PLANO DE ENSINO
1. IDENTIFICAÇÃO
O Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas se volta à formação de cidadãos críticos e reflexivos, com
capacitação profissional na área específica, envolvidos com as temáticas da educação, do meio social, recursos
naturais e com o ambiente. O curso viabilizará a titulação de um profissional com concepção científica, atitude
consciente, com fundamentação teórica, para a atuação docente no ensino fundamental e médio, sem descuidar de
suas outras atribuições como biólogo. Entre as competências específicas, se destaca a capacidade de atuar de
forma ativa como mediador da aprendizagem, participando com o aluno do processo de produção do conhecimento,
propondo soluções e ações estratégicas através da utilização de recursos inovadores na área do ensino
considerando a realidade sócio econômica-cultural da comunidade em que está inserido.
3. EMENTA
Introdução à ecologia e níveis de organização dos seres vivos. Fatores abióticos e bióticos. Fatores Limitantes.
Condições e recursos. Níveis de tolerância e adaptações ao ambiente físico. Nicho ecológico. Parâmetros
demográficos e estruturais de populações. Crescimento e regulação populacional. Seleção r e k. Generalistas
versus especialistas. Metapopulação. Interações ecológicas negativas e positivas. Coevolução. Manejo e
conservação de fauna: criação; caça e tráfico de animais silvestres. Manejo e conservação de flora: recursos
madeireiros e não madeireiros. Espécies exóticas. Métodos básicos de amostragem, coleta e análise de dados para
o estudo de hipóteses em ecologia de organismos e de populações.
4. OBJETIVOS
4.1. GERAL
Compreender os níveis de organização dos seres vivos. Compreender os objetivos e métodos da ecologia.
Compreender os principais conceitos de ecologia de organismos e de populações. Ter conhecimento dos principais
métodos de manejo de biodiversidade e suas consequências. Exercitar o raciocínio do teste de hipótese em
ecologia.
4.2. ESPECÍFICOS
Propiciar um momento de formação e consolidação de conceitos importantes em ecologia de organismos e
populações;
Desenvolver atividades educativas variadas com vistas a sensibilizar os acadêmicos em relação às
questões éticas e ambientais;
Interligar conceitos e conhecimentos acerca da compreensão de processos de conservação da natureza;
Promover a autonomia e a curiosidade científica;
Contribuir para a formação do raciocínio investigativo nos alunos através do método científico.
5. CRONOGRAMA E CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta disciplina será baseada em aulas expositivas-dialogadas, aula de campo, listas de exercícios, dinâmicas
de discussão em grupo, projeto de investigação científica em ecologia, discussão de filmes e apresentação de
seminários.
As aulas expositivas-dialogadas têm por objetivo discutir temas amplos e de aplicação prática dentro da
ecologia de organismos e populações. As listas de exercícios complementam os temas abordados em aula. Os
projetos de investigação científica, além de propiciar momentos para discussão dos conceitos ecológicos, também
propiciam um momento de formação de lideranças e autonomia nos alunos, além de aproximar os alunos do método
científico. Os seminários têm por objetivo principal discutir questões ecológicas em relação às espécies brasileiras.
Os filmes servem de base para discussão de temas que relacionam a ecologia com questões sociais relevantes e
atuais.
No início da disciplina será realizada uma aula de campo com o objetivo de incentivar que os alunos
questionem o que veem na natureza. A mesma será executada da seguinte maneira: em uma área com vegetação
nativa e os alunos devem encontrar uma espécie (se for planta coletar e fotografar, se for animal apenas fotografar)
e imaginem o que ela precisa pra viver. Todos alunos farão isso e nós iremos discutir o ambiente e as interações
dessas espécies.
Abaixo seguem informações detalhadas sobre como serão realizadas as diferentes atividades propostas:
A avaliação da aprendizagem será se dará através de inúmeros métodos avaliativos, utilizando questões objetivas,
discursivas, pesquisas em sala de aula, projetos de investigação científica e seminários.
Os instrumentos avaliativos e seus respectivos pesos na nota final da disciplina serão os seguintes:
8. REFERÊNCIAS
8.1 BÁSICA
BEGON, M., C. R. TOWNSEND E J. L. HARPER. Ecologia de Indivíduos a Ecossistemas. 4.ed. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
DAJOZ, R. Princípios de Ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
PINTO-COELHO, R. M. Fundamentos em Ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RICKLEFS, R. E. Economia da natureza. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2001
TOWNSEND, C.R.; BEGON, M.; HARPER, J.L. Fundamentos em Ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2006.
8.2 COMPLEMENTAR
PRIMACK, R.B. & RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. São Paulo: Editora Vozes, 2001.
WILSON, E.O. (Org). Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
9. ANEXOS
1. John Bongaarts. Development: Slow down population growth. Nature 530, 409–412 (25 February 2016)
doi:10.1038/530409a - http://www.nature.com/news/development-slow-down-population-growth-1.19415
2. Klaas-Douwe B. Dijkstra. Natural history: Restore our sense of species . Nature 533, 172–174 (12 May 2016)
doi:10.1038/533172a - http://www.nature.com/news/natural-history-restore-our-sense-of-species-1.19870
3. Fanny Douvere. Conservation: The seas cannot be saved on a budget of breadcrumbs. Nature 534, 30–
32 (02 June 2016) doi:10.1038/534030a - http://www.nature.com/news/conservation-the-seas-cannot-be-saved-
on-a-budget-of-breadcrumbs-1.19991
4. Stéphane Hallegatte & Katharine J. Mach. Make climate-change assessments more relevant. Nature 534,
613–615 (30 June 2016) doi:10.1038/534613ª - http://www.nature.com/news/make-climate-change-assessments-
more-relevant-1.20155
5. Ray Hilborn. Policy: Marine biodiversity needs more than protection. Nature 535, 224–226 (14 July 2016)
doi:10.1038/535224ª - http://www.nature.com/news/policy-marine-biodiversity-needs-more-than-protection-
1.20229
6. Anna M. Michalak. Study role of climate change in extreme threats to water quality. Nature 535, 349–350
(21 July 2016) doi:10.1038/535349a - http://www.nature.com/news/study-role-of-climate-change-in-extreme-
threats-to-water-quality-1.20267
7. Sean L. Maxwell, Richard A. Fuller, Thomas M. Brooks & James E. M. Watson. Biodiversity: The ravages of
guns, nets and bulldozers. Nature 536, 143–145 (11 August 2016) doi:10.1038/536143a -
http://www.nature.com/news/biodiversity-the-ravages-of-guns-nets-and-bulldozers-1.20381
8. David Wachsmuth, Daniel Aldana Cohen& Hillary Angelo. Expand the frontiers of urban sustainability. Nature
536, 391–393 (25 August 2016) doi:10.1038/536391a - http://www.nature.com/news/expand-the-frontiers-of-
urban-sustainability-1.20459
9. Richard T. T. Forman& Jianguo Wu. Where to put the next billion people. Nature 537, 608–611 (29
September 2016) doi:10.1038/537608a - http://www.nature.com/news/where-to-put-the-next-billion-people-
1.20669
10.William McDonough. Carbon is not the enemy. Nature 539, 349–351 (17 November 2016)
doi:10.1038/539349a - http://www.nature.com/news/carbon-is-not-the-enemy-1.20976
11. Pavan Sukhdev, Peter May & Alexander Müller. Fix food metrics. Nature 540, 33–34 (01 December 2016)
doi:10.1038/540033a - http://www.nature.com/news/fix-food-metrics-1.21050
12.Daniela Schmidt& Philip W. Boyd. Forecast ocean variability. Nature 539, 162–163 (10 November 2016)
doi:10.1038/539162a - http://www.nature.com/news/forecast-ocean-variability-1.20934
13.Erle Ellis, Mark Maslin, Nicole Boivin& Andrew Bauer. Involve social scientists in defining the Anthropocene.
Nature 540, 192–193 (08 December 2016) doi:10.1038/540192a - http://www.nature.com/news/involve-social-
scientists-in-defining-the-anthropocene-1.21090
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Professor Coordenador do curso