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Esse; pronome demonstrativo; designa pessoa ou objeto que se encontra afastado, e perto do

receptor; aplica-se a pessoa ou algo não diretamente ligado ou próximo ao emissor.


Onde houver um debate, uma discussão, uma entrevista ou comentários sobre o Brasil, lugar
onde nascemos, vivemos e vamos morrer, certamente alguém vai exclamar com autoridade:
"esse país." Haverá algumas diferenciações, "só mesmo neste país", "nesse país tudo
acontece", e outras no mesmo sentido. Políticos, artistas, intelectuais, e pessoas comuns usam
e abusam do pronome demonstrativo "esse" sem se aperceberem do verdadeiro sentido da
palavra.
O pronome "esse" indica distância de quem fala como definem os dicionários. Quando alguém
escreve ou fala "esse país", está se referindo a algo que não lhe pertence, que está distante de
si, e, próximo do ouvinte. Mesmo sem estudar o mínimo, de forma inconsciente, a expressão
vai ganhando adeptos, e como papagaios todos passam a utilizar sempre que tiverem
oportunidade. Quem escreve ou fala "esse país" sente-se superior, como se vivesse em outro
lugar. Percam alguns segundos, procurem um vídeo de alguma entrevista de políticos, artistas,
ou pessoas comuns, e notem que quando falam "esse país", há certo orgulho, uma espécie de:
"ainda bem que não sou daqui".
Tempos atrás, ao início de uma reunião, um grande executivo, ao ser indagado como estavam
seus filhos, respondeu com todas as letras: "Estou mandando meus filhos para viverem na
Suíça. Esse país não tem jeito. Aqui ganho muito dinheiro, tenho muitos negócios, mas não
quero meus filhos vivendo aqui." Mais um a usar e abusar do pronome "esse".
Relembrando o episódio, e quando novamente leio ou escuto alguém repetindo com autoridade
o pronome, confesso que tenho que contar até mil, às vezes mais um pouco. Cruzo os braços,
penso em algo distante, olho para os lados, balanço a cabeça, tudo para conter minha raiva.
Para todos os que agem como papagaios, repetindo sem saber o significado de "esse", um
aviso: o prepotente e arrogante executivo da historinha acima sentou na semana passada em
frente aos procuradores da Lava-jato. Por horas a fio delatou todos os que com ele
compartilhavam a ideia de que "esse país não tem jeito". Talvez seus filhos continuem morando
na Suíça. Ele está esperneando para não ir morar em Bangu. Soube por amigos que lá estão
residindo que é o bairro mais quente do Rio de Janeiro, e os prédios disponíveis ficam próximo
a um lixão. Terá que conviver com o mau cheiro e enxames de moscas.
Reclamar da situação política atual, ir a passeatas em Copacabana, passar boa parte do tempo
em redes sociais a tudo questionando, nada resolve. Vamos começar com atitudes simples,
eficientes, dignas, patriotas. Comece a mudar seu vocabulário. Nunca repita como papagaio
"esse país", e sim "este país", "nosso país". "Este" significa seu. Não se refira aos seus
compatriotas como "povinho"; Não compare a terra de seus ancestrais, onde um dia com toda
certeza seu corpo será enterrado, com excremento. Quando ouvir ou ler "esse país", pergunte
ao emissor de onde ele veio e onde ele vai viver. Se ele responder que o sonho dele é ir
embora, pois não aguenta viver "nesse país", indique a Síria, a Venezuela, Cuba, Coreia do
Norte, Somália, Haiti.

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/comissario-de-policia/o-pronome-demonstrativo-esse-


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