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MATERIAIS DE CONSTRUÇAÃ O

Vidros
Introdução

Aprendeu-se mais a respeito do vidro e de seu processamento nos últimos 30 anos que
durante toda a história precedente da tecnologia. Os vidros são hoje utilizados em quase todos
os aspectos das atividades humanas; em casa, na ciência, na indústria e mesmo em arte, pois
eles podem ser ajustados às suas finalidades.
O vidro é uma substância sólida e amorfa que apresenta temperatura de transição
vítrea(temperatura que separa o comportamento sólido do comportamento líquido em um
sólido amorfo). No dia a dia o termo se refere a um material cerâmico transparente geralmente
obtido com o resfriamento de uma massa líquida à base de sílica. De entre os vidros naturais, a
obsidiana, pela sua abundância relativa, terá sido o mais utilizado.
Alguns vidros podem ser utilizados em temperaturas extremas, enquanto outros só têm
utilidade porque se fundem a baixas temperaturas. Algumas peças conservam suas formas
mesmo submetidas a mudanças extremas de temperatura como entre o fogo e o gelo, outras
podem conduzir ou bloquear a luz. Os vidros podem ter diversos graus de finalidades, eles
podem filtrar, conter, transmitir ou resistir às radiações eletromagnéticas pertencentes a quase
todas as faixas do espectro.

Historia do vidro

O historiador Caio Plínio II (27-79 D.C.), em sua obra "Historia Natural", atribuiu o
descobrimento do vidro a mercadores fenícios que desembarcaram nas costas da Síria e,
necessitando de fogo, improvisaram fogões, usando blocos de salitre (trona) sobre a areia.
Passado algum tempo, notaram que do fogo escorria uma substância líquida e
brilhante, que se solidificava imediatamente: o vidro. Os Fenícios teriam, então, se dedicados
à reprodução daquele fenômeno, chegando à obtenção de materiais utilizáveis.
No Egito, o mais remoto exemplo de vidro é um fragmento também azul escuro, uma
espécie de amuleto, onde está escrito o nome de Antef II, faraó da 11ª Dinastia (2133 - 1991
A.C.).
No Egito, na Mesopotâmia, Síria ou Grécia, a produção de vidro na antiguidade exigia
grandes esforços dos artistas e operários, na sua maioria escravos. Os elementos básicos de
sua composição - cálcio, cal e a barrilha, potássio - eram basicamente os mesmos de hoje, mas
produziam vidro opaco e arenoso.
Os fornos pequenos, o vasilhame de barro, a dificuldade para conseguir altas
temperaturas e atingir o grau de fusão necessário dificultavam as tarefas. Com a técnica de
fole aplicada ao forno, introduzida no Egito, conseguiu-se aumentar o calor e assim tornar a
massa vítrea mais maleável - mas o vidro, até o séc. VI A.C., era produzido em escala
reduzida para uso e adorno exclusivo dos nobres.
A descoberta da técnica do sopro (fabricação de vidro oco - garrafas, potes, copos, bulbos,
etc.) na Síria e em Alexandria, quando Roma já estendia seu domínio sobre o Oriente Médio,
marca um grande momento na história do vidro.
Vidro no Brasil

A história da indústria do vidro no Brasil iniciou-se com as invasões holandesas


(1624/35), em Olinda e Recife (PE), onde a primeira oficina de vidro foi montada por quatro
artesões que acompanharam o príncipe Maurício de Nassau. A oficina fabricava vidros para
janelas, copos e frascos.
Com a saída dos holandeses a fabrica fechou. O Alvará de 1785 de D. Maria I, "A
Louca", determinou a extinção de todas as manufaturas "em qualquer parte onde se acharem,
nos (seus) domínios do Brasil". Todo o vidro passou a ser importado de Portugal e
posteriormente da Europa e das colônias inglesas.
O vidro voltou a entrar no mapa econômico do país a partir de 1810, quando o
português Francisco Ignácio da Siqueira Nobre recebeu carta regia autorizando a instalação de
uma indústria de vidro no Brasil. A fábrica instalada na Bahia produzia vidros lisos, de cristal
branco, frascos, garrafões e garrafas. Ela entrou em operação em 1812. Em 1825 fechou em
função das grandes dificuldades financeiras, burocráticas, trabalhistas e, a concorrência de
produtos estrangeiros e a ira dos portugueses.
Até o século XX a produção de vidro era essencialmente artesanal, utilizando os
processos de sopro e de prensagem, sendo as peças produzidas uma a uma.
Foi a partir do início do século XX que a indústria do vidro se desenvolveu com a introdução
de fornos contínuos a recuperação de calor e equipados com máquinas semi ou totalmente
automática para produções em massa.
Em 1895, foi fundada em São Paulo a Vidraria Santa Marina, hoje um dos grandes
grupos industriais do país. Em 1900, a fábrica já produzia 20 mil garrafas de vidro verde por
dia. Em 1903, a Santa Marina transformou-se em sociedade anônima e cinco anos mais tarde
produzia um milhão de garrafas mensalmente, 2 m² de vidro para vidraça em 24 horas e
empregava 650 operários. Alta produtividade para uma fábrica que, só em 1921 instalaria
maquinas automáticas com capacidade diária de 460 mil garrafas.
O acelerado processo de industrialização do país na década de 50 atraiu investimentos
do exterior para o setor vidreiro. Em 1960, o grupo Santa Marina se associou a indústria
francesa, e o grupo Saint-Gobain passou a ser seu acionista majoritário.
A indústria do vidro transformou-se, diversificou-se e chegou, a uma fase de
maturidade. Hoje, mais de 200 empresas produzem vidro no Brasil, 24 das quais
integralmente automatizadas, atendendo aos mercados interno e externo, competindo em
condições de igualdade com empresas do exterior. Como em outros setores da indústria, o
crescimento das exportações também se faz sentir nas áreas do vidro, com o mesmo efeito de
sustentação de atividade em período de dificuldade econômico.

Composição do Vidro

Os vidros são obtidos pela fusão a altas temperaturas de uma mistura de areia siliciosa,
soda(carbonato de sódio) e cal. Em seu processo de fabricação também podem entrar outras
substancias, tais como feldspato, boratos, barita, mínio, etc.
Se estes componentes estiverem livres de impurezas, o produto obtido é incolor.
A presença natural de óxidos metálicos como cobre, cromo, cobalto, ferro ou
manganês dá ao vidro uma cor própria.

As matérias primas que compõem o vidro são divididas em:


1-Vitrificantes: são usados para dar maior característica à massa vidrosa e são compostos de
anidrito sílico, anidrito bórico e anidrito fosfórico.
2-Fundentes: possuem a finalidade de facilitar a fusão da massa silícea, e são compostos de
óxido de sódio e óxido de potássio.
3-Estabilizantes: têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja
solúvel, e são: óxido de cálcio, óxido de magnésio e óxido de zinco.

A maior parte dos vidros encontrados no mercado pertence a uma das categorias abaixo:

Sodo-cálcico(Soda-lime glass)
Abrange quase 90% de todo o vidro produzido e é a mais barata das suas formas. Tem menor
resistência a bruscas variações de temperaturas e a compostos químicos corrosivos.
Aplicação: Embalagens em geral: garrafas, potes e frascos - Vidro plano: indústria
automobilística, construção civil e eletrodomésticos.

Vidro ao chumbo(lead glass)


Contém quase 20% de chumbo em sua composição. É o preferido para aplicações elétricas
devido a sua excelente capacidade de isolação. Não suporta bruscas variações de
temperaturas. Aplicação: Copos, taças, cálices, ornamentos, peças artesanais (o chumbo
confere mais brilho ao vidro).

Vidro Boro-silicato
Contém pelo menos 5% de óxido de Boro em sua composição. Tem alta resistência a
variações de temperaturas e a compostos químicos corrosivos. Aplicação: Lâmpadas,
oleodutos (pipelines), vidro fotocromático, utensílios de laboratórios e utensílios domésticos
resistentes a choque térmico.

Vidro alumino-silicato(Aluminosilicate Glass)


Contém óxido de alumínio em sua composição. É similar ao boro-silicato, mas tem
maior resistência a produtos químicos, suporta alta temperatura e é mais difícil de ser
produzido.
Quando misturado com um condutor elétrico, é usado em circuitos elétricos como resistência.

Fabricação de Placa de Vidro (float - glass process)

Desenvolvido em 1952 por Alastair Pilkington, ao serviço da Pilkington Brothers (UK),


revolucionou a indústria do vidro plano (até então produzido por estiramento mecânico que
envolvia polimento final).

*85 % do vidro em placa é obtido por este processo com 800.000 ton./semana

-Estágio 1: Forno de Fusão

A mistura de areia com os demais componentes do vidro é dirigida até o forno de fusão
através de correias transportadoras. Com temperatura de até 1.600ºC, a composição é fundida,
afinada e condicionada termicamente, transformando-se numa massa pronta para ser
conformada numa folha contínua.

-Estagio 2: banho float

A massa é derramada em uma piscina de estanho líquido, em um processo contínuo


chamado "Float Bath"( Banho Float). Devido a diferenças de densidade entre os materiais, o
vidro flutua sobre o estanho, ocorrendo um paralelismo entre as duas superfícies. Essa é a
condição para que a qualidade óptica superior do vidro float seja atingida.
A partir desse ponto é determinada a espessura do vidro, através da ação do top roller e
da velocidade da linha. Quanto maior a velocidade da linha, menor a espessura resultante.
-Estágio 3: Galeria de Recozimento
Perfil de tensões do vidro são observados na Galeria de Recozimento. Em seguida, a
folha de vidro entra na galeria de recozimento, onde será resfriada controladamente até
aproximadamente 120ºC e, então, preparada para o corte.

-Estágio 4: Inspeção Automática


Antes de ser recortada, a folha de vidro é inspecionado por um equipamento chamado
"scanner", que utiliza um feixe de raio laser para identificar eventuais falhas no produto. Caso
haja algum defeito decorrente da produção do vidro, ele será automaticamente refugado e
posteriormente reciclado.

-Estágios 5, 6 e 7: Recorte, Empilhamento e Armazenagem


O recorte é realizado em processo automático e em dimensões pré-programadas. As
chapas de vidro são empilhadas automaticamente e pacotes prontos para serem expedidos e
armazenados.
Fabricação: Sopro, Prensagem, Extrusão

- Soprado: No caso do vidro soprado, a fabricação é feita no interior de um forno, onde se


encontram os panelões. Quando o material está quase fundido, por volta de 1.500 ºC, o
operário imerge um canudo de ferro e retira-o rapidamente, após dar-lhe umas voltas trazendo
na sua extremidade uma bola de matéria incandescente. O operário coloca a bola
incandescente de vidro dentro de um molde e assopra o canudo. A bola vai se avolumando até
preencher o espaço do molde. A peça é levada a seção de corte onde a parte que é presa no
canudo é cortada com uma espécie de maçarico. Finalmente a peça vai para a seção de
resfriamento gradativo, e assim ficará pronta para ser usada.
- Prensado Soprado: a formação no molde é feita através da compressão de vidro com
auxílio de um pino de prensagem. Normalmente utilizado para embalagens de boca larga
como potes de alimentos.

- Prensagem com Cilindros: embora o processo de flutuação tenha vindo a dominar a


indústria primária do vidro no mundo desenvolvido, o vidro prensado ainda tem um imenso
mercado, e proporciona uma extensa série de produtos. O vidro prensado não pode ter as duas
faces paralelas relativamente brilhantes queimadas do processo de flutuação; mas, pode ser
produzido em pequenas e econômicas partidas de vidros de diferentes composições em geral
caracterizados por uma superfície moldada e uma áspera.

A prensagem compreende 5 estágios de fabricação:

- fusão

- prensagem

- resfriamento

- corte

- estocagem

-Extrusão: a massa é colocada numa extrusora, também conhecida como maromba, onde é
compactada e forçada por um pistão ou eixo helicoidal, através de bocal com determinado
formato. Como resultado obtém-se uma coluna extrudada, com seção transversal com o
formato e dimensões desejadas. Em seguida, essa coluna é cortada, obtendo-se desse modo
peças como tijolos vazados, blocos, tubos e outros produtos de formato regular. A extrusão
pode ser uma etapa intermediária do processo de formação, seguindo-se, após corte da coluna
extrudada, a prensagem como é o caso para a maioria das telhas, ou o torneamento, como para
os isoladores elétricos, xícaras e pratos, entre outros.

Propriedades do Vidro

As propriedades intrínsecas e essenciais do vidro são: transparência e durabilidade.


Outras propriedades tornam-se significantes de acordo com o uso que é colocado ao material.

Propriedades Mecânicas

Resistência ao Impacto: um vidro temperado com 6 mm de espessura suporta o impacto de


uma esfera de aço de 1 kg, caindo de 2 metros de altura. Já os vidros comuns, não suportariam
o impacto dessa mesma esfera, caindo de uma altura de 30 cm.
Densidade: 2500 kg/m3. Ex.: 1m² de vidros com 4mm tem assim uma massa de 10 kg.
Resistência à compressão: 1000 N/mm2 ou 1000 MPa. Ex.: para quebrar um cubo de vidro
com 1 cm de aresta, a carga necessária é da ordem de 10 toneladas.
Resistência à flexão: 40 MPa (N/mm²) para um vidro float, 20 a 200 MPa (N/mm²) para um
vidro temperado.

Módulo de Young, E: E = 7 x 1010 Pa = 70 GPa: Este módulo exprime a força de tração que
seria teoricamente necessário aplicar a um corpo de prova de vidro para lhe produzir um
alongamento igual ao seu comprimento inicial.

Coeficiente de Poisson, γ (coeficiente de contração lateral) - 0,2: Quando um provete é


alongado por ação duma tensão mecânica, verifica-se uma retração da sua secção. O
coeficiente de Poisson γ, é a razão entre a retração unitária da secção na direção perpendicular
ao sentido do esforço e o alongamento unitário na direção do esforço.

Propriedades Físicas

Resistência a Choques Térmicos: Com 6 mm de espessura, um vidro temperado resiste a


choques térmicos de até 600ºC, os vidros comuns não suportam variações de temperatura
acima de 60ºC.

Transparência: a transparência é um fenômeno complexo. A natureza da luz e a variação na


transmissão e absorção experimentada por materiais diferentes dão aos diferentes vidros seus
desempenhos e usos. Varia entre os diferentes tipos de vidros.
Índice de Refração: é a medida da quantidade de luz que é “flexionada” quando passa
através do vidro e é comparativamente constante para os vidros. É de 1,52 para os vidros de
soda-cal, e varia de 1,47 para os vidros de borossilicato a 1,56 para os vidros de chumbo.
O índice de refração para o vidro varia de acordo com o comprimento de onda da radiação
considerada e o índice de todos os vidros diminui com o aumento do comprimento de onda.

Propriedades Térmicas

Temperatura máxima de trabalho para os pontos de tensão típicos são:


Vidros de soda-cal - 520ºC
Vidros de borossilicato - 515ºC
Sílica fundida (pyrex) - 987ºC

Condutividade Térmica: expressa o quão rapidamente o calor passa através de um material,


medido aqui em W/mºC. Essa propriedade varia muito nos materiais. O valor para o vidro
gira em torno de 1,02 W/mºC. São valores muito baixos comparados com 71,0 W/mºC do
ferro e 218,5 do alumínio.

Outras Propriedades

Dureza e fragilidade elevada: possui resistência à deformação plástica e ao desgaste


mecânico, mas tende a quebrar quando sofre choques ou batidas.

Resistência à corrosão: *Exemplo: Ponte Neal, Rota 100, ao sul de Pittsfield, uma cidade no
centro do Maine, nos Estados Unidos. Em lugar de vigas de concreto ou aço, a estrutura
consiste de 23 arcos formados por um tecido de carbono e fibra de vidro. Trata-se de tubos
com o diâmetro de 30 cm que foram inflados, dobrados na forma necessária e reforçados com
uma resina plástica, e depois instalados lado a lado e recheados com concreto, como se
fossem gigantescos canelones.
Isolante: a lã de vidro é um dos melhores materiais para o tratamento acústico, podendo ser
usada na isolação acústica, a fim de evitar a transferência de uma onda sonora de um
ambiente para o outro ou na absorção acústica, que é um tratamento aplicado visando
melhorar a qualidade acústica dos ambientes. Quando uma onda sonora entra em contato com
a lã de vidro, ela é facilmente absorvida, devido à porosidade da lã. Além disso, ocorre uma
fricção entre a onda e a superfície das fibras. Essa fricção converte parte da energia sonora em
calor, ou seja, a lã de vidro faz com que a energia sonora perca intensidade, o que resulta em
um aumento de absorção ou da isolação sonora. Tal fenômeno de absorção e fricção em
conjunto não ocorre com outros materiais não fibrosos.

Essencialmente inerte: não reage, não participa efetivamente de uma reação química.

Biologicamente inativo: inerte.

Classificação dos vidros

1-Quanto a Transparência

- Vidro Transparente: possibilita uma visualização com clareza, pela falta de barreiras
visuais através do mesmo.
- Vidro Translúcido: O processo de fabricação do vidro translúcido é composto da aplicação
de uma camada de tinta sobre a superfície do vidro que é incorporada ao mesmo no processo
de têmpera.
-Vidro Opaco: não permite a propagação da luz.

2-Quanto a Segurança
-Vidro Temperado: Tempera do vidro.
Processo que consiste em aquecer o material a uma temperatura crítica e depois
resfriá-lo rapidamente. Produz um sistema de tensões que aumenta a resistência, induzindo
tensões de compressão na superfície. Este vidro tem como característica partir-se em
pequenas partículas não apresentando, no entanto, ângulos cortantes. Assim, é
classificado de não estilhaçável e como tal é considerado um vidro de segurança.
Processos de Fabricação:
- Fabricação Por Fluxo de Ar: arrefecimento superficial por fluxo de ar, após aquecimento
próximo da temperatura de amaciamento (cerca de 680ºC para vidros de silicatos sodo-
cálcicos). Para que ocorra ruptura é agora necessário ultrapassar as tensões superficiais de
compressão que se opõem à tensão aplicada.
1. A placa de vidro entra num forno de aquecimento

2. Após o aquecimento a placa entra numa câmara onde fica sujeita a uma corrente de ar
que a arrefece a superfície rapidamente.

- Fabricação por Tratamentos Químicos Superficiais: o vidro (alumino-silicato de sódio) é


imerso durante cerca de 16 horas num banho de nitrato de potássio que se encontra a cerca de
400°C. Os íons de K+ (maiores do que os de Na+) vão substituir parte dos íons Na+
Tensões de compressão à superfície
O vidro tratado desta forma apresenta uma maior resistência (cerca de 5x).

Aplicações: cabines de ducha, elementos corta - fogo, janelas, montras, caixas de


bancos, fachadas - cortina, campos de squash, coletores solares, painéis acústicos,
paragens de autocarro.

-Vidro Laminado
Vidro laminado é constituído por duas ou mais lâminas de vidros intemperadas por
uma ou mais películas de polivinil butiral (pvb).

Propriedades:
Em caso de quebra, os fragmentos ficarão presos ao butiral, reduzindo o risco de lacerações e
queda de vidros.
São excelentes filtros de raios ultravioletas.
Melhoram o desempenho acústico de um envidraçamento.

Aplicação:
Laminado simples: indicado para locais onde se queira evitar o risco de queda de lascas ou
lacerações e penetração de objetos.
Ex.: Automóveis, fachadas de edifícios, portas, etc.
Laminado múltiplo: indicado para casos de severas exigências de segurança.
Ex.: Aeronaves, torres de segurança, aeroportos, etc.
Recomendação:
O vidro deve chegar à obra com as dimensões exatas para aplicação no vão, a estocagem deve
ser feita em local apropriado. Deve-se remover toda saliência do rebaixo do caixilho, bem
como toda gordura. A vedação das placas deve ser feita com selante que não ataque o pvb.
Evita o uso de material de limpeza à base de cloro.

-Vidro Aramado
Estes vidros são, também, considerados de segurança, pois, no caso de
partirem, os pedaços ficam agarrados à malha de aço.

Processo de Fabricação
Passa-se o vidro em fusão, junto com uma malha metálica através de um par de rolos, ficando
a malha no centro do vidro.

Propriedades:
Sua característica principal é a resistência ao fogo. É resistente à corrosão, não se decompõe,
nem enferruja.

Aplicação:
Portas corta-fogo, janelas, dutos de ventilação vertical e passagens para saída de incêndios.
Locais sujeitos a impactos abusivos, bem como onde a queda de lascas de vidro representa
risco para os usuários.

3-Quanto ao Acabamento Da Superfície

Vidro liso ou estirado: Vidro recosido comum Float, não trabalhado.

Vidro gravado: a gravação de vidros, utilizando-se o processo de “jato de areia”, é


considerada como um processo de erosão mecânica do vidro. Ou seja, protege-se o que não
quer gravar com um vinil autoadesivo e ataca à superfície desprotegida com um jato de ar
misturado com areia a alta velocidade.
Aplicações: Pode ser usado em ajustes residenciais e comerciais: portas, janela, armário de
parede, parede de divisória, telas de chuveiro, e assim por diante.

Vidro Esmaltado: é obtido através da aplicação de esmaltes vitrificáveis, fundido


durante o processo de têmpera.
Aplicações: Montras, Coberturas.

Vidro Impresso: a massa fundida passa através de cilindros de laminação. Estes


cilindros estão gravados com motivos ornamentais. A massa de vidro ao passar
através deles, adquire a impressão dos motivos ornamentais e a espessura desejada.
Aplicações: Janelas, Portas, Cabinas de duche, Divisórias.
Vidro Laminado: também é vidro de segurança, pois é fabricado com duas ou mais chapas
de vidro comum, unidas com calor e sob pressão (autoclavados), com uma ou mais películas
de material plástico, de modo que, quando quebradas, mantém os estilhaços (iguais aos do
vidro comum) aderidos à película. Em certos casos é especificamente exigido pela ABNT .
Aplicações: gradis externos, coberturas sobre passagem pública.

Vidro Espelhado: constituído por um a base de vidro comum, à qual são adicionadas
camadas de prata refletiva, cobre protetor, pintura anticorrosiva e pintura cinzenta
de acabamento. O vidro apresenta elevadas reflexões luminosa e visual.
Aplicações: Controle Solar

Outros tipos de vidros

Vidro Refratário
Vidro especial também chamado vidro borossilicato. Esse vidro refratário é resistente
a choques térmicos, suportando tanto altas quanto baixas temperaturas.

Vidro de Controle Solar


À massa de um vidro comum são adicionados óxidos metálicos estáveis que lhe
conferem propriedades de baixa transmissão luminosa e de grande absorção
energética; é assim possível reduzir também a quantidade de radiação infravermelha e
ultravioleta da energia solar, que passa para o interior do espaço; normalmente, este
tratamento confere ao vidro colorações bronze, rosa, cinza e verde.
Aplicações: Janelas, Montras, Estufas, Coberturas.

Vidro Antirreflexo
Composto por dois vidros extra claros, entre os quais são colocados dois ou
mais filmes de butiral de polivinilo ( P V B ) de 0. 38m m de espessura, cada um; nas
faces exteriores do vidro são depositadas por pulverização catódica sob vácuo
( sputtering), diversas capas transparentes de óxidos metálicos que diminuem
significativamente a reflexão luminosa do vidro para cerca de 10 vezes menos, em
relação a um vidro comum de espessura idêntica.
Aplicações: Janelas, Expositores de Museus, Montras.

Vidro Colorido
Vidros coloridos ou termo- absorvente são produzidos pela introdução de óxidos
metálicos na massa de vidro, que produzem as cores: verde, azul, cinza e bronze, e reduzem a
transmissão solar, aumentando a absorção do vidro.

Espelhos
Os espelhos comuns são formados por uma camada de prata, alumínio ou amálgama
de estanho, que é depositada quimicamente sobre a face posterior de uma lâmina de vidro, e
por trás coberta com uma substância protetora.
A arquitetura utiliza largamente, dois tipos de espelhos: o produzido a partir do float e os
chamados “vidros espiões”. Os vidros espiões são encontrados em estabelecimentos penais,
hospitais psiquiátricos, entre outros.

Vidros de Duplo Envidraçamento


São o conjunto de pelo menos dois vidros separados por uma câmara de gás. O
conjunto é garantido pela dupla selagem: A primeira, para não haver troca gasosa, a segunda,
para garantir a estabilidade do conjunto. Internamente ao perfil de alumínio, há um hidro
secante, o qual garante a completa ausência de vapor d'água. Este sistema faz com que o
duplo envidraçamento seja um ótimo isolante térmico e acústico. Pode ser composto por
qualquer tipo de vidro (com exceção dos vidros impressos), garantindo e melhorando as
características dos vidros que o compõe. Além disso, pode ter em suas composições persianas
internas e pinázios. Com a sua aplicação, pode-se obter uma melhora de mais de quatro vezes
quanto ao isolamento térmico, até 30% superior em isolamento acústico e mais de 20% em
controle solar, quando comparado aos vidros monolíticos.
Paineis de Vidro “Polivysion”
Os painéis de vidro "Polyvision" representam um avanço tecnológico na área,
excelentes como solução para ambientes que necessitem privacidade e segurança visual, tais
como salas de conferência, data-shows, escritórios executivos, UTIs hospitalares, etc. Com
um simples toque de botão, a lâmina de cristais líquidos é ativada, deixando o vidro
transparente. Desativado, fica opaco, com aparência leitosa. Constituídos por duas chapas de
vidro, unidas por uma lâmina de cristal líquido, são fornecidos em dimensões de até 950 x
2400 mm, podendo ter espessuras variáveis de 8 a 14 mm.

Vidros Técnicos
São compostos por matérias-primas diferentes e não são de fácil reciclagem.
Aplicações: lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, tubos de TV, vidros para laboratório,
para ampolas, para garrafas térmicas, vidros oftálmicos e isoladores elétricos.

Vidros Domésticos
São aqueles usados em utensílios como louças de mesa, copos, xícaras, e objetos de
decoração como vasos.

Vidro Craquelado

Composto de uma lâmina interna de vidro temperado e duas lâminas externas de


vidros comuns. O vidro temperado interno é quebrado. Seus fragmentos juntam-se à película
plástica (PVB) e ficam presos às lâminas externas. O efeito dos fragmentos em contato com a
luz provoca um visual diferente e muito decorativo. A peça de vidro craquelado tem uma
textura cheia de trincas, que ao entrar em contato com a luz ambiente, produz um efeito
especial. Por tratar-se de um vidro laminado múltiplo, durante seu processo produtivo, pode
ser feito nas mesmas cores do laminado com PVB.
Vidro Antélio
É um cristal reflexivo que se inclui na categoria dos vidros de controle solar. Enquanto
cristal reflexivo, o Antélio cumpre três funções básicas: melhor controle de insolação, maior
conforto visual e efeito estético requintado.

Vidro Resistente Ao Fogo


Os vidros resistentes ao fogo sem malha metálica são vidros laminados compostos por
várias lâminas intercaladas com material químico transparente, que se funde e dilata em caso
de incêndio. Essa reação se ativa no momento em que a temperatura em uma das faces do
vidro atinge 1200C. Até esse momento a transparência se mantém; a partir daí o material
intercalado reage progressivamente formando um complexo celular rígido, refratário e opaco.

Vidro Colorescente (Streaky)


Os vidros Colorescentes são fabricados tanto pelo processo artesanal de sopro quanto
pelo impresso, através da mistura de dois ou mais vidros de cores distintas, que apresentam
aspectos de cores misturadas. A tensão aplicada na junção das duas placas produz um
impressionante trabalho artístico no material vítreo, com aparência quase tridimensional.

Cristal

O cristal é o mais nobre dos tipos de vidro, por causa de sua pureza e qualidade. A
instalação do cristal deixa o ambiente "clean", além de proteger contra as ações nocivas dos
raios ultravioletas quando o cristal é colorido. A sua utilização mais comum é em portas,
janelas, divisórias e armários. Também há possibilidade de jateamento artístico.

Fibra de Vidro
É o material produzido basicamente a partir da aglomeração de finíssimos filamentos
flexíveis de vidro com resina poliéster (ou outro tipo de resina) e posterior aplicação de uma
substância catalisadora de polimerização.

Características Mais Importantes

- Leveza: partes de plástico reforçado ajudam a economizar peso comparado às partes de aço
(até 30% mais leves) com propriedades termomecânicas semelhantes.

- Reciclagem: Devido a métodos técnicos diferentes, reciclagem de fibra de vidro é agora


possível, como também a reciclagem de termoplásticos ou reforços de vidro de thermoset.
- Não apodrecimento: Filamento de vidro não deteriora e não apodrece. Não é afetado pela
ação de insetos e roedores.

- Baixa condutividade térmica: Esta característica é altamente estimada na indústria de


construção civil, onde o uso de compostos de fibra de vidro torna possível eliminar passagens
térmicas possibilitando economia de calor.

- Higiene: não é poroso

- Resistência alta a agentes químicos: Quando combinada com resinas apropriadas, compostos
com esta característica podem ser feitos de filamento de vidro.

- Força mecânica: Filamento de vidro tem uma resistência específica mais alta (resistência à
tensão/massa volumétrica) do que a do aço. Esta característica é o ponto de partida para o
desenvolvimento de fibra de vidro para produzir compostos de alto desempenho.

- Características elétricas: Suas propriedades como um isolador elétrico excelente, até mesmo
a espessuras pequenas, combinadas com sua força mecânica e comportamento a temperaturas
diferentes, formou a base das primeiras aplicações para o filamento de vidro.

- Incombustibilidade: Como um material mineral, fibra de vidro é naturalmente


incombustível. Nem propaga nem mantêm uma chama. Quando exposta ao calor, não emite
fumaça nem produtos tóxicos.

- Estabilidade dimensional: Filamento de vidro é insensível a variações em temperatura e


higrometria e tem um baixo coeficiente de expansão linear.

- Compatibilidade com matrizes orgânicas: A habilidade da fibra de vidro para aceitar tipos
diferentes de tamanho cria uma liga entre o vidro e a matriz, possibilitando que seja
combinada com muitas resinas sintéticas, como também, com certas matrizes minerais (gesso,
cimento).

- Permeabilidade de Dielétricos: Isto é essencial em aplicações como radomes, janelas


eletromagnéticas, etc.

- Integração de funções: Material composto de fibra de vidro pode ser usado para produzir
partes de uma peça que integram várias funções e substituir diversas partes montadas.

Tipos de Fibras
- Roving
São os filamentos de vidro. É o tipo mais econômico de fibra de vidro. É fornecido em
rolos de 20 kgs e deve ser usado desenrolando-o por dentro. O uso mais comum é em
um dispositivo que picota e espalha o fio sobre a superfície do molde. Desenvolvido
para ser aplicado à pistola (spray-up). É caracterizado pela facilidade de corte, baixo
nível de eletricidade estática, boa dispersão, rápida molhabilidade, boa retenção de
propriedades mecânicas em ambientes agressivos e ausência de fibras brancas no
laminado.

- Roving Moído
Cargas específicas para aplicações em pastilhas de freios, lonas e peças onde a carga de
vidro tem que ser do tipo E (resistência elétrica e química).

- Fibra Picada
São filamentos picotados em pedaços bem pequenos, de 2 a 6 mm, para serem usados
na fabricação de "flakes" de revestimentos especiais anticorrosivos, como carga funcional em
alguns laminados e em plástico injetado.

- Chopped Strand
Carga objetivando reforço de peças em poliéster e epóxi, onde a aplicação de fibras
mais longas impede a boa homogenização da mistura final.

- Mantas

Tem como objetivo dar resistência mecânica aos laminados com resinas poliéster e
epóxi em geral. A manta é constituída de fios picados, mais ou menos com 5 (cinco) cm,
distribuídos aleatoriamente e prensados com silano.

Aplicação:
Na indústria têxtil para produção de tecidos.
Na eletricidade como material isolante.
Na indústria química como filtro.
Na construção civil como isolante térmico e acústico.

Bloco de Vidro/Tijolo de Vidro


Material que responde às necessidades estruturais, e às arquitetônicas. As ótimas
resistências à compressão, ao arrombamento, às oscilações de temperatura e à resistência ao
fogo aliam-se a elevados valores de transmissão luminosa, isolamento térmico e acústico,
além de acabamentos de valor para as superfícies e colorações.
Duas peças de vidro retangulares ou quadradas, em forma de prato, são fabricadas e
unidas por fusão e o ar no espaço entre elas é desidratado e evacuado. Por fim, as bordas são
revestidas de plástico, para obter melhor vedação.
Podem ser transparentes ou translúcidos, com ou sem fibra de vidro, texturizados, coloridos
ou esmaltados. Não tem função estrutural.
Pastilhas de Vidro
São aplicáveis em ambientes internos e externos, secos e molhados, em superfícies
planas ou curvas. Apresentam coeficientes de dilatação térmica quase nula, ou seja, seu
tamanho não altera mesmo quando estão sujeitas a grandes variações de temperatura. A grande
vantagem decorrente deste fato é que a possibilidade de aparecer trincas no rejunte será muito
pequena, principalmente se levarmos em conta que as argamassas utilizadas pelo assentamento
e rejuntamento de pastilhas são bastante flexíveis.
É isolante elétrico, cuja condutividade é quase zero. A absorção de água pelas pastilhas
de vidro é menor que 0,05% ou seja, praticamente nula, principalmente se comparada à
absorção observada pelos concorrentes cerâmicos, que é dez vezes maior.

Aplicação Dos Vidros Na Engenharia Civil

Presente em fachadas, coberturas, pisos, divisórias, portas, escadas e paredes, o vidro


conquista cada vez mais espaço na construção civil. Na transparência dos projetos
arquitetônicos, garante leveza aos ambientes, substituindo materiais comumente utilizados em
residências, prédios comerciais, hotéis, aeroportos, parques, shoppings, hospitais e escolas.

O emprego do vidro na construção civil vem crescendo desde meados de 1980. A


tecnologia de produção e beneficiamento do vidro plano tem possibilitado maior garantia de
segurança, controle acústico e economia de energia, iluminação e temperatura, aos mais
arrojados projetos arquitetônicos.

A Utilização Do Vidro em Edifícios


·

Energia: A determinação do balanço energético de um envidraçado é feita com base em três


variáveis: perdas de calor, ganhos solares, luz solar.
Ganhos solares -> dependem da radiação solar. Quando o fluxo solar incide sobre um vidro
uma parte é refletida, outra é absorvida, e outra é transmitida.

Conforto Térmico:
- Inverno: efeito de parede fria. Solução: vidros duplos – evita a formação de condensação
sobre o vidro.
- Verão: usar palas fixas; estores exteriores, toldos; vidros com baixo fator solar.

Acústico: O isolamento aumenta se: for aumentada a espessura do vidro, vidro duplo de
diferentes espessuras. O caixilho deve separar os dois vidros, por materiais que sejam
amortecedores acústicos.

Segurança:

- Vidro recozido – obtido por fusão dos seus componentes e à saída do forno é recozido para
eliminar as tensões interiores – Frágil em caso de quebra perigoso; Parte rapidamente para
choque térmico.
- Vidro aramado – chapa de vidro que tem incorporada na sua massa uma malha metálica, ou
seja, retém os pedaços de vidro em caso de rotura e opõe-se à penetração do corpo que
provoca a quebra.

- Vidro temperado – obtido a partir do vidro recozido. Este é novamente aquecido e então
submetido a um arrefecimento brusco o que melhora as características mecânicas e
térmicas. Melhor resistência mecânica e ao choque térmico. Estilhaça-se em pequenos
fragmentos.
- Vidro estratificado – duas ou mais chapas de vidro colado entre si pela interposição de uma
película de plástico colada por pressão e calor. Em caso de quebra, a película plástica mantém
o vidro estilhaçado no respectivo lugar impedindo a dispersão dos fragmentos e absorvendo a
energia do corpo.

Normatização Sobre o Uso de Vidros nas Construções

Ao escolher qualquer tipo de vidro, arquiteto ou especificador devem atentar para as


normas técnicas relativas ao uso dos diversos tipos de produtos. A principal delas é a NBR
7199, que trata do projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil. Para cada
aplicação específica há uma norma própria; por exemplo, a NBR 14207 fala sobre vidros para
boxes de banheiros, enquanto a NBR 14488 refere-se a vidros para tampos de mesa.
Sempre que se identifica a necessidade da criação de uma norma, o Comitê reúne
pessoas interessadas no produto em pauta (fabricantes, empresários, arquitetos, engenheiros,
consumidores, estudantes etc.) para formar um grupo de estudos e elaborar a norma. Depois
disso, o projeto passa por consulta nacional, análise da sociedade e sugestões e objeções
técnicas. Algumas das normas técnicas sobre vidros planos:
ABNT NBR 7199/1989 – Projeto, execução e aplicação de vidros na construção civil.
Fixa as condições que devem ser obedecidas no projeto de envidraçamento. Refere-se à
aplicação de vidros em janelas, portas, divisões de ambientes, guichês, vitrines, lanternins,
sheds e clarabóias.
ABNT NBR 11706/1992 – Vidros na construção civil. Fixa as condições exigíveis
para vidros planos aplicados na construção civil.
ABNT NBR 12067/2001 – Vidro plano – Determinação da resistência à tração na
flexão. Especifica um método para a determinação da resistência à tração na flexão de vidros
planos. Adicionalmente, apresenta-se o procedimento para a medição da flexão máxima
oriunda do carregamento, a ser determinado sempre que houver interesse.
ABNT NBR 14207/1998 – Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança
temperado – projeto, instalação e materiais utilizados. Estabelece os requisitos mínimos de
segurança para os materiais utilizados no projeto e instalação de boxes fabricados a partir de
painéis de vidro de segurança temperado, para uso em apartamentos, casas, hotéis e outras
residências.
ABNT NBR 14488/2000 – Tampos de vidro para mesa – requisitos. Especifica as
exigências de desempenho e medidas lineares necessárias para garantir a segurança da
aplicação de vidro plano na composição de mesas que tenham o vidro como componente de
uso aplicado à sua utilização.
ABNT NBR 14564/2000 – Vidros para sistemas de prateleiras – requisitos e métodos
de ensaio. Especifica as exigências de desempenho e medidas lineares necessárias para
garantir a segurança da aplicação de vidro plano na composição de sistemas de prateleiras.
Patologias

Os vidros têm de ser trabalhados e colocados respeitando as disposições feitas pelas


normas técnicas, observando-se quatro regras básicas na aplicação: folga, calço,
dimensionamento e acabamento das bordas. As duas primeiras dizem respeito à sua relação
com a estrutura (ambas evitam que os esforços de dilatação térmica e de torção dos materiais
causados pelas cargas de vento quebrem o vidro); o dimensionamento diz respeito à sua
função (no caso de portas e divisórias, o vidro deverá ser temperado; para uso em coberturas e
fachadas é obrigatório que seja laminado ou aramado); por fim, quanto às bordas, estas devem
ser lapidadas, para eliminar as microfissuras e dificultar as possíveis propagações de trincas.

Disposições construtivas:

Os caixilhos devem obedecer às seguintes disposições gerais:

 O caixilho que vai receber o vidro deve ser suficientemente rígido para não se
deformar;
 Quando houver previsões de deformações estruturais na obra, deve-se tornar o
caixilho independente da estrutura;
 Se o caixilho e as molduras forem metálicos, devem ser inoxidáveis ou protegidos
contra a oxidação, através de pinturas ou tratamentos adequados, compatíveis com os
materiais de calafetagem para cada caso;
 Os caixilhos de madeira e de concreto devem receber pelo menos uma camada d
pintura de fundo em todo o rebaixo;
 Os rebaixos devem estar isentos de umidade, gordura, oxidação, poeira ou outras
impurezas.

Em qualquer dos casos anteriores, as camadas de pintura devem estar adequadamente


secas, antes da colocação da chapa de vidro.

Envidraçamento:

 As chapas de vidro devem ser colocadas de tal modo que não sofram tensões
suscetíveis de quebrá-las, tais como: dilatação, contração ou deformação do caixilho,
deformação ou recalque da obra;
 Não é permitido o contato das bordas das chapas de vidro entre si, com alvenaria ou
peças metálicas;
 A fixação das chapas de vidro deve ser tal que impeça o seu deslocamento em relação
aos elementos de fixação, excetuados os casos em que o projeto prevê movimentação;
 Quando houver chapas de vidro com bordas livres acessíveis, estas devem ser
laboradas;
 No caso de claraboias ou telhados para iluminação de passagem ou locais de trabalho,
a vidraça deve ser adequadamente protegida com telas metálicas ou outros dispositivos e
quando não o for, o vidro deve ser de segurança aramado ou laminado;
 A massa deve ser aplicada de maneira a não formar vazios, e sua superfície aparente
deve ser lisa e regular;
 Após o envidraçamento deve-se evitar a aplicação, na chapa de vidro, para assinalar a
sua presença, de pintura com materiais higroscópicos como, por exemplo, a cal, alvaiade
(que provocam ataques à sua superfície ), ou a marcação com outros processos que
redundem em danos à superfície da chapa;

Tecnologia na Construção Civil

Depois de muito sofrimento com casas gêmeas e sem condições de colocar aberturas
de ambas as laterais os engenheiros desenvolveram o tijolo de vidro vazado conhecido
também como “elemento vazado” que surgiu como opção de janela que ao mesmo tempo em
que permite que entre claridade dentro da casa também permite a ventilação de maneira que
não interfira na estrutura do prédio. Este tipo de tijolo vazado pode ser usado em escritórios,
casas, edifícios, escolas, lavanderia, edículas, área de serviço, ginásio de esportes, pavilhões
industriais, corredores de prédios, salas de espera e em qualquer lugar onde seja necessário o
seu uso.

Vantagens do Elemento de Vidro Vazado

Os elementos de vidro vazado são práticos de fácil limpeza, vedação total contra chuva e
pássaros, não requer manutenção tipo pintura ou acabamento e deixa sua obra mais bonita. As
características do tijolo de vidro vazado são:

 Beleza e Leveza
 Transparência
 Ventilação

Películas Para Vidros Laminados e De Superfície

As películas desenvolvidas para vidros destinados à indústria da construção civil são,


basicamente, de dois tipos: filmes de polivinil butiral (PVB), utilizados para laminação, e de
poliéster, aplicados na superfície. Além de suas características técnicas, que permitem a
produção de vidros de segurança, elas conferem aos projetos arquitetônicos apelo estético,
devido a sua gama de cores e desenhos.

As películas podem ser empregadas nos vidros temperado, float, serigrafado, colorido,
refletivo, incolor, antibala e outros. A restrição é feita ao vidro impresso, devido a sua
superfície rugosa. O vidro laminado não deve estar em contato permanente com água, pois
poderá ocorrer delaminação, isto é, as lâminas de vidro e PVB começarão a se desprender.
As películas de poliéster, aplicadas na superfície do vidro, também são eficientes no
controle solar e na absorção dos raios ultravioleta. A essas características alia-se o quesito
segurança, pois, no caso da quebra do vidro, a película pode reter os estilhaços, evitando
danos. Todas as películas recebem camada anti-risco para proteger sua superfície.

A aplicação da película é feita manualmente, mas exige mão-de-obra especializada


para trabalhar com lâminas, rodos e líquidos especiais. Antes da aplicação do filme, é
necessário limpar a superfície do vidro com solução ligeiramente ácida. Como a película é
muito fina, qualquer resíduo no vidro pode ficar aparente. É importante utilizar produtos
específicos.

Esmaltes Para Vidros

Uma das principais características do vidro é a sua superfície perfeitamente lisa, livre
de porosidade e, portanto antiaderente, que o torna o melhor material para embalagem de
alimentos e utensílios domésticos. Esta característica, porém cria dificuldade quando
queremos pintar ou gravar algo em sua superfície.

Quando necessitamos então imprimir algo na superfície do vidro utilizamos esmaltes


especialmente produzidos para este fim .Um esmalte de vidro pode ser considerado como
tendo três componentes distintos: Um fluxo que é uma matriz de vidro fusível a baixas
temperaturas, um pigmento que é o elemento colorante, e um meio para aplicação.

Fluxo

O fluxo é um pó de vidro moído que vai se fundir e se soldar à peça de vidro. Ele é produzido
por um processo tradicional de fusão de vidro, apresentando uma composição que lhe confira
as propriedades dele exigidas (baixa temperatura de fusão, compatibilidade com o pigmento e
com o vidro onde será aplicado).

Pigmento

Os pigmentos, que são constituídos de óxidos metálicos, são os componentes que darão a cor
ao fluxo, que originalmente é incolor. Eles devem ser estáveis nas temperaturas de “queima”
do esmalte (até 700oC), isto é nas temperaturas que os esmaltes devem ser aquecidos para que
o fluxo se funda e passe a ser parte integrante da peça original de vidro.

Meio
O fluxo e o pigmento são pós, e, portanto difíceis de aplicar e fixar à superfície da peça.
Portanto se mistura ambos com produtos orgânicos, líquidos ou pastosos, com a finalidade de
possibilitar a aplicação dos esmaltes com os meios disponíveis (spray, pincel, silk screen, etc.)
e garantir que êles permanecerão na peça de vidro até a queima do esmalte, quando por efeito
do calor, se evaporam.
Os esmaltes são bastante empregados nos vidros automobilísticos, na “banda negra” que é
uma faixa que envolve a borda do vidro e serve para proteger a cola que o fixa à carroceria, da
radiação solar e também para gravar a marca e especificações.

Na construção civil são empregados não só com efeito decorativo, muito explorado
pelos arquitetos, mas também funcional quando se necessita diminuir ou mesmo eliminar a
transmissão de luz através do vidro.

Defeitos do Vidro (Desvantagens do Seu Uso)

- Tensões permanentes (mau recozimento ou aperto excessivo do caixilho).


- Variações bruscas de espessura (facilita o quebrar por gradiente térmico).
- Bolhas e pedras.
- Estudo da superfície (riscas ou fissuras).

Vantagens do Vidro

Material considerado extremamente nobre, o vidro possui inúmeras qualidades que auxiliam
ainda mais no desenvolvimento de novas formas de uso e aplicação. Veja abaixo alguns dos
seus principais atributos:

Reciclável
O vidro pode ser reciclado infinitamente, sem perda de qualidade ou pureza. Uma garrafa de
vidro gera outra exatamente igual, independente do número de vezes que o caco de vidro vai
ao forno para ser reciclado. Ao agregarmos o caco na fusão, diminuímos a retirada de matéria-
prima da natureza:

10% de “caco” no forno = 4% ganho energético

1 ton de “caco” = economia de 1,2 ton de matérias-primas

10% de “caco” = reduz em 5% a emissão de CO2*

Retornável
Embalagens de vidro podem ser reaproveitadas diversas vezes, como é o caso, por exemplo,
das garrafas de cerveja e refrigerantes.

Reutilizável
Embalagens vazias de vidro podem ser utilizadas para armazenar qualquer outro alimento ou
até mesmo objetos.

Higiênico
O vidro é fabricado com elementos naturais, protegendo os produtos durante mais tempo e
dispensando a utilização de conservantes adicionais, atendendo a todos os requisitos exigidos
para o acondicionamento de líquidos e alimentos para o consumo humano.
Inerte
O vidro não reage quimicamente. Por ser neutro, o produto não sofre alteração de sabor, odor,
cor ou qualidade.

Impermeável
Por não ser poroso, funciona como uma barreira contra qualquer agente exterior, mantendo
assim os produtos mais frescos, aumentando o “shelf-life” em relação a outros tipos de
embalagens.

Resistente
Mudanças bruscas de temperatura, cargas verticais e umidade não representam um problema
para as embalagens de vidro.

Transparente
O consumidor visualiza o que pretende comprar. Os produtos ganham uma imagem nobre,
sofisticada e confiável.

Dinâmico
Devido às suas propriedades, permite uma possibilidade enorme de combinações na
transformação do vidro original, o que garante a renovação constante do design das
embalagens.

Versátil
Formas, cores, tamanhos são detalhes que fazem diferença no ponto-de-venda.

Prático
Após o uso, o produto pode ser fechado novamente, caso não seja consumido em sua
totalidade. Pode ser utilizado diretamente no microondas e a vantagem adicional de ser levado
diretamente à mesa sem necessidade de transferência para outros recipientes.

Classificação De Sucatas de Vidro

Recicláveis
-Garrafas de bebida alcoólica e não alcoólica (refrigerantes, cerveja, suco, água, vinho, etc);
-Frascos em geral ( molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza);
-Potes de produtos alimentícios;
-Cacos de embalagens.

Reciclável como Agregado para Cimento Portland

Estudos estão sendo feitos no intuito de verificar a possibilidade da utilização de


sucata de vidro em substituição a uma porcentagem dos agregados.

Vantagens: este tipo de reciclagem proporciona à economia de agregados naturais que são os
comumente utilizados para este fim.
Processo de produção: para este fim, o vidro é moído e/ou quebrado em cacos - estão sendo
feitos estudos para a determinação da melhor maneira de inserir o vidro na pasta de cimento.

Grau de desenvolvimento: em pesquisa, o principal obstáculo a ser ultrapassado é a reação


álcali-agregado que pode ser intensificada uma vez que o vidro é composto de sílica, a qual
pode reagir com os álcalis do cimento em meio aquoso. Esta reação tem como produto um gel
que sofre expansão em presença de água, o que pode comprometer o desempenho do concreto
se não for controlado de maneira adequada.

Reciclável Como Agregado Para Concreto Asfáltico

A sucata de vidro é utilizada na forma de cacos e adicionada ao concreto asfáltico como se


fosse um agregado comum.

Vantagens: a vantagem neste caso é a mesma do agregado para cimento Portland. Processo
de produção. Não há necessidade de nenhum equipamento especial para esta utilização.

Grau de desenvolvimento: este processo já foi utilizado em algumas cidades americanas,


mesmo assim ainda é objeto de estudos e desenvolvimento. Os cuidados que devem ser
tomados são relativos aos problemas de expansibilidade dos produtos de reações indesejadas,
assim como no caso anterior.

Não Recicláveis
-Espelhos, vidros de janela, box de banheiro, lâmpadas, cristal;
-Ampolas de remédio, formas, travessas e utensílios de mesa de vidro temperado;
-Vidro de automóveis;
-Tubos de televisão e válvulas.

Otimização dos Vidros

Existem materiais e técnicas construtivas que são sinônimos de uma época. Já outros
não apenas permeiam e caracterizam um período histórico, como se transformam em recursos
atemporais, a ponto de serem tomados praticamente como insubstituíveis. Esse é o caso do
vidro, um recurso que chegou para ficar na construção civil desde a segunda metade do século
19.
Depois que o movimento moderno radicalizou as possibilidades de uso extensivo do
material, difundindo-o, por exemplo, nos emblemáticos arranha-céus de Mies van der Rohe
ou na casa Farsworth, a arquitetura e os arquitetos nunca mais foram os mesmos.
Já que não é possível viver sem o vidro e que, na realidade, ele é um dos mais
fantásticos materiais postos à disposição dos arquitetos, é mister estudá-lo, analisar suas
características extraordinárias e utilizá-lo eficiente e eficazmente na "busca da janela" que, em
última análise, é " o resumo da história da arquitetura", na expressão de Gropius.
Conclusão

A Opção pelo vidro está cada vez maior devido ao relacionamento com as
características, que nos proporciona como a translucidez, integração com o meio externo,
eficiência energética (proporcionada pela redução da necessidade de iluminação e uso de ar-
condicionado), acústico e de segurança. Com as técnicas atuais de fabricação podemos
fabricar vidros com diversas características e para todos os tipos de finalidade.
Referencias Bibliográficas
ARAUJO, Regina Célia Lopes; FREITAS, Edna Das Graças Assunção; RODRIGUES, Edmundo Henrique
Ventura, Materiais de construção - 1. ed. - Seropédica, RJ :Editora Universidade Rural,2000, 209p.
http://a-c.tv/lixo_recicle/historia_do_vidro.htm, acesso em 12/11/2010
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vidro, acesso em 12/11/2010
http://www.vidrosvillage.com.br/ovidro_processo.htm, acesso em 12/11/2010
http://www.segmeq.com.br/prd_vidrofloat.php, acesso em 12/11/2010
http://www.vidrosvillage.com.br/ovidro_vidrocolorido.htm, acesso em 12/11/2010
http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao404.htm, acesso em 12/11/2010
http://www.alusistem.com.br/VIDROS.htm, acesso em 12/11/2010

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