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450 Rewsta Bars oe Ciéncus Crnanass 2018 © RBCCaM 148 SELIGMANNSILVA, Marcio, A histéria como trauma. Catdtroee represenagdo. ‘Sto Paulo: Escuta, 2000, SELIGMANN-SILVA, Marcio. Inrodugio. Historia, memoria, literatura: 0 teste- munho na era das catistrofes. Campinas: Editorada Unieamp, 2003. "1 SELIGMANN-SILVA, Marcio, Rflexdes sobre a memra, a historia eo,esque- cimento. Histéra, meméria literatura: o testemuno na era das catésrots, ‘Caimpinas:Editora da Unicamp, 2003. : SELIGMANN-SILVA, Marcio, Escriturasda hstoriae da meméria,Palavraeima- sé, meridia eexcrtura, Chapece: Argos, 2006, . SELIGMANN-SILVA, Marcio. Narra o trauma~a questo dos testemunhos de éantistroeshistrica. Revista de Pscologia Clinica Rio de Janeiro, v.20, 1, 2008. SHAKESPEARE, William. Hamlet. E-Book. Disponivel ém: wwwfeedbooks. com] SILVA, Filipa Percursos da meméria: uma andlise de A Costa dos Murmiirios de Li- dia Jorge Tera Sonambula de Mia Couto. Disseragto (Mestrado ém Estudos Linguisticos e Culturais)— Universidade da Madeira, Funchal, 2014, SOUZA, Lucas. Ente a antropologia,odireto ea literatura: uma arquedtogia do saber criminal no pensamento brasileiro modern, Disseragio (Mestrado exh Ciencias Criminais) Pontificia Universidade Catolieado Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016, SOUZA, Ricardo Timm de. Sobre novas velhas restauragbeso conceito de ver dade em Alan Badiou. O Tempo ea Maquina do Tempo: estudos de filosaiae 1ps-moderidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998. SOUZA, Ricardo Timm de. Etica como fundamento TI: pequeno tratado de ética radical. Caxias do Sul: Edues, 2016, : wv sPESQUISA D0: EDITORIAL: 117° Veja também Doutrina | * Notas sobre oneurodireto penal ea neurocriminologia, de Jéssica Ferracioli ~ RBCCrim | 132/17-37 (DIR\2017\1423). Pouiticas PUBLICAS DE ACESSO A SAUDE NO CARCERE: UMA ANALISE DO PLANO NACIONAL DE SAUDE NO SISTEMA PENITENCIARIO PUBLIC POLICIES ON ACCESS TO HEALTH IN PRISON: |AN ANALYSIS OF THE NATIONAL HEALTH PLAN IN THE PRISON SYSTEM Luz Iswae. Pear ‘Doutor (2017) « Mestre (2012) em DicitoPaltic ¢ Econémico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Profesor junto do Departamento de Dieta da Universidade Federal de Vgosa(UFVIMG). ‘Membro do GT CLACSO PensamientoJurisco Critic. Consult urdieo do Instituto Luiz Gama ~ Sto PaulSP. ‘uizismael@utvtr Beatriz DE SANTANA Prares ‘Grodvagso em Direto pela Universidade Prestitriana Mackenzie (2016), Ofil de Defensoria Pica ‘resco Dre: Contin Pera Résumo; 0 encareramento no Brasil éseetvo tem aumentado exponencialmente nos iti os anos. Pessoa prvadas de liberdadevivem em condi de superotapio e extrema insu bridade, que fazem com o que sistema prisional brasileiro seja alvo de dendncias recorrentes. Conforme preva legilagzo peal bras, 20 final do eumprimento da pena os dtios retor- nam 20 convvio social esua efetiva enteorapio tem conerdo intinseca com as condigbes de e- clusio.Enessecontextoque situa aimportan- Cia de debater a saideno sistema penitenciio. ‘Alem disso, 0 pesos so considerados cidadios © por iss tém garantdos todos os direitos que do Estado de Sto Paulo ~ Sto PavolSP. ‘bpbprates@amilcom ore cm 3082018 ‘Gti ves oa) autor): 182018 ‘Aastmact Imprisonment in Brazil is selective ‘and has increased exponentily in recent years. persons deprived of liberty five in overcrowded conditions. and extreme unhealthiness, which rmoke the Bratan prison system the subject of fecutrent complains. As envisaged in the Brozi= fan criminal law atthe end ofthe sentence the prisoner return to scil if and their effective reintegration has inrnsic connection with pi ‘son conditions. Its inthis contest that fs the importance of discussing health in the prison system. In adition, prisoners are considered ct- 2ens and therefore Fas guaranteed al the rights which ate not inconsistent with the criminal ‘Siu ats Velo Borge de: man, Tago Fates era de ura cminloga samen. ‘evs Basra dens rina val. 48. a0 28. 3-450 Ss Pau E80 201, rsa ule imoe Fs Scie de Santana Pots pbits de aces d sae qo cree ua adie ‘Jopino naconal Gesaude noses pene. Resta Basler ge ances Cras. "ol 148 9026p 61-9, Sao Paula Bd MT outubro 201. 452 Resta Beasema oe Cos Cams 2018 # RBCCRw 148 ‘no seam incopativeis com a sentenga penal condenatsia. Entetanto, embora essa garantia cist formalmente, sua aplicagio demonstra-se Timitada. Uma atemativa € a constugéo de po- leas pablicas de sade espeifias para 0 Sis- tema Fenitencir. Nest trabalho, pretendemas ‘analsar uma dels: o Plano Nacional de Saide sentence. However, although such guarantee ‘exists formally, thee application i limited, An al- {ematveis the constuction of heath public po- licks specitis forthe prison syste. n this work, we intend to analyze one of them: the National Health Pan in te Prison Sytem (Plano Nacional {de Sade no Sistema Peitencidio-PHSSA, ro Sistema Penitenitio Pxiamas-uwe: Ditto & sade Poltcas Pi- _Kerworos: ight to health - Public Poi Pi- eas ~ Sistema Penitenciro. son Sytem, Suns: iso 2. Sera Pees: pute x eset, 21 i pecs da stare cern 1.22 Naps osteo paren eee caecum nt fer alti oem 24 Punto sce fees ses iratae pers Dost ear wo eto sata Does Seode Det 91 O sgn os ets scan Eas Denes Deka ‘peso pia ina tos ae 4 Acevedo dre ersten 2 aie names rts pleas pas 2 aes es desecas ‘aides chain ds Gets ot cans #2 A pect estan eet 2 orotate dete side last pos pase ea ¢ 0 Pano acoral de Soe nos Petensro GSP ease, deta ace Coo ines nc 62 npn ta aca ep ce go tery 20 oma do sd re meses peso PSE Fag de lcs peso le ass Ease de ponte Cfundoarent o MESES Conn ccs 1. Intropucko Dado o aumento exponencial da populacio carceraria brasileira nos tltimos anos ¢ as condicdes degradantes em que as pessoas privadas de liberdade ctim- prem suas penas no pais, nosso sistema prisional tem sido alvo de amplas eriticas € debates no cendirio nacional é internacional (CANCIAN, 2015; CONECTAS, 2016). 0 confinamento ea superlotacio sao fatores que por si s6 afetam as con- digdes de satide e 0 bem-estar das pessoas presas, Além disso, as graves violag6es dedireitos humanos reproduzidas cotidianamente no ambiente prisional, culmi- ‘nam em um cécere que nao cumpre seu papel social de reeducacio ¢ einsercl0. O anseio popular por efetividade na reducao dos altos indices de criminal dade, pressionaas instituigdes publicas brasileiras.ao planejamento eclaborag20 1. Dedicamos estetextoa memoria de Marielle Franco (R),ativista dos Direitos Humans «evereadora do Municipio do Rio de Janciro,assassinada em 14 de margode2018. Came e Socensoe = 453 de politicas que visem a melhoria das atuais condigdes de vida no sistema carce- ratio, As adequadas condigdes de side fisica e mental sio requisitos iminimos para, por exemplo, a insergao no mercado formal de trabalho. Nesse contexto, torna-se indispensavel a elaboragio de uma politica publica deacesso a satide especifica aos qutese encontram recolhidos nos estabelecirrien- tos prisionais, uma'das parcelas mais vulneraveis da sociedade e, ainda assim, apartadas de tal direito de cidadania. Fernando Aith, afirmia que o direito a saiide bem como sua garantia depen- dem da execucao eficaz de politicas piblicas~ ou politicas sociais economicas, por parte do poder publico. Dentre tis polticas, lembra, “existemas politicas pu- blicas direcionadas para o desenvolvimento econdmico do pats € as politicas piiblicas direcionadas para o desenvolvimento social”, cujo telos, € constante- ‘mente lembrado no artigo 3° da Constituicdo Federal (AITH, 2007, p. 134). ++ Os desafios para concretizagio do acesso universal, integral e igualitario & satide, nao podem ser pensados fora da esfera de compreensio das politicas pa: blicas. Afinal; embora nao se limitema esse objetivo, essa forma de prestacao po- sitiva do Poder Pablico assume um papel importante e central na concretizagio dos objetivos da nacao e dos direitos fundamentais legitimados na ordem jurfdi- cado Estado Social e Democritico de Direito. + Brasil, entdo, no caminho da Portaria'16, de 26 de fevereiro de 2015, do Conselho Nacional de Justiga (CNJ, 2015), desenvolven 0 Plano Nacional de Satide no Sistema Penitencidrio (PNSSP) partindo de certas necessidiides: (i) tornar o carcere mais humano; (ii) pensar uma politica penal que nao se limite A punigdo;¢ (lit) de ampliaro acesso & satide das pessoas privadas de liberdade: ‘Tomando como partida tal situagao problematica de pesquisa, a necessidade deacesso pleno a satide no sistema penitenciario, o objetivo geral deste trabalho € avaliar se o PNSSP pode ser considerado uma politica publica de acesso a satt- de. Os objetivos especificos sio mapear os dados da aplicagao do Plano, desco- brir como se da seu processo de avaliacto no ambito dos Estados e Municfpios, }bem como seu desenho institucional. Como método de andlise, sera utilizado, além de revisto bibliografica no estudo do ciclo e dos fundamentos jurtdicos das (2, APortaria 16/2015, do CNJ, contendo 12 propésitos parainfluenciasobrea elaboragso <1. € planejamento estratégico do érgio no bienio 2015-2016 e nos préximos anos, esti- ‘pulou em uma das metas realizagao de um estudo sobre as condigdes de saide dx po- pulagio carcersria, A propostarefltiua extrema elevanciaeatualidade do tems, vist6 ‘que as diretrizes do CNY sto fonteinspiradora para iniciativase projetos nos Tribunais, Drasileirs e também para outros orgtosligados aosistema nacional de justiga. ona a sae Peas Beate de Santana Potcsplblas de aesa sae po Gren uma aise "so anoracional esas no sstema peter sto Braseva de Genoa Cis Vol 18. ano 2p 45-483 Soo Pi a Rl, outro 2018, ‘ona Lt mal Ps, Beat Ge Sarara Plas pllicas de aesn 2 se po Greer: uma adie do plano nadoral dessider sistema peters, Revs Basle de Cencs Crimi. ‘48 aro 26 481-483 S00 Palos td RY, outubro 2018. 454 Revista Baasierna 0€ Cues Cras 2018 © RBCCam 148 Cane Sooenane 455 ppoliticas publicas, o quadro de referencia de.analise elaborado por Maria Paula Dallari Bucci. Alem disso, a partir do referencialtedrico da criminologia critica e de alguns relatorios oficiais listados ao longo do trabalho, busca-se conhecer a peculiari- dade da situasao carcerdria ea necessidade de pensar uma politica de atengao a satide voltadaas pessoas privadas de liberdade. Para isso, tomaremos como base oxiltimo Levantamento de Informagdes Penitencidrias do Ministerio daustica— INFOPEN e outros dados disponibilizados pelos ministérios da Satide e Justiga. 2. SISTEMA PENITENCIARIO BRASILEIRO: PUNICAO X RESSOCIALIZACAO 2.1. Apeculicridade da situagdo carceréria 1 : Dados do iiltimo Levantamento Nacional de Informagdes Penitencidrias— INFOPEN, indicam que, em niimeros absolutos e relativos, o Brasil tem a quar- tamaior populagao carcerdria do mundo (MINISTERIO DA JUSTICA, 2014a, p. 13). Entre os anos de 1995 a2010, nosso pais registrou, entre os cinquenta paises com maior populacio prisional, a segunda maior variagao na taxa de aprisiona- ‘mento, com um crescimento na ordem de 136% ‘Além disso, entre 2008 ¢ 2014, enquantoa taxa de aprisionamento subiu33% ‘no Brasil, variagao foi negativa entre os demais pafses com maior popula¢ao pi sional no mundo: Estados Unidos da América, -8%; China, -9%; Russia, -24%, conformeo In‘open 2014, No Brasil, ha uma tendéncia contaria aos demais pat- ses, Enquanto Estados Unidos, China e Russia reduzem o ritmo de encarcer ‘mento, o Brasil acelera exponencialmente. OINFOPEN 2014, informa que, para além da alta taxa de aprisionamento, 0 ‘imero de presos é substancialmente maior que a quantidade de vagas. Essa di ferenca resultaem um deficitde 231.062 vagas e uma taxa de ocupacao médiados estabelecimentos de 161%. Na pratica, em um espaco concebido para aprisionar 10 pessoas, ex'stem, aproximadamente, 16 presos. (0 Grupo de Trabalho das Nacdes Unidas sobre Detengao Arbitraria esteve no Brasil entre os dias 18 ¢ 28 de margo de 2013, quando realizow inspegao em pre- sidios de cinco capitais brasileiras. O relatério concluiu que emborao pais tenha avancado na legislacao penal nos tltimos anos, a realidade pratica do sistema pe- nitenciario segue inalterada (ORGANIZAGAO DASNACOESUNIDAS, 2016b). A existencia de tortura deliberada € frequente ¢ atinge niveis alarman- tes, apresentando caracterfsticas especificas nas penitenciatias femininas € demonstrando-se, nao uma excegao, mas uma pritica instrumental do sistema penal brasileiro desdeaabordagem policial, atéo diaadianosestabelecimentos prisionais. O texto descreveas condigoes de reclusto como: desumanas, cruéis e-degradantes ¢ ha destaque para a excessiva privacao da liberdade, que cul- ‘mina em celas superlotidas e cadticas que afetam as condicoes de vida e satide dos reclusos. Com um t6pico dedicado exclusivamente aos servicos de satide, esse mesmo relat6rio afirma que, com poucas excecdes, a satide no cArcere softe de deficien- cias significantes como falta de saneamento basico, alimentagao comestivel € dificuldade no acesso & agua potavel. Além disso, 2 extrema insalubridade, com- binada com os altos indices de doengas altamente contagiosas como tuberculo- se, leprae hepatite, tornam as prisdes lugares onde prevencao de doencas €um desafio permanente e inalcancado. : ‘ Destacamos o seguinte trecho: ‘OPlano Nacional de Satide para o Sistema Penitencidrio ea Politica Nacional de Atencio Integral a Saide para as Pessoas Privadas de Liberdade na pristo estabeleceram o principio deque, em teoria, osistema puiblico desaideabran- ge todos os detentos. Entretanto, nfo o queocorre na pritica. Devido a grave superlotacio, servicos desaidenas prisdesestiofalhando gravementeem sua rmissio de proporcionar efetivamente atengio médica basica para os presos (ORGANIZAGAO DAS NACOES UNIDAS, 2016b, p. 19). # importante mencionar também, o Relaidrio do Subcomite de Prevencao da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, da Organizagao das Nag6es Unidas, elaborado a partir de uma visita ao Bra: em setembro de 2011 (ORGANIZACAO DAS NACOES UNIDAS, 2012), que registra a ocorréncia de atrasos grandes no acesso aos servicos médicos nas pe- nitencidrias brasileiras, ¢ a inexisténcia de atendimento médico noturno ou nos finais de semana. Porfim, orelatorda ONU contraa tortura, Juan Méndez, expos erecomendou durantea31* sessio do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra: ‘A tortura e os maus-tratos por parte da policia e dos agentes penitencidrios segue sendo um fatoalarmanteede ocorréncia regular, principalmente contra pessoas que pertencem a minoriasraciais, sexuais, de genero e outros grupos ‘minoritarios I.) Insto o governo brasileiro tomar medidas que ponham fim A brecha existente entre a legislacdo e as polfticas ambiciosas do pats, por um Tado, ea situagdo cotidiana das pessoas privadas de liberdade ou em contlito ‘com ale, por outro (ORGANIZAGAO DAS NACOES UNIDAS, 20162). esse contexto, faz-se pertinente tecer breves consideragdes sobre a norma- tizagio especifica do atendimento a satide da pessoa privada de liberdade, em ‘en Lima Pres, Beaviz de Sortana Pocas pitas de aoso sade no Greee ura alse eo pana satoraldesauce no stra penitent. Resa Beste de ences Oona ‘ol 148 sro 26 451-03 Sto Fai: ato 2018 scx Lz lack rs, ei Ge Santana, Folin pli de acess sauce no cree: waa olan rahoral deste na setema penitent Renstaresera de Cenc rina "ot a8 ano 6p 451-453, So0 Pao: A, outubro 2018.

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