1 - Controle Social.
As primeiras discussões sobre o tema iniciaram-se com Durkheim o qual trazia uma
abordagem que consistia pensar as instituições sociais a partir de uma concepção de
integração e de relativa unificação da sociedade, no entanto tal abordagem começou a
ser criticada após a segunda grande guerra. Essa perspectiva mais crítica acerca dos
mecanismos de controle social estimulará um rico conjunto de trabalhos voltados para
temas como: política criminal, prisão, criminalidade, no entanto tais discussões ainda
tinham como plano de funda a ideia de integração e cooperação inaugurado por
Durkheim. Um dos grandes filósofos dessa época é Foucault no qual analisa métodos
disciplinares do corpo e alma nos mais diversos níveis de institucionalização social. Este
novo poder será voltado ao adestramento dos indivíduos e se utilizará de alguns
mecanismos como: a vigilância, o olhar etc. A prisão desempenha funções importantes
na manutenção das relações de poder na sociedade moderna, a principal é gerir as
ilegalidades das classes dominadas criando um meio delinquente fechado separado e
útil em termos políticos. A análise de Foucault se afasta de uma postura metodologia
das formas tradicionais de pensar o poder e o controle social. Ele formula a noção de
que poder não é algo que se adquira ou detenha, mas algo que se exerce em contextos
sempre cambiantes. O poder é imanente /ás relações econômicas, de conhecimento,
sexuais, etc. Sendo assim tal mudança de observar o controlo social é imprescindível
haja vista que as formas de poder e controle social da modernidade são efetivamente
mais produtivas, multidimensionais e complexas que as formas anteriores. As formas
atuais buscam gerir a vida, fazer ordenar, crescer. A noção de poder em Foucault não
pode ser reduzida a um simples diagnostico de intensificação do controle social nem a
uma visão do poder como unidimensionalmente repressivo pois, embora o poder
produza certamente controle, ele produz igualmente outras coisas.
É difícil definir o controle social. Tudo que influencia o comportamento dos membros da
sociedade pode ser entendido como controle social. Na sociologia tal termo possui um
significado muito amplo, eis que indica todo o processo de socialização que orienta o
indivíduo, intregando0o aos valores e aos padrões de comportamento social. A
sociologia jurídica entende o direito como uma forma de controle social.
O poder é uma troca desigual, uma relação de assimetria. A burocracia e o direito são
os principais meios utilizados pelo poder para exercer o controle nas sociedades
modernas. O poder tem maior inferência quanto maior for a relação de assimetria. O
poder cria uma relação de desigualdade ente aquele que impõe sua vontade e aquele
que se submete à mesma. O exercício do poder não pode ser mais do que uma
probabilidade de imposição de mandamentos, pois o inferior pode opor resistência.
Nas sociedades modernas o pode transparece na forma do poder legal, ou como Weber
analisou e chamou de legitimação legal-racional. Trata-se do Estado que consegue ser
respeitado não só pela força, mas também pelo consenso.
Burocratização >. Buscar por racionalização e eficácia. As sociedades modernas são tão
complexas que o direito não pode ser aplicado sem a existência de uma rede de
informações administradas pelo estado (burocratização do sistema jurídico)
Castas> è a mais rígida , pois é hereditárias, sendo raro senão impossível a ascensão
social. Modos de se vestir particulares que representam um status social. (situações
religiosas v.g indus)
Classes> a estratificação é menos rígida, a ascensão social é possível, sendo por vezes
estimulada. O modos de se vestir são livres e o seus gosto o preço irá depender da
condição econômica. A moda é um peculiaridade de classes. Condicionada por motivos
econômicos. Surgiu após o Antigo Regime a partir das revoluções burguesas.
(capitalismo)
A) As Classes Sociais
Utiliza-se o critério tripartite para diferenciar as classes (Classe alta, média e baixa)
B) Mobilidade Social
Texto II
“Na verdade, cada sistema social, cada modo de produção da vida social produziu o
sistema jurídico e a ideologia jurídicacorrespondente. O que é preciso perceber bem é
que esses sistemas de reflexão jurídica não aparecem por acaso ou por via desta ou
daquela personalidade, mas corresponderam às necessidades políticas e sociais do
modo de produção dominante.”307Esses estudos questionam mais profundamente
a Declaração de Direitos e denunciam o caráter falso da democracia, liberdade e
igualdade que está no interior das Declarações Burguesas. Miaille comenta a ineficácia
das Declarações de Direitos 308e, por conseguinte, a necessidade de serem os
direitos humanos completados com determinações institucionais que viabilizem
3 - Mudança Social
Para Durkheim, a anomia é uma situação social produzida pelo enfraquecimento dos
vínculos sociais e pela perda da capacidade da sociedade regular o comportamento dos
indivíduos, gerando, por exemplo, fenômenos sociais como o suicídio. Trata-se de uma
ausência de um “corpo de normas sociais” capaz de regular o convívio social marcado
pela “solidariedade”
O processo de integração do indivíduo não se realiza sem que surjam problemas e
conflitos. AS diferenças de opiniões e de interesses criam conflitos que muitas vezes
causam modificação na organização da sociedade.
Mudança social indica uma reestruturação das relações sociais. A sociedade está em
transformação continua e dinâmica. Quais seriam os fatores de tais mudanças? Existirá
vários, v.g. ideológicas, econômicos, jurídicos, culturais, tecnológicos. Alguns tratar
fatores específicos como fatores gerais de mudança, como fez Marx em tratar a
economia como a base da estrutura dinâmica da sociedade.
Em todo caso, é visível que as mudanças se entrelaçam com o direito surgindo assim,
discussões sobre qual o seu papel na sociedade e quem determina quem. Alguns autores
acreditarão na capacidade do direito de determinar fatos sociais, outros o imaginarão
como um fruto de relações sociais culturais que em alguns casos é imposto por um grupo
minoritário.
Sabadel acredita que o direito tem um duplo papel dentro da sociedade: ativo e passivo.
Ele atua como um fator determinante da realidade social e,ao mesmo tempo, como um
elemento determinado por essa realidade. Há uma grande discussão no que diz respeito
ao papel ativo do direito.
1° Corrente – O direito impede a mudança social pois ele é lento ao detectar as
necessidades socais e observa os problemas sociais à distância (papel conservador do
direito)
2° Corrente – O direito é um fenômeno eficaz para a consecução de grandes mudanças
sociais. (Papel progressista do direito)
São duas correntes antagônicas que veem de maneira opostas a função do direito.
Soriano afirma que a relação entre direito e mudança social se concretiza da seguinte
forma:
a) O direito é uma variável dependente, ou seja, um fenômeno social que muda
historicamente em função de outros fenômenos. Sua determinação não significa
que seja produto de um único fator social ou da vontade de uma classe.
b) Apesar de ser uma variável dependente da estrutura social-cultural o direito
possui uma autonomia relativa e por consequência, pode induzir mudanças
sociais. O direito pode influenciar mudanças de forma direta ou indireta
O direito pode adotar várias posições: a) reconhecimento: o direito reconhece
por meio de suas normas a nova realidade social declarando a sua legitimidade.
B) anulação: o sistema jurídico opõe-se a mudança. C) canalização: o direito
tenta limitar o impacto de uma mudança ou reivindicações sociais. D)
transformação: o direito assume um papel particularmente ativo, isto é, tenta
provocar uma mudança na realidade social por meio de reformas graduais
(transição) ou mesmo radicais e rápidas (revolução).
Texto II
Segundo a autora, Nancy Fraser, há dois tipos de injustiça: 1- injustiça econômicas 2-
injustiça cultural. Para cada tipo de injustiça serão necessários remédios específicos e
em alguns casos será preciso os dois.
Injustiças Cultural > é necessária uma mudança cultural ou simbólica (redistribuição);
revalorização das identidades desrespeitadas; afirmação da identidade do grupo
(reconhecimento)
Injustiça econômica > é necessário abolir a divisão do trabalho (redistribuição) ; políticas
de inclusão social (reconhecimento)