Émile Durkheim
Especialização > Movimento que se em excesso enfraquece laços sociais > Anomia
Aplicações atuais
Max Weber
Contextualização
Referenciais teóricos:
Durkheim
Apesar da especialização ser algo próprio da modernidade, é preciso ter cuidado para não
chegar nesse enfraquecimento dos laços que é a anomia.
Ele não está sendo determinista quanto a ocorrência desse enfraquecimento, mas sim
chamando atenção para ocorrência desse desvio.
Apesar de não prever o que ocorre hoje DK já se preocupava com o isolamento em virtude
da superespecialização.
Anomia para DK era o estado de desregramento social. Seria uma situação em que a
sociedade tivesse um estado de confusão em que as regras deixassem de existir. Pode ser
pela ausência de normas ou pela sua não eficácia.
O conceito de anomia é usado para discutir questões na contemporaneidade, v.g.
ineficácia das normas. Uma norma eficaz é revogada (retirada do mundo jurídico) ou
aumentada a sua punição para assegurar o cumprimento da norma (Lei Seca – cuja pena
foi aumentando para garantir seu cumprimento e diminuir o estado de anomia).
Um segundo fenômeno “Ausência de Poder” que são partes da sociedade deixadas pelo
estado, v.g. Partes da cidade que não tem escola, creche, que deveria ter uma presença
política do estado, e esta ausência de poder pode gerar anomia (desregramento social pela
ausência do estado).
MAX WEBER
TIPO IDEAL:
* Recurso Abstrato
* Realidade Indução
* Criar tipologias puras
* Racionalidade/Utopia/Unilateralidade
Dominação legitima:
Tradicional
Carismática
Racional-legal
Weber está no mesmo contexto histórico de Durkheim e inclusive morre 3 anos depois
deste. Então a realidade observada é muito semelhante. Sofre impactos das revoluções
francesa e industrial. Também se preocupa em entender a chegada da modernidade.
* Também traz economia para seu estudo, mas não a vê (a economia) como fator
preponderante. Ele vê politica, economia e etc... como fatores que estão relacionados.
Diferente de Marx para quem a economia é o fator preponderante das relações sociais.
Em comparação com DK, enquanto DK faz esforço para criar uma ciência social –
formular leis e regras para estudo dos fenômenos da sociedade, em Weber não temos esse
traço, ele traz o peso da história e para ele enquanto cientista social nunca será possível
alcançar toda a realidade social, sendo assim não é possível a ele formular uma lei que
explique um fenômeno social de um local distante do seu campo de observação
(fragmentos da realidade). Em síntese, Weber também vai tentar formular uma ciência
social, mas ciente de que observa fragmentos da sociedade, sabe que não poderá fazer
leis.
Raciocínio dedutivo = parto do geral para o particular (o que geralmente é feito no Direito,
partimos da norma para aplicação no caso concreto).
Raciocínio indutivo = parto do particular para o geral.
Tipo ideal = Tipologia pura, induzida da realidade, mas que não corresponde a nenhum
das realidades observadas.
O Tipo ideal é uma realidade-indução, pois a partir dos elementos comuns entre as várias
“religiões” eu chego ao um tipo ideal/conceito sociológico de religião por exemplo. Com
o Direito fazemos a mesma coisa, pego o que é comum entre os vários Direitos e crio um
Conceito.
A finalidade disto (Tipo ideal) é servir como recurso abstrato teórico para o estudo. Ou
seja, os conceitos que a Sociologia utiliza são tipos ideais. Estuda-se um recorte da
realidade, que corresponde a um tipo ideal que não pertence a nenhum dos recortes (Ex:
Tipo ideal: Religião; Recorte: Igreja pentecostal). A correspondência é unilateral
(Apenas um dos aspectos está sendo observado para construção desse tipo ideal). Ex:
Licitação pregão eletrônico, que é uma modalidade de licitação, logo, no trabalho de
mestrado a pessoa diz que está falando do tipo ideal licitação, isto é, ele não tem
condições, ou até mesmo não desejo, abordar todos os tipos e modalidades e
particularidades sobre licitação mas sim fragmentos desse conteúdo, dessa realidade.
O tipo ideal é também unilateral, pois o que observo através de indução é apenas uma
das interfaces da realidade. Reconhece-se que existem lados que não são observados.
As realidades práticas me levam a criar o tipo ideal (ex: religião) que é uma espécie de
tipologia pura.
DOMINAÇÃO LEGITIMA
Dominação legitima é toda forma de dominação em que o indivíduo não se percebe como
dominado (a vontade do dominador é incorporada em forma de comportamento). É
legitima pois não tem uma força que obrigue o indivíduo, mas sim, ocorre a incorporação
da vontade do dominante. Não necessariamente ocorre um prejuízo ao indivíduo
(diferente de Karl Marx na Alienação).
Weber defende a burocracia estatal, mas seu conceito é totalmente diferente da ideia
que temos hoje. A burocracia é um caminho para dar ao estado a racionalidade que Weber
vê como positiva. Estamos falando de um estado saindo do regime monárquico, para o
estado constitucionalista. Era necessário burocratizar o estado para fugir dos vícios da
monarquia (Contraponto ao Patrimonialista).