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Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciências e Engenharia de M .

;
Geraldo Cechella lsaia (Orga niz.a dor/E ditor )atma 8
© 2010 IBRACON. Todos direitos reservados.

Capítulo 41

Propriedades dos Polímeros


Jairo José de Oliveira A11drade
Pontifícia Universid ade Católica do Rio Grande do Sul

de Madeira.

41.1 Generalidades

Políme ros são materia is compos tos de origem natural ou sintétic a que
apresen tam m~ssa molar elevada , formados pela repetiçã o de um grande
número de umdade s estrutur ais básicas. Tais materiais apresen tam como
caracte rísticas princip ais a boa resistência à corrosã o (diferen temente dos
materia is metálic os), baixa massa específ ica e boas caracte rísticas de
isolame nto térmico e elétrico .
O termo políme ro (muitas partes) foi criado pelo químico Berzeli usi em
1832, em contrap osição ao termo isômero , para represe ntar materia is com
pesos molecu lares múltipl os. Os monômeros são as substân cias que dão
origem aos políme ros por reações química s. Denom inam-se meros as
unidade s que se repetem ao longo da cadeia polimér ica. Até o início do século
20, as ativida des do homem ligadas ao campo dos compos tos orgânic os
envolv iam princip alment e o fracion amento dessas substân cias. Como
exempl o, pode-se citar a destilaç ão do carvão, a fim de produz ir o chamad o
gás do carvão (uma mistura de metano , monóxi do de carbono e hidrogê nio).
5, 2v., HíOOp.
A síntese da uréia realizad a por Woehle r2 , em 1828, a partir de elemen tos
inorgân icos foi um dos primeir os passos na fabrica ção de compos tos
artificia is (PADILHA, 1997).
Existe uma diferen ça entre polímeros e plásticos. Plástico é nome popular .
mais empregado devido à proprie dade de plastici dade que grande parte dos
Polímeros a r esenta ' ou ainda devido ao fato de os polímer os terem de passar
rnade1·ra. 1' por ess estado físico para a sua conform a~ão: . . . _
ras de ··"'-
ão paulo. a
s~ora- Nest, cnpítul o, serão apresen tados os ~r~nc1pa1~ c~n.ce1tos e cons1deraçoes
relati , . propriedades dos . m~ter~a1s pohme,n . cos empreg ad':s na
Engenh ben1 como os princ1pa1s tipos de pohmer os .. Em funçao da
abran,T" lo te ma, mais detalhe s e informa ções a respeito dos_ assuntos
expos1c 'm ser consult ados nos Capítul os 12 e 43 do present e hvro e nas
refere 1 lic,oráfi
e,
cas indicad as ao longo do texto.
1 J··
ons JJ 0 ( 1779- 1848), químico sueco.
1
- Fnednd1 1800- 1882). pedagogo e químico alemão.
aferiais po li m ér ic os são or iu nd os de hi dr oc ar bo n.eto s de rí<Ívtdo
1o1
etr6 Ie o, ou se ja , da in dú st ri a pe tr oq uí m ic a. ~ o B ra ~ l , º
r~ ~ ~t:, :~ é
e nc on tr ad o em ág ua s oc eâ ni ca s profunda~. O m ai or esta ~
: a Pc tr oh r· o
de té m a
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R io de Ja ir o ' m ai s pr ec is am en te na B ac ia de C am po s,
te cn ol og ia de po nt a pa ra -
ex pl or aç ao ed pe
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6 1eo cm ag ua~
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pr of un da s. N es se lo ca l , o v<:lume . ex p Jor a d o exco em
rrcs po n e a
ap ro xi m ad am en te 75 % da pr od uç ao na cw na l. U m F 1·0 de uma
pl at af or m a de extr aç ão de pe tr ól eo es tá ap re se nt ad o na ig P, 1
ur a ·

0 pr inc
cbullç O

esqucinátt

Figura 1 - Exemplo de uma platafonna de petróleo (Fonte: http://pt.w


ikipedia .org. Acesso em: mar 2J:/.(l J.

E nt re o s pr od ut o s da in dú stri a p etro qu ím ic a, po de m se r
ci ta d a\ ai,
pa ra fi nas, as olefin as , o na ft al en o e os hi dr oc ar bo ne to
s ar om át ic o i,
(m et an o , p ro pa no , et an o , et ilen o , p ro p il en o , b u te n o s,
ci cl oh cx ano i,,
benzen o , tolu en o , en tre o u tros ). P ar a a p ro d u çã o d es ses
componcntc;i, ,
em pr eg a- se o p roce ss o ch am ad o d e de st il aç ão 3, o qu al é
re aliza<l< J crn
u m a re fi na ri a d e p et ró le o (Fig ur a 2) .

3 Processo de vaporização de
um líquido, com posterior condensação do vapor e coleta do ma ~1,, cm
um recipiente.
Figura 2 - Refinaria de petróleo (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Refinaria. Acesso em: mar. 2007).

O princípio básico da destilação consiste em separar líquidos com pontos de


ebulição diferentes empregando-se o aquecimento. Uma representação
esquemática de uma torre de destilação está apresentada na Figura 3.
gás { C.H4 ; C2Hd;
C,HA; C,H, 0

gasóleo ou
óleo diesel
óleos
combustíveis
"lli'llt-==ó!eos
lubrificantes

parafina
vaselina
resíduos asfalto
{
piche

Figura 3 - Representação de uma torre de destilação de petróleo.


. derada a primeira fase do
m)imir a pode ser cc:!!Io da qual s~o extr~ídas do
finô de petróleo, yor dão origem a gasolina e ao
i:a.""''. .,~~..,:.,b.&i•ur.t_,,.,o""''as principais fraço:s ~~~osenes e um_a p~rcela_ do, GLp
i eo âiesel, a nafta, os sol~:n~~, ºo iesíduo da des!ilaçao primaria é
(gãs de cozinha). Na se~üe; d! el além de fraçoes de um produto
processado para a extraçao e ies 'de ser destinado à produção de
0
pesado chamado de gasól:, , Jue ~~olina por meio do processo de
lubrificantes ou à p~odubo a ~é~e de outras unidades de processo
craqueamento catahtico. f, m _ de frações pesadas do petróleo em
destina-se n~o só à trans ormaç:tm ao tratamento de todas as frações
produtos mais leves, como tam
destiladas. A • de indústria petroquímica · a
Existem basicamente, tres tipos . . ·
rimária, a' secundária e a terciária. A primária ou de primeira ge/a_ção
1
~ a indústria que transforma a nafta nos pro?utos petroqu 1;1~cos
básicos, como as olefinas (eteno, propeno e butadieno) e os aromaticos
(xileno e tolueno), por meio do processo de craqueame~t o. De acordo
com Padilha (1997), para cada 100 toneladas de petroleo po~em-se
obter, aproximadam ente, 20 toneladas de_ naf!a e um pouco mais de 5
toneladas de polietileno. Como alternativa a nafta, as empresas do
setor de primeira geração podem empregar o etano como matéria-
prima, porém os produtos formados pertencem apenas à classe das
olefinas. No Brasil. essa prática não é muito empregada, pois o
armazenamen to do etano é considerado dispendioso.
4
A indústria secundária ou de segunda geração transforma os
5
produtos petroquímica s básicos nos polímeros , tais como o
polipropileno , o polietileno, entre outros, que são transportado s sob a
for~~. sólida ou líquida para as indústrias de terceira geração,
ter.c1~nas ou de tran_s~ormação, nas quais os materiais poliméricos são
qmm1camente mod1f1cados (por meio do emprego d e aditivos) e Ospo
6
conf?r1?-ados no,s produt~s de consumo (embal age n s, utilidades ou por
domesticas d~ plasticos, ~nnquedos, tubulações , pne u s, ti ntas, entre catalitic
outr~s). Na ~1gura 4 , esta apresentado um diagram a esquemát ico da Püliméri
cadeia produtiva de alguns produtos plásticos. Callister

4 Atualmente, as três centrais petroqu' .


- Lmicas que utiliza f ,11 -.e na Bahia
(Braskem), em Sao Paulo (Petroquímica un·- ) 'm a na ta como mnténa 1m ,1 , 1
5 mo e no Rio G d d
Uma descrição detalhada sobre os . . . . ran e o Sul (Co~sull
. pnnc1pais tipos de lí .
6 Ver item 41 .4 do presente capítulo. po meros esta apresemaJa no lll'lll l 1

'1
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Ftn.,.ni.oa,.
lll'lllfae l.ta.ib

.
damátl0ae
.

..... Ofcbetaio 1---t Polctnto de vi'III 1---t Tl.tlaee-eea

Nafta ,-i--, Propero


Polprqileno Aúopeça,-·
t'-1 emballgena

H BlJadieno Eletrceletrõnicoa e
r-t Poliestreno
t'-1 embalagera

i-- Etllenzeno ,_
r-t Benzeno ....
AúomdY• •
....... Aclicrirta
bl.tacieno -estreno r--o eletroeletrõnicoa e
telefonea
r-t D inetilerettalalo t-

""--1 Paraxleno .... ,_. Poietleno lereftalato 1--1


Em ~ e f l n s
têxteis de poléster
...... Ácí:lo lereftálico
-
Figura 4 - Exemplo da cadeia produtiva de alguns produtos petroquímicos
(Adaptado de IPIRANGA PETROQUÍMICA, 2000).

Os polímeros são produzidos por meio das reações de polimerização (por adição
ou por condensação), pelas quais um ou mais monômeros, submetidos
cataliticamente às condições adequadas de pressão e temperatura, formam o material
polimérico. Mais detalhes acerca deste tema estão apresentados no Capítulo 12 e em
Callister Jr. (2002), Canevarolo Jr. (2002), Mano e Mendes (2004).

41.3 Aditivos1

Os aditivos são materiais introduzidos intencionalmente para tornar um


polímero mais adequado para uma dada condição de aplicação. Esse
processo é necessário para modificar as suas propriedades físicas,
quím i.;a~ e mecânicas em um nível superior ao que é possível por meio
de aJter · cc; na sua estrutura molecular fundamental. Os principais tipos
de ·1d· e., e 1npregados com suas característic as peculiares serão
aprese a ~egu1r.
7 Item · lli-;ter Jr. (2002).
!f,~lâstificantes . .. .
""-,-_,,... ,. . melhoria da flexibilidade, da ductilidade
Com o uso dos plastificantes, h__á um~ te líquidos que apresentam baixas
e da tenacidade dos polímeros. l~~~i!:s reJ:zi<los, com moléculas d~ pequeno
pressões de vapor e pesos mo l' ulas de plastificante ocupam pos1çoes entre
tamanho. Em função disso, as mo ec tando a distância entre as cadeias
d polímeros aumen e
as macromo.lécuI~ os . -;s intermoleculares. .
reduzindo a mtens1dade das h~~ço , . podendo ser removidos por solventes·
1
Os plastificantes são matenrus vo ªJe1s;ubmetidos às condições de trabalho'
também evaporam len~ente qu!os° A perda excessiva do plastificante no~
sofre~d? ataques de microorg~s. e~to da sua estrutura, com a conseqüente
matenrus pode levar a um ennJectm
formação de microfissuras. . materiais fr' ·
Os plastificantes são empregados basicament~ em d ag~is à
temperatura ambiente, tais como o PVC e os_c?polímeros e. ~cetato, devido à cargas s
· ,.. · d d t rrmn·ado grau de flexibilidade e ductihdade, como no melhora
exigencia e um e e . lí 1
emprego dos plastificantes na fabricação de Iârmnas finas ou pe cu as, tubos, de enc
gruPº'
cortinas, entre outros materiais. finalidade
de vidro e
413.2 Pigmentos material.
o negro
PiITTDentos são elementos que servem basicamente para colorir e dar opacidade
0
a um polímero. São materiais de enchimento que não .se dissolvem, possuindo ricos em
partículas de pequeno tamanho. Além disso, servem como barreira aos ataques
fornos ref
dos raios ultravioleta, conferindo ao material uma maior estabilidade química. reguladas~
Dentre os pigmentos brancos disponíveis comercialment e, o dióxido de titânio as partícul1
(Ti02) é um dos mais utilizados, por apresentar um maior' poder de cobertura O segun
maior brilho e menor custo. Como alternativa, tem-se o sulfeto de zinco, que é polímeros
outro pigmento que máis se aproxima das características do Ti02 • enquadra

413 .3 Estabiliwdore s 41.4 Téc11


De uma forma_ geral, a grande maioria dos materiais poliméricos pode A mold
ªP:ese~tar algum tipo de degradação quando exposta à radiação ultravioleta e à de plástic
o~idaçao. Entretanto, os aditivos estabilizadores atuam contra esses processos Os granuladc
sais, os fos~to_s, e as cetonas são alguns elementos que podem ser usados c~mo de elevac
agentes ant1ox1dantes.
principah
Além
, clisso, existem os estabilizan tes terrrucos
, · - empreoados em certos
que sao
poluneros, como o PVC para evitar " ~ d e'
P0liméric
cadeia iniciadas pelo HCl f ª ocorrencia e uma série de reações em
estabilizantes atuam ca tura dormado d~~ante o próprio pt ~\so. Esses 41.4.J M
impedindo a continuidade d n o e_ estab1bzando os íons e k 1\: formados,
carbonato básico de chu ba reaçao. Alguns exemplos de~\l' ntes são o
NUNES e ORMANn, 2ooi.º· os estearatos, entre outros (.'( )LFO JR.,
4JJ.4 Retardadores de chama

Agrande maior~a
O
?ºs polímeros são materiais inflamáveis na sua forma
0
pura. ~~mo P?h:tileno, nylon e o poliestireno. Essa característica é
indeseJavel, prm~ip~lm~nte quan~o se trata de materiais que serão
eO?~regados nas mduSlnas de tecidos e de brinquedos. O emprego de
ad1t1vos ret~r~a?ores de chama aumenta a resistência à inflamabilidade dos
polímeros. iniciando uma ~eação q_uímica que cause uma diminuição da
temp~rat~ra. no local da queima, ou interferindo no processo de combustão.
1
Os pnnc1pa s produtos empregados com essa finalidade são os compostos
cloradas ou bromados, os fosfatos orgânicos, o trióxido de antimônio, entre
outros.

41.3.5 Cargas

Cargas são tipos especia~s de aditivos empregados nos polímeros a fim


de melhorar as suas propnedades com um custo reduzido. Dentro desse
grupo, encontram-se as cargas de reforço, que têm como principal
finalidade aumentar a resistência mecânica das peças fabricadas. As fibras
de vidro e o negro de fumo ou carbono correspondem a esse tipo de
material.
O negro de fumo é um material produzido a partir da queima de óleos
ricos em hidrocarbone tos, em recipiente de aço inserido no interior de
fornos refratários. Durante o processo, são introduzidas quantidades
reguladas de ar para auxiliar a combustão incompleta. No final, extraem-se
as partículas em câmaras coletoras, onde são depositadas por gravidade.
O segundo tipo de cargas são materiais inertes que são incorporados aos
polímeros para diminuir o custo de produção. O talco e a serragem
enquadram-s e nessa classificação .

41.4 Técnicas de conformação dos polímeros8

A moldagem é o método mais tradicional empregado para a moldagem


de plásticos, que consiste em fazer com que um material_ peletiza_do ~u
granulado assuma a forma da cavidade de um molde, por meio da aphcaçao
de elevadas temperaturas e pressões. A seguir, serão apresentados ?S
principais tipos de moldagem adotados para conformação de um matenal
polimérico.

41 .4.1 Moldagem por injeção

A moldagem por injeção é o process_o mais empregado para a fab,ric~ção


de e] emt ,1 tos de plástico. Aprox1mada me~te 6_0~o _das maquinas
empreg" ara a conformação dos polímeros sao de 1nJeçao. Tal processo
8 ltem ba
rins ( 1982) e Callister Jr. (2002)
aterial polimérico em u
• eJJl amolecer ~11! : 10 com alta pressão para lll
, bas1camen~do (figura 5a) e mJet mais baixa (Figura Sb~
mpattimento aquec;de com temperatura material é ejetado. Com .
interior de um mo oJde é aberto, e. o p· ura 5c). o
Subseqüentemente, o :_ o recomeço do ciclo ( ig
fechamento do molde, ----"?

(e)
Figura 5 _ Etapas do processo de injeção: plastificação ~a); injeção propriamente dita (b); extração (c l
(Ipiranga Petroqulm1ca, 2000).

Normalmente, o ciclo9 para a moldagem de materiais termoplásticos é


curto, situando-se entre 10 s a 30 s. Já para polímeros termofixos, esse
tempo é um pouco maior, pois a cura ocorre quando o material encontra-se
sob pressão no molde. Vale salientar-se que, nesse processo, há uma
contração do material durante o resfriamento, o que pode gerar peças
defeituosas no processo de produção. A manutenção de elevadas pressõe
durante o resfriamento minimiza tal efeito.

41.4.2 Moldagem por extrusão Essa


tennopt
No processo de moldagem por extrusão, uma rosca mecan1ca ou um termopl
paraf~so sem fim propele o material peletizado atravé ~ d uma zona Proce s
aquecida, em qu~ o material fica suficienteme nte aq t. ·i ) para ~er
~e tno\(
c~mpactado, fundido e moldado na matriz , conforme u . . 11tado na
Figura 6. •n rid<
COlocac
9
Tempo decorrido entre as desmoldagens de duas peças ·
consecut1 vas
transferidor de resfriamento

Figura 6 - Esquema de máquina extru


sora de materiais
. p!ásticos
. (Higgins, 1982, p. 123).

Na saída, o material é compr· .d


1
f
desejado, podendo ser resfriad~mi bcontra uma matriz com o perfil
técnica é empregada para produz: ca rado, c~~tado ou enrolado. Tal
tubos, bastões, folhas finas e fila~::::~ matena1s contínuos, tais como

41.4.3 Moldagem por compressão

Na conformação por compress- .


molde. Ambas as partes são ao' ~dmatenal é inserido dentro de um
aplicação de calor e pressão no ::~~~e~~r ~Fi~u:º~~~ é fechado, com

- Cursor
Aquecimento e
resfriamento
~--· _ __ --Pistão do molde

·- - - - Pino-gula

Aquecimento e
-- -

,..,___._. -
- Composto de moldagem

· - - - Cavidade do molde
resfriamento -
Base do
molde
....__-,------ -.----l"' - - - Cursor

-1--- Pistão
hidráulico

Figura 7 - Diagrama esquemático de um equipamento para moldagem por compressão


(BILLMEYER JR. citado por CALLISTER JR., 2002, p. 346).

Essa técnica pode ser empregada para conformar materiais tanto


termoplástic os quanto termofixos. Todavia, o emprego com polímeros
termoplástic os, normalmente , resulta em um maior tempo e custo de
jca 00 processan1en to. Um cuidado que se deve ter quando se emprega esse tipo
uma de moldagen1 diz respeito à medição cuidadosa da quantidade de pó a ser
par inseridc :1 cavi dade do molde , além da previsão do excesso que foi
coloca cavidade, a fim de garantir o seu completo preenchimento.
entad
"""oldaO'ent por fundição é similar à fundição em !11detais e em materiais
,aaa e,· • 1 é "do e verti o em um m ld
cerllmicos, quando o matena aqueci • 0 , , .º e e0
dei ado em repouso para solidificar. N~s .P. 1111!,eros termo~lasticos,
008
e friamento dentro do molde leva à sobdiftca9ao do matenal. Já
polímeros termofixos, o endurecimento é ocasionado pelas reações de
polimerização do material em temperaturas elevadas.

41.4.5 Moldagem por insuflação


A moldagem por insuflação é empregada ~ara a fabricação d
0
recipientes de plástico, sendo similar ao procecbmento empregado ~
processamento de garrafas de vidro. Conforme represe11tado na seqüência
da Figura 8, em primeiro lugar, um pedaço de tubo feito com o material
polimérico (parison) é extrudado (estágios 1 e 2) e inserido em um molde
com a forma desejada para o recipiente enquanto se encontrar no estado
se111ifun.dido (estágio 3). Na seqüência, é injetado ar ou vapor sob pressão
no mtenor do tubo, forçando as suas paredes a se conformarem de acordo
com o contorno do molde (estágios 4 e 5), em que o produto final ,
ejetado (estágio 6). e
41.s.2 Estabil
A estabili
propriedade P
umidade é
absorvida au
seja por mo
acarretar o
propriedade 1

1 2 3
41.53 Comp

Emgeral.
as propried;
propriedade
P0hmérico
nonnai . '·
(lg ') a '
e .
8..) con1e
com a ~
4 5 6
fl . ior
u1 quase q
Figura 8 - Representa ão .
(RODOLFO JR ç ~ ;mát1ca do processo de insutl,11,:io re 0 C()
n1p,
., e ORMANn, 2006. p. 246). Pr~,entact
41.5 Propriedades dos polímeros

Estão apresentadas aqui as princi · .


Enge~haria. As proprieda~es relevant~~s propn~dad!s de ~or interesse na
pesqmsadas na literatura disponível sob para aplicaçoes especificas devem ser
re o tema.
41.5.1 Massa específica

De uma forma geral, os materiai . ,.


0
específica mais baixa que os metais e as s P,_ h!1Jencos apresentam uma massa
específica da grande maioria dos polímecera;ricas. Mano (2000) cita que a massa
concentração em tomo de I o/cm3 ~os ica entre 0,9 e 1,5 g/cm3, com maior
consideravelmente mais baixos°que ~s sies valores de massa específica são
(7 ,85 g/cm3 para diversas ligas metálica ºD servados par! ~s materiais metálicos
carbeto de silício). A maior massa espec~fi~~~sas) e cera~1~os (3,3 g/cm3 para o
por dois motivos (MICHAEL! et al., )· esses matena1s pode ser explicada
1995
• os átomos de alumínio ferro ent · - ·
de carbono nitrogênio' 0 ·' " _re outro~, sao"~ais pesados que os átomos
' ' xigeruo ou hidrogemo - · · ·
elementos constituintes dos materiais pol· , . . , que sao os pnnc1pa1s
"' . 'di 1mencos,
• a di stanc1a
· ·
me
.
a entre os átomos é m~;or t
, · en re os componentes dos
matenrus po11mencos do que nos materiais metálicos.
u.i

41.52 Estabilidade dimensional

A estabilidade dimensional em um material poliméri·co , · rt t


·d d . - e 1mpo an e
propne a , e para ap11c~ço~s ~orno engrenagens e peças de encaixe. A variação de
rnruda~e e um dos pnnc1pais fatores que alteram tal propriedade, pois a água
ab.sorv1da au~enta ~ volume ~ a massa. específica da peça. A remoção da água _
seJa por moclificaça_o na uIDidade, .seJa por elevação da temperatura _ pode
acarretar o aparecimento de vazios e microfraturas que modificam as
propriedades do material (MANO, 2000).

41.53 Comportamento mecânico

Em geral , os Engenheiros e os Cientistas de Materiais têm familiaridade com


as propriedades elásticas dos metais, pois, nas condições normais, tais
propriedades não apresentam grandes alterações. Todavia, no caso dos materiais
poliméricos. elas apresentam uma grande variação, mesmo nas condições
normais: ,1 sua deformação é influenciada, principalmente, pelo tempo. Higgins
(1982) c01 ncnta que a resposta molecular de um polímero para atingir o equilíbrio
com as for 'ª~ externas é lenta, de forma que o material continua a deformar ou
flu i quast ~ indefinidame nte com a aplicação da tensão.
O co1 üITiento mecânico dos principais tipos de polímeros pode ser
represen las curvas tensão-deformação apresentadas na Figura 9.
Dúctil

Altamente elástico

O
Figura 9 - Principais grupos de materiais poliméricos de acordo com seu comportamento mecânico até a ruptu
(CALLISTER JR .• 2002). ra

Segundo Callister Jr. (2002), ~s P?~eros , que ~ofrem ruptura frágil ºT?-ª
apresentam um elevado grau de cnstalirudade~ a medida que ha um aumento do
gi_:au. de amorfi~mo da estrutura polimérica. a ruptura do material tende a ser
ductil. Já os polímeros que apresentam uma rrucroestrutura fonnada por ligações
cruzadas ou lineares têm um comportamento bastante elástico.
Na Figura 10, está apresentado um corpo-de-prov a de um material polimérico
preparado adequadamente para ser submetido a um ensaio de tração .

Figura 10 - Corpo-de-prova de material polimérico empregado no ensaio de tração.

Figuro l3. R
À medida que a tensão vai sendo aplicada. há um aumento visível do
alongamento do corpo-de-prova, como pode ser observado na Figura 11.
Pode-se
~ estricçào d
aumento lo
da det'orm·
estricção
(C'ALLIS
Atem
dos
w· lllt\tcr
aals se t
CC)1n
•11 \n ·
Figura 11 - Ensaio de traçao
- em um material 1=-it-: rr. • '1i\l
(b) alongamento d 1X1 m~M> (a) 1m \;10 ck ·" .•
'\:S1l,)lt11
o comn...A..-pro • .
...,..,.... ,-a pn)~1mo à ruptur.1 C\·
Após a ruptura do corpo-de-prova
comprimento (Figura 12). ' P<>de-se observar o aumento do :aea

Figura 12 - Alongamento de um corpo-de


-prova após a ruptura.

Esse comportamento tensão-deforma ão , t'1 .1 0 . . .


arcialmente cristalinos corm b ç e P ~ dos matemus tennoplásttcos
P ' orme O servado na Figura 13.

o
,n,
C/)
e:
{!?.

ação.
Defonnação

Figura 13 - Representação esquemática do comportamento tensão-defonnação para um polímero tennoplástico


parcialmente cristalino (PADILHA, 1997).

Pode-se verificar que o ponto de tensão máxima está associado com o início da
estricção do material. Nesse local, há um alinhamento das cadeias, o que leva a um
aumento localizado de resistência. Nesse ponto, há uma resistência à continuidade
da deformação, com o alongamento do corpo-de-prova através da propagação da
estricção, com a orientação das cadeias poliméricas em toda a extensão do material
(CALLISTER JR., 2002).
A temperatura também tem um efeito significativo no comportamento mecânico
dos matt!riais poliméricos. Com o aumento da temperatura, as forças de van der
Waals ~· ! ton1am mais fracas ainda, e o deslizamento entre cadeias adjacentes ocorre
com r 1ai" adlidride. Isso acarreta uma diminuição da 1igidez e do limite de
resistê K., · ração e um aumento da ductilidade do material. Um exemplo de
. .edades de um polímero está apresenta
--·rs:itura influencia nas propn do

Figura 14- Diagramas tensão-defonnação para o polietileno de baixa densidade a diferentes temperaturas
(HIGGINS, 1982, p. 284).

Como a temperatura apresenta uma importância nas propriedades dos materiais


poliméricos, convém apresentar-se o conceito de transição vítrea de um material
polimérico. Segundo Callister Jr. (2002), tal fenômeno ocorre em polímeros
amorfos, os quais, quando resfriados a partir de um líquido fundido, tomam-se
sólidos rígidos, mas apresentam uma estrutura molecular desordenada característica
de um estado líquido. Com o resfriamento, há uma transformação gradual de um O estudo
líquido em um material com as características semelhantes às de uma borracha. ~portante, poi
apresentando, logo após, a rigidez típica de um sólido. Define-se como sendo a hpo de solicita~
temperatura de transição vítrea (glass transition temperature - Tg) a temperatura em materiais plástil
que o polúnero vai passar do estado no qual apresenta as características de uma ser descartados
borracha para o rígido. A temperatura de transição vítrea define a faixa de uso de tCANEVARor
um da?º material, pois abaixo de Tg o material tende a ser duro e frágil, ao passo
os'.1Illorfos são
que acnna da Tg as suas propriedades assemelham-se às da borracha. No Quadro 1.
resistência ao in
es~o ~~resentados alguns valores de tal propriedade para determinados materiais nos mate ..
polimencos. · na.is
impacto que u n
Se rr
Quadro l - Temperaturas de transt· - , OO"l
çao v1trea para alguns polímeros selecionados (( ',\ l l ISTER JR .. 2 -
nd
é k ~ o Cal]
e i1<tg1I. O
Polímero oncentra _lllec
T (ºC estrutu Çao 1c
Policarbonato
Poliestireno
PVC
150
100
lá 0
Patores
;ªPolílller
ern red
87 favo colllo
Náilon 6,6
57 te recern a
-10 llnoplás .a occ
-50
%e e hcos
0
Po~e~eno de alta densidade -90
? si te, b~'
lliateria1
Polidimetilsiloxan sili'cone Ptiro . . lJ (
-123 eira ln f<
Pocte
'.\dt " l
finiçà
u de
OutJ:1 propriedade importante que tem influência nas propriedades mecâni.cas
do pohmero é o peso_molecular. Durante a polimerização, nem todas as cadeias
formadas apresentarao, º. mesmo comprimento. Um detenninado polímero terá
um peso mol~cular medio, que_ no"!1almente é detenninado pela medição de
algu_mas propnedades, com~ a viscosidade e a pressão osmótica. De acordo com
CaJhster Jr. (2002), os pohmeros co_m cadeias muito curtas (valores de peso
molecular da ordem de IOO_g/mol) existem na forma de gases. Os materiais com
pesos moleculares de aproxim~damente, 1_000 g/mol são sólidos pastosos (resinas
moles), enquanto que os pohmeros sohdos de interesse para as Engenharias
possuem, c<:mument,e, pesos mole~~lares acima de 10000 g/mol.
_Em_ r~laçao ao modulo de elast1c1dade, os polímeros que apresentam elevada
cnstal1mdade ou os que apresentam estruturas rígidas aromáticas possuem
maiores valor~s para tal propriedade em relação aos demais tipos de polímeros.
Segundo Callister Jr. (2002), o módulo de elasticidade dos polímeros varia
bastante, podendo ter valores entre 0,002 GPa (elastômero de estireno-butadieno)
e 4,8 GPa (resinas fenólicas), ao passo que, nos materiais metálicos, tais valores
podem chegar a 400 GPa, como é o caso do tungstênio. Além disso, deve-se levar
em consideração o fenômeno da viscoelasticidade, que é característico dos
materiais poliméricos. Mais detalhes a respeito dessa propriedade podem ser
obtidos no Capítulo 8 - Propriedades físicas e mecânicas dos materiais.

415.4 Resistência ao impacto

O estudo do comportamento dos matenais poliméricos sob impacto é


importante, pois há um grande número de situações em que estarão sujeitos a tal
tipo de solicitação (choques mecânicos em quedas, batidas, entre outras). Alguns
materiais plásticos considerados satisfatórios em determinadas situações podem
ser descartados por apresentarem uma tendência à fratura frágil sob impacto
(CANE VAROL O JR., 2002). Tanto os materiais poliméricos cristalinos quanto
os amorfos são frágeis a baixas temperaturas, apresentando pequenos valores de
resistên cia ao impacto . Tradicionalmente, os ensaios Charpy ou lzod empregados
nos materiais metálic os também são empregados para mensur ar a energia de
impacto que um materia l polimér ico pode suportar.
Segundo Calliste r Jr., (2002), normalmente a fratura de polímeros termofixos 10
é frágil. O mecanismo de formação de trincas inicia em. po~tos onde há uma
concent ração localiza da de tensões. Nesses pontos, as hgaçoe s covalentes da
estrutura em rede ou cruzada s são rompidas durante a fratura.
Já os polímer os termop lásticos podem apresentar uma fratura dúctil ou frágil.
Fatores como a temper atura, taxa de def~r~ ação e P;esenç a de entalhe s afila?~s
favorec em a ocorrên cia de uma fratura fragil dos pohmer os. Em alguns matena is
termopl"sticos vítreos, pode ocorrer um fenôme no c~amad o de fendill~amento,
que con .; · ~ b?\icam ente, na formaç ão e propagaç~o de peque~ as tnncas no
materi' 1 fendilh amento é diferen te de uma tnnca, no senado de que o
primeir o suµ ortar uma determ inada carga, aliado ao fato de que, no process o
-- )o t polímero está apresentada no item 4 1.6.
41.5.5 Permeabüidade a gases e vapores
Tal propriedade é de importância para aqueles materiais que serão eml?regados
em embalagens. Segundo Mano (2000), a permeabilidade é med1?a pela
quantidade de material permeante transferida na unidade de tempo por um~ade de
área, através de uma camada de espessura unitária com diferença de pressao entre
as faces igual a 1 cmHg. ..
De uma forma geral os polímeros apresentam uma baixa permeab1hdade: A
permeação de pequenas moléculas se dá através das regiões amorfas do m~tenal,
locais estes que se caracterizam por um maior afastamento das cadeias. A
borracha butílica (copolímero de isobutileno e isopreno) é ei:np~g~da e~1 pneu
pela impermeabilidade a gases, propriedade que é devida à cnstalimdade imposta
ao material quando sujeito à tração. Tal propriedade é medida pela ASTM D 1434
(1998).

41.5.6 Injla.mabilidade

Quando um· polímero orgânico é aquecido, ocorrem modificações físico-


químicas, pelas quais o material, invariavelmente, se decompõe em produtos
voláteis. Esse comportamento é influenciado pela natureza química do material.
Polímeros de fácil decomposição, como o nitrato de celulose, entram em
combus tão rapidam ente. Já os polímer os termofi xos apresen tam maior
dificuldade de combustão, sendo, por isso, empregados na fabricação de peça
para uso elétrico (MANO , 2000).
Ainda de acordo com Mano (2000), os métodos mais empreg ados para
avaliação da inflamabilidade de polímeros medem o tempo necessá rio para a
chama percorr er um filme do material nas condições específi cas medida~ na
ASTM D 2843 (2004).
Com o av
41 .5.7 Propriedades térmicas e elétricas umcrescime
Em função
O coeficie nte de dilataçã o térmica linear dos materiais polimér icos é elevado . característica .
podend o atingir valores de até 2,3 .104 /ºC. O valor de tal proprie dade pode chegar apre 'entados
a do~rar para o caso da borrach a de silicone . A explica ção para esses valores estti
relac10nada com o fenôme no da mobilid ade das ligaçõe s covall'ntcs das 41 ,6J Polí
macrom olécula s, que é maior do que no caso das ligaçõe s iônicas L' tlll't:ilicas
(MANO, 2000). O Políme
,, O~ materia is polimér icos também apresen tam uma baixa cn11dut1 dadc ~~ando subn
te~c~ . Os valores situam- se entre 0,12 W/m.K (polipro pileno) L' 0 .4, m.K \.IUla V!\n
quando d·~ntage
(foli~td eno de alta densida de). Para efeito de compar ação , a n ,n ,1dl'
terrruca do cobre eletroli tico fica em torno de 390 W/m .K. Esses , ... , , ns ~cicl . . a 1
ave1s
o '.
· Polí111
de condutividade dos polímeros ~stão associados à indispomõilidade de elétrons
livres. na sua esti:utur:i, ao contrário d~s materiais metálicos, que apresentam uma
quantidade consid~ravel de elétrons livres responsáveis pela condução térmi ca e
elétrica. Tal propnedad,e pode se. constituir em um problema no mom ento do
processamento dos pohme~os, pois a temperatura necessária para a mold agem
dever ser aumentada gradativamente, a fim de evitar a ocorrência de defeitos na
sua estrutura.
Via de regra os materiais poliméricos são isolantes elétricos. Os valores de
O
resistividade para PVC e O polietileno de alta densidade ficam entre de 1014 e
1
J0 6 D.m, respectivamente. As ligas metálicas apresentam valores entre 10-1 e
JO-R D.m~ sendo , porta nto, ex~e~entes condutores elétricos, devido à presença de
elétrons hvres n~ s~a compos1çao. No Quad ro 2, está apresentada uma listagem
das normas brasilerras que pode m ser empregadas na determinação de algum as
propriedades dos materiais poliméricos.

Quadro 2 - Normas referentes aos materiais poliméricos.

Proor iedad e
Massa específica Norm a corre soond ente
NBR9 875(A BNT, 1987)
Resistência ao impacto
NBR 8425 (ABNT, 1984)
Absorcão de á~
NBR8 514(A BNT, 1984)
Resistência à compressão
NBR 9628 (ABNT, 1986)
Resistência à tração
NBR 9622 (ABNT, 1986)
Estabilidade dimensional
NBR 10438 (ABNT, 1988)
Dureza
NBR 7456 (ABNT, 1982)
Fluência
NBR 8253 (ABNT, 1983)

41.6 Tipos de polúneros11

Com o avanço da Ciência dos Materiais e da Engenharia de Plásticos, houve


um cresc imen to exponencial dos tipos de polímeros disponíveis comercialmente.
Em função disso, não seria possível discorrer detalhadamente sobre todas as
características e propriedades dos materiais poliméricos. Nesta seção, serão
apresentados alguns polímeros selecionados de interesse na Engenharia Civil.

41.6.1 Polímeros termoplásticos

Os polímeroç;, do tipo termoplásticos são aquele: que amolecem e fluem


quand o submetido s a uma dada t~mp~ratura ~ pr~ss ao,. P.o.de ndo ser moldados.
Uma vanca gem Jesse tipo de mate nal diz respeito a poss1b1~dade de remoldage m
quand o da reapi icaçã o de novas temperaturas e pressoes, sendo , portanto,
recicl á'v ei',
Os >o \ term oplá stico s não apres entam um reticulado crista lino
11 Baseau
, '"'00 I) • M ano
r1ue(.! (2002) , Canevarolo Jr. (2002), Mano e Mendes (2004) e outros citados no
texto.
ter. A capacidade de fundir em determinad3;:i ~aixas d: temper a~~
~atnente relacionada com essa caractenst1ca. Tais materiais
,..,.M,4~!?,~.em cadeias do tipo linear e, normal mente, os políme ros de
genharia pertencem a essa classificação .
.São materiais de baixo custo, alta produção, facilidade de processamento
e,. baixo nível de resistência mecânica se comparados aos outros grandes
grupos de materiais poliméricos. Aproximadamente 90% d~ produção total
de políme ros mundial corresp ondem aos termoplást1cos chamad os
convencionais. Já os termoplásticos especiais apresen tam um custo
superior aos convencionais, mas têm melhores características, como a boa
estabilidade térmica e química.

41.6.1.1 Polieti leno


O polietileno (PE) é um polímero que apresenta uma ampla faixa de
propriedades, cada uma das quais vai depender da aplicaç ão específ ica.
São, normalmente, de fácil processamento, têm propriedades químic as
satisfatórias, baixo coeficiente de atrito e pequena absorção de umidad e.
Dependendo das condições da reação e do sistema catalíti co empreg ado
na polime rização , cinco tipos diferen tes de polietil eno podem ser
produzidos (COUT INHO, MELLO e SANTA MARIA , 2003):
• polietileno de baixa densidade (PEBD ou LDPE);
• polietileno de alta densida de (PAED ou HDPE) ;
• polietil eno linear de baixa densidade (PELBD ou LLDPE );
• polietil eno de ultra-alto peso molecu lar (PEUAPM ou UHMW PE) ;
• polietil eno de ultra baixa densida de (PEUBD ou ULDPE ) .
O primeiro produto a ser produzido foi o PEBD, que é um polímero de
estrutura ramificada. Por meio de melhorias no processo , foi desenv olvido o
material de alta densidade (VAINDERGOIN, 1988). O PEBD é parcial mente
cristalino (50-60%) , apresenta uma boa tenacidade, satisfatória resistên cia ao
impacto, resistência a algumas soluções aquosa s (inclus ive a elevadas
temperaturas). Contud o, é atacado por solventes alifátic os, clorada s e
aromáticos, que pode acarretar o inchamento do material a temper atura
ambiente. Tal material é empregado em filmes para embalagens industriais e
agrícolas , brinquedos e utilidades domésticas, revestimentos de fios e cabos,
dutos e mangueiras (COUT INHO, MELL O e SANTA MARIA , 2003). • comum
O PEAD tem sido comerc ializad o desde 1950 e, atualme nte, é o quarto pequen
termop lástico mais vendid o no mundo . Tal materia l aprese nta uma elevad a • resiste,
rigidez e resistência à tração se compa rado aos outros tipos de polieti lenos. nasua
Na sua cadeia , observ a-se a presen ça de um baixo número de ramific ações , molect
o que confere ao materia l maior cristali nidade e densid ade. Para aumen tar Proces,
a resistê ncia ao intemperismo e à radiação ultravi oleta, faz-se necess ário o elevadr
empreg ~ de aditivo s especia is , a fim de permitir o empreg o J c;S<.; m,.1tcrial • resiste,
·
e~ ambie~ tes exter~o s. O PEAD é bastan te empreg ado em u1 ama de compo,
objeto s, tais como fios , cabos , malhas redes, tubos rígidos , i nt o de VaJiUçà
alto irn
fios e cabos elétrico s, entre outros.
De .acordo com Coutinho.' Mello e Santa Maria (2003), o PELDB é um
matena l com grande capacid ade de selagem a quente; por isso, pode ser
empr~g~do em embala gens de gêneros de primeir a necessi dade,
O
subst1~ mdo . P~B_!) em algu!11as _ aplicaçõ es. São conform ados por
extrusao e por !nJ~çao p~r~ fabr1caçao de uma série de materiais, como
fraldas des,cartaveis. ~ecip1entes, artigos flexíveis, entre outros. Já o
~E1:fA~M e u~ ma~enal "qu~ pod~ s~r empregado em diversos tipos de
mdustn as (~mer~ çao. text1,' .. qu1m1ca, aliment ícia, bebidas , papel e
celulose) devido as caractenst1cas de elevada resistência à abrasão ao
a ªlll impacto e à ação ,de. alguns produtos químicos, como álcalis, ácidos,
licaçã
. o solvent es. combust1ve1s, deterge ntes e oxidantes. Devido ao seu elevado
rtedad peso molecu lar, o PEUAP M não pode ser processado por injeção ou
- e extrusã o; as moldag ens por compre ssão ou prensagem mostram-se mais
Çao de adequad as.
talítico Por fim, tem-se o PEUBD , que é o polímero mais novo da família do
iJeno p polietil eno. Ele apresen ta caracter ísticas diferenc iadas em relação ao
003): PELDB , como melhor es proprie dades ópticas , melhor resistên cia e
flexibil idade. O princip al empreg o desse materia l é como resina
modific adora, princip alment e para polietil eno o PEAD. PEBD e o
polipro pileno (COUT INHO, MELLO e SANTA MARIA . 2003).
DPE);
UH 41.6.1.2 Poliest ireno
PE). O poliesti reno (PS) caracte riza-se por sua elevada dureza, rigidez e
um po' baixo custo. Aprese nta valores de resistên cia à tração elevada s,
i desem~ amolec endo em temper aturas situada s entre 90ºC e 95ºC. Podç ser
D é pare conform ado por injeção , extrusã o e moldag em por compre ssão. E um
materia l inodoro , insípid o e atóxico , possuin do pequen a absorçã o de
umidad e e, ao contrár io do PVC, não é auto-ex tinguív el. Aprese nta
resistên cia aos álcalis e é solúvel em ésteres , hidroca rboneto s aromát icos e
cloradas.
De acordo com Albuqu erque (2001), existem os seguint es tipos de
poliestireno: _ . .
• comum conhec ido como regular ou nao mod1f1cado, recebe apenas
pequen~s quantid ades de lubrificantes para facili~ ª. moldagem; .
• resistente ao calor, cuja difer~nça para ~ pohest~eno c~mum consiste
na sua resistên cia à tempera tura (imerso em agua a 95 C), dev1d_o ao seu peso
molecu lar mais elevado , mas possui o inconvenient~ ~a d1ficu~dade de
process amento , sendo, por isso, empreg ado em cond1çoes especificas de
ele\- ada tempera tura de trabalho; "
• reHstellte ao impacto, devido à incorporação de ela~tomeros na~ sua
co nn > ição como O estireno -butadie no com 25% de est1reno. Atrav~s. da
. · , .tl d o eor d e elastôm ero no polímer o têm-se os polímeros de medio e
v"",
alt< 1 , l'to.
s, existe o poliestireno expandido (EPS), mais _conhe~ido pelo
merc ial isopor. Tal material é uma espum a rígid a _onu nda da
o da resin a de poliestireno no seu proce sso de produ çao por meio
mprego de um agente químico. Nesse processo de expa nsão, são
eraêlos gases voláteis, formando, assim , as pérolas de EPS. Na expan são,
pode-se ter um aume nto de volume em até 50 vezes . As pérol as formada
possuem diâmetros variando entre 0,5 mm a 2,5 mm.
Por ser const ituído basic amen te por ar (entr e 95 e 98%) , u massa
específica do EPS é baixa (de 20 a 25 kg/m 3). Na Enge nhari a Civil , o EPS
pode ser empr egad o para isola ment o térm ico de cobe rtur~ s e cm
construções como câma ras frigo rífica s, no preen chim ento de Junta s de
dilata ção, nas lajes nervu radas e na fabri cação de conc reto leve.

41.6. 1.3 Polip ropil eno


O polip ropil eno (PP) é um polím ero termo plást ico de aplic ação geral .
deriv ado do gás prope no, apres entan do uma densi dade em torno de 0.9
g/cm 3 • Possu i uma mode rada resist ência mecâ nica, a qual pode ser
melh orada com o empr ego de fibra s de vidro na sua comp osiçã o. Tnl
mate rial apres enta certa susce ptibi lidad e à temp eratu ra, pode ndo ser
melh orada com o empr ego de agen tes termo estab ilizad ores para utiliz ação
em cond ições espec íficas . Em temp eratu ras próxi mas de OºC, o mate rial
torna -se exce ssiva ment e frági l. Apre senta uma boa resis tênci a quím ica.
mas é ataca do por certo s comp ostos halog enad os, ácido nítric o .
hidro carbo netos arom ático s e clora dos, estes dois últim os em eleva da
temp eratu ras. Além disso , a ação dos raios ultra viole ta tamb ém pode
caus ar degra daçã o do mate rial.
O polip ropil eno pode ser empr egad o em peças estru turai s, tubo s e
cone xões para a indús tria quím ica, mesa s para labor atóri os, apare lhos
ortop édico s, entre outro s usos. Na Enge nhari a Civil , é utiliz ado nn
fabri cação de tubos e cone xões rosqu eáve is e soldá veis para cond ução de
água , bem como em fibra s empr egad as no conc reto, a fim de mini miza r as
fissu ras de retra ção plást ica em pavim entos e aume ntar a re istê nda n
traçã o do conc reto proje tado.

41.6 .1.4 Polic loret o de vinil a


O polic loret o de vinil a (PVC) é o polím ero que apres e nta maio r volu tnl'
em term os de com ercia lizaç ão no merc ado. Cons t itu i-sl' d1.' ,
apro xima dame nte, 57% de cloro (oriu ndo do NaCl) e 43o/c, d l) L'lL'tW
(deri vado do petró leo). Depe nden do do emp rego de dive rso s componL't1tl'S
na sua form ulaçã o (plas tifica ntes, estab iliza dore s, a ge ntes m od i t'kad nrl'S
de impa cto e lubri fican tes, entre outro s) , o PVC pode sl'r u,.11.h, na
prod ução de mate riais com baix a ou alta de ns idade . fl r , 1vl'i, rn .• tdl'" ·
entre outro s mate riais .
As resin as de PVC são conf orma das atrav és de um a am1 J m lk
processos. tais como a injeção mold
fundição. As suas principais daracteªfe~ por c~mpressão, por extrusid~
• bom isolante elétrico, térmico r st!c~s básicas são:
• baixa permeabilidad e a gases eel~cu.~ico;
• baixo consumo de energia na fab~ui <!,S;
b . " . , .
• oa res1stencia a oxidação e à co ncaçao·
_ .•
• baixa combustibilid ade. rrosao,
Esta última característica é im
determinadas aplicações, pois O PVC
extinção: quando a fonte de cal
f 0
rtante para o ,se~ uso em
presenta a caractenstica de auto-
or
entra em combustão. Contudo co entra em . contato · 1 1
com o matena , e e
de propaoar a chama. Não se, m a retirada dessa fonte, o PVC deixa
dos prod~tos de PVC em temrecomenda o emprego da grande maioria
Mas à medida que há um peraturas de trabalho superiores a 60ºC.
· 1. aumento do teor de cloro na sua composição
ocorre um ~credmento da sua massa específica e do retardamento
chama, amp 1ian o a temperatura de trabalho
à
f · · d
80ºC e 1OOºC. para a a1xa situa a entre
Ap~sar da sua resistência à degradação qmmica, 0 PVC pode ser
damf~c_ado po~ ~ertos com~ostos, como os solventes cloradas,
aromat1cos,_ c_etomcos e tetrah1drofurâ nicos, normalmente encontrados
na composiçao ~e algumas colas, mastigues, tintas e vernizes. Tais
co mpostos ocasionam o inchamento e amoleciment o do PVC
prejudicando as suas propriedades mecânicas. '
. Em !un_ção ~os., tipos ,exis~ent~s e das possibilidades de formulação
d1sp?n1ve1s, n,ª? e poss1vel 10?1~ar um "PVC padrão", que possa ser
considerado t1p1co ou caractensttco . Contudo, há o PVC considerado
tradicional , um _material que tem larga aplicação na Engenharia, cujo
empreg o consolidou-s e no mercado da Construção com o passar dos
anos.
Na E ng enharia Civil , o PVC extrudado é utilizado para a fabricação
de tubulações, perfis de janelas, revestimentos de cabos, entre outros
materi ais. Já os produtos em PVC flexível são empregados como
isolamento e lé trico devido à baixa condutividad e. Uma publicação de
referênc ia a resp e ito do PVC foi publicada por Rodolfo Jr., Nunes e
Ormanji , (2006), que apresentam um estudo completo e aprofundado
sobre tal material.

4 J .6. J .5 Polí c arbo nato


O policarbonat o (PC) é,. um material formado pel: r.eação entre o áci~o
car bôni co e o bisfe nol. E considerado um dos plastlcos de Engenharia
ma is importan tes . Tem uma boa estabilidade dimensional, res}st~ncia ao
escoamento e u S intempéries, apresentando uma boa transparencia .
Na f n, nharía C ivil , o policarbonat o pode ser empregad? na
s ubsUtt do vidro em coberturas e fechamentos que exigem
0natural, principalmente devido às suas caractcríi;ticns de u,ltu
' ao impacto (250 vezes superior ao vidro e 50 v~;,.cs superior
f:0).Tal material apresenta uma pequena r~sísH~ncu.~ à ubrasão,
õ ndo ser facilmente riscado. A fim de evitar tal in.co.nvc111cnlc, e.leve~
,e;empregar uma película anti-abrasiva na sua supcrf íc!c. .
O policarbonato é disponível comercialmen te na f ormn. n~o s~ c.l~
chapas compactas e com estrutura alveolar, como também de tclhus nus
mais variadas formas e colorações.

41.6.1.6 Politetrafluor etileno . .


Mais conhecido comercialmen te como TefJon , o politctraluorctilc11<)
(PTFE) é um polímero termoplástico formado pelo tctn11'1uoretilcno. 12
considerado o plástico que melhor resiste à corrosão por agentes
químicos. As principais características desse material são:
• baixo coeficiente de atrito;
• bom isolamento elétrico;
• baixa condutividade térmica;
• excelente resistência química (solventes e reagentes);
• propriedades mecânicas satisfatórias mesmo a baixas temperaturas~
• faixa de temperaturas de utilização entre 200ºC até +260ºC.
Devido à possibilidade de ser empregado em elevadas temperaturas ,
juntamente com seu baixo coeficiente de atrito, o politclrnf'uor ctilcno se
mostra adequado para uso em revestimentos antiaderentes cm utensílios
de cozinha. Além disso, pode ser aplicado na Engenharia Civil, na
fabricação de mantas (fibra de vidro inseridas em uma matriz <.lc PFTE)
a serem empregadas na construção de tensoestrutur as , produ:t.indo um
material com alta estabilidade dimen sional, rc s i stê nt: ia ao
tensionament o e elevada durabilidade .

41.6.1.7 Polimetil metacrilato


Conhecido comumente como acrílico, o poli me ti I mctat:ri luto
(PMMA) é um material que apresenta semelhan ça com o vidro . SL' ll
monômero é o metacrilato de metila, podendo se r f'abrkado por
poliadição em massa ou em suspensão. Normalme nt e, o PMM/\ lL'l1l re 101 e o
característica s ópticas e mecânicas s upe riores ao policstirc no . mas para que
apresenta um custo mais elevado.
Engcnhar
41.6.1.8 Poliacetato de vinila
,itua 'oes:
O poliacetato de vini1a, conhecido como PVA (ou PV;\<; ) , é 11111 111:ilt·ria l
• injcç:
form~do pela polimerizaçã o do acetato de vinil a. /\ j)l'l'\ ·111:i l1 :1ra~ • união
propr~e?ades mecânicas, _por isso não é adequ ad o para a 111nld,tf ·m dl' • uni \e
mat~n~~s. Em contrapartida , apresenta um a elevada ild r '-í ÍVicl· 1 o qur • ,rga1
pos~1b1li_ta seu empreg? so~ a forma de e mul são cm ti11 ta "' p pn 1'º ~onc
em 1ntenores e na fabncaçao de ades ivos do tipo co l,, hran • tt.l\: s
41.6.2 Políme ros termof ixos

Tais polímeros são também chamad , .


º!·
que amolecem e fluem quando subm de termorr1gidos. São materiais
pressão, adquirindo a forma do mol~;dos a uma dada_ temper:ttur! e
cruzadas entre as cadeias e com subs co~ a fo~a~a o de hgaçoes
aplicações de temperatura e pressão não eequent e. soh~1fi_cação. Novas
tornando os materia is infusív eis . x~r;en:1 mfluenc1a no material,
Normalmente, apresentam maior res'is/ns? uveis e não recicláveis.
termoplásticos e são amorfos. encia ao calor que os materiais

41.6.2.1 Resina s epóxi


As resinas epóxi (ER) são materiais que 0 d · ·
como no caso do óxido de flI , .P em s~r considerados óxidos,
. . . e eno ou oxido de c1clohe xano. A primeira
resma comerc ial foi o produto da reaça-0 ent · 1 ·d· bº '-"
. . re a ep1c on
- . ma e o 1s1enol
A. Os quatro tipos de resma epóxi comercializados sao.
.
• resmas a, base d b' .e11 - •
e is enol A, que sao as mais comuns e de menor custo
apresen tam-se nas formas líquida, semi-sólida ou sólida dependend~
do peso molecu lar do polímero· '
• resinas à base de bisfeno l 'p e/ou Novola c, que normal mente
ap~esentam d~semp enho mecânico, químico e térmico superior às
resmas com b1sfenol A;
• res~nas bro1;1a~as, com_caracte rística auto-extinguível;
• resmas flex1ve1 s, que sao empreg adas como flexibilizantes reativos em
outras resinas , a fim de melhor ar a resistência ao impacto com o
aumen to da flexibi lidade.
As resinas não são aplicad as isoladamente; necessi tam da presenç a de
um catalis ador (mater ial com átomos de hidrogê nio ativos) para que ocorra
a polime rização do materia l com seu conseq üente endure ciment o. Cánova s
(1988) cita que os princip ais tipos de catalisa dores são os fenóis, álcoois,
aminas , amidas , ácidos carbox ílicos, entre outros.
Ao conjun to resina e catalis ador é dada a denom inação de formul ação ou
sistema epóxi. Faz-se necess ário o adequa do propor cionam ento entre a
resina e o catalis ador para que o desemp enho do materia l seja satisfat ório.
para que possa ser empre gado em uma fina]id ade especí fica. Na
Engenh aria Civi l , as resinas epóxi são mais empreg adas nas seguint es
situaçõ es:
• injeção de fissura s e trincas ;
• união de aço e concre to em reforço.s;
• uni ã ~ de concre tos com diferen tes idades em reforços~
• arga1nac.sa~ para preenc himen to de descon tinuida des em elemen tos de
COll l
• ad l ara união de argama ssas e concre tos em reparo s.
41.z.2::~~~::!d;omo monô~ero básic~crfi:. ~; !~i;:~~o~
ue ao combinar-se com outro tipo de monomero esp
:rodutos diferenciados, conforme apresentado no Quadro 3 ·
Quadro 3 - P.rincipais tipos de resinas de fonnaldeído (adaptado c.le MANO. ~ll.10).

Ralnadefeaol- Resina de urila- Rnlaa de mdallllna-


(onaa.ldefdo rormaldefdo (ormaldeldo 1
Uréia Molamina 1
Moalaerv Fenol
Nomeadahln PR UR MR 1
Oatru Resina fenólica, Resina aminada Resina mclamlnka
-
deao -

Propriedada
foonica, baquelite

Alta resistencia
mecinica e térmica; boa
resistencia química;
Boa resist!ncia mecânica,
química e térmica; dureza
elevada
Bievada rcs.ist!ncia
mec&nica. qulmica e:
térmica; estabilidade
'
\
dimensional; boa resistência ·
estabilidade dimensional ao risco e à abrasão; dureza
elevada
Engrcnagcos. balcões, Chapas de compensado Peças rc:sistaitcs 110 risco e:
ApUcaçks tfplcu divisórias, elementos para móveis, vernizes para ao impacto. vcrnircs,
elétricos, laminAlfos revestimento de assoalho, adesivos
adesivos para madeira 1

41.6.2.3 Polidimetil-siloxano . .
Os silicones (nome comercial do polidimetil-siloxano) são matena.i.. que te~n
f
o silício (Si) substituindo total ou parcia~ente o ~omo de carbono m1 cad~1a
polimérica. São fabricados a partir da areia de sílica e do cloreto de n1eula.
Dependendo do processo de fabricação, podem s~r termo~xo.. (quand
vulcanizados com peróxido orgânico) ou elastoméncos. Estin1a-~e q~e .
silicone é empregado atualmente em cerca de 5000 produtos d1spontYe1~
comercialmente. ~t.63.l B
As principais propriedades dos silicones são: Abot'1'3C
• boa resistência elétrica; ~ aulo d
• antiaderência; piiisopren<
• elevadas resistências químicas e térmicas; · se ap
• resistência ao intemperismo; resistência
• baixa tensão superficial;
Afim de
• repelência à água.
uma esnut
Tais materiais podem ser encontrados na forma de fluidos (óleos) . p~-L·ta: e lioaç,
graxas, resinas, gomas e borrachas. Na Construção Civil, a aplicação prinl'ip::tl :::
está relacionada à proteção contra umidade em paredes de alvenaria e ~ln 'reto.
~ ri12
Os selantes à base de silicone podem ser aplicados em juntas de dilata\'ik" em tmperatu
concreto, na vedação de esquadrias de alumínio, louças sanitárias . jancb ,. "Ht ft' istem
outros. Já os mastigues de base silicone compreendem dois g randes ~nt'"'"': : (\~ ~ias C(
acéticos (não aderem nas superfícies porosas) e os an1ínicos 're,n n.·L· t,h.: OSá
superfícies de concreto, alvenaria, entre outras) (VAINDERGOl· · l Q l ) .
Além disso, o silicone é utilizado na fabricação de tint,1s cn uen..1
quanti?ad:, ª fim. de melhorar O espalhamento da película, evitar a
prec~p1taçao de p~gment,os, m4:_lhorar a aderência e a resistência ao
fendtlhamento, ao nsco e a abrasao.
41.6.2.4 Poliamidas
Em ! 930, pesquisado.re~ d~scobriram um polímero com o qual se podiam
fazer f1?s .de grao d e re s i sten~ia. Era a primeira poliamida 6.6 que viria a ser
comercia~1za~a dez anos mais tarde ~om O nome de nylon.
As polia~~as. represe~tam propnedades físicas próximas às dos metais,
como a resis~e~cia ª ~raçao. Por terem um coeficiente de atrito muito baixo,
1
nã~ é. . ne~essru: 0 .Iubnfi~a~te em peças submetidas a atritos. Apresentam boa
res1ste?cia quumca e facil molda~em. Todas essas propriedades as fazem
apropriadas para engre~agens, venttladores industriais, parafusos, conectores
elétricos, bases de esqui, rodas de bicicleta, entre outras utilidades.
Apresentam.ª desvantagem de serem materiais higroscópicos, fazendo com
que suas propnedades mecânicas diminuam. Além disso, sofrem aumento de
volume com a incorporação de água. Uma maneira de minimizar esse efeito
se dá através da inserção de fibras de vidro na estrutura do material.

41.63 Polímeros elastoméricos

Também denominado s de elastômeros ou borrachas, os polímeros


elastoméricos são materiais que, na temperatura ambiente, podem apresentar
deformações muitas vezes superiores ao seu comprimento original, com uma
recuperação elástica total quando a tensão é retirada. Isso se deve à presença
de cadeias com baixa densidade de ligações cruzadas na estrutura do material.

41.6.3.1 Borracha natural


A borracha na forma natural (NR - natural rubber) é um produto obtido do
coágulo do látex da seringueira (Hevea braziliensis), cujo monômero é o
poliisopreno. A borracha natural não é adequada para o emprego nas Engenharias,
pois se apresenta como um material mole e pegajoso, com uma pequena
resistência à abrasão.
A fim de que sejam melhoradas essas características, a borracha ~reci~a poss~ir
uma estrutura molecular com algumas ligações cruzadas. Em n1vel mdustnal,
essas ligações podem ser induzidas através do processo cham~do de vulcanização.
caracterizado pela adição de moléculas de enxofre ao elastomero sob elevadas
temperaturas , conforme representado na Figura 15. A~ duas ligações cruzadas
consistem em átomos de enxofre m e n. Pode-se venficar que os pontos nas
cadeias com 1 hlior predisposição à ocorrência das ligações cruzadas são .aqu~les
onde os átt de carbono apresentavam a ligação dupla antes da vulcan1zaçao.
e,~
1
-c- c-c -c-
t 1

1 1 1 1
+ (m+n) S ---+ (S)m (S)n

1 1 1 1
-c- c-c -c-
1 1 1 1
CH3

Figura 15 - Processo de vulcanização da borracha (CALLISTER JR., 2002).

Com a vulcanização, há um aumento do módulo de elasticidade, do limite de


resistência à tração e da resistência à degradação por oxidação. Tais propriedades
são dependentes do número de ligações cruzadas formadas. Contudo, o teor de
enxofre deve ficar no máximo em 5%, pois, além desse valor, há endurecimento
excessivo do material e diminuição da ductilidade. Deve-se salientar que, devido
à formação dessas ligações, os materiais elastoméricos tomam-se termofixos.

41.6.3.2 Estireno-butadieno
O estireno-butadieno (SBR - styrene-butadiene rubber) é um copolímero
aleatório do butadieno estireno, considerado como uma borracha de uso geral.
Existe uma grande variedade de SBR, diferenciando-se em função do método de
polimerização, do tipo de antioxidante empregado, do tipo de óleos utilizado
durante o processo de fabricação, entre outros.
O SBR apresenta uma boa resistência contra o inchamento na presença de
ácidos e bases, mas não resiste quando em contato com óleos minerais, graxas de
lubrificação, gasolina e hidrocarbonetos alifáticos. Quase todos os produto~
pode m ser fabricados com substituição total ou parcial da borracha natural pelo
SBR, exceto em aplicações diferenciadas, como os pneus de cami nhõe s pe ado~.
Atualmente, os pneu s de automóveis comuns são confeccionados con1 e~se 41.6.35 Is
elastômero vulcanizado com enxofre e reforçado com negro de fumo . Mai e
Na Enge nhari a Civil , o SBR pode ser empr egad o na fabricação de concreto copolíme
polím ero. O aume nto de resistência em relação ao conc reto conv encio nal pode eenvelhec
cheg ar a nívei s de até 50%. Mais infor maçõ es a respeito do empr ego de polímeros uma faixa
no conc reto pode m ser enco ntrad as em Gorn inski e Kazm iercz ak (2005). como um
bastante a
41.6 .3 .3 Polic lorop reno . h ·
Engen
O polic lorop reno (CR) é um polú nero form ado pelo cloro-butadiL'nn, nui~ ~ennofixo
conh ecido pelo nom e come rcial neop rene. É cons idera do um material tk dL'\ ad(1 intemperi
dese mpen ho em relaç ão à resis tênci a ao enve lheci ment o, às intcmp~1 ie~. ,l(' .1t,qu~ Na En
do ozônio e a deter mina dos agen tes químicos, send o dificilm ·ntc intl.,.n.\\ d .
\lOliméri~
Cont udo, pode ser ataca do por hidro carbo netos clora dos, éstt·rc~. l chm. b. u1nanza,
-o '
1 Diferentement~ dos demais el~tôm eros, o policloropreno é vulcanimdo com
(S)" óxido de ~agnés10, sem a necessidade da incorporação de reforços. É utilimdo
em vestuário de mergulhadores e em esportes aquáticos. A presença do cloro na
1 1 su~ es~.tur a faz com que a sua resistência ao ataque da água do mar seja
e-e
, 1
sausfatona.
Na <?onstrução Civil.' tal material é empregado intensivamente como aparelhos
de apoio em pontes, viadutos e em algumas estruturas pré-fabricadas a fim de
prop?rcionar_ desl?came~t?s e?tre. elementos de concreto que podem ~presentar
movunentaç,oes d1f~renc1rus (termicas ou devido à ação de cargas). Nesses casos,
JR., 2002). o ne~pren.e e fornecido sob a forma de placas pretas de formato circular, as quais
são msendas no momento da construção no encontro entre os elementos
~cidade, estru~urais. Con~udo.' d~ve-se salienta r que a vida útil do neopren e é,
ªº·Tai sp invanavelmente, mfenor a da estrutura. Por isso, no projeto, devem ser previstos
dispositivos para colocação de macacos hidráulicos, a fim de erguer a estrutura
. Contudo para a troca do material.
r, há end,
saJientarq 41.6.3.4 Polietileno clorosu lfonado
m-se termo O polietileno clorosulfonado é mais conhecido pelo seu nome comercial hypalon,
que é, na verdade, um tipo de borracha sintética obtida através da reação do
polietileno com o cloro e o dióxido de enxofre. Nesse processo, há uma conversão
do polietileno, que é um termoplástico, em um elastômero que pode ser vulcanizado
(VAINDERGOIN, 1988). As principais características desse material são:
• resistência ao ataque de diversos compostos químicos;
• resistência a elevadas temperaturas de trabalho (-150ºC);
• baixa inflamabilidade;
• boa resistên cia à abrasão;
• elevada resistência ao ozônio.
Esse elastômero apresenta algumas propriedades superiores ao neoprene, como
a resistência ao intemperismo e à ação do ozônio. Além disso, tal produto pode
apresentar coloração, diferentemente do neoprene, que só é encontrado na cor preta.

41 .6 .3 .5 Isobutil eno-iso preno


Mais conhec ido como borrach a butílica , o isobutil eno-iso preno é um
copolímero do isopren o que possui uma excelente resistência contra intempéries
e envelhecimento, além de uma baixa permeabilidade , podend o ser utilizado em
uma faixa que varia de -40ºC até +150ºC. Antes da vu~canização, apres~nt_a- ~
como um m.iteria l termopl ástico. O escoam ento devido ao peso propno e
bastante acentua do, com proprie dades mecânic as ~satisfa tórias par~ o uso em
Engenhatia Fntreta nto, após passar pela vulcaruzação, o mater~al "toi:im-se
termofi" n. 11 baixa permea bilidade aos gases e elevada res1stencia ao
intemp
Na F l Civil, tal elastôm ero é empreg ado na fabricaç ão de mant~.
12
polimé i imperm eabiliza ção de estrutur as • No Qu~dro --L estao
sumari · as proprie dades de materiais polimér icos selecionados.

, 1o 44 - s,·stemas de impenneabilização e isolamento témuco.


,sultar o eap1tu
VIJores de algumas propriedad es de materiais polimérico s (CALLIST ER JR., 2002).

........,
MMm,de Coefldent e
dePolsson
Limite de Limite de
escoamento reslst@ncla à
(MPa) traçlo (MPa)
~
(%)
GPa)
2 41-4 14 0,38 40,7-44,8 40,7-51,7 40-80
O 002-0,01 6,9-24 l 400-600
103 100-800
276-90,0 3-6
O 39 55 1-82,8 94,5 15-80
O 36 62,l 62,8-72,4 110-150
41,4-89 7 <2,6
033 35,9-51 7 1,5-2 5
de alta 1,08 26,2-33,1 22,1-31,0 10-1200

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