PRESSÃO P= F/A
A pressão é a razão entre a força que está aplicada em uma superfície e a área dessa
superfície. Ou seja, é o valor de força aplicada em cada unidade de área.
Desta forma a pressão ainda que baixa pode produzir grande força desde que a área aplicada
seja grande. Por exemplo, o vento não consegue empurrar nossa mão, mas consegue empurrar um
enorme barco à vela (a vela tem uma área muito grande). O projétil das armas de fogo (bala) tem
grande poder de penetração por que além de grande força (pela alta velocidade e massa) atua em
uma pequena área, consequentemente alta pressão. O mesmo ocorre com as agulhas que pela pequena
área de atuação consegue penetrar facilmente nos tecidos.
O conhecimento do valor de pressão é de grande importância na indústria, não só para garantir
a integridade dos equipamentos como também para conseguir produzir as condições necessárias ao
processo vigente. Por isso utilizam-se os medidores (ou indicadores) e os transmissores de pressão,
a fim de poder conhecer a pressão local ou remota e a partir de tal conhecimento tomarem-se as
necessárias providências.
Uma força quando aplicada a um corpo sólido é transferida por esse corpo na mesma direção e
no mesmo sentido de sua aplicação.
Já nos fluidos a força aplicada é também transferida só que em todas as direções, aplicando-
se perpendicularmente às superfícies com as quais os fluidos fazem contato.
Figura1a Figura1b
Como se aplica de forma distribuída, é necessário encontrar a razão existente entre a força
aplicada ao fluido e a área de aplicação de tal força pois é tal razão, que é a pressão, que estará
presente em todos os pontos do fluido, desde que no mesmo nível.
Por transmitir força à distância e sem os problemas inerentes à transmissão por meio sólido,
a pressão de ar (pneumática) ou de óleo (hidráulica) são importantíssimos meios de transmissão de
sinais e forças.
UNIDADE DE PRESSÃO
A pressão é medida por duas unidades associadas. Uma de força e outra de área.
No sistema internacional de unidades a pressão é medida em N/m2 também chamado pascal
(Pa).
Outra unidade muito usada é o psi ou libra-força por polegada quadrada. Essa unidade é a
usada pelo frentista de posto de combustível para se referir à pressão dos pneus:
- Quantas ”libras“ ?
Exemplo 1 - Em um vaso cuja área interna é de 40m2 há uma força total de dentro para fora
de 16000N. Calcular a pressão existente no interior de tal vaso.
1. Calcular a força atuante em uma área de 0,018m2 quando submetida a uma pressão de 50000N/m2
Obs. O resultado dessa conta é aproximadamente a força suportada pela tampa de uma panela de pressão comum,
quando funcionando.
A PRESSÃO E A TEMPERATURA
Para os gases vale PV/T=k, ou seja: pressão temperatura e volume estão amarrados: ao se
variar um deles um dos os outros dois, ou ambos, também variarão.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
No fundo de qualquer fluido submetido à gravidade, sofre-se o efeito do peso de tal fluido.
Como no fluido a pressão se propaga em todas as direções, qualquer ponto apresenta mesma pressão,
desde que à mesma distância da superfície.
P = µgh
Exercícios
A experiência de Torricelli
Evangelista Torricelli encheu um tubo com mais de
um metro com mercúrio e o virou em um recipiente também
cheio de mercúrio.
O mercúrio que se encontrava no tubo escorreu do
mesmo até uma altura de 760mm, entrando então em
equilíbrio.
Figura2
760mm
A partir do valor de pressão pode-se por exemplo calcular a força aplicada a uma superfície
em que essa pressão atua e consequentemente ter conhecimento da deformação que tal superfície
poderá sofrer.
Como tudo ou quase tudo na face do planeta está submetido ‘a pressão atmosférica, esta não
provoca deformações exceto em corpos dentro dos quais haja pressão menor que a atmosférica.
Por causa disso na maioria dos casos usa-se a pressão atmosférica como referência para os
valores observados, que então estarão acima ou abaixo daquela. Ou seja: importa saber a diferença
entre a pressão de determinado ambiente e a pressão atmosférica. Essa diferença se chama
pressão relativa ou pressão manométrica.
Para se saber o valor absoluto de uma pressão relativa ou manométrica, basta somar à tal
pressão o valor da pressão atmosférica.
Para se saber o valor relativo ou manométrico de uma pressão absoluta, basta subtrair de tal
pressão o valor da pressão atmosférica.
Exemplo 5- Qual o valor absoluto da pressão no interior de um vaso cujo manômetro mostra
um valor de 30atm ?
Solução: somar o valor da pressão atmosférica na unidade usada: 30 + 1 = 31atm
Resposta: a pressão absoluta no caso é de 31atm.
Exemplo 6- Qual o valor absoluto da pressão no interior de um vaso cujo manômetro mostra
um valor de 250000Pa ?
Solução: somar o valor da pressão atmosférica na unidade usada: 250000+101300 =351300Pa
Resposta: a pressão absoluta no caso é de 351300Pa.
Exemplo 7- Qual o valor relativo da pressão no interior de um vaso cuja pressão absoluta é
de 500psi ?
Solução: subtrair o valor da pressão atmosférica na unidade usada: 500-14,69=485,31psi
Resposta: a pressão relativa no caso é de 485,31psi.
Exercícios
3. Converter os valores dados nas formas entre os primeiros parênteses para as formas entre os últimos parênteses
c) 1422psi (relativa)______________(absoluta)
a) 1520mmHg (abs.)________________(relativa) d) 3,8bar (abs.)_______________ (relativa)
b) 40000Pa (relativa)________________ (absoluta) e) l5atm (relativa)_______________(absoluta) .
PRINCIPAIS UNIDADES
Equivalência :
1atm = 1,033kgf/cm2 =10,33mca =1,013bar = 101300Pa = 14,69psi = 760mmHg
Solução: escrever uma regra de três com os valores envolvidos. 101300Pa correspondem a
760mmHg. A quanto corresponde, em pascal, 2000mmHg?
Dica: escrever a correspondência conhecida nos denominadores, pois dessa forma fica mais simples
a manipulação algébrica.
2000x101300 X 2000
X = = X ≅ 266578,95
760 101300 760
Solução: escrever uma regra de três com os valores envolvidos. 101300Pa correspondem a 1atm.
Quanto vale, em atm, 2500000Pa ?
Dica: escrever a correspondência conhecida nos denominadores, pois dessa forma fica mais simples
a manipulação algébrica.
X 2500000 2500000
= X = ≅ 24,68atm
1 101300 101300
Resposta: o valor em atm equivalente a 2500000Pa em atm é 24,68. Ou seja 2500000Pa =24,68atm
Exercícios
4. Calcular a força produzida em um êmbolo que recebe pressão de 200psi e tem diâmetro de 12cm.
É constituída por dois vasos comunicantes, sendo um deles de diâmetro bem menor (um tubo)que o
outro, no qual se faz a leitura da pressão pelo nível através de uma régua montada aplica pela
altura da coluna líquida, como se vê nas figuras 4a e 4b. Na figura 3b a pressão na coluna a é maior.
Seu princípio o impede de fazer leituras de pressões muito altas. Em geral essa pressão não chega a
5 bar. P
P
P
b b
b
P P P
a
a a
Figura 3b Figura 3c
Figura 3a
• COLUNA INCLINADA
Se a coluna b faz um ângulo θ com a linha horizontal ( como na figura 3c) então o comprimento
preenchido pelo líquido será multiplicada por secθ, aumentando a precisão da leitura.
Na figura 4a vê-se um tubo em U no qual se aplica um só valor de pressão gasosa em cada um dos
ramos (ramo a e ramo b ). Na figura 4b a pressão no ramo a é maior, provocando a subida no líquido
no ramo b. O desnível h se relaciona com a diferença P1 - P2 por :
P1-P2 = µgh
Dessa forma, conhecendo a medida de h e a massa específica µ pode-se calcular a diferença P1-P2 .
P1 P P1 P
a b a b
Figura 4a Figura 4b
Os instrumentos que medem a pressão por deformação elástica usam tal deformação para mover um ponteiro
através, normalmente, de engrenagem.
Neste o êmbolo de um cilindro é mantido em uma das extremidades do cilindro por ação de uma mola e é forçado à
outra extremidade por ação da pressão a ser medida.O movimento do êmbolo é transmitido a um ponteiro.
Manômetro fole
Os foles são tubos de paredes
corrugadas que por seu formato
se forma no sentido de crescer
Menor P
longitudinalmente quando a pressão
interna é maior que a externa.
P
Se a pressão interna diminui em
Maior P
relação à externa então o fole
retorna à condição de repouso seja
por ação de mola auxiliar ou pela
elasticidade do próprio material do
fole.
Tipo espiral
Tipo helicoidal
Amortecedor de pulsação
Sifão
• Strain gage
Esse sensor usa a mudança de resistência de uma trilha condutora feita sobre material elástico, que
colado sobre uma membrana, sofre deformações em função da pressão que atua nessa membrana.
Assim, tem-se um valor de resistência variável em função da pressão, permitindo que um instrumento
eletrônico possa medir a pressão.
R=ρ L /S
a b
R1 b
a
a
R2
• Piezelétrico
Alguns cristais como o quartzo e a turmalina apresentam o fenômeno de geração piezelétrica, pelo qual
o cristal gera tensão elétrica em função da pressão que sofre.
Dessa forma, desde que se conecte o cristal a um circuito eletrônico apropriado, pode-se medir a
pressão através do fenômeno piezelétrico.
O nível é a altura da coluna de um líquido ou sólido, que na maior parte das vezes está no
interior de um reservatório como um vaso ou tanque.
Em função do valor do nível, e para obtê-lo é necessário medi-lo, pode-se calcular a
quantidade ou volume armazenada ou, conforme o caso, a quantidade ou volume transportado.
Medir o nível é também importante para que se possa evitar o transbordamento do produto
armazenado.
Pode-se medir o nível de forma direta, através de réguas, gabaritos ou bóias, também
chamados flutuadores. A medição pode ainda ser feita de forma indireta pela medição de grandezas
que se relacionam com o nível. Seja direta ou indireta a medição pode ser feita de forma contínua e
também de forma descontínua, pela colocação de dispositivos sensores em várias alturas do
reservatório.
MEDIÇÃO DIRETA
• Régua
• Visor de nível
• Bóia ou flutuador
Consiste numa bóia que flutua sobre a superfície do líquido cujo nível se mede. A bóia se
prende um indicador por um cabo que passa por polias.
A sua aplicação mais freqüente é em tanques abertos.
As grandezas usadas para a medição indireta de nível são pressão, empuxo, radiação, tempo
de eco etc.
Nesse caso mede-se a pressão produzida no fundo do reservatório pela coluna líquida, visto
que esta é diretamente proporcional à altura da coluna, ou seja ao nível.
As equações que relacionam pressão com altura são:
P=µ
µgh e h=P/µ
µg
P=ρ
ρh e h=P/ρ
ρ
obs.: Se a pressão for dada em polegadas de coluna de água, a altura será então em polegadas.
Tomada de alta
atmosfera
H L
Medidor/transmissor
Quando o líquido está sob pressão (reservatório pressurizado), a medição por pressão
hidrostática seria perturbada pelo acréscimo da pressão da fase gasosa na medição da pressão
provocada pela coluna líquida, alterando a medição.
Para resolver tal problema o medidor para esse caso é especial com dois pontos (tomadas) de
conexão: uma chamada tomada de alta (marcada com um H no medidor) e outra chamada tomada de
baixa (marcada com um L no medidor)
A tomada de alta (H, do inglês high) é conectada normalmente, ao fundo do reservatório,
sofrendo portanto a soma das pressões da coluna líquida com a pressão da fase gasosa.
A tomada de baixa (L, do inglês low) é conectada ao topo do reservatório, sofrendo portanto
somente a pressão da fase gasosa.
Com tais conexões, a pressão da fase gasosa será anulada ficando-se apenas com a medição da
fase líquida.
Obs.: As conexões se fazem, via de regra, através de um tubo fino (normalmente de 1/8” de
aço inox)
Tomada de baixa
Tomada de alta
H L
Medidor/transmissor
• Supressão de zero
Diz-se que uma medida apresenta supressão de zero quando o zero do medidor está abaixo do
zero da grandeza medida, de forma que a leitura fica menor que o valor real.
• Elevação de zero
Diz-se que uma medida apresenta elevação de zero quando o zero do medidor está acima do
zero da grandeza medida, de forma que a leitura fica maior que o valor real.
elevação
H L
Medidor/transmissor
supressão
elevação
H L
Medidor/transmissor
Com o sistema de borbulhador pode-se medir o nível mesmo à distância e mesmo em fluidos
corrosivos e sem a necessidade de selagem visto que não haverá contato do medidor com o fluido.
O sistema é composto por um medidor de pressão, uma válvula agulha e um suprimento de ar
com pressão pelo menos 20% maior que a pressão produzida pela coluna líquida quando o
reservatório estiver totalmente cheio.
Uma tubulação conecta o ar comprimido à válvula e conecta a válvula ao fundo do reservatório.
Na linha que liga a válvula ao reservatório é instalado o medidor e a válvula é ajustada para que uma
pequena vazão de ar passe a sair pela ponta mergulhada da tubulação de modo a garantir a saída de
uma pequena quantidade de bolhas. O medidor de pressão indicará a pressão provocada pela coluna
líquida e dessa forma mede-se a altura da coluna.
O próprio medidor pode ter a escala em unidades de altura ,como metro.
Válvula Suprimento
agulha de ar
H L
bolhas
Medidor/transmissor
Essa forma de medição é baseada na lei enunciada por Arquimedes: “ Todo corpo mergulhado em um
fluido sofre a ação de uma força vertical dirigida de baixo para cima igual ao peso do fluido
deslocado”. Essa força do fluido sobre o corpo no sentido de expulsar o corpo dá-se o nome de
empuxo (indicado abaixo por FE ).
FE = Vµ
µg
Para fazer uso desse tipo de medição usa-se um corpo de dimensões e massa determinadas, ao qual
dá-se o nome de deslocador (ou displacer, termo em inglês que é lido displeicer). Tal deslocador
apresenta ligação mecânica com uma espécie de dinamômetro e é através do peso medido por esse
dinamômetro que se tem a medida no nível .
O peso medido é o chamado peso aparente, igual à diferença entre o peso do corpo fora do fluido
(peso real) e o peso do fluido deslocado ou seja o empuxo.
FE = Vµ
µg FE = Ahµ
µg h = FE / Aµ
µg
µg
h = (Fpeso aparente - Fpeso real) /Aµ
Pela fórmula vê-se que para cada fluido o instrumento medidor deve ser reajustar em função de sua
massa específica ou densidade.
µg
h = (Fpeso aparente - Fpeso real) /Aµ
Certos materiais(como o cobalto por exemplo) emitem ondas eletromagnética de alta freqüência à
medida em que transmutam para outro material. Tal emissão é denominada radiação.
A radiação se propaga em todas as direções a partir do emissor, e perde energia à medida em que se
afasta do emissor e também em função do meio.
Para fazer uso da radiação para medição de nível é usado um corpo emissor instalado em um dos
lados do reservatório e um medidor instalado do outro lado. A radiação que chega ao medidor
diminui na medida em que o nível se eleva interpondo-se entre o emissor e o medidor.
Pela variação da radiação é portanto possível medir o nível de um reservatório sem a necessidade de
conto com o fluido, sendo essa uma das grandes vantagens dessa técnica.
A desvantagem desse tipo de medição além do custo é a possibilidade de geração de câncer pela
exposição à radiação.
emissor
receptor
Quando dois metais estão paralelos e separados formam uma capacitância elétrica, que depende da
área de tais metais e do material que os separa (chamado dielétrico).
A medição de nível por capacitância é feita pela colocação de dois eletrodos dispostos
verticalmente no interior do reservatório de modo que a medida que o nível sobe, altera a natureza
do meio que separa os eletrodos alterando também a capacitância formada pelos mesmos.
A capacitância pode ser medida por circuitos eletrônicos dedicados, que no caso convertem a
informação da variação de capacitância numa informação da variação do nível.
Eventualmente, se o reservatório for metálico um dos eletrodos pode ser o próprio reservatório.
Se o líquido for condutor, o eletrodo será revestido por teflon.
medidor
eletrodo
Existe também tipos de medidores capacitivos que não fazem contato com o fluido, usando uma
placa paralela ao fundo do tanque, que sendo metálico serve como a outra placa.
O ultra som é uma vibração mecânica de freqüência mais alta que o limite de audição humana
(20kHz).
A medição por ultra som usa em geral freqüência da ordem de 50kHz.
Como a velocidade do som depende do meio de sua propagação, desde que se conheça a natureza
do meio é possível medir seu tamanho através da mudança de velocidade de propagação do ultra som.
O tempo entre a emissão e a recepção de pulsos acústicos produzidos
pelo medidor pode também medir a distância entre o medidor e a interface
do líquido.
medidor
ondas
O radar usa uma filosofia similar à do ultra som, emitindo ondas e medindo seu tempo de
propagação , mas as ondas produzidas são de rádio, por tanto eletromagnéticas de freqüência
muitíssimo mais alta, na casa dos milhares ou milhões de ciclos por segundo.
A grande vantagem desse tipo de medidor é sua imunidade à presença de vapores, espumas, sólidos
em suspensão etc. mas por essa vantagem paga-se bem mais caro, pois o medidor por radar é muito
mais caro.
A relutância é uma grandeza relacionada à facilidade com que uma onda eletromagnética se propaga por um meio.
O medidor que utiliza esse princípio gera uma onda eletromagnética de alta freqüência, que encontra dificuldades
em se propagar em função do nível do reservatório no qual o medidor se instala.
As vantagens desse tipo de medidor são similares às do tipo radar, com a mesma desvantagem: o preço.
A medição descontínua se presta às mesmas funções da medição contínua, porém com menor precisão visto que
vários sensores são usados e toda a variação de nível entre tais sensores passa despercebida.
Os sensores usados podem ser diversos como várias chaves-bóias, ou uma bóia magnética que servirá para acionar
diversas chaves tipo ampola (reed switch) ou atuar em pequenas bandeirolas que indicarão o nível .
• Indicador de nível
TEMPERATURA
A temperatura é o grau de agitação molecular, de modo que quanto mais rapidamente se agitam as
moléculas maior a temperatura do corpo.
Tais alterações físicas são proporcionais à temperatura e por isso é possível pela medição da alteração
dessas grandezas conhecer o valor da alterações da temperatura.
• Unidades de temperatura
A medição de temperatura é feita através de escalas criadas (qualquer pessoa pode criar uma !) por
físicos em séculos passados.
As escalas mais conhecidas são:
Celcius (criada pelo ): Atribui o valor 0 (zero) ao grau de agitação molecular do gelo em fusão e 100
(cem) ao grau de agitação molecular da água em ebulição. A faixa entre tais valores é dividida em cem
partes (por isso os valores dessa escala era chamada também de graus centígrados.
Farenheit (criada pelo físico alemão Daniel Gabriel Farenheit) : Atribui o valor 32 (trinta e dois) ao
grau de agitação molecular do gelo em fusão e 212 (duzentos e doze) ao grau de agitação molecular da
água em ebulição. A faixa entre tais valores é portanto dividida em 180 (cento e oitenta) partes.
Kelvin (criada pelo físico inglês Lord Kelvin): Por análise do comportamento dos gases Kelvin calculou
que a agitação molecular cessa a uma temperatura de –276oC (temperatura negativa) , sendo portanto
impossível haver temperaturas mais baixas que essa.
Lord Kelvin atribuiu a essa temperatura o valor 0 (zero) , também chamado de zero absoluto ou zero
kelvin. A escala kelvin é considerada absoluta e por isso não se usa o termo grau kelvin, apenas o nome
kelvin após o número referente à temperatura. O zero absoluto é então 0 kelvin ou 0K.
Kelvin usou a escala celcius como base. Assim a faixa entre a temperatura de fusão do gelo e ebulição
da água é também dividida em cem partes na escala kelvin. Como o zero da escala kelvin eqüivale a –
276oC, a fusão do gelo fica então com o valor de 276 kelvin ou 276K e a ebulição da água com 376
kelvin ou 376K.
PROFESSOR MAURÍCIO FRANCO
13
CEFETCAMPOS MEDIDAS DE VARIÁVEIS
Rankini (criada pelo físico Rankini): É uma escala absoluta como a kelvin mas caiu em desuso.
• Mudança de escala
Para fazer conversão de escala usamos uma técnica matemática que pode ser usada para converter
quaisquer escalas desde que sejam de variação proporcional (quando uma varia 25% por exemplo a
outra também varia 25%)
1- arma-se um esquema nos qual aparecem as duas escalas entre as quais haverá a conversão. Em tal
esquema números correspondentes devem estar frente a frente: no caso o valor da temperatura
de fusão do gelo em cada escala deve ficar frente a frente bem como o valor referente à ebulição
da água.
2- Entre os valores conhecidos coloca-se a incógnita de cada escala.
3- Agora faz-se a relação matemática:
O valor incógnito menos o conhecido inferior de uma escala, está para o conhecido superior menos o
inferior da mesma escala assim como o valor incógnito da outra escala menos o conhecido inferior da
outra escala, está para o conhecido superior menos o inferior dessa outra escala.
100oC 212oF
xoC x oF
0oC 32 oF
Fórmulas pelas quais se converte uma temperatura expressa em farnheit par um valor correspondente
em celcius ou o contrário.
• Calor
Há comumente uma confusão entre calor e alta temperatura, mas fisicamente são coisas totalmente
diferentes.
Fisicamente falando, calor é trasnferência de energia térmica e acontece desde que haja diferença
de temperatura entre dois corpos entre os quais haja algum meio de transmissão.
A transferência de calor depende diretamente:
Assim um corpo de maior área de superfície troca mais energia térmica com o ambiente que um de
pequena superfície. Isso justifica o porque dos animais se enroscarem ou se encolherem para suportar
o frio.
Em geral, quando um corpo ganha calor sua temperatura aumenta e quando perde calor sua
temperatura diminui. Isso só não acontece se esse corpo muda de estado, de sólido para líquido por
exemplo. Nesse caso a energia térmica ganha é usada apenas para a mudança de estado e não há
mudança na temperatura.
A variação de temperatura se relaciona com a quantidade de calor, com a massa e com o calor
específico do corpo, que é a sua sensibilidade às alterações de temperatura em função dao calor
trocado.
∆t = Q/mc
Ao sofrer uma alteração de temperatura os corpos sofrem também alteração de volume e de mesmo
sentido: Se aquecem crescem; se esfriam diminuem.
À essa regra excetua-se a água entre 0oC e 6oC que nesse intervalo perde volume enquanto aquece.
A alteração de volume em função da variação de temperatura obedece à equação abaixo.
∆V=Vo ∆t δ
TERMO RESISTOR
Dispositivo cuja resistência elétrica se altera com a variação de temperatura. Apresentam-se no tipo
RTD ou do tipo termistor
• RTD
Uma fórmula aproximada que permite saber qual será a resistência R para cada temperatura t
usar R(t) = R0 (1 + 0,00385055t)
Sendo R0 = 100 ohms. a = 3,90830 10-3, b = -5,77500 10-7 e c = -4,18301 10-12 (para t entre 0 e
200ºC)
Termistor
São dispositivos semicondutores compostos por óxidos metálicos cuja resistência varia em função da
temperatura. Tal variação pode se dar com o mesmo sentido da variação de temperatura, chamados
PTC (positive temperature coeficient) , como também pode se dar que um aumento de temperatrua
provoque uma redução da resistência, situação na qual o dispositivo se denomina NTC (negative
temperature coeficient).
Pa