DECISÃO
Agrava-se de decisão que negou seguimento ao recurso especial,
fundamentado no art. 105, III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra
acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado:
O agravante alega violação dos arts. 14, II, e 226 do CP, 158 do CPP e
61 do Decreto-Lei 3.688/41, buscando a sua absolvição, por não ter sido realizado o
exame de corpo de delito, bem como por descumprimento da lei no reconhecimento
fotográfico.
Pretende alternativamente a desclassificação do delito para
importunação ofensiva ao pudor, ou o reconhecimento do crime na forma tentada.
Contrarrazões às fls. 315/318.
O Ministério Público Federal opinou pelo desprovimento do agravo.
É o relatório. Decido.
A irresignação não merece prosperar.
O Tribunal de origem, soberano na análise das circunstâncias fáticas
da causa, entendeu que ficou comprovada a autoria e a materialidade do delito de
Por outro lado, como já assentado "a jurisprudência deste STJ é firme
no sentido de que 'o reconhecimento fotográfico do réu, quando ratificado em juízo,
sob a garantia do contraditório e ampla defesa, pode servir como meio idôneo de
prova para fundamentar a condenação.' (HC 273.043/SP, Rel. Min. LAURITA VAZ,
QUINTA TURMA, DJe 03/04/2014) Incidência do enunciado 83 da Súmula deste
STJ" (AgRg no AREsp 680.035/DF, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, DJe 17/09/2015). No mesmo sentido: