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 Rômulo Lima Barbosa  Murilo Augusto Vaz  João Carlos Ribeiro Plácido

Análise de forças de contato e desgaste


interno em risers de perfuração /Analysis of
contact forces and abrasive wear in drilling marine risers

resumo

PALAVRA-CHAVE:
Este trabalho apresenta uma metodologia para determinar o desgas-
te na parede interna dos risers de perfuração em virtude do seu contato
 desgaste de revestimento abrasivo com a coluna de perfuração. Elabora-se um estudo comparativo
 risers de perfuração que relaciona o desgaste sofrido pelo riser em contato com uma coluna
de aço com o desgaste sofrido quando em contato com uma coluna de
alumínio. Utilizando um modelo numérico com base no Método dos Ele-
mentos Finitos (MEF), um estudo de caso é apresentado simulando um siste-
ma de perfuração em lâmina d’água de 3 000 m e um poço com 1 500 m
de extensão. A análise do problema é conduzida de forma estática, na

abstract
KEYWORDS: This paper presents a methodology for determining the interior riser
wear due to the abrasive contact with the drillstring, through a comparative
 internal wear study of wear while working with drillstring made of or steel pipes either
 drillstring aluminum pipes. Using a numeric model based on finite elements (FEM), a
case study is presented simulating a drilling system in 3 000 m water depth
and a 1 500 m measured depth well. The analysis of the problem is driven
in a static way, which works with the drillstring coupled to the drilling
marine riser. Later, the main contact forces obtained are associated to the
operational drilling parameters, such as: wear factor, penetration rate and
drillstring rotation. Finally, an analytical model is used to determine the
volume of material removed from the internal wall of the marine riser. This
analysis resulted that the steel pipes generated contact force higher than
the aluminum pipes due to the largest weight, resulting larger material
volume removed from the internal wall of the drilling marine riser.

(Expanded abstract available at the end of the paper).

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

qual se trabalha com a coluna de perfuração acopla- Muitos estudos foram realizados em laboratórios
da ao riser de perfuração. Posteriormente, as principais para definir os tipos de desgaste e como medí-los, a fim
forças de contato obtidas são associadas aos parâme- de prever a sua extensão. Por causa da complexidade
tros operacionais do processo de perfuração, tais como: do processo de desgaste, não foi possível formular uma
coeficiente de desgaste, taxa de penetração e rotação equação universal. Neste trabalho utilizou-se a equação
da coluna. Por fim, um modelo analítico foi utilizado para desgaste desenvolvida por Hall et al. (2005).
para determinar o volume de material removido da pa-
rede interna do riser de perfuração. Com a análise dos

análise estrutural
resultados, observa-se que a coluna de perfuração de
aço gerou uma força de contato lateral maior do que a
coluna de alumínio devido ao seu maior peso e, conse-
qüentemente, maior volume de material foi desgastado estática acoplada
na parede interna do riser.
A extremidade superior do riser de perfuração é
fixada em um sistema de sustentação que, devido ao
passeio da unidade flutuante e às forças de corrente,
introdução não permanece alinhado ao poço. A corrente, o pas-
seio e o peso próprio conferem ao riser uma disposi-
No escopo deste trabalho é apresentado o proble- ção semelhante à catenária. A capacidade da coluna de
ma de desgaste localizado devido às forças de contato perfuração alterar a conFiguração da curvatura causada
excessivas entre a coluna de perfuração e o sistema do no riser em catenária também é uma questão a ser ana-
riser de perfuração, que inclui os seguintes componen- lisada. Na extremidade inferior do riser existe uma junta
tes: blowout preventer (BOP), junta flexível (flex joint), flexível (flex joint) que restringe o ângulo de inclinação
LMRP (lower marine riser package) e riser de perfura- da primeira junta do riser, logo acima da junta flexível
ção. O modo estudado consiste em substituir o material em até 10 graus em relação a um eixo vertical. A curva-
do tubo de perfuração por uma liga mais leve. Baseado tura mais acentuada deve ser encontrada nesta região,
em pesquisas anteriores, optou-se pela liga de alumínio próxima à junta flexível. Neste trecho, os contatos entre
por ter resistência axial e à fadiga apropriadas ao am- o riser e a coluna de perfuração devem ser mais expres-
biente ao qual será submetida e, principalmente, por sivos. No trabalho serão analisados apenas dois casos
conter menor peso próprio. O objetivo deste trabalho é que terão uma conFiguração padrão, alterando apenas
avaliar, estruturalmente, a suscetibilidade da coluna de o tipo de material do tubo de perfuração. Portanto, se-
perfuração de alumínio, apresentando um estudo com- rão feitas análises para uma coluna de perfuração de
parativo de desgaste com a coluna de perfuração de aço e outra de alumínio.
aço, quando ambas são submetidas às forças de conta-
to com diferentes intensidades. força de contato
O primeiro passo do trabalho foi desenvolver um
modelo numérico para determinar as forças de contato Como a coluna de perfuração trabalha com tração
entre a coluna de perfuração e o riser, considerando de topo diferente da linha do riser, uma análise acopla-
a ação de peso próprio, flutuação, ação das correntes da confirma que o riser tem seu deslocamento lateral
marítimas, passeio da plataforma, deslocamentos, es- parcialmente restringido ou afetado pela presença da
forços e, principalmente, as forças de contato. O se- coluna em seu interior. Essa restrição mostrada por Bar-
gundo passo foi desenvolver um modelo analítico para bosa (2006a) é conseqüência dos pontos de contato da
determinar o percentual de material removido pela ação coluna com a parede interna do riser.
do desgaste por fricção, que é dependente da força de Para unir os tubos de perfuração são utilizadas co-
contato máxima encontrada para cada conFiguração. nexões denominadas tool joints, que são os pontos

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mais suscetíveis ao contato com o poço ou com o riser em quatro partes: duas correspondentes às conexões
ao longo da coluna de perfuração. Isto ocorre porque nas extremidades, e as outras duas ao corpo do tubo de
estas conexões têm seu diâmetro até 33% maior que perfuração com a geometria da seção nominal. Cada
o diâmetro nominal do tubo de perfuração de aço, e trecho dos elementos tubulares externos (BOP, riser,
29% maior que o do tubo de alumínio. Por este motivo, LMRP) equivalentes é dividido em elementos de tubos
enquanto não houver uma mudança brusca na curva- com espaçamento regular entre os nós. O comprimento
tura da coluna, a parte mediana dos tubos de perfura- de cada elemento depende de uma estimativa da rele-
ção não desenvolverá forças de contato. Porém, num vância da região para o contato.
sistema de perfuração real, a linha do riser e da colu-
na de perfuração apresentam uma curvatura excessiva seleção de elementos
próxima à junta flexível, onde é possível que a parte
mediana de um tubo de perfuração (ou corpo do tubo O programa computacional ABAQUS dispõe de vá-
de perfuração) entre em contato com outros elementos rios tipos de elementos capazes de simular os compo-
externos em determinadas análises. nentes da coluna de perfuração e do riser. Entre outros
elementos, destacam-se as entidades unidimensionais
modelo de equivalência dentro com propriedades mecânicas associadas. A escolha por
do poço elementos lineares proporcionou ganho de tempo com-
putacional – e uma boa resposta nos resultados do sis-
Como o poço analisado é vertical, a representação tema. Nessa aplicação, optou-se por elementos de viga
da coluna de perfuração dentro do poço é desneces- de Timoshenko, denominados no ABAQUS de “B31H”.
sária, considerando-se apenas o esforço axial sobre o Todos os elementos deste tipo possuem seções circula-
tubo de perfuração logo abaixo do BOP. Permitiu-se en- res, cujas propriedades básicas são o raio externo e a
tão a substituição do trecho abaixo da cabeça do poço espessura.
por um bloco único com rigidez aos carregamentos e O elemento do tipo junta flexível tridimensional é de-
restrições equivalentes. nominado “JOINTC”. Seu emprego modela a interação
A resistência à tração no topo da coluna de perfura- entre os dois nós que são coincidentes ou quase iguais
ção deve sustentar seu peso total submerso no fluido de geometricamente. Eles representam uma junta com rigi-
perfuração. Portanto, a tração de topo foi determinada dez interna e/ou amortecimento, de modo que o segun-
considerando o comprimento da coluna dentro do riser, do nó pode se deslocar ou girar em relação ao primeiro.
somado à tração no tubo logo abaixo do BOP. Assim, As rotações relativas nessa junta são limitadas pela for-
a mola equivalente colocada logo abaixo da cabeça do mulação do elemento, que não recomenda seu uso fora
poço deve suportar uma carga de tração igual ao peso do limite de 90 graus para qualquer das direções.
da coluna, que foi substituída por ela mesma. Elementos de contato entre os tubos modelam a in-
teração entre um nó de um elemento de viga e uma
definição da malha linha de deslizamento ao longo de um ou vários ele-
mentos de viga, pórtico, cabo ou tubos adjacentes.
Para se realizar uma análise global de um sistema de No programa ABAQUS/Standard, esses elementos são
perfuração submetido a esforços externos e ao peso pró- denominados “ITT31”. A interação entre a coluna de
prio dos elementos, optou-se por um modelo numérico perfuração e uma superfície cilíndrica externa é basea-
desenvolvido por Custódio (2003). O modelo é baseado da na abertura e no fechamento deste elemento de
no método dos elementos finitos, que representa a não- contato que, colocado nos nós da coluna de perfura-
linearidade do sistema, possibilitando a obtenção de re- ção, percebe a aproximação e o afastamento de uma
sultados bem próximos de um sistema real. linha de deslizamento anexada a um conjunto de ele-
A coluna de perfuração é uma seqüência de tubos mentos das juntas de riser, do BOP e do revestimento
e conexões que, inicialmente, no modelo são divididos de poço.

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

estudo de casos
O método adotado para avaliar o desgaste é o esta-
belecimento de um caso padrão para realizar as análises.
Este caso padrão sofrerá alterações do tipo de material
dos tubos da coluna de perfuração, aço ou alumínio,
e suas respectivas características geométricas. Os casos
padrões são compostos basicamente pela seqüência de
itens listados abaixo:

• seqüência de juntas do riser de acordo com a


Tabela 1, que é a mesma empregada por Figuei-
redo (2001);
• junta flexível com rigidez de 5 280,3 kN.m/rad e
ângulo-limite de 10°;
Tabela 1 – Características das juntas do riser (L – comprimento da
• revestimento de poço vertical representando até junta; DEXT – diâmetro da junta; Wm – peso linear flutuante;
40 m de comprimento abaixo da cabeça de poço t – espessura da parede).
com 9-5/8” de diâmetro;
• comprimento de coluna de perfuração de Table 1 – Riser pipe features (L– length of the joint; DEXT – external
1 500 m a ser substituído por mola linear abaixo diameter of the joint; Wm – linear floated weight; t – wall thickeness)
da cabeça do poço;
• coluna de perfuração de aço e de alumínio com as
seguintes características: 5” e 5,15” de diâmetro conforme descrito no manual de operações da Acquatic
nominal e peso de 19,50 lbf/pé e 9,0 lbf/pé, respec- Company Operation Manual (Aquatic Company Marine
tivamente, com juntas de acoplamento de conexão Surveys And Drilling Operation, 2002). As característi-
(tool joints) tipo NC 50, e diâmetro de 6-5/8”; cas das conexões NC 50 são as mesmas citadas para o
• deslocamento lateral da embarcação (offset) de tubo de perfuração de aço. As principais propriedades
50 m, correspondente a 1,7% da lâmina d’água. deste tubo de perfuração são apresentadas na Tabela
3. Apesar do riser de perfuração ser o elemento mais
citado no que diz respeito ao desgaste, há outros ele-
especificação das juntas do riser,
mentos externos à coluna de perfuração com os quais
colunas de perfuração de aço e
ela pode entrar em contato. Na Tabela 4, apresenta-se
de alumínio, e outros elementos
um resumo das propriedades desses elementos.
externos
Escolheu-se um riser de perfuração de 3 000 m
composto pelos trechos apresentados na Tabela 1. As
juntas J3 a J7 apresentam flutuadores com 1,32 m de
diâmetro. A coluna de perfuração de aço se apresenta
em juntas com 30’ (9,14 m) de comprimento, unidas
por conexões do tipo NC 50. As principais característi-
cas geométricas da coluna de perfuração são apresen-
tadas na Tabela 2. A coluna de perfuração de alumínio
se apresenta em juntas com 30,22’ (9,21 m) de com- Tabela 2 – Dados da coluna de Table 2 – Steel drill pipe data.
primento, unidas por conexões de aço do tipo NC 50, perfuração de aço.

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cargas hidrodinâmicas

Para representar as forças de corrente que estão


presentes em um sistema real de perfuração adotou-se
a formulação de Morison, onde o coeficiente de arras-
to é determinado experimentalmente segundo Faltin-
sen (1990). Para uma seção cilíndrica com corrente em
Tabela 3 – Dados da coluna de perfuração torno de 1 m/s e diâmetro em torno de 0,50 m, o nú-
de alumínio. mero de Reynolds é aproximadamente igual a 37 000.
Resultados experimentais sugerem a utilização de um
Table 3 – Aluminum drill pipe data. coeficiente de arrasto em torno de 1,2 (enquanto não
houver vibração induzida por vórtices – VIV).
O perfil de corrente adotado foi denominado pri-
meiramente de “corrente 100%”. O segundo é igual,
porém com redução das forças pela metade, sendo de-
nominado de “corrente 50%”. Na Figura 1 são apre-
sentadas as velocidades para seus determinados perfis
de acordo com a profundidade.

Tabela 4 – Dados dos outros elementos do sistema do


riser de perfuração.

Table 4 – Data on other drillstring system elements.

tração de topo

A tração no topo do riser é determinada com o


peso das juntas (incluindo o efeito dos flutuadores
presentes) adicionando uma força de tração no BOP
de 278 kN. Pacheco (2004) explica que se deve aten-
Figura 1 – Perfis de correntes.
tar para que a componente lateral da tração no topo
não provoque deflexão horizontal excessiva no BOP. Figure 1 – Stream profiles.
O momento devido ao peso do BOP e à excentricida-
de podem ocasionar a falha por flexão da coluna do
condutor. A redução da tração no topo pode acarretar
compressão local, que é mais provável de ocorrer próxi- deslocamento e forças de contato
mo à cabeça do poço. encontradas nas análises
Na coluna de perfuração, a tração no topo é igual
ao peso de toda a coluna submersa no fluido de per- As análises geram um grande número de pontos
furação, sendo, portanto, função do tipo de material de contato ao longo do comprimento das linhas. De
da coluna. maneira geral, existem mais de 250 pontos de contato

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

entre as colunas de perfuração (aço e alumínio) e os contato, principalmente na região próxima à junta flexí-
elementos externos às colunas. Entretanto, nota-se que vel. Barbosa et al. (2006b) apresentaram limites para o
a maior parte deles gera uma força de contato com passeio da unidade, relacionando-os ao ângulo máximo
pequena magnitute. Os pontos de maior interesse para da junta flexível sob especificações da norma API RP
o trabalho são os de intensidade mais elevadas, que 16Q (American Petroleum Institute, 1993).
em ambas análises foram registrados atuando sobre o Para analisar o efeito da influência da corrente ma-
riser de perfuração. Porém, nota-se que para a região rinha sobre o sistema de perfuração, além da capacida-
superior (até 200 m de profundidade) e para a região de de interferir no processo do desgaste, manteve-se o
inferior (abaixo de 2 900 m de profundidade) as forças passeio (offset) da plataforma em 50 m (aproximada-
atingem valores maiores que 1 kN. Estas regiões são as mente 1,8% da lâmina d’água), e reduziu-se o perfil
de interesse para o trabalho, ou seja, onde se encon- de velocidade da corrente pela metade. Esta redução
tram as maiores forças de contato. Portanto, observa-se gerou resultados que influenciam em alguns fatores
um ponto com valor bem expressivo para a coluna de que contribuem para o desgaste do riser de perfura-
aço e de alumínio que se situa próximo à junta flexível, ção, como por exemplo: na intensidade das forças de
com intensidades da ordem de 25,6 kN e 16,3 kN para contato ao longo da coluna; na curvatura do riser; no
as colunas em aço e em alumínio, respectivamente. ângulo da junta flexível inferior e no número de pontos
Quanto ao deslocamento, observa-se que a substi- de contato.
tuição por tubos de alumínio na coluna de perfuração A curvatura do riser sofreu alteração com a modi-
fez com que o deslocamento lateral do conjunto riser e ficação da corrente, levando o ângulo da junta flexível
a coluna de perfuração aumentassem, ocasionando um reduzir-se à metade do seu valor inicial. Como se pôde
ganho de ângulo da junta flexível inferior (flex joint). notar nas análises, a velocidade com que a corrente
Isto ocorre porque a força de corrente sobre o riser marinha atinge o riser de perfuração influencia dire-
encontra menor resistência (rigidez) com a coluna de tamente na máxima força de contato, reduzindo sua
alumínio acoplada, permitindo que o conjunto (riser e intensidade a menos da metade em conseqüência da
coluna) se desloque mais lateralmente. curvatura do riser ter sido amenizada.
O passeio de uma unidade flutuante afeta de ma- Com a Tabela 5 pode-se comparar os resultados ob-
neira prejudicial um sistema de perfuração, provocando tidos para as forças de contato ao longo da extensão da
um maior ângulo da junta flexível inferior. Um ângulo coluna de perfuração, de aço ou de alumínio. As Figu-
excessivo pode provocar a interrupção no processo de ras 2 e 3 apresentam gráficos com as forças de contato
perfuração e ainda gerar um aumento das forças de e o deslocamento das colunas, respectivamente.

Tabela 5 – Resultados obtidos


para a coluna de perfuração
de aço e de alumínio (lâmina
d’água – 3 000 m; comprimento
da coluna de perfuração abaixo
da cabeça do poço – 1 500 m).

Table 5 – Results obtained for


the steel and aluminum drill pipe
(water depth – 3 000 m; length
of drillstring under the well head
– 1 500 m ).

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conexões da coluna de perfuração (tool joints). Esse des-


gaste gera uma perda na espessura na parede interna do
elemento. A redução de espessura pode comprometer o
elemento quanto à sua integridade estrutural, paralisan-
do as atividades para substituição ou, em caso de rompi-
mento, podendo suceder numa provável contaminação
Figura 2 – Forças do meio ambiente por parte dos fluidos de perfuração.
de contato ao longo Com o valor da intensidade das forças e a localiza-
das colunas de
perfuração de aço e ção em que ocorrem, faz-se então um estudo quanti-
de alumínio. tativo do desgaste. Como o trabalho é analítico, vale
ressaltar que o modelo definido foi obtido através de
Figure 2 – Contact ensaios laboratoriais por Hall et al. (2005), e de vários
forces along steel parâmetros, tais como: velocidade de rotação da colu-
and aluminum drill na de perfuração (rotation per minute – RPM), abrasivi-
pipes. dade do fluido de perfuração, taxa de penetração (rate
of penetration – ROP), entre outros.
Um grande esforço já vem sendo aplicado em estudos
de desgaste desde a década de 60 com inúmeros experi-
mentos e publicações. A escolha pelo modelo proposto
por Hall et al. (2005) foi devido ao seu vasto número de
ensaios laboratoriais que apresentaram resultados que
Figura 3 – Desloca- permitiram o aperfeiçoamento de modelos anteriores.
mentos das colunas
de perfuração de aço método empregado
e de alumínio.
O processo de desgaste envolve muitas variáveis, tais
Figure 3 – Steel and como: tipos de fluidos e suas características abrasivas,
aluminum drill pipe taxa de penetração, velocidade de rotação da coluna de
displacements.
perfuração, diâmetro externo das conexões, coeficien-
tes de desgaste e outras. Em face disso, o processo se
torna complexo em sua determinação. O autor con-
siderou que as superfícies em contato são diferentes
em suas características materiais, bem como em suas
geometrias. Assim, o desgaste acaba por remover certa
quantidade de material que é definida como:

(1)

desgaste Onde:
V = Volume desgastado;
E = Eficiência do desgaste;
Em águas profundas e ultras profundas o sistema do
µ = Coeficiente de atrito;
riser de perfuração fica mais vulnerável às ações dete- Φ = Força lateral aplicada;
riorantes, como desgaste e pressão externa. O desgaste Sd = Distância deslizada;
provocado no riser de perfuração, assim como nos re- ξ = Energia específica do material por unidade
vestimentos, é causado de forma mais intensa pelas de volume.

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

Para determinação do volume desgastado foi criada análise do desgaste


uma constante que varia com os materiais envolvidos e o
tipo de fluido utilizado, denominada de fator de desgaste As regiões a serem analisadas são aquelas que apre-
Este fator é retirado da equação 1 da seguinte maneira: sentaram as maiores forças de contato. Como o estudo
avalia a vida útil dos materiais empregados, não faria
sentido avaliar elementos de grande espessura como
(2) BOP, LMRP e a junta flexível, uma vez que a segunda
junta do riser apresenta espessura de apenas 2,5 cm.
Então, o desgaste sofrido pela segunda junta (J2) será o
A distância total que o perímetro da conexão (tool caso mais crítico a ser avaliado.
joint) desliza sobre a superfície em contato é igual a: O desgaste do riser ocorre desde o início da perfu-
ração até o primeiro tubo atingir os 1 500 m abaixo
da cabeça do poço. Para representar o volume total de
(3) material, extraído da parede interna do riser pelo atrito
desde o início da perfuração, serão realizadas avalia-
Onde: ções a cada 250 m. Para analisar o desgaste, ocorrido
N = Rotação da coluna de perfuração; exatamente na segunda junta do riser, determina-se a
D = Diâmetro externo da conexão (tool joint); posição da maior força de contato atuante sobre esta
t = Tempo de contato entre as superfícies. junta aos 1 500 m. Isso porque quando a coluna se en-
contra nessa profundidade, registra-se a maior força de
O tempo de contato é definido como: contato e, conseqüentemente, o maior desgaste ocorri-
do. Ao determinar a altura de contato entre a conexão
e a segunda junta do riser, repete-se a mesma posição
(4) da coluna para as demais análises a cada 250 m acima,
pois estes pontos só colaboraram com a posição final
Onde: em que se registrou o máximo desgaste.
S = Distância perfurada; Nas análises realizadas para a coluna de perfura-
LTJ = Comprimento da conexão (tool joint); ção de aço e de alumínio, a maior força de contato
ROP = Taxa de penetração; sobre a segunda junta do riser foi encontrada a uma
LDP = Comprimento do tubo de perfuração (drill altura do solo marinho de 16,17 m e 16,33 m, res-
pipe) incluindo as conexões. pectivamente.

Para simplificar a equação de determinação do volu- determinação das variáveis


me desgastado, Hall et al. (2005) criou uma expressão operacionais
que continha as variáveis trabalháveis da equação do
volume desgastado equação 1 que foi denominada de Uma das maneiras de se diminuir o desgaste pro-
“Função de Trabalho” (ψ), a qual pode ser descrita pela vocado no riser é através da alteração da composição
equação 5 como: do fluido de perfuração e de suas características abrasi-
vas. Para as etapas de perfuração, a cada profundidade
(5) analisada, serão utilizados tipos de fluidos diferentes e
seus respectivos fatores de desgaste. Barbosa (2007),
Finalmente, de forma completa, pode-se reescrever em ensaios laboratoriais, determinou fatores de desgas-
a equação 1 da seguinte maneira: te referentes a cada tipo de fluido que serão utilizados
como valores médios para a determinação do volume
(6) de material removido, conforme descrito na Tabela 6.

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A taxa de penetração (ROP) sofrerá redução natural à


medida que a broca avançar, de acordo com a Tabela 7.

Tabela 6 – Fatores de desgaste relacionados à


profundidade. Tabela 7 – Relação da profundidade com ROP e RPM da
coluna de perfuração.
Table 6 – Depth-related wear factors.
Table 7 – Depth relationship with drill pipe ROP and RPM.

Para especificar a vida útil do riser, ou qual foi o


análise de resultados desgaste sofrido durante a perfuração, é fundamental
quantificar a perda de espessura da parede do riser. Tal
Os resultados foram gerados através de uma pla- informação pode ser obtida através de relações geo-
nilha eletrônica e com auxílio de softwares de mate- métricas, definindo a altura de desgaste (h) conforme a
mática (MATHEMATICAS e o MATHCAD). O volume equação 7. A Figura 5 mostra as variáveis do problema
desgastado, segundo a equação 6, é dado em unidade como a largura (W) e altura de desgaste (h).
de volume por metro comprimento do riser, ou seja,
representa uma área desgastada do riser (fig. 4).
(7)

Figura 4 – Área
desgastada.

Figure 4 – Wear areas.

Figura 5 – Variáveis de
desgaste.

Figure 5 – Wear
variables.

57 

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

A área de desgaste representada pela Figura 5 é determinada através da integração, considerando uma fun-
ção para cada curvatura, riser e tool joint. A resolução da integral fornece a área de desgaste que é descrita pela
equação 8.

(8)

A altura (h) é determinada através da resolução do riser pela equação 6 descrita por Hall et al. (2005). A
sistema composto das equações 7 e 8. Conhecendo-se soma resulta em um volume total e, conseqüentemen-
o valor de Ad pelo volume calculado na equação 6, ob- te, no valor de espessura desgastada.
tém-se um sistema com duas incógnitas: h e W. As Tabelas 8 e 9 apresentam os resultados das análises
Para cada caso de comprimento de coluna analisa- nas diversas profundidades para a coluna de perfuração
do, determinou-se um valor de volume desgastado no de aço com correntes de 100% e 50%, respectivamente.

Tabela 8 –
Resultados obtidos
para a coluna de
perfuração de aço
com corrente 100%.

Table 8 – Results
obtained for the
steel drill pipe with
stream 100%.

Tabela 9 –
Resultados obtidos
para a coluna de
perfuração de aço
com corrente 50%.

Table 9 – Results
obtained for the
steel drill pipe with
stream 50%.

 58

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As Tabelas 10 e 11 apresentam os resultados para percurso, em ambos os perfis de corrente, a coluna


a coluna de alumínio em correntes de 100% e 50%, de perfuração de aço obteve um maior número de
respectivamente. É importante ressaltar que foram forças de contato acima de 1 kN, porém com menos
analisadas as máximas forças de contato na segunda pontos de contato na sua extensão quando compa-
junta (J2) do riser devido à sua menor espessura. Isto rada com a coluna de alumínio, que, por sua vez,
não significa dizer que sejam as máximas forças de apresentou as maiores aberturas no ângulo da junta
contato que atuam na região inferior das linhas. No flexível inferior.

Tabela 10 – Resultados para a coluna de perfuração de alumínio com corrente 100%.

Table 10 – Results obtained for the aluminum drill pipe with stream 100%.

Tabela 11 – Resultados para a coluna de perfuração de alumínio com corrente 50%.

Table 11 – Results obtained for the aluminum drill pipe with stream 50%.

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

A Tabela 12 apresenta o resultado do volume desgas-


tado do riser em cada profundidade de análise, e, a partir conclusão
do volume total, obtém-se a altura de desgaste na pa-
rede interna do riser. Nota-se que nos casos analisados, Este trabalho investiga o impacto da substituição
o principal desgaste acontece no início da perfuração, da coluna de perfuração de aço pela de alumínio no
quando a pressão de contato é maior e o fluido de per- processo de desgaste abrasivo na região próxima à
furação utilizado é a base de água, aumentando assim o junta flexível. Baseado em dois diferentes tipos de cor-
fator de desgaste. O fator de desgaste na equação 6 é o rentes, alterou-se o material dos tubos de perfuração
principal responsável pela variação do desgaste no riser, e determinaram-se as forças de contato existentes en-
como pode ser comprovado pelos resultados. tre a coluna de perfuração e os elementos externos.
Analisando o desgaste provocado pela coluna de per- Nos dois casos analisados, uma pequena região pró-
furação de aço e de alumínio, pode-se notar que o volu- xima à junta flexível (flex joint) domina as máximas
me final é bastante representativo. É notável também a intensidades de força de contato. Na maioria dos ca-
forte influência da corrente marinha sobre o desgaste do sos, observa-se um ponto de contato com intensidade
riser, pois, ao reduzir sua velocidade para a metade, ob- muito alta comparada com os demais. Nesses casos, a
teve-se resultados de desgaste 40% menores. Indepen- força máxima de contato é gerada pelo contato com
dentemente da corrente, observa-se que o volume de um tool joint com elementos externos como o riser,
desgaste é aproximadamente duas vezes maior quando BOP e LMRP.
se trabalha com a coluna de perfuração de aço. A Ta- Um estudo analítico de desgaste foi realizado para
bela 12 mostra que a perda máxima de espessura ocor- calcular esta força de contato com o riser. Para avaliar a
reu quando utilizamos a coluna de perfuração de aço, espessura perdida da parede interna do riser devido ao
atingindo uma altura de desgaste máxima no riser de desgaste, analisou-se a distância penetrada na sua pa-
2,25 mm, ou seja, cerca de 2% da sua espessura. rede interna para os casos da coluna de perfuração de

Tabela 12 – Volumes
desgastados usando
a equação de Hall
et al.

Table 12 – Volume
of material removed
using the Hall et al.
equation.

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aço e de alumínio. A perda de espessura no riser sub- Em vista das análises de desgastes realizadas e dos
metido a maior corrente adotada chegou a 2,25 mm resultados obtidos, a utilização de tubos de alumínio na
e 1,21 mm para as colunas de perfuração de aço e de coluna de perfuração se apresentou vantajosa. Deve-se
alumínio, respectivamente. A norma API Spec 5L (Ame- também considerar que estes tubos, por apresentarem
rican Petroleum Institute, 2000) aceita como critério de um peso de aproximadamente 30% do peso dos tubos
tolerância para perda de espessura através de corrosão de aço, reduzem a carga suportada pela unidade flu-
ou desgaste de risers até 12,5% da espessura nominal. tuante, assim como o peso de deck. Os tubos permitem
Considerando que a espessura média do trecho do riser também a redução da força de atrito dentro do riser
analisado era de 25,4 mm, o limite para operações com e do revestimento, considerados problemas críticos na
o riser seria de 22,2 mm. Ou seja, com perda de espes- perfuração de poços direcionais e horizontais de gran-
sura máxima de 3,2 mm. Portanto, as análises mostram de afastamento. Pode-se então dizer que a utilização
que o desgaste máximo obtido ainda está dentro do de tubos de alumínio na coluna de perfuração é viável,
limite permitido. segundo as análises deste trabalho.

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 Análise de forças de contato e desgaste interno em risers de perfuração – Barbosa et al

autores
Murilo Augusto Vaz João Carlos Ribeiro Plácido

 Universidade Federal do Rio de Janeiro  Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


Núcleo de Estruturas Oceânicas  Gerência de Tecnologia de Engenharia de Poço

e-mail: murilo@peno.coppe.ufrj.br  P&D de Produção


e-mail: jcrp@petrobras.com.br

Murilo Augusto Vaz graduou-se em Engenharia Naval pela Universi- João Carlos Ribeiro Plácido é formado em Engenharia Mecânica pela
dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1985, Mestre em Engenharia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em 1979, Mes-
Oceânica também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1990 tre em Engenharia de Petróleo pela Universidade Federal de Ouro Preto
e Ph.D. em Engenharia Oceânica pela University College London (UCL) (UFOP) em 1986 e Ph.D. em Engenharia de Petróleo pela Tulsa University
em 1994, na Inglaterra. Ingressou como Professor Adjunto no Programa (TU) em 1994, nos EUA. Ingressou na Petrobras em 1980 e fez o Curso de
de Engenharia Oceânica da Coordenação dos Programas de Pós-Gradu- Especialização em Engenharia de Petróleo (CEP-80). Desde 1983 trabalha
ação de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) em atividades de otimiza-
em 1997. Desde então trabalha em atividades de pesquisa e ensino na ção da perfuração de poços, dinâmica de colunas de perfuração e análise
área de dutos flexíveis e mecânica de colunas de perfuração. de integridade de tubulares usados em poços de petróleo.

Rômulo Lima Barbosa

 Universidade Federal do Rio de Janeiro


Núcleo de Estruturas Oceânicas

e-mail: romulo.barbosa@halliburton.com

Rômulo Lima Barbosa é Engenheiro Civil formado pela Universida-


de Federal de Viçosa (UFV) em 2005, Mestre em Engenharia Oceânica
formado pela COPPE/UFRJ em 2007. Ingressou no Laboratório de Análi-
ses de Estruturas Oceânicas, NEO (Núcleo de Estruturas Oceânicas), em
2005 e atualmente ocupa o cargo de Consultor de Drilling pela Halli-
burton/Landmark.

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expanded abstract
This paper presents a feasibility analysis in order to riser thickness worn during the drilling operation was
replace steel drill pipes by aluminum drill pipes in order evaluated for steel and aluminum drill string with two
to reduce the marine drilling riser wear. The aluminum different maritime streams.
drill pipe weighs around 30% of the steel drill pipe. Simulating a real case drilling operation, several pa-
Therefore, the aluminum pipes are also valuable to de- rameters were varied, such as depth, drill string rota-
crease the drilling rigs deck loads and to extend the tion, rate of penetration, and drilling fluid. For several
length of extended reach wells, where friction force is combinations of these parameters, the wear depth of
a critical issue. the drilling riser internal wall was calculated.
A finite element model (FEM) was developed, using The steel drill string generated a wear depth two
the software ABAQUS, in order to determine magni- times larger than the one obtained with aluminum drill
tude and location of the contact forces between the string. Also, the high speed profile maritime stream
drill string and the external elements. Normally, this (100%) caused drilling riser wear higher than the one
contact occurs between the drill string connections obtained with the low speed profile (50%). Therefore,
(tool joints) and the internal wall of these elements, the aluminum drill pipes presented better results con-
such as casing, BOP (blowout preventer), LMRP (lower sidering riser wear.
marine riser package) and drilling marine riser.
Although several parameter combinations could be
done, it was decided to analyze only two drill string ma-
terials, such as steel and aluminum. The contact forces
were calculated for both cases, using steel and alumi-
num drill pipes, and with two maritime streams (100%
and 50%). In all cases, the analysis focused a small re-
gion near the flex joint, where the contact forces are
normally the largest. Also, the maximum contact forces
are always generated due to the contact between the
tool joint and the external elements such as BOP, LMRP
and drilling riser. The drill string movement must be
considered because alters the maximum contact force
magnitude and location.
Each analysis generated several contact points, al-
though just one presented very high magnitude com-
pared to the others. A riser wear analysis was per-
formed using such force, which it was always located
in the second riser joint above the LMRP.
The analysis used an analytical model developed by
Hall et al. (2005). The drill string was analyzed each
250 m until to reach 1 500 m depth. The wear factor
can be easily modified changing the drilling fluid (wa-
ter based and oil based) and the materials in contact.
Normally, water base mud presents wear factors larger
than the ones obtained with oil base mud. The drilling

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