MERCADO DE CONSUMO
Março 2016
Quando são consideradas apenas as casadas/
A ROTINA DA MULHER DOS em união estável, o desequilíbrio na divisão
de tarefas domésticas é ainda maior:
TEMPOS DE HOJE: TRABALHO,
Cuidados com a roupa 83,0%
FAMÍLIA E CONSUMO
Arrumar a casa 80,0%
Atividades que mais tomam tempo no dia a dia: Alimentação 77,1%
Limpar a casa 75,8%
Aspectos mais
importantes 64,7% 53,0% 34,3%
no momento
da compra:
Promoções Preço Pagamento
atrativo facilitado
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INTRODUÇÃO
Embora reconheça que não é fácil dar conta de tantas obrigações, a maior parte das entrevistadas não sofre
por isso. O estudo também mostra que entre as mulheres casadas ou em união estável há uma desigualdade
considerável na divisão de tarefas, e mesmo que os casais já tenham conversado a respeito, não houve
mudanças por parte do cônjuge.
Ainda assim, este não é o maior motivo de brigas, e sim a forma como o dinheiro é gasto ou a falta dele.
A pesquisa também traça o perfil de compra das brasileiras, listando os produtos mais frequentemente
adquiridos e os locais de compra que concentram as compras, além de identificar quais são os itens de
consumo e serviços mais desejados.
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ROTINA FAMILIAR E RESPONSABILIDADES
DO DIA A DIA
O trabalho é a atividade que mais toma tempo no dia a dia sendo mencionado por 45,9% das entrevistadas que
tem esse tipo de atividade, com percentuais maiores entre as não casadas (51,8%) e as residentes em capitais
(59,8%). Em seguida vêm as missões de cuidar da casa (22,5%, aumentando para 25,3% entre as casadas)
e dos filhos (20,3% das que são mães). Neste último caso, à medida que diminui a idade das entrevistadas,
aumenta a percepção da maternidade como algo que toma bastante tempo (44,4% entre as mais jovens), e o
mesmo ocorre na Classe C/D/E (23,5%) e no interior (24,3%).
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A mulher ainda é principal responsável pelas tarefas de casa,
mas a forma como se gasta o dinheiro é o maior motivo de briga
entre os casais
Embora tenham conquistado seu lugar no mercado de trabalho, as brasileiras ainda não se libertaram das
responsabilidades da rotina doméstica. 70,8% das entrevistadas garantem que são as principais responsáveis
por arrumar a casa, com percentuais maiores entre as casadas (80,8%) e residentes no interior (72,7%). A
pesquisa também indica que esse padrão se repete na hora de lavar e passar a roupa (69,5%), limpar a casa
(66,5%), preparar a alimentação (66,2%), fazer compras (59,5%) e cuidar dos filhos (57,1% das que são mães).
Na maioria dos casos, percebe-se que esses papéis estão associados mais frequentemente às mulheres com
idade acima de 35 anos, casadas e que residem no interior. A única exceção, no que diz respeito ao gênero,
fica por conta da tarefa de realizar pequenos consertos, como trocar lâmpadas ou desentupir a pia: neste
caso, somente 22,6% das entrevistadas dizem ser as principais responsáveis.
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Por outro lado, se forem consideradas apenas as mulheres casadas ou em união estável, a pesquisa mostra que
o desequilíbrio na divisão de trabalho entre os cônjuges é ainda mais significativo: 80,0% das entrevistadas
assumem o protagonismo na hora de arrumar a casa, com percentuais semelhantes para os cuidados com a
roupa (83,0%), limpar a casa (75,8%), alimentação (77,1%), e cuidar dos filhos (63,8%). Novamente, o único
momento em que os cônjuges tomam a frente corresponde à realização de pequenos consertos (67,0%).
Com uma divisão tão desigual, não surpreende que praticamente seis em cada dez mulheres casadas ou
em união estável (57,7%) se sintam mais sobrecarregadas pelos cuidados com a casa e os filhos, sobretudo
no interior (59,8%). Além disso, uma em cada quatro (25,4%) já conversou com o cônjuge a respeito desta
situação, mas nada mudou, de fato. Praticamente a mesma proporção (22,3%) prefere não falar sobre o
assunto, entendendo que as atividades em questão são mesmo de responsabilidade delas. Finalmente, uma
parcela considerável (17,6%) afirma deixar o tema de lado a fim de evitar brigas.
A esse respeito, ainda que parte das entrevistadas evite tocar no assunto da divisão de tarefas para não gerar
discussões entre o casal, esse não é o principal motivo de discórdia, e sim a forma como se gasta o dinheiro,
mencionada por 37,5% das mulheres casadas ou em união estável – aumentando para 41,6% na Classe C/D/E.
A falta de recursos financeiros aparece em segundo lugar (31,2%, aumentando para 34,0% na Classe C/D/E),
e só depois surge a divisão das tarefas domésticas (25,7%, aumentando para 27,7% no interior).
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CONSUMO E DECISÃO DE COMPRA
Em seguida aparecem os produtos para cabelo (45,9%), produtos para a casa (39,4%, aumentando para 51,5%
entre as mais velhas, 42,5% na Classe C/D/E e 47,8% para residentes nas capitais) e perfumes (37,5%). Por
outro lado, entre os gastos pessoais com os quais é despendido menos dinheiro são procedimentos estéticos
(4,7%), cinema (5,0%), academia (7,0%) e eletrônicos (7,7%).
Quando perguntadas sobre o lugar onde concentram a maior parte das compras (desconsiderando as compras
mensais), os supermercados/hipermercados são os locais mais citados (60,3%), principalmente na Classe
C/D/E (62,4%). Na sequência vêm as lojas de rua, exceto lojas de departamento (37,0%), revendedores de
cosméticos (33,8%) e internet/lojas virtuais (32,4%, aumentando para 42,6% na Classe A/B).
Os fatores mais importantes no momento da compra são as promoções (64,7%, aumentando para 69,1% na
Classe C/D/E), o preço atrativo (53,0%) e as facilidades para o pagamento (34,3%, aumentando para 40,7%
entre as mais velhas e 36,1% na Classe C/D/E).
A pesquisa mostra ainda que durante o tempo livre, a atividade mais praticada pelas brasileiras está
relacionada à socialização e à vida em família: 69,5% mencionam ficar com a família e amigos, com percentuais
mais expressivos entre as pertencentes à Classe C/D/E (71,5%), as casadas (76,5%) e residentes no interior
(71,5%). As entrevistadas também gostam de cozinhar (69,0%, aumentando para 79,9% entre as casadas),
descansar/dormir (62,0%), ver TV (61,8%) e interagir nas redes sociais (60,4%).
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ITENS DE MAIORES GASTOS PESSOAIS
Perfumes 37,5%
Cremes 22,8%
Sapatos 17,4%
Acessórios 15,0%
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CONCLUSÕES
»» 32,1% das entrevistadas sentem que têm muitas tarefas a cumprir, mas fazem o que é possível, sem
descabelar ou sofrer por isso. 26,0% acreditam que a sua rotina é normal, enquanto 22,9% consideram a
rotina tranquila e 16,8% julgam-na muito pesada e muitas vezes entram em pânico.
»» O trabalho é a atividade que mais toma tempo no dia a dia entre aquelas que exercem esta atividade
(45,9%), seguido pelas tarefas de casa (22,5%) e os cuidados com os filhos (20,3% das que são mães).
»» 46,3% das entrevistadas que são mães afirmam que os cuidados com os filhos cabem a elas na maior
parte do dia, sobretudo as casadas (50,2%), as pertencentes à Classe C/D/E (49,5%) e as residentes do
interior (50,3%). Entre as donas de casa, 96,8% cuidam dos filhos na maior parte do dia.
»» 70,8% são as principais responsáveis por arrumar a casa, aumentando para 80,8% entre as casadas e
72,7% no interior. O padrão é o mesmo na hora de lavar e passar a roupa (69,5%), limpar a casa (66,5%),
preparar a alimentação (66,2%), fazer compras (59,5%) e cuidar dos filhos (57,1%).
»» Quando são consideradas apenas as casadas/em união estável, o desequilíbrio na divisão de tarefas é
ainda maior: 80,0% das assumem o protagonismo na hora de arrumar a casa, com percentuais semelhantes
para os cuidados com a roupa (83,0%), limpar a casa (75,8%), alimentação (77,1%), e cuidar dos filhos
(63,8%).
»» Praticamente seis em cada dez mulheres casadas/em união estável (57,7%) se sentem mais
sobrecarregadas pelos cuidados com a casa e os filhos. 25,4% já conversaram com o cônjuge e, embora
eles tenham concordado, não houve mudanças. 22,3% preferem não falar no assunto, pois entendem que
a responsabilidade é mesmo delas, enquanto 17,6% não abordam a questão para evitar brigas.
»» O principal motivo de discórdia entre os casais é o dinheiro: tanto no que diz respeito ao modo como
ele é gasto (37,5%) quanto à falta de recursos financeiros (31,2%), surge em terceiro lugar a divisão das
tarefas domésticas (25,7%).
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»» Os itens pessoais com que as brasileiras mais gastam dinheiro são as roupas e sapatos (60,9%), produtos
para o cabelo (45,9%), produtos para a casa (39,4%) e perfumes (37,5%). Já os itens pessoais com que
é gasto menos dinheiro estão os procedimentos estéticos (4,7%), cinema (5,0%), academia (7,0%) e
eletrônicos (7,7%).
»» Quando perguntadas sobre o local que concentra a maior parte das compras, exceto compras mensais, os
locais mais mencionados são os supermercados/hipermercados (60,3%), principalmente na Classe C/D/E
(62,4%). Na sequência vêm as lojas de rua (37,0%), revendedores de cosméticos (33,8%) e internet/lojas
virtuais (32,4%).
»» Os aspectos mais importantes no momento da compra são as promoções (64,7%, aumentando para 69,1%
na Classe C/D/E), o preço atrativo (53,0%) e as facilidades para o pagamento (34,3%, aumentando para
40,7% entre as mais velhas e 36,1% na Classe C/D/E).
»» Durante o tempo livre, as atividades mais praticadas pelas brasileiras são ficar com a família e amigos
(69,5%), cozinhar (69,0%), descansar/dormir (62,0%), ver TV (61,8%) e interagir nas redes sociais (60,4%).
»» Produtos ou serviços que são os sonhos de consumo e facilitariam a vida das respondentes: empregada
doméstica/diarista/faxineira (9,9%), automóvel (8,7%), máquina de lavar roupa (6,9%), lava-louças
(4,6%) e aspirador de pó (4,0%).
»» Itens de consumo que as entrevistadas pretendem comprar nos próximos três meses (considerando a
realidade financeira atual) e que poderiam contribuir para aumentar o tempo livre: eletrodomésticos que
facilitem na cozinha (30,2%), aparelhos que facilitem a limpeza da casa (27,1%), cursos online (23,8%) e
eletrônicos portáteis que ajudem no gerenciamento das tarefas do dia a dia (18,1%).
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METODOLOGIA
Público-alvo: mulheres residentes em todas as regiões brasileiras, com idade igual ou superior a 18
anos, e todas as classes sociais.
Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada considerando idade, escolaridade,
classe e região do país.
Tamanho amostral da pesquisa: 810 casos, gerando margem de erro no geral de 3,5 p.p. para um
intervalo de confiança a 95%.
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