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FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O USO DAS

NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO

Dawson da Silva Calheiros


Mestrando em Educação - Universidade Federal de Alagoas - Brasil
professordawison@hotmail.com.br

Myllena Calheiros Lopes


Mestranda em Educação – Universidade Federal de Alagoas – Brasil
myllenaobjetivo@gmail.com

Produção apresentada à disciplina Novas Tecnologias na Educação e Formação de Professores do


Programa de Pós-graduação em Educação – Mestrado, UFAL, agosto de 2007.

Resumo:

Este artigo analisa o processo de formação pedagógica específica do professor para o


uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) como ferramenta didática, na
modalidade presencial, semi-presencial e a distância, analisa também a cronologia da
utilização da EAD no Brasil e no mundo, faz uma breve análise das tecnologias
existentes antes do aparecimento das novas TIC, propõe a utilização das diversas mídias
existentes no contexto das escolas e faculdades, avaliando como se dá o processo de
inserção destas tecnologias tanto no âmbito da sociedade, como nos ambientes
educacionais. O texto dispõe também de maneira informativa, a caracterização, a
estrutura e o funcionamento dos cursos e programas existentes no âmbito do Ministério
da Educação e da Secretaria Especial de Educação a Distância voltados à formação de
professores para o uso dos recursos tecnológicos de forma pedagógica. Por fim propõe-
se uma reflexão sobre o papel tão importante e relevante da formação do docente para o
uso das mídias no contexto pedagógico, presencial ou não, como forma de alavancar o
processo de ensino aprendizagem e de construção do conhecimento, pois esse tipo de
construção de conhecimento, não linear, não seqüencial, possibilitados pelos sistemas
de hipertexto e hipermídia, requer dos atuais professores, novas aprendizagens,
principalmente no que diz respeito ao planejamento de aulas, desenvolvimento de
conteúdos e nas formas de avaliação.

Palavras–chave: Tecnologias da Informação e Comunicação, Formação Docente,


Educação à Distância.

Introdução

Atualmente vivemos em uma sociedade cada vez mais informatizada e high tech
e o computador representam a base de sustentação tecnológica em favor do

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conhecimento, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais qualitativas no âmbito
educacional.
Priorizar a tecnologia da informação e utilizá-la com qualidade é essencial para
o futuro educacional, cultural e socioeconômico de qualquer país. As grandes alterações
provocadas pelo desenvolvimento científico e tecnológico obrigam as instituições de
ensino a rever os seus métodos e as suas práticas pedagógicas tradicionais, pois o ensino
tornou-se obsoleto e a escola já não é a única fonte de informação dos alunos. Atender a
essas exigências urgentes significa hoje um grande diferencial para as instituições
escolares, de qualquer nível, interessadas em apresentar como alternativa um ensino
dinâmico e coerente com as mudanças que estão ocorrendo em nossa sociedade do
conhecimento e da informação.
Crê-se que o preparo do docente para a utilização destas tecnologias é de suma
importância para transformar a educação de uma simples transmissora de informação
em construtora do conhecimento e da aprendizagem do aluno, em que o professor
passará a assumir um papel de mediador e não mais de mero transmissor de informação,
deixando de ser de acordo com Freire (1970) uma “Educação Bancária”.
Contudo, o professor deverá ser muito bem capacitado, uma vez que exigirá
diferentes características, como: dinamismo e postura investigativa, capacidade para
obter e selecionar rapidamente informações eficazes e visão contextual, entre outras
qualidades.
Além das características já mencionadas, é necessário refletir sobre o uso dos
recursos tecnológicos, pois os mesmos devem estar inserido em uma proposta
pedagógica que respeite o contexto sócio-econômico e político, as condições prévias do
aluno e a avaliação permanente das aquisições e dos processos intelectuais, antes,
durante e após a utilização do computador, isto é, distintas maneiras de usar as
tecnologias da informação e comunicação na educação.
Este artigo vem elucidar questões relacionadas às Tecnologias na sociedade, a
Incorporação das TIC na formação de professores e a caracterização de cursos de
formação de professores em Educação a Distância (EAD). Tendo em vista, uma
reflexão em torno destas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano
pedagógico destes profissionais de educação.

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As Tecnologias na Sociedade

O processo de humanização dos sujeitos na sociedade é marcado pelo uso de


distintas ferramentas ou tecnologias, impregnadas a cada época. Utilizada para
determinadas finalidades no que condiz ao benefício ou melhoria na qualidade de vida
destes sujeitos sociais.
Desde os homens primitivos aos atuais, as tecnologias são aprimoradas de
acordo com a necessidade e progresso da mesma. Isto é, desde as mais primitivas como
cerâmica, barro, pedra... Até as mais atuais, como fotografias, gravações,
computadores...
A tecnologia é apreendida como uma forma de execução e armazenamento de
registros ou memórias. No entanto, atualmente estas ferramentas não só cumprem seu
princípio objetivo de memorização, como também modifica o próprio sentido da
memória, ou seja, por intermédio de imagens, sons e demais recursos eletrônicos.
Este fator indica uma banalização das tecnologias eletrônicas, pois inseri na
sociedade novas formas de vivenciar o contexto social, influenciando os sujeitos em
seus aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos.
Ao refletir sobre as tecnologias no contexto educacional, sobrepõem-se distintas
categorias. Tradicionalmente, o processo de ensino-aprendizagem era realizado de
forma linear, sendo processo exclusivo da Escola, acarretando categorias lineares,
finitas e determinadas.
Com a inserção das novas tecnologias no contexto escolar, novas categorias e
concepções são enfatizadas. Ocorrendo o deslocamento da informação, favorecendo a
socialização das informações e a construção do conhecimento a partir das distintas
tecnologias utilizadas, desde as velhas caracterizadas pela escrita, às novas
caracterizadas como eletrônicas. Contrapondo-se ao imaginário dos professores, pois
conforme KENSKI (1998), para uma grande parte dos professores o termo “novas
tecnologias” está associado ao uso da televisão e do computador em sala de aula.
Na atualidade existe um discurso epistemológico em especificar as velhas e
novas tecnologias, como as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Pois
ambas, favorecem a diferentes maneiras de apropriação do conhecimento.

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Como a sociedade na qual nos fundou é caracterizada pelas lembranças,
registros, a sociedade oral é baseada pela repetição. No decorrer dos tempos há a
construção e desenvolvimento de diferentes formas de apropriação do conhecimento,
como por intermédio da linguagem oral, da linguagem escrita e da linguagem digital
imprimindo de fato novos fatores à sociedade do conhecimento.

Incorporação das TIC na Formação de Professores

A sociedade do conhecimento na atualidade influencia a educação a uma nova


organização de trabalho. Para o estabelecimento desta nova organização, a educação
não pode desconsiderar o componente tecnológico.
Por intermédio desta nova organização, novas maneiras de viver, trabalhar e
realizar educação permuta. Uma delas é a informatização dos métodos tradicionais de
ensino. Segundo Valente (1993), sob a perspectiva pedagógica esse seria o paradigma
Instrucionista que faz uso do computador como uma máquina de ensinar.
Em outra abordagem, o computador tem a possibilidade de ilustrar e melhorar
ambientes tradicionais de aprendizagem onde o discente, interagindo com objetos desse
ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento em real aprendizado. Esse é o
paradigma Construcionista onde se privilegia a aprendizagem ao invés do ensino. A
utilização das TIC implica determinadas ações que são muito efetivas no processo de
construção do conhecimento. “Quando o aprendiz está interagindo com o computador
ele está manipulando conceitos da mesma maneira que ele adquire conceitos quando
interage com objetos do mundo, como observou Piaget” (Valente, 1993, p. 33).
Seguindo os pressupostos da nova organização de trabalho, ora moldada pela
Sociedade do Conhecimento, um novo posicionamento dos profissionais de educação é
exigido, logo construindo uma articulação entre docente e discente no desenvolvimento
das habilidades, como a capacidade de pensar, de aprender, de fazer e de ser. E no
desenvolvimento das competências, como na evolução pessoal, cognitiva,
comunicativa, no trabalho interdisciplinar e crítico. Nessa perspectiva é imprescindível
a formação e qualificação inicial e contínua destes profissionais.

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Com as novas tecnologias, novas formas de aprender, novas competências são
exigidas, novas formas de se realizar o trabalho pedagógico são necessárias e
fundamentalmente, é necessário formar continuamente o novo professor para
atuar neste ambiente telemático, em que a tecnologia serve como mediador do
processo de ensino – aprendizagem. (MERCADO, 2002, p. 15)

Em decorrência a sociedade atual, isto é, globalizada e tecnológica, distintos


mecanismos influenciarão e predominarão no campo cultural, ou seja, tanto do ponto de
vista macrossocial (tecnologias na sociedade) como microssocial (tecnologias em sala
de aula). Estas novas TIC surgiram a partir do século XIX e com o seu advento
propiciou na construção da interatividade ante aos conceitos mecanicistas clássicos, a
interação linear, determinista, causal, regular, previsível e mútua.
Neste contexto, há uma necessidade de uma nova pedagogia que tende a refletir
a questão do homem e imagens versus pensamentos, versus percepção, versus educação.
Logo, há uma precisão de integração da cultura midiática a cultura escolar, mas que
antes ocorra uma formação do educador, tendo objeto de estudo, métodos de ensino, de
aprendizagem e expressão.
Nessa perspectiva a formação de docentes para o uso das TIC, acarretará em
provável produtividade, seja a médio ou longo prazo, o fato é que é preciso investir
nessa política, pois além de poder favorecer a segurança do docente em ministrar suas
aulas com uso de distintas ferramentas, propicia um baixo índice de fracasso escolar,
frustrações e inquietudes sociais.
No entanto, ainda existe certa imposição e receio ao integrar e incorporar esta
nova pedagogia seja pela falta de formação, insegurança ou até mesmo a dificuldade de
rompimento com a mudança. Contudo, os profissionais de educação são chamados a
evoluir. Isto é, a inovar, a produzir conhecimentos, a criar laboratórios, a inventar
métodos de ensino, a investir na produção de materiais e incentivar no uso das mídias.
Portanto para que se efetive tal pedagogia é coerente ter como foco a pesquisa
para criação de ambientes colaborativos, no qual educador e educando seriam sujeitos
ativos na construção do conhecimento. O educador nessa pedagogia tem como papel
fundamental a facilitação e mediação, como também aprendizagem por meio de seus
educando, sendo assim, os partícipes do processo agem de forma mútua no exercício do
diálogo, criticidade, pesquisa, reflexão e afinal construção coletiva do conhecimento.
Nessa premissa, a escola tende a repensar seus modelos e valorização da cultura
dos discentes, acarretando as distintas ofertas para que todos os envolvidos em sua

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instituição estejam inseridos nessa nova tentativa de práxis pedagógica para uso das
TIC.
No entanto, inúmeros fatores irão influenciar a não inserção tecnológica. Belloni
(1998) considera a necessidade de humanizar as máquinas de comunicar, dominá-las,
sujeitando-as aos princípios emancipatórios da educação, eis aí o desafio que está posto.
Estas mudanças tecnológicas e sociais em curso inserem o homem num novo
contexto, ora variáveis de hábitos, de valores. Logo, a escola percebe da necessidade de
mudança, de refletir sobre a maneira tradicional de produzir e transmitir conhecimento.
Reforçando a idéia de que educação não é ter apenas a tarefa de adaptar procedimentos
e sim repensar e reinventar aprendizagem de acordo com sua realidade.
Portanto, nesta nova organização é imprescindível a exigência de um novo perfil
do educador, ou seja, que ele seja crítico, competente, comprometido, interativo,
exigente e principalmente aberto a mudanças. O educador nessa sociedade do
conhecimento deverá ser o encaminhador da auto-promoção e conselheiro da
aprendizagem.
O fator relacionado a mudança na postura do professor será característica
diferenciadora entre a mediação no processo de ensino-aprendizagem contrapondo-se ao
monopólio do saber. Outro fator influenciador a mudança de postura do profissional de
educação e a um melhor desenvolvimento do conhecimento é articulação das TIC nas
práticas pedagógicas.
Contudo, é salientar afirmar que o uso destas TIC não necessariamente
desenvolve-se de forma positiva, sejam pelos fornecimentos de pacotes pedagógicos, a
não familiaridade com as TIC, a ausência ou indevida formação inicial e / ou continuada
de professores para o uso das TIC.
A existência de uma formação inicial e continuada para o uso das TIC é
importantíssima para a probabilidade de qualidade no desenvolvimento das mesmas.
Estas formações podem realizassem de distintas maneiras, isto é, de forma presencial, a
distância e virtualmente, como demonstrada por BARRETO (2006), no gráfico a seguir:

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Focos das Teses e dissertações por ano - Formação de professores

Fonte: BARRETO, Raquel G. et al. As tecnologias da informação e da comunicação na formação


de professores. Revista Brasileira de Educação. V. 11, n. 31, p. 31 – 42, jan.abr. 2006.

Atualmente, a informática é caracterizada como umas das tecnologias


privilegiadas na formação continuada dos professores, a seguir a TV e o Vídeo e outras
mídias também se inserem no contexto das capacitações destes profissionais de
Educação.
Segundo BARRETO (2006), a modalidade presencial é a de maior proporção
para formação inicial destes profissionais de educação. Enquanto, a modalidade a
distância a mais utilizada para formação continuada destes profissionais, como
demonstrado nos gráficos a seguir:

Relação entre modalidades de ensino e formação inicial

Fonte: BARRETO, Raquel G. et al. As tecnologias da informação e da comunicação na formação


de professores. Revista Brasileira de Educação. V. 11, n. 31, p. 31 – 42, jan.abr. 2006.

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Relação entre modalidades de ensino e formação continuada

Fonte: BARRETO, Raquel G. et al. As tecnologias da informação e da comunicação na formação


de professores. Revista Brasileira de Educação. V. 11, n. 31, p. 31 – 42, jan.abr. 2006.

Caracterização de cursos de formação de professores em


Educação a Distância

Entende-se como educação a distância, aquela que tem como base o uso
intensivo das TIC, caracterizada pelo distanciamento físico e/ou temporal entre alunos e
professor e tem como características específicas a flexibilidade, onde tanto alunos,
quanto professores dispõem de horários alternativos para a execução das tarefas, é claro
respeitando os prazos existentes; a atemporalidade onde pode-se executar tarefas antes
dos prazos determinados, não sendo necessário esperar que a data final se expire,
fazendo assim com que alunos possam administrar melhor o seu tempo disponível; a
extraterritoriedade, já que como são utilizados recursos tecnológicos para facilitar o
aprendizado e permitir que alunos e professores estejam distantes, as informações e
tarefas chegam a qualquer parte do mundo, da mesma forma e as vezes com a mesma
rapidez; a interatividade, através de recursos como blogs, wikis, fóruns, chats e portais
acadêmicos, que facilitam o contato permanente de forma síncrona( em tempo real) ou
assíncrona (em tempos diferentes), de todos que fazem parte do curso e a facilidade de
escalonamento, onde se pode dividir as atividades em blocos ou em unidades, para que

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o planejamento do curso atenda as necessidades de tempo e de aprendizado de alunos,
professores e tutores.
O extraordinário desenvolvimento das TIC, a aceleração do progresso da ciência
e da tecnologia e a complexidade da vida moderna, fazem com que nossas vidas e a
sociedade adaptem-se a diferentes formas de vivenciar o novo jeito das coisas, inclusive
no campo educacional, é aí que a EAD com suas vastas possibilidades adentra no nosso
campo visual, pois nos permite se qualificar e aprimorar nossos estudos, sem que seja
necessário estarmos presente em salas tradicionais e em cursos presenciais.
Outro fator importante a ser levado em consideração, são as desigualdades
internas de ordem social, econômica e cultural que existe em nosso continental país,
onde a EAD, pode ser uma das soluções em longo prazo da redução de alguns índices
negativos, basta como exemplo o fato de milhares professores da educação infantil, ter
apenas o curso de magistério em nível médio, com a EAD, muitos desses professores
estão tendo a oportunidade de engrandecimento profissional, em cursos superiores
realizados em instituições reconhecidas e de qualidade como as universidades públicas
federais.
A forte e crescente demanda crescente pelo ensino superior é, também, outro
fator importante para a utilização da educação a distância, por motivos que vão desde a
falta de tempo do profissional que trabalha o dia inteiro para se sustentar à dificuldade
de locomoção de pessoas que moram distantes dos grandes centros, mas que em ambos
os casos necessitam de uma melhor qualificação educacional para continuarem
galgando degraus na sua vida profissional.
Como toda forma alternativa de ensino, a utilização de EAD como instrumento
de aprendizagem esbarra em alguns desafios, o primeiro deles é o desafio cultural de
consolidar-se como metodologia educacional de qualidade, já que muitos ainda são
reticentes e incrédulos quanto à eficácia da utilização dessa modalidade de ensino,
responder ao imperativo da democratização de educação, também se apresenta como
desafio, o chamado desafio social, hoje é urgente a necessidade de redução de
desigualdades, e a EAD se apresenta como uma forma eficaz de redução dessas
desigualdades, porém sozinha esta fora de educação jamais conseguirá vitórias
eloqüentes, por fim, observa-se o desafio processual, onde se torna necessário que as
pessoas que estão a frente da elaboração de cursos na modalidade a distância entendam
que só se trabalhando com planejamento e com equipes multidisciplinares o curso terá
mais chances de apresentar resultados positivos, estas equipes devem ser formadas por

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conteudista ou professor/autor, tutores, designer acadêmico pedagógico e especialistas
diversos (designer gráfico, web designer, em tecnologias da informação e da
comunicação).
Dividiremos os acontecimentos mais relevantes ao longo do tempo no tocante a
EAD por gerações, para um melhor entendimento da evolução da modalidade a
distância.
1ª Geração: Ensino por correspondência (envio de documentos: manuais, guias de
estudo, etc) por correio – iniciou-se em meados do século XIX. Primeiro curso de EAD
- criado por Sir Isaac Pitman, em 1840, no Correspondence Colleges na Inglaterra.
2ª Geração: Difusão dos materiais através da televisão, rádio, cassetes de áudio, vídeo e
por telefone, complementados por envio por correio em meados dos anos 60.
3ª Geração: Materiais mais interativos, apoiado por computador, e-mail e BBS
considerado o primogênito dos comunicadores instantâneos (messengers) que temos nos
dias atuais, Anos 80.
4ª Geração: Internet, aplicações educacionais mais interativas e fáceis de usar, escolas
virtuais, cursos disponíveis de forma global, aprendizagem colaborativa, comunidades
de aprendizagem.
No Brasil, embora sua origem remonte de há muito tempo com os cursos
ofertados pelo Instituto Universal Brasileiro(1941), Instituto Monitor(1939) e outros,
direcionados para as pessoas que ficaram fora do sistema por motivos diversos ou que
optavam por cursos profissionalizantes, esse tipo de educação era visto pela sociedade
como uma educação de segunda classe, uma vez que a clientela maior pertencia às
camadas populares.
Na década de 90, uma das estratégias de ampliação para possibilidades de EAD
no âmbito das Políticas públicas, pelo MEC, foi através do decreto no 1917 em 27 de
Maio de 1996, no qual foi criada a Secretaria de Educação a Distancia que tinha como
objetivo traçar linhas de ações e programas de formação de professores a distância,
visando melhorar a qualidade de aprendizagem do aluno na escola pública e dando
oportunidade de inserção das tecnologias na escola. Anos depois, a Educação a
Distância apresenta suas bases legais por intermédio da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 sendo promulgada pelo Decreto nº 5.622, 19 de
dezembro de 2005 e normalizada pela Portaria nº 4.361, 29 de dezembro de 2004.
A Secretaria de Educação a Distância – SEED representa a clara intenção do
atual governo de investir na educação a distância e das novas tecnologias como uma das

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estratégias para democratizar e elevar o padrão de qualidade da educação brasileira. A
Secretaria desenvolve vários programas e projetos, como:

O programa Salto para o Futuro formaliza uma importante ferramenta para a


formação continuada e qualificação de docentes ou estudantes que trabalham em
Educação, através de um programa televisivo de debates e discussões relevantes a
Educação.

O programa TV Escola é desenvolvido tendo a finalidade de capacitar, atualizar


e aperfeiçoar os docentes da Educação Básica, através da mídia televisiva e programas
produzidos pelo próprio programa tendo em vista o enriquecimento no processo de
ensino-aprendizagem.

O Programa Rádio Escola formaliza ações para a comunidade escolar por


intermédio da mídia radiofônica, tendo como foco expandir e desenvolver práticas
pedagógicas através desta mídia.

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O Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) é um programa
educacional para o desenvolvimento e promoção do uso pedagógico da informática na
rede pública de ensino fundamental e médio.

O Programa de Formação de Professores em Exercício - PROFORMAÇÃO é


um curso a distância, em nível médio, para habilitar professores sem formação
específica lecionando as quatro série iniciais para o magistério na modalidade Normal.

O programa Mídia Escola tem como objetivo a divulgação e a socialização das


produções dos alunos das escolas de rede pública sob orientação dos professores , com o
uso das TIC.

O programa Mídias na Educação é desenvolvido para formação continuada de


professores da rede pública de ensino para uso pedagógico das diferentes mídias
existentes, isto, Rádio, Televisão, Material Impresso, Informática, Internet.

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O Projeto DVD Escola, democratiza o programa TV Escola, permutando os
recursos modernos de aparelhos DVD nas Escolas Públicas.

O Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância apóia projetos que


visam o desenvolvimento da educação presencial e/ou a distância, incentivando a
pesquisa e formalização dos conhecimentos.

A Rede Interativa Virtual de Educação é um programa que objetiva a produção


de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de objetos de aprendizagem, melhorando a
aprendizagem das disciplinas da educação básica e a formação cidadã do aluno.

A Universidade Aberta do Brasil visa a democratização, expansão e


interiorização do Ensino Superior Público e gratuito no Brasil, por intermédio do Ensino
a Distância on-line, e tendo em vista a articulação de distintas Instituições de ensino
superior, municipal e do estado.
Além destes programas apresentados, desenvolvidos pelo Ministério de
Educação e parceiros da educação existem outros projetos, cursos e programas que

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fazem parte da Secretaria de Educação a Distância e que também auxiliam nessa difícil
missão de preparar os docentes para a utilização das TIC.
É perceptível que o objetivo para o desenvolvimento destes programas, é a
iniciativa de inserção tecnológica dos profissionais da educação, como também a
execução de formações profissionais iniciais ou continuadas, contudo, há mais de uma
década são desenvolvidos estes programas no Brasil, e é visível que apesar de uma
coerente proposta pedagógica, é necessário repensar as dinâmicas destes programas e de
outros que surgiram do aperfeiçoamento ou necessidades de outros programas.
As ofertas destes programas podem colaborar ou não na práxis pedagógica dos
profissionais de educação, pois à medida que o programa é planejado e executado,
distintos fatores influenciarão na sua eficácia ou ineficácia, como nos materiais de
apoio, estratégias na execução do programa, disponibilidade temporal, construção de
ambientes colaborativos e cooperativos, interatividade e interação entre os envolvidos
no programa, isto é, professores, coordenadores, tutores e cursistas.

Considerações Finais

A partir das mudanças e inserções tecnológicas na sociedade é perceptível a


mobilização modificadora das TIC nos aspectos sociais, culturais, políticos e
econômicos. A sociedade do conhecimento exige uma nova organização de trabalho a
educação, apresentando duas vertentes, podendo ser Instrucionista (tradicional),
enfatizando uma aprendizagem linear, determinada e sistemática. Ou numa vertente
Construcionista, enfatizando a informação como permanente estado de aprendizagem,
adaptando ao novo, novos espaços e tempo para aprendizagem, destacando a
especialização dos saberes, a colaboração transdisciplinar e interdisciplinar e o fácil
acesso a informação.
Considerando a vertente construcionista, como influenciadora do ponto de vista
qualitativo à educação, um novo patamar é exigido aos profissionais de educação, pois
os mesmos deverão mudar sua postura anti ao monopólio do saber, articulando distintas
características ao seu cotidiano pedagógico, como: mediação do conhecimento, trabalho
em grupo, mudança de postura, criticidade, autonomia, criatividade...

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Tendo em vista o favorecimento para mudança na postura destes profissionais,
as novas Tecnologias de informação e comunicação demonstram tal finalidade.
Contudo, ao introduzir as TIC no cotidiano pedagógico ocorre a necessidade de
capacitar adequadamente os profissionais de educação, dinamizando na integração
cultural, tornando significativo e viabilizando a construção de conhecimento não
limitando ao simples uso das tecnologias. Pois, por intermédio destes recursos
tecnológicos os professores podem inovar e proporcionar condições melhores para que
seus alunos possam de maneira criativa e enriquecedora construir o próprio
conhecimento.
As possibilidades para a formação inicial e continuada destes profissionais
podem ser concretizadas pelas distintas modalidades, isto é, de caráter de ensino
presencial, não - presencial e virtual. Desde 1995, com a criação da SEED, o Ministério
de Educação associado às diversas parcerias estaduais, municipais e federais, apóia o
desenvolvimento de distintos programas, cursos e projetos para formação inicial e
continuada de professores, gestores e alunos de graduação na área de educação por
intermédio da educação a distância e uso das diferentes mídias.
Através de pesquisa já realizadas, é verificável que o desenvolvimento destes
programas ou a introdução destas tecnologias no cotidiano pedagógico podem desvelar
alguns problemas como a utilização de pacotes pedagógicos, o não acesso ou
dificuldade de acesso a essas TIC, a resistência para mudança de paradigmas...
Em controvérsia a afirmativa acima, é necessário formar os professores da
mesma maneira que se espere que eles atuem, no estímulo a pesquisa, na vivência e
conhecimento e aplicabilidade das distintas mídias no contexto pedagógico, na
provocação de hipóteses e discussões colaborativa.
Diante dessa realidade, louvam-se as tentativas, mesmo que ainda tímidas e com
escassos recursos e recursos mal aplicados, que o governo federal em parceira com
estados e municípios vem desenvolvendo para qualificar os docentes das instituições
públicas para a utilização das tecnologias da informação e comunicação, não deixando
de citar, que as instituições privadas, também deveriam criar programas que
contemplassem a formação de seus docentes visando a utilização de forma pedagógica
das tecnologias disponíveis.

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Referências

BARRETO, Raquel G. et al. As tecnologias da informação e da comunicação na


formação de professores. Revista Brasileira de Educação. V. 11, n. 31, p. 31 – 42,
jan.abr. 2006.

BELLONI, Maria Luiza. Tecnologia e formação de professores: rumo a uma pedagogia


pós-moderna? Educação & Sociedade. Ano XIX, Nº 65. São Paulo: Centro de Estudos
Educação e Sociedade (Cedes), dez. 1998.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1970.

KENSKI, Vani M. Novas tecnologias: o redimensionamento do espaço e do tempo e os


impactos no trabalho docente. Revista Brasileira de Educação. N. 8, mai. jun. jul. ago.
1998.

J. A. Valente, Aprendendo para a Vida: O uso da Informática na Educação Especial. In:


M. P. Freire e J. A. Valente (orgs). Aprendendopara a Vida: Os Computadores na Sala
de Aula. São Paulo: Cortez, 2001.

J. A. Valente, Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas (SP):


Gráfica Central da UNICAMP, 1993.

MERCADO, Luís P. Formação docente e novas tecnologias. In: Novas Tecnologias na


educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002.

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