Nome da corrente Características Principais conceitos Principais autores Periodo

O Evolucionismo estruturou-se em t Cultura - Refere-se a Georg Wilhelm

orno da ideia de que as sociedades crenças, Friedrich
desenvolvem uma trajetória comportamentos, Hegel ( 1770 -1831);
histórica linear desde um estado valores, instituições,
originalmente primitivo, tornando- regras morais que Edward B. Tylor
se gradualmente m ais civilizadas. permeiam e (1832-1917);
Referencialmente, a condição identificam uma
primitiva aproxima-se do padrão de sociedade ou é a Lewis H. Morgan
comportamento animalesco, e a de identidade própria de (1818-1881)
civilização é assemelhada ao um grupo humano em
modelo representado pelas um território e num James Frazer (1854-
Nome da Características
sociedades europeias ocidentais do determinado período. 1941); Principais Autores
Principais Conceitos Periodo
Corrente Século XIX/XX.
Esta teoria antropológica se ocupava Etnocentris -Saint-Simon (1760-
G. Elliot Smith;
do desenvolvim ento de culturas e mo - é um conceito 1825); W. J. Perry; F. 2ª Metade do
A evolução do ser humano,
tecnologias,
em termosdedicando-se
físicos e  Aculturação - quando
antropológico, Grabner; Franz Século XIX
duas oculturas -Auguste Boas(1858-1942);
qual adistintas Comte
especialmente
culturais,à obedece leis Se segundo
História aAntiga.
gundouniversais;
seu ponto de vista, certas visãoououparecidas
avaliaçãosão (1798-1870);
Clark Wissler (1870-
inovações
 A teoriasurgemgeralemdauma
evolução que absorvidas
um indivíduo uma pela 1947);
determinada cultura, e são depois ou outra grupoformando
de uma-Herbert Spencer
Alfred L. Kroeber
aplica-se aos fenômenos (1820-1903);
disseminadas
culturais.por outras
Isso culturas, a
significa novafaz
pessoas cultura
de um diferente. (1876);
partir de
que,umonde
processo
e quandode quer grupo social W. H. R. Rivers
“empréstimo”. Desde o começo,  Alteridade
diferente do seu(ou
é -Henry Maine (1622-
(1864-1922);
que se encontre, a cultura 1888);
outridade
baseada) nos
-éa
considerava
tem umque de invenções apenas
algumas
ritmo Friedrich Ratzel
são extremamente r aras, e o f ato de concepção
valores, que
referências parte do (1844-1904);
desenvolvimento -Spencer (1820-1903);
Evolucionismo surgirem posteriormente em outras e pressuposto
padrões básico
adotados de Willi (R)Foy (1873-
progressivo através dos
sociedades só podia ser explicado pela pelo que todo
grupo o homem
social 1829;
tempos, sendo que todos os
difusãopovos
por empréstimo.
da Terra obedecemEra poraisso ao qual social próprio e -McLennan
o interage (1927-
Fritz Grabner (1877-
povos uma
diversos se tornavam interdepende
indivíduo ou grupo de 1881);
outros 1934); Inícios do
sequência
semelhantes ou diferentes: a causa era fazemindivíduos.
determinada parte. Pe. Wilhelm XX (1900-
a absorção ou não dos avanços -Bastian (1826-1905);
Schmidt(1868-1954); 1930)
(desenvolvimento
desenvolvidos
unilinear); por outras culturas. As Civilização – Adolf Bastian (1828-
Difusionismo sociedades se desenvolviam de forma é uma espécie de -Wundt (1832-1920); 1905).
 Levando em conta os dois
semelhante mais por terem entrado em conjuntos de traços
primeiros postulados, as
contato umas com as outras e menos culturais,
sociedades estavam de -Bachofen (1815-
por terem dado origem, elas próprias, instituições 1887);
destinadas a evoluir nos m
às invenções. organizadas num
esmos t ermos das culturas
m ais “avançadas”. A todo com uma
 Otarefa
difusionismo acreditava
dos estudiosos era que as direcção ou
diferenças e semelhanças
medir a dimensão e culturais orientação
eram consequência
importância doda“atraso”
tendência facilmente
humana para imitar
que afetava os povose absorver traços identificáveis.
culturais, como se a humanidade
“primitivos” – isto é, das
possuísse umaque
culturas "unidade
diferiam psíquica",
do tal
como padrão
defendia Bastian.
europeu.
 As sociedades “primitivas”
 Para os adeptos desta
se encontravam corrente de
em estágio
pensamento,
equivalente à “Infância eda
as semelhanças
diferenças culturais resultaram mais
Humanidade”.
da presença ou ausença dos processos
de difusão do que das invenções
isoladas de diferentes culturas
(Marconi e Presotto, Atrop. Uma
Introdução 2001:258)
Difusionismo Inglês:
 Atribução a Egipto como único
local de origem da cultura.
 Defendia o estudo das culturas
 como totalidades integradas.

Dif. alemão-austriaco:
 Consideravam o grande objectivo
do método cultural histórico a
determinação histórica e geográfica
das combinações de lementos básico
chamados Kulturkreise (circulos
culturais). Para eles a cultura humana
ter-se-ia desenvolvido em alguma
parte do interior da Ásia, Urkultur
(centro de cultura) e daí se difundindo
para as mais longíquas partes do
mundo, em circulos cada vez mais
amplos, através das migrações.

Dif. Norte Americano:

 Defendia a reconstrução histórica
da cultura para poder compreendê-la;
 Defendia o estudo da história
cultural
 Pugnava pelo estudo de objectos e
acontecimentos singulares ou
específicos no tempo e no espaço.

Correntes Características Principais conceitos Principais autores Periodo

Funcionalismo Tanto o estruturalismo quanto o  Satisfação das Bronislaw

evolucionismo tem uma resposta pronta necessidades Malinowski (1884-
para o problema das diferenças entre os orgânicas ou básicas 1842);
homens e do seu plano numa escala de do homem e da raça
valores. O primeiro põe todos os homens - é o conjunto A.R. Radclafffe-
em todas as épocas, ao mesmo nível, pelo mínimo de Brown(1881-1955);
facto de que os mesmos princípios condições impostas
governam o seu comportamento e o seu a cada cultura; Leslie A. White
pensamento, e as desigualidades de (1978);
desenvolvimentos entre grupos e  Sistema - é
equilibrando-se na média - estando um entendido como Melo (1986);
mais avançado economicamente mas sendo um todo
Émile Durkheim
“subdesenvolvido” do ponto de vista organizado, embora
(1858 -1917);
religioso, ao passo que é o inverso para o tenha abordado
funcionalismo. Por seu lado, o sistema apenas sistemas de Talcott Edgar
funcionalista demonstra que os diferentes parentesco, sociais Frederick Parsons Entre a 1ª e a
grupos estão em estágio ou níveis de ou políticos; (13 de Dezembro, 2ª
desenvolvimento diferentes, mas que são 1902 - 8 de Maio,
todos iguais quanto ao potencial de  Cultura – é um todo Guerras
1979);
progressão Maurice Freedman sistemático, dotado mundiais
(Antropologia Social e Cultura 1978:161). de racionalidade Niklas Luhmann
própria, cujo ( 1927 – 1998);
 Se todos os seres humanos pertencem funcionamento deve
a uma espécie animal, só poderão ser captado em dado Louis Althusser
sobreviver quando as suas momento; ( 1918 - 1990).
necessidades biológicas forem
satisfeitas pelas culturas de que  Função social é a Maurice Freedman
participam; contribuição que um
fenômeno provê a
 As sociedades humanas e as suas um sistema maior do
 repectivas culturas existem como que aquele ao qual o
todos orgânicos, costituidos de partes fenômeno faz parte;
interdependentes;
 Alternativa
 Os mentores do funcionalismo funcional - é o
defendiam a visão sicrónica, fenômeno pelo qual
procurando conhecer a realidade a mesma função
cultural e a visão sistemática pode ser suprida por
relacionando a sociedade a um mais de um
organismo, a uma unidade complexa, componente de um
a um todo organizado; sistema social;

 Análise Funcional estuda todas

contribuições feitas pelo fenómeno
sócio-cultural para os sistemas dos
quais fazem parte.

Nome da Características Principais Conceitos Principais Periodo

Corrente Autores
 Estrutura é o
As diferenças entre as culturas sistema que reflete a .
particulares são apenas superficiais, de realidade social ou
pequena monta. As estruturas mentais cultural, seu
incoscientes são universais e estão por funcionamento às
trás de todas as culturas. São elas as alterações regulares
responsáveis em última análise, pelas a que está sujeita, o
formas particulares assumidas em cada rumo das
cultura transformações
provocadas por
factores externos à
 A comunicabilidade humana está na cultura, e as
raiz das relações culturais; previsões de
Estruturalismo reacção quando
 A troca (aiança e reciprocidade) alguma de suas
estabelece entre os indivíduos relações partes for afectada; Claud Lévis- Anos
de reciprocidade e funda o mecanismo  As relações Strauss (1908- 1960,1970
pelo qual surge e vive a cultura; sociais são a 2009)
matéria-prima
 A actividade peculiar da pessoa se empregada para
manifesta na capacidade de estabelecer construção dos
uma certa ordem nas trocas (exemplos: modelos que tornam
o incesto e casamento). manifesta a própria
estrutura social.
Nome da Corrente Características Principais Conceitos Principais Periodo
Autores

É considerada um prolongamento do .
difusionismo norte -americano, por  Configuração – é Edward Sapir;
estar voltada igualmente para as um todo funcional, Ruth F. Benedict
culturas particulares, embora formado de partes em (1887);
variando em métodos e enfoques. O reciprocidades de Fairchild
destaque dessa escola é para a acção; (1949:60);
integração e a singularidade do todo, Roger Keesing
que constituem seus elementos  CONCEITO: (1935-1993);
básicos de interesse. Também ficou Configuracionism o é
conhecida por dar um tratamento a “ combinação de
“psicológico” ou “tipológico” ao diversos traços e
comportamento cultural. complexos que
integram um sistema
de cultura de uma área
 Cada língua possui uma maneira de em um m omento
Configuracionismo
ser, uma forma integrada ou uma dado, que depende da
habilidade característica que lhe presença ou ausência
permite expressar certas coisas melhor de uns ou outros
do que outras. elementos da cultura e
da maneira como os
 A cultura forma um todo com uma mesmos se encontram
configuração inconsciente que, unidos” (Fairchild,
1949: 59-60).
geralmente, não é comunicada a mente.
Referencias Bibliográficas

BENEDICT, R. ( or. 1934): Padrões de Cultura. Lisboa: Edição.“Livros do Brasil.”.

Malinowski, B. – Uma teoria cientifica da cultura (RJ, Zahar, 1962)

Mills, Wright C. – A imaginação sociológica (RJ, Zahar,1975)
BRITO, W. A. Teorias e tendências da antropologia. In: Antropologia Cultural- cursos de administração.
Goiánia: FASAM 2008

MARTINZ. F.L. Antropologia cultural. Editora Brasilião. São Paulo. 2008.