Capítulo 47
47.1. Introdução
1
VOC: sir l
lt'-;-de Compostos Orgânicos Voláteis (Volatile Organic_ Compound) e significa quan'.id~de em
massa, exp
/dm 'de solventes orgânicos presentes em tinta ou resma. A abreviatura em portugues e COV.
mas ainda r 1
d da.
d~tinta imobiliária ou linha arquit lura representa ao redo.r de 77% do votu
total e 59% a 62% do faturamento. o que evidencia a sua importância no tte':'e
(ABRAFATI, 2007). As duas principais tintas usadas na con~trução civil !\~
as tintas látex, recomendadas pnru nplicoção sobre superfícies de alvenar·. 1
gesso, concreto, substratos à bnse de cimento , etc., .e os esmalt~s sintétic,'ª·
recome ndados para a aplicução em substratos metáhc.os e rr.iade1ra. As lin~~
bicomponentes mais usadas são à base de resina epóx1 e poh~rctana, tanto li.
base aquosa quanto solvent e, e süo recomendadus para proteça o de substrato e
Na Constru ção Civil, a tinta bicomponente é pouco u_sad.a com~arativanicn~
aos outros dois tipos; é mais usada cm manute1~çao mdustn al. As tint.t
inorgân icas à base de cal, cimento e silicatos alcalino~ .formam películas li~
elevada resistên cia à alcalini dade e elevada permea b1hdad e, c~ractcrístíca:
importa ntes em caso de aplicaç ão cm substra tos de elevada umidade. Esses
produto s não serão tratado s neste capítul o p~r serem ~onstituídu~
predom inantem ente de espécie s químic as inorgâm cas; _a resma, mcl-irn(,
quando present e, não é um agente formad or de película . Serao abordados ncs'ic
capítul o os princip ais produto s e.la linha arquite tura e suas característicai;
básicas .
O objetivo é apresen tar alguns conceitos básicos sobre esse material que tcrn
elevada importâ ncia no acabam ento de superfícies pela facilidade de aplicação
baixo custo, elevada influência na estética <.le uma obra, além de ser a parte mai~
visível. As informa ções aqui apresentadas não são exausti vas; são apenas uma
introdu ção a esse material de constru ção de elevada versatil idade.
472.1 Resina
A resina é a parte não volátil da tinta. Por isso, é também chamada veículo não
volátil. Ela é o aglutinante das partículas <lc pigme nto , sendo o agente
formador de filme. A composição da resina tem elevada import ância na~
propriedades da película, apesar de esta ser modificada pelo tipo e teor de
pigmento presente. O desempenho da pintura, ao lon go do tempo , quando
exposta ao meio ambiente interno ou externo , é dado pela resistência da
resina aos agentes presentes no me io e pela \c lcção e pelo
proporcionamento correto dos pigme ntos. aditi vos e outro~ constituinte~
presentes na formulação. As principais fun (,.'.ÕC~ da rcsi,w . ;ío:
• propriedades mecânicas, como a trac.;fü> e a l'la~ticidad'-',
• resistência ao intemperismo e
A • , • , omo a rar1;.,._,..
• res1stencia qmm1ca, como a aJ r . .~o 1JV: "~-
•
472.3 S0lve11te
e so1ven111 j} Volátil
Volátil
Solvente ~lnlco
(agente cael11cedar)
pigmento
'
Não volátil
(sólidos) ------ai} Não volátil
(sólidos)
aditivos
aditivos
Figura I - Composição genérica de tinta do mercado (Fonte: SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL, 2007).
, _____, 30%
70% { Solvente s
~
58%!'· Agua
Solvente s
70% 2% r-.;;;;;;;:==='1 4 1
30% ~ _ R
_e_s_ln_a- i
40%
l Pigmentos l
Tinta convenc ional Tinta altos sólidos Tinta à base de água Tinta NNo voe·
Figura 2 - Composição genérica de vários tipos de tinta do mercado
e. (Fonte: GNECCO, MARIANO e FERNANDES. 2005).
Completagem
Pesagem
- ífJ --
Pr6 mistura
Dispersão
~003).
.. Correção
1
Produto não
/ conforme
eon troe
I de
gem voJ qualidade - _ Produto - - -
Cemp o Tingimento
conforme
e relação Enlatamento
Figura 6 - Processo de fabricação das tintas (adaptado de SILVA. 2005).
47.5.1 Classificação
. Cerâmica
Gi:sso ..
• Epóx1
Caiação
Base de cimento •
• Buse de silicatos alcalinos
Além desses produtos que formam barreira e os que não formam barreira,
existem a caiação, as tintas à base de silicatos e à base de cimento, as quais não
serão tratadas neste capítulo. Esses tipos de acabamentos são recomendados para
aplicação em alvenarias com problemas de umidade. Pelo fato de possuírem
elevada permeabilidade ao vapor, minimizam o aparecimento de eflorescência em
critérios, ma· superfície com umidade elevada.
mposição 1
as categona 1 47.52 Principais constituintes dos sistemas de pintura
rsolúveis) eir O que nós chamamos de pintura não deve ser entendido apenas como a tinta de
acabamento. Ela é composta por fundos e líquidos preparadores de pa~edes.
nvenciona1, massas e, por fim, a tinta de acabamento. Cada um dos produtos possm uma
arre1rJ função defi 1ida conforme detalhado a seguir e aplicada na ordem apresentada na
arn b Figura 8:
ão, mas
oJores, n,
rn a águ
Figur a 8 - Principais constituintes dos sistemas de pintura
Existe um elev ado núm ero de sistem as de pin tura no mercad o. alguns para
apl ica? ~es em sub stra tos e spe cífi co s , com o tint a par a apl icação em
superf1c1es de ges so. Nem sem pre há nec ess idad e de apl icaç âo de sistema de
r ·ntura específica. O exemplo dado pod
ndo preparador de paredes seguida de e iler substituído l*}a aplicação ela
/sco. Na norma NBR 11702 (ABNT ª~ ~açlo de tinta látex, acabamento
9
?stemas de pintura do mercado brasile'' N 2), estão detalhados todo os
si . . uo. o Quad 3
sistemas de pmtura mais usados na constru ão . . ro estão resumido os
de aplicação. ç civil e apresentados na ordem
Quadro 3 - Principais tipos de sistemas d .
e pantum empregados na Construção Civil
Sistemas de pintura
Fundo selador acrflico p' Produtos Dara a Pintura
Acrílico, base água Massa acrílica uzmentado e ou liquido Preoarador de paredes
Tinta látex acrflica, acabamento .
Acrílico, base solvente Pouco usados apresenta fosco, acetinado e sem1br1lho
• m e Ievado voe e b . • . .
Vinílico, base água . 1gmentado
Massa corrida •in~i;l,·~~~-e!_·~============º=ª=re=s=
F~uin~d~o~s!el~a~do~r~v~ 1s=te=
·n=c=
1a=a=o=m=t=em=1~r,e=1n~s~m~o=j
L---------- -;-Tinta látex vinílico
,_fFl~;m,_n ~
r: ;-------------=======:J
~k_o~s~eiila~d~or~p~i~gm;emnti;ad;i;0
Fundo anticorrosivo
~do E!:~motor de aderência
Alquídico, base solvente Massa oara madeira
Esmalte sintético alqu'd' 1 b -
E 1 . _ ico, aca amento fosco, 11cetin11do e brilhante
·_s_1_n_a_~~!lll!t'.co alquidico de dupla ação, para metais ferrosos
Esmalte sintético alquídi d, d 1 •
. co e up a ação, para metais não ferrosos
1----------- t-::-'-'-'' Tmta a óleo -------'-'~~..:.:.: ...:.==-----~
Fundo -selador pigmentado -----~--- ------------1
Fundo anticorrosivo
~do o~o-~otor de aderência
------
---------- --1
Massa para madeira
Alquídico, base água -:-:---"------
Esmalte sintético alauidico, acibamcntÕ fosco, ;-;;;tina-~ e brilhante
Esmalte s!ntét!co alauidico de d_l!P,\a as!o,_J)_ara metais ferrosos
Esmalte smtét1co alquídico de dupla ação, para mct;is-· n-ã--o- l_'e_rr_o_so_s_ _ _~
Tinta a óleo
Fundos seladores de bico;~!Qoncntês -
Bicomponente epóxi, base Fundos anticorrosivos de bico~o_nentcs - -----~
água Tinta (esmalte) bicomponentes - ----- --·-
Fundos seladores de bicomponentes -
Bicomponente epóxi, base Fundos anticorrosivos de bicom_Eon-cntc-~ ----
solvente Tinta {esmalte) bicomponentes -- - - -- - -- --
Verniz, base água Verniz sintético alquídico, acabamento fosco, accti~-ado c~bfith~ ·-----~
Verniz sintético alouídico, com filtro solar
Verniz
Verniz sintético alquídico, acabamento fosco, acetinado e brilhante
monocomponente, Verniz sintético alquídico, com filtro solar; _ _ _
base solYente Verniz poliuretânico
~ -===~~-- .-
Verniz bicomponente, base Verniz poliuretânico, base solvente
água e base solvente Verniz epóxi, base água e base solvente
Conhecidos no mercado como stam, são absorvidos pela madcir,1, saturando-
Impregnantes para madeira se parcial ou totalmente as libras superficiais. Alguns produtos contêm
hidrorepelente na formulação, como parafinas e ceras. Este tipo de produto
pode ser encontrado nos acabamentos transparente ou scmitransparcnk, sem
a formação de barreira de proteção. O produto no acahumcnto
semitransparente contêm baixos teores de p1~mentos inorgânicos.
M.1 Sistemas de base aquosa . 'd ruma dispersã
:Sistemas de base aquosa são produtos constituí os po como 1atex
· . _ ºd mercado
, ?
p1on-.
aquosa
contendo resma em emulsao, conheci os no . ' . :• entos
0 1
~ Sol.Ute x
teor de sólido 20-50 % (massa)
Eatjglo 1
Evaporação de água
coalescAncla
Estágio li ~
Deformação de partículas
T~TMFF Empacotamento e deforma ção
das partículas
Estágio Ili
tf:;:JfüíVHJJ;gJ;Jt;f1:::Jaifo:;f;i}:d
Cura T> Tg Formaçã o de filme rígido
T: temperatura
TMFF: Temperatura mínima de formação de filme
Tg: Temperatura de transição vítrea
Figura 9 - Estágios da formação de um filme à base de dispersão aquosa (látex) (UEMOT O, 1998).
ocorre princiJ?almente q u ~ d o po
não está exposta à luz. Quanto
óleo ou maior a quantidad mais ins
e de duplas conjugadas, m
amarelecimento. A combinaç aior a
ão inadequada de secantes ou
a presença de agentes químic ambientes ú n i
os também favorece o amarele
o polímero é formado por meio de u cimento.
bifuncionais chamado de es ma reação de ácidos com
terificação. A reação entre u
poliácido resulta e m um po m poliálcool com
liéster, que é uma resina dur
vegetal é introduzido para au a e quebradiça. O 61
mentar a flexibilidade d a resin
Figura 10. A secagem se pr a, conforme ilustrad
ocessa ao ar, e a velocidade
velocidade de oxidação do ó de secagem depende d a
leo usado na síntese.
1
A isomeri a gc . . . , . de estereoisomeria dos alcen
entre o isóm, ro
etrica (ou 1somena c1s-trans) e
- · e
um ttp o d d dupla ligação ou
o
no
s e cicloalcano s. ~ distinp
1 no que os substitu
mtes es ao n o m esm o 1a o a m esmo lado do c1cloalcana;
eo isômero n que estão no lado oposto d r _ 0 u em lados opostos do cicloalcano
a dupla igaçao .
as alquídicas podem ser . puras, resu~tado da polim~rização de
t!PA·a ., ·n
coois com poliácidos, ou monoác1dos, ou modificadas com resma fenólica
"' .
~-11i~1.11.,"'tãnicos e outros.
,
o
/\
-C-CH 2
1
H
Grupo glicidile
Figura 11 - Grupo glicidila ou epóxi (Fonte: GNECCO, MARIANO e FEh.N s. 2005).
'Pó~j b'IC
NH;rR-NH- CHrCH..f;; ;;:::-,
1~.
ÓH ~H-cHrN i-1-R-NH
2
Figura 12 - Na cura das resin , . OH
as epóx, há fo
(Fonte: GNECCQ, MARI nnação de uma cstrutu ..
ANo e FERNANDES, ~~dunc1111ona1
200
Também pode ser utilizada a poJiamid
vantagem de aumentar o tempo de .d ~ ~orno agente de cura
. 1· - v1 a utiJ (
útil para a ap icaçao da resina a ,
. , que tem a
por 1ife), que significa t
d
pro ~to. A - ' pos
proporçao de mistura . d" a mist d O empo
ura os bicomponentes do
respeitada para a formação da pelícuJ ·~ rca~a pelo fabricante deve ser
a forma ?e apresentação do produto e: fo~s Figura~ 13 e 14, estão ilustradas
do Brasil, 2007). Um excesso de ma de mistura (Sherwin Williams
quebradiça , ao passo que um exce~~:~onen te B torna a película dura e
mole e pegajosa. Em caso de resina e , ~ componente A torna a película
6
complexada ( cetimina) e é liberada sopoxi monocomponente, a amina está
de umidade. mente apósª aplicação, em presença
COMPON ENTE A
(B ªse Pigmenta d a)
COMPON ENTE B
AGENTE "(catalisa dor) "
DE CURA
Figura 13 - Tinta epóxi bicomponente: o componente A é a resina epóxi e componente B é o agente de cura
(Fonte: SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL, 2007)
6
Partícula COITí maic, de um tipo de átomo que se apresenta numa fonna estável. Geralmente são espécies químicas
orgânicas, cícl 1 .1c1clicas, que possuem elétrons livres, ou seja, pares eletrônicos não_compartilh~~os. De acordo
com a posiçãü hc teroátomos, obtém-se uma confonnação que apresenta uma cavidade, penrutmdo a entrada
de íons metál ulrando na formação do complexo.
---- A ••
-- --
1-\lum 14 Tinto cpóxi bicomponente: no primeiro caso. a mistura cS1á COrTCta: n o ~ a-~...,._,_
incorreta (Fonte: SHERWIN WILLIAMS 00 BRA5ll.. 'lllJ7J.
H O
1 li
R1 - N : C : 0 + OH - R2 ~ R1 - N - C • Q - Ri
lsoclanato + Composto polihidroxilado -? Poliuretano
Figuni 15 - A renção do gmpo isocianato com grupos hiclroxila presentes em poliéslf:res fo;:,. ,,,-fr ~
(Fonte: SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL. 2007).
-11.6J voe
o VOC é definido pela norma ASTM D 3960-05 (ASTM )
t " · 1 . . , 2005 como sendo
quaI_qu~r com00p4o/.s42o'CorEgaru(DclARio
que Participa de reações fot9ciuímicas na atmosfera.
A Drret:Iva 2 ,, O OFICIAL DE LA UNIÓN EUROPEA 2004
O
LJ43/89)_~efine VOC como qualquer composto orgânico que tenha ponto'.f~
ebuliç~o lillCI~ ~enor ou igual a 250ºC a uma pressão padrão de 1O1,3 k.Pa.
As tintas, pnnc1palrnent~ _aquelas de base solvente, como a tinta a óleo, o esmalte
sintético e os produtos a~xiliares usados durante a pintura, como aguarrás e thinner,
emitem à atmosfera hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, hidrocarbonetos
contendo halogênio, cetonas, ésteres, álcoois, os quais, em meio ambiente externo,
contribuem para a formação do ozônio troposférico ("smog" fotoquímico). que tem
efeitos prejudiciais à saúde, principalmente para a população que faz parte de
grupos vulneráveis a este agente. Os hidrocarbonetos (VOCs), em combinação com
os óxidos de nitrogênio, a radiação UV presente na luz solar e o calor reagem entre
si, fonnando compostos oxidantes, como o ozônio troposférico, responsáveis pela
formação da névoa fotoquímica urbana.
A emissão se inicia na fase final de construção, principalmente durante as
operações de pintura e secagem, bem como nas primeiras idades de ocupa~ão. As
substâncias emitidas durante a execução da pintura podem afetar a saude do
trabalhador, resultando em problemas de saúde ocupacional e prejuízos,, na sua
produtividade. As emissões ainda podem ocorrer durante todo o penodo de
''
água 150 100
Interior/brilhante
Grau de brilho>25@60°) solvente 400 100
75 40
Exterior
''substrato mineral)
Interior e exterior (madeira e metal)
água
solvente
água
450
150
430
130
'' \
solvente 400 300 1
Interior e exterior água 150 100
l
vernizes e "stains") 400
'i:;"undo anticorrosivo
~'Primers"
solvente
água
solvente
500
50
450
30
350
'\1
Fundo preparador água 50 30 1
-50
solvente 750 1
Revestimento de alto desempenho água 140 1-40 ;
monocomponente solvente 600 500 1
!Revestimento de alto desempenho água 140 1-40 1
bicomponente solvente 550 1 500 \
Revestimento multi colorido água 150 1 100
solvente 400 1 100 1
IRevestimento de efeito decorativo água 300 1 :oo 1
solvente 500 1
_oo 1
-
~e
es pe ci fic aç ão do si st em a de pi nt ur a, am da de , ~ ca
serem pintadas.
a se gu ir di sc rim in ad as · . \er
observadas as recomendações m o ~
Com re la çã o à t e ~ ac ab am en to fo sc o é ~r ef en do _ co
0
decorativo. poi evita a re fle xã o da lu z e es co nd e as 1r re gu la n~ de s da ~ ~
m en os ad eq ua do _ qu an do ha ne ce ss id ad e
a ser pintada. É O acabamento
resistência à abrasão e facilidade de lim pe za , de vi do ao se u al to P\ 'C . i ,.
menor teor de resina no produto e, po rta nt o, m en or co es ão e ~ ~ as Pa ní cu Ja s e
am en to co m te xt ur a pe m nt e co bn r rrr eg ul ar i · -
proteção ao ubstrato. e o acab
e dar determinados efeitos decorativos. es té ~c o, de ve er le llk ,~
Com relação à escolha das co re s, al ém do ef ei to
que as pinturas escuras em fachad a ex te rn a ab so rv e~ m ai s ca lo r do qu e as e. a; _
s qu en te e in te rf en nd o no co nf or to té nn i- - ~
tomando o ambiente interno mai
do tin ta s fo rm ul ad as co m pi gi ne =- _
ambiente. Hoje. já ex is te m no merca
) co m ca pa cida de de to m ar a ~ ..
coloridos e cal1!as (esferas cerâmicas
br ar qu e os pi gm en to s or gâ ni co s, co re s ~
reflexiva. É im po rt an te lem
su sc ep tív ei s à ra diaç ão so la r e al ca lin i& à.
vermelhas. de mcxlo geral ão mais
ríod o de ex po si çã o ao in te ~. ..: .c -- .
resultando em alteração de co r após curto pe
tin ta s de co re s es cu ra s ca us am ~ ~
A lé m disso. superfícies pintadas com
s de sa is br an co s pr ov en ie nt es da pr es er r~ ~
contraste na presença de depósito
s de ba se ci m en tíc ia em qu e há so lu bi li z2 ~ ~
umidade em substrato- minerai :>
47.8.2.l Luz
Nos materiais de base orgânica, a radiação solar, particularmen te a
ultravioleta, é o principal responsável pela iniciação do processo de
degradação. O material torna-se quebradiço , há alteração de cor devido a
presença dos grupos cromóforos nas macromolécu las ou nos aditivos.
resultando na absorção da radiação U.V. que favorece reações fotoquímicas.
denominadas fotodegradação. A luz solar que atinge a superfície da terra
tem comprimento de onda entre 290 nm a 3 .000 nm e materiais orgânicos.
os grupos cromóforos absorvem na faixa de U .V., isto é, em comprimento
de onda abaixo de 400 nm, com maior potencial para a ruptura das ligações
químicas. O efeito fotoquímico é o parâmetro decisivo na degradação doli
polímeros. Nesse processo, o teor de UV entre 280nm a 400 nm é a radiação
decisiva.
Quanto menores os comprimento s de onda, maior é a ~ua energia
~bsor_vida p~la. maioria dos materiais , e maior o potencial para a ruptura das
hgaçoes qu1m1.c as. <? conhecimento da distribuição dos comprimento \ de
onda .e_ suas mtens1dades são de elevada import un1.:i a n )S 1.:n"'aio~ de
expos1çao ao envelhecimen to , natural ou acelerado .
41 B.22 Calor
Á temperatura tai:nbém é u111 ti t
d gradação. No meio ambiente : or de. in:q,orUlnci:à qr~1?;r::;~-,~~it,>,~--~,;.,~J~,,ii'i
:ração do ano e os fenômenos ~ete~alor !&lia confottne: ~~~ dtt
e rn eratura é usada como um d ro!ólícos como a • ~adtr, '*
ce tr~tanto. ela é diferente daquela es<:ntor do Calor cbu"9a _ou- .a neve. A
enova presente nas edificações O intexistente na superfí~· 0 tnde,.o ambiente;
pr , . p . é .. emperism ie os c0tpo~de-
s uperfi c1 e. or is~~· muuo mais i o, geralmente, é um efeito de
.111peratura superf1c1al dos materia· mportante O monito d
te b. t N .
meio am 1en e. os ensaios de inte is nos
. en .
sa1os do que existe teramento a
O
utiliza a "temperatura do painel negr:p(eAriSsmTo acelerado, nonnalm~te ~:
M, 2006).
47 _8.2.3 Umidade
A presença de água sob a forma , .d
1
r
na durabilidade dos materiais, poi~q~l ou vapor tem grande influência
ocorrência da degradação química e e_a que fornece os meios para a
meio Nos materiais poliméricos as' ocas~onada por agentes químicos do
· 1 d
oxigênio, resu tan o em reações de ' reaçoes
.d _ mais comuns ocorrem com
hidrólise e com os ácidos causando oxi ~çao: com a água causando 0a
causadas pela água, existe uma grande i:t:cidóhse: N_as reações químicas
Os efeitos des~es agentes se sobrepõem. rd epe nd encia com a temperatura.
A água (um1dade) pode ter origem de d'
água de chuva, orvalho ou condensação Eliv~rsas ,formas, como umidade,
aterial por processo físico e na-
O
·, .ª ambem pode causar danos ao
arllJelJ~ m ·dade podem causar não , qu1m1co :.. A absorção e d esorçao - de
cesso de um1 _ _ so a expansao volumétrica através da
concentraçao de tensoes dentro de um material b, f -
devido h d ·d O , como tam em a ormaçao
de bol as evi ao excesso de umidade entre o substrato e a película.
aditivo
Uírnicas 47.8.2.4 Biodegradação
da terra' A biod~grad~ç~o _está relaci?nada c~m degradação química causada por
" .
~nicos ataque m1crobiolog ico. Os m1crorgamsmos produzem uma variedade de
:unemo enzimas que reagem com os materiais poliméricos. As tintas são mais ou
igações menos sensíveis à biodegradaçã o conforme a natureza dos seus principais
ão dos constituintes. Os elementos responsáveis por essa degradação são de
diação diferentes naturezas, os quais são potencialmente induzidos pelas condições
do meio ambiente. As tintas látex acrílicas, que têm como solvente a água.
possuem maior porosidade comparativamente às tintas à base de solvente e,
portanto, maior facilidade à penetração de agentes agressivos, como a água
de chuva ou a deposição de poluentes do ar. O resultado é maior facilidade
ao desenvolvim ento de microorgani smos. Além disso, por apresentarem na
sua formulação maior quantidade de nutrientes, prove_nientes de_ aditivos
estabilizador es e espessantes , como as celuloses mod1f1cadas, sao muito
mais susceptíveis aos agentes biológicos (MORTON, 1990).
Nas tintas látex, ainda há grande diferenciaçã o entre os produtos, causada
. dade de biocída adicionada à formula "
o e peJa quan t1 • d PVC elevado 0 ç"º
0 PVC do próprio matenal. que As e. .t . d . P ssue...'.
. 0 fac1 11 a am a mais o de 6 :••
êntofosco e textura ma1s rugosa., quais aceleram P sito
ujeiras e de materiais orgânico s • os sofrem biode . ª sua
õdeteriora{!ão. Os pigmentos também ã b " ~radação
.,. e rmulaç o ase organica· ·á ,
ét'ltincípalmente quando contêm'dem sua
r . . ·
''!
erais são mais
. .·
res1s
·t t .
en cs a ess
• J os
.
inorgânicos constituídos por 6 x1 os mm e hp 0
de degradação. . 'd d de penetraçã0 d
De modo geral pinturas com maior capaci ª e _ e águ . .
' ·
resultam em superfícies com maior capaci ª e 'd d de retençao _ de · ·
SUJe1ra e 'l
tamento
, mas
"'O'
Métodos
BR15382-06
cor de sólidos
STM D3723-0Sel
eor de sólidos. resina e pigmentos
STM D 3677-10
dentificação da resina por IV
oder de cobertura úmida
.1d · trumental
empo de secagem por me ª ms
d
em fase de consulta nacional
ore diferença de cor
rilho
rau de empolamento
rau de craqueamento
rau de calcinação
fanchamento por água
;J>oder de cobertura seca
· brasão úmida sem pasta abrasiva
brasão com pasta abrasiva
ureza Kõnig Rl4946-03
Película seca
;Porosidade em película Rl4944-03
15.29-029
47.9.3.2 Massa niveladora
15.29-013 . No Quadro 9 está apresentada a especificação de requisitos mínimos para massa
ruveladora mono-componente à base de dispersão aquosa para alvenaria confonne
a ABNT NBR 15348-06. Tintas para construção civil - Massa niveladora
monocomponentes à base de dispersão aquosa para alvenaria - Requisitos. Este
produto é indicado para nivelar, uniformizar e corrigir pequenas irregularidades
em superfícit=~s de alvenaria. Os produtos são apresentados com dois níveis de
qu~dade, sendo um para aplicação sómente em ambiente interno e outro para
aplicação em ambiente interior e exterior. As massas não devem apresentar
ele~ada absof .10 de água, 0 que mostra a sua susceptibil~d~de .ª ~sse ag~nte, e ser
facilmente Ja ,, propriedade avaliada por meio da res1stencia a abrasao.
~ ' , .: , , , • -ftrr,ac oiveJadOra5 interior C interior OU Cllte .
,:UIJllfe mínuno dos ~uisitos e cn~nos para 11
- nor.
Critérios de desempenho
Interior/Exterior
I nterI or
47 .9 .3 .4 Verniz
No Quadro 11 está apresentada a especificação de requisitos mfuimos para vernizes
sintéticos brilhantes de uso interior conforme o Projeto de norma ABNT/CB-2 _
Tintas para construção civil - Verniz brilhante à base de solvente para uso interior _
~equisitos de desempenho de tintas para edificações não industriais. Estes produtos
sao recomendados apenas para aplicação em superfícies internas de madeira e metal.
Quadro 11 - Limite mínimo dos requisitos e critérios para verniz brilhante a base de solvente para uso interior
30/12/2005
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17/07/2006
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15/01/2007
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