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Artigos
Sexta, 01 de Agosto de 2014 05h30

CASSANDRA  COSTA  GONDIM:  Advogada.  Administradora.  Especialização  em  Gestão  Empresarial,


pela  Fundação  Getúlio  Vargas  e  Direito  Material  e  Processual  do  Trabalho,  pela  Escola  Superior  da
Magistratura do Trabalho.

A  importância  dos  sistemas  de  informação  no  processo  de  compras  da


Administração Pública Federal

RESUMO:  O  presente  artigo  fará  um  breve  relato  sobre  a  influência  dos  sistemas  de

informação na nova gestão pública, com enfoque no processo de compras. Será abordada a Lei

n° 8.666, de 21 de junho de 1993, a chamada lei das licitações e contratos, assim como a Lei n°
10.520, de 17 de julho de 2002, lei que instituiu mais uma modalidade de licitação, denominada

pregão. Serão verificados os principais aspectos dessas leis, mormente as especificações trazidas
na  seção  sobre  compras,  resultado  da  busca  por  uma  administração  pública  mais  eficiente.  O

estudo também mostrará o uso da tecnologia da informação como instrumento importante para a
materialização e operacionalização desse processo, com destaque para as compras via internet,

que  proporcionam  celeridade,  segurança  e  transparência  tanto  para  o  Governo  quanto  para  os
cidadãos.

Palavras­chaves:  administração  pública  –  sistemas  de  informação  –  eficiência  ­  governo


 eletrônico – compras eletrônicas.

INTRODUÇÃO

Faz­se  imperioso  destacar  que  o  governo  eletrônico  é  uma  realidade  na  nova
gestão  pública  e  é  sustentada  pela  própria  legislação  vigente  no  país.  A  administração  pública
vem  ao  longo  da  história  fazendo  uso  da  tecnologia  da  informação  e  comunicação  seja  nas
relações  intra­governo,  entre  governo  e  fornecedor  ou  entre  governo  e  cidadão.  Percebe­se,  a

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partir dos anos 1990, uma maior disseminação desse instrumento com enfoque na melhoria dos

processos internos, na otimização dos gastos e em atenção ao cidadão.

O uso da tecnologia da informação e comunicação pode ser vislumbrado como
uma  das  maneiras  de  atender  o  princípio  da  eficiência,  trazido  no  “caput”  do  artigo  37  da
Constituição  Federal,  inserido  pela  Emenda  Constitucional  n°  19/1998.  Ademais,  é  visto  como

uma  ferramenta  com  diversas  possibilidades  de  promover  mudanças  na  Administração  Pública,
especialmente no quesito transparência. Servem para auxiliar o gestor público em sua missão de
prestar serviços à população, além de gerenciar a máquina estatal.

As compras públicas constantemente são associadas à corrupção, relembrada
por casos de privilégios. As compras eletrônicas podem dificultar esses atos nocivos à sociedade

como  um  todo,  pois  possibilitam  que  todo  o  processo  seja  acompanhado,  de  forma  cristalina,

através de um meio que permite mais facilidade de acesso a essas informações, que é a internet.

Ao longo do presente trabalho, abordaremos algumas das iniciativas da política
de governo eletrônico, voltadas ao processo de compras, garantidas por meio do apoio técnico da

Secretaria  de  Logística  e  Tecnologia  da  Informação  (SLTI),  que  é  vinculada  ao  Ministério  do

Planejamento,  Gestão  e  Orçamento.  Dentre  as  possibilidades,  busca­se  proporcionar:  maior


eficiência,  aumento  da  transparência,  modernização  do  Estado,  melhora  na  qualidade  dos

serviços prestados, redução da corrupção e celeridade.

A importância dos sistemas de informação no processo de compras da Administração

Pública Federal

Sob  uma  análise  histórico­evolutiva,  vislumbram­se  três  modelos  distintos  de

Administração  Pública  no  Brasil,  a  saber:  a  Administração  Patrimonialista,  a  Administração


Burocrática  e  a  Administração  Gerencial,  esta  última  vigente  na  atualidade.  Dentre  as  várias

características  marcantes  desse  último  instituto,  ressalta­se  a  preocupação  com  o  uso  eficiente
dos recursos públicos.

Nesse sentido, foi elaborada a Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993. Referida
Lei regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, e instituiu normas para licitações

e  contratos  da  Administração  Pública  pertinentes  a  obras,  serviços,  inclusive  de  publicidade,

compras,  alienações  e  locações  no  âmbito  dos  Poderes  da  União,  dos  Estados,  do  Distrito
Federal  e  dos  Municípios.  Subordinam­se  também  aos  preceitos  dessa  lei,  além  dos  órgãos  da

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administração  direta,  os  fundos  especiais,  as  autarquias,  as  fundações  públicas,  as  empresas

públicas,  as  sociedades  de  economia  mista  e  demais  entidades  contratadas  direta  ou

indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Essa é a chamada lei geral de
Licitações e Contratos Administrativos, a ser observada pelos gestores públicos.

Segundo o artigo 3º da Lei n° 8.666/93, em sua forma original, o processo de

licitação  visa  assegurar  igualdade  de  condições  a  todos  os  participantes,  e  pode  ser  entendido

como  o  procedimento  administrativo  pelo  qual  a  administração  pública  busca  a  proposta  mais
vantajosa,  que  não  será  necessariamente  a  de  menor  preço,  e  sim  a  que  melhor  atenda  de

maneira objetiva o interesse público. Em 2010 foi promulgada a Lei n° 12.349, acrescentando ao
predito  artigo  outro  objetivo:  a  promoção  do  desenvolvimento  nacional  sustentável.  Como  regra

geral, a licitação é obrigatória. Mas, a própria lei traz as hipóteses de inexigibilidade ou dispensa,

nos artigos 24 e 25. Estes institutos diferem entre si. Na dispensa, a administração pública poderia
licitar,  mas  por  uma  questão  de  custo­benefício  assim  não  o  faz,  já  na  inexigibilidade  não  há

possibilidade de licitar, pela inviabilidade de competição.

A  licitação  tem  por  princípios  básicos  a  legalidade,  a  impessoalidade,  a

moralidade,  a  publicidade  e  a  eficiência.  Pelo  princípio  da  legalidade,  tem­se  que  a  atuação  do
gestor  púbico  deve  estar  pautada  na  observância  da  lei,  sem  nenhuma  interferência  pessoal.  O

princípio da impessoalidade parte da ideia de que o interesse público esteja acima dos interesses

pessoais  e,  desse  modo,  impõe  que  será  dispensada  igualdade  de  tratamento  a  todos  os

interessados.  A  moralidade  exige  o  cumprimento  dos  preceitos  morais.  A  publicidade  está


relacionada à transparência do procedimento em todas as suas fases. Já a eficiência nos traz a
ideia  de  prestação  de  atividades  e  de  serviço  público  adequados  e  de  qualidade,  em  todo  o

processo.  Ressaltam­se  ainda  a  probidade  administrativa,  a  vinculação  ao  instrumento


convocatório e o julgamento objetivo como basilares orientadores.

No tocante ao processo de compras, cumpre mencionar que a própria lei traz a
definição de compra, no artigo 6º: “toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma
só vez ou parceladamente”. A citada lei traz na seção V as orientações e procedimentos a serem
observados.  É  válido  considerar  que  nenhuma  compra  poderá  ser  realizada  sem  a  adequada
caracterização  de  seu  objeto  e  indicação  dos  recursos  orçamentários  que  garantirão  seu
pagamento,  do  contrário  o  ato  poderá  ser  considerado  nulo,  além  de  responsabilizar  quem  tiver
dado causa.

Importante  frisar  que,  de  acordo  com  o  artigo  15  da  Lei  n°  8.666/93,  as
compras,  sempre  que  possível,  deverão:  I  ­  atender  ao  princípio  da  padronização,  que  imponha

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compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as
condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; II ­ ser processadas através
de  sistema  de  registro  de  preços;  III  ­  submeter­se  às  condições  de  aquisição  e  pagamento
semelhantes  às  do  setor  privado;  IV  ­  ser  subdivididas  em  tantas  parcelas  quantas  necessárias
para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade; V ­ balizar­se pelos preços
praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.

Consoante  o  artigo  45  da  Lei  de  licitações,  existem  quatro  tipos  de  licitação:
a)menor preço, que leva em consideração apenas o preço dos concorrentes, desde que cumpram
os propósitos estabelecidos no edital; b)melhor técnica, utilizada exclusivamente para serviços de

natureza  predominantemente  intelectual,  em  especial  na  elaboração  de  projetos,  cálculos,
supervisão e gerenciamento de engenharia consultiva em geral e, em particular, para elaboração
de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos; c)melhor técnica e preço, que se

refere  à  média  ponderada  das  valorizações  técnicas  e  de  preço,  segundo  os  pesos  pré­
estabelecidos no instrumento convocatório; e d)maior lance, relacionada com situações em que o
Estado está vendendo bens ou efetuando concessões públicas.

Entre  as  modalidades  de  licitação  tem­se  a  concorrência,  tomada  de  preços,

convite, concurso e leilão. A concorrência se dá entre quaisquer interessados que, na fase inicial
de  habilitação  preliminar  comprovem  possuir  os  requisitos  mínimos  de  qualificação  exigidos  no
edital  para  execução  de  seu  objetivo.  Cumpre  destacar  que  qualquer  compra  pode  ser  feita
através  dessa  modalidade,  entretanto,  os  gestores  tendem  a  utilizá­la  quando  os  demais  meios

não  são  permitidos,  em  função  da  sua  morosidade.  É  utilizada  nos  seguintes  casos:  obras  e
serviços  de  engenharia  estimados  acima  de  R$  1.500.000,00;  compras  e  serviços  estimados
acima de R$ 650.000,00.

A  modalidade  tomada  de  preços  é  aquela  entre  interessados  devidamente


cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para o cadastramento até o terceiro
dia  útil  anterior  à  data  de  recebimento  das  propostas,  observada  a  necessária  qualificação.  É
adequada para as seguintes hipóteses: obras e serviços de engenharia estimados em mais de R$

150.000,00  até  1.500.000,00;  compras  e  serviços  estimados  em  mais  de  R$  80.000,00  até  R$
650.000,00.

Na modalidade convite podem participar os interessados do ramo pertinente ao

seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa,  a  qual  afixará,  em  local  apropriado,  cópia  do  instrumento  convocatório  e  o

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estenderá  aos  demais  cadastrados  na  correspondente  especialidade  que  manifestarem  seu
interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. Para que a licitação
seja  válida  devem  existir  pelo  menos  três  propostas  válidas.  É  usada  nas  obras  e  serviços  de

engenharia com valores de até R$ 150.000,00, e para compras e serviços com valores de até R$
80.000,00.

Já no concurso podem participar qualquer interessado para escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, através da promoção de prêmios ou remuneração aos vencedores,

consoante critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima
de quarenta e cinco dias.

Por fim, a modalidade leilão é destinada a qualquer interessado para a venda
de  bens  móveis  inservíveis  para  a  administração  ou  de  produtos  legalmente  apreendidos  ou

penhorados,  ou  para  a  alienação  de  bens  imóveis  prevista  no  artigo  19,  a  quem  oferecer  maior
lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

Visando  a  desburocratização,  e  tendo  por  escopo  um  procedimento  licitatório


menos formal e, ainda, na busca por alternativas na melhoria da gestão dos recursos públicos, o

Governo Federal criou a Lei n° 10.520, de 17 de julho de 2002, e introduziu uma nova modalidade
de licitação, denominada pregão. A ideia é proporcionar maior agilidade, segurança, presteza e,
principalmente,  transparência  nas  contratações  públicas,  observando,  contudo,  os  princípios

gerais da licitação. Com efeito, surgiu em um contexto de reformas e diante de uma consciência
por maior eficiência, com o propósito de otimização de tempo e redução de custos.

A  modalidade  pregão,  uma  das  mais  utilizadas  atualmente,  é  aplicável  a


qualquer esfera de Governo. Presta­se às licitações de bens e serviços comuns, ou seja, aqueles

que  possam  ser  definidos  de  modo  simples,  considerando  as  especificações  de  mercado,  cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos. Pode ser utilizada para
qualquer valor, mas o critério de julgamento será o de menor preço. É possível a sua utilização de

duas formas: presencial e eletrônico. Este último foi regulamentado pelo Decreto n° 5.450/05, e o
artigo  4º  traz  a  obrigatoriedade  do  seu  uso  na  esfera  federal,  a  não  ser  por  comprovada
inviabilidade e justificado pela autoridade competente.

Posteriormente,  o  Decreto  n°  5.540/05  impôs  o  pregão  eletrônico  como

preferência  para  a  Administração  Pública  Estadual,  Distrital  e  Municipal,  além  das  entidades

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privadas,  quando  estas  adquirirem  bens  ou  serviços  comuns  repassados  voluntariamente  pela

União.  É  certo  que  o  pregão  tornou  mais  célere  e  mais  eficiente  os  processos  licitatórios,  e  os
sistemas de informação se lançaram como grandes aliados para a nova gestão pública.

Cumpre observar algumas diferenças entre tecnologia da informação e sistema
de informação. As tecnologias da informação são instrumentos impulsionadores da modernização,

têm o papel de ampliar a competitividade e apoiar o desenvolvimento econômico e social de todos
os  setores  da  economia,  sejam  privados  ou  públicos.  Seu  potencial  inovador  e  seu  caráter
facilitador  no  processo  de  adaptação  das  mudanças  ocorridas  vêm  sendo  utilizado  como

importante aliado estratégico, uma vez que favorecem e intensificam a comunicação institucional e

pessoal. Os sistemas de informação relacionam­se mais ao gerenciamento da informação, através
da utilização de softwares organizacionais. A importância e evolução dos sistemas de informação

estão diretamente ligadas ao crescimento das tecnologias de informação.

Destarte, a tecnologia da informação e os sistemas de informação fazem parte

do processo de evolução mundial e cada vez mais os seres humanos são dependentes de novas

tecnologias.  Tudo  gira  em  torno  da  informação  e  do  conhecimento,  portanto,  saber  utilizá­los  e
gerenciá­los adequadamente é um diferencial competitivo.  O uso da tecnologia de informação e

comunicação  no  setor  público  é  historicamente  dividido  em  três  períodos:  pioneirismo  (1950  até

meados  de  1960);  centralização  (de  meados  de  1960  até  1970);  terceirização  (anos  1980);  e
governo eletrônico propriamente dito (a partir dos anos 1990).

Inicialmente,  no  meio  público,  as  ações  da  tecnologia  da  informação  estavam

mais focadas a questões operacionais internas, no entanto, hodiernamente é possível vislumbrar
um equilíbrio, já que são comumente utilizados também externamente. Na gestão pública, o termo

“governo eletrônico” se revela como uma evolução quanto à ampliação e utilização estratégica das

tecnologias  de  informação  e  de  comunicação  pelos  governos.  O  uso  dessa  ferramenta  pelos
governos  busca  a  melhoria  na  prestação  dos  serviços  públicos,  mediante  novos  canais  de

informações  e  relacionamento  entre  governo  e  cidadãos.  E  isso  implica  em  uma  maior

transparência  nas  ações  públicas.  Essa  interação  ocorre  por  meio  dos  portais  do  governo  na
internet, que são sites públicos, assim entendidos como portas de acesso à internet. Atualmente,

existem dezenas de portais públicos importantes em atividade. Inclusive por determinação da Lei
12.527,  de  18  de  novembro  de  2011,  mais  conhecida  como  “Lei  da  Transparência”,  é  dado  ao

cidadão vários canais de conhecimento dos gastos públicos.

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É  da  Secretaria  de  Logística  e  Tecnologia  da  Informação  (SLTI),  vinculada  ao


Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a responsabilidade de normatizar e desenvolver

políticas  públicas  na  área  de  tecnologia  da  informação.  Além  disso,  é  por  meio  de  programas

administrados  por  essa  secretaria  que  os  órgãos  que  integram  o  Governo  compram  e
descentralizam recursos públicos. A pasta também gerencia o Sistema de Concessão de Diárias e

Passagens  do  Governo  Federal  (SCDP),  e  é  o  órgão  central  do  Sistema  de  Administração  de

Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), do Sistema de Administração de Serviços Gerais
(SISG) e do Sistema de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (SINCOV). 

Destarte,  o  Governo  Federal,  através  da  ação  da  supracitada  Secretaria


disponibiliza  sistemas  para  realização  e  acompanhamento  de  compras  eletrônicas,  cadastro  de
fornecedores  e  diversas  informações  sobre  licitações,  contratações,  catálogo  de  materiais  e
serviços,  processos  de  aquisições  de  bens  da  Administração  Pública  Federal,  entre  outros,  a
saber:  Sistema  Integrado  de  Administração  de  Serviços  Gerais  (SIASG),  Portal  de  Compras  do
Governo  Federal  (COMPRASNET),  Pregão  eletrônico,  Sistema  de  Cadastramento  Unificado  de
Fornecedores (SICAF).

O  portal  COMPASNET  é  disponibilizado  para  realização  de  informações


relativas  às  licitações  e  contratações  promovidas  pela  Administração  Pública  Federal  direta,
autárquica  e  fundacional.  Oferece  três  tipos  de  serviços:  serviços  ao  governo,  serviços  aos
fornecedores e serviços à sociedade. Dispõe em tempo quase real dos resultados das licitações
realizadas  pelos  órgãos  e  entidades  da  Administração  Pública  Federal.  Nesse  sítio  podem  ser
operacionalizadas  as  licitações  previstas  na  Lei  nº  8.666,  de  21  de  junho  de  1993  (convites,
tomadas de preço e concorrência), os pregões e as cotações eletrônicas, além das Intenções de
Registro  de  Preços  (IRP)  e  os  contratos  sob  o  Regime  Diferenciado  de  Contratações  Públicas
(RDC). Esse portal abrange o SIASG (Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais),
que atua como instrumento de apoio às atividades de gestão de materiais, licitações/contratos e
fornecedores.

O SIASG, instituído pelo Decreto 1.094, de 23 de março de 1994, é o sistema
informatizado  de  apoio  às  atividades  operacionais  do  Sistema  de  Administração  de  Serviços
Gerais  –  SISG.  Sua  função  é  integrar  os  órgãos  da  Administração  Pública  Federal  direta,
autárquica  e  fundacional.  É  o  sistema  onde  são  realizadas  as  operações  das  compras
governamentais dos órgãos integrantes do SISG (Administração Pública Federal direta, autárquica
e fundacional). O Sistema abrange a divulgação e a realização das licitações, a emissão de notas
de empenho, o registro dos contratos administrativos, a catalogação de materiais e serviços e o
cadastro  de  fornecedores.  Os  órgãos  que  não  integram  o  SISG  podem  acessar  o  SIASG,
integralmente  ou  em  módulos  específicos,  através  de  adesão  formal  para  uso  do  sistema,  por
meio da assinatura de termo de adesão.

No COMPRASNET, os fornecedores têm ao seu alcance vários serviços como
o  pedido  de  inscrição  no  Sistema  de  Cadastramento  Unificado  de  Fornecedores  (SICAF),  a

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obtenção de editais, a participação em processos eletrônicos de aquisição de bens e contratações
de serviços, além de outros. Esse é um sistema que tem por objetivo cadastrar e habilitar pessoas
físicas ou jurídicas interessadas em participar de licitações promovidas por órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Aumenta as opções de compras
do  governo  federal,  possibilitando  o  acompanhamento  do  desempenho  dos  fornecedores
cadastrados.

O  pregão  eletrônico  é  promovido  no  espaço  “sessão  pública”  do  portal


COMPRASNET,  e  seu  uso  ascendente  tem  indicado  o  Brasil  como  um  dos  líderes  mundiais  em
governança eletrônica. Já o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), instituído pela
Lei  12.462,  de  5  de  agosto  de  2011,  possibilitou  que  as  contratações  de  grandes  obras  sejam
mais ágeis e competitivas, a exemplo as dos jogos olímpicos, as do Programa de Aceleração do
Crescimento  (PAC),  as  do  sistema  de  ensino  público  e  as  do  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS).
Para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – MPE, foi imposta a obrigatoriedade de
contratação para as compras públicas de até R$ 80.000,00. A ideia é impor o poder de compras
do Estado para promover o desenvolvimento dessa parcela de mercado. Outro ponto interessante
é  o  Programa  de  Contrações  Públicas  Sustentáveis.  Esse  sistema  impulsiona  a  compra  de
produtos que priorizam critérios ambientais, econômicos e sócias em todas as fases de seu ciclo
de vida.

CONCLUSÃO

É  fato  que  o  uso  da  tecnologia  da  informação  e  comunicação  introduziu  uma
nova  dinâmica  ao  processo  de  compras  governamentais,  constantemente  criticado  em  razão  da
morosidade da sua operacionalização, por muitas vezes não resultar na aquisição mais vantajosa
para a administração pública e por estar associada a casos de corrupção.

Ao longo da história é crescente a preocupação por um gerenciamento público
voltado para uma prestação de serviços adequada, com ênfase em uma atuação pública imparcial
e neutra, voltada para a adoção de critérios legais e morais necessários para a melhor utilização
possível dos recursos.

Pelo  exposto,  demostrou­se  a  face  da  nova  gestão  pública,  movida  pela
democracia,  celeridade,  competitividade,  uso  da  tecnologia  da  informação,  comunicação  e
transparência,  com  foco  para  o  usuário­cidadão.  E  os  sistemas  de  informação  têm­se  revelado
instrumentos econômicos e eficientes, pois possibilitam um melhor controle tanto pelo governo e
seus órgãos quanto pela população em geral.

REFERÊNCIAS

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Conforme a NBR 6023:2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto científico publicado em periódico
eletrônico  deve  ser  citado  da  seguinte  forma:  GONDIM,  Cassandra  Costa.  A  importância  dos  sistemas  de  informação  no
processo  de  compras  da  Administração  Pública  Federal.  Conteúdo  Jurídico,  Brasília­DF:  01  ago.  2014.  Disponível  em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.49218>. Acesso em: 13 fev. 2017.

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