de edifícios com mais de um pavimento deverá ser de responsabilidade de profissionais
legalmente habilitados.
6º Nenhum caso de dispensa de projetos corresponde à isenção da necessidade de um responsável técnico pela execução das obras, a menos que
assumida a responsabilidade técnica pelo Poder Executivo, nos casos de obras de interesse social.
7º Os autores de projetos submetidos à aprovação do Poder Executivo assinarão, conjuntamente com o proprietário, inclusive para a análise de
Viabilidade prévia (AVP), todos os elementos, cálculos, memorial descritivo e especificações que os compõem, assumindo sua integral
responsabilidade civil, a partir da data do protocolo do pedido de licença.
Art. 69. A autoria de projetos poderá ser assumida, ao mesmo tempo, por dois ou mais profissionais, que serão solidariamente responsáveis e
assinarão as plantas e memoriais, indicando função e formação profissional.
Art. 70. Perante o Poder Executivo, a responsabilidade dos autores de projetos tem início a partir da data do protocolamento do pedido de licença e a
do responsável pela obra, quando do seu início.
Art. 71. O responsável técnico pela execução de qualquer obra deverá executar os serviços, conforme o projeto aprovado pelo órgão competente,
devendo ainda:
I. zelar pela proteção e segurança dos que trabalham na obra, dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos logradouros e vias públicas;
II. colocar placa de identificação da obra, em local visível, conforme modelo definido pela Administração, contendo: o número do alvará das
licenças exigidas e as respectivas datas de emissão, número do registro do processo, os prazos de validade, nome dos profissionais, especificando
suas funções, conforme legislação profissional específica e o número de inscrição no órgão competente.
1º Ocorrendo, durante a execução da obra, alterações no projeto concebido e que estejam em desacordo com os dispositivos desta Lei, poderá o
responsável pelo projeto comunicar ao órgão competente a isenção de sua responsabilidade técnica, quanto às modificações inseridas
17/32
irregularmente, sem a sua autorização.
2º As alterações de responsabilidade técnica pela execução das obras, por desistência e/ou substituição, devem ser comunicadas, imediatamente e
por escrito, ao órgão municipal competente, pelo responsável técnico ou pelo proprietário da obra.
3º No caso de desistência de responsabilidade técnica, o requerente da licença tem o prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da data do recebimento
da notificação expedida pelo Poder Executivo, para indicar o novo responsável pela obra, sob pena de paralisação desta, até a solução da pendência
.
Art. 72. É vedada qualquer alteração no projeto, após a sua aprovação, sem o prévio e expresso consentimento do Poder Executivo, especialmente
dos elementos geométricos essenciais da construção.
Art. 73. A execução de modificações em projetos aprovados com licença ainda em vigor, que envolva partes da construção ou acréscimo da área ou
altura construídas, somente poderá ser iniciada, após a respectiva aprovação, sob pena de cancelamento da Licença já concedida, além de aplicação
das penalidades de embargos, interdição e multa.
Art. 74. Os construtores ou responsáveis técnicos pela execução das obras e os proprietários dos imóveis responderão, desde o início das obras por:
I. descumprimento dos projetos aprovados e condicionamentos estabelecidos pelo Poder Público e pela execução em desconformidade com os
projetos aprovados;
II. emprego eventual ou proposital de material inadequado, de má qualidade ou fora do especificado para a obra;
III. inconvenientes e riscos decorrentes da guarda, de modo impróprio, de materiais e equipamentos;
IV. incômodos ou prejuízos causados às edificações vizinhas, durante a execução de obras;
V. deficiente instalação do canteiro de obras;
VI. falta de precaução e acidentes que envolvam operários e terceiros;
VII. falta de responsável técnico; e
VIII. inobservância de qualquer das disposições deste Código, referente à execução das obras.
Parágrafo único. A responsabilidade de que trata este artigo se estende a danos causados a terceiros e a bens patrimoniais da União, do Estado ou
Município, em decorrência da execução de obras.
Art. 75. O responsável pela execução da obra, que infringir qualquer das normas deste Código, além das penalidades nele previstas, responderá,
perante o Poder Executivo, com suspensão da inscrição, pelo prazo de 1 (um) ano e, por 2 (dois) anos, no caso de reincidência.
Art. 76. O interessado na aprovação de projeto será responsável pela veracidade dos documentos referentes à titularidade do imóvel, não implicando
sua aceitação, por parte do Poder Executivo, em reconhecimento de direito de propriedade.
Art. 77. O proprietário do imóvel, ou seu sucessor, a qualquer título, é responsável pela manutenção das condições de estabilidade, de segurança e
de salubridade do imóvel, a partir de sua Licença de Operação ou Habite-se.
Art. 78. Só serão admitidos, como responsáveis técnicos por obra ou projeto de que trata esta Lei, os profissionais habilitados conforme a legislação
federal de regulamentação do exercício profissional e inscritos no órgão competente da Administração Municipal, mediante a apresentação dos
seguintes documentos:
I. o registro profissional pelo Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia (CREA) ou, quando pessoa jurídica, o registro do responsável
técnico da empresa;
II. o comprovante de quitação de Imposto Sobre Serviços (ISS);
III. o comprovante de regularidade com anuidade do CREA;
IV. cópia da Carteira de Identidade, ou, quando pessoa jurídica, a do responsável técnico da empresa;
V. Cartão do Cadastro das Pessoas Físicas da Receita Federal (CPF) ou, quando pessoa jurídica, do cartão de Inscrição do Cadastro Nacional
das Pessoas Jurídicas da Receita Federal (CNPJ).

III
LICENÇAS
Seção I

Da Documentação Necessária
Art. 79. Para requerer a licença, o interessado deverá apresentar, juntamente com o respectivo requerimento, assinado pelo proprietário do imóvel, os
seguintes documentos:

I. relativos ao interessado, quando pessoa jurídica:


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a) ato constitutivo, registrado no órgão competente;
b) cópia do Cartão de Inscrição do Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas da Receita Federal (CNPJ);
c) cópia da Carteira de Identidade do representante legal;
d) Contrato Social da firma;
e) inscrição da firma na Junta Comercial;
f) cópia do Cartão de Inscrição no Cadastro das Pessoas Físicas da Receita Federal (CPF) do representante legal; e
g) e título aquisitivo e/ou contrato de locação do imóvel, onde será exercida a atividade; ou título ou contrato aquisitivo do imóvel onde será
realizado o empreendimento.
II. relativos ao interessado, quando pessoa física:
a) cópia da Carteira de Identidade;
b) cópia do Cartão de Inscrição no Cadastro das Pessoas Físicas da Receita Federal (CPF);
c) comprovante de inscrição no órgão de classe, quando for o caso;
III. relativos ao imóvel:
a) título aquisitivo e/ou contrato de locação do imóvel, onde será exercida a atividade; ou título ou contrato aquisitivo do imóvel onde será
realizado o empreendimento.
b) certidão de ônus reais e indicação de servidões que gravem o imóvel;
c) prova de quitação dos tributos municipais relativos ao imóvel.
Seção II
do Projeto em Geral
Art. 80. Deverão ser fornecidos pelo interessado no projeto, independentemente do tipo de empreendimento ou atividade, os seguintes elementos:
I. cópia da Análise de Viabilidade Prévia (AVP), quando exigida nesta Lei;
II. peças gráficas, em número a ser fixado pelo Poder Executivo;
Planta de Localização do imóvel em croquis, em escala que permita o reconhecimento e a localização da área onde será realizado o
empreendimento ou atividade;
Planta de Situação nas escalas de 1:100 ou 1:200, contendo as seguintes informações:
a) limites do terreno com suas cotas exatas e posições de meios-fios;
b) curva de nível à eqüidistância de 1,00m (um metro);
c) orientação do terreno em relação ao norte magnético ou verdadeiro;
d) o sistema de vias de circulação com a respectiva hierarquia;
e) localização dos elementos naturais existentes: cursos dáguas correntes, dormentes, reservatórios, nascentes, cursos naturais de escoamento
das águas superficiais e espécies e porte da vegetação existente;
f) localização das construções existentes no terreno e vizinhas, com os respectivos números de porta, ou lotes, bem como das atividades que
nelas se exerçam;
g) indicação dos arruamentos contínuos a todo o perímetro da área de intervenção, bem como os principais eixos de comunicação;
h) indicação dos espaços abertos, equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas
distâncias da área objeto do empreendimento;
i) indicação do tipo de uso predominante a que o empreendimento se destina;
j) planta do loteamento quando se tratar de reloteamento ou modificação do projeto do loteamento;
k) em se tratando de construções pluridomiciliares, quadro de áreas elaborado em conformidade com as normas técnicas da ABNT (NBR 12721
ou outra que venha a substituí-la ou alterá-la).
1º A escala métrica referida no inciso III, poderá ser substituída por outra mais compatível com as dimensões do empreendimento projetado, sem
prejuízo da clareza das peças gráficas, para perfeito entendimento do projeto.
2º Na peça gráfica, havendo diferença entre a aferição em escala e a cota correspondente, prevalecerá esta última, tolerada margem de erro de 5%
(cinco por cento).
3º A planta de situação deverá ser apresentada em separado das demais peças gráficas, em prancha medindo 21,5 x 29,7cm (A 4) ou dimensão
maior, caso o porte do empreendimento assim justifique.
4º Os documentos técnicos e as plantas requeridos serão apresentados impressos e, sempre que possível, também em meio magnético.
Art. 81. Para a representação gráfica dos projetos, deverá ser utilizado material e técnica adequados, observadas as normas da ABNT para desenho
e as cópias deverão ter a clareza necessária ao perfeito entendimento do projeto.
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82. Nenhuma peça gráfica poderá apresentar emendas ou rasuras que alterem o projeto, admitindo-se correções de cotas em tinta vermelha,
descritas, datadas e assinadas pelo autor do projeto e visadas pelo técnico responsável pela análise.
83. Os projetos relativos à execução de reforma ou ampliação deverão observar as seguintes convenções:
I. partes da edificação a serem mantidas - em linhas cheias;
II. partes a demolir - linhas tracejadas;
III. partes a executar - linhas cheias com sombreado.
Parágrafo único. As convenções estabelecidas neste artigo serão representadas nos originais das peças gráficas.
Art. 84. Em qualquer fase do licenciamento ou durante a execução da obra, poderá a Administração Municipal determinar a anexação ao processo
das plantas relativas ao projeto estrutural e/ou de instalações e memorial descritivo, contendo as soluções técnicas adotadas para o
empreendimento.
Art. 85. Sempre que, para implantação da edificação, resultarem aterro ou corte no terreno, superiores a 4,00m (quatro metros), será obrigatória a
apresentação de justificativa, acompanhada de peças gráficas indicativas do movimento de terra e do projeto estrutural do sistema de contenção, que
deve assegurar a estabilização dos terrenos lindeiros, os dispositivos de drenagem e o tratamento de recomposição e recobrimento vegetal.
86. O projeto de instalações contra incêndio e pânico será exigido conforme o estabelecido em legislação específica.
Art. 87. Para o requerimento do licenciamento para instalação de suportes para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção
móvel celular e de estações de rádio - base (ERB) e equipamentos afins, além dos documentos descritos no artigo 79 e dos elementos do projeto em
geral, previstos no art. 80 deste Código, serão necessários os seguintes documentos:

I. Registro da estação de radio base (ERB) junto à Agência Nacional de Telecomunicação (ANATEL);
II. Parecer favorável do Comando Aéreo Regional - COMAR

III. Planta cadastral, contendo todos os elementos existentes num raio de 500 (quinhentos) metros do centro do suporte para a antena, assinada
por responsável técnico, devidamente habilitado no Órgão de classe;

IV. Projeto de urbanização e paisagismo da área, assinado por responsável técnico, devidamente habilitado no Órgão de classe;

V. Laudo técnico assinado por responsável técnico, devidamente habilitado no Órgão de classe, quando a instalação for proposta sobre
edificação já existente;

Subseção I
Reloteamento, Loteamento e Urbanização de Interesse Social, Urbanização e Condomínios Horizontais e Conjuntos Habitacionais

Art. 88. São elementos complementares, a serem fornecidos pelo interessado, quando do licenciamento, impressos e em meio magnético, os
documentos abaixo especificados, de acordo com o projeto apresentado, conforme regulamento do Poder Executivo:

I. descrição sucinta do empreendimento, com as suas características específicas em relação à zona ou zonas de uso predominante;
II. condições urbanísticas do empreendimento e limitações que incidem sobre os lotes ou frações ideais, além daquelas constantes das diretrizes
fixadas;
III. indicação e descrição das áreas livres de uso público e das áreas e/ou edificações que passarão ao domínio do Município no ato de registro
do empreendimento;
IV. enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, existentes no empreendimento e nas
suas adjacências;
V. planta gráfica, na escala de 1:1.000, contendo:
a) subdivisões em quadras e/ou lotes, quando houver, com suas respectivas dimensões, numeração e áreas;
b) sistema de vias de circulação com a respectiva hierarquia, áreas livres de uso público e áreas institucionais e sua articulação com o sistema
viário oficial;
c) os locais de estacionamento ou guarda de veículos, com indicações dos elementos construtivos existentes;
d) dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias de circulação;
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e) perfis longitudinais e transversais de todos os logradouros, utilizando escala horizontal de 1:1.000 e escala vertical de 1:100;
f) indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento, localizados nos ângulos ou curvas das vias projetadas e amarrados à referência de nível
identificável;
g) indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais;
VI. indicação em planta das coordenadas cartesianas segundo o Sistema Cartográfico adotado pelo Município;
VII. projetos executivos, contendo:
a) projeto do sistema de coleta, tratamento e despejo de águas servidas e respectivas redes, devidamente aprovado pelos órgãos e entidades
públicas competentes;
b) projeto de iluminação pública, aprovado pelos órgãos ou entidades públicas competentes;
c) projeto do sistema de escoamento de águas pluviais;
d) projeto de guias, sarjetas, programação e arborização dos logradouros públicos;
e) projeto de ajardinamento e arborização das áreas livres, representando a terraplenagem, a arborização, cobertura vegetal e preservação de
bosques naturais, quando existentes;
f) projeto do sistema de captação e tratamento de água potável, aprovado pelos órgãos públicos competentes; e
g) projeto da rede de distribuição de água potável aprovado pela concessionária do serviço.
VIII. Memorial descritivo, contendo as especificações e soluções técnicas adotadas;
IX. Quadro Geral de Áreas com suas respectivas destinações.
Parágrafo único. Quando os projetos referirem-se a Condomínios Horizontais e Conjuntos Habitacionais, o valor será apresentado em metros
quadrados de cada fração ideal, contendo a população estimada e o perfil de desempenho da estrutura urbana existente quanto às demandas de
transportes e sistema viário, abastecimento, equipamentos institucionais e infra-estrutura em rede.
Subseção II
Públicos em Áreas Abertas

Art. 89. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para estes empreendimentos, os seguintes
documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. projeto de ocupação global da área, destacando as modalidades de circulação e de utilização de áreas e equipamentos, com previsão de sua
utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais;
II. projeto de iluminação pública, aprovado pelos órgãos ou entidades públicas competentes;
III. projeto do sistema de escoamento de águas pluviais;
IV. projeto de guias e sarjetas;
V. projeto de ajardinamento e arborização, representando a terraplenagem, a arborização, a cobertura vegetal e a preservação de bosques
naturais, quando existentes;
VI. sondagens, a critério da Administração Municipal;
VII. projetos arquitetônicos completos das edificações previstas, conforme requisitado por esta Lei;
VIII. projeto estrutural e projetos executivos das instalações complementares de água e esgotamento sanitário previstos;
IX. memoriais descritivos e justificativos correspondentes a cada projeto.

Parágrafo único. Compreendem-se como equipamentos públicos em áreas abertas, as praças, largos, parques, campos e quadras esportivas,
utilizados para o convívio social, o lazer, a prática de esportes, a realização de eventos e a recreação da população, com suas áreas livres de uso
público, ajardinadas ou não, e construções permanentes ou provisórias.
Subseção III

Art. 90. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para o desmatamento, os seguintes
documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. planta, na escala 1:1.000, atendendo ao solicitado na Análise de Viabilidade Prévia (AVP);
II. plano e projeto de implantação dos empreendimentos que serão implantados na área onde se efetuará o desmatamento;
III. projeto de recuperação vegetal das áreas do entorno, que venham a ser utilizadas para canteiro de obras ou atingidas pela terraplenagem;
IV. memorial das soluções técnicas adotadas para evitar o carreamento de materiais sólidos provenientes das áreas desmatadas, para não
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prejudicar o sistema de drenagem da área e das vias públicas.
Subseção IV

Art. 91. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para escavações, os seguintes
documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. planta, na escala 1:1.000, atendendo ao solicitado na Análise de Viabilidade Prévia (AVP);
II. especificações da localização, do volume a ser retirado, do destino e tipo de material a ser escavado, bem como do objeto da escavação;
III. nas encostas ou bordas de encostas, estudos especiais comprovando a segurança das escavações durante e após a sua execução, quanto a
escorregamentos e eventuais danos de qualquer natureza a logradouros ou a bens públicos e privados;
IV. em rochas, apresentação de plano de trabalho constando a programação e medidas de segurança para as detonações e memorial
demonstrando a segurança das soluções técnicas adotadas quanto ao material projetado por explosões, abalos de edificações públicas ou privadas,
danos de qualquer natureza a pessoas, a bens públicos ou particulares e quanto ao nível de ruído;
V. perfis longitudinais e transversais de todos os logradouros utilizando escala horizontal de 1:1.000 e escala vertical de 1:100;
VI. especificações sobre as técnicas adotadas, a inclinação de talude, o tratamento que será dado ao mesmo do ponto de vista de fixação, o
detalhamento dos dispositivos de drenagem superficial, de proteção, com indicação do lançamento final e o aspecto do sítio, após a escavação;
VII. memorial justificativo da solução adotada e a representação das correções estéticas das lesões à paisagem, sempre que a solução indicar
revestimento de taludes com alvenaria de pedra, tijolo, concreto ou qualquer outro material.

Subseção V
nos Cursos D

Art. 92. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para intervenções nos cursos dos
seguintes documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. finalidade do empreendimento;
II. mapeamento da bacia hidrográfica a que pertence o curso de água, com curvas de nível, de metro em metro, em escala legível;
III. séries de medições das vazões do curso de água e de todos os demais da bacia hidrográfica;
registro dos níveis máximos de enchentes, identificáveis por meio de documentos e de sinais perceptíveis, encontráveis nos elementos naturais
componentes do contexto físico da bacia hidrográfica;
V. volume a represar, quando se tratar de barramento ou reservação;
VI. estudos hidrológicos definidores das vazões e efluentes ao barramento, quando o tempo de mornança para o projeto seja superior a 100
anos;
VII. nível máximo da lâmina de água;
VIII. estudos especiais definidores do projeto;
IX. memorial hidráulico dos dispositivos de proteção e controle dos equipamentos indicados no projeto;
X. garantia de obra e garantia de sua estabilidade;
XI. a inundar, quando se tratar de barramento ou reservação;
XII. mapeamento do recobrimento vegetal na área da bacia, ou na área a inundar, nos casos de barramento e reservação, acompanhado de
informações sobre as espécies vegetais existentes e sobre a fauna.

VI

Art. 93. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para desmembramentos, os seguintes
documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. planta do imóvel em escala 1:1.000, contendo indicação:
a) dos lotes resultantes, com dimensões, áreas e numeração;
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b) das áreas transferidas ao Município, quando couber;
II. Planta de Localização na escala de 1:10.000, com indicação dos loteamentos próximos e vias de circulação existentes;
III. Quadro Geral de Áreas com suas respectivas destinações;
IV. Orientação do terreno em relação ao norte magnético ou verdadeiro.

VII
e Desdobro

Art. 94. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para remembramento e desdobro, os
seguintes documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:

I. Planta da situação legal do lote atual;


II. Plantas em escala de 1:200, contendo no mínimo a subdivisão do lote, de parte ou de toda a quadra em lotes, com as respectivas dimensões,
numeração, áreas, posição do norte magnético ou verdadeiro, número dos lotes vizinhos, medida do passeio e descrição sucinta do lote.
III. Planta de Localização em escala 1:1.000, que permita o reconhecimento e a localização da área, objeto do remembramento ou desdobro.

Parágrafo único - Quando se tratar de projeto onde exista construção consolidada, o interessado deverá apresentar planta cadastral, informando a
dimensão da área construída, os recuos, os acessos, os vãos de abertura para ventilação e iluminação.

Subseção VIII
Geradores de Tráfego (PGT)
Art. 95. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para empreendimentos classificados como
Pólos Geradores de Tráfego (PGT) os seguintes documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. para os Pólos Geradores de Tráfego - Tipo PGT-1 e PGT-2:
a) planta de localização do empreendimento na escala de 1:5.000, com escala gráfica, destacando o sistema viário principal do entorno e os
demais empreendimentos impactantes, num raio demarcado aproximado de 500 m;
b) projeto arquitetônico completo, conforme definido por esta Lei;
c) planta do estacionamento, contendo o layout básico, com especificação do tipo de controle e sua localização, quando houver;
d) detalhes dos acessos, especificando as áreas destinadas aos acessos de pedestres, veículos leves e veículos pesados;
e) atendimento das exigências constantes no Quadro 3.4, do Anexo III desta Lei;
II. para os Pólos Geradores de Tráfego - Tipo PGT-3 e PGT-4:
a) planta de localização do empreendimento na escala de 1:5.000 ou similar com escala gráfica, destacando o sistema viário do entorno, num
raio demarcado aproximado de 1.000 m (mil metros);
b) projeto arquitetônico completo, conforme definido por esta Lei;
c) planta na escala de 1:10.000 apresentando área de influência (região de origem da demanda), prevista para o empreendimento, com o
sistema viário estrutural de acesso;
d) planta na escala de 1:5.000 com identificação dos usos do solo predominantes num raio de 500 m (quinhentos metros) do entorno do
empreendimento;
e) planta do estacionamento com disposição e dimensionamento de vagas por tipo de veículos, indicação de área para carga e descarga e
embarque e desembarque de passageiros;
f) detalhes dos acessos, especificando as áreas destinadas aos acessos de pedestres, veículos leves e veículos pesados e correspondentes
área de acumulação, especificação do tipo de controle e sua localização, quando houver;
g) atendimento das exigências constantes no Quadro 3.4, do Anexo III desta Lei;
h) indicação de circulação interna de veículos e pedestres e as declividades de rampas e acessos, quando existentes;
i) Relatório de Impacto no Trânsito, referindo-se a:
1. localização do empreendimento;
2. caracterização do PGT, conforme Quadro 3.4, do Anexo III desta Lei;
análise e definição da área de impacto do PGT;
análise das principais interseções possuidoras de semáforos, pertencentes à área de impacto do PGT, entendidas como as áreas de origem da
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demanda prevista;
implantação do empreendimento relacionando os acessos, a circulação viária da área de impacto, as vias de acesso, a segurança do pedestre e
de veículos e o sistema de transporte coletivo;
dados do atual movimento do tráfego nas vias lindeiras;
o fluxo de veículos e pedestres nas vias de acesso, definindo o número de viagens geradas pelo PGT e a forma de alocação e distribuição
espacial das viagens geradas;
8. medidas internas e externas ao empreendimento visando mitigar os impactos identificados e compromisso com a sua implementação.
Parágrafo único. Caso seja comprovada, a qualquer tempo, a falsidade das informações fornecidas pelo requerente, o Poder Executivo cassará o
Alvará de Localização, Implantação e de Operação do empreendimento ou atividade.
Subseção IX

Art. 96. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para edificações, os seguintes
documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. Planta de Situação, contendo além das informações exigidas no inciso IV do Art.80, as que seguem:
a) delimitação da edificação, no terreno, devidamente cotada, e respectivos recuos;
b) coeficiente de aproveitamento - Ca;
c) coeficiente de ocupação - Co e de permeabilidade do terreno - Cp;
d) construída total e por pavimento;
e) ocupada, área do terreno e área permeável;
f) construída para efeito de cálculo do coeficiente de aproveitamento;
g) indicação da área livre;
h) número de unidades imobiliárias especificadas segundo o uso;
i) gabarito de altura da edificação e número de pavimentos;
j) indicação da fração ideal do terreno quando se tratar de empreendimento em condomínio;
k) esquema final de esgoto.
II. planta baixa dos diversos pavimentos, na escala 1:50;
III. seções ou cortes longitudinais e transversais, na escala de 1:50, com indicação obrigatória do perfil do terreno, do meio-fio e quando exigido,
da referência de nível - RN;
IV. planta de elevação de fachada;
1º Os elementos requeridos se aplicam a pedidos de aprovação para funcionamento de atividades e de licença para construção de
empreendimentos, bem como aqueles referentes a reforma e ampliação;
2º As plantas baixas deverão indicar a designação de cada compartimento da edificação, bem como suas dimensões e área;
3º As escalas métricas, referidas neste artigo, poderão ser alteradas para 1:500 ou 1:100, quando a maior dimensão do terreno seja respectivamente
superior a 40m (quarenta metros) ou 100m (cem metros), e para 1:100 quando a maior dimensão da edificação seja superior a 50m (cinqüenta
metros).
Art. 97. Cada prancha componente do projeto conterá legenda, no canto inferior direito, devendo constar, obrigatoriamente:
I. a natureza e o local da obra;
II. o nome do proprietário;
III. a designação da folha ou prancha e seu número;
IV. a escala;
V. A indicação ou número do pavimento;
VI. o nome do responsável pelo projeto e do responsável pela execução da obra.
Parágrafo único. Todas as folhas ou pranchas serão assinadas pelo proprietário, pelo autor e pelo executor da obra, com as respectivas
identificações profissionais.
Subseção X

Art. 98. São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente para o licenciamento do exercício de
atividades, os seguintes documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
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I. informação sobre a área total construída do imóvel;
II. Alvará de Operação ou Habite-se
III. número de vagas disponíveis para estacionamento;
IV. atividade requerida, com o respectivo código da Receita Federal;
V. endereço completo do imóvel: rua ou travessa, numeração, bairro, lado da rua em que fica situado, em acordo com a numeração;
VI. outros documentos constantes de regulamento próprio, inerentes a atividade a ser desenvolvida.

Seção III
de Viabilidade Prévia
Art. 99. Qualquer licença poderá ser precedida, a critério do interessado, de uma Análise de Viabilidade Prévia, sendo obrigatória, quando se tratar
de:
I. Parcelamentos do solo;
II. Usos com Área de Influência Regional; conforme Quadro 2.2 do anexo II desta Lei;
III. Usos com Alto Nível de Poluição Ambiental; conforme Quadro 3.3 do anexo III desta Lei;
IV. Pólos Geradores de Tráfego - PGT, 2 e 3, conforme Quadro 3.4 do anexo III desta Lei;
Art. 100. Para solicitação da Análise de Viabilidade Prévia, o interessado deverá apresentar, além dos documentos requeridos no art. 79, a Planta
gráfica na escala de 1:1.000, que permita perfeito reconhecimento e localização da área objeto do pedido, contendo informações sobre a localização
do imóvel, usos vizinhos, sistema viário da área de influência, indicação das articulações com o sistema viário oficial de acordo com os incisos III e IV
do Art.80 desta Lei.
1 Sempre que se fizer necessário, poderá a Administração Municipal exigir levantamento planialtimétrico dentro das divisas do terreno.
2 Quando se tratar de loteamento, reloteamento, loteamento e/ou urbanização de interesse social, apresentar planta de localização na escala de
1:10.000.
Art.101. Para solicitação da Análise de Viabilidade Prévia (AVP) para funcionamento de atividades, além do requerido no art. 100, deverão ser
apresentados os seguintes elementos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
I. informação sobre a área total construída do imóvel;
II. Alvará de Operação ou Habite-se;
III. número de vagas disponíveis para estacionamento;
IV. informação sobre a atividade requerida;
V. endereço completo do imóvel: rua ou travessa, numeração, bairro.
VI. para as atividades industriais, será obrigatória a apresentação de licença prévia fornecida pelos órgãos competentes;
VII. outros documentos constantes de regulamento próprio, inerentes a atividade a ser desenvolvida

Art.102. Para solicitação de AVP para os Pólos Geradores de Tráfego, além dos elementos de que tratam os art. 100 e 101, deverão ser
apresentados os seguintes documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:

I. Planta de Localização do empreendimento na escala de 1:5.000, definindo o Sistema Viário do entorno e os demais usos impactantes
conforme Quadro 3.3 do Anexo III desta Lei, num raio aproximado de 500 m (quinhentos metros);
II. Planta de Situação com definição dos acessos de veículos e pedestres, áreas e vagas para estacionamento, embarque e desembarque de
passageiros, carga e descarga;
Art 103. A Análise de Viabilidade Prévia fornecerá informações sobre a viabilidade de licenciamento do projeto e condições a serem atendidas.

1As AVPs fornecidas pela Administração Municipal deverão verificar:

I. as limitações zonais, não zonais e as decorrentes do Sistema de Áreas de Valor Ambiental e de ZEIS;
II. os critérios de compatibilidade locacional.

2As AVPs deverão fornecer as seguintes diretrizes e informações:


I. equipamentos urbanos e comunitários a serem projetados e/ou executados pelo interessado;
II. traçado viário existente e projetado para o Município com rebatimento na área do empreendimento, com os quais deve ser compatibilizado o
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projeto;
III. a serem transferidas ao Município;
IV. compatibilidade entre o empreendimento e o meio ambiente;
V. elementos naturais que devem ser preservados e, em caso de vegetação, as possibilidades de substituição;
VI. classificações dos empreendimentos e/ou atividades quando se tratar de PGT e houver necessidade de elaboração do EIV;
VII. alinhamento e o nivelamento do logradouro público lindeiro, devendo estar expressos o alinhamento e a altura do piso de acesso à edificação
ou da soleira, em relação ao nível do meio-fio, ou ao eixo da faixa de rolamento, quando da inexistência de meio-fio.
VIII. quaisquer outras restrições pertinentes.

Art 104. A Análise de Viabilidade Prévia para parcelamentos fornecerá as diretrizes referentes ao uso do solo e infra-estrutura, definidas no Capítulo
IV, do Título II desta Lei, incluindo, além da análise dos elementos enumerados no art. 100, as seguintes orientações:
I. diretriz de traçado do Sistema Viário indicando a articulação das vias do loteamento com o sistema viário urbano existente ou projetado;
II. acessos aos lotes quando se tratar de desmembramento;
III. definição das áreas passíveis de ocupação bem como das áreas de preservação;
IV. localização das áreas públicas e usos comunitários.

Parágrafo único. Quando a área exigida como área pública ou de preservação for superior ao exigido nesta Lei, o órgão competente deverá
apresentar, ao proprietário, alternativas com base nos instrumentos de política urbana instituídos pelo Plano Diretor.
Art 105. A AVP para empreendimentos localizados em áreas do Sistema de Áreas de Valor Ambiental deverá conter, além da análise dos elementos
enumerados no art. 100, as seguintes orientações:
I. localização e dimensionamento das áreas verdes, objetivando a preservação das massas vegetais significativas;
II. dimensionamento dos lotes e recuos para as edificações;
III. implantação das edificações.

Art 106.A Análise de Viabilidade Prévia para Pólos Geradores de Tráfego deverá conter, além da análise dos elementos enumerados no art. 100, no
mínimo, o seguinte:
I. definição das características geométricas, localização dos acessos de veículos e pedestres, faixas de aceleração e desaceleração,
dimensionamento da área de acumulação, tipo de controle do acesso de veículos e disposição, quantidade e dimensionamento de vagas, vias
internas de circulação, raios horizontais e declividades transversais em rampas e acessos, pátios e número mínimo de vagas para carga e descarga,
áreas para embarque e desembarque, pontos de paradas de ônibus urbanos ou especiais, táxi e veículos especiais;
II. análise do impacto sobre o sistema viário de acesso e definição de respectivas medidas mitigadoras, em função da provável geração de
pontos críticos de circulação, principalmente no sistema viário estrutural da cidade, aspectos de segurança para veículos e pedestres, possibilidades
de ocorrência de congestionamento nas vias que lhes dão acesso e inadequação da oferta de vagas de estacionamento.

Art. 107. O prazo para a expedição da Análise de Viabilidade Prévia é de 30 (trinta) dias, contados a partir da data registrada no protocolo, desde que
apresentados todos os documentos exigidos, para parcelamentos e usos especiais ou de impacto, e de 20 (vinte) dias para os demais, interrompidos
quando a análise depender de informações complementares por parte do requerente.
1º. Nos casos de projetos que necessitem análise ambiental, o prazo poderá ser dilatado até que sejam efetuados os estudos necessários para a
apresentação do Parecer Técnico ou de Resolução, pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente.
2º. Na hipótese do interessado não prestar as informações ou anexar os documentos requisitados, abandonando o processo por mais de 30 dias,
este será arquivado, sem prejuízo das sanções cabíveis, podendo, entretanto, ser reaberto, caso não fira direitos de terceiros adquiridos durante o
tempo de arquivamento, e mediante pagamento de nova taxa de viabilidade.
Art.108. A validade da Análise de Viabilidade Prévia é de 180 (cento e oitenta) dias.

Seção IV
de Localização
Art. 109. O Alvará de Localização deverá ser requerida pelo interessado para:
I. Funcionamento de atividades;
II. Autorização prévia de novas construções;
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III. Construção de suportes para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estação de rádio-base
(ERB) e equipamentos afins;
IV. Abertura e ligação de novos logradouros ao sistema viário urbano;
V. Abertura de novos loteamentos urbanos;
VI. Exploração de atividade mineral;
VII. Usos especial, comercial, de serviços e industrial que se configurem como uso de impacto ambiental ou de vizinhança.
Art. 110. A validade do Alvará de Localização é de um ano, prorrogável por até igual período, a critério da Administração.

Parágrafo Único. Na hipótese do interessado não prestar as informações ou anexar os documentos requisitados, abandonando o processo por mais
de 30 dias, este será arquivado, sem prejuízo das sanções cabíveis, podendo, entretanto, ser reaberto, caso não fira direitos de terceiros adquiridos
durante o tempo de arquivamento, e mediante pagamento de nova taxa de análise.

111. Para o Alvará de Localização, serão exigidos os documentos previstos no art. 79 desta Lei e, ainda, em relação ao imóvel e projeto:
I. endereço, croquis de localização do imóvel com a indicação dos arruamentos contíguos e, quando se tratar de área parcelada, indicação do
número do lote, quadra e identificação do parcelamento;
II. plantas, contendo:
a) orientação do norte magnético;
b) limites do terreno com suas cotas exatas, referências de nível e posição de meios-fios;
c) curva de nível à eqüidistância de 1 m (um metro) e indicação de árvores existentes;
d) do terreno, área ocupada, área permeável, área livre e área construída total;
e) delimitação da edificação no terreno, devidamente cotada, e respectivos recuos;
f) subdivisões das quadras e/ou lotes com as respectivas dimensões, numeração e áreas;
g) o sistema de vias de circulação com a respectiva hierarquia, áreas livres de uso público e áreas institucionais e sua articulação com o sistema
viário oficial; e
h) os locais de estacionamento ou guarda de veículos, com indicações dos elementos construtivos existentes;
i) implantação de canteiros de obras, em imóvel distinto daquele onde se desenvolva a obra;
1º Quando se tratar de pólo gerador de tráfego:
I. a aprovação dependerá de prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, conforme estabelece o artigo 93, do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB);
II. os interessados na licença deverão apresentar plano funcional dos acessos, contendo o esquema do tráfego da área de influência, com as
vias, número de pistas, sentido de tráfego, sinalização, semáforos, se necessários, travessia de pedestres, esquema das interseções viárias, acessos
e retornos com suas características geométricas, atendendo às exigências estabelecidas nesta Lei, quanto a tráfego e sistema viário.

Art. 112. Serão exigidas as seguintes indicações das edificações projetadas:


I. construída total e por pavimento;
II. Número de unidades imobiliárias especificadas, por categoria de uso;
III. Gabarito de altura da edificação ou das edificações a serem construídas;
IV. Fração ideal e cota do terreno do terreno por edificação, quando se tratar de empreendimentos em condomínio.
Art. 113 A Licença de Localização para construção em lotes de parcelamentos não-aprovados fica condicionada à regularização destes.
Art. 114. Qualquer requerimento poderá ser encaminhado para o Parecer Técnico Ambiental, se a execução de obras de urbanização ou de
edificação causar ou tiver o potencial de causar significativo dano ou impacto ao meio-ambiente.
Art. 115. Serão obrigatoriamente encaminhados para o Parecer Técnico Ambiental os requerimentos de qualquer forma de parcelamento, visando
sua apreciação pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente.
116. Não será concedida Licença de Localização para atividades de exploração de qualquer mineral, quando em locais de potencial turístico ou de
importância paisagística ou ecológica.

V
de Localização Simplificada

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Art.117. A Licença de Localização Simplificada poderá ser concedida quando a obra for de uso residencial, em Zonas predominantemente
residenciais e de Especial Interesse Social (ZEIS) com parâmetros urbanísticos previamente definidos pelo Plano Diretor Urbano e por esta Lei,
dispensando-se os documentos previstos nos artigos. 79 e 80, inciso IV, alíneas b a d e f a j, referentes à identificação física do lote, e art.95 incisos I
e II.
Art. 118. A validade do Alvará de Localização Simplificada é de seis meses, renovável por mais seis meses.

Parágrafo único. Na hipótese do interessado não prestar as informações ou anexar os documentos requisitados, abandonando o processo por mais
de 30 dias, este será arquivado, sem prejuízo das sanções cabíveis, podendo, entretanto, ser reaberto, caso não fira direitos de terceiros adquiridos
durante o tempo de arquivamento, e mediante pagamento de nova taxa de análise.

Seção VI
ou Alvará de Implantação
Art. 119. O Alvará de Implantação deverá ser requerida pelo interessado para:
I. Implantação de parcelamentos e construções, previamente autorizadas pelo Alvará de Localização;
II. Construção de suportes para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estação de rádio-base (ERB)
e equipamentos afins, após aprovada a Álvará de Localização;
III. Reforma, que determine o acréscimo ou o decréscimo na área construída do imóvel;
IV. Reforma, que interfira na segurança, estabilidade ou conforto da construção;
V. Implantação e utilização de construção temporária para vendas de lotes ou unidades autônomas de condomínios;
VI. Instalação de atividades em edificações pré-existentes;
VII. A demolição de edificação.

120. O Alvará de Implantação terá prazo de validade de 2 (dois) anos e será renovável pelo mesmo período, se iniciada a obra.
1º. Na hipótese do interessado não prestar as informações ou anexar os documentos requisitados, abandonando o processo por mais de 30 dias,
este será arquivado, sem prejuízo das sanções cabíveis, podendo, entretanto, ser reaberto, caso não fira direitos de terceiros adquiridos durante o
tempo de arquivamento, e mediante pagamento de nova taxa de análise.
2º Concedido o Alvará e decorrido o prazo de sua validade, sem que a construção ou demolição tenha sido iniciada, considerar-se-á a licença
automaticamente revogada.
3º Tendo sido iniciada a obra e considerando as suas características, o órgão municipal competente poderá renovar ou prorrogar o prazo
estabelecido, mediante recolhimento de nova taxa de licença.
Art. 121. A obra paralisada, cujo prazo de licença para construção tenha expirado, sem que tenha sido reiniciada, dependerá de nova aprovação de
projeto.
Art. 122. Para o Alvará de Implantação, serão exigidos os projetos executivos, contendo os elementos indicados na Seção II e Subseção IX deste
capítulo, de acordo com o empreendimento ou atividade.
Art. 123. O Alvará de Implantação de Parcelamentos ficará condicionada à assinatura, pelo interessado, do Termo de Acordo e Compromisso (TAC),
no qual se obrigará a cumprir o projeto do parcelamento, conforme aprovado, e a executar as obras de implantação, nos prazos definidos no próprio
instrumento, de acordo com o estabelecido nesta Lei e garantia da execução das obras exigidas, mediante:
I. caução, em dinheiro, a qual somente será liberada após a aceitação das obras, ou fiança bancária, com prazo de validade até a data prevista
para a conclusão das obras, no valor estipulado pelo Município, ou
II. caução de, no mínimo, 40% (quarenta por cento) da área total dos lotes, devidamente identificados.
A caução dos lotes será averbada no Cartório de Registro de Imóveis competente.
Findo o prazo, caso não se tenham cumprido as obrigações acordadas, serão revertidos em favor do Município os bens caucionados, que poderão
ser alienados, na forma prevista pela legislação em vigor.
Só depois de realizados as obras e serviços, o interessado requererá vistoria pelo Município, que, se as aprovar, expedirá a liberação dos bens
caucionados.
O projeto do parcelamento poderá ser modificado, mediante proposta do interessado e a critério do Município, observadas as disposições desta Lei.
Se existirem unidades comercializadas, a modificação ficará condicionada à aprovação de todos os compradores.
Art. 124. O Município expedirá o Alvará de Implantação, no prazo de 60 (sessenta) dias, para parcelamentos e usos especiais e de impacto e, de 20
(vinte) dias, para os demais usos.
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Parágrafo único. Na contagem do prazo, a que se refere o caput deste artigo, não será computado o período em que o processo tramitar em órgãos
externos à Administração Municipal ou quando existir qualquer impugnação ou restrição técnica ou legal dos órgãos especializados, ou ainda se
houver responsabilidade do interessado no retardamento do processo.
Art. 125. O Alvará de Implantação poderá ser concedida juntamente com o Alvará de Localização, inclusive simplificada, quando não se tratar de
parcelamento, de uso especial ou de impacto.
Art. 126. Estão isentas do Alvará de Implantação:
I. a limpeza ou pintura externa e interna de edifícios, que não exijam a instalação de tapumes, andaimes ou tela de proteção;
II. a construção de cercas divisórias, que não necessitem de elementos estruturais de apoio à sua estabilidade; e
III. a construção de abrigos provisórios para operários ou de depósitos de materiais, no decurso de obras já licenciadas;
IV. a construção de muros divisórios, com até dois metros de altura, que não implique na execução de obras de contenção.

VII
de Operação ou Habite-se

Art. 127. Uma obra será considerada em condições de habitabilidade e receberá o Alvará de Operação, se estiver concluída e estiver de acordo com
o projeto aprovado em todos os requisitos, garantir segurança a seus usuários e à população, direta ou indiretamente a ela afetada, e apresentar as
instalações previstas no projeto aprovado, aptos a funcionar a contento.
Parágrafo único. O alvará de operação ou habite-se deverá ser requerida pelo interessado, acompanhado dos seguintes documentos:
I. Certidão Negativa de Débitos para com a Fazenda Pública Municipal;
II. Certidão de pagamento do ISSQN.

Art. 128. O Alvará de Operação não será concedida, se não for realizada a solução de esgotamento sanitário prevista no projeto aprovado.
Art. 129. O Alvará de Operação poderá ser parcial, em caso de:
I. edifício composto de área comercial e residencial, utilizadas de forma independente;
II. construção por etapas, desde que a etapa concluída apresente condições mínimas de habitabilidade, saneamento e segurança; e
III. programas habitacionais com caráter emergencial, desenvolvidos e executados pelo Poder Executivo ou pela comunidade beneficiada, em
regime de mutirão.
Parágrafo único. O Alvará de Operação parcial é de caráter precário e não substitui a licença de operação a ser concedida ao final das obras.
Art. 130. O prazo para concessão do Alvará de Operação não poderá exceder a 20 (vinte) dias úteis, contados da data de registro do protocolo.

Parágrafo Único. Na hipótese do interessado não prestar as informações ou anexar os documentos requisitados, abandonando o processo por mais
de 30 dias, este será arquivado, sem prejuízo das sanções cabíveis.

IV
FISCALIZAÇÃO
Art. 131. A fiscalização das obras será exercida pelo Poder Executivo, através de servidores legalmente autorizados e devidamente identificados,
com fundamento no Plano Diretor Urbano, neste Código, na legislação federal de Parcelamento do Solo, em normas do Instituto de Proteção ao
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (IPAC), quando houver bens tombados, e
no Código Municipal do Meio Ambiente.
Parágrafo único. Ao agente de fiscalização ficará assegurado o livre acesso ao local da obra e a todas as suas dependências, a seu critério,
mediante apresentação da identidade funcional.
Art. 132. O Poder Executivo fiscalizará a obra durante a construção, quanto à execução do projeto aprovado e quando verificada qualquer
inobservância, emitirá Auto de Infração, para que o proprietário efetue as correções devidas.
Seção I

Art. 133. Constitui infração toda ação ou omissão que contrarie as disposições desta Lei, descritas no Anexo VI, com suas respectivas
penalidades, e demais normas ou atos regulamentares.
Art. 134. Auto de Infração é o instrumento no qual é lavrada a descrição de ocorrência, que, por sua natureza, características e demais aspectos
peculiares, seja caracterizada como infração.
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Art. 135. No Auto de Infração, lavrado com precisão e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, deverão ser contidas, além da data e do prazo
de regularização da situação, as seguintes informações:
I. endereço da obra ou edificação;
II. nome do proprietário, do construtor e do responsável técnico, quando seu objeto for a construção;
III. data e hora da ocorrência;
IV. descrição da ocorrência que constitui a infração e os dispositivos legais violados;
V. multa aplicada;
VI. intimação para a correção da irregularidade, quando for o caso;
VII. prazo para a apresentação de defesa; e
VIII. identificação e assinatura do servidor autuante, do autuado e de testemunhas, se houver.
As omissões ou incorreções do Auto de Infração não acarretarão sua nulidade, quando do processo constarem elementos suficientes para a
determinação da infração e do infrator.
A notificação da infração poderá ser feita, pessoalmente, ou por via postal com aviso de recebimento.
A assinatura do infrator no Auto de Infração não implica em confissão e aceitação de seus termos, não agravará a pena nem tampouco impedirá a
tramitação normal do processo.
Art. 136. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias, contado da data do recebimento da notificação, para apresentar defesa contra a autuação, para a
Coordenação de Urbanismo, em primeira instância.
1º A defesa far-se-á por petição, instruída com a documentação necessária à comprovação dos fatos e dos argumentos articulados.
2º A apresentação da defesa no prazo legal suspende a exigibilidade da multa, até à decisão da autoridade administrativa competente.
3º Na ausência de defesa ou sendo esta julgada improcedente, serão impostas as penalidades previstas no Anexo VI desta Lei, sem prejuízo das
penalidades cabíveis, previstas no Código Municipal do Meio Ambiente.
4º Da decisão de primeira instância que indeferiu a defesa, poderá ser apresentado recurso, em última instância para o Secretário da Área.
Seção II

Art. 137. Nas infrações aos dispositivos desta Lei serão impostas as seguintes penalidades:
I. multa, conforme disposto no Anexo VI à esta Lei;
II. embargo de obra;
III. apreensão de material ou equipamentos utilizados na construção;
IV. interdição de edificação ou dependência; e
V. demolição.
1º A imposição das penalidades não se sujeita à ordem em que estão relacionadas neste artigo, nem implica na necessidade de cumulação, o que
será observado de acordo com cada caso específico.
2º A aplicação de uma das penalidades previstas neste artigo não prejudica a aplicação de outra, se cabível.
3º A aplicação de penalidade de qualquer natureza não exonera o infrator do cumprimento da obrigação a que esteja sujeito, nos termos desta Lei;

Art. 138. Imposta a multa, calculada com base nos Quadros 6.1 e 6.2 do Anexo VI, desta Lei, em função da infração cometida, o infrator será
notificado, para que proceda ao respectivo pagamento no prazo de 15 (quinze) dias.
1º A aplicação da multa poderá ter lugar em qualquer época, durante ou depois de constatada a infração.
2º A multa não paga no prazo legal será inscrita na dívida ativa e cobrada judicialmente.
3º Nas reincidências, o valor da multa será multiplicado, progressivamente, de acordo com o número de vezes em que for verificada a infração.
Art. 139. Caberá embargo, se a obra de reforma, de construção ou de demolição estiver sendo executada sem o devido licenciamento, em desacordo
com a licença ou com os condicionamentos nela estabelecidos, ou ainda em condições de risco para as pessoas ou para o meio ambiente.
1º Feito o embargo e lavrado o respectivo auto, o responsável pela obra poderá apresentar defesa, no prazo de 10 (dez) dias, para a Coordenação
de Urbanismo.
2º O embargo só poderá ser suspenso, quando forem completamente eliminadas as causas que o determinaram.
Art. 140. Qualquer obra concluída poderá ser eventualmente interditada, no caso de se verificar a desobediência às normas desta Lei.
1º Tratando-se de edificação habitada ou com qualquer outro uso, o Poder Executivo deverá:
I. notificar os ocupantes da irregularidade a ser corrigida, lavrando o competente Auto de Interdição; e
II. promover a desocupação compulsória da edificação, se houver insegurança manifesta, com risco de vida ou de saúde para os moradores ou
30/32
trabalhadores.
2º Efetuada a interdição, será o infrator intimado para regularizar a situação, sob pena de aplicação de multa, sem prejuízo da penalidade de
demolição, quando necessário.
3º Caso o infrator prossiga a obra interditada, ou na hipótese de construção em área pública, a Administração poderá proceder a apreensão de todo o
material e equipamentos utilizado, lavrando-se termo de apreensão, com discriminação dos bens apreendidos, sem prejuízo das demais penalidades
prevista nesta Lei.
4º Sanadas as irregularidades, o infrator será notificado para receber, no Órgão para onde foi removido, e com as cautelas legais, o material
apreendido, não se responsabilizando a Administração pela deterioração do material sob sua guarda.
5º Esgotado o prazo máximo de 60 (sessenta) dias para sanar as irregularidades, o material apreendido será destinado pelo Poder Público, a seu
critério, para uso em ações ou programas desenvolvidos pelos seus Órgãos, ou submetidos a processo de leilão ou doação, na forma da lei.
6º A interdição só será suspensa, quando forem completamente eliminadas as causas que a determinaram.
Art. 141. A demolição de uma obra poderá ocorrer, se foi realizada:
I. sem a devida licença de localização;
II. em desacordo com as licenças concedidas ou com os condicionamentos nelas estabelecidos.
1º A demolição será sempre imediata, quando houver risco iminente de dano a terceiro, ao patrimônio público ou a outros bens de caráter público.
2º A demolição dependerá de prévia intimação, feita no próprio Auto de Infração, ao proprietário ou responsável pela obra, ao qual será dada
oportunidade de defesa no prazo de 10 (dez) dias.
3º Não sendo atendida a intimação, a demolição, em qualquer dos casos descritos, poderá ser efetuada pelo Poder Executivo, correndo por conta do
proprietário as despesas dela decorrentes.
4º Quando a obra estiver licenciada, a demolição dependerá da anulação, cassação ou revogação da licença.
Art. 142. Entende-se como obra clandestina toda aquela que não possua licença para construção.
1º Quando a obra for clandestina, ou efetuada em áreas públicas, far-se-á a demolição imediata, observando-se os prazos legais, com base no poder
de polícia municipal.
2º A demolição poderá não ser imposta para situação descrita no caput deste artigo, desde que a obra, embora clandestina, atenda às exigências
desta Lei e que se providencie a regularização formal da documentação, com o pagamento das devidas multas, em prazo a ser concedido pela
Administração.
3º O Poder Executivo poderá emitir notificação ao responsável pela obra ou aos ocupantes da edificação e fixar prazo para início e conclusão das
reparações necessárias, sob pena de demolição.
CAPÍTULO V
FINAIS
Art. 143. O Poder Executivo expedirá os atos administrativos que se fizerem necessários à fiel observância dos dispositivos desta Lei.
Art. 144. Os projetos para execução de obras e instalações em tramitação no Poder Executivo deverão se adequar às normas estabelecidas nesta
Lei.
Art. 145. Esta Lei entrará em vigor, 30 (trinta) dias após a data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, especialmente:
I. Lei n.º 118, de 22 de Dezembro de 1976 (Plano Diretor Urbano) com exceção dos incisos II e III do artigo 11;
II. Lei n.º 279, de 30 de Dezembro de 1983;
III. Lei n.º 446, de 10 de Novembro de 1988;
IV. Lei n.º 517, de 15 de Janeiro de 1990;
V. Lei n.º 746, de 05 de Janeiro de 1994;
VI. Artigos 179 a 194 da Lei n.º 695, de 02 de Fevereiro de 1993.

Vitória da Conquista, 28 de Dezembro de 2007

Raimundo Fontes

31/32
MUNICÍPIO DE
DA CONQUISTA

LEI N.º 1.410/2007

CÓDIGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

TITULO I 6
DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 6
CAPÍTULO I 6
DAS NORMAS GERAIS 6
CAPÍTULO II 7
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES, INTERESSE LOCAL E OBJETIVOS DA 7
POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 7
SEÇÃO I 7
DOS PRINCÍPIOS 7
SEÇÃO II 7
DAS DIRETRIZES 7
SEÇÃO III 9
1/68
DO INTERESSE LOCAL 9
SEÇÃO IV 10
DOS OBJETIVOS 10
CAPÍTULO III 11
DOS DEVERES 11
TÍTULO II 13
DO SISTEMA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 13
CAPÍTULO I 13
DA INSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO 13
SEÇÃO I 13
DA INSTITUIÇÃO 13
SEÇÃO II 13
DA COMPOSIÇÃO 13
CAPÍTULO II 14
DA COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES 14
SEÇÃO I 14
DO CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 14
SEÇÃO II 17
DA SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 17
SEÇÃO III 18
DOS ÓRGÃOS SETORIAIS 18
TÍTULO III 19
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 19
CAPÍTULO I 19
DOS INSTRUMENTOS 19
SEÇÃO I 20
PLANEJAMENTO AMBIENTAL 20
SEÇÃO II 20
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL SOBRE MEIO AMBIENTE 20
SEÇÃO III 20
INSTITUIÇÃO DE ESPAÇOS PROTEGIDOS 20
Sub-Seção I 21
Das Unidades de Conservação 21
Sub-Seção II 22
Das áreas de Preservação Permanente 22
Sub-Seção III 23
Das áreas de Valor Ambiental Urbano e de Proteção Histórico-Cultural 23
SEÇÃO IV 24
DO TOMBAMENTO 24
SEÇÃO V 25
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL 25
SEÇÃO VI 27
DOS TERMOS DE REFERÊNCIA 27
SEÇÃO VII 27
DO PARECER TÉCNICO AMBIENTAL 27
SEÇÃO VIII 29
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL 29
SEÇÃO IX 29
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA 29
2/68
SEÇÃO X 30
DO REALIZAÇÃO DE CONSULTAS E AUDIÊNCIAS PÚBLICAS 30
SEÇÃO XI 32
DOS INCENTIVOS 32
SEÇÃO XII 32
DO RELATÓRIO DE QUALIDADE AMBIENTAL 32
SEÇÃO XIII 33
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 33
SEÇÃO XIV 33
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR 33
SEÇÃO XV 34
DA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL 34
SEÇÃO XVI 35
DO MONITORAMENTO E AUTOMONITORAMENTO 35
SEÇÃO XVII 36
DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS 36
SEÇÃO XVIII 37
DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 37
Sub-Seção I 37
Do Objetivo 37
Sub-Seção II 37
Dos Recursos Financeiros 37
Sub-Seção III 38
Da Administração do Fundo 38
Sub-Seção IV 39
Do Ativo do Fundo 39
Sub-Seção V 39
Do Passivo do Fundo 39
Sub-Seção VI 39
Do Orçamento e da Contabilidade 39
Sub-Seção VII 40
Da Execução Orçamentária 40
TÍTULO IV 40
DA PROTEÇÃO E QUALIDADE DOS RECURSOS AMBIENTAIS 40
CAPÍTULO I 40
SEÇÃO I 40
DAS ÁREAS VERDES 40
SEÇÃO II 41
DA ARBORIZAÇÃO 41
Sub-Seção I 41
Do Plantio de Árvores 41
Sub-Seção II 41
Da Relocação, Derrubada, Corte ou Poda de Árvores 41
SEÇÃO III 43
DAS QUEIMADAS 43
CAPÍTULO II 43
DA FAUNA 43
CAPÍTULO III 44
DO SOLO 44
3/68
SEÇÃO I 44
DA PREVENÇÃO À EROSÃO 44
SEÇÃO II 45
DA CONTAMINAÇÃO DO SOLO E SUBSOLO 45
SEÇÃO III 46
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 46
SEÇÃO IV 49
DO ATERRO SANITÁRIO 49
SEÇÃO V 50
DAS ATIVIDADES DE MINERAÇÃO 50
CAPITULO IV 52
DO CONTROLE DA POLUIÇÃO DOS AGROTÓXICOS 52
CAPÍTULO V 55
DOS RECURSOS HÍDRICOS 55
SEÇÃO I 55
DA CLASSIFICAÇÃO 55
SEÇÃO II 56
DOS EFLUENTES 56
SEÇÃO III 58
DA ÁGUA 58
CAPÍTULO VI 58
DO SANEAMENTO BÁSICO 58
SEÇÃO I 58
DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO E DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA 58
CAPÍTULO VII 60
DO CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 60
CAPÍTULO VIII 62
DO CONTROLE DA POLUIÇÃO SONORA 62
CAPÍTULO IX 64
DO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS 64
CAPÍTULO X 66
DO USO DE INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS 66
CAPÍTULO XI 67
DAS ANTENAS DE TELECOMUNICAÇÃO E ESTAÇÃO DE RÁDIO-BASE 67
SEÇÃO I 67
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 67
SEÇÃO II 69
DA LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS. 69
SEÇÃO III 69
DOS PADRÕES URBANÍSTICOS 69
SEÇÃO IV 70
DOS PADRÕES TÉCNICOS SANITÁRIOS E AMBIENTAIS 70
SEÇÃO V 71
DOS LICENCIAMENTOS. 71
SEÇÃO VI 74
DOS DISPOSITIVOS 74
CAPÍTULO XII 75
DOS EVENTOS E DAS ATIVIDADES FESTIVAS 75
TÍTULO V 76
4/68
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES 76
CAPÍTULO I 76
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 76
SEÇÃO I 81
DA ADVERTÊNCIA 81
SEÇÃO II 82
DA MULTA 82
SEÇÃO III 82
DA INTERDIÇÃO, DO EMBARGO E DA DEMOLIÇÃO 82
CAPÍTULO II 83
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 83
SEÇÃO I 83
DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO 83
SEÇÃO II 83
DO RECEBIMENTO DAS MULTAS 83
SEÇÃO III 84
TITULO VI 85
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS 85

INSTITUI O CÓDIGO DO MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA.

O PREFEITO MUNICIPAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais,

saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

TITULO I
POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I
NORMAS GERAIS

Art. 1º. Esta Lei Complementar estabelece as bases normativas para a Política Municipal do Meio Ambiente, cria o Sistema Municipal do Meio
Ambiente - SIMMA, para a administração da qualidade ambiental, a proteção, o controle, o desenvolvimento e o uso adequado dos recursos naturais
do Município de Vitória da Conquista.

Art. 2º. A Política Municipal do Meio Ambiente tem como objetivos gerais manter ecologicamente equilibrado o meio ambiente, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal o dever de protegê-lo, defendê-lo, preservá-lo e recuperá-lo
para as gerações presentes e futuras.

Art. 3º. O Município tem competência legislativa, na forma prevista na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional, em relação ao meio
ambiente, à gestão ambiental, à criação de espaços protegidos, ao licenciamento e à imposição de penalidades a infrações ambientais de interesse
local, observadas as competências da União e do Estado;

CAPÍTULO II
PRINCÍPIOS, DIRETRIZES, INTERESSE LOCAL E OBJETIVOS DA
5/68
MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

SEÇÃO I
PRINCÍPIOS

Art. 4º. A Política Municipal do Meio Ambiente de Vitória da Conquista, para a consecução dos seus objetivos, observará os seguintes princípios:

I. Exploração e utilização racionais dos recursos naturais, de modo a não comprometer o equilíbrio ecológico;
II. Desenvolvimento local fundamentado na sustentabilidade ambiental, social e econômica;
III. Respeito aos acordos e convenções internacionais, de que o Brasil for signatário, sobre matéria ambiental;
IV. Ação municipal na manutenção da qualidade ambiental, tendo em vista o uso coletivo, promovendo a proteção, o controle, a recuperação e a
melhoria do meio ambiente;
V. Proteção dos ecossistemas do Município e seus componentes representativos, mediante planejamento, zoneamento e controle das atividades
potencial ou efetivamente degradadoras;
VI. Controle da produção e da comercialização de substâncias e artefatos, do emprego de técnicas e métodos que comportem risco para a vida,
a qualidade de vida e do meio ambiente;

II
DIRETRIZES

Art. 5º. São diretrizes para a proteção e melhoria da qualidade ambiental:

I. A compreensão do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural,
sob o enfoque da sustentabilidade e o controle da qualidade ambiental, abrangendo todos os tipos de poluição, incluindo a sonora e a visual;
II. A integração do Poder Público com o setor econômico, as Organizações da Sociedade Civil sem fins lucrativos e representantes da
comunidade, na gestão ambiental do Município;
III. A incorporação da dimensão ambiental em toda e qualquer atividade que se exerça no Município, independentemente de sua natureza;
IV. A promoção de incentivos a fim de estimular as ações para manter o equilíbrio ecológico;
V. A articulação e integração de atividades da Administração Pública, relacionadas com o meio ambiente, em todos os níveis de decisão;
VI. A promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino, bem como a participação da comunidade, através das suas organizações,
visando à compatibilização do desenvolvimento com a manutenção da qualidade ambiental.
VII. O acesso à informação ambiental, para propiciar a participação da comunidade no processo de tomada de decisões;
VIII. A inclusão de representantes de interesses econômicos, de organizações não governamentais e de comunidades tradicionais na prevenção
e solução dos problemas ambientais;
IX. Incentivo e apoio às entidades não-governamentais ligadas à proteção ambiental, sediadas no Município;
X. A prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de significativo potencial poluidor;
XI. A garantia de níveis crescentes da saúde através do provimento de infra-estrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações,
vias e logradouros públicos;
XII. O estímulo cultural à adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas não prejudiciais ao meio ambiente;
XIII. O estabelecimento de normas de segurança no tocante ao armazenamento, transporte e manipulação de produtos, materiais e rejeitos
perigosos ou potencialmente poluentes;
XIV. Os atos emanados dos agentes Públicos e Privados e que digam respeito à Política Municipal do Meio Ambiente devem trazer informações
claras sobre seu objeto, finalidades, responsabilidades e valores financeiros envolvidos;
XV. Responsabilidade objetiva do poluidor ou degradador, pessoa física ou jurídica, do Poder Público e da iniciativa privada;
XVI. A contribuição do usuário pela utilização dos recursos ambientais;

6/68
III
INTERESSE LOCAL

Art. 6º. Para os fins do disposto no art. 30 da Constituição Federal, consideram-se, em matéria ambiental, como de interesse local, dentre outros:

I. A proteção à vegetação e à fauna;


II. A criação de espaços protegidos e unidades de conservação;
III. O tombamento e a proteção do patrimônio artístico, histórico, estético, cultural, arqueológico, paisagístico e ecológico existente;
IV. A exploração adequada dos recursos minerais;
V. A recuperação de áreas degradadas;
VI. A abertura e a manutenção de rodovias de qualquer esfera de Governo;
VII. A fixação de critérios e padrões de qualidade ambiental na área do Município e de controle de todos os tipos de poluição;
VIII. O Licenciamento Ambiental, de acordo com o previsto em Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;
IX. O monitoramento e a realização periódica de auditorias nos sistemas de controle da poluição;
X. A prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de significativo potencial poluidor, instaladas no território do Município;
XI. O estabelecimento de normas de segurança no tocante ao armazenamento, transporte e manipulação de produtos, materiais e rejeitos
perigosos ou potencialmente poluentes;
XII. A garantia de níveis crescentes da saúde através do provimento de infra-estrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações,
vias e logradouros públicos;
XIII. O estímulo cultural à adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas não prejudiciais ao meio ambiente; e
XIV. A educação sanitária e ambiental, nos segmentos formal e não-formal.

SEÇÃO IV
DOS OBJETIVOS

Art. 7. A Política Municipal do Meio Ambiente tem os seguintes objetivos específicos:

I. Disciplinar e condicionar as ações do Poder Público e da coletividade, relativas ao meio ambiente;


II. Manter ecologicamente equilibrado o meio ambiente local, entendido como os bens e componentes naturais e culturais existentes no
Município, de domínio público ou privado, cuja proteção e preservação sejam de interesse de todos, quer por sua vinculação histórica, quer pelo seu
valor natural, urbano, paisagístico, arquitetônico, artístico, etnográfico e genético, entre outros, sendo, portanto, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida;
III. Conscientizar o Poder Público, o setor privado e as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, assim como a todo cidadão residente
no Município, quanto a obrigação de zelar e respeitar a grande diversidade biológica, cultural e ambiental dos diversos ecossistemas existentes no
Município, cabendo a todos o dever de defender, preservar e recuperar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras;
IV. Proporcionar a melhoria da qualidade do Meio Ambiente local, pelo estabelecimento de padrões de produção e consumo de bens e serviços,
metas e tecnologias condizentes com o princípio da sustentabilidade e pela inclusão de empresas, organizações não governamentais e
representantes da comunidade na solução de problemas ambientais junto ao Poder Público;
V. Definir áreas prioritárias para ação do Governo Municipal, visando à manutenção da qualidade ambiental;
VI. Estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
VII. Criar parques, reservas, estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as de relevante interesse ecológico, ou paisagístico, entre
outros;
VIII. Promover ações destinadas a diminuir os níveis de poluição atmosférica, hídrica, do solo, sonora e visual;
IX. Implantar sistema de cadastro e informações sobre o Meio ambiente;
X. Estabelecer meios para obrigar o degradador público ou privado a recuperar e ou a indenizar os danos causados ao meio ambiente, sem
prejuízo da aplicação das sanções administrativas e penais cabíveis;
7/68
XI. Assegurar a participação comunitária no planejamento, execução e vigilância das atividades que visem à proteção, recuperação ou melhoria
da qualidade ambiental;

CAPÍTULO III
DEVERES

Art. 8º. São deveres do Poder Executivo, relativos à Política Municipal do Meio Ambiente:

I. Proteger, defender, e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras;


II. Incorporar a dimensão ambiental e o princípio da ecoeficiência nas atividades e empreendimentos da Administração;
III. Promover a conscientização pública para defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural e viabilizar a participação da comunidade no
planejamento ambiental e urbano e na análise dos resultados dos estudos de impacto ambiental ou de vizinhança;
IV. Promover a formação e capacitação de recursos humanos para o desempenho da responsabilidade municipal sobre a proteção do meio
ambiente e do patrimônio cultural;
V. Combater a clandestinidade e difundir conceitos de gestão e tecnologias ambientalmente compatíveis, nos processos de extração mineral;
VI. Integrar a ação do Município com:
a) o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Sistema Estadual de Recursos Ambientais (SEARA), e, em especial, com os órgãos
ambientais dos municípios limítrofes;
b) o Sistema Nacional e o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, apoiando e participando da gestão das bacias hidrográficas de que faça parte
o território municipal;
c) o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC);

VII. Promover medidas judiciais para responsabilizar os causadores de poluição, de degradação ambiental ou descaracterização cultural;

VIII. Promover, nas áreas urbanas da sede e dos distritos:


a) arborização, preferencialmente com espécies nativas regionais;
b) coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos domiciliares;
c) coleta, tratamento e deposição final dos efluentes domiciliares;
d) a poda em áreas públicas e nos casos de risco caracterizado pela defesa Civil do Município;
e) o recolhimento, em vias públicas, de animais mortos;

Disciplinar, seguindo resoluções do Conselho Municipal do Meio Ambiente, as normas para deposição de resíduos industriais sólidos, líquidos e
gasosos, inclusive os resíduos oriundos da construção civil;
Art. 9º. São deveres dos responsáveis por Pessoas Jurídicas de qualquer natureza:

I. Obter o Licenciamento Ambiental e a Licença de Funcionamento, de acordo com o estabelecido nesta Lei, se o tipo de atividade assim o
Integrar a ação do Município com:exigir;
II. Verificar, em todas as fases de produção, a consonância das técnicas aplicadas com a sustentabilidade ambiental;
III. Promover auditoria interna e monitoramentos periódicos em suas instalações e sistemas de controle da poluição;
IV. Facilitar os trabalhos de fiscalização e de auditoria dos órgãos responsáveis pelo meio ambiente, em suas instalações;
V. Cuidar para que os resíduos sólidos resultantes de suas atividades tenham destinação própria, em conformidade com a legislação Federal e
Resoluções dos Órgãos competentes;
VI. Promover, entre seus funcionários, periodicamente, cursos de educação ambiental;

Art. 10. São deveres da Coletividade:


8/68
I. Buscar, por meio de suas Organizações, aplicar técnicas e meios de prevenção da poluição, bem como implementar a educação ambiental;
II. Atuar, junto aos setores públicos e privados, para garantir o cumprimento das disposições desta lei;
III. Respeitar o patrimônio ambiental local e zelar pela racionalidade em sua utilização;

TÍTULO II
SISTEMA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I
INSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO

I
INSTITUIÇÃO

Art. 11. Fica instituído, no Município de Vitória da Conquista, o Sistema Municipal do Meio Ambiente - SIMMA, constituído do conjunto de instituições
públicas e privadas para a execução da Política Municipal do Meio Ambiente, com integração no Sistema Nacional de Meio-ambiente - SISNAMA.

1º - O Sistema Municipal do Meio Ambiente - SIMMA atuará com o objetivo de organizar, coordenar e integrar as ações dos diferentes órgãos e
entidades da Administração Pública Municipal, direta e indireta, observados os princípios e as normas gerais desta Lei e demais legislações
pertinentes.

2º - O Sistema Municipal do Meio Ambiente será organizado e funcionará com base nos princípios do planejamento integrado, da coordenação
intersetorial e da participação das entidades representativas da sociedade civil, cujas atividades estejam associadas à conservação e à melhoria do
meio ambiente, conforme disposto nesta Lei.

SEÇÃO II
COMPOSIÇÃO

Art. 12. Integram a estrutura institucional do Sistema Municipal do Meio Ambiente:

I. O Conselho Municipal do Meio Ambiente, criado pela Lei Municipal n.º 1.085, de 28 de dezembro de 2001;
II. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, criada pela Lei Municipal 691, de 23 de dezembro de 1992 ;
III. Os Órgãos Setoriais da Administração Municipal.

Parágrafo Único - O Sistema Municipal do Meio Ambiente será articulado ao Sistema Municipal de Gestão Participativa, instituído pelo Plano Diretor
Urbano.

II
DA COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES

SEÇÃO I
DO CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 13. Ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAM, Órgão de natureza permanente e de caráter consultivo, deliberativo e normativo do
Sistema Municipal do Meio Ambiente, criado pela Lei n.º 1.085/2001, o qual passará a ser regido por este Código, compete definir a política ambiental
do Município, propondo e/ou elaborando as diretrizes, normas e medidas necessárias à proteção ambiental, tendo por atribuições:

9/68
I. Definir a política ambiental do Município, recomendando as diretrizes, normas e medidas necessárias à sua proteção ambiental, respeitadas as
legislações Federal e Estadual e as disposições desta Lei;
II. Apresentar estratégias, instrumentos e recomendações voltados para o desenvolvimento sustentável;
III. Analisar e deliberar sobre o licenciamento de atividades e projetos de empreendimentos com possibilidade de impacto no ambiente, em
consonância com os Órgãos Setoriais competentes da Administração Municipal;
IV. Estimular a participação da comunidade no processo de preservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
V. Promover ampla divulgação para a população das informações relativas às questões ambientais.
VI. Exigir Estudo Prévio de Impacto Ambiental relativo a propostas legislativas e políticas, bem como planos, programas e projetos
governamentais de qualquer esfera de Governo, que possam causar significativo dano ambiental.
VII. Aprovar Planos de Recuperação de Áreas Degradadas;

VIII. Sugerir à autoridade competente a instituição de áreas de relevante interesse ecológico, ou paisagístico, visando proteger sítios de
excepcional beleza, asilar exemplares da fauna e da flora, ameaçadas de extinção; e proteger mananciais, o patrimônio histórico, artístico, cultural,
arqueológico e áreas representativas do ecossistema, destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas da ecologia;

IX. Orientar a ação da educação ambiental no Município, visando à conscientização e mobilização da comunidade para a proteção, conservação
e melhoria do meio ambiente, promovendo seminários, palestras, estudos e eventos outros;

X. Fornecer subsídios técnicos relacionados à proteção do ambiente, às indústrias, empresas comerciais e aos produtores rurais do Município;

XI. Manter intercâmbio com órgãos federais, estaduais e entidades privadas, que direta ou indiretamente, exerçam atribuições de proteção
ambiental;

XII. Elaborar o programa anual de suas atividades, promovendo a sua efetiva execução;

XIII. Elaborar relatórios anuais das suas atividades desenvolvidas, encaminhando-o ao Prefeito Municipal, para fins de conhecimento e
publicação

XIV. Propor ao Ministério Público a promoção de ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao Meio Ambiente, a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

XV. Diligenciar, em face de qualquer alteração significativa do Meio Ambiente, no sentido de sua apuração, encaminhando parecer aos órgãos
competentes.

Art. 14. O Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAM compõe-se de 24 (vinte e quatro) membros, sendo 12 (doze) representantes de Órgãos
Governamentais e 12 (doze) representantes de Entidades e Órgãos dos diversos segmentos da Sociedade Civil, na forma abaixo discriminada:

I. Representantes de Órgãos Governamentais:

a) o Secretário Municipal do Meio Ambiente;


b) um representante da Secretaria Municipal de Saúde;
c) um representante da Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Infra-Estrutura Urbana;
d) um representante da Secretaria Municipal de Educação;
e) um representante da Secretaria Municipal de Serviços Públicos;
f) um representante da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural;
g) um representante da Agência de Desenvolvimento;
h) um representante do Órgão Ambiental Federal;
10/68
i) um representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos;
j) um representante de universidades públicas no Município;
k) um representante do Centro Federal de Educação Tecnológica;
l) um representante da Empresa Concessionária dos Serviços de Águas e Saneamento do Município.

II. Representantes da Sociedade Civil:

a) um representante da Associação das Indústrias de Vitória da Conquista;


b) um representante da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB-Ba;
c) um representante de Entidades ou Associações Civis, cujos objetivos estatutários sejam a proteção, prevenção e conservação do meio
ambiente;
d) dois representantes das Associações de Moradores de Vitória da Conquista;
e) um representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura;
f) um representante de Associações de Reflorestamento;
g) um representante de movimentos populares organizados de assentamentos;
h) um representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
i) um representante do Sindicato Patronal Rural;
j) um representante dos Sindicatos dos Trabalhadores Urbanos;
k) um representante de universidades particulares no Município.

1 - Cada membro do COMMAM terá um suplente, que o substituirá, na sua ausência ou impedimento;
2º - Os membros do COMMAM serão nomeados por decreto do chefe do Poder Executivo Municipal, após a indicação do Órgão respectivo, para um
mandato de dois anos, permitida apenas uma recondução sucessiva;
3º - o COMMAM será presidido pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, devendo os demais membros da diretoria ser eleitos por seus pares,
para um mandato de dois anos, podendo haver reeleição, na forma contida no Regimento Interno, que disporá também sobre a composição da
diretoria.
4º - A função de membro do COMMAM considera-se como de relevante serviço prestado à comunidade e será exercida gratuitamente;
5- São membros natos do COMMAM os representantes do Poder Público, cujo mandato coincidirá com o das respectivas gestões.
6 - O Presidente do COMMAM participará das reuniões do Colegiado, sem direito a voto, exceto quando houver necessidade de desempate.
7- Em casos específicos, e quando se fizer necessário, serão ouvidos, pelo COMMAM, representantes dos poderes e entidades federais, estaduais e
municipais que atuem no combate à poluição e pela preservação do meio-ambiente.
8- Poderão também ser ouvidos pelo colegiado, quando se fizer necessário, especialistas em matéria de interesse direto ou indireto de preservação
ambiental.

Art. 15. No prazo de 90 (noventa) dias, contados da publicação desta Lei, os membros do COMMAM elaborarão e aprovarão o seu Regimento
Interno, o qual disporá sobre o funcionamento do Conselho, remetendo-o ao Executivo para aprovação, mediante Decreto.

SEÇÃO II
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 16. Compete à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo de outras atribuições previstas em lei:

I. Apoiar técnica e administrativamente o Conselho Municipal do Meio Ambiente;


II. Elaborar os Termos de Referência para os Pareceres Técnico-ambientais, devendo encaminhá-los ao Conselho Municipal do Meio Ambiente,
para apreciação e deliberação;
III. Encaminhar os processos de licenciamento aos órgãos competentes do Estado ou da União, quando for o caso;
IV. Propor a criação de unidades de conservação e realizar estudos técnicos para o respectivo manejo;
V. Implantar o Sistema Municipal de Informações sobre o Meio Ambiente;
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VI. Cadastrar, licenciar, monitorar e fiscalizar a implantação e o funcionamento de empreendimentos com potencial de impacto ambiental;
VII. Articular-se com organismos federais, estaduais, municipais, empresas e organizações não governamentais, para a execução de programas
relativos aos recursos ambientais;
VIII. Promover a arborização dos logradouros públicos e o reflorestamento de matas ciliares;
IX. Promover, em colaboração com os órgãos competentes, programas de educação sanitária e ambiental;
X. Dar apoio técnico e administrativo ao Ministério Público, nas suas ações institucionais em defesa do meio-ambiente;
XI. Promover a responsabilização e a reparação dos danos por infrações ambientais;
XII. Executar outras atividades correlatas.

- Os Termos de Referência citados no inciso II deste artigo deverão ser atualizados a cada dois anos, podendo a Secretaria Municipal do Meio
Ambiente elaborar outros Termos de Referência, em casos de surgimento de novas Resoluções ou modificações na Legislação em vigor.

2º - Enquanto não forem aprovados os Termos de Referência, os Pareceres Técnicos dependerão de aprovação pelo COMMAM.

SEÇÃO III
ÓRGÃOS SETORIAIS

Art. 17. Os órgãos setoriais do Sistema Municipal do Meio Ambiente - SIMMA, correspondem aos órgãos centralizados e descentralizados da
Administração Municipal, cujas atividades estejam, total ou parcialmente, vinculadas às de conservação, proteção e melhoria do meio ambiente.

Art. 18. Compete aos órgãos setoriais da administração direta e indireta, sem prejuízo de outras atribuições legais dispostas em lei específica,
contribuir para a execução da política ambiental do Município, através dos planos, programas, projetos e atividades que tenham repercussão no
ambiente e, ainda:

I. Contribuir para a elaboração de pareceres técnico ambientais;


II. Contribuir com informações para a manutenção do Sistema Municipal de Informações Municipais;
III. Colaborar com os programas de educação sanitária e ambiental;
IV. Executar outras atividades correlatas.

Parágrafo Único - Os órgãos da Administração Municipal deverão, em articulação com o COMMAM, compatibilizar suas ações, para que os seus
planos, programas, projetos e atividades estejam de acordo com as diretrizes de proteção ambiental.

TÍTULO III
INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
INSTRUMENTOS

Art. 19. São instrumentos da Política Municipal do Meio Ambiente, dentre outros:

I. O planejamento ambiental;
II. A legislação municipal do meio ambiente;
III. A instituição de espaços protegidos;
IV. O tombamento de bens de valor histórico, arqueológico, etnológico e cultural,
V. O licenciamento e revisão de licenciamento de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras ou que causem ou possam causar impactos
ambientais;
VI. Os termos de referência para elaboração de relatórios e pareceres técnicos;
VII. Os Pareceres Técnicos Ambientais;
VIII. Os Estudos A realização de Impacto Ambiental;
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IX. Os Estudos de Impacto de Vizinhança;
X. de consultas e audiências públicas;
XI. Os incentivos à produção e instalação de equipamentos antipoluidores e à criação ou absorção de tecnologias que promovam a recuperação,
a preservação, a conservação e a melhoria do meio ambiente;
XII. O Relatório de Qualidade Ambiental;
XIII. A Educação Ambiental;
XIV. A participação Popular;
XV. A fiscalização;
XVI. O monitoramento e automonitoramento de atividades potencialmente poluentes ou degradadoras do meio ambiente;
XVII. O Sistema Municipal de Informações Ambientais, o qual se constituirá um subsistema do Sistema de Informações do Município de Vitória
da Conquista - SMI; e
XVIII. O Fundo Municipal de Meio Ambiente.

SEÇÃO I
AMBIENTAL

Art. 20. O Planejamento Ambiental deverá basear-se em diagnóstico da qualidade e disponibilidade dos recursos naturais, tendo em vista a adoção
de normas legais e de tecnologias e alternativas para a proteção do meio ambiente.
Parágrafo único. O Poder Público levará em conta peculiaridades e demandas locais, tendo em vista a preservação do patrimônio cultural e práticas
tradicionais, observando-se as diretrizes do Plano Diretor Urbano, as deliberações da Agenda 21 e o Plano de Saneamento Ambiental.

II
MUNICIPAL SOBRE MEIO AMBIENTE

Art. 21. O Conselho Municipal do Meio Ambiente poderá estabelecer, mediante Resoluções, padrões mais restritivos ou acrescentar padrões não
fixados pela legislação vigente, para maior proteção ao meio ambiente, observando-se as disposições das leis Federais, Estaduais.

SEÇÃO III
DE ESPAÇOS PROTEGIDOS

Art. 22. Integram os Espaços Protegidos, para fins de proteção ambiental e cultural:
I. As Unidades de Conservação;
II. As Áreas de Preservação Permanente;
III. As Áreas de Valor Ambiental Urbano;
IV. As Áreas de Proteção Histórico-Cultural.

Sub-Seção I
Unidades de Conservação

Art. 23. São unidades de conservação:

I. o Parque Municipal da Serra do Peri-Peri, criado pelo Decreto nº 9.480 de 1999, com seus espaços especialmente protegidos:
a) a Reserva do Poço Escuro, criada pelo Decreto nº. 8.696 de 1996;
b) a área com 115.644 m2, declarada de preservação de espécie endêmica dedicada à Melocactus conoideus, pelo Decreto 10.999/2002
II. o Parque Municipal Urbano da Lagoa das Bateias, instituído, oficialmente, por esta Lei; e
III. o Parque Municipal Urbano da Lagoa do Jurema, instituído, oficialmente, por esta Lei.

1 Nos Parques Municipais, só poderão ser desenvolvidas atividades de pesquisas científicas e de educação e interpretação ambiental, de recreação
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em contato com a natureza e de turismo ecológico, respeitados os demais critérios e restrições estabelecidos pela legislação do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação.
2 Quaisquer atividades a serem desenvolvidas nos Parques Municipais estarão sujeitas ao Parecer Ambiental.

Art. 24. As unidades de conservação disporão de um Conselho Consultivo, para assessorar a sua administração, constituído por um representante de
órgão público, um representante de organizações da sociedade civil, localmente identificadas com a área, e um representante de proprietários de
terras, quando não se tratar de área pública, bem como um representante de populações tradicionais residentes, quando for o caso, cabendo ao
Prefeito designá-los.

25. As unidades de conservação criadas pelo Município disporão de um plano de manejo, aprovado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, com
base em estudos técnicos que indiquem o regime de proteção, o zoneamento, quando for o caso, e as condições de uso, quando admitido, ouvida a
comunidade, mediante audiência pública realizada especialmente para tal finalidade.

1O plano de manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos, a partir da data de sua criação, com a ampla
participação da população residente.

2º O plano de manejo das unidades de conservação criadas pelo Município será aprovado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, com base em
estudos técnicos que indiquem o regime de proteção, o zoneamento, quando for o caso, e as condições de uso, quando admitido, ouvida a
comunidade, mediante audiência pública realizada especialmente para tal finalidade.
3São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o
seu Plano de Manejo e seus regulamentos.
4As unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade,
mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão.
5O órgão responsável pela administração das unidades de conservação pode receber recursos ou doações de qualquer natureza, nacionais ou
internacionais, com ou sem encargos, provenientes de organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas que desejarem colaborar com a sua
conservação.
6 Cabe ao Órgão gestor da unidade a administração dos recursos obtidos, os quais serão utilizados exclusivamente na sua implantação, gestão e
manutenção.
7º A redução de área ou a extinção de unidades de conservação ambiental somente serão possíveis através de lei específica.

Sub-Seção II
Das áreas de Preservação Permanente

Art. 26. Em todo o território do Município, serão consideradas de preservação permanente os revestimentos florísticos e demais formas de vegetação
naturais situados:

I. ao longo dos rios ou outros quaisquer cursos ddesde o seu nível mais alto em faixa marginal, cuja largura mínima seja de 30 (trinta) metros
para os cursos dde menos 10 (dez) metros de largura;
II. ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios de água natural ou artificial, desde o seu nível mais alto medido horizontalmente, em faixa
marginal cuja largura mínima seja de 30 (trinta) metros;
III. ao redor das nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos dqualquer que seja a sua situação topográfica, num raio de 50
(cinqüenta) metros de largura.
IV. nas demais matas ciliares de todas as bacias e sub-bacias existentes no Município.

Único - Para os rios ou outros quaisquer cursos dcom largura acima de 10 (dez) metros, a faixa marginal de preservação permanente deverá atender
ao estabelecido na Lei no. 7.803, de 18 de julho de 1989 - Código Florestal;

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Art. 27. Consideram-se de preservação permanente e deverão ser cadastradas como espaços territoriais especialmente protegidos, as seguintes
áreas:
I. ao longo do Córrego Verruga, de seus afluentes e de qualquer curso dem faixa determinada pela legislação federal, desde o seu nível mais alto
em faixa marginal;
II. ao redor das nascentes do Córrego Verruga e das nascentes existentes na Serra do Peri-Perí;

1 Nas áreas de preservação permanente, o manejo deve limitar-se ao mínimo indispensável para atender às necessidades de manutenção da
biodiversidade, de acordo com a Lei 9.985, de 18 de julho de 2000.

2 É vedada a aplicação de agrotóxicos em áreas de preservação permanente, por qualquer forma, numa distância de 1.000m (mil metros) de
qualquer corpo d

Art. 28. Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declarados por ato do Poder Municipal, a vegetação e as áreas destinadas
a:

a) Asilar exemplares da fauna e flora ameaçados de extinção, bem como aquelas que sirvam como local de pouso ou reprodução de aves
migratórias;
b) Assegurar condições de bem-estar público; e
c) Proteger sítios de importância ecológica.

Art. 29. O Poder Executivo poderá criar unidades de preservação permanente, sempre que o interesse ambiental determinar a sua conveniência,
segundo os regimes de proteção integral de uso sustentável previstos na Legislação Federal.

Sub-Seção III
áreas de Valor Ambiental Urbano e de Proteção Histórico-Cultural

Art. 30. As Áreas de Valor Ambiental Urbano e as Áreas de Proteção Histórico-Cultural serão definidas pelo Plano Diretor Urbano e sua criação
obedecerá à classificação disposta neste artigo.

1º - As Áreas de Valor Ambiental Urbano compreendem:

I. Os Espaços Abertos Urbanizados: praças, largos, campos e quadras esportivas e outros logradouros públicos, utilizados para o convívio social,
o lazer, a prática de esportes, a realização de eventos e a recreação da população;

II. As Áreas Verdes: áreas dotadas de vegetação, que permeiam as áreas de ocupação consolidada ou são designadas em parcelamentos do
solo, tendo como funções ambientais contribuir para a permeabilidade do solo, a recarga dos aqüíferos, o controle das erosões e dos alagamentos, o
conforto climático, sonoro e visual, a qualidade do ar, e a imagem ambiental da Cidade e outras áreas urbanas, podendo servir para a recreação da
população.

2º - As de Proteção Histórico-Cultural compreendem os sítios de valor cultural, histórico, artístico, arquitetônico ou urbanístico em todo o Município,
elementos da paisagem natural e/ou construída que configurem referencial cênico ou simbólico significativo para a vida, a cultura e a imagem da
Cidade e do Município;

IV
TOMBAMENTO

Art. 31. O tombamento de bens de valor histórico e cultural, independentemente do tombamento federal ou estadual, poderá ser feito por lei municipal
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e terá os mesmos efeitos do tombamento pela legislação federal específica, aplicando-se os prazos, procedimentos e demais disposições desta Lei,
no que couber;
Art. 32. Os procedimentos relativos ao tombamento, compreendendo os demais atos preparatórios, serão devidamente instruídos e encaminhados ao
Conselho Municipal do Meio Ambiente, para aprovação e delimitação das áreas de entorno, para fins de preservação visual dos bens tombados.
33. Não se poderão construir, nas vizinhanças dos bens tombados, estruturas que lhes impeçam a visibilidade ou os descaracterizem, nem neles ser
afixados anúncios, cartazes ou dizeres, sob pena de recomposição do dano cometido pelo infrator, a menos que autorizado pelo Poder Executivo.

SEÇÃO V
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

34. Os empreendimentos e atividades considerados com potencial de impacto no meio ambiente, nos casos em que se determine a execução do
Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, e a abertura de novas áreas urbanas, dependerão de prévio
licenciamento, mediante:

I. Licença de Localização;
II. Licença de Implantação; e
III. Licença de Operação.

Parágrafo único - O procedimento administrativo para licenciamento será iniciado através de consulta à Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito
e Infra-Estrutura Urbana, quanto à utilização do uso do solo, e à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, quanto a avaliação do Projeto e ao Estudo
Prévio de Impacto Ambiental (EIPA/RIMA), contendo os dados necessários, na forma prevista neste Código e no Código de Ordenamento do Uso e
da Ocupação do Solo e de Obras e Edificações, e demais legislação pertinente.

Art. 35. Ficam sujeitas à concessão de licenças prévias de localização e funcionamento, as seguintes atividades:

I. Extração e tratamento de minerais;


II. Agropecuárias;
III. Industriais;
IV. Sistemas de tratamento e/ou disposição final de resíduos ou materiais sólidos, líquidos ou gasosos;
V. Instalação e/ou construção de barragens, aeroporto, vias de transporte, bem como qualquer outra atividade de iniciativa dos órgãos e
entidades da administração centralizada e descentralizada do Município, que possam repercutir no meio ambiente;
VI. Hospitais, casas de saúde e estabelecimento, de assistência médico-hospitalar;
VII. Armazenamento e disposição final de produtos perigosos;
VIII. Terminais de granéis sólidos e/ou líquidos, e/ou gasosos e correlatos;
IX. Que utilizem incinerador ou outros dispositivos para queima de lixo e materiais ou resíduos sólidos, líquidos ou gasosos;

X. Que impliquem no manuseio, estocagem e utilização de defensivos e fertilizantes;


XI. Instalação de torres de telecomunicação e ou antenas de rádio-base;
XII. Outras que venham a ser consideradas pela Secretaria de Meio Ambiente com potencial de impacto no meio ambiente.

Art. 36. Estão sujeitos à manifestação prévia e/ou autorização:

I. Atividades de pesca e caça comercial;


II. Exploração dos recursos hídricos, superficiais e subterrâneos;
III. Atividades que utilizem combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos, para fins comerciais ou de serviços.

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Art. 37. Ao conceder a Licença de Localização, o Poder Executivo poderá estabelecer condicionamentos e fazer as restrições que julgar convenientes
para minimizar os impactos ambientais, observada a legislação de parcelamento do solo urbano.

Art. 38. Os projetos com potencial de significativo impacto ambiental serão encaminhados ao Conselho Municipal do Meio Ambiente para deliberação
e determinação das medidas de autocontrole e monitoramento do empreendimento e para evitar ou mitigar os efeitos negativos do projeto.

Art. 39. Estão também sujeitas ao licenciamento ambiental prévio, a ser requerido ao órgão legalmente competente:
I. As obras da administração direta ou indireta do Estado ou da União que, de acordo com a legislação federal, sejam objeto de Estudo de
Impacto Ambiental; e
II. A extração de argila, pedras, areia e quaisquer outros minerais.

Parágrafo único - Não será concedida Licença de Localização para atividades de exploração de argila ou pedra, em local onde os ventos
predominantes levem a fumaça para a Cidade ou em local de potencial turístico ou de importância paisagística ou ecológica.

Art. 40. Os critérios para as Licenças de Implantação e de Operação estão previstos e disciplinados no Código de Ordenamento do Uso e da
Ocupação do Solo e de Obras e Edificações.

1º - A operação ou funcionamento e a ampliação de qualquer atividade objeto de Licença de Localização só poderão se dar mediante Licença de
Operação, ficando sujeitos ao monitoramento sistemático e à fiscalização pelo Poder Executivo.
2º - Os projetos em áreas integrantes do Plano Diretor Urbano, com parâmetros estabelecidos por Lei, poderão ser licenciados mediante
procedimento simplificado;
3º - Nenhum licenciamento poderá ser concedido aos que houverem causado degradação ambiental, incluindo o abandono de estéril, sem que o
degradador execute o devido Plano de Recuperação das Áreas Degradadas, aprovado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente.
4º - O COMMAM poderá rever qualquer licenciamento, diante da constatação de prejuízos ambientais ou do não cumprimento dos condicionamentos
impostos.
5º - O COMMAM poderá conceder isenção de pagamento das custas de Licenciamento, no caso de pesquisa científica, cuja dotação orçamentária
não superar em 10 (dez) vezes o menor valor cobrado no Município por Licenciamento.

SEÇÃO VI
TERMOS DE REFERÊNCIA

Art. 41. São termos de Referência as diretrizes normativas relativas à elaboração de pareceres e relatórios técnicos relacionados à questão
ambiental.

1º - Os Termos de Referência de que trata este artigo serão aprovados pelo COMMAM, como condição de sua validade;

2º - Os Termos de Referência farão parte do instrumental das Câmaras Temáticas de assessoria ao COMMAM, estando vinculados às orientações
nele contidas, sob pena de nulidade.

SEÇÃO VII
PARECER TÉCNICO AMBIENTAL

Art. 42. O licenciamento ambiental será concedido após o Parecer Técnico Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
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1º O Parecer Técnico Ambiental deverá encerrar um juízo sobre o impacto ou potencial de impacto ambiental do empreendimento a ser licenciado.
2º O Poder Executivo colocará edital em locais públicos, contendo os projetos em apreciação, conforme a legislação vigente.

Art. 43. Os custos operacionais referentes à elaboração do Parecer Técnico Ambiental serão pagos pelo interessado.
1º - O preço público terá seu valor e sua composição fixados de acordo com as despesas envolvidas na realização do trabalho.
2º - A receita prevista neste artigo será incorporada ao Fundo Municipal de Meio Ambiente.
3º - O parecer técnico-ambiental deve seguir as diretrizes da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 44. O proponente poderá realizar, às suas expensas, Estudo de Impacto Ambiental, por equipe privada independente, caso não concorde com o
Parecer Técnico Ambiental apresentado pelo Poder Executivo.

45. O Parecer Técnico Ambiental deverá obedecer às seguintes diretrizes gerais, quanto às obras e atividades propostas:
I. Definir os limites da área direta ou indiretamente afetada;
II. Realizar o diagnóstico ambiental da área de influência;
III. Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados;
IV. Contemplar as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de sua não-execução;
V. Considerar os planos, programas e projetos governamentais existentes, os propostos e os em implantação, na área de influência do projeto e
sua compatibilidade ;
VI. Definir medidas mitigadoras para os impactos negativos;
VII. Propor medidas maximizadoras dos impactos positivos; e
VIII. Elaborar programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos, tanto na fase de implantação, quanto de
operação e desativação.

Parágrafo único - O Conselho Municipal do Meio Ambiente poderá fixar outras diretrizes, condições e critérios técnicos, regulamentadores do
disposto nesta Lei.

46. O Parecer Técnico Ambiental poderá incluir a análise de riscos, conseqüências e vulnerabilidades, sempre que o local, a instalação, a atividade
ou o empreendimento forem considerados como fonte de risco, assim considerada a possibilidade de contaminação produzida por instalações
industriais, ocorrência de perturbações eletromagnéticas ou acústicas e radiação.
Parágrafo Único - Outras fontes de risco poderão vir a ser elencadas por instrumentos legais ou regulamentares.

VIII
ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL

Art. 47. Nos casos em que a realização de um Estudo Prévio de Impacto Ambiental for requisito para o licenciamento ambiental, nos termos das
legislações estadual e federal vigentes, aplicar-se-ão as normas pertinentes.
1º São passíveis da exigência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, a critério do Conselho Municipal do Meio Ambiente, propostas legislativas e
políticas, bem como planos, programas e projetos governamentais de qualquer esfera de Governo, que possam causar significativo dano ambiental.
2º O Conselho Municipal do Meio Ambiente poderá requerer, a seu critério, aos órgãos federais e estaduais competentes, a elaboração de estudos
mais complexos ou complementares.

SEÇÃO IX
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 48. Consideram-se geradores de impacto de vizinhança os usos previstos no Código de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo e de
Obras e Edificações e os previstos como de impacto ambiental em legislação ambiental municipal, estadual e federal, dentre eles as instalações de:
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I. Indústrias;
II. Escolas, centros de compras, mercados;
III. Auditório para convenções, congressos e conferências;
IV. Estádio;
V. Autódromo, velódromo e hipódromo;
VI. Espaços e edificações para exposições e para shows;
VII. Terminal rodoviário urbano e interurbano;
VIII. Estacionamento para veículos de grande porte;
IX. Jardim zoológico, parques de animais selvagens, ornamentais e de lazer;
X. Torre de telecomunicações;
XI. Aterros sanitários e estações de transbordo de lixo;
XII. Casas de detenção e penitenciárias; e
XIII. Estações de Rádio-base.

Parágrafo único - O Estudo de Impacto de Vizinhança, a ser realizado pelo Poder Executivo ou pelo interessado, será apreciado pelo Conselho
Municipal do Meio Ambiente e encaminhado ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, que deliberará sobre o assunto.
Art. 49. O Conselho Municipal do Meio Ambiente e entidades não-governamentais poderão solicitar ao órgão competente o prévio Estudo de Impacto
de Vizinhança nos procedimentos relativos a licenciamento de atividades que possam afetar a drenagem, as redes de água, de esgoto, de energia
elétrica e de telecomunicações e causar significativo aumento de tráfego.

SEÇÃO X
REALIZAÇÃO DE CONSULTAS E AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

50. O Poder Executivo promoverá consultas e audiências públicas, sempre que determinar a realização de Estudos Prévios de Impacto Ambiental ou
de Impacto de Vizinhança, observadas, no que couberem, as disposições da legislação federal pertinente e as normas estabelecidas no presente
Capítulo.
Art. 51. Se não for realizada por iniciativa do Poder Executivo, a audiência pública poderá ser solicitada mediante requerimento devidamente
fundamentado:
I. Pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, no caso de Estudos de Impacto Ambiental;
II. Pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, no caso de Estudo de Impacto de Vizinhança;
III. Por entidade civil sem fins lucrativos, sediada no Município e que tenha por finalidade institucional a proteção ao meio ambiente ou a defesa
de interesses de moradores, além das seções de entidades representativas de profissionais; e
IV. Por, no mínimo, 50 (cinqüenta) eleitores, inscritos no Município.

1º - Na hipótese prevista no inciso III, o requerimento deverá ser instruído com cópia autenticada dos estatutos sociais da entidade e da ata da
assembléia que deliberou requerer a realização de audiência pública.
2º - Na hipótese prevista no inciso IV, o requerimento conterá o nome legível, o número do titulo de eleitor, zona eleitoral e assinatura ou digital de
cada um dos requerentes.

Art. 52. O Poder Executivo divulgará, em edital publicado por extrato em jornal de grande circulação, e também em locais públicos, a realização de
consulta ou audiência pública, estabelecendo os prazos mínimos de:
I. 15 (quinze) dias, para a consulta;
II. 8 (oito) dias de antecedência, para a realização de audiência pública.

Parágrafo único - Do edital constarão, no mínimo, data, local, horário e dados objetivos de identificação do projeto, bem como local e período onde se
encontram os documentos pertinentes, para exame dos interessados.

53. As consultas serão promovidas e as audiências públicas serão presididas pelo titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que dirigirá os
trabalhos e manterá a ordem no recinto, de modo a garantir a exposição das opiniões e propostas em relação ao objeto da audiência pública.
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1º - As consultas poderão ser realizadas por qualquer forma admissível em lei, devendo seus resultados ser publicados para conhecimento de todos.
2º -As audiências públicas serão registradas em livro apropriado, onde será lavrada a respectiva ata, dela constando nome dos participantes,
endereço, telefone e número de um documento de identificação.
3º - Serão convidados, dentre outros, para participarem das audiências públicas:
I. Os Secretários Municipais;
II. Os demais membros dos Conselhos Municipais do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano;
III. As entidades ambientalistas, cadastradas no Conselho Municipal do Meio Ambiente;
IV. Representantes de empresas;
V. Representantes da imprensa;
VI. Qualquer munícipe interessado; e
VII. Os técnicos responsáveis pela elaboração do Parecer Técnico, Estudo Prévio de Impacto Ambiental ou do Estudo de Impacto de Vizinhança.

4º - O Prefeito encaminhará, ainda, convite às autoridades seguintes:


I. Prefeitos dos Municípios limítrofes, quando for o caso;
II. Juizes da Comarca;
III. Representantes do Ministério Público; e
IV. Vereadores, através da Presidência da Câmara Municipal.

Art. 54. Para a realização de consultas ou de audiências públicas, deverão estar acessíveis aos interessados para livre consulta, pelo menos dois
exemplares do Estudo Prévio de Impacto Ambiental ou do Estudo de Impacto de Vizinhança:
I. Durante todo o prazo aberto para consulta;
II. Com a antecedência de 5 (cinco) dias úteis, para as audiências públicas;
III. Durante as audiências e reuniões, no recinto em que estiverem sendo realizadas.

SEÇÃO XI
INCENTIVOS

Art. 55. O Poder Público poderá instituir, por lei específica, incentivos à produção e instalação de equipamentos contra a poluição e à criação ou
absorção de tecnologias que promovam a recuperação, preservação, conservação e melhoria do meio ambiente, à proteção e recuperação do
patrimônio cultural, incluindo as manifestações culturais, obedecida a legislação federal pertinente.

Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, somente poderão ser beneficiadas pela concessão de incentivos, se
comprovarem a conformidade e adequação de suas atividades com a legislação ambiental e cultural federal, estadual e municipal vigentes.

XII
RELATÓRIO DE QUALIDADE AMBIENTAL

Art. 56. O Poder Executivo emitirá, anualmente, um Relatório de Qualidade Ambiental, com a finalidade de coletar, cadastrar, processar e fornecer
informações para o planejamento e a gestão das ações de interesse do meio ambiente, em especial o controle e monitoramento dos resíduos de
descarga do sistema de tratamento de efluentes sólidos e líquidos.
Art. 57. Os órgãos da Administração Municipal competentes, direta e indireta, deverão fornecer à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para
incorporação no Relatório de Qualidade Ambiental, as informações e dados relativos a qualquer atividade ou fato potencialmente ou realmente
impactador ao meio ambiente, produzidos em razão de suas atribuições.

SEÇÃO XIII
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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Art. 58. Compete à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, integradamente com outras Secretarias, de acordo com as suas competências, a
execução de programas e projetos de educação ambiental, visando um comportamento comunitário voltado para compatibilizar a preservação e
conservação dos recursos naturais e do patrimônio cultural com o desenvolvimento sustentável do Município.
Art. 59. As escolas integrantes da Rede Pública Municipal de Ensino deverão incorporar em seus currículos escolares o ensino ambiental,
proporcionando, aos alunos, visitas às unidades de conservação existentes no território municipal e aulas práticas sobre plantio de árvores e
reconstituição da vegetação natural, assim como a valorização da cultura local, em todas as suas manifestações.
1º - As placas de logradouros públicos deverão conter, preferencialmente, uma mensagem de cunho ambiental, juntamente com a mensagem
comercial.
2º - A educação ambiental será condição obrigatória a ser imposta ao empreendedor nos processos de licenciamento de atividades potencialmente
impactantes ao meio ambiente.
3º - Faz parte da educação ambiental a valorização das Unidades de Vizinhança e das regras de convívio tendentes a manter e melhorar a qualidade
de vida nos espaços comuns.

XIV
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 60. Constituem instrumentos de participação popular na gestão do meio ambiente aqueles previstos no Sistema de Gestão Participativa, em
especial:

I. O Conselho Municipal do Meio Ambiente;


II. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, e;
III. A Conferência Municipal de Meio-Ambiente.

SEÇÃO XV
FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Art. 61. A fiscalização do cumprimento do disposto nesta Lei será exercida por agentes da fiscalização e monitoramento ambientais, autorizados pelo
Poder Público para esse fim.
Art. 62. No exercício da ação fiscalizadora, fica autorizada, aos agentes de fiscalização, a entrada, a qualquer dia e hora, bem como a sua
permanência, pelo tempo que se fizer necessário, em instalações industriais, comerciais, prestadoras de serviços, agropecuárias, atividades sociais,
religiosas ou recreativas, empreendimentos imobiliários rurais e urbanos e outros, sejam eles públicos ou privados.
Art. 63. A entidade fiscalizada deve colocar à disposição dos agentes as informações necessárias e os meios adequados à perfeita execução de seu
dever funcional.
Art. 64. Os agentes, quando obstados, poderão requisitar força policial para o exercício de suas atribuições, em qualquer parte do território municipal:
Art. 65. Aos agentes, no exercício de sua função de monitoramento e controle ambiental, compete:

I. Atuar preventivamente, exercendo o papel de multiplicadores das ações de educação ambiental, integradas aos programas de conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente e, em especial, a:
a) conscientização e capacitação da população, para a gestão da limpeza urbana;
b) conscientização da população, quanto à importância da conservação e preservação dos recursos hídricos;
c) orientação da população das vilas e povoados, para o uso dos dispositivos a serem implantados com a execução dos projetos de saneamento
ambiental básico;
d) orientação da população residente nas áreas críticas de alagamentos, para que colabore na adoção de medidas preventivas e corretivas,
visando minimizar os efeitos destas ocorrências;
e) conscientização e orientação da população, para que esta participe na fiscalização e manutenção dos equipamentos públicos e comunitários
implantados, assim como na fiscalização do período pós-ocupação das Zonas de Especial Interesse Social - ZEIS;

II. Efetuar vistorias em geral, levantamentos e avaliações;


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III. Efetuar medições, coletas de amostras e inspeções;
IV. Elaborar relatórios técnicos de inspeção;
V. Lavrar notificações, autos de inspeção, infração e de vistoria;
VI. Verificar a ocorrência de infrações e aplicar as respectivas penalidades, nos termos da legislação vigente;
VII. Lacrar equipamentos, unidades produtivas ou instalações, nos termos da legislação vigente; e
VIII. Exercer outras atividades que lhes forem designadas.

Art. 66. Em qualquer caso de derramamento, vazamento ou lançamento, acidental ou não, de material perigoso, por fontes fixas ou móveis, os
responsáveis deverão comunicar imediatamente ao Poder Executivo, sob as penas da lei, o local, horário e a estimativa dos danos ocorridos,
avisando, também, às autoridades de trânsito e à Defesa Civil, quando for o caso.

Art. 67. O Poder Executivo poderá exigir do poluidor, nos eventos e acidentes:
I. A instalação imediata e operação de equipamentos automáticos de medição, com registradores, nas fontes de poluição, para monitoramento
das quantidades e qualidade dos poluentes emitidos;
II. A comprovação da quantidade e qualidade dos poluentes emitidos, através da realização de análises e amostragens;
III. A adoção de medidas de segurança, para evitar os riscos ou a efetiva poluição ou degradação das águas, do ar, do solo ou subsolo, assim
como outros efeitos indesejáveis ao bem estar da comunidade; e
IV. A relocação de atividades poluidoras que, em razão de sua localização, processo produtivo ou fatores deles decorrentes, mesmo após a
adoção de sistemas de controle, não tenham condições de atender às normas e aos padrões legais.

Art. 68. Os custos relativos às análises físico-químicas e biológicas efetuadas correrão às expensas da empresa fiscalizada.

SEÇÃO XVI
DO MONITORAMENTO E AUTOMONITORAMENTO

Art. 69. O monitoramento de atividades, processos e obras que causem ou possam causar impactos ambientais será realizado por todos os meios e
formas admitidos em lei e tem por objetivos:

I. Aferir o atendimento aos padrões de emissão e aos padrões de qualidade ambiental, estabelecidos para a região em que se localize o
empreendimento;
II. Avaliar os efeitos de políticas, planos, programas e projetos de gestão ambiental e de desenvolvimento econômico e social;
III. Acompanhar o estágio populacional de espécies da vegetação e fauna, especialmente as ameaçadas de extinção; e
IV. Subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais, em casos de acidentes ou episódios críticos de poluição.

Art. 70. Caberá ao responsável pelo empreendimento ou atividade adotar as medidas corretivas eliminatórias ou mitigadoras, fixadas pelo Conselho
Municipal do Meio Ambiente, sob pena de aplicação das sanções cabíveis.
Art. 71. O interessado será responsável, sob as penas da lei, pela veracidade das informações e pela comunicação ao Poder Público de condições,
temporárias ou não, lesivas ao meio ambiente, devendo apresentar periodicamente, o relatório de automonitoramento, quando o Poder Executivo o
solicitar.
Parágrafo único - O automonitoramento será de responsabilidade técnica e financeira do interessado.

SEÇÃO XVII
SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS

Art. 72. O Sistema Municipal de Informações Ambientais do Município de Vitória da Conquista constitui um subsistema do Sistema de Informações do
Município de Vitória da Conquista, com os seguintes objetivos:

I. Coletar, cadastrar, processar, fornecer informações e produzir indicadores para o planejamento e a gestão das ações de interesse do meio
ambiente;
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II. Divulgar dados e informações ambientais, de modo a possibilitar a participação da sociedade no planejamento e gestão ambiental,
contribuindo na preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico.

Art. 73. Constituem componentes mínimos do Sistema:

I. O cadastro das Unidades de Conservação e de outras áreas protegidas, bem como dos imóveis e sítios tombados;

II. O levantamento e a sistematização dos padrões de emissão de poluentes das atividades em funcionamento no Município;
III. O levantamento do estágio populacional de espécies da vegetação e fauna, especialmente as ameaçadas de extinção;
IV. O registro sistemático dos resultados do licenciamento e da fiscalização ambiental;
V. A produção anual do Relatório de Qualidade Ambiental;
VI. O registro sistemático e a divulgação das atas dos Conselhos Municipais do Meio Ambiente e da Cultura

Art. 74. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é o órgão central do Sistema, devendo os demais órgãos municipais da Administração Direta e
Indireta fornecer informações e dados relacionados com as suas respectivas competências, para a sua manutenção.

SEÇÃO XVIII
FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Sub-Seção I
Do Objetivo

Art. 75. O Fundo Municipal do Meio Ambiente, criado pela Lei 691/92, o qual passa a ser regido por este Código, tem por objetivo criar condições
financeiras e de gerência dos recursos destinados ao desenvolvimento das ações necessárias para a execução da Política Municipal do Meio
Ambiente.

Sub-Seção II
Recursos Financeiros

Art. 76. Constituem receitas do Fundo Municipal do Meio-Ambiente, as provenientes de:

I. Dotações orçamentárias;
II. Créditos suplementares a ele destinados;
III. Produto das multas administrativas por infrações às normas ambientais ou condenações judiciais delas decorrentes;

IV. Rendimentos, de qualquer natureza, que venha a auferir como remuneração decorrente de aplicações de seu patrimônio;
V. Doações, contribuições em dinheiro, valores, bens móveis e imóveis, que venha a receber de pessoas físicas ou jurídicas;
VI. Ajuda e/ou cooperação internacionais;
VII. Acordos, convênios, contratos e consórcios;
VIII. Contribuições, subvenções e auxílios;
IX. Operações de crédito destinadas ao desenvolvimento de planos, programas e projetos ambientais; e
X. Receitas eventuais.

1º As receitas descritas neste artigo serão depositadas, obrigatoriamente, em conta especial a ser aberta e mantida em agência de estabelecimento
oficial de crédito.

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2º A conta será movimentada, em conjunto, pelo Chefe do Poder Executivo e pelo presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

3º A aplicação dos recursos de caráter financeiro dependerá da existência de verba, em função do cumprimento das ações referentes à Política
Municipal do Meio-Ambiente.

Sub-Seção III
Administração do Fundo

Art. 77. O Fundo Municipal do Meio Ambiente será gerenciado pelo presidente do Conselho Municipal do Meio-Ambiente, segundo deliberação do
Conselho.

Art. 78. São atribuições da gerência do Fundo Municipal do Meio Ambiente:

I. preparar as demonstrações mensais de receitas e despesas do Fundo;


II. manter os controles necessários à execução orçamentária do Fundo, referentes a pagamentos das despesas e a recebimentos da receita do
mesmo;
III. manter, juntamente com a Coordenação de Material e Patrimônio do Município, da Secretaria Municipal de Administração, o controle sobre
todos os bens públicos utilizados na Política Municipal do Meio Ambiente;
IV. arrecadar as receitas oriundas da multas aplicadas por infração à lei ambiental;
V. manter escrituração própria organizada, encaminhando Contabilidade Geral do Município:

a) mensalmente, demonstrativos de receitas e despesas;


b) anualmente, inventário dos bens imóveis e o Balanço Geral do Fundo;
VI. preparar relatório de acompanhamento das realizações do Fundo;
VII. levantar débitos referentes a multas aplicadas, não quitados tempestivamente, e encaminhá-los à Secretaria de Finanças e Execução
Orçamentária e à Procuradoria Geral do Município, para a inscrição na Dívida Ativa e cobrança administrativa ou judicial.

Sub-Seção IV
Ativo do Fundo

Art. 79. Constituem ativos do Fundo Municipal do Meio-Ambiente:

I. a disponibilidade monetária em instituição bancária;


II. direitos e ações que porventura forem constituídos;
III. bens móveis ou imóveis que forem destinados exclusivamente para Programas Ambientais.

Sub-Seção V
Passivo do Fundo

Art. 80. Constituem passivos do Fundo as obrigações que o Município assumir na execução da Política Municipal do Meio-Ambiente.

Sub-Seção VI
Orçamento e da Contabilidade

81. O Orçamento do Fundo Municipal do Meio-Ambiente integrará o Orçamento do Município, em obediência ao princípio da unidade.

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Art. 82. A Contabilidade do Fundo Municipal do Meio-Ambiente tem por objetivo evidenciar a situação financeira, patrimonial e orçamentária da
Política Municipal do Meio-Ambiente, observados os padrões e normas estabelecidos na legislação pertinente.

Art. 83. A Contabilidade será organizada de forma a permitir o exercício das funções de controle prévio e, ainda, concomitante e subseqüentemente,
de informação, de apropriação e apuração de custos, de concretização do seu objetivo e de interpretação e análise dos resultados obtidos.

Art. 84. A escrituração contábil será feita pelo método das partidas dobradas.

Sub-Seção VII
Execução Orçamentária

Art. 85. Nenhuma despesa será realizada, sem a necessária autorização orçamentária.

Art. 86. A despesa do Fundo Municipal do Meio-Ambiente constituir-se-á de:

I. financiamento total ou parcial da Política Municipal do Meio Ambiente;


II. aquisição de materiais permanente e de consumo necessários ao desenvolvimento da Política Municipal do Meio Ambiente.

Art. 87. A execução orçamentária das receitas processar-se-á através da obtenção do produto nas fontes determinadas nesta Lei.

Art. 88. O Fundo Municipal do Meio-Ambiente terá vigência semelhante ao da Política Municipal do Meio-Ambiente, definida nesta Lei.

IV
PROTEÇÃO E QUALIDADE DOS RECURSOS AMBIENTAIS

I
DAS ÁREAS DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO E/OU PAISAGÍSTICO

SEÇÃO I
ÁREAS VERDES

Art. 89. Visando assegurar ao Município as melhores condições ambientais possíveis, fica determinado que a proteção, o uso, a conservação e a
preservação das Áreas Verdes, situadas na Jurisdição do Município, serão reguladas pela presente Lei.

Parágrafo único - Nas áreas verdes de propriedade particular pode-se manter o direito de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e
esta Lei estabelecem.

Art. 90. O Poder Executivo, compartilhadamente com os organismos estaduais e federais competentes, exigirá, pelos meios legais cabíveis, a
reconstituição da cobertura vegetal dos morros, das matas ciliares e das drenagens na sede municipal, em áreas de cota abaixo dos 20 m (vinte
metros).

SEÇÃO II
ARBORIZAÇÃO

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Sub-Seção I
Plantio de Árvores

Art. 91. O Poder Público fica obrigado a elaborar um plano de arborização urbana, a ser observado quando da construção de edificações de uso
residencial e institucional, na proporção de pelo menos uma árvore para cada 150 m2 (cento e cinqüenta) metros quadrados de área ocupada.

Parágrafo único - A espécie arbórea a ser plantada deve ser escolhida dentro das espécies mais representativas da flora regional, oferecendo
condições biológicas de abrigo e alimentação à fauna.

Sub-Seção II
Relocação, Derrubada, Corte ou Poda de Árvores

Art. 92. Qualquer árvore ou grupo de árvores poderá ser declarada imune ao corte, mediante ato do Poder Executivo, quando motivada pela sua
localização, raridade, beleza, condição de porte ou em via de extinção na região.

Art. 93. A relocação, derrubada, o corte ou a poda de árvores ficam sujeitos à autorização prévia da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sendo
esta responsável pela realização dos serviços, em conformidade com o disposto nesta Lei.

Parágrafo único - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente examinará a possibilidade da relocação das árvores, antes de autorizar a sua derrubada e
corte.

Art. 94. A solicitação de licença para a derrubada, corte ou poda de árvores deve ser feita à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que adotará,
quando do seu recebimento, providências obrigatórias para vistoria da árvore a que se refere a solicitação e avaliação da real necessidade da sua
derrubada, corte ou poda.

95. Qualquer pessoa ou entidade poderá, dentro de 30 (trinta) dias, apresentar argumentação por escrito à Secretaria Municipal do Meio Ambiente,
contrária ou favorável ao licenciamento pretendido, sobre o que trata o artigo anterior, a qual deverá constar do respectivo processo administrativo.

Art. 96. A licença para relocação, derrubada, corte ou poda de árvores será concedida quando se constatar que o(s) espécime(s)-alvo apresentam,
no mínimo, uma das seguintes características:

I. causar dano relevante, efetivo ou iminente, a edificação cuja reparação se torna inviável sem a derrubada, corte ou poda da vegetação;
II. apresentar risco iminente à integridade física do requerente ou de terceiros;
III. causar obstrução incontornável à realização de obra de interesse público;
IV. não se recomendar a sua relocação;
V. quando apresentar deficiência patológica.

Art. 97. Concedida a licença para a relocação ou derrubada da árvore, uma vez observadas as condições técnicas de que trata o artigo anterior, será
replantada na mesma propriedade outra semelhante ou substituída por espécime de semelhante porte, quando adulta.

Art. 98. Quando a relocação ou derrubada da árvore tiver por finalidade possibilitar edificação, a expedição do habite-se fica condicionada ao
cumprimento das exigências a que se refere o artigo anterior.

Art. 99. O responsável pela poda, corte, derrubada, não autorizada, morte provocada ou queima de árvore, na Jurisdição do Município, fica sujeito às
penalidades previstas nesta Lei.
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Art. 100. No caso de reincidência, a multa será por árvore abatida e será promovida perante a Justiça ação penal correspondente, de acordo com a
legislação federal vigente.

Art. 101. Não será permitida a fixação, em árvores, de cartazes, placas, tabuletas, pinturas e outros elementos que descaracterizem sua forma e
agridam a sua condição vital.

SEÇÃO III
QUEIMADAS

Art. 102. Para evitar a propagação de incêndios, observar-se-ão nas queimadas as medidas preventivas necessárias e os requisitos estabelecidos
pelas normas ambientais.
Parágrafo único. Os interessados em queimadas deverão requer autorização ao órgão ambiental competente.
Art. 103. A ninguém é licito atear fogo a roçadas, palhadas ou matas que limitem com terras de outrem, sem tomar as seguintes precauções em sua
própria área:

I. Preparar aceiros de, no mínimo, 7,00m (sete metros) de largura, dos quais 2,50m (dois e meio metros) serão capinados e o restante roçado; e
II. Mandar aviso escrito aos confinantes, com antecedência mínima de vinte e quatro horas, marcando dia, hora e lugar para ateamento de fogo.

CAPÍTULO II
FAUNA

Art. 104. Os animais de quaisquer espécies, constituindo a fauna silvestre, nativa ou adaptada, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais,
em qualquer fase de seu desenvolvimento e que vivam naturalmente fora do cativeiro, estão sob a proteção do Poder Público, sendo proibida a sua
perseguição, destruição, caça ou apanha.
Art. 105. A instalação de criadouros artificiais está sujeita ao licenciamento ambiental, controle e fiscalização municipais e somente poderá ser
permitida, se destinados à:
I. Procriação de espécies da fauna ameaçadas de extinção;
Execução de projetos de pesquisa científica;
III. Reprodução ou cultivo, com fins comerciais, de espécies cuja viabilidade econômica já esteja cientificamente comprovada; e
IV. Destinados a aves canoras de propriedade de criadores amadores.

106. A realização de pesquisa científica, o estudo e a coleta de material biológico, nas áreas protegidas por lei, dependerão de prévio licenciamento
ambiental.
Art. 107. Os animais capturados poderão ser mantidos em cativeiro, nos parques municipais, em áreas verdes ou em jardins zoológicos ou em
propriedades privadas, desde que apresentem adequadas condições de alimentação, abrigo e demais fatores necessários à sua saúde ao bem estar.
Art. 108. A autorização para a manutenção de animais silvestres exóticos, potencialmente em estado feral, em cativeiro domiciliar ou em trânsito, só
será concedida mediante o cumprimento das normas vigentes quanto a alojamentos, alimentação e cuidados com a saúde e o bem estar desses
animais, de acordo com a legislação específica.
Art. 109. Fica proibido pescar:

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I. Nos cursos dnos períodos em que ocorrem fenômenos migratórios para reprodução ou de defesa;
II. Mediante a utilização de:
a) explosivos ou de substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos semelhantes;
b) substâncias tóxicas;
c) aparelhos, apetrechos, técnicas e métodos que comprometam o equilíbrio das espécies;

1o. Ficam excluídas da proibição prevista no item II, letra c, deste artigo, as pescas artesanais e amadoras que utilizem, para o exercício da pesca,
linha de mão ou vara e anzol.

2o. São vedados o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a industrialização de espécimes provenientes da pesca proibida.

CAPÍTULO III
SOLO

SEÇÃO I
PREVENÇÃO À EROSÃO

Art. 110. A execução de quaisquer obras, em terrenos erodidos ou suscetíveis à erosão, aos processos morfogenéticos e ao escoamento superficial,
fica sujeita à licença ambiental, sendo obrigatória a apresentação do devido Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD).

111. A execução de obras e intervenções, nas quais sejam necessárias a supressão de cobertura vegetal e a movimentação de terras (corte e aterro)
e todas as intervenções que implicam em alteração no sistema de drenagem de águas pluviais devem ser programadas para o período menos
chuvoso.
Art. 112. O parcelamento do solo, em áreas com declividades originais, iguais ou superiores a 15% (quinze por cento), somente será admitido, em
caráter excepcional, se atendidas, pelo empreendedor, exigências especificas, que comprovem:
I. Inexistência de prejuízo ao meio físico paisagístico da área externa à gleba, em especial no que se refere à erosão do solo e assoreamento dos
corpos dquer durante a execução das obras relativas ao parcelamento, quer após sua conclusão;
II. Proteção contra erosão dos terrenos submetidos a obras de terraplanagem;
III. Condições para a implantação das edificações nos lotes submetidos à movimentação de terra;
IV. Medidas de prevenção contra a erosão, nos espaços destinados às áreas verdes e nos de uso institucional;
V. Adoção de providências necessárias para o armazenamento e posterior reposição da camada superficial do solo, no caso de terraplanagem; e
VI. Execução do plantio da vegetação apropriada às condições locais.

Art. 113. O sistema viário, nos parcelamentos em áreas de encosta, deverá ser ajustado à conformação natural dos terrenos, de forma a se reduzir
ao máximo o movimento de terra e a se assegurar a proteção adequada às áreas vulneráveis.

SEÇÃO II
CONTAMINAÇÃO DO SOLO E SUBSOLO

Art. 114. O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para destinação de substâncias de qualquer natureza, em estado sólido, líquido, pastoso
ou gasoso, desde que sua disposição seja baseada em normas técnicas oficiais e padrões estabelecidos em legislação pertinente.
Art. 115. O Poder Executivo responsabilizará e cobrará os custos da execução de medidas mitigadoras, para se evitar e/ou corrigir a poluição
ambiental decorrente do derramamento, vazamento, disposição de forma irregular ou acidental do:
I. Transportador, no caso de incidentes poluidores ocorridos durante o transporte, respondendo, solidária e subsidiariamente, o gerador;
II. Gerador, nos acidentes ocorridos em suas instalações; e
III. Proprietário das instalações de armazenamento, tratamento e disposição final, quando o derramamento, vazamento ou disposição irregular
e/ou acidental ocorrer no local de armazenamento, tratamento e disposição.

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Parágrafo único. Qualquer caso de derramamento, vazamento ou disposição acidental deverá ser comunicado, sob as penas da lei, imediatamente
após o ocorrido, ao Poder Executivo.

III
RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 116. Todos os resíduos portadores de agentes patogênicos, inclusive os de estabelecimentos hospitalares e congêneres, assim como alimentos
e outros produtos de consumo humano condenados, não poderão ser dispostos no solo sem controle e deverão ser adequaacondicionados e
conduzidos em transporte especial, definidos em projetos específicos, nas condições estabelecidas pelo COMMAM.

Art. 117. O solo somente poderá ser utilizado para destino final de residuais de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma
adequada, estabelecida em projetos específicos de transporte e destino final, ficando vedada a simples descarga ou depósito.

único - Quando a disposição final mencioneste artigo exigir a construção de aterros sanitários, deverão ser tomadas medidas adequadas para
proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo-se as normas federais, estaduais e as municipais.

Art. 118. Os resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que contenham substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras
consideradas prejudiciais, deverão sofrer, antes de sua disposição final, tratamento ou acondicionamento adequados e específicos, nas condições
estabelecidas pelo COMMAM.

Art. 119. Os resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza não devem ser colocados ou incinerados a céu aberto, permitindo-se apenas:

I. a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, em locais previamente aprovados, desde que isso não ofereça riscos à saúde
pública e ao meio ambiente, a critério das autoridades de controle da poluição e de preservação ambiental ou de saúde pública;

II. a incineração de resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza, a céu aberto, em situações de emergência sanitária, com autorização
expressa do COMMAM.

Art. 120. É vedado, no território do Município:

I. O lançamento de resíduos hospitalares, industriais e de esgotos residenciais, sem tratamento, diretamente em rios, lagos e demais cursos
ddevendo os expurgos e dejetos, após conveniente tratamento, sofrer controle e avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, quanto aos
teores de poluição;
II. O depósito e destinação final de todos os tipos de resíduos, inclusive nucleares e radioativos produzidos fora do seu território.

Art. 121. A coleta, o transporte, o manejo, o tratamento e o destino final dos residuais sólidos e semi-sólidos obedecerão às normas da ABNT, sem
prejuízo das deliberações das Secretarias Municipais de Serviços Públicos, do Meio Ambiente, do COMMAM e dos órgãos públicos que tratam da
preservação ambiental.

Art. 122. O manejo, o tratamento e o destino final dos resíduos sólidos e semi-sólidos serão resultantes de solução técnica e organizacional que
importem na coleta diferenciada e sistema de tratamento integrado.
1o Entende-se por coleta diferenciada para os resíduos a sistemática que propicie a redução do grau de heterogeneidade dos mesmos na origem da
sua produção, permitindo o transporte de forma separada para cada um dos diversos componentes em que forem orga

2o A coleta diferenciada para os resíduos se dará separadamente para:

a) O lixo doméstico;
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b) Os resíduos patogênicos e os sépticos de origem dos serviços de saúde;
c) Entulho procedente de obras de construção civil;
d) Podas de árvores e jardins;
e) Restos de feiras, mercados e dos alimentos provenientes das atividades geradoras de alto teor de sua produção.

3o O sistema de tratamento integrado será definido por estudo técnico, observando-se tecnologias de baixo custo de implantação, operação e
manutenção.

4o Estudos técnicos preliminares adotarão soluções simplificadas para implantação da coleta diferenciada dos resíduos em prazos compatíveis com
a reorganização dos serviços de limpeza urbana.

Art. 123. O Executivo Municipal implantará o sistema de coleta seletiva para o lixo produzido nos domicílios residenciais e comerciais, objetivando a
sua reciclagem.

Parágrafo único - Para efeitos desta Lei, entende-se por coleta seletiva do lixo a sistemática de separar os resíduos na sua origem, em duas classes
distintas: resíduos secos (não orgânicos) e resíduos molhados (orgânicos). Os resíduos secos serão coletados e transportados, independentemente,
para fins de reciclagem. Os resíduos molhados serão objeto da coleta regular e não aproveitados para a reciclagem, em face de sua condição de
perecíveis.

Art. 124. O Executivo Municipal incentivará a realização de estudos, projetos e atividades que proponham a reciclagem dos resíduos sólidos junto às
organizações da comunidade, à iniciativa privada e órgãos municipais.

125. Todos os empreendimentos imobiliários deverão dispor de área própria para depósito de lixo, de acordo com normas estabelecidas pela
Administração Municipal, através do Órgão Setorial competente.

Art. 126. A utilização de substâncias, produtos, objetos ou rejeitos deve se proceder com as devidas precauções para que não apresentem perigo e
não afetem o meio ambiente e a saúde.

1o - Os resíduos e rejeitos perigosos devem ser reciclados, neutralizados ou eliminados pelo fabricante ou comerciante, inclusive recuperando
aqueles resultantes dos produtos que foram por eles produzidos ou comercializados.

2o - Os consumidores de tais produtos deverão devolver as substâncias, produtos, objetos, rejeitos ou resíduos potencialmente perigosos ao meio
ambiente, nos locais determinados pelo comerciante ou fabricante, diretamente.

Art. 127. Os usuários dos sistemas de destinação e/ou tratamento de resíduos sólidos, públicos ou privados, deverão atender às normas e técnicas
estabelecidas para a adequada disposição de seus resíduos.
1º Nos sistemas de disposição ou tratamento de resíduos, operados pelo Poder Executivo, somente poderão ser aceitos resíduos identificados e
caracterizados pelo gerador, não perigosos (classe II) e inertes (classe III).
2º Não serão aceitos resíduos de processo com água livre nos sistemas de tratamento e/ou disposição de resíduos.
3.º Excetuam-se deste artigo os resíduos (classe I) patogênicos e tóxicos apreendidos, que poderão ser destinados aos incineradores públicos.

SEÇÃO IV
ATERRO SANITÁRIO

Art. 128. Toda instalação de tratamento e/ou disposição de resíduos a ser implantada deverá ser provida de um cinturão verde, através de plantio de
espécies arbóreas de grande porte e rápido crescimento em solo natural.
1º O cinturão verde deverá ter largura entre 10 m (dez metros) a 25 m (vinte e cinco metros).
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2º No plano de encerramento dos aterros sanitários, deverá estar previsto projeto de recomposição da vegetação, para futura implantação de
parques ou outros usos compatíveis.
Art. 129. A área de empréstimo, onde se localizarem as jazidas de terra para recobrimento diário do resíduo no aterro sanitário, deverá ser
recuperada pelo responsável pela operação do aterro, evitando a instalação de processos erosivos e de desestabilização dos taludes.
Art. 130. O proprietário, operador, órgão público ou privado, gerenciador do sistema de tratamento e/ou destinação, serão responsáveis pelo
monitoramento e mitigação de todos os impactos, a curto, médio e longo prazos, do empreendimento, mesmo após o seu encerramento.
Art. 131. O líquido percolado resultante dos sistemas de tratamento e/ou destinação final de lixo deverá possuir estação de tratamento para efluentes,
não podendo estes ser lançados diretamente em correntes hídricas.
Art. 132. O efluente gasoso gerado nos sistemas de tratamento e/ou disposição de resíduos deverá ser devidamente monitorado, com o objetivo de
se verificar se há presença de compostos, em níveis que representem risco para a população próxima.
Art. 133. Deverão ser incentivadas e viabilizadas soluções que resultem em minimização, reciclagem e/ou aproveitamento racional de resíduos, tais
como os serviços de coleta seletiva e o aproveitamento de tecnologias disponíveis afins.
1 A minimização de resíduos será estimulada através de programas específicos, otimizando a coleta e visando a redução da quantidade de resíduos
no sistema de tratamento e/ou disposição final.
2 A reciclagem e/ou aproveitamento de embalagens que acondicionaram substâncias ou produtos tóxicos, perigosos e patogênicos, estarão sujeitos
às normas e legislação pertinentes.
3 As pilhas ou baterias utilizadas em celulares, quando substituídas em lojas e/ou magazines, deverão ser devidamente armazenadas e
encaminhadas ao fabricante, ficando proibida a venda ou doação a sucateiros e/ou reciclagem de metal.
4 A Administração Pública deverá criar dispositivos inibidores para a utilização de embalagens descartáveis e estímulos para embalagens recicláveis.

SEÇÃO V
ATIVIDADES DE MINERAÇÃO

134. A atividade de extração mineral, caracterizada como utilizadora de recursos ambientais e considerada efetiva ou potencialmente poluidora e
capaz de causar degradação ambiental, depende de licenciamento ambiental, qualquer que seja o regime de aproveitamento do bem mineral,
devendo ser precedido do projeto de recuperação da área a ser degradada, que será examinado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e pelo
COMMAM, para obter aprovação.

Art. 135. A extração e o beneficiamento de minérios em lagos, rios ou qualquer corpo dsó poderão ser realizados de acordo com o parecer técnico
aprovado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e pelo COMMAM.

Art. 136. A exploração de pedreiras, cascalhadeiras, olarias e a extração de areia e saibro, além da licença de localização e de funcionamento,
dependerá de licença especial, no caso de emprego de explosivo, a ser solicitada à Secretaria de Meio Ambiente.

Parágrafo único - A licença será requisitada pelo proprietário do solo ou pelo explorador legalmente autorizado, devendo o pedido ser instruído com o
título de propriedade do terreno ou autorização para exploração passada pelo proprietário e registrada em cartório.

Art. 137. A exploração de qualquer das atividades relacionadas no parágrafo único do artigo 140 será interrompida, total ou parcialmente, se, após a
concessão da licença, ocorrerem fatos que acarretem perigo ou dano, direta ou indiretamente, a pessoas ou a bens públicos ou privados, devendo o
detentor do título de pesquisa ou de qualquer outro de extração mineral responder pelos danos causados ao meio ambiente.

Art. 138. A extração de pedras fica sujeita ao atendimento das condições mínimas de segurança, especialmente quanto à colocação de sinais nas
proximidades, de modo que as mesmas possam ser percebidas distintamente pelos transeuntes, a uma distância de, pelo menos, 100 m (cem
metros), observando-se, ainda, as seguintes diretrizes:
I. os empreendimentos de mineração que utilizem, como método de lavra, o desmonte por explosivos (primário e secundário) deverão observar
os limites de ruído e vibração estabelecidos na legislação vigente;
II. as atividades de mineração deverão adotar sistemas de tratamento e disposição de efluentes sanitários e de águas residuárias provenientes
da lavagem de máquinas;
III. obrigatória a existência de caixa de retenção de óleo proveniente da manutenção de veículos e equipamentos do empreendimento; e
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IV. obrigatória, para evitar o assoreamento, em empreendimentos situados próximos a corpos da construção de tanque de captação de resíduos
finos transportados pelas águas superficiais.
Parágrafo único Não será permitida a extração de pedras de minas, com o emprego de explosivos, em uma distância inferior a 1.000m (mil metros)
de qualquer via pública, logradouro, habitação ou em área onde acarretar perigo ao público.

Art. 139. A instalação de olarias nas zonas urbanas e suburbanas do Município deverá ser feita com observância das seguintes normas:

I. As chaminés serão construídas de modo a evitar que a fumaça ou emanações nocivas incomodem a vizinhança, de acordo com estudos
técnicos;
II. Quando as instalações facilitarem a formação de depósitos de água, o explorador está obrigado a fazer o devido escoamento ou a aterrar as
cavidades com material não poluente, à medida em que for retirado o barro.

Art. 140. Será interditada a mina, ou parte dela, mesmo licenciada e explorada de acordo com este Código, que venha posteriormente, em função da
sua exploração, a causar perigo ou danos à vida, à propriedade de terceiros ou a ecossistemas.

Art. 141. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente poderá, a qualquer tempo, determinar a execução de medidas de controle no local de exploração
das pedreiras e cascalheiras e outras atividades de mineração, com a finalidade de proteger propriedades públicas e particulares e evitar a obstrução
das galerias de águas e de recompor as áreas degradadas, em caso de desativação destas atividades de mineração.

Art. 142. As atividades minerárias já instaladas no Município ficam obrigadas a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD).
1º O Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD), para as novas atividades, deverá ser apresentado quando do requerimento do
licenciamento ambiental.
2º As atividades já existentes quando da entrada em vigor desta Lei ficam dispensadas da apresentação do Plano de que trata este artigo, se
comprovarem que já dispõem de Plano aprovado pelo órgão ambiental competente do Estado.
3º No caso de exploração de minerais legalmente classificados como de "Classe II", quando se tratar de área arrendada, o proprietário da terra
responderá subsidiariamente pela recuperação da área degradada.

4º O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) deverá ser executado concomitantemente com a exploração.
5º A recuperação de áreas de mineração abandonadas ou desativadas é de responsabilidade do minerador.
6º Os taludes resultantes de atividades minerárias deverão receber cobertura vegetal e dispor de sistemas de drenagem, para evitar a instalação de
processos erosivos e de desestabilização de massa.

CAPITULO IV
CONTROLE DA POLUIÇÃO DOS AGROTÓXICOS

Art. 143. As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os
produzam ou comercializem, ficam obrigadas a promover seus respectivos registros junto ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAM, que,
por sua vez, ouvirá os órgãos setoriais competentes.

1o São prestadores de serviços as pessoas físicas ou jurídicas que executam trabalhos de prevenção, destruição e controle de seres vivos
considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins;

2o O registro no COMMAM não isenta de obrigações dispostas em outras leis;

3o Nenhum estabelecimento que opere com produtos abrangidos por esta Lei poderá funcionar sem a assinatura e responsabilidade efetiva de
técnico legalmente habilitado (Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Flo

4o Fica vedada a venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins, em estabelecimentos que comercializem alimentos de origem
animal ou vegetal para o consumo humano, bem como produtos farmacêuticos, salvo quando forem criadas áreas específicas separadas das demais
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por divisórias vedantes e impermeáveis.

Art. 144. Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou
signatário de acordos e convênios, alertarem para os riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá ao
Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAM, suspender imediatamente o uso, a comercialização e o transporte no Município.

Parágrafo único - Em casos excepcionais, ouvidos os órgãos oficiais de Saúde, Agricultura e Meio-Ambiente, poderá o COMMAM autorizar o uso por
organismos oficiais, sob a supervisão do Centro de Recursos Ambientais - CRA.

Art. 145. Possuem legitimidade para requerer, em nome próprio, a impugnação do uso, comercialização e transporte de agrotóxicos, seus
componentes afins argüindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais, as seguintes organizações:

I. Entidade de classe, representativa de profissionais ligados ao setor;


II. Partidos políticos, com representação no Congresso Nacional;
III. Entidades legalmente constituídas para a defesa dos interesses difusos relacionados à proteção do consudo meio ambiente e dos recursos
naturais.
Art. 146. Requerida a impugnação de que trata o artigo anterior, caberá ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAM, avaliar, num prazo
não superior a 90 (noventa) dias, os problemas e informações, consultando os órgãos de agricultura, saúde e meio ambiente, devendo tomar uma ou
mais das semedidas, através de atos específicos publicados em Diário Oficial, ou em jornais de circulação no Município:

I. Restringir ou suspender o uso;


II. Restringir ou suspender a comercialização;
III. Restringir ou suspender o transporte no Município.

Art. 147. Os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário
agronômico próprio, fornecido por Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal, registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREA, a quem cabe a fiscalização do exercício profissional na prescrição do receituário agronômico.

Art. 148. As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem ou que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e
afins, ficam obrigadas a manter à disposição dos serviços de fiscalização livro de registro ou outro sistema de controle, conforme regulamentação
desta lei, contendo:

I. No caso dos estabelecimentos que comercializem agrotóxicos, seus componentes e afins no mercado interno:

a) relação detalhada do estoque existente;


b) controle em livro próprio, registrando-se nome técnico e nome comercial, a quantidade do produto comercializado e o número da receita
agronômica acompanhada dos respectivos receituários;

II. No caso de pessoas físicas ou jurídicas, que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins:

a) relação detalhada do estoque existente;


b) nome comercial e técnico dos produtos e quantiaplicadas, acompanhados dos respectivos receituários e guias de aplicação, em duas vias,
ficando uma via de posse do contratante;
c) guia de aplicação, da qual deverão constar no mínimo:

1. Nome do usuário e endereço;


Endereço do local de aplicação;
3. Nome(s) comercial(ais) do(s) produto(s) usado(s);
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Quantidade empregada de produto comercial;
Forma de aplicação;
Data do início e término da aplicação dos pro
Riscos oferecidos pelos produtos ao ser humano, meio ambiente e animais domésticos;
Cuidados necessários;
Identificação do aplicador e assinatura;
Identificação do responsável técnico e assinatura;
A assinatura do usuário.

Art. 149. Fica proibido o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins organoclorados e mercuriais, no território do Município de Vitória da
Conquista.

Parágrafo único - Os casos de uso excepcional serão definidos pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAM.

Art. 150. Após a conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos, seus componentes e afins, apreendidos como resultado de ação fiscalizadora,
serão inutilizados ou terão outro destino, a critério da autoridade competente.

Art. 151. O transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins, deverá se submeter às regras e procedimentos estabelecidos para o transporte de
cargas perigosas, constantes na Legislação Federal, e às normas estabelecidas nesta Lei.

Art. 152. As empresas citadas no artigo 145 têm o prazo de até 90 (noventa) dias, após a publicação do regulamento desta Lei, para se adaptarem
aos seus dispositivos.

Art. 153. O Poder Executivo desenvolverá ações educativas de forma sistemática, visando atingir os produtores rurais e usuários de agrotóxicos,
seus componentes e afins, divulgando a utilização de métodos alternativos de combate a pragas e doenças, com o objetivo de reduzir os efeitos
prejudiciais sobre os seres humanos e o meio ambiente.

Art. 154. A Secretaria Municipal de Saúde, adotará as providências necessárias para definir, como de notificação compulsória, as intoxicações e
doenças ocupacionais decorrentes das exposições, agrotóxicos, seus come afins.

Art. 155. O descarte de embalagens e resíduos de agrotóxicos, seus componentes e afins, atenderá ao que prescreve a Lei Federal 7.802, de 11 de
julho de 1989, e sua regulamentação e normas que venham a ser estabelecidas pelo COMMAM.

CAPÍTULO V
RECURSOS HÍDRICOS

SEÇÃO I
CLASSIFICAÇÃO

156. A classificação dos recursos hídricos do Município de Vitória da Conquista será determinada pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental -
CEPRAM e dela será dado conhecimento ao CONDEMA, respeitado a Resolução CONAMA no. 20, de 18 de junho de 1986, que classifica as águas
do Território Nacional segundo os seus usos legítimos e outras que venham a ser regulamentadas.

1o A classificação se baseará nos padrões que os recursos hídricos devem possuir para atender os seus usos legítimos e não, necessariamente, em
seu estado atual.

2o Enquanto os recursos hídricos não forem enquadrados, prevalece a classe II para os mesmos, segundo a Resolução CONAMA no. 20, de 1986.
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Art. 157. Não há impedimento no aproveitamento de águas de melhor qualidade em usos menos exigentes, desde que tais usos não prejudiquem a
qualidade estabelecida para essas águas, a partir da classificação realizada para os mesmos.

Art. 158. Aqueles que, no exercício de suas atividades, conferirem ao corpo dcaracterística que modifiquem os níveis de qualidade estabelecidos na
classe do enquadramento estarão sujeitos às penalidades estabelecidas nesta Lei.

SEÇÃO II
EFLUENTES

Art. 159. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados direta ou indiretamente nos corpos de água, desde que obedeçam
às seguintes condições:

a) pH entre 5 a 9;
b) temperatura: inferior a 40oC, sendo que a elevação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 31oC;
c) materiais sedimentáveis: até ml/litro em teste de I hora em Cone Imhoff, sendo que para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de
circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualausentes;
d) regime de lançamento com vazão mínima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor;
e) e graxas:
1. minerais até 20 mg/l;
vegetais e gorduras animais até 50 mg/l

f) ausência de materiais flutuantes;


g) valores máximos admissíveis das seguintes substâncias:
1. amônia: 5,0 mg/l N;
arsênio total: 0,5 mg/l AS;
3. bário: 5,0 mg/Ba;
boro: 5,0 mg/B;
cádmio: 0,2 mg/l Cd;
cianetos: 0,5 mg/l CN;
chumbo: 0,5 mg/l Pb;
cobre: 1,0 mg/l Cu;
cromo hexavalante: 0,5 mg/l Cr;
cromo trivalente: 2,0 mg/l Cr;
estanho: 4,0 mg/l Sn;
de fenóis: 0,5 mg/l C6H5OH;
ferro solúvel 15,0 mg/l Fe;
fluoretos: 10,0 mg/l F;
manganês solúvel: 1,0 mg/l Mn;
mercúrio: 0,01 mg/l Hg;
17. níquel: 2,0 mg/l Ni;
18. prata: 0,1 mg/l Ag;
selênio: 0,05 mg/l Se;
sulfetos: 1,0 mg/l S;
21. sulfitos: 1,0 mg/l SO3;
22. zinco: 5,0 mg/l Zn
compostos organofosforados e carbonatos totais: 1,0 mg/l em Paration;
sulfeto de carbono: 1,0 mg/l;
tricloroeteno: 1,0 mg/l;
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clorofórmio: 1,0 mg/l;
tetracloreto de carbono: 1,0 mg/l;
28. dicloroeteno: 1,0 mg/l;
29. composto organofosforados não listados acima (pesticidas, solventes, etc.): 0,05 mg/l;
30. outras substâncias em concentrações que poderiam ser prejudiciais de acordo com limites a serem fixados pelo CONAMA

h) tratamento especial, se provierem de hospitais e outros estabelecimentos nos quais haja despejos infetados com microorganismos patogênicos.

Parágrafo único - Resguardados os padrões de qualidade do corpo receptor, demonstrado por estudos técnicos específicos, realizados pela entidade
responsável pela emissão, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente poderá autorizar lançamentos acima dos limites estabelecidos no artigo anterior,
fixando o tipo de tratamento e as condições para esse lançamento, de acordo com o artigo 23 da Resolução CONAMA no. 20, de 18 de junho de
1986.

Art. 160. Os efluentes líquidos provenientes de indústrias deverão ser coletados separadamente, através de sistemas próprios independentes,
conforme sua origem e natureza, assim determinadas:

I. Coleta de águas pluviais;


II. Coleta de despejos sanitários e industriais em conjunto e/ou separadamente;
III. Coleta das águas de refrigeração.

Parágrafo único - A incorporação de águas ao despejo industrial e seu lançamento no sistema público de esgoto só poderão ser permitidos mediante
autorização expressa de entidade responsável pelo sistema e após verificação da possibilidade técnica do recebimento daquelas águas.

Art. 161. O lodo proveniente de sistemas de tratamento das fontes de poluição Industrial, bem como o material proveniente da limpeza de fossas
sépticas e de sanitários de ônibus e outros veículos, poderão a critério e mediante autorização expressa da entidade responsável pela operação do
sistema público de esgotos, ser recebidos pelo mesmo, proibida sua disposição em galerias de águas pluviais ou em corpos d'água.

Art. 162. Os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, provenientes de atividades agropecuárias, industriais, comerciais ou de qualquer outra natureza,
só poderão ser conduzidos ou lançados de forma a não poluírem as águas superficiais e subterrâneas.

Art. 163. A implantação de distritos industriais e de outros empreendimentos e atividades, que dependam da utilização de águas subterrâneas,
deverá ser precedida de estudos hidrogeológicos para avaliação das reservas e do potencial dos recursos hídricos, sujeitos à aprovação pelos
órgãos competentes.

III
ÁGUA

Art. 164. O lançamento de efluentes, direta ou indiretamente, bem como a drenagem de águas pluviais e servidas da sede municipal para os rios e
barragens, deverá obedecer a padrões estabelecidos pela legislação municipal, através dos Órgãos competentes.
1º À montante de qualquer ponto de tomada de água para abastecimento de áreas urbanas, fica proibido qualquer tipo de exploração do leito
arenoso, como também a ocupação humana e instalação de unidades industriais.
2º As águas subterrâneas e as águas superficiais deverão ser protegidas da disposição de resíduos sólidos de projeto de aterro sanitário.
3º proibido o lançamento de efluentes poluidores em vias públicas, galerias de águas pluviais ou valas precárias.
Art. 165. A aprovação de edificações e empreendimentos que utilizem águas subterrâneas fica vinculada à apresentação da autorização
administrativa expedida pelo órgão competente.
Art. 166. No caso de situações emergenciais, o Poder Executivo poderá limitar ou proibir, temporariamente, o uso da água ou o lançamento de
efluentes nos cursos de água.
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Parágrafo único. A proibição ou limitação prevista neste artigo será sempre pelo tempo mínimo tecnicamente necessário à solução da situação
emergencial.

CAPÍTULO VI
SANEAMENTO BÁSICO

SEÇÃO I
ESGOTAMENTO SANITÁRIO E DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Art. 167. Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares de coleta de esgoto sanitário em corpos hídricos deverão ser precedidos de
tratamento adequado, ou seja, de tratamento com a eficiência comprovada e que não afete os usos legítimos destes recursos hídricos.

1o Para efeitos deste artigo, consideram-se corpos hídricos receptores todas as águas que, em seu estado natural, são utilizadas para o lançamento
de esgotos sanitários.

2o Fica excluído da obrigação definida neste artigo o lançamento de esgotos sanitários em águas de lagoas de estabilização especialmente
reservadas para este fim.

3o O lançamento de esgotos em lagos, lagoas, lagunas e reservatórios deverá ser precedido de tratamento adequado.

Art. 168. As edificações somente serão licenciadas, se comprovada a existência de redes de esgoto sanitário e de estação de tratamento capacitadas
para o atendimento das necessidades de esgotamento sanitário a serem criadas pelas mesmas.

o Caso inexista o sistema de esgotamento sanitário, caberá ao incorporador prover toda a infra-estrutura necessária, incluindo o tratamento dos
esgotos, e à empresa concessionária, a responsabilidade pela operação e manutenção da rede e das instalações do sistema.

o Em qualquer empreendimento e/ou atividades em áreas rurais e urbana, onde não houver redes de esgoto, será permitido o tratamento com
dispositivos individuais, desde que comprovada sua eficiência, através de estudos específicos, utilizando-se o subsolo como corpo receptor, desde
que afastados do lençol freático e obedecidos os critérios estabelecidos na norma da ABNT 7229, que trata da construção e instalação de fossas
sépticas e disposição dos efluentes finais.

3o O licenciamento de construção em desacordo com o disposto neste artigo ensejará a instauração de inquérito administrativo, para a apuração da
responsabilidade do agente do Poder Público que o concedeu, que poderá ser iniciado mediante representação de qualquer cidadão.

4o Após a implantação do sistema de esgotos, conforme previsto neste artigo, a Administração Pública deverá permanentemente fiscalizar suas
adequadas condições de operação.

5o A fiscalização será feita pelos exames e apreciações de laudos técnicos apresentados pela entidade concessionária do serviço de tratamento,
sobre os quais se pronunciará a Administração, através de seu órgão competente.

6o Os exames e apreciações de que trata o parágrafo anterior serão colocados à disposição dos interessados, em linguagem acessível.

Art. 169. O Poder Público garantirá condições que impeçam a contaminação da água potável na rede de distribuição e realizará análise e pesquisa
sobre a qualidade de abastecimento de água.

Art. 170. A Administração Municipal manterá público o registro permanente de informações sobre a qualidade da água dos sistemas de
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abastecimento, obtidos da empresa concessionária deste serviço e dos demais corpos dutilizados, onde não se disponha do Sistema Público de
Abastecimento.

Art. 171. É obrigatória a ligação de toda construção considerada habitável à rede pública de abastecimento de d'água e aos coletores públicos de
esgoto, onde estes existirem.

Parágrafo único - Quando não existir rede pública de abastecimento de água ou coletora de esgoto, a autoridade sanitária competente indicará as
medidas adequadas a serem executadas, que ficarão sujeitas à aprovação do CONDEMA, sem prejuízo das de outros órgãos, que fiscalizará a sua
execução e manutenção, sendo vedado o lançamento de esgotos "in natura a céu aberto ou na rede de águas pluviais.

CAPÍTULO VII
DO CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Art. 172. São padrões de qualidade do ar as concende poluentes atmosféricos que, se ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o
bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

Art. 173. Ficam estabelecidos, para o Município de Vitória da Conquista, os padrões de qualidade do ar determinados pela Resolução no. 03, de 28
de junho de 1990, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, até que outros estudos técnico-científicos sejam realizados, em substituição
à referida Resolução.

Art. 174. São padrões de emissão as medidas de intensidade, de concentrações e as quantidades máximas de poluentes, cujo lançamento no ar seja
permitido.

Art. 175. Ficam estabelecidos, para o Município de Vitória da Conquista, os padrões de emissões determinados pela Resolução no. 08, de 06 de
dezembro de 1990, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, até que outros estudos técnico-científicos sejam realizados.

Parágrafo único - O Município poderá adotar padrões mais restritivos que os da Resolução no. 08, de 1990, do CONAMA, citada neste artigo, desde
que se tornem necessários.

Art. 176. O COMMAM poderá estabelecer padrões ou exigências especiais mais rigorosos, quando determinadas regiões ou circunstâncias assim o
exigirem.

Art. 177. Todos os monomotores e veículos automotores novos obedecerão aos padrões de emissão estabelecidos pelas Resoluções do CONAMA,
no. 18, de 06 de maio de 1986, e nos. 03 e 10, de 1989, e/ou outros que, posteriormente, forem deliberados pelo CONAMA.

Art. 178. Fica obrigatório o uso do tubo de descarga externa elevado, até o nível superior do pára-brisa traseiro nos ônibus urbanos coletivos, no
Município de Vitória da Conquista.

Art. 179. São vedadas, no território do Município, a fabricação, a comercialização ou a utilização de novos combustíveis, sem autorização prévia do
COMMAM.

Art. 180. Fica proibida a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera, em medidas de concentração perceptíveis.

Parágrafo único - Caberá ao COMMAM definir substâncias cuja concentração no ar será constatada por comparação com o limite de percepção de
odor.
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Art. 181. Nas situações de emergência, o COMMAM poderá determinar a redução das atividades das fontes poluidoras fixas ou móveis.

Art. 182. Toda fonte de poluição atmosférica deverá ser provida de sistema de ventilação local exaustora ou outro sistema de controle de poluentes,
de eficiência igual ou superior.

Art. 183. O armazenamento de material fragmentado ou articulado deverá ser feito em silos adequados, vedados, ou em outro sistema que controle a
poluição do ar, com eficiência tal que impeça o arraste do respectivo material pela ação dos ventos.

Art. 184. Em áreas cujo uso preponderante for residencial ou comercial, ficará a critério do Órgão ambiental especificar o tipo de combustível a ser
utilizado por equipamentos ou dispositivos de combustão.

Parágrafo único - Incluem-se nas disposições deste artigo os fornos de panificação e de restaurantes e caldeiras para qualquer finalidade.

Art. 185. O Executivo Municipal desestimulará novas atividades que utilizem a madeira como combustível básico, exigindo alternativas de uso de
combustíveis.

Art. 186. A direção predominante dos ventos é parâmetro importante a ser considerado, para a localização de áreas industriais, de aterros sanitários
e de estações de tratamento de esgoto, assim como de atividades geradoras de gases e emissões atmosféricas potencialmente poluidoras ou que
causem incômodo às populações próximas.
Art. 187. É proibida a queima, ao ar livre, de resíduos sólidos, líquidos, pastosos ou gasosos, assim como de qualquer outro material combustível.
Parágrafo único O Poder Executivo poderá autorizar as queimas ao ar livre, em situações emergenciais ou se o caso concreto assim o recomendar.

188. Nos casos de fontes de poluição atmosférica, para as quais não existam padrões de emissão estabelecidos, deverão ser adotados sistemas de
controle e/ou tratamento que utilizem as tecnologias mais eficientes, para a situação.
Art. 189. Nos casos de demolição, deverão ser tomadas medidas objetivando evitar ou restringir as emanações de material particulado.
Art. 190. É proibida a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera, em quantidades que possam ser perceptíveis, fora dos limites da área de
propriedade da fonte emissora.

CAPÍTULO VIII
CONTROLE DA POLUIÇÃO SONORA

Art. 191. A emissão de sons e ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda, obedecerá, no interesse da saúde, da segurança e do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Lei.

Parágrafo único - A fiscalização das normas e padrões mencionados nesta Lei será feita pelos Órgãos da Administração Municipal, de acordo com as
suas competências específicas.

Art. 192. Consideram-se prejudiciais a saúde, à segurança e ao sossego público, para os fins do artigo anterior, os sons e ruídos que:

I. Atinjam 55 db entre 7:00 e 18:00 h e 50 db entre 18:00 e 7:00 h, quando causados por máquinas e motores.
II. No ambiente exterior do recinto em que têm origem, atinjam nível de som de mais de 10 (dez) decibéis - dB (A), do ruído, de fundo existente
no local, sem tráfego;
III. Independentemente do ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do recinto em que têm origem, mais de 70 (setenta) decibéis - dB (A),
durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis - dB (A), durante a noite;
IV. Alcancem, no interior do recinto em que são produzidos, níveis de som superiores aos considerados aceitáveis pelas Normas - NBR-10.151 e
NBR-10.152, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, de dezembro de 1987, ou das que lhes sucederem;
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Parágrafo Único - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações, para atividades heterogêneas, o nível de som produzido
por uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pelas Normas NBR-10.151 e NBRI10.152, da ABNT, ou das que lhe sucederem.

Art. 193. Nos logradouros públicos, são proibidos anúncios, pregões ou propaganda comercial, por meio de aparelhos ou instrumentos, de qualquer
natureza, produtores ou amplificadores de som ou ruído, individuais ou coletivos.

Art. 194. Também é proibido, em áreas residenciais, o uso de buzinas de automóveis ou similares, a não ser em caso de emergência, observadas as
determinações da legislação de Trânsito.

Art. 195. Não se compreende, nas proibições dos artigos anteriores, os ruídos de sons produzidos por:

I. Sinos de igrejas ou templos públicos, desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou para anunciar a realização de atos ou de
cultos religiosos;
II. Fanfarras ou bandas de música, em cortejos ou desfiles públicos;
III. Máquinas ou aparelhos utilizados em construções ou obras em geral, devidamente licenciados, desde que funcionem dentro dos horários e
com os níveis de decibéis estabelecidos pelas NBR-10.151 e NBR-10.152, de dezembro de 1987;
IV. Sirenes ou aparelhos de sinalização, sonora de ambulâncias, carros de bombeiros, veículos das corporamilitares, da policia civil e da defesa
civil;
V. Explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras, rochas ou nas demolições, desde que detonados em horário, diurno, das 07h00 às
17h30 (sete às dezessete e trinta horas) e previamente deferidos pela Secretaria Municipal do Meio Am

VI. Vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral ou manifestações públicas, de acordo com esta Lei e autorizados pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Art. 196. Nas proximidades de escolas, hospitais, sanatórios, teatros, tribunais, ou igrejas, nas horas de funcionamento e permanentemente, para o
caso de hospitais e sanatórios, fica proibida, até 200m (duzentos metros) de distância, a aproximação de aparelhos produtores de ruídos.

Art. 197. Por ocasião da Micareta, São João, na passagem de Ano e nas festas populares, são permitidas, excepcionalmente, as manifestações
tradicionais, normalmente proibidas nesta Lei.

Art. 198. Para as atividades industriais já instaladas, cuja intensidade de ruído ultrapasse os níveis de sonoridade estabelecidos na NBR-10.151 e
NBR-10.152, de dezembro de 1987, o Órgão de meio ambiente fixará prazos para a definitiva eliminação dos eventuais excessos verificados, findo o
qual poderá proibir a continuidade da atividade.

CAPÍTULO IX
TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS

Art. 199. O Executivo Municipal orientará o uso das vias para os veículos que transportem produtos perigosos, assim como, indicará as áreas para
estacionamento e pernoite dos mesmos.

Parágrafo único - Para definição das vias e áreas referidas no caput deste artigo, serão evitadas as áreas de proteção aos mananciais, reservatórios
de água, reservas florestais e as áreas densamente povoadas e consideradas as características dos produtos transportados.

Art. 200. Ficam proibidos o estacionamento e pernoite dos veículos transportadores de produtos considerados perigosos à saúde e à vida humana e
animal, na malha urbana da cidade, bem como em áreas densamente povoadas do Município de Vitória da Conquista.
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Art. 201. O veículo que transportar produto perigoso deverá evitar o uso de vias em áreas densamente povoaou de proteção de mananciais,
reservatórios de água ou reservas florestais e ecológicas, ou que delas sejam próximas.

202. O transporte rodoviário de produtos que sejam considerados perigosos ou representem risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente, em
trânsito no Município de Vitória da Conquista, fica submetido às regras e procedimentos estabelecidos nesta Lei e seu regulamento, sem prejuízo do
disposto em legislação e disciplina peculiares a cada produto.

Art. 203. As empresas transportadoras de produtos perigosos e os transportadores autônomos, ou os receptores destes produtos, ficam obrigados a
requerer ao órgão competente municipal, através de exposição de motivos, licença para cargas, descargas e trânsito nas vias urbanas, devendo
estar explicados o roteiro e horário a serem seguidos rigorosamente, sujeitando-se, entretanto, e prioritariamente, aos horários determinados pelo
Município.

1o. A licença de trânsito de cargas perigosas será expedida por produto transportado individualmente. Misturas de resíduos não classificados devem
ser avaliapelo órgão técnico do Município, para sua liberação.

2o. As áreas específicas para estacionamento de veículos transportadores de cargas perigosas devem ser licenciados pela Administração Municipal
e pelo Centro de Recursos Ambientais - CRA, após criteriosa avaliação em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, o órgão competente
municipal, Secretaria da Saúde e Comissão Municipal de Defesa Civil.

Art. 204. Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização do veículo transportador da carga perigosa, o condutor adotará as
medidas indicadas na ficha de emergência e no envelope para o transporte correspondente a cada produto transportado, dando conhecimento,
imediato, às autoridades com jurisdição sobre as vias, pelo meio disponível mais rápido, detalhando as condições da ocorrência, local, classe, riscos
e quantidades envolvidas.

Art. 205. A infra-estrutura do estacionamento de veículos transportadores de produtos perigosos será de responsabilidade das transportadoras ou da
iniciativa privada, interessada na exploração de tal estabelecimento.

Art. 206. Os veículos em operação de carga e descarga em área interna das empresas devem observar as orientações da legislação Estadual e,
também, as normas internas de segurança das empresas.

207. A lavagem de veículos transportadores de cargas perigosas não poderá ser realizada em solo do Município de Vitória da Conquista, até que seja
construída e colocada em funcionamento a estação de tratamento de efluentes líquidos, que possa garantir adequado tratamento e fique eliminada a
possibilidade de contaminação aos mananciais.

Parágrafo único - A iniciativa privada poderá construir sua estação de tratamento de efluentes líquidos individual.

Art. 208. Fica proibida a revenda de recipientes que tenham contido produtos, originalmente, nocivos ou perigosos à saúde pública.

CAPÍTULO X
USO DE INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 209. O Poder Executivo fiscalizará a fabricação, o comércio, o transporte, o depósito e o emprego de inflamáveis e explosivos, ficando proibido:
I. Fabricar explosivos sem licença especial;
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II. Manter depósito de substâncias inflamáveis ou de explosivos, sem atender às exigências legais quanto à construção, localização e segurança;

III. Depositar ou conservar nas vias públicas, mesmo provisoriamente, inflamáveis ou explosivos.
IV. Transportar explosivos e inflamáveis:
a) sem as precauções devidas;
em veículos de transporte coletivo de passageiros;
simultaneamente, no mesmo veículo.

Parágrafo único. A capacidade de armazenamento dos depósitos de explosivos será fixada em função das condições de segurança, da cubagem e
da arrumação interna, ressalvado o cumprimento de outras exigências estabelecidas pelos órgãos estadual ou federal competentes.
Art. 210. Não serão permitidas instalações de fábricas de fogos, inclusive de artifícios, pólvora e explosivos, no perímetro urbano da Sede, Distritos,
Povoados, ou qualquer núcleos urbanos.
Art. 211. Somente será permitida a venda de fogos de artifícios através de estabelecimentos comerciais que satisfaçam os requisitos de segurança
aprovados pelo Corpo de Bombeiros.
Parágrafo único. A venda para pessoa física, somente poderá ser feita, quando a maior de 18 anos de idade.
Art. 212. A instalação de postos de abastecimento de veículos ou bombas de gasolina fica sujeita a licenciamento, mesmo que para uso exclusivo de
seus proprietários.
1º Nos postos de abastecimento, os serviços de limpeza, lavagem e lubrificação de veículos serão executados no recinto dos estabelecimentos, de
modo que não incomodem ou perturbem o trânsito de pedestres pelas ruas, avenidas e logradouros públicos.
2º As disposições deste artigo estendem-se às garagens comerciais e aos demais estabelecimentos onde se executam tais serviços.

Art. 213. A concessão ou renovação de alvará de funcionamento, bem como o licenciamento de construções, destinadas a postos de serviços,
oficinas mecânicas, estacionamentos e os postos de lavagem rápida, que operam com serviços de limpeza, lavagem, lubrificação ou troca de óleo de
veículos automotivos, ficam condicionadas à execução, por parte dos interessados, de canalização para escoamento das galerias de águas pluviais,
através de caixas de óleo, de filtros ou outros dispositivos que retenham as graxas, lama, areia e óleos.
Parágrafo único. Todo aquele que entrar em operação com as atividades previstas no caput deste artigo, sem prévia licença, terá seu
estabelecimento lacrado sumariamente.

Art. 214. Em caso da não utilização dos equipamentos antipoluentes, o estabelecimento será notificado para, no prazo máximo de trinta dias, a contar
do recebimento da notificação, efetuar os reparos necessários à utilização plena dos equipamentos, sob pena de:
I. Findo o prazo de 30 (trinta) dias e, mais uma vez constatadas as irregularidades, ser cobrada multa em valor estabelecido neste Código;
II. Depois de 60 (sessenta) dias, contados da notificação e, mais uma vez constatada a não observância do que prescreve este Código, ser
automaticamente cassado o alvará de operação do estabelecimento.

CAPÍTULO XI
ANTENAS DE TELECOMUNICAÇÃO E ESTAÇÃO DE RÁDIO-BASE

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 215. As instalações de suportes para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de rádio -
base (ERB) e similares, por transmissão de radiação eletromagnética, no Município de Vitória da Conquista estão sujeitas às condições previstas
neste Código e no Código de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo e de Obras e Edificações, tendo como objetivo:

I. Definir critérios para a implantação de suportes para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de
estações de rádio - base (ERB), destinadas aos serviços de telecomunicação no Município Vitória da Conquista que estejam em conformidade com
as normas da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), dos demais órgãos competentes e o contido nesta Lei;

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II. Ordenar a distribuição dos equipamentos, priorizando as instalações compartilhadas, garantindo a qualidade da paisagem urbana e melhorias
na urbanização do entorno, diminuindo o impacto visual e garantindo a qualidade ambiental;

III. Definir limites adequados de radiações eletromagnéticas, visando à qualidade de vida dos cidadãos

Parágrafo único Estão compreendidas nas disposições desta Lei as antenas transmissoras que operem na faixa de freqüência de 100 KHZ (cem
quilohertz) a 300 GHZ (trezentos gigahertz).

Art. 216. Para efeito do disposto neste capítulo, ficam estabelecidas as seguintes definições:

I. Os suportes de antenas e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de rádio-base (ERB) são
elementos aparentes do mobiliário urbano, destinados a atender os sistemas de telecomunicações, conforme NBR 9283 da ABNT;

II. Paisagem urbana consiste na configuração visual, objeto da percepção plurisensorial de um sistema de relações resultante da contínua e
dinâmica interseção entre os elementos naturais, os elementos edificados ou criados e o próprio ser humano, numa constante relação de escala,
forma, função e movimento, que produz uma sensação estética e que reflete a dimensão cultural de uma comunidade;

III. Poluição visual é o efeito danoso visível que determinadas ações antrópicas e naturais produzem nos elementos de uma paisagem,
acarretando um impacto negativo na sua qualidade;

IV. Compartilhamento é o agrupamento de antenas de várias prestadoras numa mesma torre, poste ou mastro de telecomunicações;

V. Radiações eletromagnéticas é a propagação de energia eletromagnética, através de variações dos campos elétricos e magnéticos no espaço
livre;

VI. Prestadora é toda empresa responsável pela exploração e/ou operação dos serviços de telefonia celular .

SEÇÃO II
LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS.

Art. 217. Fica vedada a instalação de suporte para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de
rádio - base (ERB) e equipamentos afins, nos seguintes locais:

I. Em hospitais, escolas, creches e clínicas médicas que utilizem equipamentos susceptíveis a interferência eletromagnéticas e a uma distância
não inferior a 100m (cem metros) deles e dentro dos limites de radiação constante das normas emanadas do Conselho Municipal do Meio
Ambiente-COMMAN;
II. Em logradouros públicos;
III. Em áreas de proteção ambiental, áreas verdes urbanas, praças, parques de esportes e de lazer públicos, em pontos turísticos, em sítios
históricos, em equipamento públicos, sem que o projeto de camuflagem dos equipamentos e o projeto urbanístico da área sejam aprovados pelo
órgão responsável pela área ou imóvel, em primeira instância;
IV. Em uma distância menor que 500 (quinhentos) metros de raio, com relação a base de um outro suporte para antena e antena transmissora de
telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de rádio - base (ERB); observando-se os limites de radiação, constantes das normas
emanadas do Conselho Municipal do Meio Ambiente-COMMAN;

Art. 218. Será permitida a instalação de antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de rádio - base (ERB)
em prédios de uso misto e/ou residencial, com edificação de 4 (quatro) ou mais pavimentos, desde que o ponto de transmissão das ondas
eletromagnéticas fique no mínimo, 10 (dez) metros acima do prédio mais alto que esteja inserido dentro de um raio de 300 (trezentos) metros do seu
eixo, com permissão do proprietário ou de todos os proprietários, em documento registrado em Cartório e laudo de engenheiro estrutural, com a
respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) .
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Parágrafo Único - A instalação permitida no caput deste artigo, será aplicada sem prejuízo do disposto no artigo anterior.

SEÇÃO III
PADRÕES URBANÍSTICOS

Art. 219. Em zona urbana, somente será admitido o uso de postes metálicos para a instalação de antenas transmissoras de telefonia celular de
recepção móvel celular e de estações de rádio - base (ERB), ficando vedada a utilização de torres treliçadas.

Art. 220. A instalação de suportes para antena e antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de rádio-base
(ERB) e equipamentos afins deverá atender aos seguintes parâmetros urbanos:

I. Recuo mínimo de 5 (cinco) metros de todos os equipamentos e/ou construções em relação a todas as divisas do lote (frontal, fundos e laterais),
contados da sua base;

II. Recuo mínimo de 10 (dez) metros do eixo do suporte para a antena, em relação a todas as divisas do lote (frontal, fundos e laterais);

III. A utilização de elementos construtivos e/ou camuflagem, visando minimizar os impactos visuais e a integração ao meio ambiente;

IV. Implantação de paisagismo da área total onde forem instalados os equipamentos, objetivando a sua urbanização e amenização do impacto
causado pela sua implantação;

V. A instalação de todos os equipamentos deverá obedecer às restrições do lote, decorrentes da existência de árvores, bosques, matas, faixas
não edificáveis, áreas de proteção de corpos hídricos ou outros elementos naturais existentes.

SEÇÃO IV
PADRÕES TÉCNICOS SANITÁRIOS E AMBIENTAIS

Art. 221. Toda instalação de antena transmissora de radiação eletromagnética será feita, de modo que a densidade de potência total, considerada a
soma da radiação preexistente com a radiação adicional a ser emitida pela nova antena, medida por equipamento aferido por órgão competente, que
faça a integração de todas as freqüências na faixa prevista por esta Lei ou o que vier a ser estabelecido pela ANATEL, caso este último seja menor,
não ultrapasse 100 uW/cm2 (cem microwatts por centímetro quadrado), em qualquer local passível de ocupação humana.

Art. 222. Constatado o não cumprimento da exigência prevista no artigo 221, a Administração Municipal, através da Secretaria do Meio Ambiente,
intimará a prestadora para que no prazo de 30 (trinta) dias, proceda às alterações necessárias ao enquadramento nos limites estabelecidos nesta Lei,
devendo a prestadora comprovar essa condição, por medições feitas por profissional habilitado, com a respectiva ART- Anotação de
Responsabilidade Técnica.

Art. 223. Constatado o não cumprimento da exigência prevista no artigo 222, a Administração Municipal, através da Secretaria do Meio Ambiente,
notificará a prestadora para o imediato desligamento da fonte de irradiação e do conseqüente cancelamento da licença de operação, aplicando,
simultaneamente, multa e novas multas diárias pela persistência da desobediência, na forma disposta nesta Lei, comunicando à ANATEL a
irregularidade cometida.

Art. 224. Os níveis de ruído provocado pelos equipamentos em operação deverão ser compatíveis ao conforto ambiental do ser humano e do animal,
visando a atender à legislação pertinente ao sossego público.

SEÇÃO V
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LICENCIAMENTOS.

Art. 225. O licenciamento para construção e instalação de suportes para antena, antenas transmissoras de telefonia celular, de recepção móvel
celular, de estações de rádio - base (ERB) e equipamentos afins, se dará pela Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Infra-Estrutura Urbana e
pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e será concedido em três etapas seqüenciais, destinadas, respectivamente, à apreciação dos
requerimentos de Licença de Localização (L.L.), Licença de Implantação (L.I.) e Licença de Operação (L.O.), devendo haver renovação anual da
Licença de Operação (R.L.O), desde que atendidos os parâmetros determinados nesta Lei.

Art. 226. Para a Licença de Localização (L.L.), a prestadora deverá apresentar requerimento perante a Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito
e Infra Estrutura Urbana, instruído com os documentos previstos no Código de Ordenamento do Uso do Solo e de Obras e Edificações, e mais os
seguintes:

I. Laudo técnico, assinado por físico ou engenheiro da área de radiação, contendo as características da instalação, tais como:

a) faixa de freqüência de transmissão;


b) a quantidade e tipo de antenas, especificando a quantidade por setor quando o sistema for setorizado;
c) número máximo de canais e potência máxima irradiada das antenas, quando o número máximo de canais estiver em operação;
d) a altura, a inclinação em relação à vertical e o ganho de irradiação das antenas; e
e) a estimativa de densidade máxima de potência irradiada (quando detém o número máximo de canais em operação), bem como os diagramas
verticais e horizontal de irradiação da antena graficados em plantas, contendo a indicação de distância e respectivas densidades de potência, dentro
de um raio de 500 (quinhentos) metros do eixo do suporte da antena transmissora;

II. Laudo radiométrico de medição prévia da densidade de potência irradiada no local para onde se solicita a instalação da antena, dentro de um
raio de 500 (quinhentos) metros a contar do eixo do suporte da antena transmissora a ser instalada;

III. Certidão Negativa de Débito, caso a apresentada inicialmente esteja vencida;

IV. Anotação de Responsabilidade Técnica- ART dos diversos profissionais responsáveis pelos laudos previstos nos incisos I e II.

1º - Após a análise, no âmbito da sua competência, e sendo favorável o parecer quanto à Licença de Localização, a Secretaria Municipal de
Transporte, Trânsito e Infra-Estrutura Urbana, encaminhará o processo para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para análise e concessão da
Licença de Implantação.

2º - Para proceder à análise, no âmbito de sua competência, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente verificará se o processo está devidamente
instruído com os documentos previstos nos incisos I a IV deste artigo, e ainda, obrigatoriamente, com aqueles exigidos no Código de Ordenamento
do Uso do Solo e de Obras e Edificações, abaixo relacionados:

I. Registro da estação de radio base (ERB) junto à Agência Nacional de Telecomunicação (ANATEL);

II. Documento que comprove a titularidade do imóvel devidamente registrado no cartório de registro de imóveis;

III. Contrato de aluguel do imóvel registrado, quando for o caso;

IV. Planta de localização do imóvel assinada por engenheiro civil ou arquiteto;

V. Planta de situação do imóvel com a localização pretendida de todos os equipamentos assinada por engenheiro civil ou arquiteto;

VI. Planta cadastral, contendo todos os elementos existentes num raio de 500 (quinhentos) metros do centro do suporte para a antena, assinada
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por engenheiro civil ou arquiteto;

Art. 227. Para a Licença de Operação (L.O), a prestadora deverá apresentar requerimento à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, instruído com os
seguintes documentos:

I. Laudo radiométrico assinado por físico ou engenheiro da área de radiação com a respectiva ART, da medição dos níveis de densidade de
potência irradiada, dentro de um raio de 500 (quinhentos) metros, a contar do eixo do suporte da antena transmissora, com todos os canais em
operação, bem como os diagramas vertical e horizontal de irradiação da antena graficados em plantas, contendo a indicação de distâncias e
respectivas densidades de potência;

II. Identificação dos equipamentos empregados na medição e dos Certificados de Calibração realizada por laboratório credenciado pelo
INMETRO;

III. Cópia da Licença de Implantação e dos projetos aprovados;

IV. Certidão de pagamento do ISSQN;

V. Certidão Negativa de Débito referente ao imóvel.

Art. 228. A Renovação Anual da Licença de Operação (R.L.O.), será apreciada e concedida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, devendo, a
prestadora, apresentar requerimento instruído com Laudo radiométrico, assinado por físico ou engenheiro especializado na área de radiação
não-ionizante, com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica, o qual deverá conter:

I. As características da ERB e a Potência Efetivamente Irradiada com todos os canais instalados em operação;
II. Medições dos níveis de densidade de potência, em qualquer período de 6 (seis) minutos, em situação de pleno funcionamento da ERB,
considerando um raio de 500 (quinhentos) metros do eixo do suporte da antena, bem como os diagramas vertical e horizontal de irradiação da antena
graficados em plantas, contendo a indicação de distâncias e respectivas densidades de potência;
III. Medições realizadas em diferentes dias e horários, de forma a garantir que os horários de maior tráfego telefônico da ERB sejam
considerados, no caso da impossibilidade de garantir que todos os canais estejam simultaneamente acionados;
IV. Identificação dos equipamentos empregados na medição e dos Certificados de Calibração realizada por laboratório credenciado pelo
INMETRO;
V. Certidão Negativa de Débito;
VI. Licença de operação e projetos aprovados.

Art. 229. O licenciamento poderá ser cancelado a qualquer tempo, se comprovado prejuízo ambiental e/ou sanitário relacionado com o equipamento.

VI
DISPOSITIVOS

Art. 230. As empresas prestadoras dos serviços de telecomunicações estarão obrigadas a apresentar Plano de expansão das ERBs no Município de
Vitória da Conquista, para análise da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, antes de iniciarem as solicitações individuais de licença.

Art. 231. As empresas prestadoras de serviços de telecomunicações estão obrigadas a, no prazo de 18 meses, apresentar Plano de Expansão de
Torres Compartilhadas, para análise da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que se suportará tecnicamente em instituições que detenham
conhecimento técnico no assunto.
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Art. 232. A gestão de cada compartilhamento será feita pela empresa que, através de licitação pública, ganhar a permissão de uso da respectiva área
ou a quem ela designar, desde que autorizada pela Administração Pública Municipal.

Art. 233. As medições de radiação previstas nesta Lei deverão ser previamente comunicadas à Administração Municipal, mediante protocolo,
constando local, dia e hora de sua realização para que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente faça o acompanhamento.

Art. 234. As despesas relativas aos Laudos Radiométricos, ou a quaisquer outros documentos exigidos pelo Poder Público Municipal, correrão por
conta das empresas prestadoras dos serviços.

Art. 235. As empresas prestadoras estarão obrigadas a implantar sinalização adequada para alerta e proteção das pessoas que realizam trabalhos
de manutenção específica ou geral, dentro dos limites físicos críticos de radiação eletromagnéticas.

Art. 236. Caberá a Administração Municipal:

I. formar uma comissão técnica de acompanhamento dos processos de instalação, comercialização e funcionamento das fontes de radiação no
Município de Vitória da Conquista, com a representação de representantes das empresas da área, servidores municipais e técnicos especializados.

II. estabelecer cobrança, através de preço público, fixado em Decreto do Executivo, pela utilização da atmosfera no Município, para o
funcionamento de fonte de radiação, podendo o pagamento ser em espécie ou em obras compensatórias.

Art. 237. Deverá ser prevista contrapartida das empresas, na urbanização das áreas e melhorias urbanísticas do entorno em relação ao uso das
áreas públicas, bem como o pagamento mensal do uso do solo em questão, valor este a ser definido em Decreto do Executivo.

Art. 238. Todos os valores decorrentes de aplicações desta Lei serão aplicados no Fundo Municipal do Meio Ambiente, para atender aos objetivos
nele previstos.

Art. 239. O profissional responsável pela instalação das ERBs, às quais se refere esta Lei, deve ser engenheiro de telecomunicações, engenheiro
eletricista com ênfase em telecomunicações ou engenheiro eletrônico, conforme determina o artigo 9 da Resolução 218/73 do CONFEA- Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e, para as instalações dos suportes para as antenas, engenheiro civil ou mecânico.

Art. 240. Os responsáveis pelas antenas transmissoras de telefonia celular de recepção móvel celular e de estações de rádio - base (ERB), ou
equipamentos afins, que já estiverem instalados, com licença anterior a esta Lei, terão 180 (cento e oitenta) dias de prazo para solicitarem nova
Licença de Instalação, adequando-se às disposições nela contidas.

1º Caso não seja cumprido o quanto determinado no caput deste artigo, serão aplicadas as disposições dos artigos 222 e 223, respectivamente.

2º Em caso de cancelamento da licença de operação, o fato será imediatamente comunicado à ANATEL.

3º Em caso de cancelamento de licença e/ou desligamento pela prestadora, da ERB, a prestadora terá que promover a remoção da estrutura de
suporte de todos os equipamentos que compõem a ERB.

CAPÍTULO XII
EVENTOS E DAS ATIVIDADES FESTIVAS

Art. 241. Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem licenciamento, em especial para a aferição de seu potencial sonoro, conforme
previsto neste Código e no Código de Posturas Municipais.
1º Entendem-se como divertimentos públicos, para efeitos deste Código, os que se realizarem em locais abertos ou em recintos fechados, de livre
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acesso ao público.
2º Excetuam-se das disposições deste artigo as reuniões de qualquer natureza, sem convites ou entradas pagas, levadas a efeito por clubes ou
entidades de classe em sua sede, ou as realizadas em residências particulares, esporadicamente.
3º Nenhum estabelecimento comercial ou de diversões noturnas poderá funcionar sem o alvará de licença de localização para execução de música
ao vivo e mecânica.
4º Para execução de música ao vivo e mecânica, em estabelecimentos comerciais ou de diversões noturnas, é necessária uma total adequação
acústica do prédio onde se situe, que deverá ser comprovada e aprovada pelo órgão competente para o licenciamento, e se for o caso, exigido o
Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros, próprio para a atividade.
5º Fica proibida a abertura e funcionamento de casa de diversões ou realização de espetáculos nos logradouros públicos, a menos de um raio de 200
m (duzentos metros) de creches, hospitais, sanatórios, postos de saúde e templos religiosos de qualquer culto.

Art. 242. A armação de circos ou parques de diversão só poderá ser permitida em locais previamente aprovados pelo Poder Executivo.
1º Ao conceder a autorização, poderá o Poder Executivo estabelecer as restrições que julgar convenientes, no sentido de manter a segurança, a
ordem, a moralidade dos divertimentos e o sossego da vizinhança;
2º Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser franqueados ao público depois de vistoriados, em todas as suas
instalações, pelas autoridades competentes.
TÍTULO V
INFRAÇÕES E PENALIDADES

I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 243. Constitui infração, para os efeitos desta Lei, qualquer ação ou omissão que caracterize inobservância de seus preceitos, bem como das
normas regulamentares e medidas diretivas dela de.

244. As infrações das disposições desta Lei e normas dela decorrentes serão classificadas como leves, graves, muito graves e gravíssimas,
levando-se em consideração suas conseqüências, o tipo de atividade, o porte do empreendimento, sua localização, as circunstâncias atenuantes ou
agravantes e os antecedentes do infrator.

Parágrafo único - Responderá pela infração quem a cometer, incentivar a sua prática ou dela se beneficiar.

Art. 245. As infrações classificam-se em:

I. Leves: aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias atenuantes;


II. Graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;
III. Muito graves: aquelas em que forem verificadas duas circunstâncias agravantes;
IV. Gravíssimas: aquelas em que seja verificada a existência de três ou mais circunstâncias agravantes ou a reincidência.

Art. 246. São circunstâncias atenuantes:

I. Menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;


II. Arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental
causada;
III. Comunicação prévia, pelo infrator, de perigo iminente de degradação ambiental, às autoridades competentes;
IV. Colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental;
V. Ser o infrator primário e a falta cometida ser de natureza leve.
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Art. 247 São circunstâncias agravantes:

I. Ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;


II. Ter o agente cometido a infração para obter vantagem pecuniária;
III. O infrator coagir outrem para a execução material da infração;
IV. Ter a infração conseqüências danosas à saúde pública e/ou ao meio ambiente;
V. Se, tendo conhecimento de ato lesivo à saúde pública e ao meio ambiente, o infrator deixar de tomar as providências de sua alçada, para
evitá-lo;
VI. Ter o infrator agido com dolo direto ou eventual;
VII. A ocorrência de efeitos sobre a propriedade alheia;
VIII. A infração atingir áreas sob proteção legal.

o. A reincidência verifica-se, quando o agente comete nova infração do mesmo tipo, ou quando der causa a danos graves à saúde humana, ou a
degradação ambiental significativa.

2o. No caso de infração continuada, caracterizada pela repetição de ação ou omissão inicialmente punida, a penalidade de multa poderá ser aplicada
diariamente, até cessar a infração.

Art. 248. Aos infratores das disposições referidas nesta Lei serão aplicadas, isolada ou cumulativaas seguintes penalidades:

I. Advertência;
II. Multa;
III. Interdição;
IV. Embargo e demolição;
V. Apreensão.

Art. 249. São infrações ambientais:

I. Construir, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território do município de Vitória da Conquista, estabelecimentos, obras, atividades
ou serviços submetidos ao regime desta Lei, sem licença do órgão ambiental municipal competente ou contrariando as normas legais e
regulamentares pertinentes:

Penalidade: incisos I, II e IV do artigo 248 desta Lei;

II. Praticar atos de comércio e indústria ou assemelhados, compreendendo substâncias, produtos e artigos de interesse para a saúde ambiental,
sem a necessária licença ou autorização dos órgãos competentes ou contrariando o disposto nesta Lei e nas demais normas legais e regulamentares
pertinentes:

Penalidade: incisos I, II, III, V do artigo 248 desta Lei.

III. Deixar, aquele que tiver o dever legal de fazê-lo, de notificar qualquer fato relevante do ponto de vista ecológico e ambiental, de acordo com o
disposto nesta lei, no seu regulamento e normas técnicas:

Penalidade: incisos I e II do artigo 248 desta Lei.

IV. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigações de interesse ambien

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.


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V. Opor-se a exigência de exames técnicos laboraou à sua execução pelas autoridades competentes:

Penalidade: incisos I e II do artigo 248 desta Lei.

VI. Utilizar, aplicar, comercializar, manipular ou armazenar pesticidas, raticidas, fungicidas, inseticidas, agroquímicos e outros congêneres, pondo
em risco a saúde ambiental, individual ou coletiva, em virtude de uso inadequado ou inobservância das normas legais, regulamentares ou técnicas,
aprovadas pelos órgãos competentes ou em desacordo com os receituários e registros pertinentes:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

VII. Descumprirem, as empresas de transporte, seus agentes consignatários, comandantes, responsáveis diretos por aeronaves, veículos
terrestres, nacionais e estrangeiros, normas legais e regulamentares, medidas, formalidades e outras exigências ambientais:

Penalidade: incisos I, II e III do artigo 248 desta Lei.

VIII. Inobservar, o proprietário ou quem detenha a posse, as exigências ambientais relativas a imóveis:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

IX. Entregar ao consumo, desviar, alterar ou substituir, total ou parcialmente, produto interditado por aplicação dos dispositivos desta lei:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

X. Dar início, de qualquer modo, ou efetuar parcelamento do solo sem aprovação dos órgãos competentes ou em desacordo com a mesma ou
com inobservância, das normas ou diretrizes pertinentes:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XI. Contribuir para que a água ou o ar atinjam níveis ou categorias de qualidade inferior aos fixados em normas oficiais:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XII. Emitir ou despejar efluentes ou resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, causadores de degradação ambieninclusive entulhos provenientes da
construção civil, em desacordo com o estabelecido na legislação e em normas complementares:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XIII. Exercer atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, sem licença do órgão ambiental competente ou em desacordo com a
mesma:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XIV. Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento de água de uma comunidade:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XV. Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes de zonas urbanas ou localidades equivalente:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.


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XVI. Desrespeitar interdições de uso, de passagens e outras estabelecidas administrativamente para a proteção contra a degradação ambiental
ou, nesses casos, impedir ou dificultar a atuação de agentes do Poder Público:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XVII. Causar poluição do solo que torne uma área urbana ou rural imprópria para ocupação:
Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XVIII. Causar poluição de qualquer natureza que possa trazer danos à saúde ou ameaçar o bem-estar do indivíduo ou da coletividade:

Penalidade: incisos I, II, III, IV e V do artigo 248 desta Lei.

XIX. Desenvolver atividades ou causar poluição de qualquer natureza, que provoque mortandade de mamíferos, aves, répteis, anfíbios ou peixes
ou a destruição de plantas cultivadas ou silvestres:

Penalidade: incisos I, II, III, IV e V do artigo 248 desta Lei.

XX. Desrespeitar as proibições ou restrições estabelecidas pelo Poder Público em Unidades de Conservação o ou áreas Protegidas por Lei:

Penalidade: incisos I, II, III e IV do artigo 248 desta Lei.

XXI. Instalar torres de telecomunicação e ou antena de radiobase, sem a prévia autorização do Poder Executivo Municipal:

Penalidade: incisos I, II, III, IV e V do artigo 248 desta Lei.

XXII. obstar ou dificultar a ação das autoridades ambientais competentes, no exercício de suas funções:

Penalidade: incisos I, II e III do artigo 248 desta Lei.

XXIII. Descumprir atos emanados da autoridade ambiental, visando à aplicação da legislação vigente:

Penalidade: incisos I, II, III, IV e V do artigo 248 desta Lei.

XXIV. Transgredir outras normas, diretrizes, padrões ou parâmetros federais, estaduais ou locais, legais ou regulamentares, destinados à
proteção de saúde ambiental ou do meio ambiente:

Penalidade: incisos I, II, III, IV e V do artigo 248 desta Lei.

Art. 250. A critério da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, poderá ser concedido prazo para correção da irregularidade apontada no auto de
infração.

SEÇÃO I
ADVERTÊNCIA

Art. 251. A advertência será aplicada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através de servidor credenciado, quando se tratar de primeira
infração, devendo ser fixado o prazo para que sejam sanadas as irregularidades apontadas.

II
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MULTA

Art. 252. A multa será aplicada pelo Secretário Municipal do Meio Ambiente e reexaminada em grau de recurso pelo COMMAM.

Art. 253. A penalidade de multa será imposta, observados os seguintes limites:

I. De R$ 50,00 (cinqüenta reais) à R$ 1.000,00 (um mil reais), nas infrações leves;
II. De 1.001,00 (um mil e um reais) à R$ 5.000,00 (cinco mil reais), nas infrações graves;
III. De R$ 5.001,00 (cinco mil e um reais) à R$10.000,00 (dez mil reais), nas infrações muito graves;
IV. De R$ 10.001,00 (dez mil e um reais) à R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), nas infrações gravíssimas.

Art. 254. Nos casos de reincidência, as multas serão aplicadas de forma cumulativa.

Parágrafo único - Caracteriza-se reincidência, quando o infrator cometer nova infração da mesma natureza.

Art. 255. Na hipótese de infrações continuadas, poderá ser imposta multa diária de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).

Art. 256. Poderá o Executivo Municipal impor a penalidade de interdição temporária ou definitiva, a partir da reincidência da infração.

SEÇÃO III
INTERDIÇÃO, DO EMBARGO E DA DEMOLIÇÃO

Art. 257. - A interdição bem como as penalidades de embargo e demolições serão aplicadas pelo Secretário Municipal do Meio-Ambiente ou por
deliberação do COMMAN.

Art. 258. A interdição temporária ou definitiva será imposta nos casos de perigo iminente à saúde pública e ao meio ambiente, ou, a critério da
autoridade competente, nos casos de infração continuada e nos casos específicos referidos no artigo 249 desta Lei.

259. A penalidade de embargo ou demolição poderá ser imposta nos casos de obras ou construção feitas sem licença ambiental ou com ela
desconformes, e nos casos referidos no artigo 249.

Art. 260. No caso de resistência, a execução das penalidades previstas nesta seção será efetuada com requisição de força policial.

Art. 261. Todos os custos e despesas decorrentes da aplicação das penalidades correrão por conta do infrator.

CAPÍTULO II
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO I
FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

Art. 262. A notificação, que poderá ser assinada por servidor credenciado ou pelo dirigente do órgão competente, é o documento hábil para informar
aos destinatários, as decisões da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

263. O auto de infração é o documento hábil para aplicação das penalidades de que trata esta Lei.

Art. 264. O auto de infração conterá:

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I. A denominação da pessoa física ou jurídica autuada e seu endereço;
II. O ato ou fato que constitui infração, o local e a data respectivos;
III. A disposição normativa infringida;
IV. O prazo para corrigir a irregularidade apontada, se for o caso, ou apresentar defesa;
V. A penalidade imposta e seu fundamento legal;
VI. A assinatura da autoridade que a expediu.

SEÇÃO II
RECEBIMENTO DAS MULTAS

Art. 265. O produto da arrecadação das multas constituirá receita do Fundo Municipal do Meio Ambiente.

Art. 266. As multas não pagas administrativamente serão inscritas na dívida ativa do Município, e cobradas judicialmente.

Parágrafo único - Os débitos relativos às multas impostas e não recolhidos no prazo regulamentar ficarão sujeitos à correção, pelos índices
inflacionários oficiais vigenno período.

SEÇÃO III
DA DEFESA E DO RECURSO

Art. 267. As multas poderão ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade ambiental que
aplicou a penalidade, se obrigar à adoção de medidas específicas para cessar e corrigir a degradação ambiental.

1º - Cumprida, as obrigações assumidas pelo infrator, a multa poderá ser reduzida em até 90% (noventa por cento) do seu valor original, com grau de
recurso ao Prefeito Municipal.

2º - Atendido o disposto neste artigo, na fixação do valor da multa a autoridade levará em conta a capacidade econômica do infrator.

Art. 268. Da aplicação da multa caberá defesa escrita e fundamentada, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciência do auto de infração, para o
Secretário Municipal do Meio Ambiente.

Parágrafo único - Não serão conhecidos os recursos interpostos fora do prazo.

Art. 269. Da decisão do Secretário do Meio Ambiente, caberá recurso ao COMMAM, no prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento da
intimação da decisão.

Art. 270. Para recorrer ao COMMAM, o autuado deverá recolher o valor de 1/3 (um terço) da multa ao Fundo Municipal do Meio Ambiente, através de
Documento de Arrecadação Municipal.

Parágrafo único - O COMMAN não conhecerá os recursos interpostos fora do prazo previsto no artigo 269, e/ou desacompanhados de comprovante
do recolhimento de parte da multa, conforme previsto no art. 270.

Art. 271. As restituições de multas resultantes da aplicação da presente lei serão efetuadas sempre pelo valor do recolhimento, sem quaisquer
correções.

Art. 272. As defesas e os recursos serão protocolados na Seção de Protocolo da Sede da Prefeitura, ou encaminhados por via postal, registrados
com aviso de recebimento, dentro dos prazos fixados nos artigos 268 e 269, valendo, para este efeito, o comprovante do recebimento do correio.
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Art. 273. Da aplicação das penalidades previstas nos incisos III e IV do artigo 248, caberá recurso ao Chefe do Executivo Municipal, interposto dentro
do prazo de 20 (vinte) dias a contar da data de sua aplicação.

TITULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

274. Os valores das multas previstas neste Código serão corrigidos, anualmente, pelo INPC - Índice Nacional do Preço ao Consumidor, ou outro
índice oficial que o substituir.
Art. 275. Esta Lei será regulamentada, no que couber, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da sua publicação.

276. O Município, através de seus órgãos competentes, poderá celebrar convênios com outros Municípios, o Estado, a União e com os demais entes
públicos e privados, objetivando a execução desta Lei.

Art. 277. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, especialmente as seguintes leis:
Artigos 12 a 34 da Lei 691, de 23 de dezembro de 1992;
Lei nº 547, de 26 de setembro de 1990, alterada pela Lei n.º 763/94;
Lei 1.085, de 28 de dezembro de 2001;
Artigos 201 a 203 da Lei 695, de 02 de fevereiro de 1993 - Código de Polícia Administrativa;

Gabinete do Prefeito municipal de Vitória da Conquista, 05 de Junho de 2007.

José Raimundo Fontes

Componentes e Armas - os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção,
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas e
também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de reservá-las de ação
danosa de seres vivos considerados nocivos; substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do
crescimento. Os componentes são os princípios ativos, os produtos técnicos suas matérias-primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na
fabricação de agrotóxicos e afins.

de Preservação Permanente - são aquelas em que as florestas e demais formas de vegetação natural existentes não podem sofrer qualquer tipo de
degradação.

de Preservação dos Recursos Naturais - APRN - áreas terrestres e, ou aquáticas, submetidas a modalidades diversas de manejo, dotadas de
atributos bióticos, que exijam proteção.
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de Proteção Ambiental - APA's - áreas em que se objetiva proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes, visando à
melhoria da qualidade de vida da população local e à proteção dos ecossistemas regionais, denominadas também, de unidades de conservação.

de Proteção Cultural e Paisagística - APCP - vinculadas à imagem da cidade e outros sítios, seja por caracterizar monumentos históricos e culturais
significativos da vida do Município, seja por se constituírem em meios de expressão simbólica de lugares importantes no sistema espacial natural ou
construído.

Sujeita a Regime Específicos - ASRE - área que por suas características peculiares, referentes aos recursos naturais, cultural e, ou paisagística, terá
normas especificas estabelecidas através de instrumento legislativo apropriado.

Verde - área Livre de caráter permanente, de propriedade pública ou privada, com vegetação natural ou resultante de plantio, destinada à recreação,
lazer, preservação e, ou proteção ambiental.

Classificação dos Recursos Hídricos - qualificação das águas doces, salobras e salinas com base nos usos pre(sistema de classes de qualidade).

CONAMA - é o Conselho Nacional do Meio Amórgão Superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente com a função de assistir o Presidente da
República na Formulação de Diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

Degradação Ambiental - alteração adversa das características do meio ambiente.

Enquadramento - estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e, ou mantido em um sedimento de corpo dao longo do tempo.

Impacto Ambiental - qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (II) as
atividades sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do Meio Ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais.

Meio Ambiente - tudo que envolve e condiciona o homem e as demais expressões de vida, constituindo seu mundo e dando suporte material para
sua vida biopsicossocial.

Padrões de Emissão - quantidade máxima de poluentes que se permite legalmente despejar no ambiente por determinada fonte, quer móvel ou fixa.

Padrões de Qualidade Ambiental - condições limitantes da qualidade ambiental, muitas vezes expressas em termos numéricos, usualmente
estabelecidos por lei e sob jurisdição específica, para a proteção da saúde e do bem-estar dos homens.

Parqueamento - áreas a céu aberto destinadas ao estacionamento de veículos, geralmente contíguas a empreendimentos de grande porte, contendo
espaço para as vagas de circulação dos veículos e arborização, podendo ser privada ou pública.

Poluente - substância, meio ou agente que provoque, direta ou indiretamente, qualquer forma de poluição.

- degradação ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b)
criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias
do meio, ambiente; e) lancem materiais ou energia, em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

Produtos Perigos - aqueles que contém risco potencial de ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases, vapores,
compostos ou misturas perigosas, bem assim alteração das características físicas ou químicas originais de qualquer de um dos produtos
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transportados, se postos em contato entre si, por vazamento, ruptura de embalagem, ou outra causa qualquer.

Qualidade Ambiental - juízos de valor adjudicados ao estado ou condição do meio ambiente, no qual o estado se refere aos valores adotados em
uma situação e momento dados, pelas variáveis ou componentes do ambiente que exercem uma influência menor sobre a qualidade de vida
presente e futura dos membros de um sistema humano.

Qualidade de Vida - compreende uma série de variáveis, tais como: satisfação adequada das necessidades biológicas e conservação de seu
equilíbrio (saúde); manutenção de um ambiente próprio à segurança pessoal, à possibilidade de desenvolvimento cultural; e, em último lugar, o
ambiente social que propicia a comunicação entre os seres humanos, como base da estabilidade psicológica.

Usos de Água - são os múltiplos fins a que a água serve.

Zoneamento Ambiental - integração sistemática e interdisciplinar da análise ambiental ao planejamento dos usos do solo, com o objetivo de definir a
melhor gestão dos recursos ambientais identificados.

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LEI Nº 022/97

NORMAS E CONDIÇÕES PARA QUE O MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA REALIZE OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO NAS RUAS, PRAÇAS,
AVENIDAS E DISTRITOS.

CÂMARA DE VEREADORES DE VITÓRIA DA CONQUISTA - ESTADO DA BAHIA, APROVA A SEGUINTE LEI:

1º - NENHUMA OBRA DE PAVIMENTAÇÃO EM VIA PÚBLICA, NA SEDE DO MUNICÍPIO PODERÁ SER AUTORIZADA OU CONSTRUÍDA PELO
EXECUTIVO MUNICIPAL ANTES DA IMPLANTAÇÃO DE REDES DE SANEAMENTO BÁSICO, TELEFONIA E ÁGUA.

2º - VIAS EXPRESSAS NÃO HABITADAS OU LIGAÇÕES ENTRE BAIRROS, ESTARÃO ISENTAS DAS EXIGÊNCIAS DO ART. ANTERIOR.

3º - O EXECUTIVO MUNICIPAL ENCAMINHARÁ O PLANO DE METAS RELACIONADO À PAVIMENTAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS A TODOS OS
ÓRGÃOS PÚBLICOS OU CONCESSIONÁRIOS INERENTES A ESTE TIPO DE SERVIÇO COMO: COELBA, TELEBAHIA E EMBASA.

I - ESTES ÓRGÃO EM CASO DE PRECISÃO DO USO DO SOLO EM VIAS PÚBLICAS, PARA EXECUÇÃO DE REDES DE SANEAMENTO,
TELEFONIA OU ÁGUA, ENTRARÃO EM ENTENDIMENTO COM EXECUTIVO MUNICIPAL NO SENTIDO DE DEIXAR AS VIAS EM CONDIÇÕES
DE SEREM PAVIMENTADAS.

II - O EXECUTIVO MUNICIPAL PROCURARÁ SEMPRE MANTER UMA BOA HARMONIA JUNTO A ESTES ÓRGÃOS, NO SENTIDO DE MANTER
O CUMPRIMENTO DESTA LEI.

4º - NA SEDE DOS DISTRITOS, VILAS OU POVOADOS A EXIGÊNCIA QUE CONSTA NO ART. 1º DESTA LEI SERÁ SUBSTITUÍDA POR: REDE
DE ÁGUA E ARBORIZAÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS.

5º - ESTA LEI ENTRARÁ EM VIGOR NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO, REVOGADAS AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO.

SALA DAS SESSÕES, EM 14 DE OUTUBRO DE 1997.

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