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Português – 7.

º A

Ficha de trabalho – Mestre Finezas

Professor Paulo Mota

Grupo I – Leitura 1
1. Indica se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas, de acordo com o texto. (10 pontos)

a) Os morcegos não são mamíferos porque voam.


b) Nas regiões polares geladas há poucos morcegos.
c) Todos os morcegos são notívagos.
d) A alimentação de grande número de morcegos é à base de insetos
e) Alguns morcegos comem peixes. 2

f) Os morcegos têm quatro dedos.


g) À noite, os morcegos dormem de cabeça para baixo.
h) Os morcegos orientam-se no escuros através do eco dos seus guinchos.
i) As orelhas grandes são uma característica comum de todos os morcegos.
j) Os morcegos podem viver a grandes profundidades.

GRUPO II – Educação Literária

Mestre Finezas

Agora entro, sento-me de perna cruzada, puxo um cigarro, e à pergunta de sempre respondo soprando o fumo:
— Só a barba.
Ora é de há pouco este meu à-vontade diante de mestre Ilídio Finezas.
Lembro-me muito bem de como tudo se passava. Minha mãe tinha que fingir-se zangada. Eu saía de casa,
rente à parede, sentindo que aquilo era pior que ir para a escola.
Mestre Finezas puxava um banquinho para o meio da loja e enrolava-me numa enorme toalha. Só me ficava a
cabeça de fora.
Como o tempo corria devagar!
A tesoura tinia e cortava junto das minhas orelhas. Eu não podia mexer--me, não podia bocejar sequer. —
«Está quieto, menino» — repetia mestre Finezas segurando-me a cabeça entre as pontas duras dos dedos: — «Assim,
quieto!» — Os pedacitos de cabelo espalhados pelo pescoço, pela cara, faziam comichão e não me era permitido
coçar. Por entre as madeixas caídas para os olhos via-lhe, no espelho, as pernas esguias, o carão severo de magro,
o corpo alto curvado. Via-lhe os braços compridos, arqueados como duas garras sobre a minha cabeça. Lembrava
uma aranha.
E eu — sumido na toalha, tolhido numa posição tão incómoda que todo o corpo me doía — era para ali uma
pobre criatura indefesa nas mãos de mestre Ilídio Finezas.
Nesse tempo tinha-lhe medo. Medo e admiração. O medo resultava do que acabo de contar. A admiração vinha
das récitas dos amadores dramáticos da vila.
Era pelo Inverno. Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe penteava-me com cuidado. Calçava uns
sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda que me enregelavam os pés. Saíamos. E, no negrume da noite que
afogava as ruas da vila, eu conhecia pela voz famílias que caminhavam na nossa freme e outras que vinham para trás.
Depois, ao entrar no teatro, sentia-me perplexo no meio de tanta luz e gente silenciosa. Mas todos pareciam corados
de satisfação.
Daí a pouco, entrava num mundo diferente. Que coisas estranhas aconteciam! Ninguém ali falava como eu
ouvia cá fora. E mesmo quando calados tinham outro aspeto; constantemente a mexerem os braços. Mestre Finezas
era o que mais se destacava. E nunca, que me recorde, o pano desceu, no último ato, com mestre Finezas ainda vivo.
Quase sempre morria quando a cortina principiava a descer e, na plateia, as senhoras soluçavam alto.
Aquelas desgraças aconteciam-lhe porque era justo e tomava, de gosto, o partido dos fracos. E, para que os
fracos vencessem, mestre Finezas não tinha medo de nada nem de ninguém. Heroicamente, de peito aberto e com
grandes falas ia ao encontro da morte.
Manuel da Fonseca, «Mestre Finezas» in Aldeia Nova
Vocabulário Arqueados: encurvados 3
Rente: junto, perto Sumido: encoberto
Tinia: vibrava, soava Tolhido: impedido, paralisado
Esguias: magras Récitas: representações

2. Toda a ação do texto se desenvolve à volta de momentos que correspondem a diferentes fases da vida
de duas personagens. (5 pontos)
2.1. Identifica as personagens, indicando as fases da vida de cada uma delas referidas no texto?

3. Que motivos tinha o narrador para considerar que ir ao barbeiro era «pior que ir à escola»? (5 pontos)

4. Atenta no Mestre Finezas.


4.1. Retira do texto as características físicas de Ilídio Finezas, não esquecendo de pôr em evidência
aquelas que se alteram com a passagem do tempo. (5 pontos)
4.2. Indica o tipo de caracterização utilizada na descrição física do barbeiro. Justifica a tua resposta.
(5 pontos)

5. Além de barbeiro, Mestre Finezas era também ator e a ida ao teatro revestia-se de uma solenidade
especial.
5.1. Indica de que forma se traduzia essa solenidade a nível do vestuário do rapazinho, das atitudes da
mãe e das reações das outras pessoas. (5 pontos)

6. Mestre Finezas, como ator, era digno de admiração. Porquê? (5 pontos)

7. Indica os espaços físicos onde decorre a ação durante a infância do narrador. (5 pontos)

8. Classifica o narrador relativamente à sua presença. Justifica a tua resposta, usando expressões do
texto. (5 pontos)

9. Escolhe uma das seguintes citações e identifica o recurso expressivo utilizado, indicando o seu valor
expressivo. (5 pontos)
a) “Via-lhe os braços compridos, arqueados como duas garras sobre a minha cabeça.”
b) “Lembrava uma aranha.”
c) “Eu (…) era para ali uma pobre criatura indefesa nas mãos de mestre Ilídio Finezas.”
d) "E, no negrume da noite que afogava as ruas da vila (...)"
e) “Heroicamente, de peito aberto e com grandes falas ia ao encontro da morte.”
GRUPO III – Gramática
1. “Lembro-me muito bem de como tudo se passava. Minha mãe tinha que fingir-se zangada. Eu saía
de casa, rente à parede, sentindo que aquilo era pior que ir para a escola.”
1.1. Classifica as palavras sublinhadas, indicando a classe e a subclasse. (6 pontos)

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2. Indica as funções sintáticas das expressões sublinhadas: (7 pontos)
a) Manuel da Fonseca é um grande contador de histórias.
b) “enrolava-me numa enorme toalha”
c) “. Jantávamos à pressa”
d) “nessas noites minha mãe penteava-me com cuidado”
e) “Calçava uns sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda.”

3. Manuel da Fonseca escreveu outros contos.


3.1. Dá forma passiva à frase apresentada. (2 pontos)
3.2. Reescreve a frase no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. (2 pontos)
3.3. Expande a frase, adicionado um modificador do grupo verbal. (2 pontos)
3.4. Substitui o determinante indefinido “outros” por um quantificador existencial. (1 ponto)

GRUPO IV – Escrita
Escolhe uma das seguintes propostas: (25 pontos)
A) Pensa nos teus sonhos atuais, nos teus planos de vida para o futuro. Que profissão gostarias de
ter? Sonhas com uma família ou preferias viver só? Que grandes ou pequenos “feitos” gostarias
de realizar?
Imagina-te, agora, uns anos mais velho (40 anos) e escreve um texto narrativo em que recordes
alguns acontecimentos que marcaram a tua vida. O teu texto deve ter um mínimo de 160 e um máximo de
210 palavras.

B) “(…) a arte é a coisa mais bela da vida.”


A música, a pintura, a poesia, o teatro, o cinema são formas de arte que dão beleza e sentido ao
nosso quotidiano. Apoiando-te na tua cultura geral e em vivências pessoais, escreve um texto de opinião
em que mostres a importância que a arte tem na vida das pessoas e na transformação da sociedade.
Podes referir as tuas experiências nesses domínios ou alguma outra que conheças.
Escreve um mínimo de 160 e um máximo de 210 palavras. Deves organizar as ideias de forma
coerente e expressá-las de forma correta.
FACTORES DE DESVALORIZAÇÃO
Má apresentação; caligrafia incompreensível; desrespeito pelas regras de uso de maiúsculas e minúsculas; uso de
abreviaturas, esquemas e tinta corretora; erros ortográficos.
Bom trabalho!

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