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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIA
MATEMÁTICA FINANCEIRA

3º Teste - Guião de Correcção Data – 22/11/2017


Ano Lectivo 2017 (2º Semestre) Duração – 120 minutos

Leia com atenção o enunciado da prova, em caso de dúvida consulte o professor. Na sua resolução
apresente todos os cálculos.

1. “Uma renda com 100 termos pode ser considerada perpétua e uma outra com
1.000 termos pode não o ser, de todo". Concorda com esta afirmação? Responda
apresentando detalhadamente os seus argumentos.

Sim, concordo com a afirmação. Uma renda para ser considerada perpétua não significa
obrigatoriamente que n tenha que ser (ou tender para) infinito. Apenas significa que n
é suficientemente elevado de tal modo que o seu último termo não acrescenta valor ao
valor actual da renda. O que determina se uma determina renda é (ou pode ser
considerada) perpétua não é o valor de n, por si só, mas sim em conjunto com o valor da
taxa de juro.

Por exemplo: considerando uma renda com 100 termos anuais postecipados no valor de
MZN 2.000,00 cada, calcule o valor actual do 1º, do 50º e do 100º termos, admitindo as
seguintes taxas anuais:
i. Taxa anual de 10%; e
ii. Taxa anual de 15%.

Matemática Financeira – 3º Teste – 2º Semestre – 22.11.2017


Como se vê, considerando a taxa anual de 10%, o valor actual do 1º termo é de cerca de
1.818,182, mas o valor actual do 50º termo é de pouco mais de 17 meticais e o valor do
100º termo não chega nem aos 0,2 meticais. Considerando a taxa anual de 15%, esses
valores actuais passam a ser de 1.739,130; 1,846 e praticamente 0 mts, respectivamente.

Portanto, à taxa de actualização de 15% ao ano, a renda anual de 100 termos pode
perfeitamente considerar-se perpétua, pois os valores actuais dos termos seguintes
praticamente não altera o valor actual da renda. (1.5)

2. “Um empréstimo imediato contratado na modalidade de prestações constantes é


sempre reportado na origem da renda". Concorda com está afirmação? Responda
apresentando detalhadamente os seus argumentos.

Sim, concordo com a afirmação. Uma vez que num empréstimo imediato (tanto
posticipado como antecipado) a 1ª prestação ocorre no 1º período, a data do reporte
(momento zero) será sempre igual a origem ou início da renda. Não existe hipótese da
data de reporte (momento zero) ser diferente da origem da renda, uma vez que isso só é
possível quando se trata da renda diferida (em que a data de reporte é sempre anterior a
origem da renda). (1.5)

3. Desde que entrou na vida activa, com 25 anos, que o Sr. X procede à entrega anual
de uma importância correspondente a MT 2.500 para um fundo de poupança que
tem capitalizado à taxa de 3,4% ao ano. O objectivo do Sr. X é de levantar uma
quantia fixa, no início de cada mês, que lhe sirva de complemento à sua pensão de
reforma, situação que atingirá quando completar 55 anos. Determine essa quantia
fixa, considerando que a taxa de juro se mantém constante e sabendo que no País
onde vide o Sr. X a esperança média de vida dos indivíduos do sexo masculino é
de 68 anos e 6 meses.

O cálculo do montante acumulado aos 65 anos pelo Sr. X torna-se bastante simples uma
vez que corresponde ao valor de uma renda de acumulação de 40 termos (65 – 25 anos),
de 1.250 cada, capitalizados à taxa de 3,4% ao ano. Logo:

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 (1  3,4%) 30  1
R(n) = 2.500   = 126.953,45 (2.0)
 3,4% 
O problema surge quando pretendemos determinar a quantia fixa a levantar pelo Sr. X
após os 55 anos. Quando atingir a idade de reforma, a Entidade Gestora do Fundo de
Poupança não sabe ao certo quantos anos Sr. X irá viver e, como tal, quantas prestações
terá de pagar. Para apurar a quantia a entregar no início de cada mês, a Entidade
Gestora vai socorrer-se do parâmetro da esperança média de vida. Provavelmente, o Sr.
X irá viver até aos 68,5 anos, logo ser-lhe-ão efectuados pagamentos mensais durante
14,5 anos (uma vez que durante o 55º ano de vida, já se encontra a efectuar
levantamentos do fundo), o que corresponde a 174 meses. Os 126.953,45 acumulados
aos 55 anos constituem assim, o valor actualizado de uma renda de amortização de 174
termos antecipados e cujo montante pretendemos conhecer.
No que se refere à taxa, indo ocorrer levantamentos com uma periodicidade mensal,
temos que transformar a taxa anual de 3,4% numa taxa mensal equivalente:

(1+i)12 = (1+3,4%)  i = 0,279%


Assim,
1  (1  0,279%) 174 
126.953,45 = C*   (1+0,279%)  C = 919,43 (2.0)
 0,279% 

4. Um automóvel, que se encontra marcado pelo preço de MT 25.511,00 pode ser


adquirido através de um contrato de locação financeira nas seguintes condições:
 Entrada inicial correspondente a 20% do preço de pronto pagamento;
 Pagamento de despesas iniciais de contrato no montante de MT 127,55;
 Pagamento de 48 prestações mensais no montante de MT 300,00;
 No termo do contrato, o adquirente pode optar por adquirir a viatura pelo
valor residual correspondente;
 Taxa praticada na operação: 6% anual nominal.
No pressuposto de que, no termo da operação, o automóvel tem o valor comercial
de MT 8.000,00, diga se deve, ou não, o adquirente optar pela compra da viatura
ao abrigo do contrato. Justifique.

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Calculamos, desde já o montante da entrada inicial: 20%*25.511 = 5.102.2 (0.5)
Por sua vez, à taxa anual nominal de 6%, corresponde a seguinte taxa mensal:
i( k ) i(12) 6%
ik   i12   i12   i12  0,5% (0.5)
k 12 12
Deste modo a decidirmos acerca da aquisição da viatura, vamos determinar o montante
do valor residual e compará-lo com o preço de mercado. Podemos, então, estabelecer
que:
1  (1  0,5%) 48  -4
25.511 + 127,55 = 5102.2 + 300*   +R*(1+6,16778119%)
 0,5% 
R = 9.861,86 (2.0)

Como o valor residual é maior que o valor de mercado, significa que o adquirente não
deve optar por comprar a viatura ao abrigo do contrato de locação financeira. Seria,
assim, mais vantajoso adquiri-lo directamente no mercado. (1.0)

5. Empréstimo de MT 12.000,00, por 7 anos, contraído à taxa de juro de 5%. Durante


os primeiros 3 anos não há qualquer pagamento, nem para juro nem para reembolso.
Durante os outros anos, decorrerá o processo de amortização, através de reembolsos
constantes. Construa o quadro de amortização.

Como a primeira prestação vence daqui a 4 anos e não há qualquer pagamento nem de
capital nem de juros temos um prazo de diferimento de 3 anos.

12000 P P P P

0 1 2 3 4 5 6 7

 Dk = D0(1+i)k  D3 = 12000(1+5%)3  D3 = 13.891,5

n
D0 13891,5
D0   M  D0  nM  M  M  M  3472,88 (2.0)
i 1 n 4

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(2.0)
6. Relativamente a um dado empréstimo, reembolsável através de 16 prestações
semestrais constantes, sabe-se que:

M2 + M3 = MT 18.197,193
M1 + M2 = MT 16.849,253

Determine:

a) A taxa efectiva anual; (1.0)


M 1 (1  i)  M 1 (1  i) 2  18.197,193 M 1 (1  i)(1  1  i)  18.197,193
  
M 1  M 1 (1  i)  16.849,253 M 1 (1  1  i)  16.849,253

 (1+i) = (18.197,193/16.849,253)  i = 8%

 i  (1  ik ) k  1  i  (1  8%) 2  1  i = 16,64%

b) A 1ª amortização; (1.0)

 M 1  M 2  16849,253  M 1  M 1 (1  i)  16849,253 
M 1  M 1 (1  8%)  16849,253  M 1  8100,602404

c) A última amortização; (1.0)

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M 16  M 1 (1  8%)15  M 1  25696,47567

d) O montante da prestação; (1.0)

P  M n (1  8%)1  P  27752,19336

e) O capital mutuado. (1.0)

1  (1  i)  n 1  (1  8%) 16
D0  P.  D0  27752,19336  D0  245644,93
i 8%

Bom trabalho.

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