EMBRIONÁRIO DO
SISTEMA
UROGENITAL
Sistema Urinário
Durante a vida intra-uterina dos seres humanos, formam-se, em uma seqüência cefalocaudal, três
sistemas de rins, levemente superpostos:
Mesonefro
A B
C
► O cordão nefrogênico e o ducto mesonéfrico
estão lado a lado (A);
► os túbulos mesonéfricos se iniciam como
vesículas arredondadas, as vesículas mesonéfricas
(B);
► as vesículas mesonéfricas se alongam para
encontrar o ducto mesonéfrico - são a partir daí
então denominadas túbulos mesonéfricos (C).
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A B
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Esquemas mostrando os três conjuntos de
sistemas excretores em um embrião durante a
quinta semana. A. vista lateral; B. Vista
ventral. Os túbulos mesonéfricos foram
tracionados lateralmente - sua posição normal
é mostrada em A; C. Micrografia de
microscopia eletrônica de varredura de um
embrião de camundongo mostrando a crista
urogenital (seta) e o ducto mesonéfrico
(cabeças de seta), e K-rins.
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SISTEMA COLETOR
► Os dutos coletores originam-se do broto do ureter, uma evaginação do ducto mesonéfrico, junto da
sua desembocadura na cloaca - esse broto penetra no tecido metanéfrico, que se molda sobre sua
extremidade distal, formando um capuz;
► o broto se dilata, forma a pelve renal primitiva (A - 6 semanas), e divide-se nas porções cefálica e
caudal, os futuros grandes cálices (B - metade da 6ª semana);
► ao penetrar no tecido metanéfrico, cada cálice forma dois novos brotos - estes continuam a
subdividir-se até formarem 12 ou mais gerações de túbulos;
► enquanto isso, na periferia, formam-se mais túbulos, até o fim do quinto mês;
► os túbulos de segunda ordem ficam maiores e absorvem os da terceira e quarta gerações,
formando os pequenos cálices da pelve renal (C - 7 semanas);
► os túbulos coletores
das gerações sucessivas
alongam-se e convergem
para o pequeno cálice,
formando a pirâmide
renal (D - recém-
nascido);
► do broto do ureter
originam-se o ureter, a
pelve renal, os grandes e
os pequenos cálices, e
aproximadamente de 1 a
3 milhões de túbulos
coletores.
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Portanto, o rim origina-se de duas fontes:
(a) mesoderma metanéfrico, que fornece as unidades excretoras;
(b) broto do ureter, que dá origem ao sistema coletor.
► Néfrons formam-se até o nascimento, quando eles são aproximadamente 1 milhão em cada rim.
► A produção de urina começa cedo na gestação, logo após a diferenciação dos capilares
glomerulares, que começam a se formar na 10ª semana.
► Ao nascimento, os rins têm um aspecto lobulado, mas essa lobulação desaparece durante a
infância em conseqüência da continuação do crescimento dos néfrons, apesar de estes não mais
aumentarem de número.
A B
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Mudanças no Suprimento Sangüíneo dos Rins
► À medida que os rins "ascendem" a partir da pelve, recebem seu suprimento sangüíneo de vasos
que estão próximos a eles.
► Inicialmente, as artérias renais são ramos das artérias ilíacas comuns - Conforme "ascendem" mais,
os rins recebem seu suprimento sangüíneo da extremidade distal da aorta - Quando eles alcançam um
nível mais alto, eles recebem novos ramos da aorta.
► Normalmente, os ramos caudais sofrem involução e desaparecem.
► Quando os rins entram em contato com as glândulas supra-renais na nona semana, sua ascensão
pára.
► Os rins recebem seus ramos arteriais mais craniais da aorta abdominal - estes ramos tornam-se as
artérias renais permanentes.
►A artéria renal direita é mais longa e freqüentemente mais superior.
Agenesia Renal: ausência dos rins. Pode ser causada por não
desenvolvimento inicial do órgão ou por involução, devido a um
desenvolvimento anormal. A agenesia bilateral ocorre em
1/10.000 nascimentos.
Ureter Duplo:
► D e E mostram duplicações
parcial e completa de ureteres (U).
Setas - hilo duplicado; B. Bexiga;
K. Rins; ML. Ligamento mediano.
► Durante sua ascensão, os rins passam através de uma bifurcação arterial formada pelas artérias
umbilicais, mas, ocasionalmente, não o fazem - a permanência na pelve junto à artéria ilíaca comum é
denominado rim pélvico (A);
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► algumas vezes, durante sua passagem pela bifurcação da artéria, os rins são empurrados para tão
junto um do outro, que seus pólos inferiores se fundem, formando um rim em ferradura (B e C); U.
ureter; BW. Parede da bexiga.
► o rim em ferradura é encontrado em 1/600 nascimentos.
Variações em vasos renais: A e B. artérias renais múltiplas. Em B, a artéria renal polar está obstruindo
o ureter e causou a dilatação da pelve. C e D. Veias renais múltiplas, que são menos comuns.
SISTEMA GENITAL
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► a chave para o dimorfismo sexual são genes localizados no cromossomo Y, cujo braço curto
contém a região do gene SRY (região de Y sexo-determinante) ou também denominados TDF (fator de
desenvolvimento testicular).
► a proteína produzida por comando deste gene dá início a uma cascata de comandos gênicos,
determinadores do destino dos órgãos sexuais rudimentares.
► em sua ausência, instala-se o desenvolvimento feminino, segundo fenômenos ainda pouco
conhecidos.
Gônadas
Secção transversal da região lombar de um embrião com 6 semanas mostrando a gônada indiferenciada
com os cordões sexuais primitivos. Algumas células germinativas primordiais estão envolvidas pelos
cordões sexuais primitivos.
Testículo
Corte histológico de
testículo adulto:
T = túbulos seminíferos;
R = rede testicular.
Ovário
► ao chegar às gônadas
indiferenciadas as células
germinativas primordiais se
diferenciam em ovogônias;
► no final do 3º mês estão envoltas
por células epiteliais pavimentosas
(originárias do epitélio superficial) –
células foliculares;
► algumas ovogônias fazem mitoses
e outras iniciam a meiose I (ovócitos
primários);
► chegam a 7 milhões de ovogônias
no 5º mês – inicia-se morte celular;
► no 7º mês permaneceram algumas
ovogônias superficiais e os ovócitos I
estão todos em prófase I (paralisadas
em diplóteno);
► Estágio de diplóteno (dictióteno):
ovócito I em repouso até a puberdade
– células caracterizadas por malha de
cromatina frouxa – provável ação do
inibidor da maturação do ovócito
(OMI) das células foliculares;
► Inicialmente, tanto os embriões masculinos como os femininos, têm dois pares de ductos genitais:
os ductos mesonéfricos e para-mesonéfricos;
► os ductos paramesonéfricos
surgem como uma invaginação
longitudinal do epitélio da
superfície ântero-lateral da
crista urogenital;
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► da cauda do epidídimo até a evaginação da vesícula seminal, os ductos mesonéfricos adquirem uma
espessa capa muscular e formam o ducto deferente;
► no homem, os ductos paramesonéfricos degeneram, exceto uma pequena porção de sua
extremidade cefálica, o apêndice testicular (B).
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► O útero duplo (útero didelfo) resulta da não-fusão das partes inferiores dos ductos para-
mesonéfricos.
► Ele pode estar associado com uma vagina dupla ou única (B e C).
► Se a duplicação envolve somente a parte superior do corpo do útero, a condição é denominada
útero bicórneo (D).
► Se um ducto paramesonéfrico tem seu crescimento retardado e não se funde com o outro,
desenvolve-se um útero bicórneo com um corno rudimentar (E) - O corno rudimentar pode não se
comunicar com a cavidade do útero.
► Em alguns casos, o útero parece normal externamente, mas é dividido internamente por um delgado
septo - útero septado (F).
► Um útero unicórneo se desenvolve quando um ducto paramesonéfrico não se forma - isto resulta em
um útero com uma tuba uterina (G).
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