Londrina
2008
Sumário
1 Introdução ................................................................................................... 7
2 Fundamentação Teórica .............................................................................. 7
2.1 Diferentes Visões de Metodologias de desenvolvimento ................... 10
2.2 Organização centrada na visão vertical x horizontal .......................... 12
2.2.1 Limitações que a visão tradicional das metodologias de
desenvolvimento provoca à implantação de BPM ..................................... 12
2.2.2 Importância dos recursos humanos no sistema de gestão de
negocio 14
2.3 Vantagens e desvantagens do BPM .................................................. 15
2.3.1 Interação entre desenvolvedores e analista de negócio ............. 15
2.3.2 Tipos de problemas nas implementações ................................... 16
2.3.3 Quanto à seleção da solução e com o projeto da aplicação de
BPM 16
2.3.4 Quanto à aplicação de BPM........................................................ 17
2.3.5 Quanto à utilização da aplicação de BPM ................................... 18
3 Modelagem de Processos de Negócios .................................................... 19
3.1 Processos de Negócios ...................................................................... 19
3.1.1 Processos de Governança .......................................................... 20
3.1.2 Processos de gerenciamento ...................................................... 20
3.1.3 Processos operacionais .............................................................. 20
3.2 Principais tipos de processos de negócios ......................................... 22
3.3 Princípios de modelagem para desenvolvimento de sistema ............. 22
3.3.1 Aderência .................................................................................... 22
3.3.2 Relevância .................................................................................. 23
3.3.3 Custo x Benefício ........................................................................ 23
3.3.4 Clareza ........................................................................................ 23
3.3.5 Comparabilidade ......................................................................... 23
3.4 Tipos de visão global de processos ................................................... 23
4 Ferramentas para Modelagem de Processos de Negócios ....................... 25
4.1 Soluções que geram código ............................................................... 27
4.2 Soluções Open Source ...................................................................... 27
4.3 A escolha de uma solução BPMS. ..................................................... 27
4.4 Classificação das ferramentas de TI com aplicações em BPM .......... 28
4.5 Aplicação na implantação e execução de processos ......................... 31
4.6 Aplicação no Controle monitoramento ............................................... 32
5 Conclusão ................................................................................................. 32
6 Definição de Processo............................................................................... 33
7 Estudo de Caso ......................................................................................... 33
8 Modelagem do estudo de caso.................................................................. 35
9 Conclusões e trabalhos futuros ................................................................. 35
2
ALEXANDRE ROVERE CALVO
3
2008
Mensagem
4
DEDICATÓRIA
5
AGRADECIMENTO
A minha família, meu pai Elizeu, mãe Edir e irmã Juliane pelo apoio
quando mais precisei para poder realizar o curso de pós-graduação.
Agradeço a meu grupo de trabalho onde desde o primeiro dia em que foi
definida conseguimos trabalho pontualmente e seriamente para realizar todos
os projetos solicitados em aula.
6
Gerenciamento de Processos de Negócio
BPM – Business Process Management
1 Introdução
2 Fundamentação Teórica
7
A proposta do BPM é não forçar uma organização para conduzir-se ao
caminho certo e formal, e sim de preferência para entendimento da conduta
direta dos princípios e conceitos do BPM. Considerando que o conhecimento
de processo requer tempo e esforço considerável2.
O rápido sucesso do BPM tem motivado nos últimos anos os
departamentos de marketing e venda como também a indústria de analistas2.
Apesar de ser um renascimento de velhas idéias, o BPM está crescendo
rapidamente nos últimos cinco anos. Muitos tipos de produtos e serviços foram
incluídos nesta categoria, tanto aquelas de modelagem de processos de
negócios, BPR (Business Process Reengineering), automação de processos de
negócios, integração, análise e monitoramento de processo e sistemas de
gerenciamento de fluxo de trabalho2. Alguns autores pensavam que BPM foi
originado em BPR, mas na realidade foi referido ao pensamento coletivo
associado com BPR, e em menor grau, com continuação de desenvolvimento e
mudança de processo. Apesar de sua expansão, a definição de BPM ainda
está focada na idéia de regerenciamento de processo de negócio2.
O BPM é a disciplina que hoje mais interesse desperta no ambiente
empresarial. Todas as iniciativas modernas de administração como BSC,
ISO9000, Custeio ABC, Six Sigma, SOX, ISO 14000, necessitam da visão de
processos3.
Portanto nota-se que BPM envolve a descoberta, projeto e entrega de
processos de negócios. Além disso, inclui o controle executivo, administrativo e
supervisionário mesmo4.
BPM é a gerência de processos de negócios, entretanto está sujeito a
eventos positivos e negativos que certamente afetarão o processo, assim como
ocorre em todo negócio e em todo processo que resultam em um negócio ou
em parte dele3.
Um projeto de BPM não é algo que possa ser implementado como um
projeto estanque, visto que demandará uma evolução da empresa rumo ao
nível elevado do modelo de maturidade do processo5.
BPM é despertado nos executivos de negócios os seus benefícios e
melhoras práticas5. Porém a sua implementação exige executivos de alto
escalão, responsável pelo macro processo com esforço, determinação e
autonomia para promover as mudanças necessárias ocasionadas para evitar o
dispêndio de energia e o descrédito da empresa6.
A gestão por processo é uma poderosa ferramenta de apoio à empresa
inovadora. O potencial de BPM vai além de fornecer ferramentas de visibilidade
e gestão de processos ponta-a-ponta, supera o desafio de informação e
atividades manuais, e ultrapassa a gestão da cadeia fornecedor – cliente7.
Em uma empresa orientada a processo, a tecnologia BPM (modelagem
de processo, automação, monitoramento e análise) disponibiliza do processo,
de forma que se promova inovação por instinto, experiência e observação.
Conforme Peter Drucker “nos negócios”, a maioria das inovações bem
sucedidas não vem de um momento genial, mas de um esforço consciente,
proposital e deliberado na busca por oportunidades. Portanto, a empresa
orientada a processo tem maior capacidade de inovação7.
Os benefícios do BPM são conhecidos como forma de gerir negócios de
modo que tal conceito vem se difundindo intensamente nas grandes
organizações. O BPM é tanto uma estratégia corporativa quanto um segmento
do mercado de software, além de ser uma nova cultura de gerir negócios. O
8
foco é a gestão da eficiência dos processos de negócios. Vivenciados pela
organização, proporcionando novas oportunidades profissionais em um
mercado cada vez mais enxuto e instável8.
Dessa forma, BPM deve ser uma preocupação primordial dos gestores
da empresa, que se devem comprometer com a eficiência e com a
rentabilidade do seu negócio. Guiados pela estratégia da empresa, os gestores
buscam executar ciclos completos de gestão dos processos, mapear,
redesenhar, implementar, monitorar e otimizar seus processos valendo-se para
isso das ferramentas de BPMS1.
BPM, portanto, é um conceito proveniente da necessidade gerencial, o
qual pode e deve ser apoiado por ferramentas de TI para facilitar ao máximo a
gestão de processos. Assim, o público-alvo de BPM deve incluir desde as
pessoas ligadas à gestão de negócios até os profissionais de TI envolvidos na
implantação das ferramentas de apoio1.
Conforme demonstram as pesquisas, é cada vez mais necessário à área
de TI das empresas possuir conhecimentos mais profundos sobre os processos
de negócios, proporcionando o completo alinhamento das soluções de TI aos
objetivos estratégicos do negócio8.
Segundo Gartner, evidenciou-se que as organizações se encaminham
para uma nova área de atuação com características específicas, seguindo-se
inclusive, a mesma linha de pensamento desde o primeiro executivo da
categoria de processos até a última função especializada8.
A estratégia de BPM pode atribuir diversas funções aos diferentes
papeis na organização. As iniciativas de BPM devem adaptar-se às exigências
diversas. Antes de pensar em BPM, os usuários devem avaliar a prontidão da
empresa para pensar em processos8.
Para garantir a efetividade das soluções e da utilização da tecnologia
BPMS, é necessária uma visão corporativa na qual se insere cada um dos
fluxos de trabalho, entendendo-se a relação entre fluxo e a estratégia da
empresa como forma de alinhá-los aos objetivos estratégicos. Esse tipo de
visão incorpora também a cadeia de valores, de modo que possibilite entender
o fluxo de atividade necessário para geração de produtos, independentemente
da divisão funcional da empresa8.
Sabe-se que a cadeia de valores é o conjunto de fatores responsável
pela transformação dos recursos externos do negócio, em produtos e serviços
percebidos como soluções pelos clientes e acionistas. É composta de
processos, competências, lideranças, planejamento e estratégia, sistema de
gestão e decisão e, finalmente a organização8.
Observa-se que o aumento da competitividade do mercado aliado à
redução dos custos de tecnologia ao longo desses anos vêm provocando uma
migração do uso de recursos de TI do back-office para o front-office. Do
mesmo modo o conceito de uma empresa monolítica, proprietária de todos os
produtos, serviços e canais necessários para atender às necessidades dos
clientes estão sendo rapidamente substituídos por parcerias estratégicas,
empresas virtuais e cadeia de valores integrada8.
Lembrando que a estratégia, segundo Igor Ansoff, serve justamente para
moldar os processos para que eles atinjam os objetivos da organização de
modo a aumentar a eficiência, mitigar e resolver os problemas operacionais7.
No entanto existe uma grande distância entre estratégia operação. Até o
momento a literatura mostra que é raro encontrar empresas com pessoas de
9
todos os níveis organizacionais conheçam a estratégia e os objetivos do
negócio. É ainda mais raro encontrar pessoas que entendam como seu
trabalho contribuiu para a estratégia da organização9.
Embora seja evidente a necessidade de alta direção para acompanhar
de modo eficaz a execução dos processos, com uma gestão efetiva do
alinhamento estratégico8, como também alto grau de adequação dos recursos
de tecnologia da informação frente às necessidades dos processos a fim de
garantir a excelência e alcançar os objetivos do negócio8. Ainda há estudiosos
como Hélio Pereira que conclui que não só é viável, mas recomendável
executar projetos de BPM e BPMS independente do nível de maturidade
estratégica da empresa. Por fim pode-se concluir que a solução completa de
BPM envolve etapas como (Re)desenho, implementação, execução e
monitoramento. Os projetos de BPM não necessariamente devem iniciar por
uma etapa de desenho ou modelagem, pois pode acontecer situações em que
o processo já está definido, implementado e executado por sistemas
proprietários como, por exemplo, um ERP integrado com outros sistemas
legados. Isso mostra que o problema da empresa motivo que a levou a uma
solução inicial de BPM pode estar na falta de monitoramento de um processo
já existente e execução10.
10
Por definição, “sistema” trata-se de um conjunto de elementos inter-
relacionados que interagem no desempenho de uma função. Toda organização
é em princípio um sistema, e o que relaciona os elementos de uma
organização são as pessoas e os processos executados por elas11.
Para Anthony Stafford Beer, grande parte dos problemas empresariais
justificam-se pela incompreensão acerca do funcionamento de seus sistemas.
Cada vez mais, será necessário estudar e entender o conceito de totalidade.
Uma ação que produz mudança em uma das unidades pode produzir
mudanças em todas as outras. As organizações que funcionam como sistema
fechado segundo a termodinâmica, estão no estado final da sua evolução no
ponto em que o sistema esgotou sua capacidade de mudar. Desse modo, seus
subsistemas não interagem e ela não interage com o meio externo, perdendo,
dessa forma, sua flexibilidade de adaptação11.
Se não conhecer seus processos de negócio por meio de uma
abordagem sistêmica, dificilmente uma organização terá sucesso na conquista
de seus objetivos. Melhorou o “todo” significa melhorar cada parte de forma
harmônica11.
Abordar por processos significa derrubar as fronteiras funcionais e
caminhar em busca de eficiência e eficácia, tendo sempre as necessidades do
cliente como referencial absoluto. Significa desenvolver um processo sistêmico
na organização, devolver visão de totalidade, abandonar o pensamento linear e
trabalhar os círculos de influência11.
Ao aprofundar um pouco mais na gestão por processos e na abordagem
sistêmica, a organização analisa e estabelece seus objetivos estratégicos. Com
base nisso, prioriza os processos críticos da sua cadeia de valor e determina
os indicadores que lhe permitirão a medição de desempenho e a implantação
de processos de melhora contínua11.
11
Figura 2: Fases de desenvolvimento de software, adaptando-se a abordagem
clássica para as necessidades do desenvolvimento de sistemas
BPM.
12
sobretudo, todos os fluxos, sejam bem conhecidos, definido e imutável,
diferente de um projeto que envolva um workflow parametrizável12.
O problema é que a maioria das equipes desconhece essa nova
necessidade, ocasionando em omissão ou até confusão quanto às informações
referentes à modelagem de processos, e ainda, mais comumente, confusão da
modelagem do software com a modelagem do workflow12.
Quando esses problemas ocorrem, provocam um grande impacto no
desenvolvimento de um sistema, pois as mudanças que envolvem requisitos
são impactantes na arquitetura do software. Mudanças arquiteturais, que
podem se originar tanto em decorrência das mudanças de requisitos como em
decorrência das falhas de modelagem, produzem grande impacto na
codificação. É preciso, portanto estar ciente de que o processo de
desenvolvimento de aplicação BPM necessita de cuidados e metodologias
adicionais que não constam da engenharia de software padrão, e de que esses
cuidados não podem ser subestimados, tratados como meros detalhes de
desenvolvimento relegados às equipes treinadas nas metodologias
tradicionais12.
A relação entre processos horizontais x empresa verticalizada é uma
contradição interessante. Os processos horizontais colocam as pessoas em um
direção, a administração vertical tradicional coloca-as em outra. Conflito e
confusão que afetam diretamente o desempenho da organização. Até nas
empresas onde os processos foram correta e extensamente mapeados,
existem dúvidas quanto ao seu real proprietário, e mesmo quando ela existe,
suas ações efetivas sobre o processo ainda esbarra na hierarquia do
organograma funcional da empresa6.
Apesar das pessoas estarem habituadas a enxergar a empresa através
de sua estrutura organizacional, no entanto, tal visão não permite identificar
claramente o modo como às diversas áreas da empresa participam da geração
dos produtos e dos serviços disponibilizados para seus clientes internos e
externos. Essa dificuldade liga-se diretamente à visão organizacional
verticalizada ou por silos, feudos em que cada profissional tem sua tarefa
definida sob total responsabilidade do departamento, setor e área competentes,
até o limite da estrutura organizacional. Apesar de, atualmente grande parte
das empresas possuir suas estruturas organizacionais orientadas a funções,
chamadas estruturas funcionais pura. Esse tipo de visão não permite identificar
com clareza o que, como, e para quem a empresa executa as atividades. Além
disso, não contempla as áreas em que não estão definidas responsabilidades e
justamente nestas áreas que ocorrem muitas transferências de informação8.
Por outro lado, algumas organizações já aplicam a estrutura matricial, na
qual se mantém a estrutura organizacional, porém, acrescenta-se uma
estrutura por processos, de modo que permita analisar a contribuição de cada
atividade na geração de valor do negócio. Essa análise facilita a compreensão
da vantagem competitiva de uma organização, visão que permite delimitar o
contexto do negócio e identificar seus fornecedores e clientes internos e
externos8.
Ao contrário da estrutura funcional, a estrutura matricial transcende as
fronteiras organizacionais, permitindo-se uma maior integração entre as áreas,
a fim de se obter resultados que atendam aos objetivos estratégicos, táticos e
operacionais da empresa8.
13
Foi diante desse cenário evolutivo que começou a surgir uma nova
forma de pensar processo, isto é, em BPM, que funciona como uma nova
estratégia corporativa tanto quanto um segmento do mercado de software.
Lembrando que o foco é a gestão da eficiência e a eficácia dos processos no
negócio vivenciados pela organização8.
14
2.3 Vantagens e desvantagens do BPM
15
Nota-se, portanto que o atual desenvolvimento de sistemas BPM
apresenta não apenas desafios de metodologia, mas também técnicos
inerentes à tecnologia. A abordagem BPM é mais que escrever um sistema
convencional e envolve cuidados e metodologias específicas. Mais do que isso,
é necessário uma engenharia de software adequado ao desenvolvimento de
sistema que envolvem processos. Não basta uma equipe de negócio envolvida
no projeto. Mais do que isso é necessário um meio de integrar a equipe aos
desenvolvedores12.
16
produtos pode não ser bem implementado, resultando num projeto fracassado.
Em geral todos os produtos possuem suas peculiaridades e exige curva de
aprendizado que deve ser considerada. Isso se refere aos produtos em
desenvolvimento com lançamento de novas versões, com acréscimo de
funcionalidade e complexidade crescente e que o clientes não possuem
internamente pessoal qualificado para resolver as questões de ambiente de
desenvolvimento ou que não foram devidamente informados pelos
fornecedores. Desse modo, o projeto fica comprometido e seus objetivos não
são alcançados6.
17
muitas vezes inversamente proporcional ao grau assertividade desses
processos. Mas não por que o trabalho foi mal feito pela empresa de
consultoria e sim por que foram desenhados com foco na regra principal do
processo e sem um completo detalhamento das exceções, sendo que os
projetos evoluem e se modificam e seus desenhos ficam desatualizados e
assim a medida que desenvolvimento vai se desenrolando, fica evidente um
desencontro entre a teoria e a prática e como projeto já está em
funcionamento, a equipe de desenvolvimento faz modificações enorme,
aumentando a complexidade do desenho do projeto e incrementando a lista de
exceções, prejudicando a validação dos processos desenvolvidos no projeto.
Outros pontos muitas vezes negligenciados diz respeito à escolha da notação a
ser utilizada no mapeamento dos processos. A importância dos padrões
escolhidos para realização de um bom trabalho, se faz necessário para não ter
que tentar implementar, através de uma solução que não oferece suporte,
acarretando atrasos pelas alterações nos desenhos e codificações de
elementos não previstos6.
Percebe-se que as empresas que iniciam um projeto de BPM por uma
revisão efetiva dos processos, desenvolvidos por profissionais experientes,
independentes e conscientes das demandas desse tipo de projeto, diminui
drasticamente os problemas do desenvolvimento e o risco geral do projeto6.
18
2.3.5.2 Dificuldades para implementação das mudanças
19
programá-lo de maneira que ele não possa ser alterado, ou a possibilidade de
flexibilizar e permitir alterações em um requisito do sistema que não deveria
obter mudanças12.
O modelo proposto por Shur(2006), divide os processos em três
categorias:
20
A visão por processo nas organizações pode se apresentar de diferentes
maneiras e a medida que isso se difundi as formas contemporâneas de
racionalização tendem a ver as organizações como um feixe de processos,
sendo que alguns deles pertencem a um departamento denominado intra-
funcionais, enquanto que outros são trans-funcionais pois, atravessam
departamentos como mostra as Figuras 3 e 4, lembrando que a visão por
processo procura entender o que precisa ser feito e como fazê-lo onde as
tarefas não são definidas exclusivamente em função dos departamentos da
organização. Observe que na Figura 4 um processo pode cruzar
departamentos e solicitar serviços de cada um deles, dependendo da atividade
a ser executada4.
Apesar dos processos nem sempre correrem de acordo com o modo
previsto, as técnicas contemporânea buscam esclarecer a contribuição de cada
processo para agregação de valor, como também para geração de saídas
indesejadas (ISO 14000) e para o controle do desempenho e ainda para a
responsabilidade social da empresa. Considerando sobretudo que o modo
como os processos ocorrem de fato dependem muito de seu contexto e de seu
conhecimento disponível4.
Dificilmente os departamentos deixariam de existir por conta da visão
por processo, uma vez que as inovações não abolem a visão funcional que
continuar sendo útil em muitas as situações gerenciais. Sendo assim a
quantidade de departamentos pode até diminuir, alterar as responsabilidades,
descentralizar, usar estrutura e matriz, mas isso não diz que deixará de existir a
estrutura hierárquica na forma de organograma como é de costume4.
Os objetivos da modelagem de processos de negócio é obter
entendimentos de como a empresa funciona internamente4.
Os artefatos como organogramas, diagramas de posicionamento, fluxos
de processos são formas visuais de compreender o que as pessoas fazem no
dia a dia de suas atividades, e servem como ponto de partida para outros
estudos, como melhorias nos processos e estimativa de custos por atividades,
como também propicia a forma correta de compreender os processos
corporativos13.
A modelagem de processos de negócios é importante pois nos faz
compreender a empresa e os mecanismos que foram utilizados para que
funcione. É fundamental não apenas como etapa pré-desenvolvimento de um
sistema, como também para adequação de uma solução de mercado, como um
ERP, CRM, etc13.
Sabe que as disciplinas de modelagem de processos tiveram destaque
no final da década de 80 e início da década de 90 através de estudos de
cientistas como Michael Porter. Neste período os estudos matinha o foco em
administração de empresas centrando esforços em como as empresas
poderiam ser melhoradas em termos de estrutura organizacional. Foi
observado que os processos de construção das empresas eram feitas de forma
desestruturada, onde os novos departamentos e processos eram criados
conforme a demanda. Talvez até não comprometessem a saúde da empresa
se o mundo não fosse globalizado. No entanto diante do uso da internet e
conseqüente globalização, as empresa grande começaram a competir com as
empresas pequenas, de igual para igual, e a necessidade por uma redução de
custos e melhorias de processos junto ao cliente se tornou necessária para
garantir a sobrevivência num ambiente competitivo. Nessa época o foco dos
21
estudos era como melhorar os processos, embora a equipe se esforçasse de
modo isolado para resolver tais problemas estes esforços ainda não estavam
integrados para formar o conceito conhecido com hoje solução BPMS13.
3.3.1 Aderência
22
Utiliza-se de técnicas de levantamentos de validação de modelos e
simulações a fim de aproximar o modelo o mais próximo da realidade da
empresa14.
3.3.2 Relevância
3.3.4 Clareza
3.3.5 Comparabilidade
23
Figura 6: Visão Global de Processos segundo modelo de Harrington, Esseling
e Ninwegen.
Fonte adaptado de Harrington, Esseling & Ninwegen (1997).
A metodologia adotada por Jacka & keller de 2002 que cria uma
estrutura que permite aos envolvidos perceber, de imediato uma série de
diagramas globais de processo e que fornece uma visão simplificada do tempo
de execução dos sub-processos e suas respectivas seqüências de execução
conforme figura 7 abaixo4.
24
Lembrando evidentemente que a visão global de processo não é o único
recurso para alinhar os processos à visão e à missão da organização. Porém
em virtude da simplicidade de construção, é um recurso útil de visualização,
compreensão e discussão4.
25
programático e disponibilizada como Web Service. É fundamental esclarecer
que o BPEL orquestra “apenas” Web Services. Mesmo empresas que
adotaram unicamente o SOA, se o mecanismo de comunicação entre os
serviços não for Web Services, o BPEL é inaplicável12.
O BPEL ainda não define nada relacionado às telas de interação com o
usuário. Isso significa que, se a ferramenta de desenho estiver gerando BPEL,
serão necessários outros artefatos para que a TI tenha condições de
operacionalizar o processo da forma esperada12.
Existem no mercado soluções BPMS que integram com diversas
tecnologias, como EJB, Corba, DCOM, entre outras, Passar a adotar Web
Service simplesmente porque a ferramenta de desenha geral BPEL é limitar o
rol disponível de possibilidades tecnológicas, e nem sempre é desejável utilizar
Web Services. Algumas vezes, questões de segurança e velocidade obrigam a
adotar outros mecanismos de comunicação. Talvez um dia tenhamos
empresas com todas as funcionalidades disponibilizadas como Web Services,
mas não é essa a realidade atual. Pelo grau de maturidade de algumas
soluções BPMS, atualmente o BPEL parece ser mais um empecilho do que
uma ajuda na operacionalização dos processos, mas sem dúvida é um ponto
de decisão e a escolha deve ser consciente12.
Por um lado o BPEL é fantástico, visto que uniformiza a TI em um único
jargão: os Web Services. Por outro lado, ele não é valido para aplicações que
demandam troca de documentos, por exemplo, como também não é muito
adequado a aplicações com interações humana intensa. Uma aplicação do tipo
GED ficaria deficiente quando implementada por intermédio do BPEL12.
Atualmente a melhor forma de se desenhar um processo é por meio da
notação BPMN, que é muito completa. No entanto, sua especificação
preocupou-se apenas com a definição dos elementos visuais,
desconsiderando-se o formato de armazenamento. Algumas ferramentas de
desenho armazenam em formato XML, mas é ilusório acreditar que sejam
compatíveis entre si duas ferramentas que suportam formatos XML para
armazenamento de notações BPMN. O formato XML é absolutamente genérico
e seria o mesmo que conceber dois arquivos TXT com compatíveis entre si.
Neste momento, é possível relatar um caso recente de uma empresa cujos
desenhos forma feitos com o Provision (que suporta notação BPMN), e o
momento da operacionalização para o Aqualogic/Fuego (que também suporta o
BPMN), todos os desenhos de processo tiveram que ser reescritos, já que não
havia ferramentas de migração dos desenhos criados entre as ferramentas de
desenho12.
Sendo assim, parece que a melhor alternativa é utilizar uma ferramenta
que empregue a notação BPMN para desenho e a notação BPEL para
armazenamento. Se a portabilidade é primordial na implantação de um projeto
em uma empresa, essa parece ser a solução mais adequada. Mas isso é
errado em dizer, percebe-se que ainda há uma série de deficiências nesse
mapeamento. Enquanto os fluxos básicos, condicionais e exceções podem ser
mapeados sem problemas, pools e lanes não tem mapeamento direto para o
BPEL4WS. Portanto, se o processo desenhado for do tipo colaborativo (pessoa
interagindo com parte de um processo), toda a determinação dos perfis
definidos para os acessos deverá ser simulada programaticamente12.
26
4.1 Soluções que geram código
Esta escolha dever ser feita com muito critério, visto que há divergências
diametrais entre uma e outra. Soluções open source, por exemplo, assim com
o jBPM, são totalmente programáticas. Isso significa que, para cada atividade
do processo, deverá ser criado um código para executar a tarefa. Por outro
lado, algumas soluções BPMS são tão completas que permitem, de forma
27
totalmente visual, a criação das telas, objetos de negócios e conexão dos
mesmos aos fluxos. A escolha de uma ferramenta de desenho inadequada
pode tornar toda a operacionalização dos processos uma tarefa muito difícil e
dispendiosa. As melhores alternativas parecem recair sobre ferramentas de
desenho que já estão integradas com alguma ferramenta de execução. Deve-
se estar consenti de que a documentação dos processos em uma empresa é
apenas uma etapa de um conjunto maior, que irá permitir a execução, o
acompanhamento e o realinhamento contínuo. Sem ferramentas que dêem
suporte adequado a todos esses itens, acaba-se com um bonito desenho em
mãos, sem muita utilidade prática12.
§ Planejamento do BPM;
§ Modelagem e otimização de processos;
§ Execução de processos;
§ Controle e análise de dados.
28
Ao analisar as ferramentas de TI sob este prisma, provavelmente não
haverá ferramenta de TI que não se aplique a alguma fase do ciclo de processo
de negócio. Qualquer uma delas pode encontrar sua utilidade em pelo menos
uma das fases do BPM, dependendo do processo em execução, ou ao menos
ser utilizada na infra-estrutura4.
29
· Camada de infra-estrutura: vão servir de apoio às ferramentas de
BPMS, bem como a outras ferramentas e sistemas dentro da
organização.
A figura 8 foi bem clara em dizer que para compor uma solução total de
BPM são necessárias várias ferramentas e que também não precisa ter um
pacote de ferramentas de um único fabricante.4
30
· Repositório de metadados (metadata repository) que contenha os
modelos de processos, as regras de negócio e outros metadados
comuns aos vários processos.
31
· Sistemas especialistas: sistemas que são capazes de realizar
trabalhos que merecer ser considerados inteligentes, mas um sistema
que nunca atingirá a capacidade cognitivas do especialista humano.
· BSC – Balanced Scorecard onde ele pareça ser mais uma metodologia
do que um software, várias empresas desenvolveram produtos que
apóiam a suam implantação. O propósito do BSC é a criação utilizando
fortemente indicadores para maximização dos resultados baseados em
quatro perspectivas (financeira, clientes, aprendizado e crescimento e os
processos internos) que refletem a visão e estratégia da organização4.
5 Conclusão
32
etapa de um conjunto maior que permitir o acompanhamento e o realinhamento
contínuo4.
6 Definição de Processo
7 Estudo de Caso
33
procedimento de estorno
que o sistema não
estaria realizando
corretamente.
3º dia Solicitação para Atendimento in-loco
atualização de um
sistema web.
Solicitação para
correção de datas de
vencimento importadas
por engano via banco de
dados.
Desloquei um Técnico
para atendimento in-loco
4º dia Solicitação para E-mail
correção de um arquivo
vindo de uma instituição
financeira para
realização de baixa de
parcelas pagas.
34
8 Modelagem do estudo de caso
Finalizando sugiro que este trabalho poderá ser usado como projeto na
implantação de processo de negócio em qualquer empresa e para isso deverá
seguir todos as regras aplicáveis em BPM.
35
Referência Bibliográfica
36