‡
Rodrigo Carlos Silva de Lima
3
4 SUMÁRIO
Capı́tulo 1
m U ⊂ R2 é
Definição 1 (Campo de vetores). Um campo de vetores em |{z}
aberto
2 2
uma aplicação w : U → R , tal que w(q) é um vetor de R .
5
6 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
dx
= a(x, y)
dt
dx
= b(x, y).
dt
2. α é diferenciável.
∂b
(0, y) = (0, 1).
∂y
Em especial dessa identidade, temos no ponto y = 0
∂b
(0, 0) = (0, 1).
∂y
Vamos olhar agora,
∂b ∂ϕ(0, y, t)
= = w(ϕ(0, y, t))
∂t ∂t
pela propriedade α 0 (t) = w(α(t)). Aplicando a propriedade acima no ponto t = 0 = y,
tem-se
∂b ∂ϕ(0, 0, 0)
= = w(ϕ(0, y, t)) = w(0, 0) = w(p) = (c, 0)
∂t ∂t
com c 6= 0, então a matriz jacobiana fica como
8 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
!
c 0
Db(0, 0) =
0 1
que é invertı́vel pois c 6= 0. Então pelo teorema da função inversa, temos uma inversa
suave b−1 que leva pontos de um aberto contendo (0, 0) em pontos da forma (t, y),
tomamos f(x, y) = πy (b−1 (x, y)) onde πy é a projeção sobre y, isto é, b(t, y) = (x, y)
então y = f(x, y), b(t, f(x, y)) = (x, y), por isso da definição de b, tem-se
note que
(x, y) pertence a trajetória que sai de (0, y0 ), isso prova que f é constante ao longo
das trajetórias.
Como
f(0, y) = πy (b−1 (0, y)) = πy (0, y) = y
usamos que b−1 (0, y) = (0, y) pois b(0, y) = ϕ(0, y, 0) = (0, y) a função é identidade
nesses pontos. Da observação que f(0, y) = y então
∂f
(0, y) = 1
∂y
com b = (df1 )p (w2 ) 6= 0. Segue que dϕp é não singular, pois {w1 , w2 } forma uma
base do R2 por serem linearmente independentes e a diferencial não se anular nesses
vetores. Do teorema da função inversa segue que ϕ é um difeomorfismo local,
Portanto existe uma vizinhança U 0 ⊂ R2 de ϕ(p) que é levada difeomorficamente por
ϕ−1 = x em uma vizinhança V = x(U 0 ) de p, daı́ x é uma parametrização de S em p,
cujas curvas coordenadas
− < α 0, w 0 >
< α 0 (t), w 0 > +u 0 (t) < w(t), w 0 > +u < w 0 (t), w 0 >= 0 ⇒ u = .
| {z } < w 0, w 0 >
0
Então podemos escolher u de forma que < b 0 (t), w 0 (t) > = 0 e b(t) = α(t) +
u(t)w(t),
< α 0, w 0 >
b(t) = α(t) − w(t).
< w 0, w 0 >
Agora vamos provar uma forma de unicidade. A curva b não depende da escolha
da diretriz α para a superfı́cie regrada. Se temos duas parametrizações α(t) + vw(t)
e α(t) + vw(t), será que B = B ?.
Suponha que
vamos tomar em especial x(t, v) = α(t) + vw(t) = α(t) + sw(t) onde s = s(v).
Iremos fazer operações de se e somente se, valendo a ida e a volta, temos que
B(t) = B(t) ⇔
< w 0, w 0 > w
(s − v)w(t) = (s − v) = (s − v)w(t)
< w 0, w 0 >
o que é verdade portanto B = B.
Daqui por diante iremos considerar a parametrização X(t, v) = B(t) + vw(t) onde
|w| = 1, w 0 (t) 6= 0 e < b 0 , w 0 >= 0.
ê Demonstração. Temos
Xt = b 0 + vw 0
Xv = w
Vale que
b 0 × w = λ(t)w 0 (t)
pois < b 0 , w 0 >=< w, w 0 >= 0 existe L tal que {L, w, w 0 } é base de R3 então
b 0 = c1 L + c2 w + c3 w 0 ⇒
< b 0 , w 0 >= c1 < | w,{zw >} +c3 < w , w >= c3 < w , w >= 0
w 0 >} +c2 < 0 0 0 0 0
| L,{z
0 0
< Xt ×Xv , Xt ×Xv >=< λ(t)w 0 , λ(t)w 0 > + < vw 0 ×w, vw 0 ×w >= λ2 |w 0 (t)|2 +v2 |w 0 ×w|2
EG−F2 = |Xt ×Xv |2 = λ2 |w 0 (t)|2 +v2 |w 0 ×w|2 = λ2 |w 0 (t)|2 +v2 |w 0 |2 |w|2 = λ2 |w 0 (t)|2 +v2 |w 0 |2 = (λ2 +v2 )|w
|{z}
1
Calculando a normal
Xt × Xu λw 0 + v(w 0 × w)
N= = √ .
|Xt × Xu | λ2 + v2 |w 0 |
Calculando agora as outras derivadas da parametrização tem-se
Xtt = b 00 + vw 00
Xvt = w 0 (t)
Xvv = 0
isso implica
eg − f2 −λ2 |w 0 |2 −λ2
K(t, v) = = = .
EG − F2 (λ2 + v2 )(λ2 + v2 )|w 0 |2 (λ2 + v2 )2
1.2. SUPERFÍCIES REGRADAS 15
Disso concluı́mos que todos os pontos são hiperbólicos, exceto as geratrizes tan-
gentes à linha de estricção, que são parabólicos ou planares [analisar.] Nos pontos
regulares, a curvatura Gaussiana K de uma superfı́cie regrada satisfaz K ≤ 0.
Com v = 0 temos a linha de estricção. Vale K(t, v) = K(t, −v) pela expressão
acima que deduzimos para K.
logo
λw 0
N(t, 0) = .
|λ||w 0 |
O ângulo entre os vetores N(t, 0) e N(t, v) é dada por θ tal que
λ2 |w 0 |2 |λ|
cos(θ) =< N(t, 0), N(t, v) >= √ =√
||λ||w | λ + v
0 2 2 2 λ + v2
2
|λ|
cos(θ) = √ .
λ2 + v2
Formando um triângulo retãngulo com catetos |v| e |λ|, ângulo θ adacente ao
cateto com segmento de medida |λ| temos
|v|
tg(θ) =
|λ|
a tangente do ângulo varia linearmente com v, quanto maior for λ mais len-
tamente N(t, v) gira .
[b 0 , w, w 0 ] < b 0 × w, w 0 >
λ(t) = = ,
|w 0 |2 |w 0 |2
16 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
onde w(t) não se anula pois (cos(t), sen(t), 0) nunca é zero, α, w são dife-
renciáveis.
Temos que w 0 (t) = (−sen(t), cos(t), 0) , α 0 (t) = (0, 0, a) são ortogonais, <
α 0 (t), w 0 (t) >= 0, logo a linha de estricção do Helicóide é
é o eixo OZ.
O parâmetro de distribuição é constante , pois
e daı́
< b 0 ×w, w 0 >=< (−asen(t), acos(t), 0), (−sen(t), cos(t), 0) >= asen2 (t)+acos2 (t) = a
que possui raio mı́nimo com k = 0, logo o parelalo com menor raio é o cı́rculo
que é parametrizado por (cos(t), sen(t)) = (x, y). Calculamos agora a linha de
estricção .
Temos α 0 (t) = (−sen(t)cos(t), 0), w 0 (t) = (−cos(t), −sen(t), 0), daı́
e a linha de estricção
< α 0, w 0 >
b(t) = α(t) − w = α(t)
< w 0, w 0 >
√
√ 2
< (−sen(t), cos(t), 0), (−sen(t), cos(t), 1) >= 1 = |w||α |cos(θ) = 2cos(θ) ⇒ cos(θ) =
0
2
temos b 0 (t) = (−sen(t), cos(t), 0), w(t) = (−sen(t), cos(t), 1), w 0 (t) = (−cos(t), −sen(t), 0)
calculando o produto vetorial b 0 (t) × w(t) = (cos(t), sen(t), −sen(t)cos(t) +
sen(t)cos(t)) = (cos(t), sen(t), 0), agora calculando o produto interno, tem-se
< (cos(t), sen(t), 0), (−cos(t), −sen(t), 0) >= −cos2 (t) − sen2 (t) = −1
ê Demonstração.
• Cones.
ê Demonstração.
[N, N 0 , α 0 ] = 0.
e
< b(t), α 0 (t) >= 0
< N × N 0 , α 0 >= 0
vamos mostrar que α define uma linha de curvatura, isto é, N 0 (t) = λ(t)α 0 (t).
Temos que
N 0 (t) = c1 b(t) + c2 N(t) + c3 α 0 (t)
N × N 0 = c10 α 0 + c30 b
ê Demonstração.
⇒). Seja X(u, v) : U → R3 e Xt (u, v) = X(u, v) + th(u, v)N(u, v) onde N(u, v) é a
normal a superfı́cie S parametrizada por X(u, v) : U → R3 localmente.
Temos que
Z p Z
A(t) = E G − (F ) dudv = |Xtu × Xtv |dudv
t t t 2
U U
Temos
Xtu = Xu + thNu + thu N
, Xu >} +t2 h2 < Nu , Nu > +2t2 hhu < N, Nu > +t2 h2u <
Et =< Xtu , Xtu >= E+2th |< Nu{z | N,
{zN >} =
−e 1
= E − 2the + o(t2 )
gE + ge − 2fF
mas temos que H =
2
= (EG − F2 )(1 − 4hHt) + o(t2 )
em t = 0 tem-se
Z Z p
(EG − F2 )2Hh
A (0) = −
0
dudv = − EG − F2 2Hhdudv
(EG − F2 )
p
U U
Z p
A (0 ) = +
0
EG − F2 H2 dudv > 0
W
portanto a superfı́cie não possui área mı́nima logo H tem que ser nulo.
ê Demonstração.
< Xu , Xv >= 0,
< Xu , Xuu > + < Xu , Xvv >= 0 =< Xu , Xuu + xvv >
para algum j pois Xuu + xvv é ortogonal a Xu e Xv que são LI e a outra direção é de
Xu × Xv que é direção da normal.
Tomando o produto interno com N, tem-se
como
(eG − 2fF + Eg)
H=
2(EG − F2 )
com E = G e F = 0 tem-se
eE + Eg e+g J
H= = = ⇒ 2EH = J
2E 2 2E 2E
por isso
Xuu + Xvv == JN = 2EHN = 2EHc .
isto está contido na expressão Xuu +Xvv = 0 , funções harmônicas são consideradas
com valores em R.
ê Demonstração.
⇒). Vale pois , se a superfı́cie é mı́nima então H = 0
é a única superfı́cie de revolução mı́nima. Vamos mostrar que ela é uma superfı́cie
mı́nima.
xu = a(−cosh(v)sen(u), cosh(v)cos(u), 0)
xv = a(senh(v)cos(u), senh(v)sen(u), 1)
E =< xu , xu >= a2 (cosh2 (v)sen2 (u) + cosh2 (v)cos2 (u)) = a2 cosh2 (v)
G = a2 (senh2 (v)cos2 (u) + senh2 (v)sen2 (u) + 1) = a2 [senh2 (v) + 1] = a2 cosh2 (v).
1.3. SUPERFÍCIES MÍNIMAS 25
1.3.3 Helicóide
Xu = (−asenh(v)sen(u), asenh(v)cos(u), a)
Xv = (acosh(v)cos(u), acosh(v)sen(u), 0)
dos cálculos acima, temos Xvv +Xuu = 0 agora calculando os coeficientes temos
G =< Xv , Xv >= a2 cosh2 (v)cos2 (u) + a2 cosh2 (v)sen2 (u) = a2 cosh2 (v)
E =< Xu , Xu >= a2 senh2 (v)sen2 (u)+a2 senh2 (v)cos2 (u)+a2 = a2 (senh2 (v)+1) = a2 cosh2 (v).
fu = gv , fv = −gu
ê Demonstração. De
fu = gv , fv = −gu
e temos
gvv + guu = 0.
fu = gv , fv = −gu
1. f é difeomorfismo .
< v, v >=< f(v), f(v) > ∀ v ∈ V ⇔< v, w >=< f(v), f(w) > ∀ v, w ∈ V.
ê Demonstração.
⇐). Basta tomar v = w em < v, w >=< f(v), f(w) >, implicando < v, v >=<
f(v), f(v) >.
⇒). Supondo < v, v >=< f(v), f(v) > ∀ v ∈ V tem-se
< f(v) + f(w), f(v) + f(w) > − < f(v), f(v) > − < f(w), f(w) >
< f(v), f(w) >= (2)
2
porém por (1) e pela condição < v, v >=< f(v), f(v) > ∀ v ∈ V , tem-se
< f(v + w), f(v + w) > − < f(v), f(v) > − < f(w), f(w) >
< v, w >=
2
que é igual a < f(v), f(w) >, pois f é linear .
1. f é difeomorfismo .
pois pela propriedade anterior < v, v >p =< dfv, dfv >q equivale a < v, w >p =<
dfv, dfw >q ∀ v, w ∈ TP S .
$ Corolário 5. Com a definição acima, uma isometria , fica sendo uma isometria
local, que também é difeomorfismo .
• S é localmente isométrico a S
• S é localmente isométrico a S .
E = E 0, F = F 0, G = G 0.
ê Demonstração.
⇒). Supondo f uma isometria local . De f = X 0 ◦ X−1 segue f ◦ X = X 0 e daı́
df(Xu ) = Xu0
df(Xv ) = Xv0
logo
< Xu0 , Xu0 >= E 0 =< Xu , Xu >= E
• (X 0 )−1 = (f ◦ X)−1 = X−1 ◦ f−1 como f−1 e X−1 são contı́nuas, segue que (X 0 )−1
também é contı́nua logo X−1 é um homeomorfismo.
daı́ E 0 =< dfp (xu ), dfp (xu ) >=< xu , xu >= E, valendo o mesmo para F 0 e G 0 , pois
f é isometria.
ê Demonstração.
com
E 0 = a2 cosh2 (v), F 0 = 0, G 0 = a2 cosh2 (v).
onde |α 0 (x)| =
p
< α 0 (x), α 0 (x) >. A curva imagem de α(t) é f(α(t)) = f ◦ α(t), esta
curva tem comprimento de arco
Zt
S2 (t) = |(f ◦ α) 0 (x)|dx
t0
2 < α 0 (t), β 0 (t) >=< α 0 (t)+β 0 (t), α 0 (t)+β 0 (t) > − < α 0 (t), α 0 (t) > − < β 0 (t), β 0 (t) >=
Xr = (cos(v), sen(v), a)
Xv = (−rsen(v), rcos(v), 0)
daı́ temos
E = 1 + a2 , F = 0, G = r2 .
p v p v
X 0 (r, v) = ( 1 + a2 rcos( √ ), 1 + a2 rsen( √ ), 0)
1 + a2 1 + a2
logo temos
p v p v
Xr0 = ( 1 + a2 cos( √ ), 1 + a2 sen( √ ), 0)
1 + a2 1 + a2
v v
Xv0 = (−rcos( √ ), rcos( √ ), 0)
1+a 2 1 + a2
daı́ temos
E 0 = 1 + a 2 , F 0 = 0 , G 0 = r2 .
1.4. GEOMETRIA INTRÍNSECA DAS SUPERFÍCIES 35
ê Demonstração.
1
Ip (β 0 (t)) = Iq (dfp (β 0 (t))) ⇒ Iq (df−
p (α (t))) = Iq (α (t)) ⇒
0 0
1
Iq (w2 ) = If−1 (q) (df−
q (w2 ))
Ip (w1 ) = If(p) (dfp (w1 )) = Iq (w2 ) = Iq (W2 ) = Ig(q) (dgq (w2 )) = Ig◦f(p) (dff(p) (dfp (w1 ))) =
logo g ◦ f é isometria.
36 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
= c1 a1 < Dfp (Xu ), Dfp (Xu ) > +(a2 c1 +c2 a1 ) < Dfp (Xu ), Dfp (Xv ) > +c2 a2 < Dfp (Xv ), Dfp (Xv ) >=
= λ2 (p)[c1 a1 < (Xu ), (Xu ) > +(a2 c1 + c2 a1 ) < (Xu ), (Xv ) > +c2 a2 < (Xv ), D(Xv ) >] =
< v1 , v2 >
ê Demonstração. Sejam v1 , v2 não nulos , cos(θ) = e cos(θd ) =
|v1 ||v2 |
< Dfp v1 , Dfp v2 >
. Da identidade < Dfp v1 , Dfp v2 >= λ2 (p) < v1 , v2 >, segue tomando
|Dfp v1 | |Dfp v2 |
a raiz que
√
< Dfp v1 , Dfp v2 > = |λ(p)| < v1 , v2 >,
p
|Dfp v| = λ(p)|v|,
usando a condição de aplicação conforme < Dfp v1 , Dfp v2 >= λ2 (p) < v1 , v2 >
tem-se
b Propriedade 22. Sejam (E1 , <, >1 ), (E2 , <, >2 ) espaços com produto interno
e de mesma dimensão. L : E1 → E2 isomorfismo linear, então equivalem :
1. L preserva ângulos .
3. Existe λ > 0 tal que < L(v), L(w) >2 = λ2 < v, w >1 ∀ v, w ∈ E1 .
ê Demonstração.
• I) ⇒ III). Seja (ek )n1 base ortonormal de E1 logo os vetores de (L(ek ))n1 são
ortogonais dois-a-dois pois estamos supondo que L preserva ângulos então leva
vetores ortogonais em vetores ortogonais. Dados k 6= j, o ângulo θ ∈ [0, π] entre
ek e ek + ej é dado por
< ek , ek + ej >1 1
cos(θ) = =√
|ek |1 |ek + ej |1 2
π
logo θ = , como L preserva ângulos, tem-se
4
0
z }| {
< L(ek ), L(ek + ej ) >2 1 < L(ek ), L(ek ) >2 + < L(ek ), L(ej ) >2 < L(ek ), L(ek ) >2
=√ = =
|L(ek )|2 |L(ek + ej )|2 2 |L(ek )|2 |L(ek + ej )|2 |L(ek )|2 |L(ek + ej )|2
onde acima abrimos o produto interno e usamos que L preserva ângulos. Porém
temos que
< L(ek ), L(ek ) >2
|L(ek )|2 = =
|L(ek )|2
que por sua vez pela identidade anterior é igual a
|L(ek + ej )|
= √
2
|L(ek + ej )|
|L(ek )|2 = √
2
disso segue que
|L(ej )|2 = |L(ek )|2 ∀ k, j.
Então tomamos λ = |L(ek )|2 que é uma constante pela observação anterior .
Xn Xn
Tomamos v = ck ek , w = bk ek , tomando o produto interno, segue
k=1 k=1
X
n X
n X
n X
n
< v, w >= < ck ek , bj ej >= < ck ek , bk ek >= ck bk
k=1 j=1 k=1 k=1
X
n X
n X
n
< L(v), L(w) >= < ck L(ek ), bj L(ej ) >= < ck L(ek ), bk L(ek ) >=
k=1 j=1 k=1
λ2
X
n z }| {
= ck bk < L(ek ), L(ek ) >
|k=1{z }
<v,w>
logo segue que
< L(v), L(w) >= λ2 < v, w >
F 0 = λ2 F
G 0 = λ2 G.
ê Demonstração.
1.4. GEOMETRIA INTRÍNSECA DAS SUPERFÍCIES 41
⇒). Vale que df ◦ Xu = Xu0 , df ◦ Xv = Xv0 , daı́ por propriedade de isometria local
tem-se
4u 4v 2(u2 + v2 )
(u, v) → ( , , )
u2 + v2 + 4 u2 + v2 + 4 u2 + v2 + 4
e X 0 : U → Πxy com (u, v) → (u, v, 0) são parametrizações de S2 e Πxy. Temos
E = 16 = 42 E 0 , F = 0 = 42 F 0 , G = 16 = 42 G 0 .
E = G , F = 0.
ê Demonstração.
42 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
1+v 1+v
r r
X (u, v) = 2(
0
cos(u), sen(u))
1−v 1−v
temos
p p
Xu = (− 1 − v2 sen(u), 1 − v2 cos(u), 0)
E = (1 − v2 )
v v
Xv = (− √ cos(u), − √ sen(u), 1)
1−v 2 1 − v2
v2 1
G= +1= .
1−v 2 1 − v2
F = vsen(u)cos(u) − vsen(u)cos(u) = 0.
1−v 1−v
r r
Xu = 2(−
0
sen(u), cos(u))
1+v 1+v
1+v
E0 = 4
1−v
1 1+v 1 1+v
r r
Xv0 = 2( cos(u), sen(u))
(1 − v)2 1−v (1 − v)2 1−v
4 1−v 4
G0 = =
(1 − v) 1 + v
4 (1 − v)3 (1 + v)
1.5. O TEOREMA DE GAUSS E AS EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE 43
F 0 = 0.
1
E = (1 − v2 ), F = 0, G =
1 − v2
1+v 0 4
E0 = 4 , F = 0, G 0 =
1−v (1 − v)3 (1 + v)
2 2 4
então multiplicando a primeira por λ2 = ( ) = chegamos na
1−v (1 − v)2
segunda e por isso temos que a projeção é conforme.
ê Demonstração.
ê Demonstração.
lidade
1 2
Xvv = Γ22 Xu + Γ22 Xv + λ4 N.
Os coeficientes Γjm
k
são chamados de sı́mbolos de Christoffel.
ê Demonstração. Γ121 = Γ211 , Γ122 = Γ212 pois Xuv = Xvu e {Xu , Xv , N} é base logo os
coeficientes devem ser iguais.
Eu
Γ111 E + Γ112 F = =< Xuu , Xu >
2
Ev
Γ111 F + Γ112 G = Fu − =< Xuu , Xv >
2
1.5. O TEOREMA DE GAUSS E AS EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE 45
Ev
Γ121 E + Γ122 F = =< Xuv , Xu >
2
Gu
Γ121 F + Γ122 G = =< Xuu , Xv >
2
1 2 Gu
Γ22 E + Γ22 F = Fv − =< Xvv , Xu >
2
1 2 Gv
Γ22 F + Γ22 G= =< Xvv , Xv >
2
ê Demonstração. Usamos a identidades
1.
Xuu = Γ111 Xu + Γ112 Xv + λ1 N
2.
Xuv = Γ121 Xu + Γ122 Xv + λ2 N
3.
Xvu = Γ211 Xu + Γ212 Xv + λ3 N
4.
1 2
Xvv = Γ22 Xu + Γ22 Xv + λ4 N.
•
46 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
F =< Xu , Xv > logo Fu =< Xuu , Xv > + < Xu , Xvu > usando que Ev = 2 < Xuv , Xu >
Ev
segue Fu − =< Xuu , Xv >, substituindo chegamos em
2
Ev
Γ111 F + Γ112 G = Fu − =< Xuu , Xv > .
2
•
Ev
< Xuv , Xu >= Γ121 E + Γ122 F =
2
onde usamos Ev = 2 < Xuv , Xu > .
1 2
< Xvv , Xu >= Γ22 E + Γ22 F,
Gu
de F =< Xu , Xv > tem-se Fv = < Xuv , Xv > + < Xu , Xvv > logo Fv − =< Xu , Xvv > de
| {z } 2
Gu
2
onde segue
1 2 Gu
Γ22 E + Γ22 F = Fv − =< Xvv , Xu > .
2
•
1.5. O TEOREMA DE GAUSS E AS EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE 47
1 2
< Xvv , Xv >= Γ22 F + Γ22 G
Gv
e usamos que =< Xvv , Xv >, daı́ segue
2
1 2 Gv
Γ22 F + Γ22 G= =< Xvv , Xv > .
2
1 Ev Gu
K = − √ [( √ )v + ( √ )u ]
2 EG EG EG
−∇2 (ln(λ))
K=
2λ
ê Demonstração.
Pela propriedade anterior tomando G = E = λ , tem-se
1 λv λu 1
K= [( )v + ( )u ] = [(ln(λ))vv + (ln(λ))uu ].
2λ λ λ 2λ
48 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
ê Demonstração.
tem a mesma curvatura Gaussiana mas X 0 ◦ X−1 não é uma isometria, isto é, a
recı́proca do teorema de Gauss não vale.
1
xu = (cos(v), sen(v), )
u
xv = (−usen(v), ucos(v), 0)
1
implicam E = 1 + , F = 0, G = u2
u2
eg − f2
Se houvesse terı́amos K = = −1 e K = 0 pela identidade
EG − F2
1 Ev Gu
K = − √ [( √ )v + ( √ )u ].
2 EG EG EG
Ev e g
ev = ( + )
2 E G
Gv e g
gv = ( + )
2 E G
se F = 0.
ê Demonstração.
Gv e g
gu = ( + )
2 E G
e g 1
com gu = 0 e Gu = −2cos(u)sen(u) , = cos2 (u) e = que não se
E G cos2 (u)
anula para todo u, então não existe superfı́cie com essas caracterı́sticas.
Tal fórmula é conhecida como Fórmula de Gauss e foi demonstrada por Gauss
em um famoso artigo, Disquisitiones generales circa superficies curvas.
onde usamos que Nu = −a11 Xu − a21 Xv , Nv = −a12 Xu − a22 Xv , temos ainda que
ê Demonstração.
Z Exemplo 24. Dar uma justificativa para que as superfı́cies abaixo não sejam
localmente isométricas duas a duas
• Esfera.
• cilindro .
• Sela z = x2 − y2 .
negativa.
Dw
= (a 0 +Γ111 au 0 +Γ121 av 0 +Γ121 bu 0 +Γ22
1
bv 0 )xu +(b 0 +Γ112 au 0 +Γ122 av 0 +Γ122 bu 0 +Γ22
2
bv 0 )xv
dt
Dw
= (a 0 + Γ111 au 0 + Γ121 av 0 + Γ121 bu 0 + Γ22
1
bv 0 )Xu + (b 0 + Γ112 au 0 + Γ122 av 0 + Γ122 bu 0 + Γ22
2
bv 0 )Xv
dt
52 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
m Definição
32 (Campo paralelo). Um campo de vetores w ao longo de uma
Dw
curva parametrizada α : I → S é chamado paralelo se = 0 ∀ t ∈ I, isto é, se
dt
sua derivada covariante se anula para todo t ∈ I.
d Dv Dw
< v, w >=< , w > + < v, >.
dt dt dt
Também vale
Dv
< v(t), v(t) > 0 = 2 < ,v > .
dt
ê Demonstração.
d Dv d Dw d
< v, w >=< v 0 , w > + < v, w 0 >=< + dtb
n, w > + < v, + dtb
n >=
dt dt v dt w
Dv Dw
=<
, w > + < v, >,
dt dt
onde separamos a derivada na componente normal e na componente covariante e no
fim usamos as propriedades, do vetor normal ser ortogonal ao vetor na superfı́cie ao
longo da curva.
Além disso temos que
Dv Dv
< v(t), v(t) > 0 = 2 < v 0 , v >= 2 < b , v >= 2 <
+ v 0n ,v >
dt dt
como querı́amos provar.
α : I → S, então < v(t), w(t) > é constante. Em particular |v(t)|, |w(t)| e o ângulo
entre v(t) e w(t) são constantes.
ê Demonstração. Pela propriedade anterior temos que
0 0
z}|{ z}|{
d Dv Dw
< v, w >=< , w > + < v, >= 0
dt dt dt
logo < v, w > é constante
Além disso
0
z}|{
Dv
< v, v > = 2 <
0
, v >= 0
dt
logo < v, v > é constante, o mesmo para < w, w > .
Por isso
| < v, w > | = |v| |w| cos(θ)
é constante, mas como |v| e |w| são constante, logo cos(θ) é constante e portanto
também o ângulo .
ê Demonstração.
dw dw
kN⇔ kN
dt dt
o transporte paralelo de w0 ao longo de α é o mesmo para S e S .
ê Demonstração.
ê Demonstração.
Tal propriedade vale pois
Dγ 0 0
< γ 0, γ 0 > 0= 2 < , γ >= 0∀ t ∈ I
dt
portanto < γ 0 , γ 0 > é constante. Se fosse zero, então γ 0 (t) = 0∀ t ∈ I e daı́ γ(t) é
constante, o que não queremos por hipótese de geodésica.
Dw
Vamos denotar = Dw algumas vezes por questão se simplicidade.
dt
1.6. TRANPORTE PARALELO. GEODÉSICAS 55
Dw = λ(t)(N × w)
para algum λ(t) real e w unitário ao longo de α, curva sobre a qual se calcula a
derivada covariante.
além disso temos < Dw, N >= 0 pois Dw está no plano tangente, por isso temos que
existe λ(t) tal que
Dw = λ(t)(N × w).
w unitário.
ê Demonstração.
De Dw = λ(t)N × w segue que
valendo Dα 0 = kg N × α 0 .
k2 = k2n + k2g .
k2 = k2g + k2n .
ê Demonstração.
1.6. TRANPORTE PARALELO. GEODÉSICAS 57
[Dw] − [Dv] = ϕ 0
w 0 = [Dw]N × w + cN
v 0 = [Dv]N × v + mN
mas < N × v, w >=< N, v × w > por duas permutações circulares, que não altera o
valor. Temos ainda |v × w| = |v||w|sen(ϕ) = sen(ϕ) e v × w = cN logo c = sen(ϕ)
pela orientação suposta como hipótese, além disso temos
[Dw] = ϕ 0 (t)
1 dv du
[Dw] = √ (Gu − Ev ) + ϕ 0 (t)
EG dt dt
onde ϕ(t) é o ângulo de Xu a w( poderia ser também entre Xv a w, pois o
ângulo entre Xu e Xv é fixo .)
Xu Xv
ê Demonstração. Tomamos e1 = √ , e2 = √ , temos E e G não nulos pois
p E G
EG − F2 é não nulo e F = 0 =< Xu , Xv >= |Xu ||Xv |cos(θ) o que implica θ = 90◦ ,
p p √ √
|Xu × Xv | = |Xu ||Xv |sen(90◦ ) = < Xu , Xu > < Xv , Xv > = E G
Xu × Xv
por isso temos e1 × e2 = √ = N. Sabemos que
EG
[Dw] − [De1 ] = ϕ 0 (t).
Calculamos agora [De1 ] usando que em geral vale w 0 = [Dw](N × w) + cN, mas
√ √ 0 0 0
√ 1
Xu (E 0 )
2 √
Xu (X u ) 0
E − Xu ( E) (Xuu u + Xuv v ) E− E
(e1 ) 0 = ( √ ) 0 = = =
E E E
1.6. TRANPORTE PARALELO. GEODÉSICAS 59
√
E 1
onde estamos usando que =√
E E
1
X (E u 0 +Ev v 0 )
Xuu u 0 + Xuv v 0 − 2 u u√
E
=
E
queremos a projeção de tal termo no plano tangente, na direção de e2 , pois na direção
de e2 nada temos, pelo fato de |e1 | = 1
1
[De1 ] = √ (Gu v 0 − Ev u 0 )
2 EG
como querı́amos provar.
1
[Dw] = 0 = √ (Gu v 0 − Ev u 0 ) + ϕ 0 (t) = 0 ⇒
2 EG
60 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
1
ϕ 0 (t) = √ (Ev u 0 − Gu v 0 ) := B(t)
2 EG
logo
Zt
ϕ(t) = B(t)dt + ϕ(t0 ),
t0
1 Ev
logo (kg )2 = √ Gu . Analogamente (kg )1 = √ , pois tomando v = v0 e
2 EG 2E G
u = u(s), segue que
α 0 (s) = |{z}
Xv v 0 +Xu u 0 = Xu u 0 ,
0
daı́
1
< α 0 (s), α 0 (s) >= 1 = [u 0 ]2 < Xu , Xu >= [u 0 ]2 E ⇒ u 0 = √
E
0
1 z }| { Ev 1 E
[Dα 0 ] = √ (Gu v 0 −Ev u 0 ) = − √ √ = − √v
2 EG 2 EG E 2 GE
Ev
logo (kg )1 = − √ , usando as identidades obtidas acima, tem-se
2 GE
1 √ √
[Dw] = √ (2 EG(kg )2 v 0 + 2 G(kg )1 Eu 0 ) + ϕ 0 (t) =
2 EG
√ √
= (kg )1 Eu 0 + (kg )2 Gv 0 + ϕ 0 (t).
1 1
w(t) = cos(ϕ(t)) √ Xu + sen(ϕ(t)) √ Xv
| {z E} | {z G}
u0 v0
1 1
com w = α 0 , temos [Dα 0 ] = kg , substituindo u 0 = cos(ϕ(t)) √ e v 0 = sen(ϕ(t)) √
E G
em
√ √
[Dα 0 ] = (kg )1 Eu 0 + (kg )2 Gv 0 + ϕ 0 (t)
tem-se
[Dα 0 ] = (kg )1 cos(ϕ(t)) + (kg )2 sen(ϕ(t)) + ϕ 0 (t)
com condições iniciais u(0), u 0 (0), v(0), v 0 (0) dadas, a solução existe e é única
localmente.
ê Demonstração.
Seja γ(s) = X(u(s), v(s)), temos
γ 0 (s) = Xu u 0 + Xv v 0
usando as relações
Xuu = Γ111 Xu + Γ112 Xv + eN
f0
u 00 + 2 u 0 v 0 = 0 ⇔ f2 u 00 + 2ff 0 u 0 v 0 = 0
f
v 00 − f 0 f(u 0 )2 = 0.
ê Demonstração. Calculamos os coeficientes da primeira forma fundamental
Xu = (−f(v)sen(u), f(v)cos(u), 0)
disso segue
E = f2 (v), Eu = 0, Ev = 2ff 0 , F = Fu = Fv = 0, G = 1, Gu = Gv = 0.
Vamos usar um sistema de identidade que já obtemos para deduzir os sı́mbolos de
Eu Ev
Christoffel. Usando Γ111 E+Γ112 F = segue Γ111 E = 0 logo Γ111 = 0. De Γ111 F+Γ112 G = Fu −
2 2
2ff 0
E f 0
tem-se Γ112 = − = −ff 0 . Usando Γ121 E + Γ122 F = 1 2
f = ff 0 ⇒ Γ121 = . Agora
v
segue Γ12
2 2 f
1 2 Gu 2 1 2 Gu 1 2
de Γ12 F + Γ12 G = tem-se Γ12 = 0. De Γ22 E + Γ22 F = Fv − segue que Γ22 f = 0 logo
2 2
1 1 2 Gv 2
Γ22 = 0, finalmente Γ22 F + Γ22 G= implica Γ22 = 0.
2
f0
Então deduzimos os sı́mbolos de Christoffel Γ111 = 0. Γ112 = −ff 0 . Γ12 1
= . Γ122 = 0 ,
f
1 2
Γ22 = 0 Γ22 = 0. E com isso podemos encontrar a equação das geodésicas.
As equações se reduzem a
64 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
f0
u 00 + 2 u 0 v 0 = 0 ⇔ f2 u 00 + 2ff 0 u 0 v 0 = 0
f
v 00 − f 0 f(u 0 )2 = 0.
γ 0 (s) = u 0 Xu + v 0 Xv .
u 0E u 0f 0 ct
= = =
c cf f
f = r o raio do paralelo no ponto de interseção, logo concluı́mos
f0
u 00 + 2 u 0 v 0 = 0
f
1.6. TRANPORTE PARALELO. GEODÉSICAS 65
v 00 − f 0 f(u 0 )2 = 0
Xu
b Propriedade 52. Sejam w = √ e r = N × w então
E
p
< wu , rv > − < wv , ru >= K EG − F2 .
ê Demonstração. N = w × r , logo Nu = wu × r + w × ru , Nv = wv × r + w × rv ,
note também que
wv = b1 r + b2 N, ru = b3 w + b4 N
< wu , rv >= a2 a4 .
Xu
De w = √ , temos
E
Xuu 1 eN
wu = √ + X u ( √ ) u = √ + T
E E E
onde T ∈ Tp S, onde usamos xuu = Γ111 Xu + Γ112 Xv + eN. Aplicando o produto interno
com N resulta o termo a2
e
a2 =< wu , N >= √ .
E
Da mesma forma
1
rv = (Nv × w) + N × wv = √ Nv × Xu + T2
E
66 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
< Nv × Xu , N >
a4 =< rv , N >= √ .
E
Por isso
e < Nv × Xu , N >
< wu , rv , >= a2 a4 = √ √ .
E E
Xu
Agora calculando os outros coeficientes, usando w = √ tem-se
E
Xuv 1
wv = √ + Xu ( √ )v
E E
de onde segue
1 f
b2 =< wv , N >= √ < N, Xuv >= √
E E
1
onde usamos Xuv = Γ12 Xu + Γ122 Xv + fN. Temos também que
ru = Nu × w + N
| ×
{zwu}
∈Tp S
1
b4 =< ru , N >=< Nu × w, N >= √ < Nu × Xu , N > .
E
Juntando todas identidades mostradas, temos que
< Nv × Xu , N > f
< wu , rv > − < wv , ru >= e − < Nu × Xu , N > .
E E
Usando agora
−Nu = a12 Xu + a12 Xv
logo
p
Nv × Xu = (−a21 Xu − a22 Xv ) × Xu = −a22 Xv × Xu = a22 Xu × Xv = a22 N EG − F2
daı́
p
< Nv × Xu , N >= a22 EG − F2
de modo similar
p
Nu × Xu = (−a12 Xu − a12 Xv ) × Xu = −a12 Xv × Xu = a12 Xu × Xv = a12 N EG − F2
1.6. TRANPORTE PARALELO. GEODÉSICAS 67
daı́ tem-se
p
< Nu × Xu , N >= a12 EG − F2
√ √
EG − F2 EG − F2 p
< wu , rv > − < wv , ru >= (ea22 − fa12 ) = (EK) = K EG − F2 .
E E
Aqui usamos que −ea22 +fa12 = −EK que já calculamos anteriormente, na fórmula
de Gauss.
b Propriedade 54. Se uma geodésica é uma curva plana então ela é uma linha
de curvatura.
logo dNα(t) (α 0 (t)) = λα 0 (t) por propriedade do produto vetorial, logo α é linha de
curvatura.
68 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
Z Exemplo 26. Dê exemplo de uma linha de curvatura que é uma curva plana
mas não é uma geodésica.
Uma elipse do catenóide.
d Dv Dw
< v(t), w(t) >=< , w(t) > + < v(t), >.
dt dt dt
ê Demonstração.
d dv dw
< v(t), w(t) >=< , w(t) > + < v(t), >=
dt dt dt
Dv dv Dw dw
=< +< , N > N, w(t) > + < v(t), +< , N > N >=
dt dt dt dt
Dv Dw
=< , w(t) > + < v(t), >
dt dt
pois os outros termos se anulam.
O traço α([0, l]) de α é dito uma curva fechada simples regular por partes.
ê Demonstração.
70 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
Se |θk | = π, dizemos que o vértice é uma cúspide, isto é, |θk | = π definimos o
sinal de θk do seguinte modo. Usando uma parametrização, o problema se reduz
ao caso no qual α está contido em R2 com α(tk ) = 0 e α 0 (tk − 0) está na parte
negativa do eixo OX logo α 0 (tk + 0) está na parte parte positiva. Para ε > 0
suficientemente pequeno o traço de α restrito a (tk , tk + ε) é o gráfico de uma
função f : (0, ε 0 ) e o traço de α restrito a (tk , tk + ε) é o gráfico de uma função
g : (0, ε 00 ) → R. Como α não possui auto-interseção, vale ou f(x) > g(x) ou
f(x) < g(x)∀ x no domı́nio de ambas, no primeiro caso definimos θk = π e no
segundo θk = −π.
X
n X
n
ϕk (tk + 1) − ϕk (tk ) + θk = ±2π
k=0 k=0
onde o sinal negativo ou positivo depende da orientação de α.
que uma região R ⊂ S, R sendo união de um conjunto aberto conexo com a sua
fronteira é uma região simples se R é homeomorfo a um disco e a fronteira ∂R
de R é o traço de uma curva parametrizada simples, fechada e regular por partes
α : I → S.
ZZ p
f(u, v) EG − F2 dudv
X−1 (R)
ê Demonstração.
√ Ev Gu
−K EG = ( √ )v + ( √ )u
2 EG 2 EG
com F = 0 .
ê Demonstração.
n Z sk+1
X ZZ X
n
kg (s)ds + Kdσ + θk = 2π
k=0 sk R k=0
1
kg (s) = √ (Gu v 0 − Ev u 0 ) + (ϕu ) 0
2 EG
onde ϕk (s) é uma função diferenciável que mede o ângulo positivo de Xu a α 0 (s)
em [sk , sk+1 ], integrando tal expressão em todos os intervalos [sk , sk+1 ] e somando
temos
n Z sk+1
X Xn Z sk+1 Xn Z sk+1
Gu v 0 Ev u 0
kg (s)ds = √ − √ ds + (ϕk ) 0 ds
k=0 sk k=0 sk
2 EG 2 EG k=0 sk
agora utilizaremos o teorema de Green no plano uv, que afirma: Se P(u, v) e Q(u, v)
são funções diferenciáveis em uma região simples A ⊂ R2 cuja fronteira é dada por
u(s), v(s) então
1.7. TEOREMA DE GAUSS BONNET 73
n Z sk+1
X ZZ
Pus + Qvs ds = Qu − Pv dudv
k=0 sk A
n Z sk+1
X X
n X
n
(ϕk ) 0 ds = ϕk (sk+1 ) − ϕk (sk )) = ±2π − θk
k=0 sk k=0 k=0
n Z sk+1
X ZZ X
n
kg (s)ds = − Kdσ + 2π − θk ⇒
k=0 sk R k=0
n Z sk+1
X ZZ X
n
kg (s)ds + Kdσ + θk = 2π
k=0 sk R k=0
ê Demonstração.
1.7. TEOREMA DE GAUSS BONNET 75
b Propriedade 62. Toda região regular de uma superfı́cie regular admite uma
triangulação.
ê Demonstração.
b Propriedade 63. Sejam S uma superfı́cie orientada e {Xk }k∈A uma famı́lia de
parametrizações compatı́veis com a orientação de S, R ⊂ S uma região regular de
S. Então existe uma triangulação T de R tal que todo triângulo de T está contido
em alguma vizinhança coordenada da famı́lia {Xk }k∈A , além disto se a fronteira de
todo triângulo de T for orientada positivamente, triângulos adjacentes determinam
orientações opostas nas arestas comum a eles.
ê Demonstração.
{2m | m ≤ 1, m ∈ Z} = B.
ê Demonstração.
2 − χ(S)
g= ,
2
tal número é chamado de gênero de S.
76 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
n Z Z
X q
f(uk , vk ) Ek Gk − F2k dudv
1
k=1 X−
k (Tk )
ê Demonstração.
n Z
X ZZ X
p
kg (s)ds + Kσ + θk = 2πχ(R)
k=1 Ck R k=1
n Z
X ZZ X
F X
3
kg (s)ds + Kdσ + θjk = 2πF
k=1 Ck R j=1 k=1
logo
X
F X
3 X
F X
3 X
F X
3
θjk = π − ϕjk = 3πF − ϕjk
j=1 k=1 j=1 k=1 j=1 k=1
para a região decomposta em triângulos. Podemos provar por indução pela quan-
tidade de vértices internos. Se não temos vértices internos, então temos um triângulo,
F = 1, Ee = 3, Ei = 0 e vale
3 F = 2 Ei + Ee
supondo para n vértices internos, vamos mostrar para n + 1. Podemos obter o caso
com n + 1 vértices internos, adicionando um vértice interno a uma região com n
vértices internos, neste caso três novas faces são geradas no lugar de uma antiga,
78 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
então temos F + 2 faces, temos mais 3 arestas internas, então ficamos com Ei + 3 e
o número de arestas externas não aumenta, porém temos que
logo vale a fórmula também para n + 1 vértices internos, e disso segue por indução
que vale para qualquer número de vértices internos.
Portanto
X
p
X
3 X
F X
3
θjk = 2πEi + πEe − ϕjk
j=1 k=1 j=1 k=1
Ve = Vec + Vet .
Como a soma dos ângulos em torno de cada vértice interno é 2π, em torno de cada
vértice externo de curva Ck é π − θl (mas devemos somar todos os ângulos), em torno
de cada vértice Vt é π, isto é, vale a identidade
X
F X
3 X
ϕjk = 2πVi + πVet + (π − θl )
j=1 k=1 l
substituindo tem-se
X
p
X
3 X
θjk = 2πEi + πEe − 2πVi − πVet − (π − θl ) =
j=1 k=1 l
X
lembrando que a quantidade de termo em (π − θl ) é Vec
l
−πV
z }| e { X
= 2πEi + πEe − 2πVi −πVet − πVec + θl =
l
n Z
X ZZ X
p
kg (s)ds + Kσ + θk = 2π.
k=1 Ck R k=1
ZZ
Kσ = 2π χ(R) .
|{z}
| {z }
R
>0
>0
b Propriedade 66. Seja S uma superfı́cie orientável com curvatura não po-
sitiva, então duas geodésicas γ1 , γ2 que partem de um ponto P ∈ Snão podem se
encontrar novamente em um ponto q ∈ S de tal forma que os traços de γ1 , γ2
constituam a fronteira de uma região simples R de S.
ê Demonstração. Supondo por absurdo que não vale, temos que, pelo teorema
de Gauss-Bonnet para R simples, tem-se
ZZ
Kdσ + θ1 + θ2 = 2π,
R
80 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
absurdo.
ê Demonstração.
logo
ZZ X
3 X
3
Kdσ = 2π + ϕ k − 3π = ϕk − π
T k=1 k=1
então
1.7. TEOREMA DE GAUSS BONNET 81
X
3
1. Se K = 0, então ϕ k = π.
k=1
X
3
2. Se K > 0 então ϕk > π.
k=1
X
3
3. Se K < 0 então ϕk < π.
k=1
ê Demonstração.
X
3
( ϕk ) − π.
k=1
ZZ p X3
2
K EG − F dudv = ( ϕk ) − π
T k=1
ZZ X
p
Kdσ + θk = 2πχ(R),
R k=1
pois kg = 0.
b
Propriedade 69. Se a geodésica γ(t, v)é definida para t ∈ (−ε, ε), então a
−ε ε
geodésica γ(t, λv), λ ∈ R+ é definida em ( , ) e vale
λ λ
−ε ε
ê Demonstração. Seja α : ( , ) → S curva parametrizada com α(t) = γ(λt),
λ λ
então α(0) = γ(0) e α 0 (0) = λγ 0 (0), α 00 (0) = λ2 γ 00 (0) , pela linearidade de D tem-se
então α é geodésica com condições iniciais α(0) = γ(0) e α 0 (0) = λγ 0 (0). Por
unicidade da geodésica temos α(t) = γ(t, λv) = γ(λt, v) pois γ(λt, v) é a geodésica
que satisfaz
γ(0, 0) = γ(0), [γ(λt, v)] 0 = λγ 0 (λt, v).
$ Corolário 20. Faz sentido tomar γ(1, λv) = γ(λ, v) desde que λ < ε.
1.8. APLICAÇÃO EXPONENCIAL 83
v
m Definição 57 (Aplicação exponencial). Se v ∈ Tp S, v 6= 0 é tal que γ(|v|,
|v|
)=
γ(1, v) está definido, definimos
e
expp (0) = p.
ê Demonstração.
Já sabemos que γ(1, v) = expp (v) está bem definida para |v| suficientemente pe-
queno. Usaremos agora o resultado: Dado P ∈ S, existem números ε1 , ε2 positivos
e uma aplicação diferenciável γ : (−ε2 , ε2 ) × Bε1 → S tais que ∀ v ∈ Bε1 , v 6= 0, t ∈
| {z } |{z}
t v
(−ε2 , ε2 ) a curva γ(t, v) é a geodésica de S com γ(0, v) = p, γ 0 (0, v) = v e para
ε2
v = 0, γ(t, 0) = p. γ(t, v) está bem definida para |t| < ε2 , |v| < ε1 , tomando λ =
2
ε2 ε2 ε2
daı́ γ(t, v) = γ( t, v) está definida para |t| < ε2 ⇒ |t| < 2, |v| < ε1 . Portanto
2 2 2
ε1 ε2
tomando um disco Bε ⊂ Tp S com centro na origem e de raio ε < temos que
2
γ(1, w) = expp w, w ∈ Bε está definida e a diferenciabilidade de expp em Bε segue da
diferenciabilidade de γ, com |t| < 2 , em especial temos definido com t = 1, γ(1, w)
ε2 v ε2 |v| ε2 ε1
está bem definida, w = , |w| = < .
2 2 2
vizinhança U ⊂ Bε de origem O de Tp S.
ê Demonstração. Vamos mostrar que a diferencial d(expp ) é não singular em
O ∈ Tp S. Identificamos o espaço de vetores tangentes a Tp S em O com o próprio Tp S.
Considera a curva α(t) = tv, v ∈ Tp S, temos que α(0) = 0 e α 0 (0) = v. A curva
(expp ◦ α)(t) = expp (tv) possui em t = 0 o vetor tangente
expp ((a, b)t) = γ(1, (a, b)t) = γ(t, (a, b)) = γ(t, v)
[Analisar.]
1.8. APLICAÇÃO EXPONENCIAL 85
em (0, 0) temos
Xu = dexpp (0) ◦e1 = e1
| {z }
I
que só está definido para r ∈ (0, ε). Nos pontos onde expp está definida em
l, tomamos a imagem do conjunto expp (l) = L, expp : U \ l → V \ L é um
difeomorfismo, podemos então parametrizar os pontos de V \ L pelas coordenadas
polares geodésicas .
86 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
√
E = 1, F = 0, lim G = 0, lim( G)r = 1
r→0 r→0
0 0
z }| { z }| {
Fr = < Xrr , Xθ > + < Xr , Xrθ >
explicamos agora o motivo de cada termo acima ser nulo, temos que E = 1 logo
derivando tal valor em relação a θ segue
além disso < Xrr , Xθ >=< DXr , Xθ > pois o componente normal se anula e usando
também Xr = α 0 (r) e por α ser geodésica Dα 0 (r) = 0 = DXr , juntando essas duas
informações segue que Fr = 0 e F depende apenas de θ. Mas F(r, θ) =< Xr , Xθ > é
contı́nua até quando r = 0 pela expressão < Xr , Xθ > e
em pontos fora da origem lim Xθ (r, θ) = 0 pois d é uma aplicação linear em cada
r→0
ponto disso
lim F(r, θ) = lim < Xr , Xθ >= 0
r→0 r→0
∂u ∂u !
cos(θ) −rsen(θ)
= rcos2 (θ) + rsen2 (θ) = r
∂r ∂θ
det ∂v ∂v = det sen(θ) rcos(θ)
∂r ∂θ
logo
√
q
2
p
r EG − F = EG − F2 = G
√ √
q
2
lim G = r EG − F = 0 1.1 − 0 = 0
r→0
√
q
2
De G = r EG − F derivando em relação a r segue
√
q q
2 2
( G)r = EG − F + r( EG − F )r
√
lim( G)r = 1.
r→0
√
1 Gu 1 Gu Guu
K = − (( √ )u ) = − (( √ )u ) = − √
2G G G 2 G G
√ Gu
onde usamos acima que ( G)u = √ . Tal expressão pode ser considerada como
2 G p
uma equação diferencial a ser satisfeita por G(rθ) se queremos que a superfı́cie
tenha na vizinhança coordenada em questão curvaturas K(r, θ).
√ √
( G)rr + K G = 0
dψ(e2 ) = f2 .
ê Demonstração. Vamos considerar a equação
√ √
( G)rr + K G = 0
• Caso K = 0.
• Caso K > 0.
0 = A(θ),
logo
√ √ √
( G)r = KB(θ)cos( Kr),
√
e como lim G = 1, na equação acima
r→0
√ 1
KB(θ) = 1 ⇒ B(θ) = √
K
portanto temos
√ 1 √ 1 √
G = √ sen( Kr), G = sen2 ( Kr)
K K
90 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL
• Se K < 0.
A solução da equação é
√ √ √
G = A(θ)cosh( −Kr) + B(θ)senh( −Kr),
√
como lim G = 0, cosh(0) = 1, senh(0) = 0, então passando tal limite na
r→0
equação acima temos
0 = A(θ),
logo
√ √ √
( G)r = −KB(θ)cosh( −Kr),
√
e como lim G = 1, na equação acima
r→0
√ 1
−KB(θ) = 1 ⇒ B(θ) = √
−K
portanto temos
√ 1 √ 1 √
G= √ senh( −Kr), G = senh2 ( −Kr),
−K K
[Continuar demonstração depois]
3 2πr − L
K(p) = lim ( )
r→0 π r3
onde
Z 2π−ε √
L = lim+ Gdθ.
ε→0 ε
r3 R1 L 3! R 1 2πr − L 3 R1 2πr − L
−r + K= − ⇒ K = 3( + ) = 3( + )
3! 2π 2π r 2π 2π r π π
tomando r → 0 tem-se
3 2πr − L
L = lim ( )
r→0 r3 π
como querı́amos provar.
como α possui comprimento finito, podemos escolher L de modo que α([B0 , B1 ]) in-
tersecta L em apenas um número finito de pontos, digamos r1 < · · · < rk−1 . Definimos
r0 = B0 , rk = B1 , e escrevemos α(t) = X(r(t), θ(t)) em cada intervalo (tj , tj+1 ) de
j = 0 até j = k − 1, fazemos tal partição pois as coordenadas não estão definida em
L. Escrevemos α em coordenadas polares geodésicas α = X(r(t), θ(t)) , daı́
Z t1 Z t1 p
Lα = 0
I(α (t))dt = E(rα0 )2 + 2Frα0 θα0 + G(θα0 )2 dt =
0 0
com E = 1, F = 0 segue Z t1 p
= (rα0 )2 + +G(θα0 )2 dt
0
como temos q
p
(rα0 )2 + +G(θα0 )2 ≥ (rγ0 )2
k−1 Z tj+1
X Z tj p
p
= 0 2
(R ) dt − (R 0 )2 dt =
j=0 0 0
por soma telescópica (os termos vão se anulando conforme se soma, ficam apenas o
último menos o primeiro)
Z tk p Z t0 p Z tk p Z B1
= 0 2
(R ) dt − 0 2
(R ) dt = 0 2
(R ) dt = |R 0 |dt ≥
0 0 t0 B0
Z B1
| R 0 dt| = |R(B1 ) − R(B0 )|
B0
até t = tj+1 pertencem a uma geodésica radial, como querı́amos demonstrar. Para o
caso de α([0, t1 ]) ⊂ W , segue fazendo B0 → 0 e B1 → t1 .
Caso α([0, t1 ]) não esteja inteiramente contida em W , sejam t0 ∈ [0, t1 ] o primeiro
valor para o qual α(t0 ) = x pertencente à fronteira de W , γ a geodésica radial de p
até x, α a restrição da curva α ao intervalo [0, t0 ]. Neste caso lα ≥ lγ . Como q é um
ponto interior de W , vale lγ > lγ pois lγ mede o comprimento até a fronteira da bola
W a partir de p da geodésica γ e lγ mede a distância de p até q um ponto interior
da geodésica γ, por isso temos a desigualdade lγ > lγ . Juntando as desigualdades,
temos
lα ≥ lα ≥ lγ > lγ
b Propriedade 76. A propriedade anterior vale para curvas regulares por por
partes. a recı́proca não vale em geral para curvas regulares por partes.
ê Demonstração.
ê Demonstração.
z Observação 2. Se q ∈
/ D(p, δ), então d(p, q) ≥ δ , isto é, qualquer caminho
ligando p e q tem Lα ≥ δ.
ê Demonstração.
1.9. VIZINHANÇAS CONVEXAS 95
ê Demonstração.
b Propriedade 81. Para cada ponto p ∈ S, existe ε > 0 tal que se uma
geodésica γ(t) é tangente a um cı́rculo geodésico Sr (p), r < ε no ponto γ(0), então
para t 6= 0 pequeno γ(t) está fora de Br (p).
1
exp−
p (γ(t, q, v)) = u(t)
Como F 00 (t, p, v)) = 2 > 0 então existe uma vizinhança V ⊂ W de p tal que, q ∈ V
implica F 00 (t, q, v) > 0. Sejam ε > 0 tal que Bε (p) ⊂ V , r < ε e γ(t, q, v) uma geodésica
tangente a D(p, r) em γ(0) = q, temos que < u(0), u 0 (0) >= 0 por serem ortogonais
no disco logo F 0 (0) = 0 como
F(0, q, v) = r2 = |exp− 1 2
p (γ(0, q, r)| = r
2
pois é o ponto em que se toca no disco geodésico, e tal distância ao centro é r. Como
F 00 (t)(0) = 2 > 0, temos que F(t) > r2 para t 6= 0 pequeno, por termos em 0 ponto de
mı́nimo, logo nesses valores pequenos temos γ(t) fora de Br (p). Usamos propriedade
de máximo e mı́nimo de funções reais. [Analisar com mais cuidado esse resultado.]
1.10 Variedades
1.11. COORDENADAS 97
1.11 Coordenadas
Tem-se que
1
= ϕU (U ∩ V) → ϕV (U ∩ V)
ϕV ◦ (ϕ−
U )
ϕU (U∩V)
98 CAPÍTULO 1. ANOTAÇÕES SOBRE GEOMETRIA DIFERENCIAL