4 9 - 6 3
Rômulo Lima Barbosa Murilo Augusto Vaz João Carlos Ribeiro Plácido
resumo
PALAVRA-CHAVE:
Este trabalho apresenta uma metodologia para determinar o desgas-
te na parede interna dos risers de perfuração em virtude do seu contato
desgaste de revestimento abrasivo com a coluna de perfuração. Elabora-se um estudo comparativo
risers de perfuração que relaciona o desgaste sofrido pelo riser em contato com uma coluna
de aço com o desgaste sofrido quando em contato com uma coluna de
alumínio. Utilizando um modelo numérico com base no Método dos Ele-
mentos Finitos (MEF), um estudo de caso é apresentado simulando um siste-
ma de perfuração em lâmina d’água de 3 000 m e um poço com 1 500 m
de extensão. A análise do problema é conduzida de forma estática, na
abstract
KEYWORDS: This paper presents a methodology for determining the interior riser
wear due to the abrasive contact with the drillstring, through a comparative
internal wear study of wear while working with drillstring made of or steel pipes either
drillstring aluminum pipes. Using a numeric model based on finite elements (FEM), a
case study is presented simulating a drilling system in 3 000 m water depth
and a 1 500 m measured depth well. The analysis of the problem is driven
in a static way, which works with the drillstring coupled to the drilling
marine riser. Later, the main contact forces obtained are associated to the
operational drilling parameters, such as: wear factor, penetration rate and
drillstring rotation. Finally, an analytical model is used to determine the
volume of material removed from the internal wall of the marine riser. This
analysis resulted that the steel pipes generated contact force higher than
the aluminum pipes due to the largest weight, resulting larger material
volume removed from the internal wall of the drilling marine riser.
49
qual se trabalha com a coluna de perfuração acopla- Muitos estudos foram realizados em laboratórios
da ao riser de perfuração. Posteriormente, as principais para definir os tipos de desgaste e como medí-los, a fim
forças de contato obtidas são associadas aos parâme- de prever a sua extensão. Por causa da complexidade
tros operacionais do processo de perfuração, tais como: do processo de desgaste, não foi possível formular uma
coeficiente de desgaste, taxa de penetração e rotação equação universal. Neste trabalho utilizou-se a equação
da coluna. Por fim, um modelo analítico foi utilizado para desgaste desenvolvida por Hall et al. (2005).
para determinar o volume de material removido da pa-
rede interna do riser de perfuração. Com a análise dos
análise estrutural
resultados, observa-se que a coluna de perfuração de
aço gerou uma força de contato lateral maior do que a
coluna de alumínio devido ao seu maior peso e, conse-
qüentemente, maior volume de material foi desgastado estática acoplada
na parede interna do riser.
A extremidade superior do riser de perfuração é
fixada em um sistema de sustentação que, devido ao
passeio da unidade flutuante e às forças de corrente,
introdução não permanece alinhado ao poço. A corrente, o pas-
seio e o peso próprio conferem ao riser uma disposi-
No escopo deste trabalho é apresentado o proble- ção semelhante à catenária. A capacidade da coluna de
ma de desgaste localizado devido às forças de contato perfuração alterar a conFiguração da curvatura causada
excessivas entre a coluna de perfuração e o sistema do no riser em catenária também é uma questão a ser ana-
riser de perfuração, que inclui os seguintes componen- lisada. Na extremidade inferior do riser existe uma junta
tes: blowout preventer (BOP), junta flexível (flex joint), flexível (flex joint) que restringe o ângulo de inclinação
LMRP (lower marine riser package) e riser de perfura- da primeira junta do riser, logo acima da junta flexível
ção. O modo estudado consiste em substituir o material em até 10 graus em relação a um eixo vertical. A curva-
do tubo de perfuração por uma liga mais leve. Baseado tura mais acentuada deve ser encontrada nesta região,
em pesquisas anteriores, optou-se pela liga de alumínio próxima à junta flexível. Neste trecho, os contatos entre
por ter resistência axial e à fadiga apropriadas ao am- o riser e a coluna de perfuração devem ser mais expres-
biente ao qual será submetida e, principalmente, por sivos. No trabalho serão analisados apenas dois casos
conter menor peso próprio. O objetivo deste trabalho é que terão uma conFiguração padrão, alterando apenas
avaliar, estruturalmente, a suscetibilidade da coluna de o tipo de material do tubo de perfuração. Portanto, se-
perfuração de alumínio, apresentando um estudo com- rão feitas análises para uma coluna de perfuração de
parativo de desgaste com a coluna de perfuração de aço e outra de alumínio.
aço, quando ambas são submetidas às forças de conta-
to com diferentes intensidades. força de contato
O primeiro passo do trabalho foi desenvolver um
modelo numérico para determinar as forças de contato Como a coluna de perfuração trabalha com tração
entre a coluna de perfuração e o riser, considerando de topo diferente da linha do riser, uma análise acopla-
a ação de peso próprio, flutuação, ação das correntes da confirma que o riser tem seu deslocamento lateral
marítimas, passeio da plataforma, deslocamentos, es- parcialmente restringido ou afetado pela presença da
forços e, principalmente, as forças de contato. O se- coluna em seu interior. Essa restrição mostrada por Bar-
gundo passo foi desenvolver um modelo analítico para bosa (2006a) é conseqüência dos pontos de contato da
determinar o percentual de material removido pela ação coluna com a parede interna do riser.
do desgaste por fricção, que é dependente da força de Para unir os tubos de perfuração são utilizadas co-
contato máxima encontrada para cada conFiguração. nexões denominadas tool joints, que são os pontos
50
mais suscetíveis ao contato com o poço ou com o riser em quatro partes: duas correspondentes às conexões
ao longo da coluna de perfuração. Isto ocorre porque nas extremidades, e as outras duas ao corpo do tubo de
estas conexões têm seu diâmetro até 33% maior que perfuração com a geometria da seção nominal. Cada
o diâmetro nominal do tubo de perfuração de aço, e trecho dos elementos tubulares externos (BOP, riser,
29% maior que o do tubo de alumínio. Por este motivo, LMRP) equivalentes é dividido em elementos de tubos
enquanto não houver uma mudança brusca na curva- com espaçamento regular entre os nós. O comprimento
tura da coluna, a parte mediana dos tubos de perfura- de cada elemento depende de uma estimativa da rele-
ção não desenvolverá forças de contato. Porém, num vância da região para o contato.
sistema de perfuração real, a linha do riser e da colu-
na de perfuração apresentam uma curvatura excessiva seleção de elementos
próxima à junta flexível, onde é possível que a parte
mediana de um tubo de perfuração (ou corpo do tubo O programa computacional ABAQUS dispõe de vá-
de perfuração) entre em contato com outros elementos rios tipos de elementos capazes de simular os compo-
externos em determinadas análises. nentes da coluna de perfuração e do riser. Entre outros
elementos, destacam-se as entidades unidimensionais
modelo de equivalência dentro com propriedades mecânicas associadas. A escolha por
do poço elementos lineares proporcionou ganho de tempo com-
putacional – e uma boa resposta nos resultados do sis-
Como o poço analisado é vertical, a representação tema. Nessa aplicação, optou-se por elementos de viga
da coluna de perfuração dentro do poço é desneces- de Timoshenko, denominados no ABAQUS de “B31H”.
sária, considerando-se apenas o esforço axial sobre o Todos os elementos deste tipo possuem seções circula-
tubo de perfuração logo abaixo do BOP. Permitiu-se en- res, cujas propriedades básicas são o raio externo e a
tão a substituição do trecho abaixo da cabeça do poço espessura.
por um bloco único com rigidez aos carregamentos e O elemento do tipo junta flexível tridimensional é de-
restrições equivalentes. nominado “JOINTC”. Seu emprego modela a interação
A resistência à tração no topo da coluna de perfura- entre os dois nós que são coincidentes ou quase iguais
ção deve sustentar seu peso total submerso no fluido de geometricamente. Eles representam uma junta com rigi-
perfuração. Portanto, a tração de topo foi determinada dez interna e/ou amortecimento, de modo que o segun-
considerando o comprimento da coluna dentro do riser, do nó pode se deslocar ou girar em relação ao primeiro.
somado à tração no tubo logo abaixo do BOP. Assim, As rotações relativas nessa junta são limitadas pela for-
a mola equivalente colocada logo abaixo da cabeça do mulação do elemento, que não recomenda seu uso fora
poço deve suportar uma carga de tração igual ao peso do limite de 90 graus para qualquer das direções.
da coluna, que foi substituída por ela mesma. Elementos de contato entre os tubos modelam a in-
teração entre um nó de um elemento de viga e uma
definição da malha linha de deslizamento ao longo de um ou vários ele-
mentos de viga, pórtico, cabo ou tubos adjacentes.
Para se realizar uma análise global de um sistema de No programa ABAQUS/Standard, esses elementos são
perfuração submetido a esforços externos e ao peso pró- denominados “ITT31”. A interação entre a coluna de
prio dos elementos, optou-se por um modelo numérico perfuração e uma superfície cilíndrica externa é basea-
desenvolvido por Custódio (2003). O modelo é baseado da na abertura e no fechamento deste elemento de
no método dos elementos finitos, que representa a não- contato que, colocado nos nós da coluna de perfura-
linearidade do sistema, possibilitando a obtenção de re- ção, percebe a aproximação e o afastamento de uma
sultados bem próximos de um sistema real. linha de deslizamento anexada a um conjunto de ele-
A coluna de perfuração é uma seqüência de tubos mentos das juntas de riser, do BOP e do revestimento
e conexões que, inicialmente, no modelo são divididos de poço.
51
estudo de casos
O método adotado para avaliar o desgaste é o esta-
belecimento de um caso padrão para realizar as análises.
Este caso padrão sofrerá alterações do tipo de material
dos tubos da coluna de perfuração, aço ou alumínio,
e suas respectivas características geométricas. Os casos
padrões são compostos basicamente pela seqüência de
itens listados abaixo:
52
cargas hidrodinâmicas
tração de topo
53
entre as colunas de perfuração (aço e alumínio) e os contato, principalmente na região próxima à junta flexí-
elementos externos às colunas. Entretanto, nota-se que vel. Barbosa et al. (2006b) apresentaram limites para o
a maior parte deles gera uma força de contato com passeio da unidade, relacionando-os ao ângulo máximo
pequena magnitute. Os pontos de maior interesse para da junta flexível sob especificações da norma API RP
o trabalho são os de intensidade mais elevadas, que 16Q (American Petroleum Institute, 1993).
em ambas análises foram registrados atuando sobre o Para analisar o efeito da influência da corrente ma-
riser de perfuração. Porém, nota-se que para a região rinha sobre o sistema de perfuração, além da capacida-
superior (até 200 m de profundidade) e para a região de de interferir no processo do desgaste, manteve-se o
inferior (abaixo de 2 900 m de profundidade) as forças passeio (offset) da plataforma em 50 m (aproximada-
atingem valores maiores que 1 kN. Estas regiões são as mente 1,8% da lâmina d’água), e reduziu-se o perfil
de interesse para o trabalho, ou seja, onde se encon- de velocidade da corrente pela metade. Esta redução
tram as maiores forças de contato. Portanto, observa-se gerou resultados que influenciam em alguns fatores
um ponto com valor bem expressivo para a coluna de que contribuem para o desgaste do riser de perfura-
aço e de alumínio que se situa próximo à junta flexível, ção, como por exemplo: na intensidade das forças de
com intensidades da ordem de 25,6 kN e 16,3 kN para contato ao longo da coluna; na curvatura do riser; no
as colunas em aço e em alumínio, respectivamente. ângulo da junta flexível inferior e no número de pontos
Quanto ao deslocamento, observa-se que a substi- de contato.
tuição por tubos de alumínio na coluna de perfuração A curvatura do riser sofreu alteração com a modi-
fez com que o deslocamento lateral do conjunto riser e ficação da corrente, levando o ângulo da junta flexível
a coluna de perfuração aumentassem, ocasionando um reduzir-se à metade do seu valor inicial. Como se pôde
ganho de ângulo da junta flexível inferior (flex joint). notar nas análises, a velocidade com que a corrente
Isto ocorre porque a força de corrente sobre o riser marinha atinge o riser de perfuração influencia dire-
encontra menor resistência (rigidez) com a coluna de tamente na máxima força de contato, reduzindo sua
alumínio acoplada, permitindo que o conjunto (riser e intensidade a menos da metade em conseqüência da
coluna) se desloque mais lateralmente. curvatura do riser ter sido amenizada.
O passeio de uma unidade flutuante afeta de ma- Com a Tabela 5 pode-se comparar os resultados ob-
neira prejudicial um sistema de perfuração, provocando tidos para as forças de contato ao longo da extensão da
um maior ângulo da junta flexível inferior. Um ângulo coluna de perfuração, de aço ou de alumínio. As Figu-
excessivo pode provocar a interrupção no processo de ras 2 e 3 apresentam gráficos com as forças de contato
perfuração e ainda gerar um aumento das forças de e o deslocamento das colunas, respectivamente.
54
(1)
desgaste Onde:
V = Volume desgastado;
E = Eficiência do desgaste;
Em águas profundas e ultras profundas o sistema do
µ = Coeficiente de atrito;
riser de perfuração fica mais vulnerável às ações dete- Φ = Força lateral aplicada;
riorantes, como desgaste e pressão externa. O desgaste Sd = Distância deslizada;
provocado no riser de perfuração, assim como nos re- ξ = Energia específica do material por unidade
vestimentos, é causado de forma mais intensa pelas de volume.
55
56
Figura 4 – Área
desgastada.
Figura 5 – Variáveis de
desgaste.
Figure 5 – Wear
variables.
57
A área de desgaste representada pela Figura 5 é determinada através da integração, considerando uma fun-
ção para cada curvatura, riser e tool joint. A resolução da integral fornece a área de desgaste que é descrita pela
equação 8.
(8)
A altura (h) é determinada através da resolução do riser pela equação 6 descrita por Hall et al. (2005). A
sistema composto das equações 7 e 8. Conhecendo-se soma resulta em um volume total e, conseqüentemen-
o valor de Ad pelo volume calculado na equação 6, ob- te, no valor de espessura desgastada.
tém-se um sistema com duas incógnitas: h e W. As Tabelas 8 e 9 apresentam os resultados das análises
Para cada caso de comprimento de coluna analisa- nas diversas profundidades para a coluna de perfuração
do, determinou-se um valor de volume desgastado no de aço com correntes de 100% e 50%, respectivamente.
Tabela 8 –
Resultados obtidos
para a coluna de
perfuração de aço
com corrente 100%.
Table 8 – Results
obtained for the
steel drill pipe with
stream 100%.
Tabela 9 –
Resultados obtidos
para a coluna de
perfuração de aço
com corrente 50%.
Table 9 – Results
obtained for the
steel drill pipe with
stream 50%.
58
Table 10 – Results obtained for the aluminum drill pipe with stream 100%.
Table 11 – Results obtained for the aluminum drill pipe with stream 50%.
59
Tabela 12 – Volumes
desgastados usando
a equação de Hall
et al.
Table 12 – Volume
of material removed
using the Hall et al.
equation.
60
aço e de alumínio. A perda de espessura no riser sub- Em vista das análises de desgastes realizadas e dos
metido a maior corrente adotada chegou a 2,25 mm resultados obtidos, a utilização de tubos de alumínio na
e 1,21 mm para as colunas de perfuração de aço e de coluna de perfuração se apresentou vantajosa. Deve-se
alumínio, respectivamente. A norma API Spec 5L (Ame- também considerar que estes tubos, por apresentarem
rican Petroleum Institute, 2000) aceita como critério de um peso de aproximadamente 30% do peso dos tubos
tolerância para perda de espessura através de corrosão de aço, reduzem a carga suportada pela unidade flu-
ou desgaste de risers até 12,5% da espessura nominal. tuante, assim como o peso de deck. Os tubos permitem
Considerando que a espessura média do trecho do riser também a redução da força de atrito dentro do riser
analisado era de 25,4 mm, o limite para operações com e do revestimento, considerados problemas críticos na
o riser seria de 22,2 mm. Ou seja, com perda de espes- perfuração de poços direcionais e horizontais de gran-
sura máxima de 3,2 mm. Portanto, as análises mostram de afastamento. Pode-se então dizer que a utilização
que o desgaste máximo obtido ainda está dentro do de tubos de alumínio na coluna de perfuração é viável,
limite permitido. segundo as análises deste trabalho.
referências bibliográficas
AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE. Recommended practice for 21., 2006, Rio de Janeiro. SOBENA 2006. Rio de Janeiro: Sociedade
design, selection, operation and maintenance of marine drill- Brasileira de Engenharia Naval, 2006b.
ing riser systems. 1. ed. Washington’, 1993. (API RP 16Q).
CUSTÓDIO, A. B. Análises estáticas de riser de perfuração e
AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE. Specification for line pipe. coluna de perfuração. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de
42. ed. Washington, 2000. (API SPEC 5L). Janeiro, 2003. (Projeto CENPES: 3053).
AQUATIC COMPANY MARINE SURVEYS AND DRILLING OPERATION. FALTINSEN O. M. Sea loads on ships and offshore structures.
Aluminum drill pipes ADPPB131x13 and ADPPB150x25 for oil Cambridge: Cambridge University Press, 1990. 328 p. (Cambridge Ocean
& gas wells drilling. Moscow, 2002. Technology, 1).
BARBOSA, R. L. Análise de forças de contato e desgaste interno em FIGUEIREDO, M. W. Estudo de cargas em cabeça de poço sub-
riser marinho devido ao contato com tubos de perfuração. Dissertação marino em operações de completação. Dissertação (Mestrado) -
(Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2007. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2001. 114 f.
BARBOSA, R. L.; VAZ, M. A.; PLACIDO, J. C. R. Análise de forças de conta- HALL, R. W. Jr.; MALLOY, K. P. Contact pressure threshold: an impor-
to e desgaste interno de risers devido ao contato com tubos de perfuração. tant new aspect of casing wear. In: SPE PRODUCTION OPERATIONS
In: RIO OIL & GÁS EXPO AND CONFERENCE, 13., 2006, Rio de Janeiro. SYMPOSIUM, 2005, Oklahoma. Proceedings… Houston: Society of
Abstracts [of the...] Rio Oil and Gás Expo and Conference. Rio de Janei- Petroleum Engineers, 2005. (SPE 94300).
ro: Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, 2006a. (IBP 1268-06).
PACHECO, A. A. Desenvolvimento de um pós processador
BARBOSA, R. L.; VAZ, M. A.; PLACIDO, J. C. R. Análise global estática para visualização das janelas de operação de risers de per-
acoplada de um sistema de riser de perfuração. In: CONGRESSO NACIO- furação. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de
NAL DE TRANSPORTES MARÍTIMO, CONSTRUÇÃO NAVAL E OFFSHORE, Janeiro. Rio de Janeiro, 2004.
61
autores
Murilo Augusto Vaz João Carlos Ribeiro Plácido
Murilo Augusto Vaz graduou-se em Engenharia Naval pela Universi- João Carlos Ribeiro Plácido é formado em Engenharia Mecânica pela
dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1985, Mestre em Engenharia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em 1979, Mes-
Oceânica também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1990 tre em Engenharia de Petróleo pela Universidade Federal de Ouro Preto
e Ph.D. em Engenharia Oceânica pela University College London (UCL) (UFOP) em 1986 e Ph.D. em Engenharia de Petróleo pela Tulsa University
em 1994, na Inglaterra. Ingressou como Professor Adjunto no Programa (TU) em 1994, nos EUA. Ingressou na Petrobras em 1980 e fez o Curso de
de Engenharia Oceânica da Coordenação dos Programas de Pós-Gradu- Especialização em Engenharia de Petróleo (CEP-80). Desde 1983 trabalha
ação de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) em atividades de otimiza-
em 1997. Desde então trabalha em atividades de pesquisa e ensino na ção da perfuração de poços, dinâmica de colunas de perfuração e análise
área de dutos flexíveis e mecânica de colunas de perfuração. de integridade de tubulares usados em poços de petróleo.
e-mail: romulo.barbosa@halliburton.com
62
expanded abstract
This paper presents a feasibility analysis in order to riser thickness worn during the drilling operation was
replace steel drill pipes by aluminum drill pipes in order evaluated for steel and aluminum drill string with two
to reduce the marine drilling riser wear. The aluminum different maritime streams.
drill pipe weighs around 30% of the steel drill pipe. Simulating a real case drilling operation, several pa-
Therefore, the aluminum pipes are also valuable to de- rameters were varied, such as depth, drill string rota-
crease the drilling rigs deck loads and to extend the tion, rate of penetration, and drilling fluid. For several
length of extended reach wells, where friction force is combinations of these parameters, the wear depth of
a critical issue. the drilling riser internal wall was calculated.
A finite element model (FEM) was developed, using The steel drill string generated a wear depth two
the software ABAQUS, in order to determine magni- times larger than the one obtained with aluminum drill
tude and location of the contact forces between the string. Also, the high speed profile maritime stream
drill string and the external elements. Normally, this (100%) caused drilling riser wear higher than the one
contact occurs between the drill string connections obtained with the low speed profile (50%). Therefore,
(tool joints) and the internal wall of these elements, the aluminum drill pipes presented better results con-
such as casing, BOP (blowout preventer), LMRP (lower sidering riser wear.
marine riser package) and drilling marine riser.
Although several parameter combinations could be
done, it was decided to analyze only two drill string ma-
terials, such as steel and aluminum. The contact forces
were calculated for both cases, using steel and alumi-
num drill pipes, and with two maritime streams (100%
and 50%). In all cases, the analysis focused a small re-
gion near the flex joint, where the contact forces are
normally the largest. Also, the maximum contact forces
are always generated due to the contact between the
tool joint and the external elements such as BOP, LMRP
and drilling riser. The drill string movement must be
considered because alters the maximum contact force
magnitude and location.
Each analysis generated several contact points, al-
though just one presented very high magnitude com-
pared to the others. A riser wear analysis was per-
formed using such force, which it was always located
in the second riser joint above the LMRP.
The analysis used an analytical model developed by
Hall et al. (2005). The drill string was analyzed each
250 m until to reach 1 500 m depth. The wear factor
can be easily modified changing the drilling fluid (wa-
ter based and oil based) and the materials in contact.
Normally, water base mud presents wear factors larger
than the ones obtained with oil base mud. The drilling
63