Material Teórico
Povos Bárbaros / Império Bizantino
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Povos Bárbaros / Império Bizantino
• Introdução
• Império Bizantino
5
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
Contextualização
6
Introdução
Esclarecidos esses pontos, vamos entender como essas sociedades contribuíram para o fim
do Império Romano.
7
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
Guerras (1995) afirma que a origem do termo germanos é incerta, dentre as possíveis
teorias sobre seu surgimento, destaca três:
1 - os germanos poderiam ser indo-europeus originários da Rússia;
2 - a civilização germânica teria sofrido influência de vários grupos, entre eles, celtas,
mediterrâneos, nórdicos, etc; e
3 - os germano seriam autóctones.
8
permanente. Entretanto, não integravam as legiões romanas. Eram divididos/separados em
grupos de acordo com sua origem.
Em outro período, a instabilidade dentro do Império, levou os romanos a integrarem grandes
grupos de germanos e enviá-los para locais distantes, como fazia com as legiões romanas. Após esses
períodos, alguns ‘bárbaros’ foram alçados à posição de chefia dentro do poderoso exército romano.
A partir do século III, uma grave crise assolou o Império. Vários foram os fatores que
contribuíram para enfraquecer Roma. Politicamente, Roma estava enfraquecida. Segundo
Beltrão (2000), os imperadores se sucediam rapidamente e, alguns, ocupavam o posto por
apenas alguns dias.
Existia instabilidade política, bem como crise econômica. A produção agrícola também
sofria. Além da devastação causada pelas guerras, havia um movimento de abandono do
campo, ou seja, se a terra não estava destruída, estava abandonada. A alta de impostos
também assolava a população. Esses fatores tiveram influência direta no comércio que, a
cada vez, se enfraquecia mais. A diminuição das vendas para o exterior e o aumento das
importações causam, ainda, a escassez de metal em circulação.
9
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
Todas essas questões levaram ao declínio à camada social intermediária. A influência dos
aristocratas e dos senadores aumentou. As vilas rurais passaram a ser o principal polo social
do período. Essas vilas eram, na maiorias dos casos, fortificadas e protegidas. O dono da
propriedade recebia agricultores que, em troca de taxas ou mesmo favores, podiam cultivar
pequenos pedaços de terra. Os donos dessas propriedades começaram a ser vistos como
protetores das várias camadas sociais atingidas pela crise do Império Romano.
O cenário do século III era, portanto, o de uma grande crise. Ao longo desse período, os
limites do império foram ficando cada vez mais desprotegidos. Muitas vezes, as guarnições do
limes eram deslocadas para resolver conflitos que eclodiam em outros pontos do Império. A
capacidade de defesa de Roma estava claramente enfraquecida. Isso facilitou, imensamente,
a migração de diversos povos bárbaros. Fosse por questões populacionais (aumento da
população), fosse por questões territoriais, ou seja, guerras por conquista de território; o fato
é que os povos germanos aproveitaram-se da fragilidade fronteiriça do Império e começaram
um grande movimento migratório.
Além disso, havia certa insatisfação dos germanos pela maneira como os romanos
administravam o limes. Por exemplo, Roma exigia que uma faixa de terra além de sua fronteira
(o limes) permanecesse improdutiva, ou seja, os germanos não podiam cultivar nada naquela
extensão de terra.
Os romanos também cobravam impostos dos povos que viviam nas proximidades do limes
ainda que, não fossem parte integrante do Império. A navegação dos rios que formavam a
fronteira também obedecia regras rígidas. Normalmente, era proibida aos germanos.
A crise chegou a seu ápice com uma série de invasões bárbaras ao Império. A partir de
meados do século III, o Império começou a sofrer uma série de ataques de grupos diversos. Em
254, por exemplo, francos e alamanos conseguiram cruzar a Gália, saqueando e destruindo o
que encontram em sua marcha até o norte da Itália. O Império Romano foi atacado em vários
pontos. Inclusive em sua porção Oriental.
A partir do ano 233, por exemplo, os alamanos conseguiram grande avanço no território romano.
Os romanos, conseguiram conter, em parte, os avanços dos bárbaros, mas a custo de
grandes mudanças e reformas. O sistema defensivo precisou ser reorganizado.
A partir do século III, o avanço dos ‘bárbaros’ não pode mais ser contido. Já no século IV,
um grupo denominado godos, ocupava parte do território do Império. O surgimento de outro
grupo, os hunos, trouxe ainda mais instabilidade para essas relações.
Os hunos avançaram pelo território germano, dominando, a princípio, os ostrogodos. Depois,
foi a vez dos visigodos serem atacados pelos hunos. Essas duas sociedades eram extremamente
diferentes. Enquanto os godos eram sedentarizados, voltados para a prática da agricultura, os
hunos tinham como característica principal o nomadismo e o gosto pela conquista.
10
Os godos foram recebidos dentro do Império, na sua porção oriental. O imperador concedeu
asilo à essa sociedade e os acomodou como soldados-lavradores, ou seja, cultivavam as terras
onde foram recebidos e, em momentos de conflito serviam ao Império.
Os visigodos foram explorados pelo Império, em 337 houve um levante. O Império, apesar de
ter enviado suas legiões contra os visigodos, foi derrotado. A partir daí, os visigodos começaram
a se expandir em direção às Balcãs. O principal objetivo dessa sociedade, entretanto, não era
derrubar o Império Romano, seu interesse maior residia na própria sobrevivência.
No Ocidente, os visigodos foram aceitos dentro do território romano sem a necessidade de
nenhuma alteração dentro de sua organização social. Na prática, isso significa que havia um
Estado dentro de outro. Por um tempo, essa política pacifica pareceu surtir efeito. Inclusive, o
apoio dessa sociedade no Ocidente permitiu a última unificação do Império Romano.
Entretanto, a morte do líder responsável pela política ‘pacifista’, Teodósio, também pôs
fim à aliança.
Além deles, suevos, vândalos e burgúndios, que sofriam pressão dos hunos, também
avançavam pelo território romano. Nessa investida, conseguiram chegar até a Gália. Pelo
período aproximado de dois anos, esses grupos investiram contra o território.
Finalmente, no século V, Roma, após intensos ataques, estado do sítio e pagamento de
resgate, e sem condições de resistir, foi saqueada. A cidade foi pilhada durante três dias.
Segundo BELTRÃO (2000), os imperadores romanos desse período, passavam pouco
tempo na capital do império – Roma. Estavam mais preocupados com a defesa da fronteira
oriental. No século IV, percebeu-se a necessidade da criação de uma sede no Oriente.
Como podemos notar, o avanço das sociedades “bárbaras” promoveu uma mudança
significativa na geografia do Império. Essas sociedades se instalaram onde antes o domínio
romano era total.
Os germanos não se organizavam como os romanos, ou seja, a figura do Estado, não existia
para eles. Se organizavam em clãs ou tribos. A família era uma estrutura importante dentro
desta sociedade. O pai, tinha amplos poderes sobre a família. As mulheres eram tuteladas,
a princípio, por seus pais e, depois, por seus maridos. Os filhos ficavam sob a tutela do
pai, aproximadamente, até completarem quinze anos. Durante esse período, ocupavam-se
de tarefas domésticas ou agrícolas. A partir dessa idade, o pai podia armar seus filhos como
guerreiros e estes, passavam a integrar a ‘corte’ do chefe do clã ou tribo a que pertenciam.
11
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
Essas sociedades eram formadas, majoritariamente, por homens livres. Isso não quer dizer
que não tivessem escravos. Guerras (1995) afirma que o grupo de escravos era formados por
povos vencidos, ou por devedores que não pagaram suas dívidas. Normalmente, exerciam
atividades ligadas à agricultura, mas também podiam ser utilizados em atividades domésticas.
Essa camada social não, até tornar-se semilivre, mediante pagamento, entretanto, não faziam
parte do povo germano.
A característica mais marcante dos germanos era o militarismo. Eram sociedades guerreiras.
Os exércitos eram formados por homens livres, saudáveis e, em condições físicas de combater.
A própria organização social baseava-se na hierarquia militar.
Podemos afirmar que as duas principais ocupações dos germanos eram a guerra e a agricultura.
As guerras tinham por objetivo aquisição e expansão dos territórios, além de proporcionar
aumento no número de mão de obra. Como já foi dito, os povos derrotados eram escravizados
e utilizados na agricultura. Nos períodos de colheita, as guerras eram interrompidas.
Obviamente, como estamos falando de diversas sociedades, os cultivos variavam de acordo com
a região e o clima dos territórios ocupados por eles. A caça e a pesca também eram uma realidade
para esses grupos. Os germanos também tinham na pecuária uma atividade econômica.
Homens livres
Camponeses guerreiros,
que tinham participação política.
Antigos Escravos
Homens que conquistaram a liberdade,
mas não tinham direitos políticos.
Escravos
Prisioneiros de guerra, devedores ou pessoas que
foram vendidas para a função de escravos.
Esses grupos costumavam instalar-se por alguns anos em determinados locais. Esgotadas as
condições de plantio do solo (o que, geralmente, acontecia em três anos), mudavam-se para
outros territórios.
As mulheres costumavam ser responsáveis também pelo cultivo da terra, e, geralmente,
exerciam essas atividades enquanto os homens estavam em guerra. Eram auxiliadas pelos
escravos. Nessa sociedade, a figura da propriedade particular está presente. No entanto, o
cultivo era coletivo.
O comércio também era uma realidade. De uma maneira geral, o comércio estava baseado
em trocas. Mesmo com a penetração de moedas romanas nessas sociedades, as atividades
comerciais baseavam-se, primordialmente, em trocas de produtos agrícolas, animais ou
utensílios produzidos pelas tribos germanas.
12
Quanto à religião, pode-se afirmar que os germanos eram politeístas, assim como os
romanos. Como estamos falando de uma série de sociedades, não é possível afirmar que
houve unidade religiosa, ou de culto, como a unidade presente entre os romanos. Guerras
(1995) afirma que as sociedades germanas não desenvolveram uma camada social voltada,
exclusivamente, para a religião. Alguns elementos exerciam a função de sacerdotes, mas, com
o passar do tempo, essa função também foi atribuída ao pai de família ou ao chefe da tribo.
As mulheres, dentro do aspecto religioso, tinham certo destaque uma vez que podiam ser
profetisas ou mágicas.
Quando nos deparamos com o termo ‘povos bárbaros’, normalmente, pensamos se tratar
de uma unidade social e política. Como pudemos notar, os povos ‘bárbaros’, eram na verdade,
uma série de grupos sociais distintos que os romanos não conseguiram dominar. A instabilidade
política, econômica e social do Império o impediu de lidar com essas sociedades que cresciam
às margens de Roma e dominavam territórios, onde o Império ainda não havia penetrado.
Pudemos perceber que há grande diversidade étnica e cultural dentro do que, genericamente,
chamamos de bárbaros. E que a palavra, que nos lembra, a princípio, violência, nem sempre está de
acordo com o modo de viver de diversos desses grupos. Como já esclarecemos, vários deles eram
sedentarizados e dedicados à prática da agricultura e pecuária.
13
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
Império Bizantino
··Qual a relação entre roma e o império bizantino?
··O império bizantino é uma continuação do romano?
··Qual a importância desse império?
Quando falamos em Império Bizantino, quase imediatamente, o associamos à nova capital
do Império Romano e à ruptura entre as porções oriental e ocidental do Império.
Antes de falarmos do Império Bizantino, propriamente dito, vamos falar da sua localização
geográfica e da importância dessa localização para o desenvolvimento desse Império.
A partir do século III, o Império Romano enfrentou grave crise que abalou as estruturas
políticas, econômicas e sociais. A pressão exercida pelos povos ‘bárbaros’, em todas as fronteiras
do Império, apontava para a necessidade de uma nova sede. Em 330, o imperador Constantino
inaugurou a nova capital do Império, que a princípio, ficou conhecida como Nova Roma.
Posteriormente, ficaria conhecida como Constantinopla, em homenagem ao imperador.
14
A nova capital foi escolhida pela evidente importância da proximidade de rotas comerciais
importantes, de portos bem desenvolvidos e da Ásia, além da fertilidade do solo. Além disso,
a porção Oriental do Império não sofria com a grave crise econômica que assolava o Ocidente.
Havia grande circulação de metais, o que propiciou o desenvolvimento urbano e, obviamente,
ajudou a custear construção da nova capital.
O termo Império Bizantino não era utilizado por aqueles que o formavam.
Segundo Beltrão: “os bizantinos chamavam a si mesmos de ‘Rhomaioi’,
quer dizer, romanos, pois era assim que se consideravam.” (BELTRÃO,
Você sabia? 2000, p.18)
Rei
Alta Grande
nobreza clero
Pequena Pequeno
nobreza clero
Homens livres
Camponeses e
Artífices
Servos
e
Escravos
15
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
A sociedade bizantina era formada por um misto de gregos, armênios, persas, judeus, enfim,
uma grande quantidade de etnias. Portanto, não podemos considerar o termo ‘bizantino’
como sinônimo de unidade étnica. Refere-se, apenas, aos indivíduos que viveram dentro do
território do Império, e que, independentemente, de sua origem étnica, atendessem a certas
condições como, por exemplo, respeitar as instituições do Império.
A estrutura social de Bizâncio era extremamente rígida. De uma maneira geral, podemos
dividi-la da seguinte forma: O imperador e sua família eram as figuras mais importantes,
seguidos pela nobreza, o clero vinha logo abaixo, depois deles uma elite, formada por ricos
proprietários, funcionários públicos e comerciantes, entre outros. A camada mais privilegiada
da população (a nobreza) era também conhecida como ‘poderosos’. Havia uma nobreza civil
e uma militar. Uma camada intermediária era composta por artesãos e pequenos agricultores.
Os camponeses representavam a maior parte da população.
Beltrão afirma que esses grupos tinham, de início, uma orientação religiosa,
mesmo desempenhando funções civis ou militares. Depois, assumem funções
políticas e passam a ser vistos como partidos políticos. Os dois principais
partidos de bizâncio eram os verdes e os azuis. Havia entre eles grande
Diálogo com o Autor rivalidade. O maior perigo, entretanto, era que houvesse uma aliança entre
os dois. Nesse caso, a união poderia ser capaz de causar grandes problemas
para o império. (Beltrão, 2000, p.22)
A figura do Imperador era revestida de uma aura sagrada. O próprio título basileus significa
autoridade suprema. A influência do cristianismo também contribuiu para a sedimentação da
figura sagrada do imperador. Ele passou a ser visto como ‘protegido de Deus’.
O imperador tinha poderes ilimitados; além do governo do império, ele podia influir
também na Igreja. Podia indicar, por exemplo, bispos, convocar concílios, e, se fosse o
caso, interferir em questões religiosas mais complexas.
As relações entre a nobreza bizantina e os basileis podiam ser, muitas vezes, conflituosas.
A nobreza ocupava cargos de grande importância tanto civis, quanto militares. Uma das
maneiras de se proteger de possíveis golpes era cercar-se de funcionários confiáveis. Em
Bizâncio, os funcionários imperiais dispunham de seus cargos de maneira vitalícia. Havia
também a possibilidade de comércio desses cargos.
A economia em Bizâncio estava diretamente ligada ao Estado. O Estado tomava decisões
sobre preços, salários, enfim, decidia sobre quase tudo na economia. O comércio era uma
das atividades econômicas mais importantes. Produtos como perfumes, seda, cravo e
pedras preciosas, entre outros, estavam entre os itens que o Império comercializava.
A agricultura era a base da economia bizantina. O Estado gerava divisas, cobrando
impostos sobre a produção agrícola. A pecuária também era uma atividade de grande
16
importância econômica: “o gado era a medida de riqueza pessoal do camponês.”
(BELTRÃO, 2000, p.30).
A religiosidade foi uma questão muito importante no Império Bizantino. Mesmo antes
de ser a nova capital do Império Romano, Bizâncio possuía um grupo cristão. Não havia,
no entanto, um líder cristão. Essa liderança era exercida pelo patriarca (nome dado aos
líderes dentro da hierarquia da Igreja) de Alexandria. O patriarca tinha grande destaque
na sociedade bizantina. Aliás, fazer parte do alto clero, era a ambição de muitos jovens
de famílias nobres. Os ocupantes do alto clero tinha uma série de vantagens, como seguir
promissoras carreiras políticas e serem isentos de impostos.
Dentre as várias questões religiosas ocorridas no Império, destacamos a Iconoclasta.
Em 726, o imperador romano Leão III, determinou a destruição de imagens de santos,
da Virgem e de Cristo. Segundo o imperador, o culto extremo a essas imagens estava
muito próximo do paganismo. A população reagiu gravemente ao posicionamento do
imperador. A questão foi tão séria que culminou em uma guerra civil que só teve fim no
ano de 843, com o restabelecimento do culto às imagens.
Dentre os imperadores de Bizâncio, destaca-se Justiniano (527 - 565), que com pulso
firme tentou retomar o poderio imperial, defendeu as fronteiras do Império e retomou os
territórios que foram perdidos. Justiniano simplificou a administração do Império, diminuiu
o número de funcionários imperais e também o número de províncias.
Suas campanhas no Ocidente foram facilitadas por alguns fatores: os reinos bárbaros
se encontravam em franca decadência, as diferenças entre essas sociedades aprofundavam
os conflitos entre elas e também questões religiosas.
A questão externa no governo de Justiniano lhe rendeu uma grave crise interna. Para
custear suas campanhas, o imperador aumentou impostos e tributos, causando grande
descontentamento na população de Bizâncio. A revolta teve início dentro do hipódromo,
porém ganhou toda a cidade com uma rapidez incrível. Os mentores da revolta foram os
partidos Verde e Azul, mas grande parte da população se envolveu no conflito.
17
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
A criação de um código que reuniu e organizou a legislação romana é, talvez, a obra mais
conhecida do imperador Justiniano. Essa obra, posteriormente, chamada de Corpus Iuris
Civilis, estava dividida em quatro partes e representa uma das bases do Direito Civil atual. O
Código foi revisto algumas vezes e algumas das leis editadas por Justiniano não chegaram a
integrar o código, pois o Imperador morreu antes disso. De qualquer maneira, é indiscutível
a importância do ato que organizou e reformulou ou atualizou várias leis do direito romano.
Mais que isso, o código, como já foi dito, é uma das bases do Direito Civil atual, sendo
possível, inclusive, notar semelhanças em leis editadas no Código de Justiniano e no Código
Civil Brasileiro, por exemplo.
É importante destacar também a arte em Bizâncio. O maior destaque fica por conta dos
mosaicos; muitos deles podiam ser encontrados em casas de grandes senhores, nobres e, nas
igrejas. Mas não se pode deixar de citar a arquitetura com a construção de monumentos ricos e
variados e nem a pintura. De forma geral, havia uma preferência por retratar temas religiosos.
A sociedade bizantina foi, portanto, mais do que uma simples extensão do Império Romano.
Foi a junção de várias etnias com a influência cultural romana, grega e de inúmeros outros locais
com os quais comercializavam. Pode-se dizer que o ‘mundo’ cabia em Bizâncio. Essa sociedade
vive ainda, seja através dos mosaicos (os que sobreviveram e os que são reproduzidos) mas, e
principalmente, através da organização. Afinal, foi de um imperador Bizantino a iniciativa de
realizar uma reforma legal de amplas proporções e que foi uma das bases do Direito Civil atual.
18
Material Complementar
Vídeos:
Asterix e os vikings - http://youtu.be/3Zsi_kdX0RY
Asterix e Cleópatra - http://youtu.be/aBYQL__kbAE
Livros:
RUNCIMAN, Steven. A teocracia bizantina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1978.
131 p. (BIBLIOTECA DE CULTURA HISTORICA)
ANGOLD, Michael. Bizâncio: a ponte da antiguidade para a idade média. Rio de Janeiro:
Imago, 2002. 153 p.
GIORDANI, Mário Curtis. História dos reinos bárbaros, I: acontecimentos políticos. 3. ed.
Petrópolis: Vozes, 1985. 220 p.
RICHÉ, Pierre. As invasões bárbaras. 2.ed. Portugal: Ed. Europa-América, 1952. 133 p.
19
Unidade: Povos Bárbaros / Império Bizantino
Referências
20
Anotações
21