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Faculdades Santo Agostinho – Curso Engenharia Elétrica

Disciplina – Transmissão e Distribuição de Energia

Sistema de Bandeiras Tarifárias

A partir de 2015, as contas de energia passaram a trazer uma novidade: o sistema de Bandeiras Tarifárias.

Instituído por uma determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da Resolução Normativa nº

547, de 16 de abril de 2013 e da Resolução normativa nº 626, de 30 de setembro de 2014. Para facilitar a compreensão

das bandeiras tarifárias, 2013 e 2014 foram anos testes. Em caráter educativo, a ANEEL divulgava mês a mês as

bandeiras que estariam em funcionamento.

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O

funcionamento é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou

menos em função das condições de geração de eletricidade. Com as bandeiras, a conta de energia fica mais

transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.

A Resolução Normativa nº 547, de 16 de abril de 2013, estabeleceu os procedimentos comerciais para

aplicação do sistema de bandeiras tarifárias. No final de cada ano a ANEEL irá definir o valor das bandeiras tarifárias

para o ano seguinte, considerando a previsão das variações relativas aos custos de geração por fonte termelétrica e à

exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição de energia

elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional - SIN.

O sistema de bandeiras é uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já está na conta de energia,

mas que geralmente passa despercebido. As bandeiras tarifárias não interferem nos itens passíveis de repasse tarifário.

Antes das bandeiras, as variações que ocorriam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, eram

repassados até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte. A ANEEL entendeu que o consumidor deve ter a

informação mais precisa e transparente sobre o custo real da energia elétrica. Por isso, as bandeiras sinalizam, mês a

mês, o custo de geração da energia elétrica que será cobrada dos consumidores. Não existe, portanto, um novo custo,

mas um sinal de preço que sinaliza para o consumidor o custo real da geração no momento em que ele está

consumindo a energia, dando a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar.

Até fevereiro de 2015, as bandeiras tarifárias consideravam somente os custos variáveis das usinas térmicas

que eram utilizadas na geração de energia. A partir de março de 2015, com o aprimoramento do sistema, todos os

custos de geração que variam conforme o cenário hidrológico passam a compor o cálculo das bandeiras. Até fevereiro

de 2015, para cada 100 kWh consumidos (ou suas frações), a bandeira vermelha era de R$ 3,00 e a amarela de R$

1,50. A partir de março de 2015, para cada 100 kWh consumidos (e suas frações), a bandeira vermelha passou a ser de

R$ 5,50 e a amarela de R$ 2,50. A partir de setembro de 2015, a bandeira tarifária vermelha foi reduzida de R$5,50

para R$4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos (ou suas frações). Vale reforçar que não se trata de um

custo novo, mas de uma forma mais transparente de apresentar o custo com compra de energia. Veja abaixo, o

histórico das tarifas aplicadas no sistema de bandeiras.


O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha - as mesmas cores dos semáforos - e indicam se

a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade:

- Bandeira verde: as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer

acréscimo nas contas;

- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis, há uma cobrança adicional, proporcional ao

consumo. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,015 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

- Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração, há uma cobrança adicional,

proporcional ao consumo. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

- Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração, há uma cobrança adicional,

proporcional ao consumo. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,045 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

A bandeira é aplicada a todos os consumidores, multiplicando-se o consumo (em quilowatts) pelo valor (em

Reais) da bandeira, se ela for amarela ou vermelha. Se, por exemplo, a bandeira está vermelha, o adicional é de R$4,50

por 100 kWh no patamar 2. Se o consumo mensal foi de 60 kWh, por exemplo, então o adicional seria de

0,6*4,50=R$2,70. A esses valores são acrescentados os impostos vigentes. Em resumo, mesmo que o consumidor

consuma menos de 100kWh, aplica-se o sistema de bandeiras.

É importante entender as diferenças entre as bandeiras tarifárias e as tarifas propriamente ditas. As tarifas

representam a maior parte da conta de energia dos consumidores e dão cobertura para os custos envolvidos na

geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, além dos encargos setoriais. As bandeiras tarifárias, por sua

vez, refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Dependendo das usinas utilizadas para gerar a

energia, esses custos podem ser maiores ou menores. Antes das bandeiras, essas variações de custos só eram

repassadas no reajuste seguinte, um ano depois. Com as bandeiras, a conta de energia passa a ser mais transparente

e o consumidor tem a informação no momento em que esses custos acontecem. Em resumo: as bandeiras refletem a

variação do custo da geração de energia, quando ele acontece.

Quando o reajuste tarifário é feito, os custos da distribuidora são estimados considerando um cenário favorável

de geração, ou seja, um cenário em que a bandeira é verde. Aí, se o cenário for realmente favorável, a bandeira será

verde e o consumidor não precisa pagar nada a mais pela energia. Se os custos de geração forem maiores e for

necessário acionar as bandeiras amarela ou vermelha, o consumidor paga as variações do custo de geração por meio

das bandeiras aplicadas.


A cor da bandeira é definida mensalmente e aplicada a todos os consumidores, ainda que eles tenham

reduzido seu consumo. Mas a redução do consumo pode diminuir o valor da conta ou, pelo menos, impedir que ela

aumente. Além disso, quando os consumidores adaptam seu consumo ao sinal de preço eles estão contribuindo para

reduzir os custos de geração de energia do sistema. O comportamento consciente do consumidor contribui para o

melhor uso dos recursos energéticos.

A cada mês, as condições de operação do sistema são reavaliadas pelo Operador Nacional do Sistema

Elétrico - ONS, que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. A partir dessa

avaliação, define-se as térmicas que deverão ser acionadas. Se o custo variável da térmica mais cara for menor que R$

200/MWh, então a bandeira é verde. Se estiver entre R$ 200/MWh e R$ 388,48/MWh, a bandeira é amarela. E se for

maior que R$ 388,48/MWh, a bandeira será vermelha.

O sistema de bandeiras é aplicado por todas as concessionárias conectadas ao Sistema Interligado Nacional -

SIN, conforme figura abaixo. A partir de 1º de julho de 2015, o sistema de bandeiras passou a ser aplicado também

pelas permissionárias de distribuição de energia.

As bandeiras tarifárias são faturadas por meio das contas de energia e, portanto, todos os consumidores

cativos das distribuidoras pagam o mesmo valor, proporcional ao seu consumo, independente de sua classe de

consumo. As únicas exceções são os consumidores dos estados do Amazonas, Amapá e das permissionárias

(cooperativas) de distribuição de energia elétrica, que passaram a pagar depois da interligação e das permissionárias de

distribuição, que passaram a pagar a partir de mês de julho de 2015. Cabe ressaltar, as bandeiras tarifárias têm
descontos para os consumidores residenciais baixa-renda beneficiários da Tarifa Social. Aplicam-se às bandeiras os

mesmos descontos da tarifa social.

As concessionárias não interligadas ao Sistema Interligado Nacional - SIN não participam do sistema de

bandeiras tarifárias, atualmente a Boa Vista Energia e a CERR, localizadas no Estado de Roraima. No entanto, é

importante que os consumidores dessas concessionárias também utilizem a energia de forma consciente e assim

contribuam para reduzir os custos de geração de energia do sistema. Em relação à Amazonas Energia, esta foi

interligada ao SIN em 1º de maio de 2015, conforme atesta ao Despacho 1.365/2015, de forma que o sistema de

bandeiras passou a vigorar a partir desta data para todos os consumidores atendidos por esta distribuidora.

Em 05 de fevereiro de 2015, criou a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, sob a gestão

da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, com o objetivo de administrar os recursos decorrentes da

aplicação das bandeiras tarifárias.

Fonte: Site Aneel – www.aneel.gov.br. Consultado em 13/08/2016.


ANEEL redefine faixas de acionamento e dos adicionais das
bandeiras tarifárias

A Diretoria da ANEEL definiu em 14/2, durante Reunião Pública, aperfeiçoamento do sistema de bandeiras

tarifárias, bem como a definição das faixas de acionamento e os adicionais para 2017. De acordo com a decisão, a

bandeira amarela passou para R$ 2,00 a cada 100(kWh), já a bandeira vermelha no patamar 1 se manteve em R$ 3,00

a cada 100 (kWh), e no patamar 2 caiu para R$ 3,50 a cada 100 (kWh).

A proposta aprovada considera que a definição das faixas de acionamento não deve ser exclusivamente

atrelada ao PLD, mas precisa avaliar a distribuição de custos e riscos entre os patamares, de forma a não sobrecarregar

um patamar em virtude do aumento ou redução do PLD. Dessa forma, ficou estabelecido que as faixas de acionamento

serão definidas anualmente com base na estimativa de custos para cada cenário.

De acordo com a decisão, em um cenário hídrico desfavorável, o acionamento das bandeiras pode ocorrer

antecipadamente, em vez de ser acionada apenas quando o Custo Variável Unitário (CVU) da última térmica

despachada for superior a 50% do PLD. Com esse mecanismo, mitiga-se o risco das distribuidoras de terem que arcar

com os custos de geração enquanto as faixas de acionamento não forem atingidas, o que poderia agravar a situação do

caixa das concessionárias.

A definição das faixas de acionamento será realizada conforme os seguintes critérios:

Bandeira Tarifária Verde: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for

inferior a R$ 211,28/MWh;

Bandeira Tarifária Amarela: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for

igual ou superior a R$ 211,28/MWh e inferior a R$ 422,56/MWh; e

Bandeira Tarifária Vermelha: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for

igual ou superior a R$ 422,56/MWh, conforme os seguintes patamares de aplicação:

Patamar 1: será acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário – CVU da última usina a ser

despachada for igual ou superior a R$ 422,56/MWh e inferior a R$ 610/MWh; e

Patamar 2: será acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário – CVU da última usina a ser

despachada for igual ou superior ao limite a R$ 610/MWh.

O assunto ficou em audiência pública no período de 19/12/16 a 20/1/17 e recebeu 34 contribuições de 14

agentes e instituições interessadas.

Fonte: Site Aneel – www.aneel.gov.br. Consultado em 06/03/2017.

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