Apresentação
Sobre o professor
Fernando Paiva Rodrigues
Graduado em Engenharia Civil – 1994
Pós-graduado em:
Engenharia de Segurança – 1995
Perícias Judiciais – 1997
Gestão ambiental - 2000
Ergonomia - 2003
MBA em Gestão Integrada – 2010
Supervisor de Radioproteção da CNEN – 2008 E 2016
Pós-graduando em Higiene Ocupacional – 2018
23 anos de experiência em Segurança do Trabalho e Meio Ambiente
Empresas: Fiat, Votorantim, ArcelorMittal, Usiminas, Vale, outras
Sobre os alunos
Nome
Formação
Experiência atual e pregressa
Informações Práticas
5
Introdução
Introdução
Ar
Importante fonte de oxigênio para o metabolismo do homem.
Elemento que mantém o contato direto entre o ambiente ocupacional
e meio ambiente.
Contem vapor d’água, estabelece a temperatura natural do ambiente
e é responsável pela sensação de conforto térmico;
Meio material de propagação das ondas sonoras, importante para o
conforto acústico;
Transporta as impurezas suspensas e dispersa até as vias de penetração
e absorção do organismo;
Transporta essas mesmas impurezas para o ambiente externo ao
ocupacional, e vice-versa, etc.
Introdução
QT = A . R
R = 15m3/min/m2
Legislação – NR 22
22.24.10. A velocidade do ar no subsolo não deve ser inferior a 0,2m/s
nem superior à média de 8m/s onde haja circulação de pessoas.
22.24.10.1. Os casos especiais que demandem o aumento de limite
superior da velocidade para até 10m/s deverão ser submetidos à
instância regional do MTE.
22.24.10.2. Em poços, furos de sonda, chaminés ou galerias, exclusivos
para ventilação, a velocidade pode ser superior a 10m/s.
Legislação – NR 22
22.24.11. Sempre que a passagem por portas de ventilação acarretar
riscos oriundos da diferença de pressão, deverão ser instaladas duas
portas em série, de modo a permitir que uma permaneça fechada
enquanto a outra estiver aberta, durante o trânsito de pessoas ou
equipamentos.
22.24.11.1. A montagem e desmontagem das portas de ventilação
somente será permitida com autorização do responsável pela mina.
Legislação – NR 22
22.24.12. Na corrente principal, as estruturas utilizadas para a
separação de ar fresco do ar viciado, nos cruzamentos, devem ser
construídas com alvenaria ou material resistente à combustão ou
revestido com material antichama.
22.24.12.1. Os tapumes de ventilação devem ser conservados em boas
condições de vedação de forma a proporcionar um fluxo adequado
de ar nas frentes de trabalho.
22.24.13. A instalação e as formas de operação do ventilador principal
e do de emergência devem ser definidas e estabelecidas no projeto
de ventilação constante do plano de lavra.
Legislação – NR 22
22.24.14. O sistema de ventilação deve atender, no mínimo, aos
seguintes requisitos:
A) Possuir ventilador de emergência com capacidade que mantenha a
direção do fluxo de ar, de acordo com as atividades para este caso,
previstas no projeto de ventilação;
B) As entradas aspirantes dos ventiladores devem ser protegidas;
C) O ventilador principal e o de emergência devem ser instalados de modo
que não permitam a recirculação do ar e
D) Possuir sistema alternativo de alimentação de energia proveniente de
fonte independente da alimentação principal para acionar o sistema de
emergência nas seguintes situações:
I. minas sujeitas a acúmulo de gases explosivos ou tóxicos e
II. minas em que a falta de ventilação coloque em risco a segurança das pessoas
durante sua retirada.
Legislação – NR 22
22.24.14.1. Na falta de alimentação de energia e de fonte
independente da alimentação principal, o responsável pela mina
deverá providenciar a retirada imediata das pessoas.
22.24.15. A estação onde estão localizados os ventiladores principais e
de emergência deve estar equipada com instrumentos para medição
da pressão do ar.
22.24.16. O ventilador principal deve ser dotado de dispositivo de
alarme que indique a sua paralisação.
Legislação – NR 22
22.24.17. Os motores dos ventiladores a serem instalados nas frentes
com presença de gases explosivos devem ser a prova de explosão.
22.24.18. Todas as galerias de desenvolvimento, após 10m de
avançamento, e obras subterrâneas sem comunicação ou em fundo-
de-saco devem ser ventiladas através de sistema de ventilação auxiliar
e o ventilador utilizado deverá ser instalado em posição que impeça a
recirculação de ar.
22.24.18.1. A chave de partida dos ventiladores deve estar na corrente
de ar fresco.
Legislação – NR 22
22.24.19. Para cada instalação ou desinstalação de ventilação auxiliar
deve ser elaborado um diagrama específico, aprovado pelo
responsável pela ventilação da mina.
22.24.20. A ventilação auxiliar não deve ser desligada enquanto houver
pessoas trabalhando na frente de serviço, salvo em casos de
manutenção do próprio sistema e após a retirada do pessoal,
permitida apenas a presença da equipe de manutenção, seguindo
procedimentos previstos para esta situação específica.
22.24.21. É vedada a ventilação utilizando-se somente ar comprimido,
salvo em situações de emergência ou se o mesmo for tratado para a
retirada de impurezas.
22.24.21.1. O ar de descarga das perfuratrizes não é considerado ar de
ventilação.
Legislação – NR 22
22.24.22. O pessoal envolvido na ventilação e todo o nível de
supervisão da mina, que trabalhe em subsolo, deve receber
treinamento em princípios básicos de ventilação de mina.
22.24.23. Devem ser executadas, mensalmente, medições para
avaliação da velocidade, vazão do ar, temperatura de bulbo seco e
bulbo úmido contemplando, no mínimo, os seguintes pontos:
caminhos de entrada da ventilação;
frentes de lavra e de desenvolvimento e
ventilador principal.
22.24.23.1. Os resultados das medições devem ser anotados em
registros próprios.
22.24.24. No caso de minas grisutosas ou com ocorrência de gases
tóxicos, explosivos ou inflamáveis o controle da sua concentração
deve ser feito a cada turno, nas frentes de trabalho em operação e
nos pontos importantes da ventilação.
Legislação – NR 22 (item 6.2.5.2 da NRM 6)
QUADRO II
Determinação da vazão de ar fresco conforme disposto no item 22.24.8
a) Cálculo da vazão de ar fresco em função do número máximo de
pessoas ou máquinas com motores a combustão a óleo diesel [m³/min]
QT = Q1 x n1 + Q2 x n2
Onde:
QT = vazão total de ar fresco em m3/min
Q1 = quantidade de ar por pessoa em m3/min (minas de carvão =
6m3/min; outras minas =2m3/min)
n1= número de pessoas no turno de trabalho
Q2 = 3,5 m3/min/cv (cavalo-vapor) dos motores a óleo diesel
n= número total de cavalo-vapor dos motores a óleo diesel em operação.
Exercício
Calcule a vazão mínima total necessária para renovação de ar
fresco na frente de trabalho de mina subterrânea de carvão que
operam com motores diesel onde trabalham 200 pessoas, sabendo
que há:
2 escavadeiras com 700cv cada
2 carregadeiras com 200cv cada
10 caminhões com 1.200cv cada
2 caminhões com 1.700cv cada
QT = Q1 x n1 + Q2 x n2
Legislação – NR 22
b) Cálculo da vazão de ar fresco em função do consumo de explosivos
[m³/min]
0,5 𝑥 𝐴
𝑄𝑇 =
𝑡
Onde:
QT = vazão total de ar fresco em m3/min
A = quantidade total em quilogramas de explosivos empregados por
desmonte
t = tempo de aeração (reentrada) da frente em minutos
Exercício
Calcule a vazão mínima total necessária para renovação de ar fresco
na frente de trabalho de mina subterrânea de carvão que operam
com motores diesel onde trabalham 200 pessoas e utilizam-se
1tonelada de explosivos, sabendo que há:
2 escavadeiras com 700cv cada
2 carregadeiras com 200cv cada
10 caminhões com 1.200cv cada
2 caminhões com 1.700cv cada
0,5 𝑥 𝐴
𝑄𝑇 =
𝑡
Legislação – NR 22
c) Cálculo da vazão de ar fresco em função da tonelagem mensal
desmontada [m³/min]
𝑄𝑇 = 𝑞 𝑥 𝑇
Onde:
QT = vazão total de ar fresco em m3/min
q = vazão de ar em m3/minuto para 1.000 toneladas desmontadas por
mês (mínimo de 180m3/minuto/1.000 toneladas por mês)
T = produção em toneladas desmontadas por mês.
Exercício
Calcule a vazão mínima total necessária para renovação de ar fresco
na frente de trabalho de mina subterrânea de carvão que operam
com motores diesel onde trabalham 200 pessoas e utilizam-se
1tonelada de explosivos para desmontar 400.000kg de minério e estéril
por mês, sabendo que há:
𝑄𝑇 = 𝑞 𝑥 𝑇
Ventilação para conforto térmico
Definição
Ventilação pode ser definida como a movimentação intencional do ar
de forma planejada a fim de atingir um determinado objetivo.
A diferença de pressão
exercida sobre o edifício pode
ser causada pela ação dos
ventos.
as paredes expostas ao vento
estarão sujeitas a pressões
positivas (sobrepressões),
enquanto as paredes não
expostas ao vento e à
superfície horizontal superior
estarão sujeitas a pressões
negativas (subpressões).
Ventilação por
ação dos ventos
φ𝑣 = 𝑐𝑎 . 𝐴𝑜 . 𝑉. 𝑐𝑒 − 𝑐𝑠
onde:
φv — fluxo ou vazão de ar pela ação dos ventos (m3/s);
ca — coeficiente de perda de carga por ação dos ventos (0,6);
Ao— área equivalente das aberturas (m2);
v — velocidade do vento externo resultante na abertura (m/s);
ce — coeficiente de pressão da abertura de entrada de ar;
cs — coeficiente de pressão da abertura de saída de ar.
Ventilação por ação dos ventos
Área equivalente das aberturas (Ao), será função das áreas das
aberturas de entrada e de saída do ar, dentro da seguinte relação:
1 1 1
2
= 2 . 2
𝐴𝑜 𝐴𝑒 𝐴𝑠
onde:
Ae — área da abertura de entrada (m2);
As — área da abertura de saída (m2).
Ventilação por ação dos ventos
No caso de o vento não ser normal à abertura: (m/s)
𝑉 = 𝑉𝑜 . 𝑐𝑜𝑠θ
sendo:
Exercício
Calcule a vazão de ar pela ação dos ventos em uma edificação
situada em local sem interferência de outras edificações cuja área
de entrada da ventilação, na parede de sobrepessão, seja de
50m2 e a área de saída da ventilação, em parede oposta, seja de
60m2. Considerando que a incidência de ventos de 8m/s ocorre
em 60º com a normal a fachada da edificação.
Dado:
ce – cs = 0,2
Ventilação por efeito chaminé
Efeito causado pelas diferenças de pressões originadas das
diferenças de temperaturas do ar interno e externo ao edifício. (m3/s)
φ𝑐 = 0,14 . 𝐴 . 𝐻 . Δt1
Onde:
φc — fluxo de ar por efeito chaminé;
A — área da abertura, considerada a de entrada ou de saída, segundo
seja esta ou aquela a menor (m2);
H — altura medida a partir da metade da altura da abertura de entrada
de ar até a metade da abertura de saída do ar (m);
Δt — variação de temperatura
Ventilação por efeito chaminé
Quando as duas aberturas,
de entrada e de saída, têm
áreas iguais, a fórmula
acima já fornece o fluxo de
ar produzido pelo efeito
chaminé.
Quando as aberturas não
são iguais, o incremento no
fluxo causado pelo
excedente da área de
uma abertura sobre a outra
pode ser calculado através
do gráfico
Exemplo
Encontrar a variação de temperatura em um recinto (3x6x2,7)m utilizado
por 4 pessoas.
2 – Dado:
Total de ganhos de calor obtidos pela radiação solar nas partes componentes da
edificação (cobertura, vidros, paredes, etc)
Q = 1423 + 260 Q = 1623 W (hora mais desfavorável do dia)
N = 6 ⁄h
V = 3 × 6 × 2,7 = 48,6 m3
Qvent ′ = 0,35 × 6 × 48,6 Δt
Qvent ′ = 101 Δt (W)
Exemplo
Encontrar a variação de temperatura em um recinto (3x6x2,7)m utilizado por
4 pessoas, tendo como dados:
Sabendo-se que:
Q = Q’
Q’ = Qt’ + Qvent’
Qvent’ = 0,35 ⋅ N ⋅ V ⋅ Δt (W)
Ventilação para controle do ar
Classificação
Ventilação
Ventilação Geral Diluidora (V.G.D.) – ventila o ambiente como um todo.
Ventilação Local Exaustora (V.L.E.) – retira substâncias do local gerador.
Tipos de contaminantes do ar
As substâncias emitidas nos ambientes podem estar na forma de
partículas sólidas ou líquidas (aerossóis) ou na forma gasosa (gases e
vapores) ou na forma mista.
A forma como a substância é emitida é importante do ponto de vista
da ventilação e também do ponto de vista toxicológico.
Partículas grosseiras (>40μm) se depositam logo após a emissão e não
representam em geral um problema de saúde ocupacional.
A inercia das partículas maiores também é importante do ponto de
vista aerodinâmico e deve ser levado em consideração quando do
projeto de sistemas de captação e transporte.
Dentre as partículas pequenas destacam-se aquelas de diâmetros
menores, (10μm) que são consideradas respiráveis.
μm = 1x10-6metros
Tipos de contaminantes do ar
Densidades dos gases
0,09Kg/m3
H
2
0,76Kg/m3 0,79Kg/m3
CH
4 GN
1,26Kg/m3 1,29Kg/m3
C2
H4 ar
1,35Kg/m3
C2
2,01Kg/m3
H6
2,35Kg/m3
C4H
10
GLP
Tipos de contaminantes do ar
< diâmetro da partícula, > probabilidade de penetração nas
partes mais profundas do aparelho respiratório
Causam danos à saúde dependendo da:
toxicidade
quantidade de partículas presentes no fluxo
tempo de exposição.
Conceitos
Ventilação é o processo de renovar o ar de um recinto. (conforme
ABNT e ASHRAE)
É uma tecnologia empregada:
como Medida de Controle para mitigação e compensação de Riscos,
Fatores ou Agentes Ambientais e Ocupacionais (Anexo da Port. 25 de
29/12/94, Tabela I do MTE.)
nos processos de transferência e transporte de massa, energia térmica,
controle e monitoramento da pressão do meio ambiente interno.
Conceitos
Ventilação natural
é o deslocamento controlado ou intencional de ar através de
aberturas específicas, como portas, janelas, lanternins e dispositivos
para ventilação.
Lanternins
Exaustores eólicos
Ventilação natural
Estimativa do Fluxo de Ventilação gerada por ação direta dos Ventos
O uso dos ventos para produção de ventilação deve considerar :
• Velocidade média do vento;
• Direção predominante;
• Variações diárias e sazonais;
• Interferências locais por obstruções.
Como base de cálculo, dimensiona-se para uma velocidade de 50%
do valor da velocidade média sazonal local. Obs.: Dados diários em
(http://www.cptec.inpe.br/ )
Ventilação natural
𝑸 = 𝑨. 𝑽. φ
A – aberturas de área total (ft2)
Aplicação Q (pés3/min/pessoa)
Sala de reuniões 50
Fábricas 10 -16
Laboratórios 20
Conceitos
Ventilação geral
É um dos métodos disponíveis para controle de um ambiente
ocupacional; consiste na movimentação de quantidades,
relativamente grandes, de ar através de espaços, objetivando uma
melhoria do ambiente pelo controle da temperatura, umidade,
velocidade, distribuição e pureza do ar.
Segundo as principais finalidades, a VG pode ser classificada em:
VG para manutenção do conforto e eficiência do homem, através do
restabelecimento das condições do ar alteradas pela presença do
homem, ou da refrigeração e aquecimento do ar.
VG para manutenção da saúde e segurança do homem através do
controle da concentração de gases, vapores e partículas emitidas no ar
ocupacional.
Conceitos
A ventilação geral pode ser fornecida pelos seguintes métodos:
Insuflação e exaustão naturais
Insuflação mecânica e exaustão natural
Insuflação natural e exaustão mecânica
Insuflação e exaustão mecânicas
Conceitos
Ventilação Geral Diluidora
Consiste em passar uma corrente de ar externo, não contaminado,
através do recinto a ser purificado, reduzindo ou eliminando a
concentração indesejável.
Mais econômico.
Usada em:
Recintos onde há grande número de geradores de contaminantes com
baixas concentrações.
Para redução do calor do ambiente gerado por radiação infravermelha.
Para ambientes com risco de deficiência de oxigênio.
Conceitos
Ser humano, em média:
Produz 0,74 ft3/h (21 litros/h) de CO2
Consome 0,89ft3/h (25 litros/h) de O2
Ventilação Geral Diluidora
Ventilação Geral Diluidora
Distribuição do ar no recinto
Renovar o ar não significa que tornar-se-á salubre.
Necessário que o ar seja distribuído para redução da taxa de
contaminante em todos os pontos.
Necessário conhecer a forma como o ar externo se mistura ao ar
interno.
Ventilação Geral Diluidora
Limites de Tolerância
Concentrações médias, suspensas ou dispersas, em um ambiente
num determinado intervalo de tempo.
Representa condições, acima dele, que se presume serem
adversas a saúde a quase totalidade dos expostos.
Representa condições, abaixo dele, que se presume não serem
adversas a saúde a quase totalidade dos expostos.
Gases
Gases tóxicos
Serem mantidos em capelas com exaustão permanente;
Haver renovação forçado do ar em laboratórios;
Instalar equipamentos de monitoramento com alarme;
Aplicação da V.G.D.
3 formas
Volume de ar por pessoa – remover odores
Quantidade de ar para produzir correntes em velocidades pré-
estabelecidas – melhorar o conforto
Volume de ar na base de renovações totais de ar do recinto
(norma)
Aplicação da V.G.D.
3 formas
Volume de ar por pessoa – remover odores
De 6 a 12 trocas/h
Volume = 30 x 10 x 4 = 1.200m3
Volume mínimo de ar = 6trocas/h x 1.200m3/troca = 7.200m3/h
Volume de ar = 12trocas/h x 1.200m3/troca = 14.400m3/h
Exemplo
Em um escritório de 30 x 10 x 4m, com 30 pessoas. Qual o volume de ar
necessário para ventila-los?
3ª maneira
Baseado na velocidade de 1,5m/min a 15m/min
Área de passagem de ar = 4m x 10m = 40m2
387 106
𝑄𝑁 = 𝐺 𝑥 𝑥 𝑥𝑘
𝑀 𝐿𝑇
Onde:
QN = Vazão necessária (pé3/min)
LT = Limite de Tolerância (ppm em volume) – concentração desejada
M = massa molecular (lb/lb mol)
G = taxa de geração da substância que se quer diminuir (lb/min)
387 = volume em lb mol de qualquer gás a 70oF a 1atm (volume
molecular)
V.G.D.
Taxa de ventilação (Gases e vapores) em unidades métricas
𝑚3 𝑘𝑔 24,1 106
𝑄𝑁 ( ) = 𝐺 𝑥 𝑥 𝑥𝑘
ℎ ℎ 𝑘𝑔 𝐿𝑇 (𝑝𝑝𝑚)
𝑀( )
𝑘𝑔𝑚𝑜𝑙
Onde:
QN = Vazão necessária (m3/h)
LT = Limite de Tolerância (ppm) – concentração desejada
M = massa molecular (kg/kg mol)
G = taxa de geração da substância que se quer diminuir (kg/h)
24,1 = volume em kg mol de qualquer gás a 21oC a 1atm (volume molecular)
V.G.D.
Fator de Segurança - k
Tipo de entrada e Substância Substância Substância
saída de ara altamente tóxica moderadamente levemente tóxica
(LT ≤ 100ppm tóxica LT ≥ 500ppm
(100 < LT < 500ppm)
Teto perfurado para
Não recomendado 3 1,5
entrada de ar
Bons difusores para
Não recomendado 3a6 2a3
entrada de ar
Janelas para
entrada de ar e
exaustores de Não recomendado 6 a 10 3a6
parede para saída
de ar
V.G.D.
TLV Peso Gravidade Limites de explosividade
Substância
(ppm) molecular específica % em volume
Gás cianídrico 4,7 27,03 0,688 5,6 40
Tolueno 20 92,13 0,866 1,27 6,75
Monóxido de carbono 25 28,1 0,968 12,5 74,2
Metanol 200 32,04 0,792 6,72 36,5
Gasolina 300 86 0,66 1,3 6
Exemplo
Um adesivo contendo 60% de determinado solvente é aplicado numa
operação industrial de 1,5l/h. Determine a taxa de ventilação necessária
para diluir o solvente ao nível do TLV.
Dados:
GE = 0,87 (gravidade específica)
M = 92,13
ρ 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 ρ 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐺𝐸 = =
ρ 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡. 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 ρ á𝑔𝑢𝑎
ρ 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 = ρ á𝑔𝑢𝑎 𝑥 𝐺𝐸
1𝑘𝑔 𝑘𝑔
ρ 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑥 0,87 = 0,87
𝑙 𝑙
Exemplo
Um adesivo contendo 60% de determinado solvente é aplicado numa
operação industrial de 1,5l/h. Determine a taxa de ventilação necessária
para diluir o solvente ao nível do TLV.
Taxa de geração
𝑙 𝑘𝑔 𝑘𝑔
𝐺 = 1,5 𝑥 0,6 𝑥 0,87 = 0,783
ℎ 𝑙 ℎ
Vazão necessária
𝑘𝑔
0,783 10 6 𝑚 3
𝑄𝑁 = ℎ 𝑥 24,1 𝑥 𝑥 6 = 6.153
92 200 ℎ
Exemplo
Um ambiente com 500m3 de volume tem 50 fumantes, cada um fuma
2 cigarros por hora. Um cigarro emite, além de outras coisas, 1,4mg de
formaldeído (HCHO). Formaldeído converte em dióxido de carbono
com taxa de coeficiente de reação K = 0,4/h. Ar fresco entre no
ambiente a taxa de 1.000m3/h e é exaurido na mesma taxa. Estima-se
a completa mistura do formaldeído no ar. Em 25oC e 1atm de
pressão, como se compara com o TLV para irritação nos olhos de
0,5ppm?
Exemplo
Solução
A taxa de geração de formaldeído no ar é de:
Taxa de entrada = 50 fumantes x 2 cigarros/h x 1,4 mg/cigarro = 140
mg/h de formaldeído
Taxa de decaimento = K . C . V
Taxa de decaimento = 0,4/h . C (mg/m3) . (500 m3)
Taxa de decaimento = 200. C (mg/h)
Exemplo
Solução
Taxa de decaimento = Taxa de geração – Taxa de saída
Taxa de geração = Taxa de saída + Taxa de decaimento
𝑚𝑔
𝐶 𝑥 24,45 24,45
𝐶 𝑝𝑝𝑚 = 𝑚3 = 0,117 𝑥 = 0,095𝑝𝑝𝑚
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 30,03
𝑘𝑔
𝑚3 20,88 ( ) 102 5
𝑄𝑁 = ℎ 𝑥 24,1 𝑥 𝑥
ℎ 92,13 1,27 1
𝑚3 273+90
A 21oC e 1atm - 𝑄𝑁 = 2.153 𝑥 = 2.658 𝑚3/ℎ
ℎ 273+21
Exercício
Ventilação Local Exaustora
Ventilação Local Exaustora
Capta o contaminante diretamente da fonte;
Evita ou reduz a dispersão
Mais adequada na proteção do homem
Filtro V/M
vídeo
Ventilação Local Exaustora
Captor: equipamento onde o contaminante é sugado para o sistema,
podendo variar devido à complexidade da máquina ou equipamentos
onde são instalados, de forma simples ou complexa, pois a sua
eficiência estará ligada diretamente com o sucesso ou falha na
captação, tornando um componente importantíssimo.
Ventilação Local Exaustora
Ventilação Local Exaustora
Dutos: interliga a fonte contaminante ao reservatório coletor, onde será
depositado.
Ventilador: fornece a energia para produzir o deslocamento dos gases.
Coletor: equipamento de controle de poluição, responsável por evitar
a poluição atmosférica circunvizinha à indústria, armazenando o
contaminante em seu interior.
Chaminé: integra o sistema de transporte do contaminante e parte
final do sistema, com finalidade de lançamento na atmosfera.
Ventilação Local Exaustora
Captação
Ponto fundamental do sistema
Geometria
Posicionamento
Velocidade de captura no ponto mais desfavorável
Vazão
Energia do captor
Ventilação Local Exaustora
Captores
Quanto a forma:
Enclausurantes (capelas)
Cabine (pintura)
Externos (coifa)
Receptores (no sentido do fluxo do poluente)
Ventilação Local Exaustora
Premissas
Mais próximo possível da fonte
Melhor captação
Menor custo
Tipo de poluente – toxicidade
Restrições de espaço
Condições operacionais
Não ocasione problemas operação
Não dificulte a movimentação de pessoas e materiais
Apresente menor perda de carga
Necessite de menor vazão de captação
Ventilação Local Exaustora
Aspectos importantes no projeto e localização do captor
Vazão varia com o quadrado da distância
Quanto maior a distância do captor a fonte, maior o risco de correntes
transversais de ar.
Q=4000 captor
Correntes
transversais
fonte fonte
Ventilação Local Exaustora
Aspectos importantes no projeto e localização do captor
Direção do fluxo do contaminante captado em relação ao homem
coifa
coifa
Tanque Tanque
Ventilação Local Exaustora
Aspectos importantes no projeto e localização do captor
Enclausuramento da fonte reduz a vazão de exaustão e melhora a
eficiência da captação
Área aberta, incidência de correntes transversais.
captor captor
correia correia
tremonha tremonha
Ventilação Local Exaustora
Aspectos importantes no projeto e localização do captor
Gases e vapores se misturam ao ar
Considerar a densidade da mistura para cálculo de ventilação
Casos de alta emissão de gases, considera-se a densidade do gás
para posicionamento dos captores
Ventilação Local Exaustora
Velocidade de captura
É a velocidade que deve ter o ar na região estabelecida de forma a captar
os poluentes conduzindo-o para dentro do captor.
Se poluente emitido no ponto mais desfavorável for captado, todos o serão.
Velocidade de controle = velocidade de captura
Depende de:
Tipo e tamanho de captor
Velocidade e quantidade de emissão
Toxicidade
Grau de movimentação do ar no ambiente
Ventilação Local Exaustora
Velocidade de captura
Q= 𝐴𝑐 . 𝑉𝑐
Vazão = Área da superfície de controle x velocidade do ar na superfície de controle
Ventilação Local Exaustora
Com fenda
<0,2 𝑄 = 2,8. 𝐿. 𝑉. 𝑋
flangeada
Abertura sem
≥0,2 𝑄 = 𝑉. (10. 𝑋 2 . 𝐴)
flange
Abertura com
≥0,2 𝑄 = 0,75. 𝑉. (10. 𝑋 2 . 𝐴)
flange
𝑄 = 𝑉. 𝐴 = 𝑉𝑊𝐻
Cabine --
𝑄 = 1,4. 𝑃. 𝐻. 𝑉
Coifa --
P = perímetro do tanque
Ventilação Local Exaustora
Ventilação Local Exaustora
Seleção de captores depende da experiência e bom senso
Toxicidade do poluente
Espaço físico
Condições operacionais
Posição
Mais próximo possível
Menor vazão – menor custo
Reduzida eficiência de correntes cruzadas
Enclausuramento maior possível
Uso de flanges, anteparos (evita correntes cruzadas)
Direção do fluxo de ar induzido e contaminado
Ventilação Local Exaustora
Dutos
Transporte de poluentes em dutos depende da velocidade do ar.
Gases tem pouca sedimentação, mesmo em baixas velocidades
Velocidades mais econômicas 5 a 10m/s
Fluxo Axial.
Ventilação Local Exaustora
Ventiladores quanto a forma das pás:
Pás retas;
Pás inclinadas para trás ou para frente;
Pás curvas de saída radial;
Ventilação Local Exaustora
Outras classificações
Número de entradas
Unilateral ou de aspiração simples e
Bilateral ou de dupla aspiração.
Segundo o número de rotores:
Simples estágio e
Duplo estágio.
Ventilação Local Exaustora
Coletores
Sistema de filtragem para poluentes
Perdas de carga consideráveis no dimensionamento do sistema
Perda de carga que se altera com o uso
Ventilação Local Exaustora
COLETORES
Evitar a poluição da atmosfera próxima às indústrias que geram ou
transportam materiais particulados, gases ou vapores;
Evitar o risco de fogo, no caso de o contaminante ser inflamável, ou
contaminação, no caso de o contaminante ser tóxico;
Recuperar o material particulado, gás ou vapor, no caso de apresentarem
valor econômico;
Separar e classificar granulometricamente o material particulado gerado,
com o intuito de se diminuir custos de transporte. Ex.: no transporte
pneumático, correias transportadoras, elevadores de caneca, etc;
Reutilizar ar previamente tratado. Ex.: em salas limpas, transporte
pneumático de materiais higroscópicos, etc;
Evitar o desgaste do sistema por abrasão pela retenção de particulados
grandes.
Ventilação Local Exaustora
Ventilação Local Exaustora
Ciclones
Ventilação Local Exaustora
Câmara gravitacional
Ventilação Local Exaustora
Filtros de manga
Ventilação Local Exaustora
Lavador de gases
Ventilação Local Exaustora
Precipitador eletrostático
Ventilação Local Exaustora
COLETORES
Seleção
Grau de purificação desejado: está relacionado com as normas que
regulamentam os níveis de poluição do ar em indústrias de
processamento, com a qualidade do ar em salas limpas, etc;
Concentração, tamanho e distribuição granulométrica das partículas:
identificam os tipos de coletores para se atingir uma dada eficiência
de coleta;
Propriedades físicas do contaminante;
Viscosidade: influenciam a potência requerida e provoca alterações
na eficiência de coleta;
Ventilação Local Exaustora
COLETORES
Seleção
Umidade: contribui para o empastamento das partículas sobre o
coletor, acarreta problemas de corrosão e influência a resistividade
elétrica nas partículas;
Densidade: é determinante a identificação do tipo, eficiência e
tamanho de coletor;
Propriedades químicas do contaminante: são importantes quando
existe a possibilidade de reação química entre o ar de transporte, o
material coletado e os materiais de fabricação;
Ventilação Local Exaustora
COLETORES
Seleção
Condições do ar de transporte.
Temperatura: influencia o volume do ar de transporte, a especificação dos
materiais de construção e o tamanho do coletor. Também está
relacionada com as propriedades físicas (viscosidade, densidade) e
químicas (adsorção, solubilidade) do ar de transporte.
Pressão: influencia a escolha do tipo e tamanho do coletor, agindo,
também sobre a perda de carga admissível através do mesmo.
Facilidade de limpeza e manutenção; influencia a escolha do tipo de
coletor e a frequência de interrupção do processo;
Fator econômico: tem influencia na especificação do tipo e eficiência do
coletor.
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