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Instruções
LEIA COM ATENÇÃO
1. Este Caderno de Prova, com páginas numeradas de 1 a 37, é composto de duas partes:
PARTE I: constituída de 50 (cinquenta) questões objetivas de múltipla escolha, cada uma com quatro
alternativas, assim distribuídas:
• 01 a 10 – Clínica Cirúrgica
• 11 a 20 – Clínica Médica
• 21 a 30 – Ginecologia e Obstetrícia
• 31 a 40 – Pediatria
• 41 a 50 – Medicina da Família e Comunidade e Saúde Coletiva
PARTE II: constituída de 10 (dez) questões discursivas, assim distribuídas:
• 01 e 02 – Clínica Cirúrgica
• 03 e 04 – Clínica Médica
• 05 e 06 – Ginecologia e Obstetrícia
• 07 e 08 – Pediatria
• 09 e 10 – Medicina da Família e Comunidade e Saúde Coletiva

2. Caso o Caderno de Prova esteja incompleto ou tenha qualquer defeito de impressão, solicite ao fiscal que o substitua.
3. Sobre a Marcação do Cartão de Respostas da Parte I – Questões Objetivas
As respostas das questões objetivas devem ser, obrigatoriamente, transcritas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta não
porosa para o Cartão de Respostas, que será o único documento válido para correção. O Cartão de Respostas não será substituído
por erro ou dano do candidato.

3.1. Para cada questão existe apenas uma alternativa que a responde acertadamente. Para a marcação da alternativa escolhida no
CARTÃO DE RESPOSTAS, pinte completamente o círculo correspondente.
Exemplo: Suponha que para determinada questão a alternativa C seja a escolhida.

N.º da
Questão

3.2. Marque apenas uma alternativa para cada questão.


3.3. Será invalidada a questão em que houver mais de uma marcação, marcação rasurada ou emendada, ou não houver marcação.
3.4. Não rasure nem amasse o CARTÃO DE RESPOSTAS.
4. Para responder às Questões Discursivas, poderão ser usados os espaços para rascunho neste caderno disponíveis logo após cada
questão, mas as respostas definitivas deverão ser transcritas nas FOLHAS DE RESPOSTAS DEFINITIVAS das questões discursivas.
Use caneta esferográfica de tinta azul ou preta não porosa.
5. Não haverá substituição de FOLHAS DE RESPOSTAS DEFINITIVAS das questões discursivas por erro ou dano do candidato.
6. A duração da Prova Escrita é 5 (cinco) horas, já incluído o tempo destinado ao preenchimento do CARTÃO DE RESPOSTAS das
questões objetivas e das FOLHAS DE RESPOSTAS DEFINITIVAS das discursivas.
7. Será permitida a saída de candidatos da sala de prova somente após decorridas 2 (duas) horas do início da Prova Escrita. O candidato
que insistir em sair da sala de Prova, antes de decorridas as referidas 2 (duas) horas, deverá assinar Termo de Ocorrência, declarando
desistência do processo, que será lavrado pelo Coordenador do estabelecimento.
8. Na página 37 deste Caderno de Prova, encontra-se a Folha de Anotação do Candidato, a qual poderá ser utilizada para a transcrição
das respostas das questões objetivas. Essa folha poderá ser levada pelo candidato para posterior conferência com o gabarito somente
após decorridas 2 (duas) horas do início da prova.
9. Antes de se retirar da sala de prova, o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar ao fiscal este Caderno de Prova e o CARTÃO DE
RESPOSTAS das questões objetivas e as FOLHAS DE RESPOSTAS DEFINITIVAS das discursivas. Este Caderno de Prova poderá ser
levado pelo candidato somente na última meia hora de prova.
PARTE I – QUESTÕES OBJETIVAS

Clínica Cirúrgica

QUESTÃO 01
Paciente 65 anos, com carcinoma espinocelular de lobo superior do pulmão direito é submetido à
toracotomia posterolateral direita. Durante o procedimento cirúrgico, o paciente é mantido com intubação
seletiva e ventilação monopulmonar à esquerda. Nessa situação, ocorrerá no pulmão
(A) direito o efeito espaço morto, com atelectasia do pulmão esquerdo e hipertensão arterial pulmonar
esquerda.
(B) direito o efeito espaço morto, com ventilação do pulmão contralateral e tendência à diminuição da
pressão parcial de oxigênio.
(C) direito o efeito shunt, com atelectasia do pulmão direito e tendência ao aumento da pressão parcial de
gás carbônico.
(D) esquerdo o efeito shunt, com ventilação do pulmão esquerdo e aumento da concentração de bicarbonato
no sangue arterial.

QUESTÃO 02
Paciente 27 anos, masculino, estivador, apresenta abaulamento da região inguinal, muito próximo ao púbis,
que aumenta com a manobra de Valsalva, comprometendo o ânulo inguinal superficial. ____________
preconizava que a reconstrução da parede abdominal nas hérnias inguinais ____________________ deveria
ser feita com a sutura do(a)__________________ ao ligamento __________________ .

As lacunas são corretas e respectivamente preenchidas com:


(A) Bassini; indiretas; ligamento de Gimbernat; inguinal.
(B) McVay; diretas; fáscia transversalis; pectíneo ou de Cooper.
(C) Andrews; diretas; ligamento de Gimbernat; pectíneo ou de Gilbert.
(D) Zimmerman; diretas; músculo oblíquo externo; inguinal.

QUESTÃO 03
Paciente 13 anos, masculino, hígido, vítima de ferimento corto-contuso com três centímetros de extensão em
região mentoniana, profundo, com sangramento discreto, após queda da própria altura, há cerca de duas
horas. Considerando o ferimento descrito no caso clínico, é correto afirmar que a fase
(A) fibroblástica é a última a acontecer, inicia-se quarenta e oito horas após o trauma e compreende a
liberação de fatores de crescimento pelas plaquetas.
(B) exsudativa é a primeira a ocorrer, dura cerca de quatro dias e compreende a hemostasia, a migração de
leucócitos e a epitelização.
(C) Proliferativa é primeira a ocorrer, inicia-se uma semana após o trauma e compreende a hemostasia, a
granulação e a contração da ferida.
(D) exsudativa é a última a ocorrer, dura cerca de dez dias e compreende a síntese de colágeno, a granulação
e a contração da ferida.

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QUESTÃO 04
Paciente masculino, 22 anos, encaminhado ao serviço de Pronto Socorro pelo Serviço Médico de Urgência
(SAMU), vítima de acidente motociclístico há trinta minutos, tendo colidido com poste de energia elétrica. À
admissão: regular estado geral; pressão arterial 90 x 55 mmHg; frequência cardíaca 60 batimentos por
minuto; frequência respiratória 14 movimentos por minuto; consciente; contactuando, referindo dor
precordial intensa. Escala de coma de Glasgow igual a 15. Ausência de motricidade em membro inferior
direito e de sensibilidade abaixo do plano da sínfise púbica no membro inferior esquerdo. A lesão produziu
hemisecção medular
(A) esquerda, acometendo o corno posterior cinzento da medula, a partir de T8.
(B) esquerda, acometendo os fascículos grácil e cuneiforme, a partir de T6.
(C) direita, acometendo os fascículos grácil e espinotalâmico, a partir de T10.
(D) direita, acometendo os tratos corticoespinais e espinotalâmico, a partir de T10.

QUESTÃO 05
O protocolo multimodal ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória) é um programa que visa
acelerar a recuperação pós-operatória dos pacientes. Nesse sentido, uma premissa do protocolo ACERTO é:
(A) Realização de preparo de colon para ressecções de intestino grosso.
(B) Restrição do uso de cateter peridural para não provocar íleo adinâmico.
(C) Restrição de líquidos intravenosos no período perioperatório.
(D) Realimentação após a constatação de retorno de ruído hidroaéreos.

QUESTÃO 06
J.G.J., 55 anos, feminina, hipermétrope, chega ao Pronto Socorro Municipal no plantão noturno com visão
embaçada, dor ocular intensa, náusea, vômito, bradicardia e sudorese. O quadro clínico apresentado deve-se
(A) ao glaucoma agudo.
(B) ao descolamento de retina.
(C) ao macroadenoma de hipófise.
(D) à síndrome de Behçet.

QUESTÃO 07
A Epistaxe é considerada a emergência mais comum em otorrinolaringologia, ocorrendo pelo menos uma vez
em até 60% da população. A maioria desses episódios é de intensidade leve e autolimitada. Sobre a Epistaxe,
assinale a afirmativa correta.
(A) Apresenta distribuição bimodal, sendo mais frequente em menores de 10 anos e em maiores de 45 anos.
(B) A maioria dos estudos evidencia uma variação sazonal na incidência, sendo mais frequente no verão.
(C) A Epistaxe posterior é a mais comum, ocorrendo em 90 a 95% dos casos e tende a ser de menor
intensidade e mais autolimitada.
(D) A cauterização química ou elétrica é o tratamento de escolha mesmo que o ponto de sangramento não
seja identificado.

2 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 08
A Epifisiólise é caracterizada pelo alargamento e consequente enfraquecimento da camada hipertrófica da
placa de crescimento proximal do fêmur. Mediante o estresse mecânico local, propicia o escorregamento da
Epífese em relação ao colo femoral ou vice-versa. Qual alteração do movimento do quadril é mais
característica de uma Epifisiólise?
(A) Aumento da flexão e diminuição da rotação medial.
(B) Extensão aumentada e diminuição da abdução.
(C) Flexão diminuída e diminuição da rotação.
(D) Flexão diminuída e aumento da rotação medial.

QUESTÃO 09
Paciente do sexo feminino, 20 anos, chega ao consultório relatando que apresentou seis episódios de infecção
urinária no último ano. Concomitante refere que apresentou dor suprapúbica, ardor ao urinar, frequência
urinária aumentada e odor fétido na urina. Esses sintomas ocorreram em todos os episódios de infecção
urinária. Sobre esse caso clínico, assinale a afirmativa correta.
(A) A infecção pode ocorrer por meios de transmissão sexual.
(B) O diagnóstico é confirmado pela análise da urina coletada a qualquer hora do dia.
(C) As principais bactérias causadoras de infecção do trato urinário são Escherichia coli.
(D) A febre e os calafrios devem estar presentes também.

QUESTÃO 10
Paciente do sexo masculino de 70 anos chega ao Pronto Socorro Municipal após queda de uma escada. O
mesmo encontra-se deitado em maca e com colar cervical. Ao exame físico: PA= 170/80 mmHg, FR= 10 mpm,
pulso 68 bpm e com pontuação na Escala de Glasgow de 6. Apresenta hematoma no couro cabeludo, pupila
esquerda dilatada e sem reação à luz. Também apresenta lesão cortante em membro superior direito.

Assinale a sequência adequada para o tratamento correto.


(A) Manter máscara facial de O2 5 L/min, hidratação endovenosa, solicitar tomografia computadorizada da
cabeça e solicitar avaliação do neurocirurgião.
(B) Realizar intubação endotraqueal, hidratação endovenosa, solicitar tomografia computadorizada da
cabeça e avaliação do neurocirurgião.
(C) Manter máscara facial de O2 10 L/min, hidratação endovenosa e encaminhar imediatamente para a
realização de craniectomia para descompressão.
(D) Realizar intubação endotraqueal, hidratação endovenosa e suturar lesão cortante em membro superior
direito.

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Clínica Médica

QUESTÃO 11
R.S.A., 26 anos, sexo masculino, solteiro, estudante de direito, natural e procedente de Cuiabá (MT).
Previamente hígido, sem quaisquer comorbidades, bem como ausência de antecedente familiar de doença
mental. História de cefaleia há 7 dias, de forte intensidade e primeira crise convulsiva do tipo generalizada
tônico clônica há 5 dias, evoluindo com quadro de confusão e distúrbio comportamental flutuante. Ontem
apresentou nova crise convulsiva, 3 crises nas últimas 12 horas. Deu entrada no HUJM com agitação
psicomotora e desorganização do comportamento. Resultado de hemograma com linfocitose e TC de Crânio
normal, RNM de crânio com contraste: Hipersinal em lobo temporal e córtex da ínsula à esquerda.
De acordo com o caso clínico, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Hipótese diagnóstica principal é epilepsia por esclerose mesial de lobo temporal, EEG deve ser
solicitado assim como iniciar uso de fenobarbital regular e encaminhar paciente para o neurologista.
( ) A aplicação de PCR para detecção de DNA viral no LCR forneceu o padrão ouro para o diagnóstico de
encefalite por herpes simplex, sendo a primeira hipótese diagnóstica.
( ) Dengue é a arbovirose mais prevalente nas Américas, endêmica em quase todos os países
tropicais/subtropicais e deve fazer parte da suspeita clínica a arbovirose neuroinvasiva.
( ) Conduta sequencial é submeter paciente à coleta de LCR, RNM de crânio com espectroscopia para
definição do diagnóstico de abcesso cerebral e iniciar antibioticoterapia de amplo espectro.
Assinale a sequência correta.
(A) F, V, V, F
(B) F, V, F, V
(C) V, F, V, F
(D) V, F, F, V

QUESTÃO 12
C.G.S., sexo feminino, 31 anos, admitida no PA com exacerbação de quadro de artralgia interfalangianas
proximais das mãos, punhos, joelhos e tornozelos que iniciou há cinco meses. Há um mês notou a presença de
febre diária, diarreia mucosa e HAS quando foi atendida na UPA e passou a usar Enalapril. HPP: 01
abortamento espontâneo na 11ª semana de gestação, TVP há 5 anos, história de ter apresentado há 3 anos
quadro de púrpura em MMII com melhora espontânea em menos de 60 dias sem tratamento médico na
época. Paciente nega hepatite, alterações cardiovasculares e/ou pulmonares. HF: sem histórico relevante.
Em relação ao quadro apresentado, assinale a afirmativa correta.
(A) Lúpus eritematoso sistêmico é o diagnóstico devido ao envolvimento articular que é a manifestação mais
frequente e hipertensão pulmonar a complicação mais comum, denominada síndrome do pulmão
encolhido.
(B) Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é a hipótese principal pelo predomínio no sexo feminino e
equimose é o sinal característico, especialmente nos MMII. Os processos infecciosos, especialmente o
pulmonar, tendem a exacerbar o quadro de PTI.
(C) A doença de Hodgkin deve ser a primeira hipótese pelo quadro de febre, diarreia e dispneia em paciente
com história de evento tromboembólico associado a abortamento prévio. Geralmente, afeta mais
mulheres na 3ª década de vida.
(D) Síndrome Antifosfolípide é a principal hipótese do caso, confirmada pela presença de um critério clínico,
trombose vascular; títulos moderados/altos de anticorpo anticardiolipina ou anticorpo anticoagulante
lúpico devem ser investigados.

4 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 13
J.P., sexo masculino, 19 anos, estudante de Arquitetura, morador no interior do Estado, vem à consulta
acompanhado de sua mãe, referenciados ao ambulatório de cardiologia do HUJM para investigação
diagnóstica, pois há 20 dias teve um quadro de dor torácica compatível com síndrome coronariana aguda,
sem alterações eletrocardiográficas de supradesnivelamento do segmento ST, mas com inversão da onda T
em derivações precordiais. Enzimas cardíacas alteradas. Foi submetido ao cateterismo cardíaco que não
evidenciou lesões obstrutivas nas artérias coronárias. Mãe relatou que o filho é hipertenso desde os 15 anos
de idade quando “ele ficou muito aborrecido com a separação dos pais”. Iniciou também quadro de cefaleias
constantes, palpitações e sudorese profusa e foi diagnosticado pelo médico do postinho como “transtorno de
ansiedade e depressão pós-traumática”. Faz uso regular de losartana 50 mg 12/12h, hidroclorotiazida 25 mg
ao acordar e fluoxetina 25 mg pela manhã. Afirmou que o filho sempre teve “pressão alta emocional”, sendo
o normal presssório para ele de PA 160/100 mmHg. Considerando o caso clínico, assinale a afirmativa correta.
(A) O emprego de psicotrópicos, como benzodiazepínicos para controle ansiolítico associado a
antidepressivo, fará o manejo adequado da patologia do paciente e resolverá as crises hipertensivas e de
ansiedade do paciente.
(B) Deve-se abordar o paciente, em consulta privativa, juntamente com a equipe da psicologia, sobre o uso
de drogas estimulantes ou recreativas (cocaína, LSD, ecstase), pois elas estariam diretamente
relacionadas ao infarto agudo do miocárdio com cateterismo coronariano sem alterações (Síndrome de
Takotsubo).
(C) A dosagem plasmática e urinária das catecolaminas e metanefrinas, bem como a realização de exame de
imagem do abdome contrastado (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) devem ser
solicitadas frente à suspeita de feocromocitoma.
(D) A estenose de artérias renais e síndrome carcinoide constituem os diagnósticos diferenciais neste caso e
podem ser excluídos, solicitando-se, respectivamente, a ultrassonografia de vias renais e cintilografia com
análogos de somatostatina (OCTREOSCAN).

QUESTÃO 14
Paciente masculino, 32 anos, portador de Diabetes Mellitus Tipo 1 descoberta há 20 anos, valvulopatia
reumática e dupla troca de valvas tricúspide e mitral por valvas biológicas há 6 anos, foi internado em
Unidade de Terapia Intensiva há 3 semanas devido grave quadro de cetoacidose diabética descompensada
por sepse com foco a esclarecer. Foi intubado e adaptado ao respirador mecânico devido insuficiência
respiratória aguda e iniciou medidas adequadas com ressuscitação volêmica, controle glicêmico rigoroso e
insulinoterapia e emprego de antibioticoterapia empírica com ceftriaxona após coletas de culturas
(hemoculturas e urinocultura). Houve mudança estrutural no laboratório e perderam as amostras de
hemoculturas desse paciente e não houve crescimento microbiano nas amostras de urinocultura. Paciente
mantendo há 3 dias quadro de febre superior a 37,8ºC e aparecimento de nodulações em subcutâneo e lesões
características de vasculite séptica em planta dos pés e palma das mãos. Diante da forte suspeita pela equipe
médica do diagnóstico de Endocardite Infecciosa e de acordo com os Critérios de Duke, assinale a afirmativa
correta.
(A) Novas amostras de hemoculturas devem ser solicitadas, além da realização de ecocardiograma
transtorácico que tem melhor acurácia no diagnóstico de Endocardite em paciente pós-trocas valvares.
(B) Exame físico com sopro novo regurgitativo e evidência no ecocardiograma transesofágico de vegetação
em valvas protéticas contemplam os critérios maiores de Duke esperados na Endocardite Infecciosa.
(C) Sopro novo regurgitativo, febre superior a 37,6 °C e êmbolos sépticos são critérios maiores de Duke e
fecham o diagnóstico de Endocardite Infecciosa.
(D) Um dos achados esperados no exame físico do paciente com valva protética e com suspeita de
Endocardite Infecciosa é o aumento do sopro preexistente, constituindo um dos critérios menores de
Duke.

5 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 15
A.M.S., mulher 63 anos, é admitida na emergência com quadro de desorientação de início há 3 dias, caráter
flutuante e sonolência há pouco mais de 24 horas. Ao exame físico: PA: 100/50 mmHg, FC: 62 bpm, FR: 18
irpm, ACV RCR 2T, AR: MVUA com estertores crepitantes em ambas as bases, abdômen flácido, indolor,
peristáltico, sem visceromegalias palpáveis, MMII com edema frio com cacifo 1+/4+ bilateralmente em porção
distal. Exame Neurológico: MEEM = 17, pares cranianos sem alterações, reflexos tendíneos presentes e
simétricos universalmente, desatenção e pensamento desorganizado. HPP: Doença de Parkinson há 18 meses,
HAS com controle medicamentoso. A respeito do caso, analise as assertivas a seguir.
I- Condições como insuficiência cardíaca, hipóxia, hipercapnia, alterações tireoidianas, infecções,
insuficiência renal e insuficiência hepática devem ser corrigidas, a fim de melhorar o funcionamento
cerebral visto tratar-se de Delírium.
II- Doença de Alzheimer é a principal hipótese devido ao processo degenerativo com acometimento inicial
do hipocampo caracterizado por alterações cognitivas/comportamentais e preservação motora/sensorial
nas fases avançadas.
III- Redução dopaminérgica da Doença de Parkinson também pode comprometer a atenção, as principais
características são lentificação cognitiva, apatia, comprometimento da memória e das funções executivas
desde o início da doença.
IV- Devido à redução da mobilidade da caixa torácica, elasticidade pulmonar, pressão ins e expiratória
máximas, consequente ineficiência de tosse e mobilidade dos cílios do epitélio respiratório, facilita
quadro de pneumonia.
Estão corretas as assertivas
(A) I, III e IV, apenas.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.

QUESTÃO 16
M.A.F., 35 anos, sexo masculino, agricultor, natural e procedente de Jangada (MT), solteiro, foi encaminhado
ao ambulatório do HUJM com queixa de formigamento na perna e pé esquerdo com início há 10 meses e
dificuldade para andar. Refere ainda que notou o aparecimento de algumas manchas não pruriginosas na
mesma perna há 3 anos, as quais estão presentes até o momento. De acordo com o caso apresentado, assinale
a afirmativa correta.
(A) Hanseníase leva a processo inflamatório causado tanto pela ação do bacilo nos nervos, como pela
resposta do organismo à presença do bacilo ou ambos, provocando lesões neurais, levando a
incapacidades e deformidades.
(B) Neuropatia diabética é a complicação mais comum do diabetes, de forma isolada ou difusa, nos
segmentos distais, de instalação aguda ou crônica e a forma mais comum é a neuropatia sensitivomotora
distal assimétrica.
(C) Pitiríase Versicolo é uma micose superficial causada por um fungo, apresenta-se por mudança de cor da
pele, redução da sensibilidade no local da lesão e alteração da cor desta quando exposta ao sol.
(D) A ENMG é o padrão ouro para o diagnóstico do caso em questão e espera-se diminuição da velocidade de
condução, prolongamento das latências distais, bloqueios de condução motora e dispersão temporal do
potencial motor.

6 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 17
J.M., sexo masculino, 67 anos, portador de HAS (uso de enalapril 10 mg 2 vezes ao dia e hidroclorotiazida 25
mg ao dia), dá entrada no Pronto Atendimento hospitalar com história de tosse produtiva há 1 semana,
hiporexia e febre não aferida. Relatou ainda “dor no peito” em pontada na base do hemitórax direito,
principalmente com movimento de inspiração. Reside sozinho em uma comunidade ribeirinha e por isso nega
contactantes sintomáticos respiratórios intradomiciliares. Nega internações ou uso de antibióticos prévios.
Nega cirurgias ou longas viagens recentes.

EXAME FÍSICO: Regular Estado Geral, lúcido e orientado no tempo e espaço, prostrado, cooperativo,
desidratado 2+/4+, anictérico, acianótico, febril (TAX: 38,7 °C). PA: 148/67 mmHg, FR: 33 irmp, sem uso de
musculatura acessória; AR: Murmúrio vesicular reduzido em 1/3 inferior de hemitórax direito, com presença
de estertores crepitantes nesta topografia. Restante do exame físico sem alterações.

RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS:


BIOQUÍMICA E ELETRÓLITOS: glicemia de jejum (88 mg/dL, VR: 60-99mg/dL); Colesterol Total (201 mg/dL, VR:
<200 mg/dL); triglicerídeos (164mg/dL, VR: <150 mg/dL), ureia nitrogenada (58 mg/dL, VR:7-20 mg/dL); sódio
(142, mEq/L VR: 136-146 mEq/L);
HEMOGRAMA (Eritrócitos 5,0×10¹²/L, VR: 4,3-5,6×10¹²/L), hemoglobina (11,9 g/dL, VR: 12-16 g/dL),
hematócrito (35,7%, VR: 36-48%); Leucograma (Leucócitos 13,4×10³, VR: 3,54-9,06×10³), proteína C reativa
(100 mg/L, VR:0,2-3,0 mg/L), lactato (54 mg/dL, VR: 4,5-14 mg/dL).
VR: Valor de referência

Em relação ao caso clínico, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Os achados semiológicos no exame físico de tórax deste paciente incluem frêmito tóraco-vocal
reduzido em 1/3 inferior de hemitórax direito e percussão submaciça ou maciça na área da
consolidação.
( ) De acordo com o CURB-65, este paciente apresenta três fatores de gravidade para complicações na
pneumonia e necessita ser internado na Unidade de Terapia Intensiva para tratamento.
( ) Trata-se de uma pneumonia adquirida na comunidade (PAC) e o manejo terapêutico empírico inclui
iniciar antibioticoterapia venosa com quinolona respiratória associada a um macrolídeo.
( ) Em suspeita de sepse pulmonar, deve-se coletar amostras de hemoculturas, GRAM e culturas do
escarro, quando disponíveis, sempre objetivando confirmar o diagnóstico etiológico antes de iniciar o
antibiótico direcionado ao patógeno.
( ) A radiografia simples de tórax constitui o método de imagem de escolha na abordagem inicial da
pneumonia adquirida na comunidade, pela sua ótima relação custo-efetividade, baixas doses de
radiação e ampla disponibilidade.

Assinale a sequência correta.


(A) V, V, F, V, V
(B) F, V, F, V, F
(C) F, F, V, F, V
(D) V, F, V, F, F

7 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 18
Mulher, 55 anos, branca, obesa, foi admitida no Pronto Socorro com quadro de dispneia aos mínimos esforços, iniciada
há 5 horas, dor torácica ventilatório-dependente à esquerda. No atendimento inicial, apresentava agitação psicomotora,
taquipnêica, baixa saturação de O2. HPP: Terapia de reposição hormonal há 6 meses. Ao exame físico, apresentava FC:
145 bpm, com ritmo regular, FR: 36 ipm, PA: 90/65 mmHg, Sat O2: 88%, Tax: 36,7 °C. A ausculta cardíaca mostrava ritmo
regular, 2T, com hiperfonese de B2 em foco pulmonar, sem sopros. No exame pulmonar, expansibilidade diminuída em
bases, macicez em base esquerda e MV diminuídos difusamente. Abdome sem alterações, edema em MI direito (3+/4+)
com dor a dorso-flexão. Qual assertiva corresponde ao caso clínico em questão?
(A) Suspeita de Tromboembolismo Pulmonar, por obstrução aguda da circulação arterial pulmonar, com redução ou
cessação do fluxo sanguíneo pulmonar, trombose venosa profunda é o evento básico e o Sinal de Homans que
consiste na dorsiflexão do pé sobre a perna e o doente referir dor na massa muscular na panturrilha é o sinal
semiológico esperado.
(B) Bronquiectasia significa dilatação irreversível dos brônquios em consequência da destruição de componentes
alveolares, normalmente acometendo segmentos ou lobos pulmonares difusamente. Ao exame físico, pode-se
observar submacicez ou macicez que é o sinal semiológico explicado pela maior presença de ar nos alvéolos.
(C) A dispneia/ortopneia pode ocorrer associada a sopro holossistólico de alta frequência e mais intenso no foco
pulmonar, com irradiação para a região axilar sendo intensificado com a manobra de “handgrip” que define ↑ RVP;
é encontrada na Insuficiência Mitral Crônica da doença reumática.
(D) Estenose aórtica produz dor torácica acompanhada frequentemente por dispneia, presença de hipertrofia
ventricular esquerda e redução da expansibilidade por dor. ECG e cintilografia pulmonar de ventilação e perfusão
são os métodos não invasivos, classicamente utilizados para este diagnóstico.

QUESTÃO 19
D.E.M., sexo feminino, 33 anos, previamente hígida, deu entrada na emergência do hospital com queixa de dispneia
súbita iniciada há 30 minutos, palpitações e dor torácica em pontada em base de hemitórax esquerdo. Apresentou tosse
seca e escarros hemoptoicos antes da chegada ao hospital. Referiu início do quadro após discussão com o marido por
problemas financeiros e familiares. O esposo quer ter filhos e ela não quer deixar de tomar seus anticoncepcionais, pois
quer terminar a faculdade de contabilidade esse ano. Está para vir ao médico desde semana passada quando notou que
sua perna direita estava ficando mais inchada e vermelha que a esquerda, mas devido à correria entre trabalho e
faculdade, procuraria a UBS quando “tivesse uma folguinha”. Foi levada ao box da sala vermelha, monitorizada e
instalado acesso venoso periférico.
EXAME FÍSICO: Ansiosa, fácie de dor que piora à inspiração profunda, posição antálgica comprimindo o hemitórax
esquerdo, lúcida e orientada no tempo e espaço, taquidispneica (FR: 35 irpm), uso de musculatura acessória, oximetria
digital com saturação 89%, FC: 125 bpm com ritmo sinusal ao monitor cardíaco instalado. Ausculta Pulmonar com
murmúrio vesicular uniformemente audível, sem ruídos adventícios. Aparelho cardíaco com bulhas normofonéticas, em
dois tempos, ritmo cardíaco regular, sem extrassístoles ou sopros. Abdome: plano, peristáltico, flácido, indolor a
palpação superficial e profunda, sem massas, visceromegalias palpáveis ou circulação colateral presente.
Membros inferiores: presença de assimetria dos membros, edemaciado à direita 2+/4+ na perna, presença de calor,
endurecimento e dor na panturrilha direita, pulso pedioso difícil de palpar devido edema em dorso de pé. Membro
inferior esquerdo sem alterações.

Diante do caso clínico, assinale a afirmativa correta.


(A) O sinal semiológico de Homans positivo determina o diagnóstico de trombose venosa profunda em membro
inferior direito e autoriza iniciar antiagregação plena.
(B) O diagnóstico de alveolite pulmonar pós-estresse emocional deve ser considerado frente à história clínica e a
angiotomografia helicoidal de tórax confirmará o diagnóstico.
(C) Deve-se solicitar doppler de membros inferiores para confirmação diagnóstica de trombose venosa profunda e,
somente após o exame, iniciar heparina não fracionada ou de baixo peso molecular.
(D) Os sinais e sintomas clínicos levantam a hipótese principal de tromboembolismo pulmonar e não se deve retardar o
início da anticoagulação plena.

8 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 20
D.J.S., sexo feminino, 42 anos, obesa Grau 1, com relato prévio de 6 episódios de cólicas biliares no último ano
e não conseguiu realizar USG abdominal solicitada na UBS, chega ao Pronto Atendimento do Hospital
Municipal com dor tipo cólica e contínua em andar superior abdominal iniciada há 12 horas, piora progressiva,
associada a náuseas, vômitos e febre com calafrios (Tax 38°C). Notou há 3 dias que “seus olhos e sua pele
estavam ficando amarelados”. EXAME FÍSICO: Mal Estado Geral (MEG); orientada no tempo e espaço; FR: 29
irpm; FC: 112 bpm; PA: 105/72 mmHg; Tax: 38,4 °C; Ictérica 3+/4+, acianótica. AR: MVUA, sem ruídos
adventícios. ACV: RCR, 2T, bulhas normofonéticas, sem sopros ou extrassístoles. Abdome: globoso, extenso
panículo adiposo dificultando palpação; palpação superficial e profunda dolorosa difusamente,
principalmente em hipocôndrio direito, pouco tenso, sem sinais de irritação peritonial, ausência de massas ou
visceromegalias palpáveis. Ausências de abaulamentos ou circulações colaterais. MMII: sem edemas ou
empastamentos. Pulsos simétricos e palpáveis, finos e rápidos. Extremidades aquecidas e perfusão capilar <2
segundos.
De acordo com o caso clínico apresentado, analise as afirmativas abaixo.
I- A principal hipótese diagnóstica é colecistite aguda alitiásica.
II- O diagnóstico e a terapêutica definitivos nesta patologia são obtidos com a colangiopancreatografia
retrógrada endoscópica.
III- O exame físico abdominal desta paciente apresenta o sinal semiológico de Murphy.
IV- Icterícia, febre com calafrios e dor abdominal constituem a Tríade de Charcot e definem a colangite não
supurativa em curso.
V- A colangiorressonância é método complementar de escolha diante da suspeita de obstrução dos ductos
biliares por cálculos de origem biliar.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) I, II, III, IV, V.
(D) II, IV e V, apenas.

Ginecologia e Obstetrícia
QUESTÃO 21

Paciente ANC, 28 anos, Gesta II, Para I (cesárea), chega ao pronto atendimento com idade gestacional de 30
semanas, queixando-se de perda de líquido claro de moderada quantidade que se iniciara há duas horas. Nega
dor e refere movimentação fetal normal. Ao exame físico, apresenta PA 110 x 70 mmHg, temperatura axilar
36,3C, frequência cardíaca 98 bpm. Ao exame obstétrico, apresenta feto único, longitudinal, dorso à
esquerda, FCF 132 bpm. Ao exame especular, saída de líquido amniótico claro em moderada quantidade,
confirmando o diagnóstico de amniorrexe prematura. A paciente foi internada e, após realizar exames,
afastou-se infecção, foi observada boa vitalidade fetal e iniciou-se ciclo de corticoide para maturidade
pulmonar. Diante do exposto, qual a conduta para o caso?
(A) Realizar hemograma e PCR a cada sete dias, ultrassonografia a cada três semanas e programar o parto
para 39 semanas.
(B) Realizar hemograma e PCR a cada cinco dias, ultrassonografia semanal e programar o parto para 32
semanas.
(C) Realizar hemograma, PCR e ultrassonografia diariamente e programar o parto após término do ciclo de
corticoide.
(D) Realizar hemograma e PCR a cada dois dias, ultrassonografia quinzenal e programar o parto para 36
semanas.

9 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 22

Na apresentação fetal, em relação aos pontos de referência e linhas de orientação, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Na apresentação cefálica fletida, o ponto de referência fetal é o lâmbda e a sutura de orientação é a
sutura sagital.
( ) Na apresentação cefálica defletida de primeiro grau, o ponto de referência é a glabela e a linha de
orientação é a sutura sagitometópica.
( ) Na apresentação cefálica defletida de terceiro grau, o ponto de referência é o mento e a linha de
orientação, a facial.
( ) Na apresentação córmica, o ponto de referência é o acrômio e a linha de orientação é o dorso.

Assinale a sequência correta.


(A) V, F, V, V
(B) V, F, F, V
(C) F, V, V, F
(D) F, V, F, F

QUESTÃO 23

Em gestações diagnosticadas clinicamente, 10% a 25% terminam em abortamento. Sobre o assunto, numere a
coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1 - Ameaça de Abortamento ( ) Paciente com sangramento tipo cólica, colo com orifício
interno dilatado em 1 cm, sangramento abundante
2 - Abortamento Inevitável vermelho vivo, ultrassonografia demonstrando saco
gestacional baixo, ao nível do canal endocervical.
3 - Abortamento completo ( ) Sangramento intenso, dor em baixo ventre tipo cólica
persistente, colo entreaberto ao toque vaginal,
4 - Abortamento incompleto ultrassonografia sugerindo presença de restos ovulares.
( ) Sangramento discreto, dor tipo cólica, colo fechado ao toque
vaginal, ultrassonografia demonstrando feto vivo com área
de descolamento no saco gestacional.
( ) Paciente com sangramento em pequena quantidade, indolor
e ultrassonografia demonstrando cavidade uterina vazia.

Assinale a sequência correta.


(A) 4, 2, 1, 3
(B) 4, 2, 3, 1
(C) 2, 1, 3, 4
(D) 2, 4, 1, 3

QUESTÃO 24
A gravidez tubária representa mais de 95% das gestações ectópicas. Assinale a sua localização mais frequente
na tuba uterina.
(A) Intersticial
(B) Fimbrial
(C) Ampular
(D) Ístimica
10 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 25

Paciente CSK, 25 anos, Gesta I, Para 0, com idade gestacional de 31 semanas, em acompanhamento no pré-
natal de alto risco em virtude de crescimento intrauterino restrito. Na consulta atual, traz ultrassonografia
com volume de líquido amniótico reduzido (maior bolsão de 0,5 cm) e Dopplervelocimetria demonstrando
elevada resistência na artéria umbilical com sinais de centralização. A paciente já havia realizado ciclo de
corticoide para maturidade pulmonar com 30 semanas. Qual a conduta para o caso?
(A) Repetir ciclo de corticoide e interrupção da gestação.
(B) Dopplervelocimetria diária e interrupção da gestação com 34 semanas.
(C) Interrupção imediata da gestação.
(D) Dopplervelocimetria diária e interrupção da gestação com 32 semanas.

QUESTÃO 26
Em relação ao ciclo menstrual, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Nas células da granulosa, os androgênios produzidos na teca são convertidos em estrogênios pela
ação da enzima aromatase, mecanismo das duas células.
( ) Os estrogênios têm a propriedade de reduzir os receptores de FSH na granulosa.
( ) Na metade da fase folicular sob a influência do estrogênio, os níveis de LH se elevam juntamente com
seus receptores nas células da teca.
( ) O LH estimulará a produção de estrogênio nas células da teca que inibirá a liberação de FSH pela
hipófise.

Assinale a sequência correta.


(A) V, V, F, F
(B) V, F, V, F
(C) F, F, V, V
(D) F, V, F, V

QUESTÃO 27

Paciente RDS, 48 anos, refere ter sido histerectomizada aos 45 anos por miomatose uterina. Procura o
ambulatório de ginecologia referindo irritabilidade, insônia e fogachos com mais de cinco episódios ao dia,
interferindo nas suas atividades habituais. Quais exames são imprescindíveis para se instituir a terapêutica?
(A) Mamografia, ultrassonografia mamária, glicemia de jejum e lipidograma.
(B) Ultrassonografia de abdome e mamária, glicemia de jejum e avaliação da tireoide.
(C) Mamografia, densitometria, colonoscopia e glicemia de jejum.
(D) Mamografia, Rx de tórax, lipidograma e ultrassonografia transvaginal.

QUESTÃO 28

Paciente ASP, 25 anos, chega ao ambulatório de anticoncepção para iniciar método contraceptivo adequado,
pois refere que há seis meses apresentou quadro de trombose estando internada por sete dias em unidade de
terapia intensiva. O método de escolha para essa paciente é:
(A) Anticoncepcional hormonal oral combinado.
(B) Dispositivo intrauterino de cobre.
(C) Anticoncepcional hormonal oral com progestágeno.
(D) Dispositivo intrauterino hormonal.

11 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 29

Paciente MAG, 51 anos, procura ambulatório de ginecologia referindo sangramento uterino anormal com
início há seis meses, com piora do quadro no último mês. Atualmente refere fraqueza e palpitações. Ao exame
físico, apresenta: PA de 100 x 60 mmHg, hipocorada +++/4+, massa palpável 4 cm acima da sínfise púbica. Ao
exame especular, apresenta colo uterino normal e, ao toque bimanual, aumento de volume uterino. Qual o
melhor diagnóstico para o caso?
(A) Cisto ovariano
(B) Endometriose
(C) Adenomiose
(D) Miomatose

QUESTÃO 30

As vulvovaginites são patologias frequentes no ambulatório de ginecologia. Em relação aos achados do exame
especular, numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1- Tricomoníase ( ) Secreção cervicovaginal mucopurulenta abundante e mucose
cervical friável.
2- Vaginose bacteriana ( ) Corrimento vaginal branco acinzentado com odor fétido
semelhante a peixe podre.
3- Candidíase ( ) Corrimento amarelo esverdeado bolhoso e colo em
framboesa.
4- Gonococcia ( ) Secreção inodora, brancacenta, grumosa e aderente às
paredes vaginais.

Assinale a sequência correta.


(A) 1, 2, 4, 3
(B) 4, 3, 2, 1
(C) 4, 2, 1, 3
(D) 2, 1, 3, 4

Pediatria

QUESTÃO 31
Qual a conduta adequada para avaliação do trato urinário ao confirmar o diagnóstico de uma infecção do
trato urinário em um menino de 3 anos?
(A) Iniciar com Uretrocistografia Miccional. Se normal, manter seguimento clínico. Se alterado, manter
profilaxia antimicrobiana e realizar Ultrassonografia de rins e vias urinárias e Cintilografia Estática e
Dinâmica.
(B) Iniciar com Ultrassonografia de rins e vias urinárias. Se normal, manter seguimento clínico e profilaxia
antimicrobiana. Se alterada, manter profilaxia antimicrobiana e realizar Cintilografia Estática e Dinâmica.
(C) Iniciar com Ultrassonografia de rins e vias urinárias. Se normal, seguimento clínico. Se alterada, manter
profilaxia antimicrobiana e realizar Uretrocistografia Miccional + Cintilografia Estática e Dinâmica.
(D) Iniciar com Ultrassonografia de rins e vias urinárias e Uretrocistografia Miccional. Se ambas normais,
seguimento clínico. Se apresentar refluxo, manter profilaxia antimicrobiana e realizar Cintilografia
Estática. Se apresentar hidronefrose sem refluxo, realizar Cintilografia Estática e Dinâmica + Urografia
Excretora.

12 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 32
Durante visita domiciliar na sua região de atuação da Estratégia de Saúde da Família, o Pediatra foi
questionado sobre o resultado do Teste do Pezinho. Questionam especificamente o resultado da Fenilalanina
que mostra uma dosagem de 15mg/dL (Valor de referência: até 4 mg/dL). A lactente em questão encontra-se
com 1 mês e 10 dias de vida. Qual é a orientação adequada para esse caso?
(A) O exame é normal, não necessitando condutas adicionais.
(B) Encaminhar para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal. Essa dosagem indica, possivelmente, um
caso de Hiperfenilalaninemia Benigna e a dieta a ser instituída é hipoproteica, suplementada por uma
fórmula de aminoácidos isenta de Fenilalanina.
(C) Encaminhar para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal. Essa dosagem indica, possivelmente, um
caso de Fenilcetonúria Leve e a dieta a ser instituída é hipoproteica, suplementada por uma fórmula de
aminoácidos isenta de Fenilalanina.
(D) Encaminhar para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal. Essa dosagem indica, possivelmente, um
caso de Hiperfenilalaninemia Benigna. Deve ser realizado acompanhamento clínico sem necessidade de
dieta específica.

QUESTÃO 33
Mariana nasceu com 2400g e teve uma idade gestacional calculada de 35 semanas. Tem atualmente 16 dias
de vida. Quando se classifica essa recém-nascida em função da idade gestacional, peso ao nascer, e peso ao
nascer por idade gestacional, qual a alternativa adequada para o caso? (utilize a figura abaixo)
(A) Pré-termo; Baixo Peso; Adequado Para a Idade Gestacional.
(B) Pré-termo; Peso Normal; Adequado Para a Idade Gestacional.
(C) Pré-termo; Muito Baixo Peso; Grande Para a Idade Gestacional.
(D) Termo; Baixo Peso; Pequeno Para a Idade Gestacional.

13 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 34
Pedro é um lactente de 8 meses e 15 dias, pesa 9 kg, encontra-se em aleitamento materno e sua alimentação
complementar está sendo oferecida de maneira adequada. Foi um recém-nascido de termo e adequado para
a idade gestacional. É uma criança hígida, com crescimento e desenvolvimento dentro de parâmetros da
normalidade e seu calendário vacinal está em dia. Não faz uso de fórmulas lácteas ou qualquer outro
suplemento ou vitamina. Durante uma consulta de rotina, sua mãe questiona a necessidade de tratamento de
anemia ferropriva visto que seu hemograma indicou Hemoglobina de 12,3 g/dL e Hematócrito de 38%.

Assinale a orientação correta a respeito da oferta de ferro e do estado vacinal adequado para a idade.
(A) Prescrever 1 mg/kg/dia de ferro até completar 24 meses; BCG (1 dose); Hepatite B (1 dose); Penta (3
doses); Poliomielite IM (3 doses); Rotavírus (2 doses); Pneumocócica (2 doses) e Meningocócica C (2
doses).
(B) Prescrever 3 mg/kg/dia de ferro até completar 24 meses; BCG (1 dose); Hepatite B (3 doses); Penta (3
doses); Poliomielite IM (3 doses); Rotavírus (2 doses); Pneumocócica (3 doses); Meningocócica C (2 doses)
e Febre amarela (1 dose).
(C) Prescrever 1 mg/kg/dia de ferro até completar 24 meses; BCG (1 dose); Hepatite B (1 dose); Penta (3
doses); Poliomielite IM (3 doses); Rotavírus (2 doses); Pneumocócica (3 doses) e Meningocócica C (2
doses).
(D) Prescrever 3 mg/kg/dia de ferro até completar 24 meses; BCG (1 dose); Hepatite B (1 dose); Penta (3
doses); Poliomielite IM (2 doses); Poliomelite VO (1 dose); Rotavírus (2 doses); Pneumocócica (2 doses) e
Meningocócica C (2 doses).

QUESTÃO 35
A tuberculose é uma doença altamente prevalente no Brasil, com elevada morbimortalidade nas faixas etárias
pediátricas, principalmente em crianças infectadas pelo HIV, indígenas e em imunodeficientes.
A respeito da tuberculose na infância, analise as afirmativas.
I- Deve-se suspeitar de tuberculose em crianças com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de
antimicrobianos.
II- Febre, tosse produtiva contínua, perda de peso e às vezes hemoptises são as manifestações clínicas mais
frequentes.
III- Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar na infância são adenomegalias
mediastinais, imagens cavitadas de lobos superiores e infiltrados nodulares difusos.
IV- A prova tuberculínica (PPD) consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M.
tuberculosis para medir a resposta imune celular a seus antígenos.
V- A pesquisa do bacilo no escarro é o instrumento mais útil para o diagnóstico.
VI- PPD de 10 mm em criança de 3 anos é diagnóstico de tuberculose latente e tem indicação de tratamento
com isoniazida por 3 meses.

Está correto o que se afirma em


(A) II, III, V e VI, apenas.
(B) I, II, III e IV, apenas.
(C) V e VI, apenas.
(D) I e IV, apenas.

14 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 36
Paciente de 8 anos iniciou há 9 dias quadro de febre moderada, contínua, acompanhada de cefaleia, mialgia
muito importante e prostração. Atendido na Unidade Básica de Saúde, realizou a Prova do Laço que foi
positiva e recebeu diagnóstico de dengue. Foram prescritos analgésicos, hidratação abundante e repouso.
Hoje retorna à Unidade de Saúde e sua mãe relata que a febre desapareceu há 4 dias, mas continua muito
prostrado, desde ontem começou a vomitar, sente dores constantes no abdome e tonturas quando se
levanta.
Ao exame clínico, estava sonolento, normotenso, com boa perfusão periférica, fígado doloroso à palpação e
murmúrio vesicular diminuído em ambas as bases pulmonares.

Resultados dos exames laboratoriais solicitados:


Hemoglobina: 12,5g/dL; Hematócrito: 46%; Leucócitos: 5350/mm3; Neutrófilos: 52%; Linfócitos: 36%;
Eosinófilos: 3%; Plaquetas: 68000/mm3; Albumina: 2,9 g/dL.

Em relação ao caso acima, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Já no primeiro antendimento, a criança apresentava sinais de sangramento oculto, como
evidenciado pela Prova do Laço positiva.
( )
A queda das plaquetas sugere a intensidade da perda de volume para o terceiro espaço e é um
preditor da gravidade.
( ) Essa criança apresenta sinais de alerta de gravidade e achados clínicos que a classificam como
Categoria C.
( ) Deve-se iniciar imeditamente hidratação venosa vigorosa na Unidade Básica de Saúde e encaminhá-
lo a uma unidade de maior complexidade para seguimento .
( ) Como a criança está na segunda semana da doença, já não é mais possível solicitar sorologia
diagnóstica IgM e IgG, que só seriam positivas até o quinto dia.
( ) Como o paciente já está na fase de convalescência da dengue, é provável que o quadro atual seja de
complicação bacteriana, comum nos casos de dengue grave.
Assinale a sequência correta.
(A) V, V, F, F, V, F
(B) V, F, V, V, F, F
(C) F, V, F, F, V, V
(D) F, F, V, V, F, V

QUESTÃO 37
A icterícia própria do recém-nascido (ou icterícia fisiológica) é uma condição clínica em geral benigna e
reversível, mas sua acentuação exagerada pode ser danosa ao organismo. Sobre icterícia fisiológica, analise as
afirmativas.
I- A icterícia fisiológica inicia-se após as primeiras 24 horas de vida.
II- A icterícia fisiológica é mais visível quanto menor for o tecido celular subcutâneo.
III- A circulação enteropática da bilirrubina é um importante contribuinte para a icterícia fisiológica.
IV- Diabetes materno, deficiência de zinco e magnésio podem elevar os níveis de bilirrubina.

Estão corretas as afirmativas


(A) I, II e III.
(B) II, III e IV.
(C) I, II e IV.
(D) I, III e IV.

15 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 38
Paciente de 4 anos, proveniente de zona rural do interior do Mato Grosso, é internado com história de febre e
emagrecimento há 3 meses. Há cerca de um mês foi internado para tratamento de pneumonia por 10 dias,
recebendo antibióticos e duas transfusões de concentrado de hemácias. Após a alta, ainda mantinha febre
diária e emagrecimento e a mãe percebeu aumento do volume abdominal, palidez, apatia e perda do apetite.
Ao exame físico, a criança apresenta panículo adiposo escasso, palidez cutâneo-mucosa de 3+/4+, petéquias
na face e membros inferiores, discreta adenomegalia inguinal. Abdome volumoso, sem ascite, com fígado
palpável a 6 cm da reborda costal direita (RCD) e baço a 8 cm da RCE.

Exames iniciais:

Hemoglobina: 6,4 g/dL VHS 64 mm/1ª hora TGO 104 UI/L


Leucócitos totais: PCR 81 mg/L TGP 132 UI/L
2120/mm3
Neutrófilos 150/mm3 (7%) Albumina 2,1 g/dL GGT 230 UI/L
Linfócitos 1250/mm3 Globulina 4,8 g/dL
(59%)
Eosinófilos 280/mm3
(13%)
Plaquetas 58 000/mm3
Radiografia de tórax: broncopneumonia à esquerda.

Sobre o caso acima, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) O paciente apresenta quadro clínico e laboratorial compatível com o diagnóstico de linfoma,
leishmaniose visceral e paracoccidioidomicose sistêmica.
( ) A hipótese de paracoccidioidomicose é improvável pela ausência de lesões mucosas e pulmonares em
forma de borboleta.
( ) O diagnóstico mais provável é o de linfoma, pois tanto a leishmaniose visceral como a
paracoccidioidomicose são doenças raras na infância.
( ) O mielograma com pesquisa de fungos e parasitas é o exame indicado para fazer o diagnóstico
diferencial.
( ) Resultado positivo da sorologia para leishmaniose visceral (Leishmania sp) em qualquer título
confirma o diagnóstico.
( ) Caso no mielograma sejam encontradas formas amastigotas de Leishmania sp, essa criança tem
leishmaniose visceral com sinais de gravidade e indicação de Anfotericina lipossomal e antibióticos.

Assinale a sequência correta.


(A) F, V, V, V, F, F
(B) V, F, F, V, F, V
(C) F, V, F, F, V, V
(D) V, F, V, F, V, F

16 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
QUESTÃO 39
Na prática diária, o conhecimento das manifestações clínicas e laboratoriais de doenças semelhantes é
fundamental para o diagnóstico e tratamento corretos. Em relação à doença e sua sintomatologia, numere a
coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1- Artrite idiopática juvenil ( ) Úlcera de mucosa, serosites, proteinúria, artrite, anemia
hemolítica, anticorpo anti-Sm e antifosfolípide positivos.
2- Doença reumática ( ) Febre por pelo menos 5 dias, conjuntivite asséptica bilateral,
ressecamento nos lábios, alteração da mucosa oral, edemas
3- Lupus eritematoso sistêmico nas mãos e pés e adenomegalia cervical.
( ) Febre alta diária intermitente por mais de 15 dias, exantema
4- Púrpura de Henoch-Schönlein macular, atrito pericárdico, hepatoesplenomegalia,
monoartrite após algumas semanas, fator reumatoide
5- Doença de Kawasaki negativo.
( ) Artrite migratória, nódulos subcutâneos, cardite e
movimentos involuntários.
( ) Artrite transitória, lesões micro-hemorrágicas palpáveis,
geralmente nas nádegas e membros inferiores que aparecem
em surtos, hematúria.

Assinale a sequência correta.


(A) 1, 3, 2, 5, 4
(B) 3, 5, 1, 2, 4
(C) 2, 3, 4, 1, 5
(D) 3, 4, 1, 2, 5

QUESTÃO 40
Criança de 2 anos é levada ao Pronto Atendimento com quadro de dor nas pernas, na região lombar e
nas mãos que se encontram endemaciadas. Febre baixa não aferida.
Ao exame físico apresenta-se chorosa, não permitindo a mobilização dos membros e das mãos. Palidez
3+/4, escleras ictéricas. Frequência cardíaca: 154 bpm; baço palpável a 4 cm do RCE; edema no dorso das
mãos e dedos, com discreta hiperemia.
Exames laboratoriais iniciais – Hb: 6,5 g/dL; Htc: 19%; VCM: 78; Reticulócitos: 6%; Leucócitos totais:
18.640/mm3 ; Neutrófilos: 48%; Linfócitos: 56%; Eosinófilos: 1%; Plaquetas: 180.000/mm3; Bilirrubinas
totais: 9,0 mg/dL; Bilirrubina Direta: 2,8 mg/dL; Bilirrubina indireta: 6,2 mg/dL; TGO: 40 UI/L; TGP: 51
UI/L.

Em relação ao quadro acima, o diagnóstico mais provável é:


(A) Anemia falciforme em crise de falcização.
(B) Hepatite viral com reação articular.
(C) Anemia ferropriva em paciente com artrite idiopática juvenil.
(D) Leucemia linfoide aguda.

17 de 37 – Revalidação de Diploma de Médico Graduado no Exterior 2018 – UFMT/FM – 2.ª Etapa – Prova Escrita – Caderno A
Medicina da Família e Comunidade e Saúde Coletiva

QUESTÃO 41
A Estratégia de Saúde da Família do Sistema Único de Saúde tem seu foco de atuação na atenção primária à
saúde. A equipe é caracterizada pela multidisciplinaridade de profissionais, que desempenham seu trabalho
dentro dos princípios do Sistema Único de Saúde. Qual princípio se define por meio da abrangência do
território, do número de famílias que agrupam o número de pessoas, das visitas domiciliares e do
cadastramento da população?
(A) Princípio da Multiprofissionalidade com foco nas doenças
(B) Princípio da Adscricão e Territorialização
(C) Princípio da referência e de contrarreferências
(D) Princípio da Territorialização de diagnósticos prevalentes

QUESTÃO 42
João Pedro, 65 anos, veio à consulta na UBS, acompanhado de sua filha gestante que mora com ele. Ela
informou ao médico que o pai, já há 10 dias, queixa-se de estar com simples resfriado, de estar tossindo muito
ao adormecer, uma tosse seca, intensa com ruído inspiratório na forma de guincho, sentindo dores intensas
pelo corpo e vômito. Entretanto, não teve diarreia, dispneia nem febre, sem história prévia semelhante. Foi
diagnosticado com coqueluche. Seguindo orientação do Ministério da Saúde, qual a conduta de profilaxia para
a filha contactante?
(A) Quimioprofilaxia com azitromicina 500mg por dia por cinco dias.
(B) Realizar campanhas vacinais como única ação preventiva à emergência de coqueluche no País.
(C) Quimioprofilaxia com ampicilina sódica a 1000mg por 10 dias.
(D) Reforço em gestantes a partir de 20 semanas.

QUESTÃO 43
Maria Clara, portadora de Hanseníase, encontra-se com PQT/MB. Trouxe seu esposo à UBS para avaliação.
Ele, por ser contactante, precisa fazer o exame físico dermatoneurológico. Após a consulta, encontra-se
assintomático e normal. Com base nesse caso, o acompanhamento do contactante deve se dar em qual
periodocidade, em qual tempo e com qual conduta?
(A) Semestralmente, durante quatro anos e fazer uso de isoniazida 300 mg vo por dia, por 6 meses.
(B) Semestralmente, durante dois anos com reavaliação.
(C) Anualmente, durante três anos e administrar tríplice.
(D) Anualmente, durante cinco anos e administrar BCG.

QUESTÃO 44
Carolina, com diagnóstico recente de Tuberculose Pulmonar já há uma semana, em tratamento com o
esquema RIPE, mãe do RN Afonso, quer amamentar o bebê. Qual é a orientação a ser dada, em relação à
amamentação e à doença?
(A) Não amamentar e iniciar o esquema tríplice ao RN.
(B) Não amamentar e esperar até que a mãe se torne não contagiante.
(C) Iniciar isoniazida no RN e amamentar com máscara.
(D) Aplicar BCG no RN e amamentar com máscara.

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QUESTÃO 45
Mayara, 28 anos, gestante em pré-natal de baixo risco, com acompanhamento no PSF-Santa Efigênia. Em
idade gestacional de 28 semanas, segundo filho, sendo seu último parto há 4 anos. Seu exame obstétrico é
compatível com a idade gestacional, traz cartão de vacinas com esquemas vacinais completos. Observou-se
que a última vacina administrada foi uma dose de reforço de dt, ainda na outra gestação. Com base nesse
caso, considerando o Programa Nacional de Imunização e a atual situação vacinal da gestante, qual a conduta
adequada a ser tomada?
(A) Vacinação de dtpa imediata.
(B) Não necessita de prescrição de vacina.
(C) Administrar até a 30ª semana gestacional a dose de reforço de dtpa.
(D) Prescrever vacinação de dtpa antes de 15 dias da data prevista do parto.

QUESTÃO 46
Soledade, moradora do Bairro Pinheiros do Céu, trouxe seu filho Mário de 3 anos para consultar no PSF do
bairro. Relata que a criança está com diarreia há 6 dias, 3 a 4 episódios/dia, grande volume, sem muco ou
sangramento, sem relatos de náuseas ou vômitos. Ela amamentou Mário até os 9 meses, amamentação
exclusiva, cartão de vacinas completo. No exame clínico, a criança encontra-se desidratada, olhos fundos sem
lágrimas e diurese diminuída; ao exame físico, apresenta abdômen distendido e hipertimpânico, RHA
aumentado e indolor à palpação, a genitália perianal com presença de dermatite. No exame laboratorial de
coprologia funcional: presença de substâncias redutoras, ausência de leucócitos e pH fecal 4,5. De acordo
com o preconizado pelo Ministério da Saúde, qual a conduta terapêutica para esse caso?
(A) Hidratação em domicílio, oferecendo mais líquido que o habitual.
(B) Encaminhar referência para hidratação venosa e avaliação da diurese.
(C) Soro de reidratação oral, administrado de 4h, na UBS.
(D) Orientação alimentar domiciliar.

QUESTÃO 47
A Lei N.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, “Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área
da saúde e dá outras providências”. Quanto a essa lei, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação
de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
(B) A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada três anos com a representação dos vários segmentos sociais,
para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de
Saúde.
(C) As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento
definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
(D) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.

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QUESTÃO 48
Cristiane, mãe de Roberto e Rogério, gêmeos de 6 meses de idade, procura atendimento no PSF de seu bairro,
porque ela notou que os meninos são diferentes e está muito preocupada. Informa que fez o pré-natal na
unidade sem nenhuma intercorrência e não teve qualquer problema no parto. Rogério foi o primeiro a nascer,
e logo nasceu Roberto. Ela diz que Rogério é muito esperto, sustenta a cabeça, consegue seguir as pessoas
com o olhar, já senta com apoio, segura os brinquedos com as mãozinhas. Roberto sustenta a cabecinha
apenas por alguns minutos, não senta mesmo apoiado, mas reage ao som e é muito sorridente, consegue
observar um rosto muito proximamente a sua mãozinha, mas não consegue segurar os brinquedos. A partir
dessas informações, qual a orientação a ser dada à mãe dos bebês?
(A) Explicar à mãe que mesmo gêmeos podem ser diferentes.
(B) Atendimento ambulatorial por conta do atraso no desenvolvimento dos gêmeos.
(C) Dar o diagnóstico de um estado neurológico avançado.
(D) Referência a uma avaliação neuropediátrica.

QUESTÃO 49
Paulo, 57 anos, mecânico, tem histórico de antecedentes pessoais de diabetes há poucos meses, também um
histórico de bebida alcoólica, e, às vezes, faz uso de drogas. Há dias vem sentindo fraqueza e muitas dores nas
pernas, reclama que o simples toque provoca dores intensas, que lhe causam insônia. Diz que a dor se parece
com algo que lhe queima as pernas, anda muito irritado, com dificuldades de concentração, redução da libido
e dores abdominais. Ao exame físico, apresenta sudorese e com tremores nas extremidades. Sinais vitais: FC
90, FR 22, PA 160x100 mmHg e temperatura de 37,20 oC. Qual é a neuropatia de Paulo?
(A) Intoxicação por Chumbo
(B) Uso abusivo de álcool
(C) Hipovitaminose E
(D) Diabetes Mellitus

QUESTÃO 50
Ao estudar um sistema de saúde, costuma-se dividi-lo em níveis de atenção. Sobre os níveis de atenção no
sistema brasileiro de saúde, assinale a afirmativa correta.
(A) A atenção terciária é a “porta de entrada” do SUS, tendo como objetivo a “Prevenção e Promoção”, com
resolutividade aproximada de 85 a 90% dos casos quando bem realizada.
(B) A atenção secundária no Brasil, no SUS, é feita pela Estratégia de Saúde da Família e alguns Centros de
Saúde remanescentes.
(C) O conceito de “atenção primária” surgiu na conferência internacional sobre cuidados primários de saúde,
realizada em Alma Ata (ex URSS), em setembro de 1978.
(D) A atenção primária é responsável pelo atendimento de maior “tecnologia bruta”, onde se tem os maiores
gastos em virtude do uso de instrumentos de maior custo.

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PARTE II – QUESTÕES DISCURSIVAS

Clínica Cirúrgica

QUESTÃO 01
T.X., 65 anos, com colecistectomia agendada. A pressão arterial é 230/120 mmHg e o pulso, 60 bpm.
Apresenta os seguintes exames: Hematócrito= 38%, Na = 140 mmol/L e K= 2,7 mmol/L. Refere que está em
uso das seguintes medicações: propranolol e hidroclorotiazida.
A partir das informações dadas, responda aos itens.
(I) - Como deve ser feita e quais critérios devem ser considerados para a correta avaliação clínica pré-
operatória desse paciente? (Valor: 1,0 ponto)
(II) - Quais exames complementares devem ser solicitados, minimamente, para a correta avaliação desse
paciente? Justifique e fundamente cientificamente sua resposta. (Valor: 1,0 ponto)
(III) - Considerando os critérios hemodinâmicos e/ou pressóricos desse paciente, qual é a orientação /
conduta correta em relação à realização do procedimento proposto? Justifique e fundamente
cientificamente sua resposta. (Valor: 2,0 pontos)
(IV) - Qual deve ser a correta monitorização transoperatória para esse paciente? (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÃO 02
Paciente feminina, 34 anos, moradora em zona rural, procura atendimento médico por estar “sentindo cansaço severo”
que a impede de trabalhar “como antes”, sentindo “palpitações” nos últimos seis meses. Tonsilites estreptocócicas de
repetição. Exame físico: pressão arterial de 110 x 60 mmHg; frequência cardíaca de 118 batimentos por minuto; sopro
diastólico em foco mitral, rude (++/4+); estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares, discreta dor à palpação
profunda em hipocôndrio direito; edema perimaleolar bilateralmente (+/4+). Submetida a eletrocardiograma em seis
derivações (abaixo).

Considerando a história clínica e o eletrocardiograma, responda aos itens.


(I) - Qual o diagnóstico semiológico completo atual? (Valor: 1,5 ponto)
(II) - Qual a classe funcional dessa paciente, segundo a classificação NYHA (New York Heart Association)? (Valor: 0,5
ponto)
(III) - Cite 2 (dois) aspectos eletrocardiográficos patológicos evidentes no exame acima. (Valor: 0,5 ponto).
(IV) - Cite o tipo de tratamento cirúrgico indicado (Valor: 0,5 ponto) e os critérios para a sua indicação (Valor: 2,0
pontos).

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Clínica Médica

QUESTÃO 03
O TSH é o principal regulador da função tireoidiana, a biossíntese e a liberação de T3 e T4 são controladas por
mecanismos reguladores tipo feedback negativo que mantêm constante a síntese, o estoque e os níveis dos
hormônios no sangue.

A partir das informações dadas, responda aos itens.


(I) - Faça um esquema do retrorregulação hormonal do eixo Hipófise-Hipotálamo-Tireoide. (Valor: 2,0
pontos)
(II) - Identifique, nesse esquema, as alterações decorrentes da tireoidite de Graves desse eixo. (Valor: 2,0
pontos)
(III) - Cite 4 (quatro) principais manifestações clínicas associadas à tireoidite de Graves. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÃO 04
Paciente C.A.M, feminino, 42 anos, foi levada por seu esposo ao pronto atendimento do Hospital Municipal com queixa
de cefaleia intensa difusa associada a náuseas e vômitos e iniciada há 2 horas. Ela descreve a dor como "a pior dor de
cabeça da minha vida" e afirma que começou de repente, após uma discussão com a filha por problemas familiares. A
cefaleia não teve melhora mesmo após tomar 2 comprimidos de 500mg de dipirona e a intensidade da dor agravou-se.
Nega qualquer trauma, esforço físico intenso, alterações visuais, fotofobia ou crise convulsiva, mas afirma “estar
sentindo o corpo quente”, iniciado minutos depois da precipitação da cefaleia e está muito preocupada em ser febre.
Nega qualquer problema médico significativo pregresso. Nega qualquer cirurgia anterior e faz uso há 12 anos de
contraceptivos orais. Afirma trabalhar como atendente de telemarketing e nega uso de drogas ilícitas, tabagismo ou
etilismo. Religião católica, mas não frequenta a igreja.
EXAME FÍSICO:
Regular estado geral, levemente ansiosa, inquieta, lúcida e orientada no tempo e espaço, desidratada 1+/4+, corada,
Tax: 37,2°C. O pulso é regular (85 bpm), a PA é 150/85 mmHg (que ela afirma estar mais alto que o habitual), e a FR é 20
irpm. Neurológico: Escala de Coma de Glasgow 15, pupilas pequenas, de 2 mm, isocóricas e fotorreagentes. A força
motora e os reflexos profundos são simétricos e sem clônus. Os olhos estão normais, com movimentos extraoculares
normais e sem fotofobia ou nistagmos. Fundoscopia: normal. Nenhuma nodulação é detectada no exame do pescoço,
mas apresenta leve rigidez de nuca. Exames do aparelho respiratório, cardíaco, abdominal sem alterações. As análises
de hemograma, eletrólitos, bioquímica e a análise da urina são normais.
Realizou tomografia computadorizada de crânio sem contraste (imagem abaixo).

De acordo com o caso clínico, responda aos itens.


(I) - Cite 2 (duas) manobras do exame neurológico que devem ser executadas em suspeita de irritação meníngea.
(Valor: 1,0 ponto)
(II) - Em caso de não possuir o exame de imagem disponível em seu pronto atendimento, como proceder à
investigação para confirmação diagnóstica? (Valor: 1,5 ponto)
(III) - Qual a principal hipótese diagnóstica para o caso descrito? (Valor: 1,0 ponto)
(IV) - Considerando os dados clínicos e radiológico disponíveis, cite 3 (três) diagnósticos diferenciais. (Valor: 1,5
ponto).

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Ginecologia e Obstetrícia

QUESTÃO 05
Esquematize o fluxograma de diagnóstico de Diabetes Mellitus gestacional em situação de viabilidade
financeira e disponibilidade técnica total, conforme orientações do Ministério da Saúde do Brasil. (Valor: 5,0
pontos)

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QUESTÃO 06

Descreva a classificação BI-RADS® (4.ª edição) em relação aos achados da mamografia, ultrassonografia e
ressonância magnética. (Valor: 5,0 pontos)

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Pediatria

QUESTÃO 07
A asma é uma doença inflamatória das vias respiratórias, que se caracteriza por obstrução reversível dessas
vias. É doença crônica muito comum na infância e motivo frequente de atendimento em unidades de Pronto
Atendimento.

A partir das informações dadas, responda aos itens.

(I) - Cite 5 (cinco) sinais de crise asmática grave. (Valor: 2,5 pontos)
(II) - Esquematize a sequência de tratamento da asma aguda grave na unidade de atendimento. No caso de
medicações, cite a via de administração. (Valor: 2,5 pontos)

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QUESTÃO 08
Criança do sexo masculino, 9 anos completos, está sendo avaliada no ambulatório da Unidade de Atenção
Básica. O escolar apresenta 45 kg e 140 cm de altura.

Utilizando as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS), responda aos itens.
(I) - Estabeleça o diagnóstico nutricional dessa criança em função de Peso, Altura e Índice de Massa corporal
(IMC). (Valor: 3,0 pontos)
(II) - Cite 3 (três) orientações gerais a serem feitas à família e à criança em função desse diagnóstico. (Valor:
2,0 pontos)

Curvas de crescimento da OMS

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Medicina da Família e Comunidade e Saúde Coletiva
QUESTÃO 09
Dione, 25 anos, grávida de 3 meses, foi ao PSF Jardim das Flores fazer pré-natal. Na consulta com a médica de
família, ela referiu ter tido tratamento adequado de sífilis primária há mais de 4 anos. O exame solicitado de
VDRL deu positivo de 1/128.
A partir das informações dadas, responda aos itens.
(I) - Explique o diagnóstico. Pertence a algum grupo ou síndrome? (Valor: 1,0 ponto)
(II) - Considerando o exposto, seria reação cruzada, doença atual, infecção pregressa ou cicatriz sorológica?
Justifique. (Valor: 2,0 pontos)
(III) - Quais seriam as devidas condutas? (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÃO 10
Dona Renata Najura procurou a UBS responsável pelo seu bairro para consultar-se com a médica dra.
Jaqueline Fasta. Dona Renata é manicure, relatou que, durante seu trabalho, tinha notado uma “mancha mais
branca” em seu braço direito. Notara também que tinha queimado essa “mancha enquanto cozinhava há 10
dias e não tinha sentido nada na mancha”. Negou traumas físicos prévios no MSD. Relatou também que seu
falecido pai (morreu de “infarto fulminante” há 05 anos) tinha tratado de “lepra” há cerca de 06 anos. Refere
que nunca casou e sempre morou com os pais. Dra. Jaqueline percebeu, ao exame físico da Dona Renata, uma
lesão hipocrômica com ausência de pelos, sensibilidade térmica, tátil e dolorosa praticamente ausentes,
localizada no antebraço anterior direito. Também notou os nervos ulnar direito e auricular posterior direito
espessados na paciente.

Após análise do caso, responda aos itens.


(I) - Qual é o diagnóstico mais provável? Qual é a sua classificação (operacional)? Trata-se de uma doença
a ser notificada? Justifique. (Valor: 2,0 pontos)
(II) - Descreva o tratamento (medicamentos, dose, prazo) para esse caso. (Valor: 3,0 pontos)

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COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

1)
Na intubação seletiva e ventilação monopulmonar à esquerda ocorre o efeito
shunt no pulmão direito, condição na qual os alvéolos pulmonares à direita são
perfundidos normalmente com sangue, porém não são ventilados, acarretando
em atelectasia pulmonar à direita. A diminuição da área de trocas gasosas no
pulmão atelectasiado leva ao aumento da pressão arterial parcial de gás carbô-
nico. Já o efeito espaço morto acontece quando a ventilação no pulmão é maior
que a perfusão.

2)
a) Na técnica de Bassini o assoalho inguinal enfraquecido é fortalecido através da
sutura do tendão conjunto e o arco músculo aponeurótico do transverso no liga-
mento inguinal.
b) O reparo de McVay pode ser utilizado para o reparo de hérnias inguinais ou
femorais. Realiza-se uma incisão da fáscia transversal na região do triângulo de
Hesselbach para acesso ao espaço pré-peritoneal e exposição do ligamento pec-
tíneo (ligamento de Cooper). O tendão conjunto é então suturado ao ligamento
de Cooper do tubérculo púbico lateralmente até a borda da bainha femoral ao
cruzar o ligamento de Cooper.
c) Na técnica de Andrews (também denominada de técnica do jaquetão/Bassini
modificada), o funículo fica acima da aponeurose do oblíquo externo. Os tempos
são iguais ao Bassini, porém altera no fechamento da parede posterior. A fáscia
do oblíquo externo não se aproxima ao ligamento inguinal.
d) Na técnica de Zimmerman realiza-se a sutura da fáscia transversalis à cinta ile-
opectínea, iniciando-se no nível do púbis e terminando na borda do anel inguinal
interno.
O ligamento de Gimbernat é sinônimo de ligamento lacunar, consiste na extre-
midade medial do ligamento inguinal que passa inferiormente ao funículo esper-
mático e se fixa a fáscia pectínea próximo ao tubérculo púbico.

3)
As fases da cicatrização seguem a sequência inflamatória (exsudativa), prolifera-
tiva e maturação. A fase exsudativa é a primeira a acontecer, dura aproximada-
mente 3 dias. Os principais componentes dessa fase são o aumento da perme-
abilidade vascular e o recrutamento celular. A epitelização (também chamada
de migração) refere-se à proliferação de células basais e migração de células
epiteliais que ocorrem na ponte de fibrina dentro de um coágulo. A fase seguin-
te, fibroblástica, consiste em proliferação de fibroblastos, acúmulo de substância
fundamental e produção de colágeno. Os fibroblastos são transformados a partir
de células mesenquimais locais e estão geralmente presentes na ferida em 24
horas e predominam no décimo dia de pós-operatório. A última fase é a de ma-
turação, fase em que ocorre remodelamento de colágeno, contração da ferida e
repigmentação.
4)
A hemisecção medular é caracterizada pelo déficit motor e da propriocepção ip-
silateral à lesão, além da perda da sensibilidade térmica e dolorosa contra-lateral.
A perda de motricidade está relacionada ao acometimento do trato corticoespi-
nhal, relacionado ao controle motor, e a perda de sensibilidade, ao trato espino-
talâmico, relacionado a sensibilidade tátil, temperatura e dor.

5)
a) O protocolo ACERTO não preconiza preparo para cirurgias colônicas pois o
preparo mecânico do cólon espolia o paciente, principalmente o idoso, com rela-
ção a hidratação e eletrólitos. Em decorrência disso costuma-se elevar o volume
de hidratação com líquidos cristaloides no perioperatório.
b) Preconiza-se que o controle álgico no pós-operatório seja realizado preferen-
cialmente sem o uso de opioides sistêmicos. Os mesmos podem ser utilizados
por outras vias, sobretudo, as via peridural, seja através de cateteres para analge-
sia implantados no momento da anestesia (analgesia por cateter peridural), seja
a analgesia controlada pelo paciente através da infusão por bombas de PCA.
c) Recomenda-se evitar o excesso de líquidos intravenosos no perioperatório. A
sobrecarga hídrica tem demonstrado elevar a morbidade e mortalidade opera-
tórias. A oferta excessiva de fluídos endovenosos, sobretudo soluções cristaloides
com sobrecarga de sódio, tem demonstrado relação com ganho de peso, forma-
ção de edema, dificuldade na cicatrização das anastomoses, deficiência de fato-
res de coagulação, aumento na permanência hospitalar, diminuição da função
intestinal e complicações cardio-pulmonares.
d) Quanto a dieta no pós-operatório, inicia-se precocemente. Nos casos de ci-
rurgias com anastomose gastrintestinal, entero-entérica, entero-cólica e colorre-
tal se o paciente não estiver apresentando vômitos, dieta líquida é oferecida no
mesmo dia da operação, caso contrário, inicia de rotina no primeiro dia pós-ope-
ratório, não sendo necessário a presença de ruídos hidroaéreos.

6)
a) A rapidez e o grau de elevação da pressão intra-ocular no glaucoma de ângu-
lo fechado determinam os sintomas. Os pacientes podem apresentar sintomas
como: alteração visual, halos em volta das luzes, cefaleia, dor ocular de forte in-
tensidade, náuseas ou vômitos.
b) No descolamento da retina pode haver criação de imagens irregulares de for-
mas negras flutuantes (moscas) ou cintilações de luz, visão pode ficar embaçada
ou perda de visão periférica.
c) O macroadenoma de hipófise pode levar à compressão do quiasma óptico,
levando a perda de campo visual.
d) A síndrome de Behçet é uma vasculite sistêmica. A uveíte é uma característi-
ca dominante desta síndrome.
7)
a) A epistaxe parece ter uma distribuição etária bimodal, com a maioria dos
casos ocorrendo antes dos 10 anos de idade ou entre os 45 e os 65 anos de idade.
b) Há variação sazonal, com predominância nos meses de inverno. Fatores
sazonais que afetam a epistaxe incluem a incidência de infecções do trato respi-
ratório superior, rinite alérgica e alterações
c) na mucosa associadas a flutuações de temperatura e umidade.As hemor-
ragias nasais anteriores são de longe as mais comuns. Uma grande proporção é
autolimitada e pode ser gerenciada definitivamente no cenário da atenção pri-
mária. Até 90% envolvem a área do plexo de Kiesselbach.
d) Se uma fonte de sangramento anterior for visualizada, o tratamento de pri-
meira linha consiste em cauterização química ou elétrica.

8)
A epifisiólise proximal do fêmur é o descolamento do fêmur proximal, que pode
ser agudo, subagudo ou crônico. A cabeça do fêmur fica no acetábulo e o fêmur
desloca-se anterior e lateralmente. Costuma se manifestar com claudicação e dor
no quadril, coxa e ou joelho. Nem sempre há trauma evidente antecedendo, e,
quando este ocorre, pode ser trauma leve. Crianças com epifisiólise proximal do
fêmur têm perda da rotação interna do quadril e obrigatoriamente da rotação ex-
terna com flexão do quadril. O tratamento é cirúrgico.

9)
O quadro clínico da paciente descreve sintomas de cistite aguda, a E. coli é a
bactéria mais comum causadora de cistite (75 a 95% dos casos). Febre, calafrios,
rigidez e outros sinais de doença sistêmica não são compatíveis com o diagnósti-
co de cistite aguda simples e aumentam a possibilidade de pielonefrite ou outra
complicação da ITU. Cistite entre mulheres é extremamente comum. A menor
distância do ânus à uretra provavelmente explica por que as mulheres correm
maior risco de infecções do trato urinário (ITUs) do que os homens. Entre mulhe-
res saudáveis, os fatores de risco para cistite incluem relações sexuais recentes e
história de ITU. Outras comorbidades, como diabetes mellitus e anormalidades
estruturais ou funcionais do trato urinário, também podem aumentar o risco de
cistite.

10)
O quadro clínico apresentado é sugestivo de TCE com possibilidade de hemorra-
gia associada (Glasgow 6, hematoma em couro cabeludo, pupila esquerda dila-
tada e não fotorreagente). Para questões de conduta em trauma segue sempre a
sequência do algoritmo ABCDE do ATLS, com necessidade de assegurar via aé-
rea (Glasgow 6) e avaliação com tomografia de crânio e Inter consulta com Neu-
rocirurgião.
11)
Alternativa 1 – falsa. Paciente previamente hígido evoluindo com quadro de cefa-
leia progressiva e quadro de alteração comportamental, precedendo os episódios
convulsivos. É imperativo descartar causas infecciosas, metabólicas e/ou estrutu-
rais inicialmente. Pacientes com epilepsia por esclerose mesial de lobo temporal
costumam ter convulsões desde a adolescência e, caracteriza-se por episódios
focais e, a associação com quadros comportamentais psiquiátricos não está com-
pletamente elucidada. Os achados clássicos de RNM são esclerose hipocampal e
atrofia hipocampal com aumento do sinal em T2.
Alternativa 2- verdadeira. A encefalite herpética deve ser suspeitada em pacientes
com quadro agudo neurológico (alteração de consciência, déficits focais, hemi-
paresias, ataxias ou convulsão) e febre. O LCR costuma mostrar pleocitose linfocí-
tica e aumento de proteínas. O achado de lesão na RNM em lobo temporal é for-
te evidência de encefalite herpética. Nesse contexto, são diagnósticos diferenciais
encefalites virais de outras etiologias, outras infecções por herpes-vírus. O padrão
ouro é a realização de PCR para detecção de herpes-virus no LCR.
Alternativa 3 – Dentro dos diagnósticos diferencias de encefalite por herpes- vírus
entram as demais encefalites virais, incluindo as arboviroses. Nesse subgrupo, a
dengue é considerada a arbovirose mais prevalente. O diagnostico pode ser com-
provado por sorologia, cultura ou PCR no LCR. Alternativa correta.
Alternativa 4 – Paciente com alteração do nível de consciência e cefaleia, tem
quadro possivelmente de origem central. Deve inicialmente ser submetido à
TC de crânio e LCR para avaliar possíveis etiologias infecciosas e tumorais, bem
como realização de bioquímica sérica para exclusão de encefalopatias metabóli-
cas. Alternativa incorreta.

12)
a) A hipótese de LES não pode ser descartada, podend a paciente apresentar o
quadro de SAF secundária. Entretanto, dentro do quadro clínico de LES, as ma-
nifestações cutâneas são mais frequentes ( encontradas em 75% ) e, os quadros
articulares ocorrem em aproximadamente 60% dos pacientes. Além disso, a al-
ternativa segue incorreta ao descrever a hipertensão pulmonar como complica-
ção mais comum. A HAP é vista em 4% dos pacientes. Já a síndrome do pulmão
encolhido ocorre em aproximadamente 6% dos pacientes e, não está associada a
HAP, mas sim à miopatia/ miosite do diafragma. Alternativa incorreta.
b) Pacientes com PTI costumam ser assintomáticos e, na presença de sin-
tomas, encontramos pacientes com sangramentos e fadiga, normalmente. A
presença de púrpura de membros inferiores + TVP + abortamento precoce tem
como principal hipótese SAF. Alternativa incorreta.
c) Pacientes com linfoma de Hodgkin normalmente são portadores de linfade-
nopatias assintomáticas. Na presença de sintomas, podemos documentar sinto-
mas B, caracterizados por febre + perda ponderal + sudorese noturna. Alternativa
incorreta.
d) Paciente com antecedente de TVP + perda gestacional precoce ( antes de 12
semanas ) + lesão purpurica em MMII é quadro compatível com SAF. Para confir-
mação diagnóstica, deve-se realizar mensuração repetida ( Com intervalo de 12
semanas) de anticorpos anticardiolipina IgM e IGG e anticoagulante lupico.
13)
a) Paciente jovem com quadro de hipertensão refrataria ao tratamento insti-
tuído e com a tríade clássica de feocromocitoma ( cefaleia + sudorese + taquicar-
dia). Além disso, a hipótese de hipertensão relacionada a síndrome de ansiedade
deve ser diagnóstico de exclusão. Alternativa incorreta.
b) Pacientes com feocromocitoma podem desenvolver cardiomiopatia por
excesso de catecolaminas, comportando-se igualmente a Takotsubo. O paciente
em questão deve ter excluídas outras causas para hipertensão secundaria, entre-
tanto, o quadro é classicamente associado ao feocromocitoma. Alternativa incor-
reta.
c) Paciente com hipertensão de características secundárias ( paciente jovem,
com descontrole pressórico), evoluindo com a tríade clássica de feocromocitoma
( cefaleia + sudorese + taquicardia) e, surgimento de cardiomiopatia secundaria
ao estresse por catecolaminas ( cardiomiopatia de Takotsubo). Nesse caso, para o
diagnóstico, deve-se realizar a dosagem de catecolaminas plasmática e urinaria e
TC de abdome para localização de tumor. Alternativa correta.
d) A estenose de artérias renais é causa secundaria de hipertensão e, deve ser
excluídas quando iniciamos a investigação de possível causa secundária. Para a
identificação de estenose de artérias renais, procede-se o USG com doppler de
artérias renais e, não o USG de vias urinarias. Alternativa incorreta

14)
a) O ETT ( ecocardiograma transtoracico) aumenta a chance de diagnostico de
endocardite infecciosa (EI) em pacientes com prótese valvar, entretanto, quando
comparado ao ETE ( ecocardiograma transesofagico), tem menor sensibilidade
(17-36% e 86-92%, respectivamente). Alternativa incorreta.
b) Para o diagnostico definitivo de EI, paciente deverá apresentar 2 critérios
maiores ou 1 critério maior e 3 critérios menores ou 5 critérios menores. São consi-
derados critérios maiores para o diagnóstico de EI: hemocultura positiva ( 2 resul-
tados positivos em hemocultura para microrganismos típicos OU hemocultura
persistentemente positiva) e envolvimento endocárdico (vegetação em ecocar-
diograma OU abscesso OU deiscência parcial nova de valva protética ou ainda
novo sopro valvar). Alternativa correta.
c) Conforme dito anteriormente, são critérios maiores de Duke ( hemoculturas
positivas e envolvimento endocárdico). Entre os critérios menores, destaca-se: fe-
bre superior a 38°C, predisposição ( uso de drogas endovenosas, lesão valvar pré-
via ou prótese valvar), fenômenos vasculares ( embolia arterial, infarto pulmonar
séptico, aneurisma micótico, hemorragia intracraniana, hemorragia conjuntival
ou lesões de Janeway), fenômenos imunológicos ( glomerulonefrite, nódulos de
osler, machas de Roth e fator reumatoide positivo), microbiologia positiva ( que
não se enquadram nos critérios maiores). Alternativa incorreta.
d) Caracterização de novo sopro ou piora de sopro conhecido é critério maior
de Duke para o diagnostico de EI. Alternativa incorreta.
15)
Alternativa I – para a caracterização do delirium, faz-se necessário o encontro de
distúrbio de atenção desenvolvido em poucas horas a dias , associado a alteração
cognitiva, sendo a causa não associada a patologia preexistente conhecida. Nes-
se contexto, faz-se fundamental, em quadros de delirium a pesquisa de possíveis
fatores predisponentes. Trata-se de etiologia comum para delirium, causas meta-
bólicas, infecciosas, medicamentosas, eventos vasculares agudos, falência orgâ-
nica ( incluindo insuficiência cardíaca, falência hepática, doenças pulmonares e
renais). Alternativa correta.
Alternativa II – O quadro é de estado confusional agudo. Trata-se de delirium.
Para a caracterização de demência de Alzheimer, deveríamos encontrar paciente
com déficit cognitivo progressivo e crônico, com alteração de memoria recente.
Alternativa incorreta.
Alternativa III – as alterações cognitivas na doença de Parkinson costumam com-
prometer o individuo com doença avançada. A fisiopatologia da demência na
doença de Parkinson não está completamente elucidada. Entretanto, correlacio-
na-se com perda de neurônios colinérgicos e redução de atividade colinérgica,
podendo também ocorrer com o aumento de drogas anticolinérgicas. Alternativa
incorreta.
Alternativa IV – Na patogênese do desenvolvimento da pneumonia, são fatores
predisponentes relacionados ao hospedeiro: idade avançada, presença de doen-
ças pulmonares crônicas, doenças associadas a macroaspiaracao (alteração do
nível de consciência), condições imunossupressoras ( Diabetes, HIV, transplan-
tados). Todos os fatores listados associam-se a disfunção respiratória. Alternativa
correta.

16)
a) A hanseníase é doença infeciosa causada pelo Mycobacterium leprae e en-
volve pele e nervos periféricos. O diagnostico deve ser suspeitado na presença de
lesões cutâneas com perda de sensibilidade. Nas formas crônicas, as deformida-
des podem ser encontradas. Alternativa correta.
b) A neuropatia diabética é a complicação mais comum dos pacientes com
doença prolongada. A polineuropatia simétrica distal é a forma mais comum e,
caracteriza-se por comprometimento sensitivo-motor distal em “luvas e botas”.
Alternativa incorreta.
c) A pitiríase versicolor é infecção fúngica caracterizada por hipo ou hiperpig-
mentação cutânea ou ainda, pela presença de maculas eritematosas em tronco
e extremidades superiores. Caracteristicamente, a sensibilidade está preservada.
Alternativa incorreta.
d) Para o paciente em questão, em que a principal hipótese é hanseníase, o
diagnostico será realizado através de biopsia das lesões e PCR. Alternativa incor-
reta.
17)
Alternativa 1 – falsa. Paciente da questão apresenta tosse produtiva + febre + dor
pleurítica + ausculta pulmonar sugestiva de consolidação em 1/3 inferior de he-
mitórax direito. Nessa condição, encontramos aumento do frêmito tóraco-vocal e
macicez a percussão.
Alternativa 2 – De acordo com o CURB-65, definimos os seguintes critérios de
gravidade no tratamento da pneumonia adquirida na comunidade: confusão
mental, ureia > 20mg/dL, frequência respiratória ³ 30 irpm, pressão arterial (
blood pressure) com sistólica < 90mmHg ou diastólica ≤ 60mmHg e idade ³ 65
anos. Pacientes com 3 a 5 critérios devem ser tratados em ambiente hospitalar.
O paciente preenche 3 critérios de gravidade, devendo ser internado para trata-
mento. Alternativa incorreta.
Alternativa 3 – O paciente do enunciado apresenta indicação para tratamento
em ambiente hospitalar. Não apresenta o paciente, entretanto, risco para pseu-
domonas e, portanto, poderá receber quinolona respiratória associada a macroli-
deo. Alternativa correta.
Alternativa 4 – em pacientes com sepse pulmonar, preconiza-se coleta de he-
moculturas e cultura de secreção com realização de GRAM e, em casos de maior
gravidade, realizar também testes sorológicos para detecção de pneumonia por
Legionella. Entretanto, tais medidas não devem atrasar o inicio da antibioticote-
rapia. Alternativa incorreta.
Alternativa 5 – em pacientes com suspeita de quadro respiratório infeccioso
pneumônico, realiza-se a radiografia de tórax para exclusão de complicações e,
para confirmação radiológica do quadro. Trata-se de exame de melhor custo be-
neficio. Alternativa correta.

18)
a) Paciente da questão evolui com dispneia aguda. Apenas com essa informa-
ção, deveríamos considerar como principal hipótese o tromboembolismo pul-
monar (TEP). Para aumentar a suspeita diagnostica, o caso é referido em mulher
obesa com inicio precoce de reposição hormonal que chega com dispneia súbita,
dessaturacao, taquicardia e hipotensão. Há ainda, ausculta sugestiva de hiperten-
são pulmonar. E, a presença de edema unilateral de membro inferior direito com
dor a dosi-flexão ( sinal de Homans positivo), fornece mais dados para a confirma-
ção diagnóstica. Alternativa correta.
b) Pacientes com bronquiectasias costumam ter quadros crônicos de tosse
produtiva. O quadro costuma caracterizar-se por evolução a meses ou anos. Es-
tertores são comuns nos pacientes. Alternativa incorreta.
c) Na insuficiência mitral, há sopro holossistólico, apical com irradiação p/ axila,
timbre aumentado, aumenta de intensidade c/handgrip, B1 hipofonética / pre-
sença de B3 (sobrecarga de volume)/ e desdobramento de B2. Alternativa incor-
reta.
d) A estenose aórtica sintomática costuma cursar com dispneia, sincope e
angina aos esforços. Esses sintomas são encontrados em pacientes com doença
crônica e, marcam pior prognostico. O diagnostico é estabelecido através de eco-
cardiograma. Alternativa incorreta.
19)
a) A presença de sinal de Homans positivo é altamente sugestivo de trombose
venosa profunda, devendo ser confirmado por USG doppler de membro inferior,
entretanto, em paciente com quadro sugestivo de tromboembolismo pulmonar
e sinal clínico de TVP, o tratamento está autorizado, devendo ser realizado com
anticoagulação plena. E, o exame confirmatório na questão é a angioTC de tórax.
Alternativa incorreta.
b) Paciente em questão evolui com dispneia súbita e empastamento de pan-
turrilha. O diagnostico mais provável é tromboembolismo pulmonar. E, tratando-
-se de paciente de alto risco, de acordo com o escore de Wells, a angiotomografia
de tórax com protocolo para artéria pulmonar poderá confirmar o diagnostico.
Alternativa incorreta.
c) Paciente com alta probabilidade para TEP de acordo com o escore de Wells,
portanto, devera ser submetida a angioTC de artéria pulmonar. Alternativa incor-
reta.
d) Tratando-se de dispneia súbita e empastamento de panturrilha em pacien-
te taquicárdica e taquipneica, a principal hipótese é TEP e, a paciente deverá ser
anticoagulada imediatamente. Alternativa correta.

20)
I - Errada. A principal hipótese para o caso é a Colangite aguda.
II - Correto. A tríade de Charcot é caracterizada pela icterícia, febre e dor em hi-
pocôndrio direito. Segundo a diretriz da American Society of Gastrointestinal
Endoscopy, a CPRE é indicada em situações como no caso, paciente ictérico com
suspeita de obstrução biliar (manobras terapêuticas apropriadas devem ser reali-
zadas durante o procedimento) e coledocolitíase
III - Errado. Para verificar se há um sinal de Murphy, o paciente é solicitado a ins-
pirar profundamente, enquanto o examinador palpa a área da fossa da vesícula
biliar logo abaixo da borda do fígado. A inspiração profunda faz com que a vesí-
cula biliar desça em direção aos dedos examinadores, pressionando-os, o que,
em pacientes com colecistite aguda, comumente leva a um aumento do descon-
forto e ao paciente recuperando o fôlego. Não há descrição desta manobra no
enunciado da questão, apenas de dor abdominal à palpação.
IV - Correto. A tríade de Charcot é caracterizada pela icterícia, febre e dor em hi-
pocôndrio direito.
V - Correto. A colangrioRM é o método de escolha para avaliar paciente com sus-
peita para coledocolitíase.
21)
Trata-se de diagnóstico de Ruptura Prematura de Membranas Ovulares pré-ter-
mo. Como o enunciado não revela nenhuma urgência ou suspeita de infecção, a
conduta deve ser conservadora. O monitoramento materno é feito por controle
diário de sinais vitais e controle laboratorial periódico para sinais infecciosos. No
caso do feto, é feito controle clínico (movimentação fetal, batimento cardíaco fe-
tal diários e, em alguns casos, perfil biofísico fetal) e ultrassonográfico, com inter-
valo a depender da vitalidade fetal.
a) Errada. O controle laboratorial para controle infeccioso deve ser feito a cada
48h e a ultrassonografia deve ser pelo menos quinzenal. Ademais, o tempo para
resolução da gestação deve ser com 34 ou 36 semanas, a depender da referência,
ou se houver alguma intercorrência que necessite antecipação do parto.
b) Errada. O controle laboratorial para controle infeccioso deve ser feito a cada
48h e, na ausência de intercorrências, o parto deve ser programado com 34 ou 36
semanas, a depender da referência.
c) Errada. Não há benefício em realizar controle diário laboratorial, pois aumenta
custos e acarreta procedimentos desnecessários para paciente, e a o intervalo en-
tre as ultrassonografias deve ser diminuído apenas se necessário. Ademais, sem
indicação clínica ou obstétrica, deve-se programar o parto para 34 ou 36 sema-
nas, a depender da referência.
d) Correta. O controle laboratorial deve ser feito a cada 48h, ultrassonografia com
intervalo de duas semanas e programação de parto após maturidade pulmonar
com 36 semanas (algumas referências, como o ACOG, advogam que o parto deve
ser programado com 34 semanas)

22)
Primeira afirmativa - Errada. Nas apresentações cefálicas fletidas, o ponto de refe-
rência fetal é o occipício (fonte: Trat. de Obstetrícia da FEBRASGO, 2018), sendo o
lâmbda o ponto de reparo. A linha de orientação é a sutura sagital.
Segunda afirmativa - Errada. Nas apresentações cefálicas defletidas de primeiro
grau o ponto de referência é o “bregma”. A linha de orientação é a sutura sagito-
metópica.
Terceira afirmativa - Correta. Nas apresentações cefálicas defletidas de terceiro
grau o mento é o ponto de referência e a linha deorientação é a linha facil.
Quarta afirmativa - Correta. Nas apresentações córmicas, o ponto de referência é
o Acrômio e a linha de orientação o dorso
Não há alternativa para esta questão, portanto é passível de recurso.
23)
Ameaça de abortamento - ocorre sangramento, normalmente discreto, com colo
fechado. À ultrassonografia, é possível observar feto vivo, com batimentos cardía-
cos presentes e geralmente área de descolamento do saco gestacional.
Abortamento inevitável - sangramento está ativo na maioria das vezes e pode es-
tar associado a cólicas em baixo ventre. O colo encontra-se dilatado e, em alguns
casos, o material já está no canal cervical.
Abortamento completo - normalmente o diagnóstico é realizado após um epi-
sódio de sangramento que não está ativo no exame especular e, ao toque, o colo
está impérvio. Ao realizar ultrassonografia, não se observa embrião ou saco ges-
tacional, mas material heterogêneo com eco endometrial menor que 2cm (consi-
derando-se a cavidade uterina “vazia”).
Abortamento incompleto - o colo pode estar impérvio ou entreaberto com ou
sem cólica. É possível observar sangramento, não necessariamente ativo e, à
ultrassonografia, observa-se conteúdo heterogêneo com ecoendometrial > 2cm
(sugestivo de restos ovulares).

A ordem das afirmativas cujas descrições mais se adequam aos quadros clínicos
está na alternativa D

24)
a) Errado. A gestação intersisticial, de elevada morbidade, representa aproxima-
damente 2,4 a 4,7% das gestações ectópicas.
b) Errado. Apenas 11,1% das gestações ectópicas localizam-se na porção fimbrial
da tuba.
c) Correto. A gestação tubária ampolar corresponde a 70% dos casos de gestação
ectópica, portanto, localização mais frequente;
d) Errado. Apenas 12% dos casos localizam-se na região ístmica.

25)
A questão apresenta um caso de Restrição de Crescimento Intra Uterino (RCIU)
precoce com oligoâmnio. Em ultrassonografia obstétrica com Dopplervelocime-
tria, há aumento da resistência vascular na artéria umbilical, entretanto, não há
discriminação deste valor ou se há diástole zero ou reversa. Embora o enunciado
diz ter “sinais de centralização”, não especifica o exame da Artéria Cerebral Média,
tampouco exame de Ducto Venoso, que são determinantes para definir o segui-
mento deste feto. Trata-se de conduta controversa, com divergências na literatu-
ra e tema de discussão entre especialistas da área. Os protocolos mais recentes
não levam em consideração o volume de líquido amniótico e, pelos dados expos-
tos, seria possível controle de vitalidade até 34 semanas (ACOG Practice Bulletin
n. 204, Fev. 2019), neste caso a resposta mais adequada seria a alternativa B. En-
tretanto, em “Zugaib Obstetríca - 3º edição, 2016”, a alternativa C estaria correta,
pois nesta referêcia, RCIU com oligoâmnio é indicação de resolução da gestação
a partir da viabilidade.
26)
Primeira afirmativa - Verdadeira. Segundo a teoria das duas células, o colesterol é
convertido em androstenediona e testosterona (androgênios) na célula da teca e
estes são convertidos em estrogênio, pela ação da enzima “aromatase”, na célula
da granulosa.
Segunda afirmativa - Falsa. O ciclo menstrual é controlado por mecanismos de
feedback. Na metade da fase folicular, o aumento da secreção do FSH estimula
a produção de estradiol que, por sua vez, age por feedback negativo no hipotála-
mo e na hipósfise levando à diminuição do FSH circulante, entretanto, o estradiol
não exerce ação direta sobre o número de receptores de FSH. Porém, se consi-
derarmos que o FSH age por feedback sobre os próprios receptores e o estradiol
diminui a secreção de FSH pela hipófise, esta alternativa pode ser considerada
correta. (Speroff et al., “Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertility” - Eighth
Edition, 2010)
Terceira afirmativa - Falsa. Durante a metade da fase folicular, o aumento na
secreção de estradiol diminui a secreção de FSH e LH por meio de feedback ne-
gativo. Com o aumento progressivo da produção de estradiol pela célula da gra-
nulosa ocorre o pico deste hormômio cerca de 24h antes da ovulação, já na fase
tardia do período folicular, o que leva a uma inversão do feedback, que passa de
negativo para positivo e precede o pico de LH e FSH. Portanto, a elevação de LH
devido o estradiol ocorre apenas no final da fase folicular, e não no meio. (Speroff
et al., “Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertility” - Eighth Edition, 2010).
Terceira afirmativa - Falsa. O LH, ao se ligar aos seus receptores nas células da
teca, estimula a conversão de colesterol e androgênios.
Se considerarmos a segunda afirmativa correta, a resposta seria a alternativa A.
Caso contrário, não há alternativa possível.

27)
a) Correta. a Terapêutica hormonal (TH) eleva o risco de Câncer de mama, portan-
to, a avaliação da mama, principalmente por meio da mamografia, é imprescin-
dível para início da terapêutica. Sabe-se também que a TH via oral pode elevar os
níveis de triglicerides, portanto, é recomendável a mensuração destes antes de
iniciar a terapêutica. Embora o TH possa melhorar os níveis de colesterol (aumen-
to do HDL e diminuição LDL), é recomendável o perfil lipídico para avaliar risco
cardiovascular. A TH parece diminuir o risco de diabetes tipo 2, entretanto, o diag-
nóstico desta doença é necessário a fim de estimar o risco cardiovascular para
definir a terapêutica mais indicada.
b) Incorreta. A ultrassonografia de abdome e avaliação da tireóide não entram na
propedêutica para definir TH.
c) Incorreta. Densitometria óssea e colonoscopia não são imprescindíveis para
avaliar possibilidade de TH.
d) Incorreta. O RX de tórax não traz nenhuma informação relevante para TH. Em-
bora útil para avaliação de ovários, não há necessidade de ultrassonografia trans-
vaginal, principalmente em paciente histerectomizada.
28)
a) Incorreta. Os anticoncepcionais orais combinados têm como contraindicação
absoluta histórico de trombose, uma vez que aumentam o risco de tromboem-
bolismo.
b) Correta. O DIU de cobre não age por ação hormonal, portanto, não aumenta o
risco de tromboembolismo. Ademais, é um método seguro e eficáz com menor
risco entre as demais alternativas.
c) Incorreta. Embora tenha efeito mínimo nos fatores de coagulação, a progeste-
rona isolada oral não é a melhor opção para a paciente.
d) Incorreta. Como descrito na alternativa C, o DIU de cobre é o método mais se-
guro para paciente em questão.

29)
a) Incorreta. Cisto ovariano não é diagnóstico diferencial para sangramento uteri-
no anormal e o exame físico não é sugestivo.
b) Incorreta. O quadro clínico é incompatível com este diagnóstico, que é marca-
do por dor pélvica crônica, dispareunia e infertilidade, não por sangramento ute-
rino anormal.
c) Incorreta. Trata-se de um diagnóstico possível, uma vez que pode cursar com
sangramento uterino anormal em 40-50% dos casos e aumento do volume ute-
rino em 30%. Entretanto, o quadro clínico é mais sugestivo de miomatose, pois,
além de ter maior prevalência, mais comumente apresenta massa palpável (o
mioma, propriamente dito), equanto a miomatose apresenta aumento difuso do
útero, que dificilmente ultrapassa o tamanho equivalente a 12 semanas de gesta-
ção.
d) Correta. O caso descrito apresenta sintomas clássicos da miomatose uterina.

30)
Afirmativa 1 - a secreção mucopurulenta abundante associado a cervicite é classi-
camente descrita para definir a gonorréia vaginal.
Afirmativa 2 - a vaginose bacteriana tem como característica corrimento branco
acizentado com odor fétido, normalmente após contato com meio básico, sem
achados sugestivos de irritação da mucosa (vaginite ou cervicite).
Afirmativa 3 - embora o corrimento amarelo esverdeado bolhoso possa causar
confusão com gonorréia, o “colo em framboesa” é tipicamente usado para carac-
terizar a tricomoníase.
Afirmativa 4 - corrimento em “leite coalhado” (esbranquiçado e grumoso), aderi-
da às paredes vaginais e inodoro é clássico de candidíase
A ordem correta das afirmações de acordo com os exames físicos descrito é 4, 2,
1, 3: alternativa C
31)
A- Incorreta. A uretrocistografia miccional (UCM) é um exame invasivo com admi-
nistração de contraste iodado intravesical que avalia a coluna, uretra, alterações
na bexiga e demonstra a presença de refluxo vesicoureteral (RVU). Está reservada
para pacientes que apresentam alteração na ultrassonografia (USG) de rins e vias
urinárias e/ou na cintilografia com DMSA.
B- Incorreta. USG de rins e vias urinárias é o primeiro exame a ser realizado após o
primeiro episódio de infecção do trato urinário (ITU). Caso venha alterado, a crian-
ça deve ser submetida a UCM e cintilografia renal com DMSA. Caso venha nor-
mal, a criança deve receber apenas acompanhamento clínico, sem necessidade
de profilaxia com antimicrobianos.
C- Após o 1o episódio de ITU confirmada em crianças, independente da idade ou
sexo, é necessário realizar investigação com exames de imagem para detectar
possíveis alterações morfofuncionais do trato urinário. A USG de rins e vias uriná-
rias é o 1oexame a ser solicitado pois não é invasivo nem tem radiação. Seu objeti-
vo é detectar as má formações e pode ser realizado a qualquer momento a partir
do diagnóstico de ITU. Quando normal, a criança deve apenas receber acompa-
nhamento clínico, sem necessidade de maiores investigações. Quando alterado,
a criança deve ser submetida a UCM e cintilografia renal com DMSA, sendo que
este último exame é o padrão ouro para identificação de cicatrizes renais.
A profilaxia em pacientes com ITU é muito controversa e várias condutas podem
ser seguidas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), crianças
com ITU de repetição e que tem o trato urinário normal, porém com disfunção
miccional devem receber profilaxia com antimicrobianos por 3 a 6 meses, até
que as disfunções sejam corrigidas. Crianças com RVU de 3o grau ou mais e
crianças que já possuem cicatrizes renais também devem receber a profilaxia.
Pacientes com obstruções como estenose da junção uretero pélvica devem rece-
ber profilaxia até que ocorra a cirreçao cirúrgica. As drogas comumente usadas
na profilaxia da ITU são a cefalexina, nitrofurantoína e o sulfametoxazol-trime-
topim.
D- O 1o exame a ser realizado é a USG de rins e vias urinárias. A UCM só deve ser
realizada em pacientes com USG e/ou cintilografia alterados. Não são todas as
crianças com RVU que necessitam de profilaxia. Ela deve ser feita em crianças
com RVU de 3o grau ou mais.
Referências:
1- Infecção do trato urinário. Documento científico do departamento de nefrolo-
gia da SBP. Dezembro, 2016
32)
A- Incorreta. O rastreamento neonatal para fenilcetonúria é o modo mais eficaz
de diagnosticar a a doença. O sangue deve ser coletado entre 48h e 5 dias de
vida, após o início da dieta proteica. Resultados positivos para aumento da con-
centração de fenilalanina sérico requerem investigação em centros especiali-
zados conforme recomenda o Programa de Triagem Neonatal do Ministério da
Saúde.
B- Incorreta. Quando ocorre alteração no teste do pezinho com presença de
quantidade elevada de fenilalanina, a criança deve ser encaminhada para centro
de referência para avaliação diagnóstica. A suspeita de hiperfenialanina transi-
tória benigna é feita com valores de tirosinemia entre 4 e 10 mg/dl. No caso em
questão a suspeita é de fenilcetonúria, e o lactente deve ser rapidamente avalia-
do para evitar danos ao SNC.
C- Correta. A criança apresenta aumento nos níveis séricos de fenilalaninas e deve
ser encaminhada para serviço de referencia para ser investigada.
Existem 3 formas de apresentação metabólica distintas de acordo com o grau de
atividade da enzima fenilalanina hidroxilase:
1-Fenilcetonúria clássica: atividade enzimática praticamente inexistente, inferior a
1%, com níveis séricos de fenilalanina >20mg/dl.
2-Fenilcetonúria leve: atividade enzimática de 1 a 3% e níveis séricos de fenilalani-
na entre 10 e 20mg/dl.
3-Hiperfenilalaninemia benigna transitória ou permanente: atividade enzimática
superior a 4% e níveis séricos de fenilalanina entre 4 e 10mg/dl.
Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento a ser instituído é uma dieta com baixo
teor de fenilalanina e suplementada com fórmulas isentas de fenilalanina.
D- Incorreta. Os valores de fenilalanina entre 10 e 20mg/dl sugerem fenilcetonúria
leve, e a criança deve ser encaminhada para centro de referencia para realizar o
diagnóstico e rapidamente iniciar o tratamento.
Referências:
1- Protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas. Fenilcetonuria. Ministério da Saude.
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-fenilcetonuria-li-
vro-2013.pdf
33)
A- Correta. Pré-termo é todo RN que nasce antes de completar 37 semanas de
gestação. Baixo peso é aquele RN que nasce com peso< 2.500g, independente de
sua idade gestacional. A adequação entre peso e idade gestacional é calculada
através de um gráfico. São considerados adequados para a idade gestacional as
crianças com peso entre percentil 10 e percentil 90 para determinada idade ges-
tacional.
B- Incorreta. O RN é pré-termo pois nasceu antes de completar 37 semanas de
gestação e seu peso é adequado para a idade gestacional pois está entre o per-
centil 10 e 90. No entanto é baixo peso pois tem p<2.500g.
C- Incorreta. O RN é pré-termo pois nasceu antes de completar 37 semanas de
gestação. Seria considerado muito baixo peso se tivesse peso ao nascer <1.500g.
Seria considerado grande para a idade gestacional se estivesse acima do percen-
til 90 de peso em relação a idade gestacional.
D- Incorreta. O RN é considerado termo quando nasce entre 37 semanas comple-
tas e até menos de 42 semanas. Seria considerado pequeno para idade gestacio-
nal se seu peso estivesse abaixo do percentil 10 em relação a sua idade gestacio-
nal.
Referencias:
1- Manual de neonatologia da secretaria de estado da saúde. Agosto/2015
34)
A- Correta. De acordo com o manual de condutas do Programa Nacional de
Suplementação de Ferro do Ministério da Saúde, toda a criança que nasceu de
termo e recebeu até os 6 meses de vida leite e materno exclusivo, deve a partir
da introdução alimentar (por volta dos 6 meses) iniciar suplementação de ferro
profilática. Essa suplementação é feita com 1mg/kg/dia de ferro elementar até os
2 anos de idade. Em 2018 a Sociedade Brasileira de Pediatria publicou uma nova
diretriz onde a suplementação de ferro elementar para bebes de termo e em
aleitamento materno exclusivo deveria ser antecipada e iniciada a partir dos 3
meses de vida.
As vacinas que uma criança de 8 meses já deve ter recebido, de acordo com o
programa nacional de imunização são:
BCG e hepatite B ao nascer; pentavalente (hepatite B, Hib, difteria, tétano e co-
queluche), rotavírus, VIP (poliomielite inativada) e pneumocócica 10-valente aos 2
meses de vida; vacina conjugada meningocócica C aos 3 meses de vida; pentava-
lente, pneumocócica 10-valente, VIP e rotavírus aos 4 meses de vida; meningocó-
cica C aos 5 meses de vida; pentavalente e VIP aos 6 meses de vida.
B- Incorreta. O lactente não apresenta anemia ferropriva e necessita apenas da
suplementação profilática de ferro, que é feita com 1mg/kg/dia de ferro elemen-
tar. A dose de ferro elementar para tratamento da anemia ferropriva em crianças
menores de 2 anos deve ser feita com 3mg/kg/dia de ferro elementar.
A vacina pentavalente é composta por hepatite B, Hib, difteria, tétano e coque-
luche e é feita aos 2, 4 e 6 meses. A vacina pneumocócica é aplicada atualmente
aos 2, 4 e 12 meses de vida.
C- Incorreta. A dose de ferro elementar para profilaxia de anemia ferropriva é de
1mg/kg/dia e deve ser feita dos 6 aos 24 meses.
A vacina pneumocócica é aplicada desde 2016 aos 2, 4 e 12 meses.
D- Incorreta. O lactente não apresenta anemia ferropriva e necessita apenas da
suplementação profilática de ferro, que é feita com 1mg/kg/dia de ferro elemen-
tar. A dose de ferro elementar para tratamento da anemia ferropriva em crianças
menores de 2 anos deve ser feita com 3mg/kg/dia de ferro elementar. As 2 pri-
meiras doses de vacina contra poliomielite devem ser feitas com a vacina inativa-
da VIP.
Referencias:
1- http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21019f-Diretrizes_Consenso_so-
bre_anemia_ferropriva-ok.pdf
2- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_suplementacao_ferro_con-
dutas_gerais.pdf
3- PNI (programa nacional de imunização) 2019-02-11

35)
A- A alternativa II está incorreta. A tuberculose na criança se manifesta com sin-
tomas inespecíficos, algumas vezes pode ser até assintomática. Classicamente
cursa com febre, perda de peso e tosse persistente que pode ser ou não produti-
va e que não tem intervalos de piora, evoluindo sempre para piora do padrão. A
hemoptise não é um evento comum em crianças.
A alternativa III é incorreta. O achado radiológico mais frequente é a doença do
complexo primário, caracterizada por condensação similar à radiografia de pa-
ciente com pneumonia, associada a linfonodos aumentados no hilo pulmonar ou
abaixo da carina. A presença de cavitações na radiografia é um evento raro.
A alternativa V é incorreta. O instrumento mais útil para o diagnóstico em crian-
ças é o escore proposto pelo Ministério da Saúde. A pesquisa do BK no escarro
deve ser feita sempre que possível, mas tem baixa positividade.
A alternativa VI é incorreta. Em crianças que receberam a vacina BCG há mais de
2 anos, nunca vacinados ou imunossuprimidos, considera-se positivo valores de
PPD ≥ 5mm. Nessa situação, de acordo com o fluxograma do Ministério da Saú-
de, a conduta vai depender dos sintomas e da presença ou não de alteração na
radiografia de tórax. O tempo de tratamento com isoniazida é de 6 a 9 meses.
B- A alternativa II está incorreta. A tuberculose na criança se manifesta com sin-
tomas inespecíficos, algumas vezes pode ser até assintomática. Classicamente
cursa com febre, perda de peso e tosse persistente que pode ser ou não produti-
va e que não tem intervalos de piora, evoluindo sempre para piora do padrão. A
hemoptise não é um evento comum em crianças.
A alternativa III é incorreta. O achado radiológico mais frequente é a doença do
complexo primário, caracterizada por condensação similar à radiografia de pa-
ciente com pneumonia, associada a linfonodos aumentados no hilo pulmonar ou
abaixo da carina. A presença de cavitações na radiografia é um evento raro.
C- A alternativa V é incorreta. O instrumento mais útil para o diagnóstico em
crianças é o escore proposto pelo Ministério da Saúde. A pesquisa do BK no es-
carro deve ser feita sempre que possível, mas tem baixa positividade.
A alternativa VI é incorreta. Em crianças que receberam a vacina BCG há mais de
2 anos, nunca vacinados ou imunossuprimidos, considera-se positivo valores de
PPD ≥ 5mm. Nessa situação, de acordo com o fluxograma do Ministério da Saú-
de, a conduta vai depender dos sintomas e da presença ou não de alteração na
radiografia de tórax. O tempo de tratamento com isoniazida é de 6 a 9 meses.
D- A alternativa I está correta. A tuberculose pode comprometer diversos órgãos,
sendo o mais comum o comprometimento pulmonar. Na criança a doença se
manifesta de maneira inespecífica, com sintomas que se confundem com infec-
ções próprias da infância. Os sintomas mais importantes são perda de peso, tosse
persistente e febre. Portanto é mandatório considerar o diagnóstico de tubercu-
lose para crianças que tem o diagnóstico de pneumonia e não apresentam me-
lhora dos sintomas com a terapia correta. Esse critério é inclusive um dos itens do
sistema de pontos do Ministério da Saúde para diagnóstico de tuberculose em
crianças.
A alternativa IV é correta. A prova tuberculínica consiste na inoculação intradér-
mica de um derivado proteico purificado do M. tuberculosis para medir a respos-
ta imune celular a estes antígenos. É usada em adultos e crianças para identificar
a infecção latente e em crianças para realizar o diagnóstico através do escore de
sinais/sintomas.
Refêrencias:
1- Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4a. ed. Barueri, SP: Ma-
nole, 2017. Seção de Infectologia. Capítulo 24. Tuberculose
36)
1a afirmativa é verdadeira. A prova do laço é um teste que evidencia sangramen-
to provocado pela seguinte técnica: Verificar a pressão arterial e calcular o valor
médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então
100+60=160, 160/2=80; então, a média de pressão arterial é de 80 mmHg.
Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adul-
tos e três minutos em crianças.
Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de
petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais
petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de
possíveis petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos.
A 2a afirmativa é falsa. A plaquetopenia representa o distúrbio de coagulação. A
perda de volume para o 3o espaço é avaliada pelo aumento do hematócrito.
A 3a afirmativa é verdadeira. A criança está prostrada, com vômitos, dor abdomi-
nal e sonolência, diminuição do murmúrio vesicular em bases (derrame pleural),
aumento do hematócrito e hepatomegalia. O grupo C, de acordo com a manual
do ministério da Saúde, tem as seguintes caracteristicas:
Grupo C
Sinais de alarme presente e sinais de gravidade ausentes
• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
• Vômitos persistentes.
• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
• Hipotensão postural e/ou lipotimia.
• Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
• Sangramento de mucosa.
• Letargia e/ou irritabilidade.
• Aumento progressivo do hematócrito.
A 4a afirmativa é verdadeira. Para o paciente da classe C deve-se iniciar rapida-
mente hidratação endovenosa e, como se encontra numa Unidade Básica de
Saúde, solicitar rapidamente a transferência para um centro de maior complexi-
dade.
A 5a afirmativa é falsa. A sorologia deve ser solicitada a partir do 5o dia de doen-
ça, que é quando se torna detectável. O NS1, que é o teste rápido, é o exame que
deve ser solicitado até o 5o dia de doença.
A 6a. afirmativa é falsa. A dengue pode ocorrer em 3 fases clínicas: febril, crítica e
de recuperação (convalescença). A fase febreil dura de 2 a 7 dias com febre alta
(39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às mialgias, às
artralgias e a dor retroorbitária. Exantema pode ocorrer, assim como diarreia e
vômitos. Após a fase febril a maioria dos pacientes se recupera.
A fase critica está presente nos pacientes que evoluem com as formas graves da
doença. Começa com o fim da febre e é acompanhada pelo surgimento dos sin-
tomas e sinais de alarme. É nessa fase que o paciente em questão se encontra.
A fase de recuperação ocorre após a fase critica e é quando o paciente começa a
rebsorver o volume extravasado gradualmente e evolui com melhora clinica.
Referencia:
1- Dengue: diagnóstico e manejo clinico. Adulto e criança. Ministério da Saúde,
2016
37)
Afirmativa I: Icterícia patológica é toda aquela que se inicia antes das primeiras
24h de vida do RN e deve prontamente ser investigada. A fisiológica geralmente
se inicia em 24 a 48h de vida.
Afirmativa II: Quanto mais tecido adiposo tiver o RN, mais evidente será a icterícia
pois a bilirrubina se difunde melhor em tecidos gordurosos.
Afirmativa III: A circulação enteropática é responsável pela reabsorção da bilirru-
bina que foi eliminada no intestino, recolocando na corrente sanguínea.
Afirmativa IV: São causas maternas que aumentam os níveis de bilirrubina no RN:
diabetes materno, deficiência de zinco e magnésio, uso de ocotocina, diazepam,
bupivacaína e betametasona.
Referência:
1.Atenção à Saúde do Recém-Nascido. Guia para os Profissionais de Saúde. Volu-
me 2. Ministério da Saude, 2014.
2.José Lauro Araujo Ramos. Icterícia do recém-nascido: Aspectos atuais. Rev. Fac.
Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 4, n. 1-2, p. 17-30, 2002

38)
A criança apresenta um quadro prolongado de febre, emagrecimento e caquexia.
Vem de zona rural e no exame físico apresenta sinais clínicos de anemia, adeno-
megalia e hepatoesplenomegalia. Esse quadro pode ser compatível com linfoma,
com calazar (leishmaniose visceral) e com paracoccidioidomicose.
A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica com evolução insidiosa. A
maioria dos casos no Brasil se encontram na região centro-oeste, São Paulo, Pa-
raná, Rio Grande do Sul e Rondônia. A forma juvenil ou subaguda da doença é
caracterizada por uma evolução rápida, com ampla disseminação do fungo a
múltiplos órgãos e sistemas. A maioria
Dos pacientes apresenta envolvimento do sistema fagocítico-mononuclear, des-
tacando-se a presença de linfadenomegalia localizada ou generalizada e hepato-
esplenomegalia, além de manifestações digestivas, lesões cutâneas (ou de mu-
cosas), envolvimento osteoarticular. Raramente há comprometimento pulmonar.
Febre, perda de peso, anorexia e emagrecimento acompanham com frequência
o quadro clínico.
A Paracoccidioidomicose tem incidência nas zonas endêmicas de até 1-3 casos/
100 mil habitantes/ano. A leishmaniose visceral tem incidência de 1,55 casos/
100mil habitantes, sendo que desses, 40% são em crianças menores de 10 anos. O
linfoma em crianças tem incidência anual de 0.032 casos novos por 100 mil habi-
tantes/ano.
O mielograma é o melhor exame para fazer o diagnóstico diferencia entre as do-
enças, pois pode detectar a presença do parasita, fungo ou de células neoplásicas
se houver infiltração medular.
Os tíitulos da sorologia de leishmaniose podem persistir positivos por longos perí-
odos. Assim, a positividade de um teste na ausência de sintomas não autoriza o
tratamento nem confirma o diagnóstico. A visualização das formas amastigotas
do parasita faz o diagnóstico de certeza e o tratamento com anfotericima liposso-
mal deve ser prontamente iniciado pois trata-se de um quadro grave.
Referencias:
1-II consenso Brasileiro de Paracoccidioidomicose 2017
2-http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/apresentacao/simposio-lv/3._francis-
co_edilson_ferreira_lima_ jr._cenarios_da_lv_e_perspectivas.pdf
3- Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4a. ed. Barueri, SP: Ma-
nole, 2017. Seção de onco-hematologia. Capítulo 5. Linfoma na infancia e adoles-
cência
4- Guia de Vigilancia epidemiológica. Ministério da Saude, 2017

39)
A artrite idiopática juvenil engloba as atrites ccronicas, ou seja, aquelas com mais
de 6 semanas de evolução. Tem 7 tipos de inicio diferentes e o que está carac-
terizado na questão é o inicio sistemico, que ocorre com febre alta diária inter-
mitente por mais de 2 semanas, exantema macular, serosite (atrito pericárdico),
hepatoesplenomegalia, poliartrite inicialmente com monoartrite após algumas
semanas e nos exames laboratoriais o fator reumatoide é negativo.
A Doença ou Febre reumática é uma doença inflamatória que ocorre como ma-
nifestação tardia de uma faringoamigdalite causada por estreptococo beta he-
molítico do grupo A. É caracterizada pelos critérios maiores e menores de Jones,
onde é possível encontrar: artrite (geralmente poliartrite) migratória assimétrica,
cardite reumática, coréia, nódulos subcutâneos e eritema marginado.
O Lupus eritematoso sistêmico juvenil é definido pela presença de 4 dos 11 cri-
térios: rash malar, rash discoide, fotossensibilidade, úlceras orais, serosite, artrite,
alterações renais, alterações neurológicas, alterações hematológicas, alterações
imunológicas (anti-DNA, anti-SM, anticoagulante lupico) e presença de FAN posi-
tivo.
A púrpura de Henoch-Schonlein é a vasculite mais comum em pediatria e é me-
diada pela deposição de IgA. Seu diagnóstico é feito pela presença de púrpura
palpável (principalmente da cintura para baixo) mais um dois seguintes: doença
gastrointestinal, biopsia que mostre depósito de IgA, artrite aguda ou artralgia e
envolvimento renal.
A doença de Kawasaki é a 2a vasculite mais comum em crianças. caracteriza-se
por febre por mais de 5 dias, conjuntivite não purulenta, mucosite, edema distal
dos membros, adenomegalia geralmente cervical e exantema difuso.
Referencias:
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4a. ed. Barueri, SP: Mano-
le, 2017. Seção de reumatologia. Capitulos 1,2,3,6.
40)
Dentre as opções descritas, a que mais se enquadra no caso descrito é anemia
falciforme com crise de álgica de falcizaçao. A icterícia ocorre pela hemólise, con-
firmada pelos exames laboratoriais onde há anemia com reticulocitose e hiperbi-
lirrubinemia indireta. A presença de dor nos membros, esplenomegalia e edema
de mãos e pés é muito sugestiva da crise falcêmica em crianças, e ocorre pela
vaso-oclusão e má difusão de oxigênio para os tecidos.
Não há alteração nas transaminases, a hiperbilirrubinemia é as custas de BD e a
criança não apresenta náuseas, vômitos, diarreia ou dor abdominal, o que descar-
ta a hepatite aguda.
Anemia ferropriva tem VCM e reticulócitos diminuídos, não tem sintomas como
dor nem febre ou edema.
Pecientes com leucemia linfoide aguda apresentam geralmente alteração na
série branca com leucocitose importante, presença de blastos na periferia e pla-
quetopenia.
Referencias:
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas doença falciforme. Conitec, ministério
da saúde, 2016

41)
Analisando as alternativas:
a) Incorreta. Apesar de a atenção básica em saúde ter um enfoque multiprofis-
sional, segundo as diretrizes da atenção básica, o cuidado (foco) deve ser na pes-
soa e não nas doenças.
b) Correta. O princípio de territorialização e adscrição da atenção básica é o
descrito pelo enunciado, que permite o planejamento e as ações de forma des-
centralizada, com base em áreas geográficas de abrangência no qual o serviço
de saúde atuará.
c) Incorreta. A referência e contrarreferência é o mecanismo pelo qual os servi-
ços da rede básica de saúde podem se utilizar para encaminhamentos de maior
complexidade, quando essa é a necessidade do paciente. Entretanto, o foco da
rede básica é a resolutividade, de maneira a se tornar capaz de resolver a maioria
dos problemas de saúde de uma população.
d) Incorreta. Não é função da rede básica de saúde territorializar diagnósticos
prevalentes, não sendo esse um princípio da estratégia de saúde da família.
42)
Todos os pacientes com diagnóstico de coqueluche e seus contactantes domi-
ciliares devem receber antibiótico terapeutico ou profilático. Mulheres no últi-
mo mês de gestação ou puérperas, que tiveram contato com caso suspeito ou
confirmado e apresentarem tosse por 5 dias ou mais, independente da situação
epidemiológica, devem realizar o tratamento para coqueluche
A recomendação atual do Ministério da Saude é que seja feita Azitromicina
500mg em uma dose no 1o dia e 250mg em uma dose ao dia do 2o ao 5o dia.
Foi colocada como resposta correta 500mg ao dia por 5 dias. Aqui pode caber
recurso pois a dose de azitromicina está diferente do que consta no guia epide-
miológico do ministério da saúde conforme foto abaixo.
Fonte: Guia de vigilancia em saude, volume unico. ministerio da saude, 2017

43)
a) O contato domiciliar deverá ser avaliado ao mínimo anualmente, por pelo
menos 5 anos após o diagnostico do paciente. E, tais contatos deverão receber
apenas BCG. Alternativa incorreta.
b) Contatos domiciliares deverão ser acompanhados ao mínimo por 5 anos.
Alternativa incorreta.
c) Contatos domiciliares deverão ser avaliados ao menos anualmente, por 5
anos e, deverão receber a BCG. Alternativa incorreta.
d) Alternativa correta. Contatos domiciliares de pacientes com hanseníase de-
verão ser avaliados anualmente, com exame dermatomeurológico, por no míni-
mo 5 anos e, deverão receber BCG.
44)
a) Para a quimioprofilaxia primaria do RN recomenda-se isoniazida e, poderá a
paciente amamentar utilizando mascara apropriada. Alternativa incorreta.
b) A introdução de isoniazida ao RN garante a quimioproflixaia primaria e, a
paciente amamentará de mascara. Alternativa incorreta.
c) RN iniciara isoniazida e a paciente amamentará com mascara. Alternativa
correta.
d) A BCG em RN contactante de paciente com TB é postergada. Recomenda-
-se isoniazida e proteção com mascara. Alternativa incorreta.

45)
a) Correta. Toda gestante deve receber uma dose de dTpa a partir da 20ª semana.
b) Incorreta. A prescrição da dTpa é universal, mesmo com esquema vacinal com-
pleto e com dose de reforço na última gestação.
c) Incorreta. A dose de reforço é realizada a partir de 20 semanas, portanto, deve
ser prescrita imediatamente.
d) Incorreta. Mesmo motivo descrito na alternativa C.

46)
De acordo com o AIPI-2017 do ministério da saúde, a classificação da desidrata-
ção da criança se dá da seguinte forma (imagem).
A criança apresenta sinais clínicos de desidratação, no entanto pelas caracterís-
ticas descritas na questão não é possível identificar se essa desidratação é grave
ou não. Não foi colocado peso anterior e atual, estado geral da criança, nível de
consciência e sinal da prega. Assim sendo, as respostas B e C poderiam estar cor-
retas, pois se for uma desidratação grave deve ser feita hidratação venosa e se for
uma desidratação moderada, hidratação por via oral.
Fonte: AIDIPI 2017
47)
Analisando as alternativas:
a) Correta. Essa afirmativa está de acordo com o § 1° do art. 1 da lei 8.142.
b) Incorreta. As conferências de saúde reúnem-se a cada quatro anos, e não
três. Portanto, é a resposta da questão.
c) Correta. De acordo com o art. 1º, § 5°, da lei 8.142/90, “as Conferências de Saú-
de e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento
definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.”
d) Correta. Essa afirmativa encontra-se no § 3° do art. 1 da lei 8.142.

48)
De acordo com o caso relatado Rogerio tem um desenvolvimento compatível
para a idade (6 meses). O irmão Roberto apresenta um nítido atraso no desenvol-
vimento neurológico.
Sendo assim, é importante a referência para o especialista, porém sem definir
como um estado neurológico avançado já que para tal precisaremos de um
acompanhamento a longo prazo além de exames complementares.

49)
a) Paciente com polineuropatia periférica de instalação aguda com compro-
metimento sensitivo-motor associado a dor abdominal e tremor de extremida-
des. O quadro é sugestivo de porfiria intermitente por intoxicação por Chumbo.
Alternativa correta.
b) A polineuropatia por álcool costuma comprometer indivíduos com etilismo
importante e, com evolução crônica, caracterizada por parestesias e comprometi-
mento doloroso de membros inferiores.
c) A hipovitaminose E em casos avançados cursa com astenia, ataxia e altera-
ções visuais. Alternativa incorreta.
d) A polineuropatia sensitivo-motora do diabetes é a principal complicação da
doença, sendo encontrada em indivíduos com doença prolongada e descontrole
glicêmico. O curso costuma ser lento, insidioso e progressivo. Alternativa incorre-
ta.

50)
Analisando as alternativas:
a) Incorreta. A porta de entrada do SUS, de fato, tem como principal objetivo a
prevenção e promoção de saúde, com alta resolutividade, porém essa denomina-
-se atenção primária.
b) Incorreta. A estratégia de saúde da família faz parte da atenção básica de
saúde; ou seja, situa-se no nível de atenção primário.
c) Correta. A declaração de Alma-Ata foi quem definiu novos caminhos da saú-
de por meio da atenção primária em saúde.
d) Incorreta. A atenção primária caracteriza-se pela alta resolutividade, porém
baixa densidade de tecnologia.
51)
a) Inicialmente através da anamnese e exame físico. O objetivo da avaliação do
paciente é detectar doenças não reconhecidas e fatores de risco que podem au-
mentar o risco de cirurgia acima do valor basal e propor estratégias para reduzir
esse risco.
b) Embora o teste laboratorial pré-operatório não seja rotineiramente indicado,
o teste seletivo é apropriado em circunstâncias específicas, incluindo pacientes
com doenças subjacentes conhecidas ou fatores de risco que afetam o gerencia-
mento cirúrgico ou aumentam o risco, e procedimentos cirúrgicos específicos de
alto risco. Estudos laboratoriais específicos comumente solicitados para avaliação
pré-operatória incluem hemograma completo, eletrólitos, função renal, glicemia,
estudos da função hepática, avaliação da hemostasia e urinálise.
As diretrizes de 2014 do ACC / AHA recomendam um ECG de 12 derivações em
repouso no pré-operatório para pacientes com doença arterial coronariana co-
nhecida, arritmia significativa, doença arterial periférica, doença cerebrovascular
ou outra doença cardíaca estrutural significativa, exceto aqueles submetidos à
cirurgia de baixo risco.
c) Em cirurgia eletiva se preconiza o controle pressórico antes do procedimen-
to. Além do ajuste de medicações pela hipocalemia. Paciente apresenta doença
sistêmica não controlada. O ideal é controlar hipertensão e ajustar a dosagem de
potássio para realização da cirurgia proposta.
d) Durante uma anestesia, para manutenção adequada da anestesia geral, ne-
cessita monitorização clínica e monitores convencionais. Monitorização da Circu-
lação Sanguínea, com a determinação da pressão arterial, batimentos cardíacos e
determinação do ritmo cardíaco. Monitorização da Oxigenação do Sangue Ar-
terial. Monitorização da Ventilação, com medida do gás carbônico expirado , nos
casos de anestesia com respiração artificial.
52)
Uma paciente, adulta jovem, do sexo feminino, moradora de zona rural, com
queixa principal de dispneia (cansaço severo) e palpitações. Como antecedentes
ela só referiu ter tonsilites estreptocócicas de repetição (amigdalites de repe-
tição), o que deve ter levado a paciente e a um quadro de febre reumática. Na
febre reumática temos, dentro do acometimento, o cardíaco, com alterações nas
valvas. Então, o mais provável é que ela tenha tido febre reumática com sequela
valvar (estenose mitral). O que reforça falar que é uma estenose mitral é o sopro
da ausculta cardíaca. Assim, além da estenose mitral ela tem uma repercussão
de insuficiência cardíaca, principalmente de câmera direita (porque a valva mitral
represa o sangue no lado esquerdo, dá congestão pulmonar e leva a hipertensão
pulmonar com disfunção do ventrículo direito). Assim, visualiza-se no eletrocar-
diograma sobrecarga atrial esquerda, com um dos sinais melhor vistos sendo o
índice de Morris, na derivação V1, além de sinais de sobrecarga ventricular direita,
corroborando o diagnóstico da estenose mitral de insuficiência cardíaca de câ-
mara direita com hepatomegalia, edema de membros inferiores e a queixa prin-
cipal do cansaço.

a) Febre reumática (secundária às faringites estreptocócicas de repetição, possi-


velmente mal tratadas) com sequela valvar cardíaca, estenose mitral e insuficiên-
cia cardíaca de câmera direita.

b) Funcional 3 do NYHA (porque ela tem uma limitação importante das ativida-
des habituais).

c) Sobrecarga atrial esquerda, evidenciada pelo índice de Morris na derivação V1,


que é a fase negativa da onda P, com uma área maior que 1mm2 e sobrecarga
ventricular direita, evidenciada pelo qR na derivação V1, o que indica sobrecarga
ventricular direita importante.

d) O tratamento clínico dessa paciente pode ser feito com betabloqueador, para
diminuir a frequência cardíaca, aumentar o tempo diastólico do ventrículo es-
querdo e melhorar o esvaziamento do átrio esquerdo. E o tratamento da valva
mitral está indicado, porque ela tem, provavelmente, uma doença valvar impor-
tante, além de sintomas. Pode ser uma valvoplastia por balão, mas apenas após o
ecocardiograma (obrigatório nesse caso), que poderia dar indícios para ser calcu-
lado, com o escore de Block e esse escore demonstrará se o aparelho subvalvar
e as características da valva são passíveis de tratamento percutâneo (valvoplastia
por balão), que seria o ideal nessa paciente que tem, clinicamente, um quadro
isolado de estenose mitral. Se ela tivesse dupla lesão valvar, precisaria de uma
abordagem cirúrgica (valva metálica, pois ela é jovem, para evitar novas cirurgias).
53)
a) Hipotálamo produz TRH --- estimulo a produção de TSH pela hipófise ---- que
por sua vez estimula a tireoide a produzir T4 e T3. A produção de T3 e T4 inibe a
hipófise e o hipotálamo ( feed back negativo).
b) Na doença de graves há aumento na produção de T4 e T3 pela tireoide e, por-
tanto, feedback negativo, inibe a liberação de TSH e TRH.
c) São manifestações da tireoidite de Graves – dermopatia infiltrativa, hiperpig-
mentação cutânea, sudorese excessiva, oftalmopatia, taquicardia, hipertensão
sistólica, irritabilidade.
d) VER IMAGEM

54)
a) Rigidez de nuca , sinal de Brudzinski, Lasegue e Kernig.
b) Em pacientes com alta suspeição diagnostica de HSA, sem exame de ima-
gem disponível, deve-se proceder exame de punção liquorica com coleta de LCR
em 4 tubos. Classicamente, haverá manutenção na contagem de hemácias entre
o primeiro e ultimo tubo, excluindo a possibilidade de presença de hemácias por
acidente de punção.
c) Paciente que descreve a pior dor de cabeça da vida com TC demonstrando
áreas de hemorragia, confirma a hipótese de hemorragia subaracnóidea.
d) São possíveis diagnósticos diferenciais: síndrome de vasoconstricção cere-
bral reversível, meningite, ataque isquêmico transitório.
55)
Existem dois esquemas diagnósticos: “viabilidade financeira e/ou disonibilidade
técnica parcial” e “viabilidade financeira e viabilidade técnica total”. A questão
cobra este último esquema.
Nesta proposta, realiza-se glicemia de jejum até 20 semanas de gestação para
diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e Diabetes Mellitus (DM) na
gestação. Caso a glicemia de jejum esteja abaixo de 92mg/dL, realiza-se o Teste
Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) de 24 a 28 semanas. Caso a paciente tenha
iniciado o pré-natal com mais de 20 semanas, o TOTG é realizado imediatamente.
Se o valor de glicemia de jejum for maior ou igual a 126mg/dL, é considerado DM.
Se este valor estiver entre 92 e 125, é considerado DMG. No TOTG, a DM é diagnos-
ticada quando o valor do jejum for maior a 125mg/dL ou o valor de 2 horas pós-
-sobrecarga de glicose for >= 200mg/dL. Para diagnóstico de DMG, o exame apre-
senta ao menos um valor de: “jejum: entre 92 e 125mg/dL ; 1 hora >= 180mg/dL ; 2
horas: entre 153 e 199mg/dL”.

56)
O BIRADS subdivide os achados mamográficos, de ressonância magnética e ul-
trassonográficos em:
Classe 0 - Achados inconclusivos (deve-se realizar complementação)
Classe 1 - Achados normais ou negativos (não há alterações no exame)
Classe 2 - Achados benignos
Classe 3 - Achados provavelmente benignos
Classe 4 - Achados suspeitos
Classe 5 - Achados altamente suspeitos
Classe 6 - Achados com comprovação de malignidade

57)
I- Sinais de crise asmática grave: fala palavras (lactente chorando ou irritado),
presença de retrações acentuadas, FR aumentada, Saturaçao de oxigênio entre
91-95% em ar ambiente, sonolência ou agitação.
II- Sequencia de tratamento:
Manter paciente com máscara de oxigênio com fluxo mínimo de 3l/min
Monitorizaçao com oximetria de pulso e monitor cardíaco
Acesso venoso periférico
Beta-2 agonista de curta duração (salbutamol) por aerossol dosimetrado a cada
20 minutos por 1 hora.
Metilprednisolona 1 a 2mg/kg EV
Solicitar transferência para unidade avançada
58)
Criança do sexo masculino, 9 anos com-
pletos, está sendo avaliada no ambulató-
rio da Unidade de Atenção Básica. O es-
colar apresenta 45 kg e 140 cm de altura.
Utilizando as curvas de crescimento da
Organização Mundial de Saúde (OMS),
responda aos itens.
a) Estabeleça o diagnóstico nutricional
dessa criança em função de Peso, Altura
e Índice de Massa corporal (IMC).

RESPOSTA: O escolar encontra-se com


uma altura adequada a idade (Z score
+1). Ao avaliar o peso de acordo com a
idade observamos um peso aumentado
(Z score entre +2 e +3). Nestes casos o
mais importante é correlacionar o peso
a estatura, ou seja, ter o valor do IMC (kg/
m2).
O IMC do paciente encontra-se entre Z
score +2 e +3. Com este IMC o diagnosti-
co do paciente é de obesidade.

b) Cite 3 orientações gerais a serem fei-


tas à família e à criança em função desse
diagnóstico.
A família deve ser orientada quanto aos
riscos a médio e longo prazo da obesida-
de com destaque para diabetes mellitus
tipo 2, hipertensão arterial e hiperlipide-
mia.
Uma atenção especial deve ser dada a
dieta do dia-a-dia e sobre a necessidade
da prática de exercícios.
A perda de peso deve ser gradual respei-
tando-se as particularidades do indiví-
duo. Nos livros de Pediatria uma suges-
tão comum é que se programe como
alvo de perda de peso uma perda de
10% em 6 meses.
59)
a) O diagnóstico é Sifilis Adquirida Latente em gestante. O relato de tratamento
adequado anteriormente não exclui este diagnóstico, uma vez que pode ser um
caso de reinfecção. O diagnóstico pertence ao grupo de Doenças Sexualmente
Transmissíveis.
b) Trata-se de doença atual, pois a titulação de VDRL é muito alta para ser reação
cruzada, infecção pregressa ou cicatriz sorológica.
c) A paciente deve ser imediatamente tratada com esquema de sífilis latente de
duração ignorada: Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular, semanal-
mente por 3 semanas (dose total de 7,2 milhões UI). O Teste treponêmico pode
ser solicitado para confirmar o diagnóstico, mas o tratamento não pode ser retar-
dado. As demais sorologias necessitam ser checadas ou solicitadas. Se disponível,
uma ultrassonografia pode ser realizada. O parceiro precisa ser convocado para
tratamento e a doença deve ser notificada. A paciente trimensalmente.

60)
a) A principal hipótese é hanseníase. Paciente com forma paucibacilar por conter
ate 5 lesões de pele. A hanseníase é doença de notificação compulsória em todo
território nacional.
b) O tratamento será realizado com rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2
cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada e dapsona: uma dose
mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária auto- administrada. A du-
ração do tratamento são de 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina. E,
considera-se critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses de trata-
mento.

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