PSICOLOGIA
Tomo I
Material Específico – Psicologia – Tomo I – CQA/UNIP
Questão 7
Questão 71
Estabeleceram-se correlações entre os dados referentes a acidentes de trabalho
de 79 funcionários de uma empresa de energia elétrica com os escores obtidos
por esses funcionários nos cinco testes da Bateria de Provas de Raciocínio BPR-5,
padronizada com amostra de sujeitos de 11 a 18 anos. Os funcionários foram
agrupados conforme o tempo de experiência: o Grupo I, com 1 a 5 anos de
trabalho em linha elétrica viva; o Grupo II, com 6 a 24 anos de experiência na
mesma área. O resultado das correlações é apresentado na tabela:
1. Introdução teórica
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Questão 15 – Enade 2009.
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Validade de testes
A validade de um teste evidencia se o instrumento de fato atende à sua
finalidade, ou seja, se ele realmente avalia o que se espera que avalie. Os estudos
correlacionais são importantes para a validação de um teste e sua validade é tanto
maior quanto mais significativos forem os índices de correlação. Nesta questão,
trata-se da validade do teste Bateria de Provas de Raciocínio BPR-5, um
instrumento de avaliação de habilidades cognitivas – inteligência geral e aptidões.
O estudo aqui relatado teve por objetivo avaliar a capacidade preditiva do teste
quanto à provável ocorrência de acidentes de trabalho em função de capacidades
cognitivas dos trabalhadores. Esse instrumento é utilizado para medir habilidades
relativas ao raciocínio verbal, abstrato, mecânico, espacial e numérico.
A construção de instrumentos de avaliação deve atender aos seguintes
critérios básicos: ser fundamentado teoricamente e obedecer aos parâmetros de
validade, precisão ou fidedignidade e padronização. Desses critérios, o de
“validade” garante que o instrumento meça efetivamente o que se propõe a
medir. Ao sujeitarmos o próprio critério de “validade” à necessária avaliação é
preciso considerar a “validade de construto”, que indica se o instrumento produz
resultados compatíveis com os obtidos por meio de outros instrumentos criados
para o mesmo fim; a “validade de conteúdo”, que indica se o instrumento mede
efetivamente todos os aspectos do fenômeno em questão – e somente eles; e a
“validade de predição”, que indica se o instrumento pode predizer com acuidade.
O coeficiente de correlação varia entre menos 1 e mais 1 (-1 e +1). Uma
correlação próxima a zero indica que duas variáveis não estão relacionadas. Uma
correlação positiva indica que duas variáveis movem-se no mesmo sentido e a
relação é tanto mais forte quanto mais a correlação aproxima-se de mais 1 (+1).
Uma correlação negativa indica que duas variáveis movem-se em sentidos opostos
e que a relação também fica tanto mais forte quanto mais próxima de menos 1 (-
1) estiver a correlação. Duas variáveis perfeitamente correlacionadas
positivamente (r=1) movem-se em perfeita proporção no mesmo sentido,
enquanto duas variáveis perfeitamente correlacionadas negativamente (r=-1)
movem-se em perfeita proporção em sentidos opostos. O coeficiente de
correlação varia entre menos 1 e mais 1 (-1 e +1), conforme o esquema:
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-1_______-0,75_______-0,5_______-0,25_______0_______+0,25_______+0.5_______+0,75_______+1
perfeita alta média baixa ausente baixa média alta perfeita
Negativa Positiva
2. Indicações bibliográficas
A. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. No caso descrito, em que foi utilizada a Bateria de Provas de
Raciocínio BPR-5, O para verificar possíveis correlações entre habilidade para
raciocinar e acidentes de trabalho, o teste de Raciocínio Abstrato teve por
resultados -0,065 (total geral); -0,0398 (acidentes no Grupo 1); e 0,144
(acidentes no Grupo 2). Assim, esse teste apresentou correlação negativa baixa
entre os trabalhadores do Grupo 1, o que indica fraca relação entre essa aptidão e
a ocorrência de acidentes de trabalho entre os funcionários cujo tempo de
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B. Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. O resultado total nas diversas provas evidencia que somente a
prova de Raciocínio Verbal apresentou correlação negativa significativa (-0,241),
revelando que quanto maior a capacidade de raciocínio verbal dos funcionários,
independentemente do tempo de experiência na função, menor a chance de
ocorrerem acidentes de trabalho. Considerando os resultados gerais (apresentados
na coluna “Total Geral”), o teste de Raciocínio Verbal apresentou correlação
significativamente mais alta do que os outros com o total de acidentes. Isso indica
que sua validade sobrepuja a validade dos demais testes. Assim, as análises
correlacionais realizadas evidenciam a validade do instrumento em relação à maior
e à menor probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho e apontam o teste
de Raciocínio Verbal como o mais válido na correlação com os acidentes de
trabalho.
C. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. No caso descrito, o teste de Raciocínio Mecânico teve por
resultados -0,077 (total geral); -0,297 (acidentes no Grupo 1) e 0,109 (acidentes
no Grupo 2). Assim, nesse teste não ocorreram correlações significativas.
D. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. No caso descrito, o teste de Raciocínio Espacial teve por
resultados -0,161 (total geral); -0,421 (acidentes no Grupo 1); e 0,087 (acidentes
no Grupo 2). Assim, esse teste apresentou um índice de correlação negativa no
Grupo 1 e correlação positiva no Grupo 2, indicando que quanto maior a
capacidade de raciocínio espacial, maior a chance de ocorrência de acidentes de
trabalho entre os funcionários cujo tempo de experiência varia entre 6 e 24 anos.
E. Alternativa incorreta.
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Questão 8
Questão 82
Um psicólogo pesquisador expôs um de seus pacientes com quadro clínico
depressivo a um novo tratamento. Registrou a frequência com que ocorriam os
comportamentos depressivos em três momentos: antes de iniciar o tratamento,
durante o tratamento e após interrompê-lo. O gráfico abaixo representa
hipoteticamente os resultados obtidos.
A. I.
B. III.
C. I e IV.
D. II e III.
E. II e IV.
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Questão 17 – Enade 2006.
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1. Introdução teórica
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2. Indicações bibliográficas
I. Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. De fato, houve redução dos comportamentos depressivos ao
longo do tratamento, mas as oscilações observadas tanto no decorrer do
tratamento quanto no pós-tratamento não nos permitem assegurar
inequivocamente sua eficácia.
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Questão 9
Questão 93
Ao se investigar como a “deficiência” é tratada no mundo organizacional, Freitas,
em 2007, fez uso de metodologias qualitativas e quantitativas. A partir de uma
análise dos usos do construto “deficiência” na história, criou uma tipificação das
concepções dos padrões de “deficiência” a ser utilizada em pesquisas empíricas.
Além disso, foram construídos e validados inventários de concepção de deficiência
e de ações de adequação das condições de trabalho. Foi constatada a
potencialidade do modelo heurístico proposto e dos instrumentos de análise
utilizados para a pesquisa. Em relação à metodologia de investigação usada nessa
pesquisa, são feitas as seguintes afirmativas:
I. É um modelo heurístico que procura superar uma dicotomia, presente no
campo da psicologia, entre métodos qualitativos e quantitativos,
favorecendo o diálogo metodológico.
II. A validade desse estudo é corroborada pela tipificação e pela categorização
dos dados utilizada, pela relação estabelecida entre as observações da
organização empresarial e pelos resultados dos inventários.
III. O uso de estudo histórico, de caráter qualitativo, oferece a base para a
elaboração dos instrumentos objetivos utilizados no estudo quantitativo.
IV. A categorização dos dados baseia-se na orientação teórica da pesquisa e
modifica-se ao longo do processo de investigação, pelo cotejo incessante
entre teoria e material empírico.
A. I e III.
B. I e IV.
C. II e III.
D. II e IV.
E. III e IV.
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Questão 17 – Enade 2009.
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1. Introdução teórica
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2. Indicações bibliográficas
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I. Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Aqui se afirma que a metodologia de investigação usada na
pesquisa de Freitas fundamenta-se em um modelo heurístico cujo propósito é
superar a dicotomia entre métodos qualitativos e métodos quantitativos e, assim,
favorecer o diálogo metodológico. Embora Freitas (2001) tenha feito uso de
métodos qualitativos e quantitativos, o modelo heurístico foi utilizado para
investigar como a “deficiência” é tratada no mundo organizacional, e não para
favorecer um diálogo metodológico.
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