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XIII SIMPÓSIO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

PSICANÁLISE DA UERJ

Eixo: Desejo do analista na pólis e na clínica

Mesa-redonda: Desejo do Analista na Clínica e na Universidade

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A CLÍNICA ENTRE O TRAUMA E A


FANTASIA

Paula Maribondo de Oliveira


paula.maribondo@uol.com.br

Sabemos que a entrada na linguagem é traumática. Se podemos pensar que todo e


qualquer sujeito nasceu de uma posição de objeto, traumática portanto, podemos pensar
que o trauma está para todos. Então, como resposta ao trauma, o sujeito vai elaborar a
fantasia que vai mediar todas as suas relações, apresentando-se como recurso que
estrutura sua verdade e sua realidade. Na tentativa de tamponar o vazio, a fantasia é criada
e orquestra uma ficção elaborada pelo sujeito. Assim, ocorre uma fixação, uma insistente
repetição da fantasia que opera a inscrição do gozo. O objetivo do trabalho é discutir a
relação entre o trauma e a repetição, a partir da fantasia, evocando de maneira breve uma
das incidências clínicas da repetição: o acting-out. Nele parece haver a denúncia de algo
da ordem do desejo, suportado pela fantasia, carregando a marca da compulsão à
repetição. O sujeito tenta dizer algo por meio de uma dramatização, de uma mostração,
endereçada ao analista. O acting-out pode ser compreendido como uma modalidade de
ato – que em psicanálise não se reduz a psicomotricidade – e traz uma resposta do
inconsciente ao traumático, ao mais radical e fora de sentido e, por isso, indizível.

Palavras-chave: Clínica; trauma; fantasia; acting-out.

A CLÍNICA É A PESQUISA: A PSICANÁLISE NA UNIVERSIDADE

Fernanda Cabral Samico


fesamico@gmail.com
Lavinia C. Brito Neves
laviniacbn@gmail.com

O artigo de Freud que tem como título a pergunta “Deve-se ensinar Psicanálise na
Universidade?” pode ter a mesma respondida com toda veemência: SIM, deve. O presente
trabalho sustenta que a Psicanálise pode se beneficiar muito com sua inserção na
Universidade, desde que esteja sempre articulada à pesquisa. Neste sentido, logo de saída
pretendemos discutir a especificidade da pesquisa em Psicanálise. Tal questão toca em
um ponto essencial no que diz respeito à práxis (a um só tempo teórica e clínica)
psicanalítica, em função de sua articulação intrínseca com o inconsciente. Na medida em
que o próprio Freud disse que em Psicanálise tratamento e pesquisa coincidem, é
interessante pensar a pesquisa associada à prática, não só clinica, mas em todos os âmbitos
em que a Psicanálise se presentifica na pólis, bem como articulada a possíveis campos de
conexão, seja na área da saúde, da educação, da justiça entre outros. Sem desconsiderar
que a abertura de novos campos de pesquisa e a ampliação da prática do psicanalista
introduz novos questionamentos, propomos também discutir a problemática da inserção
da Psicanálise na Universidade. Neste sentido, uma questão central se descortina: como
agir no âmbito universitário sem, no entanto, ceder quanto ao rigor e a ética da
Psicanálise? A teoria dos quatro discursos de Lacan configura-se como instrumento
crucial para pensarmos a inserção não só da psicanálise, mas do próprio psicanalista no
âmbito universitário. Se existem antinomias estruturais entre os discursos psicanalítico e
universitário, as quais evidenciam uma complexa relação, isso não implica que não
existam articulações possíveis entre ambos. Nossa aposta é de que a partir da
problematização desta relação seja possível extrair consequências éticas e discursivas na
relação de ambas com o sujeito e com o saber.

Palavras-chave: Clínica. Pesquisa. Universidade. Ética.

SOBRE AS SUPERVISÕES CLÍNICAS E A ÉTICA QUE NÃO SE TRANSMITE


PELA VIA DO ENSINO

Leonardo de Miranda Ferreira


mirandaufrj@gmail.com
Quando Lacan se questiona sobre qual o efeito de uma análise para-além da terapêutica,
sua resposta imediata destaca o diferencial do tratamento analítico que é produzir no fim
um analista. O prenúncio do que será chamado de desejo do psicanalista surge no
momento em que o autor debate sobre o conceito da contratransferência, supervalorizado
por pós-freudianos. A abstenção subjetiva com a qual o analista se coloca como objeto,
portanto não operando com seu Eu, é o que permite a ele presentificar o vazio e preservar
o lugar da falta. É por meio do desejo do psicanalista que surgem as condições de
possibilidade de uma ética sustentada no desejo, e não em qualquer promessa ou ideal de
felicidade, de cura ou de bem-estar. No contexto das supervisões clínicas oferecidas a
universitários de psicologia, nosso desafio inicial é apresentar e sustentar esse discurso
que varia das terapias em voga. Abstinentes quanto às expectativas da prescrição de uma
técnica, seguimos no caminho da transmissão da ética da psicanálise.

Palavras-chave: Clínica. Ética. Transmissão. Ensino.

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