Anda di halaman 1dari 8

1

DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito


Conteúdo Programático

1 – Apresentação da disciplina. Exposição do plano de ensino e plano de aula, com destaque ao conteúdo
programático;
2 – Introdução ao direito das obrigações;
3 – Sujeitos da relação obrigacional;
4 – Objeto e causa nas obrigações;
5 – Obrigações naturais, sua natureza e efeitos;
6 – Obrigações reais (propter rem);
7 – Fontes das obrigações;
8 – Classificação das obrigações;
8.1 – Espécies de obrigações: obrigações de meio, obrigações de resultado e obrigações de garantia;
8.2 – Obrigações de dar coisa certa e dar coisa incerta;
8.3 – Obrigações de fazer e de não fazer;
8.4 – Obrigações alternativas e facultativas;
8.5 – Obrigações divisíveis e indivisíveis;
8.6 – Obrigações solidárias;
8.6.1 – Solidariedade ativa e solidariedade passiva;
8.7 – Outras modalidades de obrigações;
8.7.1 – Obrigações principais e acessórias;
8.7.2 – Obrigações líquidas e ilíquidas;
8.7.3 – Obrigações condicionais;
8.7.4 – Obrigações modais;
8.7.5 – Obrigações a termo;
8.8 – Obrigações de juros;
8.9 – Obrigações pecuniárias;
9 – Revisão do conteúdo programático.

SUMÁRIO: 5.3 Obrigação de dar; 5.4 Obrigação de dar coisa certa; 5.4.1
Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa na obrigação de dar
coisa certa; 5.4.2 Melhoramentos, acréscimos e frutos na obrigação de dar coisa
certa; 5.5 Obrigações de Restituir; 5.5.1 Responsabilidade pela perda ou
deterioração da coisa na obrigação de restituir; 5.5.2 Melhoramentos,
acréscimos e frutos na obrigação de restituir; 5.6 obrigações Pecuniárias 5.7
Obrigações de dar coisa incerta.

5.3 – OBRIGAÇÕES DE DAR

A obrigação de dar tem como conteúdo a entrega de uma coisa,


em linhas gerais.

A obrigação de dar é aquela em que o devedor compromete-se a


entregar uma coisa móvel ou imóvel ao credor, quer para constituir novo direito,
quer par restituir a mesma coisa a seu titular. Assim, inclui-se a obrigação de

www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
2
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito


restituir, pois ela é modalidade da obrigação de dar, disciplinada nos arts.
238 e seguintes do Código Civil.
5.4 OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA

Certa será a coisa determinada, perfeitamente caracterizada e


individualizada, diferente de todas as demais da mesma espécie.

O que foi objeto da obrigação, a coisa certa, é que servirá para o


adimplemento da obrigação.

Art. 313, CC - O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.
Art. 431, CC - A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.

5.4.1 RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU


DETERIORAÇÃO DA COISA NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA

Perda é o desaparecimento completo da coisa para fins


jurídicos. Deterioração da coisa é a perda parcial. Com isso, há diminuição de
seu valor, tendo em vista a perda de parte de suas faculdades, de sua sustância
ou capacidade de utilização.

Sempre que houver culpa haverá direito a indenização por perdas


e danos.

NOTA - O Código separa a perda da coisa antes e depois da


tradição.

www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
3
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito

Art. 234, CC - Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição,
ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de
culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

O mesmo dispositivo prevê que “se a perda resultar de culpa do


devedor, responderá este pelo equivalente, mais as perdas e danos”

Conforme determina o art. 402, CC, “as perdas e danos devidos


ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que
razoavelmente deixou de lucrar”.

Art. 402, CC - Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

O artigo 235 ocupa-se da deterioração da coisa.

Art. 235, CC - Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.

O art. 236, CC se ocupa da deterioração da coisa com culpa do


devedor.

Art. 236, CC - Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em
que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.

Sempre que houver culpa, haverá possibilidade de indenização


por perdas e danos. Aqui, o credor terá a alternativa de receber ou rejeitar a
coisa, mas sempre com direito de haver perdas e danos. O valor da indenização
será apurado, geralmente, por intermédio de perícia.

www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
4
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito


A tradição da coisa faz cessar a responsabilidade do devedor. Se
a coisa perece após a entrega, o risco é suportado pelo comprador.

5.4.2 MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS NA


OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA

Pode ocorrer que, no tempo compreendido entre a constituição da


obrigação e a tradição da coisa, esta venha a receber melhoramentos ou
acréscimos. São os CÔMODOS NA OBRIGAÇÃO. É o caso, por exemplo, da
compra de um animal que fica prenhe antes d a tradição.

Art. 237, CC - Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos
quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.

Assim como o devedor perde quando a coisa desaparece ou


diminui de valor, deve ganhar quando ocorre o oposto, quando há aumento no
valor da coisa.

No citado art. 237 ainda se trata dos frutos percebidos.

5.5 OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR

A obrigação de restituir é aquela que tem por objeto uma


devolução de coisa certa, por parte do devedor, coisa essa que, por qualquer

www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
5
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito


título, encontra-se em poder do devedor, como ocorre, por exemplo, no
comodato (empréstimo de coisas fungíveis), na locação e no depósito.

5.5.1 RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORAÇÃO


DA COISA NA OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR

O caso de perda está disciplinado no art. 238 do Código Civil.

Art. 238, CC - Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.

Se a coisa perder por culpa do devedor, vigorará o que dispõe o


art. 239 do Código Civil.

Art. 239, CC - Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e
danos.

O comodatário tem obrigação de restituir a coisa emprestada e


responderá pelo dano ocorrido, ainda que derivado de caso fortuito ou força
maior, se antepuser a salvação de seus próprios bens, abandonando os bens
emprestados.

Art. 583, CC - Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este
a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa
atribuir a caso fortuito, ou força maior.

No caso de deterioração da coisa restituível, sem culpa do


devedor, o credor deverá recebê-la, tal qual se ache, sem direito à indenização.

Art. 240, CC - Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache,
sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.

Por outro lado, se a deterioração ocorreu por culpa do devedor, a


solução é a dada pelo art. 239, CC.

Art. 239, CC - Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e
danos.

Responderá o devedor, portanto, pelo equivalente, mais perda e


danos: o credor pode exigir o equivalente ou aceitar a devolução da coisa tal
www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
6
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito


como se encontra, com direito a reclamar em qualquer das duas hipóteses,
indenização das perdas e danos.

5.5.2 MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS NA


OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR

Art. 241, CC - Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou
trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização.

É o caso, por exemplo, do empréstimo de um objeto de outo. Se


durante o empréstimo o ouro sofrer grande valorização, a vantagem será do
credor.

Se por outro lado a coisa sofre melhoramento ou aumento em


decorrência de trabalho ou dispêndio do devedor, o regime será o das
benfeitorias.

Art. 242, CC - Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se
regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código,
acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.

Haverá a necessidade de saber se o melhoramento ou acréscimo


decorreu de boa ou má-fé do devedor. Estando de boa-fé, tem o devedor direito
aos aumentos ou melhoramentos necessários e úteis. No que tocar aos
voluptuários, se não for pago o respectivo valor, poderá o devedor levantá-los,
desde que não haja detrimento para a coisa.

De acordo com os princípios que regem as benfeitorias, o devedor


de boa-fé tem direito de retenção.

5.6 OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS

Obrigação pecuniária é a que tem como objeto certa quantia em


dinheiro. Diz-se pecuniária, pois etimologicamente o vocábulo refere-se a
percus (gado), porque na Antiguidade os animais desempenhavam papel das
trocas dada sua fácil mobilidade.

www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
7
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito


NOTA – A obrigação de pagar dívida em dinheiro é obrigação de
dar.

Nosso atual Código Civil discorre a respeito das obrigações


pecuniárias quando cuida do objeto do pagamento e sua prova.

Art. 315, CC - As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor
nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes.

O art. 317 instrumentaliza o juiz para que possa ele conceder a


correção do poder aquisitivo da moeda no caso concreto.

Art. 317, CC - Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que
assegure, quanto possível, o valor real da prestação.

5.6 OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

A obrigação de dar coisa incerta tem por objeto a entrega de uma


quantidade de certo gênero e não uma coisa especificada, conforme regra do
art. 243, CC.

Na obrigação de dar coisa incerta, há um momento precedente à


entrega da coisa que é o ato de escolher o que vai ser entregue.

NOTA – A obrigação de dar coisa incerta é uma obrigação


genérica, enquanto a obrigação de dar coisa certa é específica.

Na obrigação de dar coisa incerta a responsabilidade do devedor


pelos riscos será maior. Enquanto na obrigação de dar coisa certa, se esta
perder sem culpa do devedor, fica resolvida a obrigação, na obrigação genérica,
COMO O GÊNERO NUNCA PERECE, antes da escolha NÃO PODERÁ O
DEVDOR ALEGAR PERDA OU DETERIORAÇÃO DA COISA, ainda que por
força maior ou caso fortuito.
www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com
8
DIREITO CIVIL
MATERIAL DE APOIO - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
PARTE GERAL
Parte – 03

Professor: Nélio Benito

Art. 246, CC - Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por
força maior ou caso fortuito.

A escolha, entretanto, não configura mero arbítrio do devedor, a


quem, no silencia do contrato, cabe tal direito (art. 244, CC). A lei estabelece
que, na falta de disposição contratual, o devedor não poderá dar a coisa pior,
nem ser obrigado a dar a melhor.

Art. 244, CC - Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a
melhor.

Em matéria processual, a entrega de coisa incerta vem


regulamentada pelos arts. 629, 630 e 631 do Código de Processo Civil.

O devedor será citado para entregar as coisas individualizadas, se


lhe couber a escolha, mas se a escolha couber ao credor, este a indicará na
petição inicial. O art. 630 do estatuto processual faculta às partes, em 48 horas,
impugnar a escolha feita pela outra, podendo o juiz decidir de plano, ou
mediante a nomeação de perito.

Art. 629, CPC - Quando a execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e quantidade, o devedor
será citado para entregá-las individualizadas, se Ihe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a
indicará na petição inicial.

Art. 630, CPC - Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a escolha feita pela
outra, e o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.

Art. 631, CPC - Aplicar-se-á à execução para entrega de coisa incerta o estatuído na seção anterior.

www.neliobenito.com.br neliobenito@hotmail.com

Anda mungkin juga menyukai