itpoms/index.html Lista 1
GABARITOS
P2 – 2008.2
P3 – 2007.2
4
Critério de Aprovação/ Provas
• Critério de Aprovação • Datas das Provas
2 Provas – P1 e P2 A definir
Se Média(P1, P2) >=6,0 => AP Horário de Aula
Caso contrário, faz exame final (EF)
Sala de Aula
Em caso de Exame Final
Média Final = (Média(P1,P2) + EF)/2
Se Média Final >=6,0 => AP
Caso contrário => RM
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Programa
• Introdução • Diagramas de Fase.
Objetivo. Os materiais na Engenharia. Definição de fase.
• Ligação Atômica. Uma revisão. Diagramas de fase de substâncias puras ou
Modelos de átomos. Ligações químicas. elementos.
Diagrama isomorfo. Regra da alavanca.
• Ordenação Atômica dos Materiais.
Diagrama eutético.
Cristalinidade. Estrutura cristalina. Sistemas
cristalinos. Diagrama ferro-carbono.
Indexação de pontos, direções e planos em cristais. • Os Materiais Metálicos.
Difração de R-X. Ligas ferrosas. Ferros fundidos
• Desordem atômica dos Materiais. Ligas não-ferrosas
Cristais perfeitos, imperfeitos e materiais amorfos. • Os Materiais Cerâmicos.
Defeitos na rede cristalina : pontuais, lineares, Estrutura cristalina e fases amorfas.
superficiais e volumétricos. Comportamento mecânico, elétrico e óptico.
Vibrações atômicas. Difusão. • Os Materiais Poliméricos.
• Propriedades Mecânicas. Estrutura. Reações de Polimerização.
Propriedades vs. estrutura. Termoplásticos e termofixos. Aditivos.
Deformação elástica. Deformação plástica. Propriedades mecânicas.
Diagrama tensão e deformação de engenharia e • Os Materiais Compósitos.
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real.
Caracterização mecânica dos materiais: limite de Classificação.
resistência, limite de escoamento, ductilidade. Propriedades mecânicas. Regra das Misturas.
Escoamento e encruamento.
Endurecimento, recuperação, recristalização e
crescimento de grão.
Fratura. Fadiga. Fluência.
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INTRODUÇÃO
Os Materiais na Engenharia
Livro Texto - Capítulo 1
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Diversidade de Aplicações
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Processos de Fabricação
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-Materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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As Classes de Materiais
• Metais
• Cerâmicas
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores
• Bio-materiais
• Nano-materiais
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Metais
• Características básicas
Resistentes (suportam tensões elevadas antes de romper)
Dúcteis (deformam antes de romper)
Superfície “metálica”
Bons condutores de corrente elétrica e de calor
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Metais
• Aços
• Ferros Fundidos
2nm 2nm
Fusão
Solidificação Policristal: Grãos
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Metais e Fases
• Propriedades dependem da Estrutura
• Presença de Fases
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Imagem de alta-resolução
mostrando a organização atômica
Cristais gigantes de gypsum, de origem Microscópio Eletrônico de Transmissão
natural, descobertos em uma mina na Espanha
Mono-cristal gigante de Silício,
a partir do qual são fabricados
chips de computador.
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Covalente
Semicondutores
Polímeros
Metálica Secundária
Metais
Iônica Cerâmicas
Cerâmicas e vidros
e vidros
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Na+
Cl-
Os íons se ligam devido à atração coulombiana
entre cargas opostas
Ligação Covalente
Cl - Cl
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Poros
50 µm 50 µm
Lâmpada
de vapor de sódio.
O gás em alta temperatura
(1000ºC) é guardado dentro de
um cilindro translúcido de
alumina.
30
Polímeros
• Características básicas
A maioria dos polímeros é sintética (feitos pelo homem)
Polímero mais abundante é natural: celulose
Materiais altamente moldáveis
Baixa densidade
Em geral são menos resistentes do que metais e cerâmicas
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Pneus sem ar
31
Os polímeros na tabela periódica
Principais elementos formadores dos materiais poliméricos
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32
Polímeros
Termoplásticos
Moldável com o aumento da
temperatura
Termorrígidos
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Compósitos
Polímeros Cerâmicos
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Polímero impermeável
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Espuma
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Semicondutores
• Propriedades básicas
Todos os componentes
eletrônicos do computador
Condutividade finamente
controlada pela presença de
impurezas - dopantes.
Podem ser combinados entre
si para gerar propriedades
eletrônicas e óticas “sob
medida”.
São a base da tecnologia de
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opto-eletrônica - lasers,
detetores, circuitos integrados
óticos e células solares.
história dos chips
36
Os semicondutores na tabela periódica
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Propriedades
Microestrutura e Composição
(Atômica ou Molecular)
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42
Liga de Cobre
Solda
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Isolante cerâmico
Placa de cobre
43
Relação Estrutura x Propriedades
• As propriedades “cotidianas” dos materiais dependem
da estrutura em escala atômica - nanoestrutura
da microestrutura (estrutura em escala intermediária)
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Alumínio Magnésio 50 µm
(estrutura cúbica) (estrutura hexagonal)
Fibras de vidro em uma
Ambos são metais mas o Al é mais dúctil devido à estrutura cúbica matriz de polímero.
44
Seleção de Materiais
• Ex: Cilindro de armazenamento de gases
Requerimento: resistir a altas pressões (14MPa)
Polímeros
Semicondutores
Compósitos
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LIGAÇÕES ATÔMICAS
46
47
Ligação Atômica
• Porque estudar a estrutura atômica ?
As propriedades macroscópicas dos materiais dependem
essencialmente do tipo de ligação entre os átomos.
O tipo de ligação depende fundamentalmente dos elétrons.
Os elétrons são influenciados pelos prótons e neutrons que
formam o núcleo atômico.
Os prótons e neutrons caracterizam quimicamente o
elemento e seus isótopos.
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48
Estrutura Atômica
Núcleo contendo
prótons - dão o número atômico
neutrons - dão o número isotópico Mpróton = Mneutron = 1.66x10-24g= 1 amu
no núcleo.
Atômico 0,190 -
Iônico 0,060 (+1) 0,181 (-1)
0,026 (+7)
53
Espaçamento Interatômico
a0
0.10 0.10
0.08 Força
Força a
dedeatração
atração 0.08
Força resultante
0.06 FRe(entre
p. os eíons)
0.06
0.04 0.04
0.02 0.02
Força (N)
Força (N)
0.00 0.00
0 10 20 30
30 0 10 20 30
-0.02 -0.02
-0.04
KQ
ForçaQde repulsão
1 de2repulsão
-0.04
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Na distância de equilíbrio, a força de atração entre os íons é compensada pela força de repulsão entre as nuvens eletrônicas
54
Força e Energia de Ligação
F = dE/da
• A expansão térmica se deve à curva do poço de energia potencial ser assimétrica, e não às
maiores amplitudes vibracionais dos átomos em função da elevação da temperatura.
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• Se a curva da energia potencial fosse simétrica não existiria qualquer variação liquida ou
global na separação interatômica e, consequentemente, não existiria qualquer expansão
térmica.
57
Direcionalidade
• A ligação iônica é não direcional
A força de ligação é igual em todas as direções.
Para formar um material 3D é necessário que cada íon de
um tipo esteja cercado de íons do outro tipo
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Cl-
Na+
58
Exemplo
• Calcule a força de atração entre Na+ e Cl- em uma
molécula de NaCl
KQ1Q2
F
a2
K= 9 x 109 V.m/C
Q1 = Q2 = 1 x 1.6 x 10-19C
a = RNa+ + RCl- = 0.098nm + 0.181nm = 0.278 nm
0.278x10 m
2
0.231x10 9 m
60
Ligação Covalente
• Gerada pelo compartilhamento de elétrons de valência
entre os átomos.
Elétrons de valência são os elétrons dos orbitais mais
externos.
Ex: Molécula de Cl2
Um elétron de cada átomo é compartilhado com o outro, gerando
uma camada completa para ambos.
Cl - Cl
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61
Ligação covalente (cont.)
A ligação covalente é direcional e forma ângulos bem
definidos
Mero de etileno
Molécula de
polietileno
63
Ligação Metálica
Nos metais, existe uma grande quantidade de elétrons quase
livres, os elétrons de condução, que não estão presos a
nenhum átomo em particular.
Estes elétrons são compartilhados pelos átomos, formando
uma nuvem eletrônica, responsável pela alta condutividade
elétrica e térmica destes materiais.
A ligação metálica é não direcional, semelhante à ligação
iônica.
Na ligação metálica há compartilhamento de elétrons,
semelhante à ligação covalente, mas o compartilhamento
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- + - +
Magnitude do dipolo
Os átomos se ligam pela atração entre os dipolos induzidos
66
Comentários
• As ligações covalente e iônica não são “puras” mas sim uma
mistura com proporções que dependem, essencialmente, da
diferença de eletronegatividade dos átomos envolvidos.
Metálica Secundária
Metais
Iônica Cerâmicas e vidros
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O CRISTAL IDEAL
Estrutura Cristalina
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68
Cristal 1
Fronteira
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Cristal 2
2nm
Imagem de alta-resolução
mostrando a organização atômica
Cristais gigantes de gypsum, de origem Microscópio Eletrônico de Transmissão
natural, descobertos em uma mina na Espanha
Mono-cristal gigante de Silício,
a partir do qual são fabricados
chips de computador.
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Células Não-Unitárias
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Célula Unitária
Menor “tijolo” que repetido
reproduz a rede cristalina
71
Os 7 Sistemas Cristalinos
Só existem 7 tipos de células unitárias que preenchem
totalmente o espaço
a
1/8 de átomo
R
1/2 átomo
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a
78
A rede hc (cont.)
Cálculo da razão c/a Vista de topo
a/2
30º
d
a dcos30° = a/2
c/2 d 3/2 = a/2
d = a/ 3
a d
a2 = a2/3 +c 2/4 c2 = 8a2/3
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a a
a2 = d2 +(c/2)2 Razão c/a ideal
c/a= 8/ 3 = 1.633
no entanto este valor varia em metais reais
79
A rede hc (cont.)
Cálculo do fator de empacotamento atômico
Vatomos
FEA
Vcelula
4 3
Vatomos 6 r 8 r3
3 Vista de topo
Vcelula Abase Altura Ahexagono c 6 Atriang. c
3
a a
b h 2 3
Atriang. a2
2 2 4
3 3 8
Vcelula 6 a2 c 6 a2 a 3 2a 3 3 2 8r 3 h
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4 4 3
60º
8 r3
FEA 0.74
3 2 8r 3 3 2 a
80
Empilhamento ótimo
O fator de empilhamento de 0.74, obtido nas redes cfc e hc, é o
maior possível para empilhar esferas em 3D.
A A A
B B
C C C
A A A A
cfc B B B
C C C C
A A A A A
B B B B
C C C
A A A A
B B B
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C C
hc A A A
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Cristalografia
• Para poder descrever a estrutura cristalina é necessário
escolher uma notação para posições, direções e planos.
• Posições
São definidas dentro de um cubo com lado unitário.
0,0,1
1/2,1/2,1/2
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1/2,1/2,0
1,0,0
82
Direções cristalográficas
As direções são definidas a partir da origem.
Suas coordenadas são dadas pelos pontos que cruzam o
cubo unitário. Se estes pontos forem fraccionais multiplica-
se para obter números inteiros.
[0 0 1]
[1 1 1]
[1 -1 1]
[0 1 1/2]=[0 2 1]
111
[0 1 0]
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[1/2 1 0]=[1 2 0]
[1 1 0]
[1 0 0]
83
Direções cristalográficas (cont.)
• Famílias de direções
Formadas por direções semelhantes dentro da estrutura
cristalina.
<111> = [111],[111],[111],[111],[111],[111],[111],[111]
• Ângulo entre direções no sistema cúbico
Dado pelo produto escalar entre as direções, tratadas como
vetores. Ex: [100] e [010]
D ua vb wc cos = 1.0 + 0.1 + 0.0 = 0
D' u' a v' b w' c 1
= 90°
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Intersecções: 1/2, 1
Inversos: 2, 0 ,1
Índices de Miller: (201)
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Quando as
intersecções com
os eixos não são
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óbvias, deve-se
deslocar o plano ou
a origem até obter
• 1,-1, • 1,-1,1
as intersecções • 1,-1,0 • 1,-1,1
corretas. • (110) • (111)
86
Planos da Rede Hexagonal
c
a3
1 a2
-1
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a1
• , 1, -1,
Índices de Miller-Bravais • 0, 1, -1, 0
• 4 coordenadas • (0 1 1 0)
• redundância Face do prisma
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Resumo
• Direções
[uvw]
• Famílias de direções
<uvw>
• Planos
(hkl) (índices de Miller)
Na hexagonal (hkil) (índices de Miller-Bravais)
i = - (h + k)
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• Famílias de planos
{hkl}
88
Densidade Atômica Planar
• Análogo ao fator de empacotamento atômico, que
corresponde à densidade volumétrica de átomos,
podemos definir a densidade atômica planar
DAP = Área Total de Átomos/Área do Plano
• Exemplo
Calcule a DAP dos planos {100} na rede CFC
Número total de átomos = 1 + 4*1/4 = 2
1/2 átomo
90
Planos e Direções Compactas
• Como já vimos, as redes CFC e HC são as mais densas
do ponto de vista volumétrico.
• Por outro lado, em cada rede, existem planos e direções
com valores diferentes de DAP e DAL.
• Em cada rede, existe um certo número de planos e
direções compactos (maior valor de DAP e DAL)
As direções compactas estão contidas em planos compactos
Estes planos e direções serão fundamentais na deformação
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plástica de materiais.
A deformação plástica normalmente se dá através do
deslizamento de planos.
91
Sistemas de deslizamento
• O deslizamento ocorrerá mais facilmente em certos
planos e direções do que em outros.
• Em geral, o deslizamento ocorrerá paralelo a planos
compactos, que preservam sua integridade.
• Dentro de um plano de deslizamento existirão direções
preferenciais para o deslizamento.
• A combinação entre os planos e as direções forma os
sistemas de deslizamento (slip systems), característicos
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-Fe, Mo,
CCC {110} <111> 6x2 = 12
W
Al, Cu,
CFC {111} <110> 4x3 = 12
-Fe, Ni
HC <1120> 3
Ti, Zn
A tabela mostra os sistemas de deslizamento das 3 redes básicas. Por exemplo: Como a rede CFC tem 4
vezes mais sistemas primários que a HC, ela será muito mais dúctil.
95
Determinação da estrutura
• Pergunta básica
Como se pode determinar experimentalmente a estrutura
cristalina de um material ?
• Uma boa resposta
Estudar os efeitos causados pelo material sobre um feixe
de radiação.
• Qual radiação seria mais sensível à estrutura ?
Radiação cujo comprimento de onda seja semelhante ao
espaçamento interplanar (da ordem de 0.1 nm).
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Difração de raios-x.
96
O espectro eletromagnético
luz visível
raios-x microondas
+
Interferência Construtiva
+
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Interferência Destrutiva
=
98
A lei de Bragg
Raios-X Raios-X
incidentes difratados
Planos
atômicos = distância
interplanar
Um outro conjunto de planos terá um outro espaçamento interplanar d’, e formará um outro
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ângulo ’, com os raios-X incidentes. Em geral, para esta nova condição satisfazer a lei de
Bragg, precisaremos de outro comprimento de onda ou outro ângulo de difração.
100
Métodos de difração de raios-X
Laue
Uma amostra mono-cristalina é exposta a raios-X com vários comprimentos de
onda (poli-cromático).
A lei de Bragg é satisfeita por diferentes conjuntos de planos, para diferentes
comprimentos de onda.
Para cada condição satisfeita, haverá uma forte intensidade difratada em um
dado ângulo.
Filme ou detetor
Colimador 180°-2
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Mono-cristal
Fonte de
raios-X
policromático
101
Métodos de difração de raios-X
Difratômetro (ou método do pó)
Uma amostra poli-cristalina é exposta a raios-X monocromático. O
ângulo de incidência varia continuamente.
Para certos ângulos, a Lei de Bragg é satisfeita para algum plano de
algum dos mono-cristais, em orientação aleatória.
Colimador Colimador
Detetor
Fonte de
raios-X
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monocromático
Amostra
policristalina
(pó)
102
= 0.1542 nm (CuK )
Intensidade (u.a)
Ângulo (2 )
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O CRISTAL REAL
Impureza
Auto-intersticial
átomo da própria
Intersticial
rede ocupando um átomo diferente
interstício ocupando um
interstício
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Impureza Vacância
Substitucional ausência de
átomo diferente átomo
ocupando uma
vacância
108
Concentração de defeitos
• Para formar defeitos é necessário dispor de energia.
• Normalmente esta energia é dada na forma de energia
térmica. Isto quer dizer que quanto maior a temperatura,
maior será a concentração de defeitos.
• Para muitos tipos de defeitos vale o seguinte:
ND QD
CD exp
N kT
onde CD é a concentração de defeitos
QD é a energia de ativação para o defeito
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k é a constante de Boltzmann
T é a temperatura absoluta em Kelvin
109
Conc. de defeitos (cont.)
• Ex: Concentração de vacâncias em cobre a 200ºC e a
1080ºC (Tf = 1084ºC)
Dados: QD = 0.9 eV/atom (1 elétron-volt = 1.6 x 10-19 J)
k = 8.62 x 10-5 eV/atom-K
CD ln(CD)
QD = k tan( )
ND QD
CD exp QD 1
N kT ln CD .
k T
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T 1/T
A partir de um gráfico experimental de
ln(CD) versus 1/T é possível determinar a
energia de ativação.
111
Impurezas
• Impurezas poderão assumir dois tipos de posição na rede
cristalina de outro material
Interstícios - espaços vazios na rede – impureza intersticial
Substituindo um átomo do material – impureza substitucional
• Impureza intersticial - um exemplo fundamental
Carbono em -Ferro (aço)
Rint = a/2 - RFe a = 4RFe/ 3
RFe = 0.124 nm Rint = 0.0192 nm
Álcool
Água
Solução
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Líquida
Mistura a nível
molecular = Solvente
= Soluto
113
As regras de Hume-Rothery
• Para que haja total miscibilidade entre dois metais, é
preciso que eles satisfaçam as seguintes condições
Seus raios atômicos não difiram de mais de 15%
Tenham a mesma estrutura cristalina
Tenham eletronegatividades similares
Tenham a mesma valência
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114
Difusão
• Como já vimos, devido à presença de vacâncias e
interstícios, é possível haver movimento de átomos de
um material dentro de outro material.
Cu Ni Cu Solução Ni
Tempo
Temperatura
Concentração (%)
Concentração (%)
100 100
Demo
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0 0
Posição Posição
115
As leis de Fick
• 1ª Lei
O fluxo da impureza na direção x é proporcional ao gradiente
de concentração nesta direção.
c
Jx D
x
Jx = Fluxo de átomos através
da área A [átomos/m2.s]
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D = coeficiente de difusão ou
difusividade [m2/s]
116
Difusão em Estado Estacionário
• Estado estacionário => J constante no tempo
Ex: Difusão de átomos de um gás através de uma placa
metálica, com a concentração dos dois lados mantida
constante.
c Cb Ca
Jx D D
x xb xa
Ca
J
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Cb
Ca Cb xa xb
Posição x
117
Exemplo
• Exemplo 5.1 (Callister) - Calcular J para :
Uma placa de ferro exposta a uma atmosfera rica em carbono de um
lado, e pobre do outro.
Temperatura de 700ºC
Concentração de carbono
1.2 kg/m3 a uma profundidade de 5 mm
0.8 kg/m3 a uma profundidade de 10 mm
Difusividade = 3 x 10-11 m2/s
C Ca (1.2 0.8)kg / m 3
Jx D b (3 10 11 2
m / s)
xb xa 5 10 3 10 2 m
2.4 10 9 kg / m 2 .s
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Jx
118
As Leis de Fick (cont.)
• 2ª Lei
A taxa de variação da concentração com o tempo, é igual ao gradiente
do fluxo
cx cx
D
t x x
Se a difusividade não depende de x
2
cx cx
D
t x2
Condições de contorno
t = 0 => C = C0 , 0 x
0 t=0 x
120
Exemplo (cont.)
A solução da equação diferencial com estas condições de contorno é
Cx C0 x
1 erf
Cs C0 2 Dt
onde Cx é a concentração a uma profundidade x depois de um tempo t
e
onde erf(x/2 Dt) é a função erro da Gaussiana
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0 t>0 x
121
Exemplo (cont.)
• Função erf(z)
Cx
Cx C0 x
Cs 1 erf
Cs C0 2 Dt
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C0
x
122
Aplicação - Carbonetação
•Exemplo 5.2 - Callister
É possível endurecer uma camada superficial de uma peça de aço através da difusão de
carbono. Isto é obtido expondo a peça a uma atmosfera rica em hidrocarbonetos (ex.
CH4) a alta temperatura.
Dados: Concentração inicial de C no aço C0 = 0.25wt%
Concentração na superfície (constante) Cs = 1.20wt%
Temperatura T=950ºC => D= 1.6 x 10-11 m2/s
Pergunta: Quanto tempo é preciso para atingir uma concentração de 0.80wt% a uma
profundidade de 0.5mm ?
Cx C0 0.80 0.25 5 10 4 m
1 erf
Cs C0 1.20 0.25 2 (1.6 10 11 m2 / s t
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
1
62.5s 2
0.4210 erf
t
123
Carbonetação (cont.)
Para determinar t deve-se consultar a tabela de erf(z) e interpolar para o
valor 0.4210 Camada
– z = 0.35 => erf(z) = 0.3794 carbonetada
– z=? => erf(z) = 0.4210
– z = 0.40 => erf(z) = 0.4284
– Obtém-se z = 0.392
Assim
– 0.392 = 62.5/ t
– t = 25400 s = 7.1 h
Difusividade (m2/s)
C em Fe cfc
Cu em Al
Zn em Cu
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Ni em Fe cfc
Temperatura, 1000/K
128
Discordâncias
• São defeitos lineares. Existe uma linha separando a
seção perfeita, da seção deformada do material.
• São responsáveis pelo comportamento mecânico dos
materiais quando submetidos a cisalhamento.
• São responsáveis pelo fato de que os metais são cerca
de 10 vezes mais “moles” do que deveriam.
• Existem dois tipos fundamentais de discordâncias:
Discordância em linha (edge dislocation)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
discordância é
“rasgar a lista telefônica”
Vetor de Burgers, b
132
Discordância mista
Linha da discordância
plano de deslizamento.
135
Discordâncias e def. mec. (cont.)
1 2 3
tensão cisalhante
tensão cisalhante
Animação
4 5 6
tensão cisalhante
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
tensão cisalhante
136
Discordâncias e def. mec. (cont.)
Linha:
mov. na
direção
da tensão
O efeito final
Direção do é o mesmo.
movimento
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Hélice:
mov. normal à
direção da tensão.
137
Fronteiras de grão e interfaces
• Um material poli-cristalino é formado por muitos
mono-cristais em orientações diferentes.
• A fronteira entre os monocristais é uma parede, que
corresponde a um defeito bi-dimensional.
Cristal 1
Fronteira
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Cristal 2
contorno
contorno
contorno
Eixo de
inclinação Plano de simetria
Plano de simetria
contorno
Eixo de
rotação
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
contorno
discordâncias em linha.
142
Macla (twin)
• Fronteira de alta simetria onde um grão é o espelho do
outro.
Plano de
macla (twin Formadas pela
plane) aplicação de
tensão mecânica
ou em tratamentos
térmicos de
recozimento
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
(annealing)
143
Outras fronteiras
• Fronteira de grande ângulo
Fronteira de rotação com ângulos maiores do que 15º
Mais difícil de interpretar (unidades estruturais).
• Falha de empilhamento:
cfc - deveria ser ...ABCABC... e vira ...ABCBCA...
hc - deveria ser ...ABABAB... e vira ...ABBABA...
• Fronteiras magnéticas ou parede de spin
Em materiais magnéticos, separam regiões com
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
PROPRIEDADES MECÂNICAS
144
145
Propriedades Mecânicas de Metais
• Como os metais são materiais estruturais, o
conhecimento de suas propriedades mecânicas é
fundamental para sua aplicação.
• Um grande número de propriedades pode ser derivado
de um único tipo de experimento, o teste de tração.
• Neste tipo de teste um material é tracionado e se
deforma até fraturar. Mede-se o valor da força e do
elongamento a cada instante, e gera-se uma curva
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
tensão-deformação.
146
Curva Tensão-Deformação
100
Carga (103N)
Célula de Carga
50
0
Gage 0 1 2 3 4 5
Amostra Elongamento (mm)
Length Vídeos 500
Normalização para
(MPa)
eliminar influência da
geometria da amostra
250
Tensão,
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
0
Tração 0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10
Deformação, (mm/mm)
147
y
Plástica
(MPa)
250
Tensão,
fratura
0
0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10 0
0.002 0.004 0.005 0.008 0.010
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
• Módulo de cisalhamento G
=G
150
Coeficiente de Poisson
• Quando ocorre elongamento ao longo de
uma direção, ocorre contração no plano
perpendicular.
• A Relação entre as deformações é dada
pelo coeficiente de Poisson .
= - x/ z = - y/ z
o sinal de menos apenas indica que uma
extensão gera uma contração e vice-versa
Os valores de para diversos metais estão
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Limite de
resistência
( R)
Tensão,
estricção
A partir do limite de
resistência começa a ocorrer
um estricção no corpo de
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Deformação,
152
Ductilidade
• Ductilidade é uma medida da extensão da deformação que
ocorre até a fratura.
• Ductilidade pode ser definida como
Elongamento percentual %EL = 100 x (Lf - L0)/L0
onde Lf é o elongamento na fratura
uma fração substancial da deformação se concentra na estricção, o que faz com
que %EL dependa do comprimento do corpo de prova. Assim o valor de L0 deve
ser citado.
Redução de área percentual %AR = 100 x(A0 - Af)/A0
onde A0 e Af se referem à área da seção reta original e na fratura.
Independente de A0 e L0 e em geral de EL%
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
153
Resiliência
• Resiliência é a capacidade que o material possui de absorver
energia elástica sob tração e devolvê-la quando relaxado.
Área sob a curva dada pelo limite de escoamento ( y) e pela
deformação no escoamento ( y) .
Módulo de resiliência
y
Ur d
0
Na região linear y
2
y
y y
y E y
Ur d
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
0
2 2 2E
Assim, materiais de alta resiliência possuem alto limite de escoamento e
baixo módulo de elasticidade.
Estes materiais seriam ideais para uso em molas.
154
Curva para Cobre Recozido
Tensão (MPa)
Elongamento (mm)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
155
Curva para Cobre Endurecido a Frio
Tensão (MPa)
Elongamento (mm)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
156
Comparação
Recozido
Endurecido a frio
Tensão (MPa)
Elongamento (mm)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
157
Tenacidade
• Tenacidade (toughness) é a capacidade que o material
possui de absorver energia mecânica até a fratura.
área sob a curva até a fratura.
Elongamento (mm)
158
{110} 6x2 = 12
-Fe, Mo,
CCC {211} <111> 12
W
{321} 24
Al, Cu,
CFC {111} <110> 4x3 = 12
-Fe, Ni
{0001}
3
{1010} Cd, Mg, -
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
HC <1120> 3
{1011} Ti, Zn
6
A tabela mostra os sistemas de deslizamento das 3 redes básicas. Em vermelho aparecem os sistemas
principais. Em cinza aparecem os secundários. Por exemplo: Como a rede CFC tem 4 vezes mais
sistemas primários que a HC, ela será muito mais dúctil.
161
Deslizamento em mono-cristais
• A aplicação de tração ou compressão uniaxais trará
componentes de cisalhamento em planos e direções
que não sejam paralelos ou normais ao eixo de
aplicação da tensão.
• Isto explica a relação entre a curva - e a resposta
mecânica de discordâncias, que só se movem sob a
aplicação de tensões cisalhantes.
• Para estabelecer numericamente a relação entre tração
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
R = cos cos
onde vídeo
= F/A
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Mecanismo de deformação
plástica a partir de acúmulo de
F deslizamentos
163
Deformação plástica em materiais policristalinos
• A deformação em materiais
policristalinos é mais complexa
porque diferentes grãos estarão
orientados diferentemente em
relação a direção de aplicação
da tensão.
• Além disso, os grãos estão
unidos por fronteiras de grão
que se mantém íntegras, o que
coloca mais restrições a
deformação de cada grão.
• Materiais policristalinos são
mais resistentes do que seus
mono-cristais, exigindo maiores
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
d-1/2 (mm-1/2)
167
Solução sólida
• Nesta técnica, a presença de impurezas substitucionais
ou intersticiais leva a um aumento da resistência do
material. Metais ultra puros são sempre mais macios e
fracos do que suas ligas.
Liga Cu-Zn
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Concentração de Zn (%)
168
Deformação a frio
• O aumento de resistência por deformação mecânica
(strain hardening) ocorre porque
o número de discordâncias aumenta com a deformação
isto causa maior interação entre as discordâncias
o que, por sua vez, dificulta o movimento das
discordâncias, aumentando a resistência.
• Como este tipo de deformação se dá a temperaturas
muito abaixo da temperatura de fusão, costuma-se
denominar este método deformação a frio (cold work).
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
169
Deformação a frio (cont.)
%CW=100x(A0-Ad)/A0
Aço 1040
Limite de escoamento (kpsi)
Ductilidade (%EL)
Latão
Latão
Cobre
Cobre
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Aço
1040
Tempo (min)
175
Fratura
• O processo de fratura é normalmente súbito e
catastrófico, podendo gerar grandes acidentes.
h’
Materiais frágeis se
deformam pouco e
absorvem pouca energia
do martelo
180
Transição dúctil-frágil (cont.)
Fratura dúctil
Energia de Impacto (J)
fratura
Tempo
motor
junta contador
amostra flexível
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
carga carga
183
A curva S-N
• A curva Stress-Number of cycles é um gráfico que
relaciona o número de ciclos até a fratura com a tensão
aplicada. Quanto menor a tensão, maior é o número de ciclos
que o material tolera.
Ligas ferrosas normalmente possuem um limite de
fadiga. Para tensões abaixo deste valor o material
não apresenta fadiga.
Tensão,S (MPa)
Limite de fadiga
Ligas não ferrosas não possuem um (35 a 60%) do
S1 limite de fadiga. A fadiga sempre ocorre limite de
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
aceleração da deformação
Deformação instantânea causada por mudanças
(elástica) microestruturais tais como
rompimento das fronteiras de
Tempo
grão.
187
Tempo Tempo
188
Influência da tensão
• Relação entre e a taxa de fluência estacionária
K1
n
ln ln K1 n ln
onde K1 e n são constantes do material
Tensão (MPa)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
onde K2 e n são
constantes do material
Qc é a energia de
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
DIAGRAMAS DE FASE
190
191
Diagramas de fase
• Diagramas de fase são mapas que permitem prever a
microestrutura de um material em função da temperatura
e composição de cada componente.
• Fase é uma porção homogênea do material que tem
propriedades físicas ou químicas uniformes:
Ex: Mistura água/gelo - duas fases
Quimicamente idênticas - H2O
Fisicamente distintas - líquida/sólida
Ex: Mistura água/açúcar com açúcar precipitado - duas
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
100
Temperatura (ºC)
80 Limite de
Solução líquida solubilidade
60
(água açucarada)
40
Solução líquida
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
20 + açúcar sólido
0
0 25 50 75 100 Açúcar
100 75 50 25 0 Água
Composição (wt%)
193
Diagramas binários
Linha
liquidus Ponto A Ponto B
60% Ni 35% Ni
L = Líquido 1100ºC 1250ºC
Linha
B
solidus
+L
Temperatura (ºC)
= alfa
B
1250ºC
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
30 40 50
B
1250ºC
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
30 40 50
CL C0 C
• Fase líquida • Fase alfa (solução sólida)
CL = 32 wt% Ni - 68wt% Cu C = 43 wt% Ni - 57 wt% Cu
196
Interpretação (cont.)
• Determinação das frações de cada fase
Uma fase => trivial => 100% da própria fase
Duas fases => Regra da Alavanca (lever rule)
C C0
tie-line WL
C CL
43 35
B 0.73
1250ºC 43 32
C0 CL
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
W
C CL
35 32
30 40 0.27
50
43 32
CL C0 C
197
Lógica da regra da alavanca
• A regra da alavanca nada mais é do que a solução de duas
equações simultâneas de balanço de massa
Com apenas duas fases presentes, a soma das suas frações tem
que ser 1
W + WL = 1
W C + WLCL = C0
estáveis.
199
Diagramas de fase e microestrutura
• Evolução microestrutural
L 100% Líquido
C0 constituinte B
+L
Temperatura
Líquido
Temperatura (°C)
+L
+L
C E + CE C E
+
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
composição eutética
Microestrutura eutética:
Camadas finas alternadas de fases e
Microestrutura eutética:
Camadas finas alternadas das fases e
Composição (pequena variação em relação a T1)
67% de 3 ( 90% B) em
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
uma matriz de
microestrutura eutética =
17% 3 ( 30% B) + 83%
3 ( 90% B)
Composição
207
Diagrama Eutético - Animação
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
temperatura eutética
(proeutética)
Estrutura eutética
210
Temperatura (°C)
50% de 1 em uma matriz de L1
100% de ( 20% B)
1% de 2 em uma matriz de
(precipitado nos contornos ou
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
5% de 3 em uma matriz de 3
Composição (wt% B)
211
Diagrama Eutetóide
• Diagrama semelhante a um eutético, no qual ocorre uma
transição tipo eutética no estado sólido.
1600
1538°C
T(°C) L
1394°C
+L
1200 1148°C
(austenita) 2.11 4.30
912°C + Fe3C
0.77 800
727°C
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
0.022 0.77
Cementita
+ Fe3C (Fe3C)
400
1 2 3 4 5 6 6.7
(Fe) Concentração (wt% C)
212
Diag. Fe-C - Características básicas
• Fases do Ferro puro
Tamb - 912°C => Fe na forma de Ferrita ( -Fe, CCC)
912°C-1394°C => Fe na forma de Austenita ( -Fe, CFC)
1394°C-1538°C => Fe na forma de Delta Ferrita
( -Fe,CCC) - nenhum valor tecnológico
• Solubilidade do C em Fe
Na fase - máximo de 0.022%
Na fase - máximo de 2.11%
• Cementita - Fe3C
Composto estável que se forma nas fases e quando a solubilidade
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Aço hipo-eutetóide com 0.38 wt% C, Aço hiper-eutetóide com 1.40 wt% C,
composto por ferrita pro-eutetóide (fase composto por cementita pro-eutetóide (fase
clara) e perlita [fase com lamelas claras clara) e perlita. 1000x.
(ferrita) e escuras (cementita)]. 635x.
218
Proporções das fases
T U V X
Hipo-eutetóide – C0 Hiper-eutetóide – C1
Fração de ferrita total Fração de cementita total
U V X 6,7 C0 T U V C1 0,022
W WFe3Ctotal
total
T U V X 6,7 0,022 T U V X 6,7 0,022
Fração de ferrita pro-eutetóide Fração de cementita pro-eutetóide
U 0.77 C0 V C1 0.77
W ' WFe C
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
T U 0.77 0.022 3
V X 6.7 0.77
Fração de perlita Fração de perlita
T C0 0.022 X 6.7 C1
Wp Wp
T U 0.77 0.022 V X 6.7 0.77
219
Glossário
• Austenita = -Fe = fase
• Ferrita = -Fe = fase
• Cementita = Fe3C (6.7 wt% C em Fe)
• Perlita = Ferrita e Cementita em lamelas alternadas
• Hipo = menor que - Hiper = maior que
• Ferrita pro-eutetóide = Ferrita que se forma a T >Teutetóide
p/composição hipo-eutetóide (<0.77 wt%C)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Aços Ferros
Fundidos
frágil
• Eixo de motor que gira a uma velocidade de 5000rpm
Aço médio carbono com alta dureza superficial e acabamento superficial de
excelente qualidade para diminuir a chance de formação de trincas que levem à
falha por fadiga.
225
Aços
• Aços são ligas Fe-C que podem conter outros
elementos.
Propriedades mecânicas dependem da %C.
%C < 0.25% => baixo carbono
0.25% < %C < 0.60% => médio carbono
0.60% < %C < 1.4% => alto carbono
• Aços carbono
Baixíssima concentração de outros elementos.
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
• Aços liga
Outros elementos em concentração apreciável.
226
Aços Baixo Carbono
• Aços Carbono
Microestrutura de ferrita e perlita
Macios e pouco resistentes, muito dúcteis e tenazes
Insensíveis a tratamentos térmicos
Custo mais baixo de produção
Usos em painéis de carros, tubos, pregos, arame...
• Alta Resistência Baixa Liga (High Strength Low Alloy)
Contém outros elementos tais como Cu, Va, Ni e Mo
Mais resistentes e mais resistentes à corrosão
Aceitam tratamentos térmicos
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
• A formação de grafite
depende da composição, da
taxa de resfriamento e da
presença de impurezas.
• A presença de Si privilegia a
formação de grafite.
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Adições
(Mg/Ce)
Moderado Lento
P + Grosetas + Grosetas
P = Perlita
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
G = Grafite
Maleável Maleável
perlítica ferrítica
234
Ferros fundidos, propriedades
• Ferro cinzento
wt%C entre 2.5 e 4.0, wt%Si entre 1.0 e 3.0
Grafite em forma de veios cercados por ferrita/perlita.
O nome vem da cor típica de uma superfície de fratura.
Fraco e quebradiço sob tração.
Os veios funcionam como pontos de concentração de tensão e
iniciam fratura sob tração.
Mais resistente e dúctil sob compressão.
Ótimo amortecedor de vibrações.
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
400 x 100 x
Maleável Nodular
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
100 x 100 x
238
Ligas não-ferrosas
• Porque ?
Apesar da diversidade de propriedades das ligas ferrosas,
facilidade de produção e baixo custo, elas ainda apresentam
limitações:
Alta densidade, baixa condutividade elétrica, corrosão.
• Diversidade
Existem ligas de uma enorme variedade de metais.
Nós vamos descrever algumas apenas
Cobre, Alumínio, Magnésio, Titânio, refratários, super-ligas,
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
metais preciosos.
239
Ligas de Cobre
• Ligas de cobre
Cobre puro é extremamente macio, dúctil e deformável a
frio. Resistente à corrosão.
Ligas não são tratáveis termicamente. A melhora das
propriedades mecânicas deve ser obtida por trabalho a frio
ou solução sólida.
As ligas mais comuns são os latões, com Zn, com
propriedades que dependem da concentração de Zn, em
função das fases formadas e suas estruturas cristalinas (vide
Callister sec.12.7)
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
do peso.
De 1976 a 1986 o peso médio dos automóveis caiu cerca de 16%
devido à redução de 29% do uso de aços, ao aumento de 63% no
uso de ligas de Al e de 33% no uso de polímeros e compósitos.
241
Ligas de Magnésio e de Titânio
• Ligas de magnésio
O Mg é o menos denso de todos os metais estruturais
(1.7 g/cm3).
Muito utilizado em aviação.
Estrutura hc, com baixo módulo de Young (45 x 103MPa),
baixo ponto de fusão (651°C).
• Ligas de titânio
O Ti é pouco denso (4.5 g/cm3), tem alto módulo de Young
(107 x 103MPa) e alto ponto de fusão (1668°C).
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Metais - Densidade
248
249
Metais - Resistência Específica
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Metais - Preço
251
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
CERÂMICAS
252
253
Cerâmicas e vidros
• Propriedades básicas
São uma combinação de metais com O, N, C, P, S
São altamente resistentes a temperatura (refratários)
São isolantes térmicos e elétricos
São frágeis (quebram sem deformar)
São menos densas do que metais
Podem ser transparentes
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
254
As cerâmicas na tabela periódica
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Cerâmicas avançadas
Utilizadas em inúmeras aplicações tecnológicas tais como
encapsulamento de chips, isolamento térmico do ônibus espacial,
revestimento de peças, fibras óticas, etc...
256
Estruturas básicas
CsCl NaCl
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
CaF2 BaTiO3
257
Estruturas de Carbono
Nanotubo
258
Silicatos
• Formados por Si e O, os dois elementos mais
abundantes da terra.
Solos, rochas, argilas, areias
50 Sílica (SiO2)
Cristalina - Ex: quartzo, baixa densidade alto ponto de fusão
Percentagem da crosta terrestre (%)
20
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
10
O Si Al Fe Ca Na K Mg H
259
Defeitos em cerâmicas
• Defeitos mais complexos do que vacâncias ou átomos
intersticiais podem se formar a partir do fato de que a
estrutura é formada por íons positivos e negativos
Defeito Schottky
(vacância aniônica
ligada a vacância
Defeito Frenkel catiônica)
(vacância ligada a
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
átomo intersticial)
260
Diagramas de fases de cerâmicas
• Exemplo interessante
T (°C)
Zircônia parcialmente 2500
estabilizada com cal
A transição da 2000
estrutura monoclínica
para tetragonal a 1500
1000°C causa tanta
distorção na rede que o 1000
material arrebenta.
A adição de CaO cria 500
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Materiais cerâmicos
molde ar
molde de
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
comprimido
acabamento
vidro
queimador fundido
264
Tratamento térmico de vidros
• Vidro temperado
O vidro é resfriado rapidamente de forma controlada.
A superfície solidifica antes. O interior continua plástico e
tenta contrair mais do que a superfície permite. O interior
tenta puxar a superfície para dentro.
Quando totalmente solidificado, restam tensões
compressivas na superfície e trativas no interior. O vidro se
torna mais resistente porque uma tração externa que
poderia causar fratura, tem que antes vencer a compressão
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
da superfície.
Usado em vidros de carros, lentes de óculos, portas.
265
Fibras Ópticas
• Vidro comum
≈ 90% de transparência em cerca de 5 mm de espessura
I0 0.53I0
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
• Fibras ópticas
Entre 50 e 90% de transparência em 1km de espessura
http://electronics.howstuffworks.com/fiber-optic.htm
266
Argilas
• Estrutura
Silicatos em camadas
• Processamento
Trabalhados misturados com água.
a água se localiza entre as camadas e
permite fácil deformação plástica.
Secagem para eliminação da água
Tratamento em alta T para aumentar
resistência mecânica.
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
Eliminação de poros
Vitrificação - vidro líquido que flui e
ocupa os poros.
267
Refratários
• Características
Resistência a altas temperaturas
Resistência a atmosferas corrosivas.
Oferecem isolamento térmico
• Tipos
Fireclay - mistura de Al2O3 e SiO2 ( T 1587°C)
Sílicas (ácidos) - SiO2 ( T 1650°C)
Básicos - usam MgO - utilizados na indústria de aço.
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
transformações de estrutura
(transformation toughening)
270
Algumas Propriedades das Cerâmicas
• Nas próximas páginas, algumas propriedades básicas,
além do preço aproximado, são apresentadas para um
grupo básico de cerâmicas, comparadas com metais.
• As propriedades aparecem na forma de gráficos
gerados pelo programa CES Edupack.
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
271
Cerâmicas - Ponto de Fusão
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
272
Cerâmicas - Resistividade Elétrica
S. Paciornik – DCMM PUC-Rio
273
Cerâmicas - Condutividade Térmica
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274
Cerâmicas - Resistência Mecânica
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Cerâmicas - Densidade
275
276
Cerâmicas - Resistência Específica
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Cerâmicas - Preço
278
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POLÍMEROS
279
280
Polímeros
• A palavra polímero significa muitos “meros”, unidades
de formação de uma molécula longa.
monômero
Monômeros de Vinil-Cloreto. Cada
molécula é insaturada, i.e., os
átomos de carbono apresentam
ligação covalente dupla entre si e não
estão ligados ao número máximo de
átomos (4).
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iniciação crescimento
terminador
terminação
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polietileno
109.5°
282
A forma das macro-moléculas
• Os átomos de carbono do eixo da molécula podem girar
e ainda manter o ângulo correto. Desta forma é possível
formar polímeros com formas complexas.
109.5°
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283
A estrutura das macro-moléculas
Linear
Ramificada (branched)
Ligações cruzadas
(cross-linked)
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CH3 CH2 -
H R H R H R H H H R H H | |
H H H H H H H H H H H R -C-C-
| | | | | | | | | | | | configuração | |
- C - C -- C - C - - C - C -- C - C -- C - C -- C - C - atáctica - CH2 H
| | | | | | | | | | | | (aleatória)
H R R H H R H R H R H H trans-isoprene
285
Co-polímeros
• Formados pela combinação de mais do que um tipo de
mero. Maior diversidade de propriedades.
aleatório
(Ex: estireno-butadieno - borracha de pneu
acrilonitrila-butadieno - mangueira
para gasolina)
alternado
blocado
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enxertado
(Ex: ABS)
286
Polímeros Termo-plásticos
• Se tornam macios e deformáveis quando aquecidos.
Característico de moléculas lineares ou ramificadas, mas
não com ligações cruzadas.
Como as cadeias são ligadas apenas for forças de Van der
Waals, estas ligações podem ser rompidas por ativação
térmica, permitindo deslizamento das cadeias.
Temperaturas típicas na faixa de 100°C.
Podem ser recicláveis.
Exemplos:
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Exemplos:
poliuretano, fenois, epoxis, Neoprene
288
Cristalinidade
É possível formar uma rede cristalina
com polímeros. No entanto, devido a
complexidade das moléculas, raramente o
material será totalmente cristalino.
Regiões cristalinas estarão dispersas
dentro da parte amorfa do material. O
grau de cristalinidade depende
• da taxa de resfriamento na
solidificação
• da complexidade química
• da configuração da macro-molécula
o polímeros lineares cristalizam com
mais facilidade
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o estereo-isômeros isotácticos e
sindiotácticos cristalizam com mais
facilidade, devido a maior simetria C
H
da cadeia.
Polietileno
289
Aditivos
• Muitas vezes os polímeros não satisfazem certas
condições de uso. Para adequá-los às necessidades,
emprega-se aditivos.
Carga: para melhorar comportamento mecânico,
estabilidade dimensional e térmica.
Ex:serragem, pó de vidro, areia...
Plastificantes: para aumentar a flexibilidade, ductilidade e
tenacidade
Ex: Líquidos com baixa pressão de vapor e moléculas leves. As
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H CH3 H H H CH3 H H
| | | | | | | |
-C-C =C-C- -C-C -C-C-
Tensão (Mpa)
| | | |
H H H H
+ 2S ==> S S vulcanizada
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H H H H
| | | |
-C-C =C-C- -C-C -C-C-
| | | | | | | | não vulcanizada
H CH3 H H H CH3 H H
Deformação
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Exemplo Interessante
292
293
Algumas Propriedades dos Polímeros
• Nas próximas páginas, algumas propriedades básicas,
além do preço aproximado, são apresentadas para um
grupo básico de polímeros, comparadas com metais.
• As propriedades aparecem na forma de gráficos
gerados pelo programa CES Edupack.
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294
Polímeros - Ponto de Fusão
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295
Polímeros - Resistividade Elétrica
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296
Polímeros - Condutividade Térmica
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297
Polímeros - Resistência Mecânica
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Polímeros - Densidade
298
299
Polímeros - Resistência Específica
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Polímeros - Preço
301
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COMPÓSITOS
302
303
Compósitos
• São materiais que buscam conjugar as propriedades de
dois tipos de materiais distintos, para obter um material
superior.
120 Resistência específica:
Resistência/densidade
Resistência específica (mm)
100
Parâmetro crítico em
aplicações que exigem
80
materiais fortes e de baixa
densidade.
Ti-5Al-2.5Sn
60
Carbono/epoxi
Ex: indústria aeroespacial. O
kevlar/epoxi
vidro/epoxi
madeira
Al2O3/epoxi
Al 2048
40
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aço 1040
20 redução de peso.
0
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304
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Compósitos em um Avião
305
Pneus 306
No Elemento Função
1 Ranhuras É a parte que entra em contato com a
(Carcassa ) superfície da rua protege a carcassa e
promove a aderencia, manobrabilidade e
durabilidade.
2 Cinto de aço Promove a rigidez da cobertura e protege
a carcassa
3 Camada em Promove a alta durabilidade e
espiral manobrabilidade
4 Ombro Ë a parte mais grossa e do pneu, protege
a carcassa de choques externos e danos.
5 Parede lateral É a parte mais flexível do pneu , protege
a carcassa e permite uma jornada
confortável
6 Laminados É o corpo principal do pneu.
(Plycord) Sustenta a pressão, as cargas e choques.
7 Preenchimento Promove alta durabilidade e alta
manobrabilidade.
8 Arames de Mantem o pneu nas dimensões
reforço
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0.75 m
311
Reforçados por fibras
• Princípio de funcionamento
Uma fibra de um dado material é muito mais forte do que o material
como um todo, porque a probabilidade de encontrar uma trinca de
superfície que leva à fratura diminui com a diminuição do volume da
amostra.
Ex: Whiskers, pequenos monocristais que são usados como fibras em
compósitos. Por serem monocristais perfeitos são extremamente
insensíveis a fratura.
• Tipos mais comuns
Fibras de vidro em matriz de epoxi
Fibras de carbono em matrizes de polímeros
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Fibras de Carbono.
Alumínio
Tungstênio
Boro
Matriz de Alumínio
reforçada por fibras
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de tungstênio
recobertas com boro
313
Resposta mecânica
• O comportamento mecânico de compósitos será, em
geral, anisotrópico.
Carga longitudinal (na direção do eixo das fibras)
Ótima ligação entre matriz e fibras => mesma deformação para
ambas => condição “isostrain”
( c/ c) =( m/ m )Vm + ( f/ f) Vf =>
Ec = EmVm + EfVf
314
Resposta mecânica (cont.)
Carga transversal
Neste caso a tensão é igual para o compósito e as duas fases.
(condição “isostress”)
c = m = f=
c = mVm + fVf
e lembrando que = /E
Corte Axial
Corte Circunferencial
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317
Exemplo (cont.)
Axial
2 mm
Circunferencial
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2 mm
318
Compósitos estruturais
• Formados por materiais homogêneos e compósitos,
com propriedades dependentes da orientação relativa
dos componentes.
Laminados: formados por camadas sucessivas de um
compósito anisotrópico, com orientações alternadas.
Ex: Compensado de madeira
Sandwich: formados por folhas separadas por uma camada
de material menos denso.
Ex: Divisórias
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Compósitos Laminados
319
Laminados
Ski Moderno
320
321
Algumas Propriedades dos Compósitos
• Nas próximas páginas, algumas propriedades básicas,
além do preço aproximado, são apresentadas para um
grupo básico de compósitos, comparadas com metais.
• As propriedades aparecem na forma de gráficos
gerados pelo programa CES Edupack.
• OBS:
CFRP – Carbon Fiber Reinforced Polymer – Polímero
reforçado com fibras de carbono
GFRP – Glass Fiber Reinforced Polymer – Polímero
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Compósitos - Densidade
326
327
Compósitos - Resistência Específica
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Compósitos - Preço
329