Resumo
O artigo analisa o conceito de classe na sua acepção teórica em Karl Marx (1818-
1883) e Edward Thompson (1924-1993), no sentido de perceber as variantes concei-
tuais e assim apontar as possibilidades do uso historiográfico do conceito. Abordo o
conceito fazendo uma análise bibliográfica e uma incursão sobre textos de autores
que versam sobre o tema, buscando escapar de dicotomias generalizantes e análises
apressadas sobre o tratamento do conceito de classe efetuado pelos dois autores
citados, buscando demonstrar uma evolução e refinamento, até mesmo continuida-
de do pensamento de Marx e Thompson sobre o conceito de classe.
Palavras-Chave: Classe, Marx, Thompson.
Abstract
The article analyzes the concept of class in its theoretical purposes in Karl Marx
(1818-1883) and Edward Thompson (1924-1993), in order to perceive the concep-
tual variants and thus pinpoint the possibilities of historiographical use of the con-
4 cept. I approach the concept by making a bibliographical analysis and an incursion
about texts by authors who consist with the theme, looking for escape generalizing
dichotomies and hasty analyzes about the treatment of class concept done by the
two authors cited, looking for to demonstrate an evolution and refined, even conti-
nuity of Marx and Thompson’s thought about the concept of social class.
Keywords: Social class, Marx, Thompson.
1
Graduado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Piauí (2016). Foi bolsista do
Programa de Bolsa de niciação à Docência, subprojeto de História (PIBID/CAPES).
E-mail: messias.histsocial@gmail.com.
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“Hoje, não se trata de reativar a noção de Karl Marx, filósofo alemão, que ini-
luta de classes: ela encontra-se em toda parte, ciou seus estudos sobre o capitalismo
insuperável. Temos necessidade é de uma quando este ainda estava em formação,
apreensão renovada da natureza da consciên- é um intelectual que não se limitou a
cia de classe e de seu funcionamento”. um campo específico. Apesar de filósofo
de formação, foi historiador, jornalista,
Fredric Jameson
cientista político, sociólogo (dentre ou-
tras classificações). Sempre em movi-
mento pelos saberes existentes e emer-
Introdução gentes (como a sociologia e a historio-
No que concerne ao conceito de clas- grafia científica) do século XIX, com
se, muito pode ser dito sobre sua vigên- uma imensa força3, o materialismo his-
cia, pertinência e uso, não apenas para a tórico criado por ele com colaboração
historiografia como para o âmbito das de Friedrich Engels (1820-1895) é um
demais ciências humanas. Neste senti- dos paradigmas do campo da História.
do, o trabalho de Karl Marx (1818- Para Marx, o capitalismo apenas tor-
1883) e Edward Thompson (1924-1993) nou mais agudo e forte os antagonismos
sobre o conceito em questão, e um estu- sociais, para o mesmo a história seria
do das diferenças de abordagem e signi- um ininterrupto fluxo de luta de classes
ficado do mesmo nos autores é apenas que apenas mudaram de nome e de con-
uma possibilidade entre uma imensa texto4. No capitalismo europeu do sécu-
miríade de questões que podem ser le- lo XIX, o autor indicou que o antago-
vantadas e do vasto leque que pode ser
aberto sobre o tema.
nismo entre o proletariado (classe ope-
rária) e a burguesia (classe capitalista)
5
Antes de adentrar sobre os textos dos seria o palco da revolução socialista,
dois autores, fazendo um balanço e con- que poria fim ao conflito de classe, cen-
traponto, é pertinente situarmos as dis- tro do processo histórico segundo Marx.
cussões dos autores em seus tempos. Já Edward Thompson, iniciando su-
Tanto em termos de contexto social e as discussões no âmbito do século XX
lugar de produção1 como de possibilidade (mais precisamente aqui tomamos como
epistemológica2. São autores de dois base para esta pesquisa seus estudos
séculos distintos, com influências e for- sobre a formação da classe operária in-
mações intelectuais igualmente diferen- glesa, publicados em 1963), historiador
tes, mas que em um ponto convergem: a inglês, em um contexto de duas guerras
sociedade está divida em classes, tendo mundiais e de uma revolução socialista
a classe operária ou proletariado os en- na Rússia em 1917, é um autor mais
cargos da manutenção social. circunscrito ao âmbito da historiografia,
3
“A imensa força de Marx sempre residiu em sua
insistência tanto na existência da estrutura social
1
Ver: “A operação historiográfica”, In: CERTE- quanto na sua historicidade, ou, em outras pala-
AU, Michel de. A Escrita da História. Ed. Rio de vras, em sua dinâmica interna de mudança”, ver:
Janeiro: Forense Universitária, 1982. p. 65-119. HOBSBAWM, Eric. “O que os historiadores de-
2
No caso de Marx a filosofia alemã (Hegel e vem a Karl Marx?” p. 210, In: __________, Sobre
Feurbach principalmente), a economia política História. Ed. São Paulo: Companhia das letras,
inglesa (Adam Smith e David Ricardo) e da filoso- 2013. p. 200-220.
4
fia política e revolucionária francesa. Sobre isto Sobre isto ver: MARX, Karl, ENGELS, Frie-
ver: LEFEBVRE, Henri. Marxismo. Ed. Porto drich. Manifesto Comunista. Ed. São Paulo: Boi-
Alegre, RS: LM&P, 2009. tempo, 2010. p. 40.
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não que o uso de seus conceitos e estu- possibilidades de estudo sobre os auto-
dos se limite aos historiadores. res. O debate de conceituações e possi-
bilidades do uso do conceito de classe
Não propôs um paradigma, porém
tendo como base Marx e Thompson não
renovou um, e neste caso foi justamente
se impõe como uma assertiva que alme-
o marxismo e seu uso na análise histori-
ja estabelecer uma assimetria entre os
ográfica que, mas se beneficiou com
dois, “qualificando um” e “desqualifi-
suas pesquisas. Sem dúvida que Thom-
cando outro”, o diálogo é apenas analí-
pson ainda se beneficiou ainda dos
tico, com vistas a entender a conceitua-
avanços no campo da história, a emer-
ção dos dois sobre a classe, e os desdo-
gência de novos conceitos e de incontá-
bramentos subsequentes, sobretudo so-
veis estudos sobre o capitalismo e a
bre a consciência de classe. Na nossa
classe operária, como os de Eric Hobs-
acepção, os conceitos e as teorias são
bawm, Christopher Hiil e Raymond
apenas caixas de ferramentas7.
Willians conjuntamente que com o seu,
formam o que se convencionou chamar
de “escola inglesa do marxismo”5.
Marx: A classe entre a economia a luta
Foi vinculado ao Partido Comunista e a política revolucionária
inglês (tendo saído em 1956), foi sido
professor de escolas para trabalhadores Marx ao analisar a sociedade capita-
e membros da classe operária e pobre6. lista e a classe social em particular, pro-
É um autor que diferente de Marx não pôs de lado da análise social uma pro-
propõe uma visão conjuntural e muito posta de ação. Esta seria revolucionária
6 menos uma proposta definida de ação e com fins de emancipação do proletari-
ado. O capitalismo teria engendrado um
política revolucionária. Se em Marx
formulação teórica e proposta de mode- sistema no qual os capitalistas ao extraí-
lo social se imbricavam (como se pode rem a mais-valia8 da classe operária esta-
ver no Manifesto Comunista de 1848) riam cada vez mais “produzindo seus
em Thompson é metodologia e teoria próprios coveiros” (MARX, ENGELS,
que se interpenetram. 2010).
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10
Ver: MARX, Karl. Contribuição à crítica da
9
Para Max Weber: “Chamamos ‘classe’ todo economia política. 2ª ed. São Paulo: Editora Ex-
grupo de pessoas que se encontra em igual situação pressão Popular, 2008. p. 47.
11
de classe” (WEBER, 2012, p. 199). Porém a situa- Sobre o a ideia de movimento na visão de Marx
ção não se circunscreve única e exclusivamente a ver: Op. Cit, 2009. p. 18.
12
instância econômica. Sobre a visão de Marx sobre “Não há unanimidade entre os marxistas sobre o
a classe, Weber afirma ainda que: “O final inter- conceito de classes sociais, se quer sobre o seu
rompido de O capital, de Karl Marx, pretendia significado dentro das obras de Marx, que jamais
evidentemente ocupar-se do problema da unidade tratou explicitamente da questão” (RIDENTE,
de classe do proletariado, apesar de sua diferença 2001, p. 13).
13
qualitativa” (WEBER, 2012, p. 201). Op. Cit, 2010, p. 40, 41.
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com a aparição da classe que é, por sua za) o uso do conceito de classe aplican-
vez, um produto da burguesia” do-o unicamente ao sistema capitalista,
(MARX, ENGELS, 2007, p. 104, ora ele o acopla para a análise de socie-
105)14. dades como a romana e a medieval15. O
que nos leva a considerar, se ele faz isto
Os textos de Marx acabam transpare-
apenas para demonstrar a polarização e
cendo-nos que o termo classe só pode
antagonização entre as classes que seria
ser aplicado apenas às sociedades capi-
característica de todas as formações so-
talistas, porém ele utiliza o conceito
ciais, ou que ele se furtou a uma concei-
para outras formações sociais anteriores
tualização precisa e circunscrita sobre o
ao capitalismo. Outro ponto onde o au-
conceito de classe.
tor também indica-nos como ele pensa-
va as classes, suas lutas e paradoxos é: O A classe em Marx apesar das ambi-
18 de Brumário de Luís Bonaparte (1852), guidades e usos distintos, tem uma co-
onde Marx traça algumas considerações nexão com a economia e a política co-
sobre os “camponeses parceleiros” fran- mo já demonstrado, porém esta política
ceses e sua adesão (alienada para o au- é orientada majoritariamente em dire-
tor) ao Bonaparte sobrinho. ção à revolução socialista, onde o prole-
tariado como classe dominante iria des-
Sobre os camponeses franceses e suas
truir todas as classes sociais em geral e
uniões:
instauraria a controversa “ditadura do
proletariado”, fase intermediária entre o
capitalismo e o comunismo16.
“Milhões de famílias existindo sob as mes-
8 mas condições econômicas que separam seu Neste sentido o papel do partido, do
modo de vida, os seus interesses e a sua cultu- sindicato e de associações de trabalha-
ra do modo de vida, dos interesses e da cultu- dores teria papel fundamental na fer-
ra das demais classes, contrapondo-se a elas mentação progressiva e com fins bem
como inimigas, formam uma classe. Mas na definidos da consciência de classe que seria
medida em que existe um vínculo apenas necessariamente mais desenvolvida e
local entre os parceleiros, na medida em que até mais adequada devido ao trabalho17.
a identidade dos seus interesses não gera en-
tre eles nenhum fator comum, nenhuma uni- 15
ão nacional e nenhuma organização política, “No universo de escritos de Marx e Engels,
existem textos que ora autorizam o uso generaliza-
eles não constituem classe alguma”. do de classe como categoria que pode ser utilizada
(MARX, 2011, p. 142, 143). para qualquer período histórico, e outros que ora
sugerem a ideia de que o conceito ‘classe’ aplicar-
se-ia mais especificamente a sociedade capitalista”
(BARROS, 2011, p. 111).
Esta assertiva do autor torna-se para- 16
Apesar de serem enfáticos quanto à sucessão
doxal com outros textos do próprio histórica: capitalismo (revolução), socialismo e
Marx que já citamos, onde apenas a comunismo, o último não representa o “fim da
instância econômica já impelia o traba- história”, pois para Marx e Engels: “O comunismo
lhador à classe. Neste sentido, torna-se não é, para nós, um estado (Zustand) que deve ser
implantado, um ideal ao qual a realidade [haverá]
evidente que Marx ora autoriza (e utili- de se sujeitar” (MARX, ENGELS, 2008, p. 59).
17
Neste sentido, Jean Paul Sartre argumenta: “Por
14
Ver: MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. A exemplo, no pequeno-burguês, a consciência de
Ideologia Alemã: Crítica da novíssima filosofia classe será objetivamente vaga, obscura e nunca
alemã em seus representantes Feuerbach, B. poderá, por razões que Lukács explica, chegar a
Bauer e Stirner. Ed. Rio de Janeiro: Civilização uma verdadeira consciência de si, ao passo que o
Brasileira, 2007. proletariado, profundamente inserido no processo
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de produção, pode ser levado pela realidade que é “A classe operária não surgiu tal como o sol
seu trabalho, a uma total tomada de consciência de numa hora determinada. Ela estava presente ao seu
classe” (SARTRE, 2015, p. 29, 30). próprio fazer-se” (THOMPSON, 2011, p. 9).
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conforme Marx ou quando de sua en- do capaz de atuar com uma identidade
trada na produção a partir das máquinas de interesses comuns. Todavia, estas
e das fábricas como para Engels, então ideias do autor são problemáticas. Pois
quando a classe acontece para Thomp- ao rejeitar ou no mínimo por em um
son? plano secundário o fator econômico, o
autor acabada deixando de lado o mo-
vimento da produção da vida material e
“A classe acontece quando alguns homens, “[...] Thompson acaba enfatizando o
como resultado de experiências comuns (her- aspecto político-cultural” (CARRERA,
dadas e partilhadas), sentem e articulam a 2014, p. 144)21.
identidade de seus interesses entre si, e contra
Parece que Thompson não credita a
outros homens cujos interesses diferem (e
economia um fator tão decisivo. Fazen-
geralmente se opõem) dos seus. A experiência
do-o ser acusado de “voluntarista” ao
de classe é determinada, em grande medida,
isolar a célebre passagem de Marx em O
pelas relações de produção em que os homens
18 de Brumário de Luiz Bonaparte (1852)
nasceram – ou entraram involuntariamen-
onde o filósofo afirma que os “homens
tee”. (THOMPSOM, 2011, p. 10).
fazem a história”, se esquecendo de seu
final “mas não conforme a sua vontade”
(RIDENTE, 2001), outro aspecto criti-
Não é a partir do mero aspecto fabril
cável é considerar a luta de classes ape-
de uma região ou do surgimento de re-
nas como resultado, fator secundário e
lações de produção capitalista, confor-
não motor e fator primordial no proces-
me alguns textos dos fundadores do ma-
terialismo histórico citados apresentam,
so histórico da classe operária. 11
que a classe se forma, surge e acontece. Não a economia e a “classe para o
Porém, conforme Thompson mesmo capital”, mas a consciência de um anta-
ressalva, ele não deseja com isto negar a gonismo é que engendra e forma as
condição ou a existência da classe e da classes, no texto: Algumas observações
exploração de classe quando estas no- sobre classe e “falsa consciência”:
ções de pertencimento não ocorrem:
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tão lido, relido e criticado, assim como O artigo ao por uma exposição dupla
Marx igualmente. sobre a abordagem do conceito entendi-
do por Marx e Thompson deseja contri-
buir para reafirmar, concordando com o
Considerações Finais pressuposto de que a realidade é classis-
ta das sociedades capitalistas, buscando
O artigo através de uma análise bi- seja pela vertente teórica exclusivamen-
bliográfica demonstrou como o uso do te baseada em Marx ou em Thompson
conceito de classe, basilar no paradigma (melhor é quando as duas se aglutinam
histórico do materialismo histórico tem e não se excluem) estudar a sociedade
um uso difuso e não sistemático nos enfatizando o papel das classes e da
textos de Marx, o que inviabiliza gene- consciência de classe, da luta de classes
ralizações como “economicista” ou “de- e do papel que elas representam na his-
terminista” para uso do conceito de tória (HOBSBAWM, 2000).
classe por Marx, afinal, enfatizou-se o
tempo do autor, seu contexto histórico e As greves e os conflitos com o Estado
lugar de produção, além dos limites ainda presentes na sociedade, servem
epistemológicos (no caso, leia-se a eco- para nós sermos levados a pensar como
nomia política inglesa, a filosofia políti- as demandas e assuntos da maior parte
ca revolucionária francesa e o idealismo da sociedade (no caso os trabalhadores e
dialético hegeliano) de Marx no século não apenas exclusivamente os operá-
XIX. rios) estão em constante choque, não
sentindo na realidade imediata, no coti-
A questão econômica e a essenciali-
dade revolucionária do proletariado são
diano os seus interesses serem alvo de
consideração24 por parte da esfera políti-
13
marcas determinantes dos primeiros ca, neste sentido apenas os átomos pro-
textos de Marx quando o autor pensa a letários continuam estilhaçados, atomi-
classe, respectivamente aqui Miséria da zados e assim o são continuamente
Filosofia e Sagrada Família, obras do mantidos por intermédio de várias me-
chamado “Jovem Marx”, embora não didas de alienação e submissão por par-
concordemos com tal corte epistêmico.23 te do Estado.
Entretanto quando confrontados com a
visão de Thompson em seu prefácio de Como mostramos na epígrafe do tra-
1963 a The Making of the English Work balho, não se trata de buscar reafirmar a
Class (3 vol.) onde o historiador inglês existência da luta de classes, ela é pre-
enfatiza a luta como produtora da cons- sente, viva e constante, estando para
ciência e esta da classe, vimos que Marx além dos limites do universo fabril e da
na Miséria da Filosofia já alude ao ponto, dicotomia burguês/proletário25, outra
o que impedi argumentações que colo-
quem os autores em uma dicotomia 24
Por isto os abalos e conflitos entre a sociedade,
(assimétrica ou não) “economicis- neste caso enfatizando os trabalhadores e o Estado.
ta/culturalista”. Como Aristóteles já exortava: “Quando se preten-
de que um Estado dure por muito tempo, é preciso
interessar todas as suas partes na sua conservação e
fazer com que a desejem” (ARISTÓTELES, 1998,
23
Tentar mensurar e dividir em esquemas cronoló- p. 291).
25
gicos uma obra é sempre problemático. Em relação Como aponta Félix Guatarri: “A luta de classes
ao “Jovem Marx/Marx maduro”, Fernando Maga- não passa mais simplesmente por um front delimi-
lhaes ressalta que: “O corte epistemológico althus- tado entre os proletários e os burgueses, facilmente
seriano representa assim, graves riscos a história detectável nas cidades e nos vilarejos; ela está
do pensamento” (MAGALHÃES, 2013, p. 105). igualmente inscrita através de numerosos estigmas
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