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Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central

Endodontia Básica – Técnicas e Fundamentos

Ilson José Soares/Fernando Golberg – 2º Edição.

Jéssica Caroline Soares Gonçalves (1º/2018)

Tecidos Envolvidos

Polpa: Tecido conjuntivo frouxo que ocupa a cavidade central do dente. Ela se comunica com
o ligamento periodontal através de forames laterais, por onde passam os elementos nervosos
e vasculares.
A polpa possui habilidade de formação de dentina e isso possibilita que ela possa
reagir de forma a proteger-se contra agentes agressores (dentina esclerosada, dentina
secundária e terciária/reparacional).
Com a idade, o volume pulpar se torna reduzido por conta da constante produção de
dentina secundária, etc. A circulação sanguínea também é diminuída devido ao estreitamento
dos vasos. Além do mais, há calcificação e degeneração dos nervos. Por isso, em alguns
pacientes faz-se necessário o teste de cavitação.
Funções da Polpa: Formativa (de dentina); Nutritiva (rica vascularização); Nervosa
(resposta dolorosa); Defensiva (formação de dentina, resposta inflamatória).

Já o periodonto de sustentação é composto por: osso alveolar, ligamento periodontal e


cemento.

1. O cemento é um tecido calcificado que recobre a dentina a fim de reduzir sua


permeabilidade e promovendo a ancoragem das fibras periodontais à raiz do
dente. Ele, ao contrário do osso, não se remodela, mas sofre deposição de camadas
continuamente.
2. O ligamento periodontal promove a inserção do dente na parede alveolar. Nutre o
cemento e o osso alveolar. É nele que se encontram os restos epiteliais de Malassez
e remanescentes de Hertwig. O ligamento sofre constante renovação, por isso é
amplamente reparativo.
3. O osso alveolar fixa o ligamento periodontal (que se insere no cemento). Ele sofre
remodelação e pode ser reabsorvido.

Para lembrar: Fibras C: Localizadas no plexo pulpar. Responsáveis


1) blasto: produz pela resposta ao calor. Essa resposta, por sua vez, é
2) clasto: reabsorve mais demorada quando comparada à resposta ao frio.
Fibras ΔA: São fibras mais superficiais, responsáveis
pela resposta dolorosa ao frio. A resposta, neste caso,
é rápida e fugaz.

Os anestésicos atuam diretamente sobre as fibras C, por isso,


outros estímulos podem ser sentidos mesmo durante o efeito
anestésico.
Microorganismos e Alterações Pulpares

O modo mais convencional para uma necrose pulpar é através da cárie. Com a invasão
dos microorganismos, a polpa sofre necrose e a condição é propícia para uma infecção dos
tecidos perirradiculares, originando periodontites.

Para Fechar um Bom Diagnóstico:

É necessário conhecer a história médica, história clínica, exame clínico e exames


complementares: Anamnese + Exame Clínico + Exames Complementares.
Precauções Antes de se Realizar um Tratamento Endodontico:
Pofilaxia
Antibiótica
1. A endodontia não deve ser feita em pacientes com PA > 200/115mmHg.
2. Evitar grávidas no primeiro trimestre.
3. Pacientes cardiopatas exigem cuidados e, se necessário, profilaxia antibiótica. Em pacientes
com
Endocardite
Possíveis Alterações por Coloração: Bacteriana, é
necessário,
 Cor escura ao redor de restauração: pode indicar recidiva de cárie. obrigatoriamen-
 Cor amarelo acastanhado: geralmente, calcificação por trauma. te, o uso de
 Coroas de cor acinzentadas: podem indicar necrose pulpar. profilaxia
antibiótica
(Amoxilina, 2g,
1h antes do
Tumefação: indica alteração expressiva. Se próxima ao ápice, pode significar alterações procedimento).
periapicais. Em pacientes
alérgicos à
Fístula: canal de comunicação entre a alteração e a cavidade bucal. Não é uma enfermi – amoxicilina,
dade, mas sim um sinal. É necessário, sempre que existir, fazer um rastreamento com Clindamicina
guta percha a fim de identificar sua origem. A radiografia do cone identificará o “dente 600mg, 1h
causador”. antes do
Se o cone apontar para o terço cervical da raiz, pode indicar um canal lateral, fratura. Se procedimento.
o cone indicar a porção apical, significa que a origem é periapical. (Cisto periapical, por
exemplo).
Quando decorrente de um abscesso periodontal, a fístula não apresenta sinal doloroso.

Mobilidade: a mobilidade é um parâmetro pra identificar se o problema é endo ou


periodontal.
O abscesso periodontal agudo provoca mobilidade e dá sensação de “dente crescido”.
A mobilidade exagerada em pacientes sem doenças periodontal é patognomônico para
fratura radicular.

Pulpite Reversível Pulpite Irreversível


Dor Provocada Dor Espontânea
Fugaz Constante
Pontual Irradiada
Testes Clínicos:

A dor é a única modalidade sensorial sentida pelo dente, portanto, testes elétricos e
testes térmicos são utilizados para provocá-la com a finalidade de avaliar o grau de
sensibilidade da polpa dentária.

1) Teste Elétrico: um aparelho que provoca uma corrente elétrica de baixa voltagem
na região do esmalte ou dentina, mais precisamente na junção cemento-dentinária, irá
estimular as fibras nervosas da polpa. Para realizar este teste é necessário que o dente esteja
isolado e seco. Caso haja contato com a saliva, a corrente elétrica será conduzida até a
gengiva, ou uma restauração metálica, e poderá gerar um resultado enganoso. Se o eletrodo
for colocado apenas na região do esmalte, este agirá como um isolante, e a reação desejada
pode não ser estimulada e falsear os resultados.

Para chegar a um resultado se há ou não alteração no dente, é necessário testar os


dentes vizinhos e comparar os resultados. Dentes com alterações possuem uma resposta
diminuída, e dentes sem vitalidade não possuem resposta.

Contudo, o teste elétrico possui pouco valor clínico, pois, na verdade, ele só
representa a presença, ou não, das fibras nervosa (Em polpas em degeneração, as fibras C
ainda podem apresentar resposta, pois mantem sua integridade mesmo em hipóxia. As fibras
C são as responsáveis pela dor).

2) Teste de sensibilidade ao frio e ao calor: São auxiliares para definir a gravidade do


comprometimento. A resposta ocorre pelo movimento do fluído nos túbulos dentinários, ao
calor, há dilatação, e ao frio, há contração deste fluído, que, por sua vez, estimula as
terminações nervosas. Ambos os testes devem ser realizados nos dentes vizinhos a fim de se
comparar os resultados.

Teste com Frio: É aplicado delicadamente com uma bolinha de algodão sobre a superfície
coronária do dente com isolamento relativo por 1 ou 2 segundos. Esse teste deve ser realizado
de maneira rápida, pois o produto pode ser evaporado significando alteração nos resultados.
Esse teste não provoca danos à polpa, ao contrário do teste com calor.

Teste com Calor: Poderá ser feito com uma guta percha, com sua extremidade aquecida e
lubrificada com vaselina, aplicada na superfície coronária do dente (que deverá receber
isolamento relativo). Primeiramente, o calor deve ser aplicado na porção incisal ou oclusal e,
caso não haja resposta, pode ser usado na parte mais central (terço médio) da coroa.
A ação do calor pode ser danosa à polpa, portanto, seu uso deve ser regrado e o teste deve
ser removido após 3 ou 4 segundos.

POSSÍVEIS RESULTADOS PARA OS TESTES TÉRMICOS

Normal: Dor cessa rapidamente após a retirada do estímulo.


Necrose: Sem resposta ao estímulo.
Falso-Positivo: atentar-se a casos de rizogênese incompleta, calcificação pulpar, dentes
traumatizados.
OBS: Em casos onde haja calcificação pulpar ou prótese, a confiabilidade do teste é suspeita.
Os testes de vitalidade, contudo, não representam confiabilidade quando analisados
isoladamente, sendo assim, devem, portanto, ser avaliados juntamente à informações clínicas
(relato do paciente) e radiografias.

3) Percussão (vertical e horizontal): O teste de percussão, realizado com o cabo do


espelho clínico, pode revelar a existência de inflamação, tanto periapical quanto pulpar. Para
evitar que o paciente responda da maneira errônea, sendo induzido ao erro, é recomendável
que se faça o teste em vários dentes antes de alcançar o dente suspeito. No geral:

Percussão vertical: correlacionada a alterações dos tecidos periapicais.


Percussão horizontal: correlacionada a alterações dos tecidos periodontais.

ATENTAR-SE: A percussão em casos de abscesso agudo periapical, independente da direção,


causa dor insuportável.

4) Teste da Cavidade: É um teste definitivo e, no tocante sensibilidade dental, é o mais


elucidativo de todos (mais claro). Especialmente em casos onde a câmara pulpar foi reduzida
pelo deposito de dentina (pacientes idosos, por exemplo). O teste consiste, basicamente, na
remoção do esmalte/dentina com o uso de uma broca esférica e alta rotação. A dentina será
perfurada/removida até que o paciente acuse dor. Caso o paciente já apresente uma cavidade
profunda (cárie extensa), o uso de broca pode ser substituído pelo uso e uma sonda ou cureta
para facilitar/agilizar o processo.

Isolamento Absoluto: Deve ser sempre realizado nos casos de endodontia. Ele, por sua vez,
evita que o paciente degluta solução irrigadora ou instrumentais (lima), além de proporcionar
uma melhor visualização do campo e manter a região seca.

Em dentes em que a câmara pulpar não esteja exposta ou não haja necrose pulpar, realizar o
isolamento antes da abertura coronária, evitando contaminação. Caso haja necrose pulpar ou
exposição, a abertura coronária poderá ser realizada antes do isolamento.

Antes do isolamento, pode-se lubrificar o dente com vaselina, a fim de que o lençol de
borracha passe mais facilmente.

ATENTAR-SE: Numeração dos grampos.

200-205: Molares

206-209: Pré-Molares

210-212: Anteriores
Aspectos Relativos ao Acesso à Câmara Pulpar: Sendo o acesso à polpa o nosso objetivo, é
necessário estar atento ao formato coronário pois ele retrata bastante o aspecto pulpar. Coras
triangulares, ovoides, quadradas refletem uma possível semelhança pulpar, e, por
consequência, o formato do acesso.

Ramificações dos Canais Radiculares: Uma série de estudos demonstram que os canais podem
apresentar múltiplas ramificações, formando um sistema de canais radiculares (como sugere a
imagem). Este sistema está em contato com os tecidos perirradiculares por meio de suas
ramificações ou forame apical.

A) Interconduto: O interconduto une dois canais entre si.


B) Recorrente: Sai do canal principal, percorre parte da dentina e retorna ao canal principal
sem se exteriorizar.
C) Delta Apical: Múltiplas terminações do canal principal, que originam a formação de vários
forames.
D) Cavo-Interradicular: Sai do assoalho da câmara pulpar e termina na bifurcação, ou
trifurcação, radicular.

INCISIVO CENTRAL SUPERIOR

Coroa de formato trapezoidal, com eixo cervico-incisal maior que o eixo mésio-distal.
Apresenta raiz única, no geral, retilínea.

Sua câmara-pulpar é alargada no sentido mésio-distal


e é bastante estreita no sentido vestíbulo-palatal, re –
produzindo o aspecto da coroa.
Apresentam dois divertículos bem definidos que cor-
respondem aos ângulos mesial e distal da coroa.
Seu canal radicular é único, amplo e reto, não oferecen-
do dificuldade na realização do tratamento endodôntico.
Porém, não muito raro, incisivos centrais superiores po-
dem apresentar canais laterais.
Nos incisivos superiores, o ponto de eleição (ou seja, o local onde a abertura coronária
deve ser iniciada) está a 2mm do cíngulo em direção ao bordo incisal.

Já a forma de conveniência é um triangular, com bordas arredondadas. Sendo a base


do triangulo voltada à margem incisal e o vértice localizado no ponto de eleição (2mm do
cíngulo – em vermelho, na imagem-).

INCISIVO LATERAL SUPERIOR

É muito similar ao Incisivo Central Superior, porém em menor escala.


Sua coroa é trapezoidal, com tendência a triangular.
Possui, no geral, raiz única, delgada e levemente achatada no sentido
médio-distal. Apresentando uma curvatura, levemente acentuada, no
terço apical de sua raiz no sentido disto palatal.
Possui, também, dois divertículos bem acentuados.

Raramente pode apresentar dois canais, sendo um vestibular e o outro


palatal.
Em relação ao ponto de eleição e forma de contorno, são similares ao inci-
sivo central superior.

OBS: Ao executar a forma de conveniência, os movimentos devem ser suaves e o desgaste


deve ser feito pouco a pouco, uma vez que todo o esmalte e dentina perdidos no desgaste
não poderão ser repostos.
INCISIVO CENTRAL INFERIOR

É o menor dente da arcada humana. Ao contrário dos incisivos superiores, seus divertículos
não são nítidos. O canal radicular é bastante achatado no sentido mésio-distal.

Seu comprimento médio é de, aproximadamente, 21 mm. Possui 1 raiz. No geral, apenas um
canal.

No que diz respeito ao ponto de eleição e à forma de contorno, é muito similar à do incisivo
central superior. Sendo seu ponto de eleição a 2mm acima do cíngulo e sua forma de contorno
triangular, porém, com ângulos arredondados.

INCISIVO LATERAL INFERIOR

Muito semelhante ao incisivo central, embora suas dimensões sejam um pouco superiores às
daquele dente.

CANINO SUPERIOR

É o dente mais longo da arcada humana, o que determina uma odontometria mais cautelosa.
Sua coroa é pentagonal e possui raiz única e de formato cônico piramidal. Frequentemente, a
porção apical de sua raiz apresenta uma curvatura no sentido distal.

Possui um divertículo bastante pronunciado, em razão da cúspide do canino. Seu canal


radicular é único e amplo, com dimensões vestíbulo-palatal maiores que as mesio-distal.

Seu comprimento médio é de, aproximadamente, 27,2 mm.


Possui uma raiz e um canal.

Seu ponto de eleição está localizado, também, a 2 mm


acima do cíngulo e sua forma de contorno é similar a de
um losango, sendo, que no grupo dos incisivos, a forma
de conveniência na borda incisal é mais triangular, enquan-
to nos caninos, a borda incisal terá formato mais arredon –
dado.
CANINO INFERIOR

Muito semelhante ao canino superior, porém com


menores dimensões. Sua cavidade pulpar é achatada
no sentido mésio-distal. Seu comprimento é de,
aproximadamente, 25 mm. Possui, no geral, 1 raiz
(contudo, pode apresentar 2 raízes –uma vestibular e
uma lingual-). Possui, também , no geral, 1 canal
radicular. No tocante ao ponto de eleição, encontra-se
a 2 mm acima do cíngulo, bem como no canino superior. E, em relação à forma de contorno,
corresponde a um losango de ângulos arredondados.

PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR

O aspecto da coroa do primeiro pré-molar superior é cuboide e seu tamanho vestíbulo-


palatal é superior ao tamanho mésio-distal. Possui duas cúspides, uma vestibular e uma
palatal. Em 61% dos casos, apresentam duas raízes, uma vestibular e uma palatal.
A câmara pulpar acompanha o formato da coroa, sendo achatada no sentido mésio-distal e
alongada no sentido vestíbulo-palatal.

No mesmo sentido das cúspides, possui dois


divertículos, sendo o vestibular mais pronun -
ciado.
Seu comprimento é de, aproximadamente,
21,4 mm. Pode apresentar até 3 raízes e até 3
canais.
No geral, apresenta 2 canais, mesmo quando há
uma só raiz.
O ponto de eleição dos pré-molares superiores
está localizado na face oclusal, no terço médio
do sulco principal mésio-distal.

Ponto de Eleição Primeiro Forma de Conveniência Primeiro Pré-Molar Sup.


Pré-Molar Superior
SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR

Muito semelhante ao primeiro pré-molar no aspecto coronário. Contudo, em 95% dos casos,
apresentam raiz única. Por isso, seu canal é achatado no sentido mésio-distal. Apesar de
apresentar uma só raiz, ele pode conter até dois canais.
Seu comprimento médio é de 21,8mm.
As Formas de conveniência e de eleição repetem às do primeiro pré.

PRIMEIRO PRÉ-MOLAR INFERIOR

Apresenta a coroa em formato cuboide, é bicuspidado e, no geral, apresenta uma só raiz.


Exibe dois divertículos: o vestibular bastante pronunciado e o lingual bastante reduzido.

O ponto de eleição está localizado na


face oclusal, no meio do sulco princi-
pal, bem como no primeiro pré-sup.
A forma de conveniência, assim como
no superior, é oval.

Seu comprimento é de 21,6mm.


Possui, no geral, uma raiz e, em 66% dos casos,
um canal.

SEGUNDO PRÉ-MOLAR INFERIOR

Muito semelhante ao primeiro. Seu comprimento médio é de 22,1 mm. Possui, no geral, 1
raiz (mas em 8% dos casos pode apresentar-se com 2 raizes), e, em sua maioria, 1 canal
(porém, em 10,7% dos casos pode apresentar 2 canais).

PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR

A coroa do primeiro molar superior é tetracuspidada, sendo suas cúspides bem volumosas.
Apresenta três raízes, no geral, duas vestibulares e uma palatal.
A raiz mésio-vestibular tem forma achatada e possui curvatura acentuada para a distal.
A raiz disto-vestibular tem forma cônica e não apresenta curvatura acentuada.
A raiz palatal é mais volumosa, possui forma cônivca. Pode ser reta ou curva. Se curva, é para
vestibular.

A câmara pulpar apresenta quatro divertículos


bem nítidos, que correspondem às quatro cúspides.
A base maior é para vestibular e a menor é para
palatal.

Ele apresenta três ou quatro canais. Esses canais po-


dem se unir e terminar em um único forame.
O comprimento deste dente é de, aproximadamente, 21,5 mm.Possui 3 raizes e, em 70% dos
casos, 4 canais.

O ponto de eleição deste dente é na face oclusal, na fosseta central.


Já a forma de conveniência é no formato de um trapézio, sendo a base maior voltada para a
vestibular e a menor para a palatal.

Ponto de Eleição do Primeiro Molar Superior Forma de Conveniência do Primeiro Molar Superior

O primeiro molar superior pode apresentar, ainda, o tubérculo de Carabelli, que é uma
pequena cúspide na face palatina. É uma característica hereditária e comum em indivíduos
caucasianos.

SEGUNDO MOLAR SUPERIOR

O segundo molar superior pode se apresentar tetracuspidado ou tricuspidado. Apresenta três


raízes, sendo duas vestibulares e uma palatal. Com frequência relativa, há fusão entre as
raízes vestibular e palatal. Esse dente pode apresentar três ou quatro canais.
Seu comprimento é de 21 mm.
A forma de eleição e conveniência é similar à do primeiro molar.
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR

É o mais volumoso dente da arcada humana. Apresenta cinca cúspides: três vestibulares e
duas linguais. Possui duas raízes bem diferenciadas, sendo uma mesial e uma distal. A raiz
mesial possui uma curvatura acentuada enquanto a distal pode ser reta.

Possui divertículos bem marcados. Sua base maior é para mesial, enquanto a base menor é
para distal.
Seu comprimento é de 21 mm. No geral, com duas raízes e três canais.

O ponto de eleição está na fosseta central, bem como no


molar superior.
A forma de conveniência para o primeiro molar inferior
é a de um trapézio (assim como no molar superior), po -
rém com a base maior voltada para a mesial e a menor
para a distal.

Ponto de Eleição Primeiro Molar Inf. Forma de Conveniência Primeiro Molar Inf.

SEGUNDO MOLAR INFERIOR

É similar ao primeiro molar inferior, porém, com tamanho menor. A coroa possui quatro
cúspides e as raízes não são tão diferenciadas quanto no primeiro molar, podendo
apresentar-se até fusionadas parcial ou totalmente.

Seu comprimento médio é de 21,7 mm. Possui, no geral 2 raízes e 3 condutos.

Comprimento médio dos dentes em milímetros

Arco IC IL C 1º PM 2º PM 1º M 2º M 3º
M
Superior 22 22 27 21 22 21 21 19
Inferior 21 22 25 21 21 21 21 19
INSTRUMENTAIS ENDODÔNTICOS

Todo instrumental endodôntico possui ponta ativa de 16 mm obrigatoriamente. O que vai


variar é o intermediário, que, por sua vez, determina o tamanho do instrumento (Pode ser de
21 mm, 25 mm ou 31 mm).

Tipos de Limas:

Os principais tipos de limas endodônticas são: Lima Kerr, Lima Flexofile e Lima Hedstroem.

Lima Kerr: Quadradas. Possuem uma Lima Flexofile: Triangulares. Maior Lima Hedstroem: Circulares. Excelente
maior área, portanto, confere maior capacidade de corte/flexíveis. Mais corte. Indicada para: remoção de
resistência. Permitem movimentos de indicadas para canais curvos. resíduos; remoção de obturação;
rotação e vai e vem (limagem). canais retos; regularização de paredes.
Não devem ser giradas, pois podem
mais resistente. provocar fratura.

As limas endodônticas, por sua vez, são divididas em três séries:


Os instrumentos endodônticos podem ser movimentados de três maneiras: Finalidades do Preparo
Bicomecânico:
rotação, limagem (vai e vem) e oscilação (direita-esquerda).
Remover polpa e restos
Contudo, a escolha do movimento depende do tipo do instrumento. pulpares;
Ex: Alargadores só podem ser girados (rotação ou oscilação);
Limas Hedstroem só devem ser empregadas com movimento de limagem; Retificar os canais;
Limas do tipo Kerr podem receber mais de um tipo de movimento.
Alargar e alisar paredes
O canal também deve ser levado em consideração:
Re
Canais retos: Instrumentos podem ser girados.
Canais com discreta curva: É possível usar instrumentos com movimentos oscilatórios.
Canais com curvas acentuadas: O movimento de lima gem é a escolha correta.

PREPARO DO CANAL RADICULAR

Há dois tipos de procedimentos que constituem o preparo mecânico: pulpectomia (ou


biopulpectomia) e necropulpectomia (dentes com polpas necrosadas).

 Na pulpectomia, ou biopulpectomia, a polpa ainda está vital, porém, precisa ser


removida quando estiver irreversivelmente alterada em consequência de inflamação,
trauma, agentes físicos, químicos e iatrogenia. A técnica utilizada neste tipo é a
técnica ápice-coroa.
 Na necropulpectomia, a polpa se encotra necrosada, e pode ser dividida, ainda, em:
- Necropulpectomia I: Polpa necrosada SEM lesão visível radiograficamente.
- Necropulpectomia II: Polpa necrosada COM lesão visível radiograficamente.
A técnica utilizada neste caso, é a técnica coroa-ápice.
OBS::
Físicos (irrigar, aspirar)
Crianças menores de
09 anos não realiza-se Preparo Biomecânico:
canal. Faz se a retirada
Pode ser obtido através de meios Químicos (soluções irrigadoras)
de parte da polpa,
deixando outra parte,
uma vez que a polpa
quem forma dentina. Mecânicos (téc. De instrumentação)
Portanto, faz-se a
pulpotomia. Finalidades da Irrigação e da Aspiração:
 Facilitar a instrumentação;
 Remover restos orgânicos; (Que são depositados na região apical
durante a limagem)
 Remover Smear Layer ;
 Combater microrganismos;
 Lubrificar o canal (através da entrada e saída de líquidos).

É importante lembrar-se de irrigar e aspirar o canal a cada limagem.


ODONTOMETRIA (mensuração do dente):

1. Definir o comprimento do dente com base na radiografia inicial. Esse comprimento


será chamado de Comprimento Aparente Do Dente (CAD). Mede-se, com uma régua
plástica, da incisal à raiz do dente.
2. Determinar o Comprimento de Trabalho Provisório (CTP), também chamado de
Comprimento de Trabalho para Exploração (CTEX). Esse valor corresponde ao CAD – 3
mm. Ex: Se um dente possui comprimento aparente do dente (CAD) de 23 mm, no CTP
diminui-se 3 mm. CAD – 3mm = CTP. (23 – 3 mm = 20. Neste caso, o CTP = 20).
3. Transferir o valor do CTP para a lima previamente escolhida. O tamanho do CTP deve
ser mensurado com o cursor da lima, a fim de que ele fique exatamente na incisal do
dente.
4. Radiografar o dente com a lima (radiografia odontométrica).
5. Determinar D (distância da ponta da lima até o ápice). Essa distância da ponta da lima
até o ápice do dente é medida, também, com uma régua plástica.
6. Determinar o Comprimento Real do Dente (CRD). Com base no valor obtido entre a
ponta da lima e o ápice, saberemos quantos mm pode-se ainda adentrar,
determinando o Comprimento Real do Dente. Ou seja, CTP + D = CRD. Ex: CTP = 20 mm
e D= 2mm, CRD= 22.
7. Determinar o Comprimento Real de Trabalho (CRT), que é o comprimento real do
dente – 1 mm. Ex: CRD = 20 mm – 1mm = CRT: 19 mm

Técnica Crown Down: Utilizada em dentes com polpa morta. Começa da lima de maior calibre
para a de menor calibre.

Técnica Step Back: Utilizada em dentes com polpa vital. Começa da lima menor para a maior.

Instrumento Apical Inicial: Primeiro instrumento a alcançar a altura determinada.

Instrumento Memória: O último instrumento a ser utilizado na primeira fase do preparo é


chamado de instrumento Memória, ou Lima Memória. Ela definirá, também, o tamanho do
cone da guta percha a ser utilizada.

Técnica Escalonada: Nesta técnica, faz-se a redução gradativa do CRT e aumenta-se o


diâmetro, a fim de manter a conicidade do canal com menor diâmetro na porção apiacl e o
maior no terço cervical. Nesta técnica, forma-se o Batente Apical: Faz a instrumentação do
canal, “subindo” cerca de 3 ou 4 limas após o i.a.i. Ex: Se o IAI foi a lima nº 30, no batente
apical, utilizarar-se mais 3 ou 4 limas de calibre maior. Ex: Lima 30 (IAI), em sequência, Lima 35,
Lima 40, Lima 45. A cada mudança de lima, usa-se a lima memória para igualar o canal. Ex:
Lima 30 (IAI), Lima 30 (lima memória):
lima 35 – lima memória - lima 40 – lima memória – lima 45 – lima memória

Gates 1 Lima 50
Gates 2 Lima 70
Gates 3 Lima 90
MEDICAÇÃO INTRACANAL

Quando não houver possibilidade de obturar um canal em uma única sessão, algumas
técnicas devem ser empregadas. Em polpa necrosada, por exemplo, é necessário que se faça
uma medicação entre as sessões. Já em polpa vital, nem sempre é necessário.
A medicação intracanal tem como objetivo, principalmente, potencializar a limpeza do
canal e a reparação tecidual. Em polpas necrosadas, ela evita, também, a proliferação
bacteriana.
É importante, sempre, lembrar-se que a instrumentação de uma polpa necrosada pode
levar o paciente a uma endocardite bacteriana, pois as bactérias são empurradas no sentido
apical, atingindo a corrente sanguínea a partir daí.

Hidróxido de Cálcio: O hidróxido de cálcio foi introduzido por Herman, em 1920, e é


empregado ainda em dias atuais. Dentre suas principais funções estão:

 Anti-hemorrágico;
 Absorve secreções, secando o canal purulento;
 É biocompatível;
 É bactericida;
 Bom custo/benefício e de fácil manipulação.

Por sua vez, o hidróxido de cálcio (forma de pó) deve ser unido a um veículo, sendo que,
quanto mais aquoso for o veículo, mais rápido ocorre as quebras das moléculas, portanto,
seu efeito também é mais rápido, precisando ser trocado em um curto período de tempo.
Quanto mais viscoso for o veículo, por mais tempo a medicação poderá permanecer no
canal, pois, neste caso, a dissociação das moléculas é mais demorada.
O tempo mínimo que o hidróxido de cálcio pode permanecer na cavidade é de 7 dias (em
veículo aquoso). Já o tempo máximo para permanência do mesmo é de 21 dias, quando em
veículo viscoso.

Exemplos de veículos de dissolução: soro; anestésico; vaselina.

OBS: o hidróxido de cálcio P.A é utilizado, em dentística, quando há contato direto com polpa.
Caso não haja, usa-se apenas o hidróxido de cálcio, em forma de hydro C.

Paramonoclorofenol Canforado : O paramono, como é mais conhecido, é indicado como


medicação intracanal em polpas necrosadas quando a instrumentação não for terminada em
apenas uma sessão. Ele possui ação bactericida inespecífica, sendo assim, ele destrói um
amplo espectro de microorganismos.
A presença de furacin no paramonoclorofenol com Furacin, potencializa a ação anti-infecciosa
local. Portanto, quantidades mínimas deste produto são bastante eficazes para a medicação de
todo o canal radicular.
Cimento de Ionômero de Vidro: Possui inúmeras utilizações, dentre elas, o de material
restaurador provisório. O ionômero tem como vantagem a constante liberação de flúor,
colaborando para a adequação do meio bucal

O Ionômero de vidro, na endodontia, apresenta:

 Bom selamento marginal, pois possui adesão química ao dente;


 Baixa solubilidade;
 Resistência mecânica;
 Liberação de flúor.

O tempo de trabalho varia de acordo com a temperatura, mas é, no geral, de +/- 30 min a 1h.
O cimento deve ser inserido na cavidade após a massa estar cremosa, úmida e vítria. A presa
ocorre entre 3 e 5 min.

Cotosol: Material sintético para restauração provisória. Se apresenta no aspecto de massa


que, ao entrar em contato com a umidade, inicia sua presa. Possui, ainda, agente
aromatizante.

EDTA: O EDTA é um quelante que serve, basicamente, como amolecedor de dentina. Ele
“rouba” íons de cálcio, desmineralizando a dentina e tornando-a menos resistente, o que
facilita na abertura do canal. Devem sempre ser acondicionados em frascos plásticos, pois em
vidro têm sua capacidade reduzida.

 Biocompatível;
 Antisséptico.

Sua ação sobre a dentina é lenta, portanto, é necessário que se aguarde alguns minutos.

O EDTA deve ser colocado em um pote dapen e pode ser introduzido na cavidade através de
uma pinça, conta-gotas ou seringa plástica. Assim que o EDTA estiver no canal, com uma lima,
agite-o dentro da cavidade e aguarde por 2/3 min. Então, a instrumentação poderá ser
continuada. O procedimento poderá ser repetido quantas vezes forem necessárias.
POLPAS VITAIS: Há possibilidade de se fazer a instrumentação completa do canal e pode-se
fazer a obturação em até duas sessões.

Hidróxido de Cálcio + Veículo: (De preferência, sem


paramono, pois o paramono é muito forte e nesse canal não
Instrumentação Completa há bactérias). O veículo a ser escolhido depende de quanto
de Polpa Vital tempo o curativo vai permanecer. Ex: soro – 7 dias, vaselina
– 21 dias.

Marca Comercial: Hydro C.

a) Maxitrol: Antibiótico + Corticóide. Assim, diminui-se as


chances de contaminação. Tempo máx.: 07 dias, pois é
volátil.
Instrumentação Incompleta É um colírio, vendido, apenas, em farmácias.
De Polpa Vital
b) Otosporin: Antibiótico + Corticóide. Diminui, também, as
chances de infecção por contaminação. Tempo máx.: 07 dias,
pois é volátil.

POLPA NECROSADA: Em casos de polpas necrosadas, segue o protocolo:

Hidróxido de Cálcio: É, também, a melhor e primeira


Instrumentação Completa medicação de escolha. Já existe no mercado o produto De
Polpa Necrosada manipulado (pó+veículo - glicerina).

Marca comercial: Callen

Paramono: Apesar de ser muito forte, é usado nestes casos


pois ainda há contaminação no conduto. Sua função é emitir
Instrumentação Incompleta vapores tóxicos que impedem a proliferação de bactérias até
de Polpa Necrosada que se termine a instrumentação.
Tempo máx.: 07 dias, pois é volátil.
OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS

A obturação é o preenchimento do canal com materiais inertes ou antissépticos que


promovam um selamento tridimensional e estimulem o processo de reparo. Um canal bem
obturado impede infiltrações.

Guta Percha: Composta de óxido de zinco.


 Vantagens: boa adaptação; fácil remoção.
 Desvantagem: falta de rigidez; falta de adesividade.

Seu tamanho é definido com base na limagem, especialmente, com o


diâmetro da lima memória.
A guta percha deve ser posicionada a 1mm aquém do CDC (canal dentio-cementário).

Testes para ajuste do cone:

1. Avaliação visual;
2. Avaliação tátil (travamento);
3. Avaliação radiográfica (prova do cone).

Cones Acessórios: Após colocado o cone principal, o conduto é preenchido com cones
acessórios, que, por sua vez, são divididos em RS, R7 E R8.
Sempre que colocado, faz-se necessário o espaçamento com alargadores digitais. Segue-se o
recomendado:

Cone Acessório R7: espaçador digital vermelho;


Cone Acessório R8: espaçador digital azul;

SOLUÇÕES IRRIGADORAS:

A irrigação poderá ser feita com os seguintes materiais: Hipoclorito de Sódio em diferentes
porcentagens; Água Destilada; Soro Fisiológico; Peróxido de Hidrogênio 10%.
Deseja-se que a solução possua:
 Boa viscosidade;
 Biocompatibilidade;
 Ação antimicrobiana;
 Baixa tensão superficial.
Contudo, o mais utilizado vem sendo o hipoclorito de sódio pois é solvente de matéria
orgânica, possui ação rápida, baixa tensão superficial, é bactericida, tem ação lubrificante e
clareadora.

Solução Irrigadora Porcentagem


Líquido de Daken 0,5%
Solução de Milton 1,0%
Solução de Labarraque 2,5%
Soda Clorada 4 a 6%
TRATAMENTOS ENDODÔNTICOS CONSERVADORES

Quando realizado no momento correto, um tratamento conservador pode agir de maneira


preventiva, impedindo o comprometimento pulpar de maneira completa (ou total). Os
tratamentos conservadores são: proteção pulpar, capeamento, curetagem e pulpotomia.

 Proteção Pulpar e Capeamento: são preventivos. Visam manter a polpa sem


intervenção.
 Curetagem e Pulpotomia: são mais invasivos. Há uma intervenção direta na polpa e,
por conta disso, estão mais próximas de um tratamento endodôntico.

Proteção Pulpar: Há um recobrimento da dentina exposta (muitas vezes pelo próprio preparo
cavitário).
Em ambos os
Capeamento: Há o recobrimento da polpa exposta (muitas vezes pelo próprio preparo casos, cobre-se
cavitário). o tecido pulpar
remanescente
Curetagem: Há um corte e remoção na porção mais superficial da polpa exposta. com material
Pulpotomia: Há um corte e remoção de toda a polpa da câmara, mantendo a polpa das que proporcione
porções radiculares. à polpa boas
condições para
a formação de
dentina.

INDICAÇÕES:

Curetagem e Pulpotomia estão relacionados à lesões que apresentem


ampla exposição pulpar. Em casos de pequenas exposições, faz-se o capeamento.
A pulpotomia também está indicada em casos onde há alterações reversíveis da polpa.
Neste caso, ela atua com vantagem sob a curetagem visto que a remoção de todo o tecido
lesado/infeccionado aumenta a probabilidade e reparo tecidual. Tanto a pulpotomia quanto a
curetagem são procedimentos preferíveis em pacientes com rizogênese incompleta (ou seja,
formação incompleta da raiz). Em pacientes adultos, o mais indicado é que se faça a
pulpectomia (onde há remoção total do conteúdo pulpar)

OBS: Toda pulpotomia/curetagem é feita em polpa viva, portanto, sua irrigação é utilizando
soro fisiológico.
Técnicas Para Curetagem Pulpar/Pulpotomia em DUAS SESSÕES:

Primeira Sessão:

1. Anestesia: Sempre necessário pois a intervenção pulpar é extremamente dolorida.


2. Isolamento: Necessário para manter a cavidade longe de microorganismos. Quando
houver contaminação pulpar, o isolamento poderá ser feito após o preparo da coroa.
3. Preparo da Coroa: A coroa deve ser preparada de acordo com a anatomia do dente
em questão.
4. Remoção da Dentina que Recobre a Polpa: Cuidadosamente, com o auxílio de broca
ou colher de dentina, remova o tecido contaminado. Terminando a remoção da
dentina, lave copiosamente a polpa exposta.
5. Esvaziamento da Câmara Pulpar: Sempre que possível, o corte da polpa deve ser feito
com instrumento afiado. A polpa deverá ser cortada na altura dos canais radiculares,
de forma única, para que não dilacere. O restante da polpa na cavidade coronária
poderá ser curetada quantas vezes necessário. Irrigue bem a cavidade. (SORO
FISIOLÓGICO)
6. Hemostasia: É normal que haja sangramento durante o procedimento, que deverá ser
contido com irrigação (SORO FISIOLÓGICO) até observar que a cavidade está limpa.
Uma bolinha de algodão embebedada em soro poderá ser colocada acima dos canais
radiculares, quando a bolinha estiver coberta de sangue, troque-a e repita o
procedimento até que a hemostasia ocorra. LEMBRE-SE: a hemostasia é um processo
lento. Tenha calma até alcançá-la.
7. Colocação do Curativo entre Sessões: O procedimento pode ser realizado em uma ou
duas sessões. Quando feito em duas sessões, é necessário o uso de um curativo que
busca reduzir os riscos de inflamação e infecção pulpar. Com o auxílio de um conta-
gotas, deposite na câmara pulpar uma gota de anti-inflamatório (OTOSPORIN) e, em
sequência, faça a proteção pulpar com Hidróxido de Cálcio PA e o curativo (ionômero
de vidro ou cotosol, por exemplo).
8. Retorno: Marcado para os próximos dois ou três dias.
Segunda Sessão:

1. Anestesia
2. Isolamento
3. Remoção da restauração provisória: É necessário estar atento a este passo pois
qualquer alteração da restauração provisória poderá indicar uma possível
contaminação. Após a remoção do algodão, irrigue bastante a cavidade com soro
fisiológico. Se o caso tiver alcançado sucesso, os canais radiculares terão um aspecto
normal e estarão aptos a receber o recobrimento.
4. Colocação do material de recobrimento: Diversos estudos apontam o hidróxido de
cálcio como material ideal para a formação de um tecido calcificado sobre a polpa
exposta. O hidróxido de cálcio, por sua vez, é manipulado junto a um veículo (soro,
vaselina, corticoide) e é adicionado sobre o tecido pulpar, de maneira a ficar bem
distribuído sobre a polpa (pode-se utilizar um calcador neste momento). Outro
material de revestimento é o MTA. Sua presa ocorre em 4h, O MTA vêm
demonstrando uma boa capacidade seladora e biocompatibilidade.
5. Restauração: Sobre a pasta de hidróxido de cálcio é colocado um cimento do mesmo
material e o dente é, por fim, restaurado.
Técnicas Para Curetagem Pulpar/Pulpotomia em UMA SESSÃO:

Se a opção for realizar o tratamento em sessão única, não haverá a colocação de curativo de
demora entre as sessões, portanto, a sequência a se realizar é:

1. Anestesia;
2. Isolamento;
3. Preparo da coroa;
4. Remoção da dentina que recobre a polpa;
5. Esvaziamento da câmara pulpar;
6. Hemostasia;
7. Colocação do material de recobrimento;
8. Restauração.

CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO

Controle a curto prazo: durante os primeiros sete dias. Estar atento a dor espontânea e
incontrolável mesmo com o uso de analgésico. Esses fatores poderão indicar a realização de
uma pulpectomina.

Controle a longo prazo: realizado durante um ano, no mínimo, com radiografias a cada 90
dias (3 meses). Após este período, as radiografias passam a ser a cada 180 dias e o
acompanhamento pode durar 3 anos.
ATENTAR-SE A:

Pacientes Diabéticos: Possuem deficiência na produção de insulina e, portanto, dificuldade de


reparação tecidual. Deste modo, os cuidados pós endodontia deste paciente devem ser
constantes, pois o paciente diabético é susceptível à infecções. Em tratamentos com lesões
periapicais, o uso de antibiótico pode ser recomendado. O paciente deve, ainda, manter a
doença sob controle, aumentando as perspectivas de prognóstico do tratamento.

Pacientes Desnutridos: Pacientes que apresentem deficiência de vitaminas A, C e D possuem


déficit na reposição de tecido ósseo.

Pacientes com Discrasias Sanguíneas: Pacientes com anemia também possuem uma resposta
tecidual alterada. Pela falta de oxigenação, o reparo é mais lento ou impedido. Nestes
pacientes, exodontia está contraindicada.
Os anestésicos atuam bloqueando os canais de sódio das membranas
dos neurônios. Com o bloqueio desses canais, não ocorre estimulo
Técnicas Anestésicas: nervoso. O uso de um vasoconstritor prolonga os efeitos anestésicos.

Maxilar:

 Incisivos e Caninos: Ramo do nervo alveolar superior anterior e naso palatino.


 Pré-molares Superiores: Plexo dental superior, nervo alveolar superior médio.
 Molares Superiores: Ramo do nervo alveolar superior posterior.

Mandibular:

 Incisivos e Caninos: Ramo do nervo alveolar inferior.


 Pré-molares Inferiores: Nervo mentoniano.
 Molares Inferiores: Nervo Bucal.
 Bloqueio Regional Mandibular: Bloqueia o hemiarco.

Preparar o Tecido Pré-Anestesia: Secar o tecido e aplicar anestésico tópico.

1. Nervo Nasopalatino: Anestesia da face mesial do 1º pré-molar direito à face mesial do


1º pré-molar esquerdo. Ou seja, compreende toda a face anterior superior.
ÁREA ALVO: forame incisivo sob a papila incisiva.

Essa técnica compreende tanto tecidos moles quanto


tecidos duros.

O bisel da agulha é posicionado voltado à área de


tecidos moles palatinos, ou seja, voltado para a face
palatina do dente.

Posição: 10h em relação ao paciente.


2. Nervo Alveolar Superior Anterior: Anestesia a região de polpa dos incisivos centrais à
canino, polpa dos pré-molares, região periodontal vestibular, osso subjacente a esses
dentes, pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior.
ÁREA ALVO: Nervo infra-orbitário. Região da prega mucovestibular do 1º pré-molar
superior.

Referência: Pupila do olho.


Posição: 10h em relação ao paciente.

3. Nervo Alveolar Superior Médio: Anestesia região de 1º e 2º pré-molar superior e raiz


mesiovestibular do 1º molar, além da mucosa periodontal e osso subjacente.
ÁREA ALVO: Altura da prega mucovestibular acima da 2º pré-molar superior.

4. Nervo Alveolar Superior Posterior: Anestesia região de 1º, 2º e 3º molar (exceto a raiz
mesiovestibular do 1º molar), além da área periodontal e mucosa alveolar.
ÁREA ALVO: Altura da prega mucovestibular acima do 2º molar superior.
Referência: Tuberosidade e processo zigomático da maxila. A agulha deve entrar em um
ângulo de +/- 45º em relação ao ângulo oclusal.

Agulha com bisel voltado


para o osso e em 45º em
relação ao plano oclusal.
Nervo Palatino Maior: Anestesia região de palato duro e tecidos moles posteriores até o 1º
pré-molar.
ÁREA ALVO: Tecidos moles anteriores ao forame palatino maior. Aproximadamente na distal
do 2º molar superior.

Posição:
NPM direito: posição de 7 ou 8 horas.
NPM esquerdo: posição de 11 horas.

Bloqueio Troncular do Nervo Maxilar (pela tuberosidade alta): Anestesia a hemiarcada. Útil
em processos cirúrgicos extensos ou que envolvam todo o quadrante.
ÁREA ALVO: altura da prega mucovestibular acima da face distal do 2º molar superior. O
objetivo é atingir o nervo maxilar no ponto onde ele atravessa a fossa pterigopalatina.
Referência: Tuberosidade e processo zigomático da maxila.

Bloqueio Troncular do Nervo Maxilar (pelo canal palatino maior): Anestesia, também, a
hemiarcada de trabalho.
ÁREA ALVO: Tecidos moles palatinos diretamente dobre o forame palatino maior.
Referência: Forame palatino maior; Junção do processo alveolar maxilar; Osso palatino.
Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior: Anestesia os nervos alveolar inferior, mentual, inciviso
e lingual. Área anestesiada: Polpa de molares até 2º pré da hemiarcada., corpo da
mandíbula, mucosa vestibular anterior ao forame mentual, 2/3 anteriores da língua e
assoalho bucal, tecidos moles linguais e periósteo. Bloqueio pulpar de todos os dentes do
hemi-arco inferior.
ÁREA ALVO: Face medial do ramo, na metade da incisura coronóide/ 1 cm acima do plano
oclusal dos molares inferiores.
Indicação: Tratamento de múltiplos dentes mandibulares.

1 cm acima da face
oclusal de molares.
Nervo mentual: Anestesia lábio inferior, mento, sulco vestibular anterior, gengiva vestibular
de 1º a 1º pré-inferior. APENAS TECIDOS MOLES.
ÁREA ALVO: forame entre os dois pré-molares (1º e 2º pré). A agulha é penetrada na região
da prega entre os pré-molares paralelamente ao osso.

Nervo Bucal: Anestesia região de molares inferiores, além dos tecidos moles e periósteo da
região dos molares inferiores.
ROTINA DE PROCEDIMENTOS PARA ATENDIMENTO

1) Considerar todo paciente como possível portador do vírus do HIV.

2) Desinfetar os seguintes equipamentos com álcool 77%:


a) bandejas de aço inox;
b) tampo da mesa operatória;
c) pontas de alta e baixa rotação;
d) seringa de ar/água;
e) alça do refletor;
f) alavanca de manobra da cadeira.

3) Introduzir o paciente na sala e acomodá-lo.

4) Higienização das mãos.

5) Calçar luvas e máscara.

6) Iniciar o atendimento.

7) Após utilizado, o instrumental deve ser colocado em um recipiente plástico submerso à


solução desinfetante (hipoclorito 1%) e deixado por 30 minutos para reduzir o risco de
infecção durante a lavagem do mesmo. Vale lembrar que o recipiente deverá ficar fechado.

8) A lavagem do material deve ser feita com luva grossa e de borracha. Por serem mais
grossas que as luvas cirúrgicas, protegem melhor o operador que corre risco de
contaminação acidental com o manuseio de instrumentais de corte. Portanto, luvas
cirúrgicas são inadequadas para esse fim.

9) O instrumental deve ser lavado com água, detergente líquido e escova. É indicado o uso
de detergente líquido, pois o mesmo em barra pode servi r para deposito de micro
organismos e aumentando o risco de infecção cruzada. O instrumental deve ser enxaguado
em água abundante, secado em pano limpo e embalados para esterilização.

10) Os aventais e campos cirúrgicos devem ser submersos à solução com três partes de água
e uma de água sanitária e deixados por 30 minutos antes de sua lavagem.

11) As canetas devem ser limpas com gaze e álcool 77% logo após seu uso por duas vezes. E
Sempre que possível, esterilizar.

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