Asunción, Paraguay
Enero, 2018
SORAIA SANTOS MENDES
Asunción, Paraguay
Enero, 2018
Soraia Santos Mendes.
Código de biblioteca:
SORAIA SANTOS MENDES
Membros da Banca:
________________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Célia Benitez Lara
Presidente
________________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Célia Conceição de Melo
Membro
________________________________________________________________
Prof. Dr. Hercules
Membro
________________________________________________________________
Prof Dr. Osvaldo Arsênio Villalba
ORIENTADOR
À minha amada família que sempre
me deu todo o apoio necessário para
que eu continuasse na minha
caminhada.
AGRADECIMENTOS
(Albert Einstein)
LISTA DE GRÁFICOS
O presente trabalho é fruto de pesquisa desenvolvida nas turmas de 9º ano do Colégio Municipal
Rubem Carneiro da Silva, na cidade de Água Fria-Bahia-Brasil. Esta análise refere-se ao uso da
calculadora no processo de ensino-aprendizagem com a perspectiva pedagógica da aprendizagem
significativa da Matemática. O problema central interroga como o uso da calculadora pode fazer
desse instrumento um aliado nas aulas de matemática a fim de potencializar a aprendizagem sem
comprometer o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos, na perspectiva de avaliar seu
emprego como ferramenta pedagógica de aprendizagem da Matemática. Apesar do uso pedagógico
da calculadora ser previsto e sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, vale destacar que
uma efetiva implementação em aulas de Matemática tem ocorrido de forma tímida, apesar de ser um
aparato de fácil acessibilidade, encontrado em computadores, telefones celulares e de ser de relativo
baixo custo. Assim, como objetivo principal buscou-se analisar o emprego da calculadora como
ferramenta pedagógica de aprendizagem da matemática, com o auxílio de objetivos específicos como
a abordagem da história da calculadora e seu uso nas aulas de matemática; caracterização de
aspectos positivos e negativos deste uso; apresentação de exemplos de atividades de matemática
que façam o uso da calculadora; e, análise da receptividade e clareza dos pais, professores, gestor e
alunos quanto ao uso da calculadora como instrumento aliado ao ensino-aprendizagem da
matemática no Ensino Fundamental II. Optou-se por utilizar a observação participante para que o
pesquisador tivesse uma maior imbricação com a situação estudada bem como o sujeito pesquisado,
a ser observado pelo fato da calculadora ser considerada como um dos recursos didáticos
importantes no processo ensino e aprendizagem. Espera-se que o uso adequado da calculadora
venha a destacá-la como mediadora/facilitadora tanto do ensino quanto da aprendizagem da
Matemática, bem como da Física, por exemplo. No entanto, é preciso que incursões com segurança
teorico-metodológica sejam feitas de maneira consistente, planejadas, para que o processo aconteça
de forma sólida, bem embasada do ponto de vista teórico-prático que um ambiente educacional
requer.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
BREVE HISTÓRIA DA CALCULADORA E OS PRIMEIROS USOS EM AULAS DE
MATEMÁTICA
calculadora que realizava as quatro operações foi inventada em 1672, sendo que
Leibniz foi precursor na defesa do sistema binário, atualmente utilizado pelos
computadores digitais (SOUZA FILHO; ALEXANDRE, 2014).
É da opinião de Sautoy (2013) que as calculadoras mecânicas elaboradas por
Leibniz eram belíssimas, acentuando que o processo utilizado por uma delas para a
realização de adições (se baseava em um rolamento de esferas que representavam
1 e a ausência delas para representar o 0), transformava um processo em uma
fantástica máquina mecânica.
Essa linguagem artificial que aparece em Leibiniz transparece o
desenvolvimento da lógica que o conduziu até o processo de mecanização do
raciocínio, demonstrando que ele bem captou as vantagens que os símbolos
apresentam na Aritmética e na Álgebra libertando a Lógica de possíveis
ambiguidades (FONSECA FILHO, 2007).
As aplicações dessa calculadora previam a economia de esforços e
promoveriam precisão na contabilidade, administração ou levantamento de dados,
com a pretensão de uma versão mais ampla, proposta por Leibniz, que mecanizasse
todos os processos de raciocínio, uma vez que sua calculadora fora projetada
especificamente para cálculos de multiplicar e dividir (ROSS, 2001).
A primeira calculadora mecânica teve seu primeiro aprimoramento em 1671
com a introdução da documentação do conceito da calculadora realizar
multiplicações e divisões através de sucessivas adições e subtrações. Esse conceito
foi implementado por Leibniz, que desenvolveu um sistema lógico matemático
utilizando o sistema binário (0 e 1) em 1703, que inspirou a origem da lógica binária
que surgiria no futuro (OKUYAMA, et al., 2014).
Já Null e Lobur (2010), iluminam que nenhuma da invenções de Leibniz
permitia a programação ou possuíam memória para acumular dados, precisavam
que o utilizador fizesse suas próprias intervenções, manualmente, a cada passo dos
cálculos.
Em 1822, surge a Máquina Diferencial do matemático inglês Charles
Babbage, que ocupava uma sala inteira. Seu propósito era de corrigir erros das
tabelas de logaritmos utilizados pela navegação britânica (SOUSA FILHO;
ALEXANDRE, 2014).
Complementam Null e Lobur (2010):
24
Para Morigi e Pavan (2004) a influência das TIC‟s na vida da sociedade tem
forte impacto, e são caracterizadas por uma autonomia que já não pode mais ser
desvinculada da contemporaneidade:
É importante que o professor não veja a tecnologia como um fardo, algo que
ele ainda tem que adicionar à sua carga de trabalho, ao contrário, o uso dessas
tecnologias em sala de aula serve de instrumento que contribuem no aprendizado da
matemática pelos jovens. A tecnologia deve ser vista como um instrumento
integrante do arsenal de ferramentas do professor na relação ensino-aprendizagem
(VAN DE WALLE, 2009).
29
alunos devem saber como utilizar uma calculadora, bem como devem saber julgar
quando é apropriada sua aplicação. Neste caso, é importante que os alunos sejam
treinados a utilizar melhor este instrumento a fim de melhor reconhecer erros brutos
que são geralmente feitos em calculadoras.
Para CACCURI (2013), a utilização da calculadora (por exemplo) fundamenta-
se em um processo chamado de alfabetização digital, onde o aluno desenvolve
habilidade em operar e manejar os diferentes dispositivos tecnológicos que
encontram-se disponíveis em seu meio social, trabalhando também suas
competências sobre a busca e o tratamento das informações.
Para Aragão e Vidigal (2016) a calculadora é um recurso cheio de potencial
que deve ser devidamente explorado pelo educador e pelo aluno, para que não se
torne um equipamento subutilizado e limitado:
CAPÍTULO 2
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E OS USOS DA
CALCULADORA EM AULAS DE MATEMÁTICA
Aqueles cidadãos que não estiverem qualificados para o uso das TIC terá
altas probabilidades de ser marginalizados culturalmente na sociedade do
século XXI. Este analfabetismo tecnológico provocará, seguramente,
maiores dificuldades no acesso e promoção no mercado de trabalho,
indefesa e vulnerabilidade diante da manipulação informativa e
incapacidade para utilização dos recursos de comunicação digitais (p.18).
Então, os professores devem trabalhar com seus alunos uma forma de fazer
uso inteligente da calculadora, tendo muito claros os objetivos e os
diferentes métodos com os quais ela pode contribuir para a aprendizagem.
Para que as abordagens de tópicos de matemática usando novas
tecnologias possam ser bem sucedidas, é necessário antes de qualquer
coisa que o professor esteja preparado para planejá-las (UNGLAUB, 2012,
p.126).
a) Por que os resultados são diferentes? Nesse caso, qual a vantagem do uso
da calculadora científica?
b) É possível utilizar as teclas da memória de uma calculadora simples para
“acertar” o cálculo acima? Explique qual o caminho seguido e procure
justificar esse procedimento.
c) Em síntese, qual a utilidade das teclas de memória na calculadora simples?
E na calculadora científica?
2) Quais dos cálculos abaixo apresentam como resultado número maior ou menor
que 800? Estime e depois verifique o resultado com a calculadora.
a) 23,4 x 45,001 =
b) 18,77 x 40,03 =
c) 9,3 x 9,3 x 9,3 =
d) 346,778 + 453,33 =
d 2 = l2 + l2 = 2l2
d = √21² = l√2
CAPÍTULO 3
METODOLOGIA
conhecimento. Este estudo se baseia na pesquisa aplicada, uma vez que busca a
orientação/solução para um problema específico.
3.1.3 Quanto aos objetivos
Total 272 39
Fonte: Dados da pesquisa.
questionários para que cada um respondesse sem a sua presença, tendo retorno
dois dias depois.
CAPÍTULO 4
ANÁLISE DOS RESULTADOS
A opinião dos pais, educadores, gestor e alunos além das suas percepções
sobre o ensino-aprendizagem da matemática, somado ao desenvolvimento de novos
métodos de ensino para essa disciplina com o auxílio de TIC, neste caso, a
calculadora, é devidamente caracterizado por aqueles que estão diretamente ligados
a essa prática.
O instrumento de coleta de dados aplicado aos professores e gestor abrangeu
questões que possibilitam a identificação do perfil de cada um destes pesquisados,
mantendo a identidade dos sujeitos envolvidos na pesquisa, preservada. Dentre os
participantes deste estudo, o Quadro 2 apresenta a visão de cada um dos
educadores, e do gestor, sobre as atribuições pertinentes ao trabalho por eles
desempenhado.
aprendizagem
Fonte: Dados da pesquisa.
quais os resultados obtidos por eles. O Quadro 3, a seguir, exibe as respostas dos
profissionais.
P1:
Com certeza. Desde que o discente ou até mesmo o próprio docente detenha
os conhecimentos básicos necessários para a aplicabilidade de tais conhecimentos
prévios, a fim de adquirir novos aprendizados.
P2:
Sim, se usado com orientação pode auxiliar no aprendizado dos alunos,
assim como na administração das aulas.
P3:
Sim, pois a calculadora estabelece relações que auxiliam o desenvolvimento
dos cálculos de diversas situações dos conhecimentos matemáticos.
G1:
Claro, pois ajuda o estudante no desenvolvimento e comprovação do que
pode fazer, além do auxílio ao professor que tem mais um aliado a seu favor.
C1:
Sim, pois será mais fácil e rápida a aprendizagem.
C2:
Não. Por que os alunos não desenvolvem o seu raciocínio lógico nas
sentenças matemáticas, e faz com que os mesmos não tenham interesse em
aprender os conteúdos propostos nas aulas.
C3:
Sim. Dependendo do momento. Durante a aprendizagem do aluno ele não
deve usar a calculadora para que se esforce mais; já nas avaliações aceito o uso do
material, tanto porque já sabe do assunto estudado.
C4:
Não.
P3:
Não, pois a calculadora é apenas um aliado que pode auxiliar a aprendizagem
dos alunos.
apenas presta auxílio a esse aprendizado. Almeida e Freitas (2013) concordam que
os educadores devem enxergar a calculadora como ferramenta auxiliadora,
dinamizadora da sua prática e traçar novos caminhos de ensino e aprendizagem
com ela. Por isso a importância em o educador permanecer em educação
continuada para aprimoramento da prática pedagógica.
Os outros profissionais concordam que, desde que seja bem utilizado, esse
aparato pode ser sim um instrumento de oportunização do aprendizado:
P1:
Com certeza. Desde que o indivíduo envolvido nesse aprendizado detenha
conhecimentos prévios e domine com clareza e objetividade esses conhecimentos.
Para a maioria dos pais pesquisados, a calculadora é um instrumento que
pode ser sim utilizado para aprimorar o aprendizado dos seus filhos:
C1:
Sim. Pode proporcionar muito aprendizado, porém os alunos não devem ficar
dependentes dessa ferramenta e sim, usá-la de forma correta.
C2:
Não, por que não leva os alunos a aprenderem a matemática de forma
correta.
C3:
Sim. Quando usado de forma e hora corretas.
C4:
Sim.
É notório que alguns dos pais percebem que a calculadora é uma aliada à
aprendizagem da matemática, desde que seja utilizada de forma correta, enquanto
que o participante C2, expressa paradigmas persistentes quanto à “forma correta” de
se aprender matemática.
Na Questão 9, os profissionais de educação ao serem questionados sobre a
sua percepção sobre a clareza dos educandos a respeito dos objetivos
metodológicos para a correta utilização da calculadora nas aulas de matemática, foi
possível extrair as seguintes falas:
66
P1:
É fato que muitos estudantes ainda não tenham ao certo qual é o verdadeiro
papel de uma calculadora, no entanto, se a escola dispõe de recursos tecnológicos
além dos próprios celulares e outros recursos que o aluno já disponibiliza, é certo
afirmar que este estudante já detém conhecimentos necessários ao final das séries
finais do Ensino Fundamental para o uso correto da calculadora.
P2:
Nem sempre, ainda existem professores que não tem o domínio de todos os
recursos que uma calculadora oferece, e por isso, não permite o uso dessa
tecnologia em suas aulas.
P3:
Não, pois a maior parte dos alunos não possui habilidade do cálculo mental,
além disso, apresenta dificuldades nos procedimentos das operações matemática.
G1:
Acho que não.
C1:
Sim, se for usada como as citações acima, os alunos nas séries finais do
ensino fundamental saberá utilizar de forma correta.
C2:
Não, muitos ainda não sabem as quatro operações de contas e jogos de
sinais por isso não tem capacidade de usar a calculadora de forma correta.
C3:
Sim. Toda aprendizagem é boa.
C4:
67
Não.
O item 2, que afirma que as calculadoras podem ser usadas para exercitar, foi
a segunda escolha da maioria dos alunos, 14%, que afirmam ser este mais um
ponto positivo da utilização deste instrumento de auxílio no aprendizado da
matemática.
Outro ponto positivo escolhido pelos estudantes de ambas as turmas é o item
5, com 12%, que informa que a utilização da calculadora não interfere no
aprendizado dos fundamentos da matemática. Conforme indica a própria literatura,
segundo John Van de Walle (2009), especialista que estuda como as crianças
aprendem matemática, não há motivo para tirar o mérito do uso da calculadora
quando o domínio de cálculos básicos e o cálculo mental fazem parte dos objetivos
principais do currículo desta disciplina.
A Questão 4 elucida quais os pontos negativos sobre a utilização da
calculadora para o ensino-aprendizagem da matemática. Observa-se que 27% dos
alunos concordam que a calculadora torna o estudante preguiçoso para a realização
de problemas matemáticos (Gráfico 5).
O fato desta visão distorcida pode ser proveniente do mito existente de que a
calculadora resolve os problemas. Mas só quem pode fazer isto é o aluno, pois é ele
que detém o conhecimento, a teoria, o aprendizado dos fundamentos que o guiam
na resolução dos problemas propostos e, até mesmo, para inserir na calculadora as
informações que ele necessita para lhe auxiliar na solução destas questões.
O mesmo pode ser dito sobre o resultado total de 25% que considera que os
alunos podem se tornar dependentes demais da calculadora por utilizá-la como
ferramenta auxiliar. Outros 21% acreditam que, ao utilizar a calculadora os alunos
não aprenderão os fundamentos da matemática. Conforme dito anteriormente, não
há como desacreditar dos benefícios da calculadora por este motivo, pois o
professor não deixará de trabalhar com os fundamentos da matemática e nem a
calculadora poderá ensinar isso ao aluno, já que não é esta a sua serventia.
Por fim, a Questão 8 tenta identificar se o estudante acredita que os
benefícios da utilização da calculadora, enquanto ferramenta tecnológica, se
sobrepõem aos pontos negativos. Através do Gráfico 6 pode-se notar, mais uma
vez, a divisão de opiniões dentre os 24 alunos pesquisados.
P1:
Os pontos positivos são o uso do processo tecnológico no aprendizado
discente. Por se tratar de disciplinas que envolvem cálculos, sempre existe uma
maior dificuldade no desenvolvimento, na resolução das tarefas.
P2:
71
C1:
Mais rapidez nas respostas, lembrar das respostas, usá-la como teste para
aprimorar a resolução das tarefas e com tudo isso podemos afirmar que os alunos
sentem menor dificuldade nas tarefas.
C2:
Os alunos sentem dificuldade principalmente os que não domina as quatro
operação de contas e mais sentenças aplicadas.
C3:
O aluno já sabe determinado assunto nada mais justo que ele use a
calculadora no momento da avaliação, tanto porque o tempo é corrido e curto para
determinadas equações. Será uma ajuda para os alunos.
C4:
É que com a calculadora as tarefas são feitas de maneira mais fáceis e sem
dificuldade.
P1:
Um dos pontos negativos na utilização das atividades com a calculadora
pelos discentes é não deter os conhecimentos prévios necessários para tal
resolução, isso não avança conhecimentos, nem tampouco aprendizagem.
P2:
Sem orientação adequada os alunos podem usá-las apenas como um
instrumento de resolução de cálculos, de forma mecânica, sem aprendizado e deixar
de perceber que pode ser uma ferramenta de auxílio ao seu aprendizado.
P3:
O estímulo do cálculo mental, e os procedimentos dos cálculos armados nas
operações matemática.
G1:
Acho que o comodismo por parte do educando.
C1:
A dependência de muitos alunos que se encostam no uso da calculadora e
simplesmente não aprendem nada.
C2:
Não parar pra interpretar os problemas nas atividades. Nervosismo em saber
que não se pode usar a calculadora nas aulas. Aí termina se atrapalhando.
C3:
Determinados alunos podem ficar dependentes dela por falta de interesse e
força de vontade de estudar.
C4:
É que com o auxílio da calculadora o aprendizado pedagógico diminui, pois os
alunos não se dedicam a aprender.
Percebe-se que o uso da calculadora é algo não muito claro na mente desses
pais/participantes, pois os mitos ainda existentes nas suas falas são claros. Inclusive
retratam alguns dos mitos abordados por Van de Walle (2009), citados no primeiro
capítulo deste estudo.
Por fim, questionou-se aos professores e gestor sobre os benefícios da
aplicação da calculadora nas aulas de matemática se sobrepõem aos pontos
negativos (Questão 10).
P1:
Em um mundo de constante transformação tecnológica, os recursos antes
utilizados em sala de aula, atualmente estão sendo substituídos por um novo modelo
de ensino no qual o estudante moderno e contemporâneo faz uso desse novo
modelo de aprendizado, facilitando assim a aprendizagem.
P2:
Sim, porque a tecnologia foi criada para auxiliar o ser humano no
desenvolvimento de suas atividades.
P3:
Não, pois os alunos irão continuar com dificuldades nos procedimentos das
operações matemáticas, como também, com dificuldade no cálculo mental.
G1:
Devido ao auxílio que pode proporcionar na relação conhecimento-interesse.
74
C1:
Não. Depende da forma utilizada pelos alunos e professores.
C2:
Por que ele leva o aluno a ser um aluno gaiola, preso a ela sem saber
resolver as sentenças de matemática por seu conhecimento próprio.
C3:
Não. Dependendo de cada momento e situação.
C4:
Por causa da sua correta utilização.
P1:
Sim, com certeza. A dependência às vezes é vista como a falta de
conhecimento de determinada situação, com a matemática não é diferente. Se o
estudante não domina as operações fundamentais é provável que este estudante se
torne dependente da calculadora, é preciso dominar tais conhecimentos prévios.
P2:
77
Percebe-se através das falas acima que os educadores acreditam que essa
dependência só não pode existir quando o aluno já possui conhecimento suficiente
dos fundamentos da matemática e domínio do cálculo mental para então manejar a
calculadora apenas como instrumento de auxílio ao seu desenvolvimento. Para o
educador P3 é impossível não existir a dependência do uso da calculadora pelo
aluno. Já o gestor prefere não opinar por não possuir comprovação sobre este
questionamento.
Sobre este mesmo questionamento, os pais se posicionaram da seguinte
forma:
C1:
Sim. Usar somente quando necessário. Exemplo, quando o aluno tiver
dificuldade em algumas resoluções, usar em atividades que ensinem e divirtam os
alunos.
C2:
Sim. Na questão de somar, subtrair, multiplicar e dividir qualquer número
rápido.
C3:
Claro que sim, da determinada forma que citei na questão de nº 03. (refere-se
à seguinte resposta: Sim. Dependendo do momento. Durante a aprendizagem do
aluno ele não deve usar a calculadora para que se esforce mais; já nas avaliações
aceito o uso do material, tanto porque já sabe do assunto estudado.)
C4:
Não.
P1:
Na minha opinião não, mas para isso é preciso que esse pai conheça seu
filho dentro e fora da escola, só então saberá se realmente o discente desenvolve
com perfeição o seu aprendizado.
P2:
Não, os pais têm munido os seus filhos com aparelhos com tecnologias cada
vez mais avançadas.
P3:
Sim, por que pode prejudicar o desenvolvimento do raciocínio lógico dos
alunos frente aos conhecimentos matemáticos.
G1:
Acredito que não, mesmo porque poucos se interessam pelo processo de
aprendizagem dos seus filhos.
C1:
Sim. Porque eles acham que a calculadora só faz dar as respostas e não
ajuda a ensiná-los. Eles acham que é uma forma de não querer pensar e dar a
resposta através dessa ferramenta.
C2:
79
Sim. Por que deixa os alunos preguiçosos sem querer ter trabalho em
resolver suas atividades.
C3:
Não. Quando usado da forma correta.
C4:
Na minha opinião eu acho que eles são contra.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
RECOMENDAÇÕES
Após a análise dos objetivos propostos durante toda a pesquisa, foi possível
aprender e reaprender a respeito das informações pertinentes à esta temática,
demonstrando que essas são comprovações temporárias e passíveis de modificação
a partir de uma realidade futura. Devido a essa natureza mutável, os resultados não
podem ser generalizados, mas podem contribuir efetivamente para o entendimento
da temática abordada e para o enfrentamento de situações que ocorrem
cotidianamente no ambiente escolar.
Os resultados aqui apresentados referem-se a uma instituição pública de
ensino específica e que, ainda nesse contexto não são resultados imutáveis.
Considerando a realidade dinâmica e diferenciada em diversos locais e momentos
históricos, um estudo voltado para este tema sempre poderá capturar resultados
diferentes.
A análise dos depoimentos quanto à percepção das participantes sobre a
inserção da calculadora como ferramenta auxiliar e aliada ao ensino-aprendizagem
da matemática, demonstrou que muitos mitos ainda fazem parte da realidade desses
pais. Contudo, de forma persistente um dos participantes afirmou que os estudantes
não possuem preparo nem mesmo para tarefas simples que se baseiam nas quatro
operações matemáticas, e se fosse permitido a esses alunos o uso da calculadora,
jamais poderão avançar no aprendizado da matemática.
Apesar deste estudo se referir a alunos de 9º ano, cujo preparo para as
operações mais básicas da matemática já deve estar dominado, é preciso
recomendar que os educadores se voltem um pouco mais para os seus alunos e
vejam quais as maiores dificuldades deles neste contexto.
A aplicabilidade da calculadora para uma turma de 9º ano é bastante
pertinente, mas como a dúvida a respeito do desenvolvimento dos alunos quanto à
disciplina foi persistente, recomendo que seja realizada uma avaliação que sempre
teste os conhecimentos prévios das classes de 9º ano no início de cada ano letivo,
para então definir se a classe possui a habilidade de cálculo mental e no mínimo
consegue resolver questões de cálculos básicos da matemática, para então verificar
a possibilidade de inserção da calculadora no processo de ensino-aprendizagem.
85
REFERÊNCIAS
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CAMPOS, Claudinei José Gomes. Método de Análise de Conteúdo: ferramenta
para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Scielo Books. Campinas:
UNICAMP, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n5
/a19v57n5.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2017.
GHILLYER, Andrew W. Ética nos negócios. 4. ed. Porto Alegre: Bookman; McGraw
Hill, 2015.
GIGANTE, Ana Maria Beltrão; SANTOS, Monica Bertoni dos. Matemática: reflexões
do ensino, reflexos na aprendizagem. Erechim: Edelbra, 2012.
HUNG, Elías Said. (et al).Fatores associados ao nível de uso das TIC como
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Colômbia. Barranquilla, Col: Editorial Universidad del Norte, 2015.
KOTLER, Philip; TRIAS DE BES, Fernando. Marketing lateral: novas técnicas para
encontrar ideias inovadoras. Portugal: Actual, 2015.
NCTM (2000). Principles and standards for school mathematics. Reston, VA:
National Council of Teachers of Mathematics. Oliveira, I., & L. Serrazina (2002). A
reflexão e o professor como investigador. In GTI (Ed.), Reflectir e investigar sobre a
prática profissional (pp. 30-42). Lisboa: APM.
SAUTOY, Marcus Du. Os mistérios dos números: uma viagem pelos grandes
enigmas da matemática (que até hoje ninguém foi capaz de resolver). 1. ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 2013.
SMOLE, Katia Stocco; DINIZ, Maria Ignez. (Org.). Materiais manipulativos para o
ensino do sistema de numeração decimal. Porto Alegre: Penso, 2016.
STERLING, Mary Jane. Trigonometria para leigos. Rio de Janeiro: Alta Books
Editora, 2010.
THOMAS, Jerry R. (et al). Métodos de pesquisa em atividade física. 6. ed. São
Paulo: Artmed, 2012.
Nome: __________________________________________
Cargo/ Função ocupada: __________________________.
Sim ( ) Não ( )
Sim ( ) Não ( )
93
Sim ( ) Não ( )
94
Sim ( ) Não ( )
Sim ( ) Não ( )
Nome: __________________________________________
Cargo/ Função ocupada: __________________________.
___________________________________________________________________
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