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UNIVERESIDADE FEDERAL FLUMINENSE

NUCLEO DE ESTUDOS GERAIS

DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

DISCIPLINA: INDIVIDUO E SOCIEDADE / 2°SEMESTRE 2014

PROFº: ANTONIO RAFAEL

ALUNO: DANIEL ZÜRCHER

Projetos Sócias Em Favelas:


“O Bem Dentro Do Mal”

1
Introdução

Pretendo com este trabalho, juntar um pouco da pesquisa que realizo na favela
da Grota1, e relacionar com a ideia do combate as drogas e violência. Desmitificando
alguns aspectos das drogas, sendo sempre visto como um mau que precisar ser
combatido, e alguns dos pontos desses projetos sócias nas favelas tem o objetivo de
livra os jovens do mundo do crime e das drogas, sempre associando o crime com as
drogas. E com essa ideia pretendo desenvolver este meu trabalho, sendo voltado bem
pra parte teórica, pelo fato deste tema não ser o meu foco dentro do campo. Irei abordar
também ao longo do texto, questões de como esses jovens são vistos de fora da favela,
dos estigmas que eles carregam por serem moradores daquela comunidade.

Quero nesta introdução explicar um pouco de meu campo, e de como foi a


entrada nele, e um pouco do trabalho que venho realizando ao longo deste semestre.
Realizo minha pesquisa no Espaço Cultural da Grota, onde acontecem aulas de musicas,
e ensaios de orquestras, formadas pelos alunos, sendo na maior parte residentes a
própria favela da grota. E o espaço da orquestra seria como uma zona livre das drogas,
como acontece na maioria dos projetos sociais relacionados a favelas, essa politica de
acabar com as drogas entre os jovens das favelas, e sempre associando a droga ao
mundo do crime.

Quando comecei a projetar o inicio da minha pesquisa na Grota, eu não sabia ao


certo qual seria o enfoque que queria dar para o trabalho, queria trabalhar um que
abrangesse um todo dentro da orquestra, foi então que pensei em duas questões
principais que me interessariam desenvolver, uma seria a questão das emoções, e a outra
seria essa questão de tirar o jovem do mundo das drogas. Espero ao longo deste trabalho
conseguir relacionar bem a ideia desses projetos sociais em geral, com a questão da
droga e da violência nas comunidades do rio de janeiro. Para o primeiro capitulo deste
trabalho quero abrotar o tema, o que é uma favela? E o que seriam os chamados
favelados?.

1
Grota do Surucucu, é uma favela situada no começo de São Francisco, é e considerada uma das favelas
mais violentas de Niterói. E é lá que fica a sede central da orquestra de cordas da Grota onde acontece
os ensaios e aulas do projeto.

2
Favelas: O que são?

Para este capitulo quero utilizar o texto da BIRMAN, que seria “favela é
comunidade?”, onde ela aponta alguns aspectos da favela que acho de muita
importância trazer para complementar e introduzir um pouco a temática que vou
desenvolver mais para frente neste trabalho.

Neste texto ela aborda a identidade que se cria para o favelado, pegando um
trecho do texto dela, onde ela cita os atores que fazem essa identificação da favela:

“Os atores dessas identificações não são


somente aqueles que participam diretamente do
governo, mas também as varias agências e
associações que lá se encontram: igrejas, clubes
de futebol, ONGs, associações culturais diversas.
Contudo, não encontramos unanimidade em
relação a essas identificações. (...)” (BIRMAN,
2008,p.104)

Por tanto podemos ver que existem inúmeras imagens sobre a favela e o
favelado, sendo a favela associada as drogas, e as drogas associada ao crime, e podemos
observar que a questão mais trabalhadas nesses projetos, são para tirar o jovem da
“vagabundagem” da rua, e afastando ele do mundo das drogas e com isso combatendo o
crime. Onde podemos observar que a ideia de droga e crime na favela sempre andam
junto, levando sempre em conta que a droga seria o mal, por esta associada sempre ao
crime. E esse jovens são sempre julgados como indivíduos com tenências ao crime, por
carregar certo estereótipos, e estes projetos são vistos muita das vezes como a porta de
saída para esses jovens.

“Alguns jovens que conseguem sair do


estereotipo do Favelado não querem ser reconhecidos
como pertencentes a favela, para tentar fugir desses
estereótipos que são impostos a eles, dessa forma
começa a ter uma leve segregação na favela, por ambos
os lados, tanto alguns jovens não querem (ou não são)
vistos como Favelados, como alguns moradores da
favela, não querem que esse jovem seja comparado com

3
eles, sendo que de alguma forma esses jovens não
pertencesse mais aquele meio da favela.”(ZÜRCHER,
Daniel, 2014 p.6)

De acordo com essa citação, quero abrir um ponto que irei discutir no capitulo
final, que seria a questão dos estereótipos e estigmas que os jovens das favelas
carregam, pelo fato de morarem em favelas.

Droga, fronteiras do bem ao mal

Para começar está parte, quero pegar um trecho do texto da Taniele Rui “Pois
não se pode esquecer que tanto o trafico quanto o consumo de drogas estão
encapsulados por uma pratica proibicionista atravessada por desigualdades sociais”
(RUI, Taniele, 2012, p.24), com está citação acima quero discutir alguns pontos, não só
da pratica proibicionista, mas do tratamento diferenciado que a na classe media em
contra posição a classe pobre habitante nas favelas. Podemos pegar a pratica desses
projetos, podendo ser comparada as praticas proibisionistas em uma maneira mais
ampla. Sendo em alguns desses projetos, não só uma ideia de conscientizar sobre os
maus das drogas, mas uma ideia proibisinista mesmo, sendo muita das vezes essas
praticas ligadas a projetos envolvendo esportes. Fazendo com que o jovem seja
obrigado a não consumir certos tipos de drogas para fazer parte das atividades que o
projeto proporciona, e essa ideia e bem rica para ser discutida se pegarmos a barreira
entre as drogas licitas e ilícitas. Pegamos como exemplo um projeto social, que leva o
futebol para as favelas, sempre com o discurso de “diga não as drogas”, mas chega no
fim de semana marcam para fazer um churrasco para comemorar algo, neste churrasco
certamente terá aquela “cervejinha”, que não pode faltar em nenhum churrasco, que em
muito dos casos não pode faltar nem no dia-a-dia. E para aquele grupo a cerveja, acaba
não sendo visto como droga, e se pegarmos um pouco mais a fundo o que são chamados
de drogas pelos grupos “proibisicistas”, são as drogas ilícitas na maioria dos casos
referente ao uso da maconha.

Drogas: da favela para o asfalto

“O ‘morro’ tem sido a principal fonte (apesar de não


ser a única) para a aquisição da maconha e da cocaína que é

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revendida na pista, ao passo que as demais drogas
mencionadas são adquiridas diretamente no mercado
internacional de drogas por traficantes de classe média e
média-alta, sem passar por qualquer envolvimento com o
tráfico das favelas.”

Para concluir este trabalho, quero fazer um breve resumo entre a favela e o asfalto,
pegando a ideia que já abordei no capitulo “Favelas: O que são?”. Se comparamos o usuário de
drogas da favela e o usuário de drogas do asfalto, podemos fazer algumas analises interessantes,
a primeira seria que o usuário da favela estaria sempre ligado ao trafico, e de alguma forma
sempre visto ou comparado como um soldado do trafico, já o usuário do asfalto, teria uma
imagem mais pelo lado do vicio da droga, seria como dizer bem por alto, que o usuário da
favela seria remetido ao trafico e ao crime, e o usuário do asfalto seria tratado como alguém que
teria um vicio e um problema com a droga, desassociando assim a ideia das drogas no asfalto
com o morro.

Podemos ver isso na reação da polia, quando dão uma dura nas favelas e em seu
entorno, e quando dão uma dura no asfalto, este tratamento muita das vezes se dar por
isso, onde o favelado já está convivendo com o mundo do crime, da receberia um
tratamento de criminoso, em quando os dos asfaltos receberiam um tratamento de
educação, como um aviso para ele sair do mundo das drogas, já que ele ainda pode ao
contrario do morador da favela, que estaria inserido no crime e por isso não teria mais
volta.

5
Bibliografia:

BIRMAN, Patricia, Favela é comunidade? In MACHADO DA SILVA, Luiz


Antonio. Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

GRILLO, Carolina Christoph. Fazendo o doze na pista - Um estudo de caso do


mercado ilegal de drogas na classe média. 2012. Dissertação (Mestrado em
Antropologia Social) - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal
do Rio de Janeiro.

RUI, Taniele, Corpos abjetos: etnografia em cenário de uso e comércio de crack.


2012. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Faculdade Estadual De Campinas
Campinas.

ZÜRCHER, Daniel, Orquestra Da Grota: Notas sobre estereótipos emocionais,


2014.

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