Automação de
Processos
Industriais
ÍNDICE
1- Introdução ........................................................................................................................ 3
1.1- Segmentos da Automação ................................................................................ 6
1.2- Objetivos da Automação .................................................................................. 7
1.3- Tecnologias Associadas à Automação ............................................................. 8
1- INTRODUÇÃO
Desta forma, além de uma operacionalidade muito baixa, existiam outros problemas: alto
consumo de energia, difícil manutenção, modificações de comandos dificultados e onerosos
com muitas alterações na fiação, ocasionando número de horas paradas, além de dificuldades
em se manter a documentação atualizada dos esquemas de comando modificados. O CLP
surgiu com a intenção de substituir toda esta parafernália, tornando o sistema mais flexível,
econômico e eficiente.
Com o CLP, as alterações eram feitas apenas mudando sua programação, enquanto
que os sistemas a relés implicavam modificar a montagem dos equipamentos e, muitas vezes,
substituir o hardware. O CLP foi introduzido na planta da GM em 1969 e os Estados Unidos e
a Europa foram os primeiros beneficiados com a tecnologia que só chegou ao Brasil mais
tarde, nos anos 1980.
O crescente avanço tecnológico nas diversas áreas do conhecimento humano tem se
mostrado, nos últimos anos, surpreendente. A utilização de automação nas indústrias tem sido
cada vez maior, proporcionando um aumento na qualidade e quantidade da produção e, ao
mesmo tempo, oferecendo preços atrativos. Ou seja, a utilização da automação aumenta a
eficiência, tornando as empresas competitivas no mercado. Portanto, trata-se de um caminho
de uma única mão. Para se fazer frente à concorrência procura-se aumentar a produtividade
(razão entre o volume produzido e os recursos empregados), reduzir custos de produção e
aumentar a qualidade dos produtos oferecidos. Ao mesmo tempo, para atender às exigências
de diversidade do mercado consumidor e a gradativa redução da vida útil dos produtos,
procura-se ampliar a flexibilidade na utilização dos sistemas produtivos.
O avanço da Automação está ligado, em grande parte, ao avanço da microeletrônica
que se deu nos últimos anos. Pouco a pouco, a microeletrônica invadiu os setores produtivos
das indústrias, propiciando a automação. O processo de automação não atinge apenas a
produção em si, substituindo o trabalho braçal por robôs e máquinas computadorizadas, mas
permite enormes ganhos de produtividade ao integrar tarefas distintas com a elaboração de
projetos, o gerenciamento administrativo e a produção.
A automação industrial pode ser definida como um conjunto de técnicas destinadas a
tornar automáticos vários processos na indústria, substituindo o trabalho muscular e mental do
homem por equipamentos diversos. O conceito de automação varia com o ambiente e
experiência da pessoa envolvida e aplica-se a outras áreas além da industrial. São exemplos de
automação:
- Para uma dona de casa, a máquina de lavar roupa ou lavar louça.
- Para um empregado da indústria automobilística, pode ser um robô.
- Para uma pessoa comum, pode ser a capacidade de tirar dinheiro do caixa eletrônico.
O conceito de automação inclui a idéia de usar a potência elétrica ou mecânica para
acionar algum tipo de máquina. Deve acrescentar à máquina algum tipo de inteligência para
que ela execute sua tarefa de modo mais eficiente e com vantagens econômicas e de
segurança.
Diversas técnicas para automação industrial podem ser destacadas: o Comando
Numérico, os Controladores Lógicos Programáveis, o Controle de Processo e os Sistemas
CAD/CAM (Computer Aided Design e Computer Aided Manufaturing) e a Robótica.
Um SDCD pode ser representado por uma sala central, gerenciadora de controle e
supervisão global, microprocessada em rede com vários outros controladores de
responsabilidade local, caracterizando-se pela transformação de processos automatizados em
verdadeiros sistemas de automação supervisionados com a capacidade e rastreamento de todas
as etapas do processo produtivo, bem como a flexibilização e aumento da capacidade de
integração de seus componentes, prevendo, portanto, um aumento do processo e do nível de
automação de forma natural e continuada.
A figura 1.1 acima, mostra a evolução do controle discreto e analógico quanto ao tipo
de equipamento utilizado.
O CLP, que será visto com mais detalhes posteriormente, para a implementação de
controle discreto ainda se configura como o principal equipamento utilizado pelas indústrias,
e deve continuar a ser largamente utilizado, pois a cada dia novos recursos lhe são
adicionados, tornando-os cada vez mais práticos e eficientes nas tarefas a que se destina.
Dentre esses novos recursos, é principalmente em nível de comunicação que se observam as
principais inovações. Tanto na comunicação entre os operadores e os sistemas (interfaces
homem-máquina) como na comunicação entre máquinas (redes de campo), as facilidades
atuais são inúmeras, com uma grande diversidade de opções de mercado.
Existe uma tendência em definir padrões entre fabricantes, que permitam ao projetista
dispor de tecnologias abertas, possuindo alto grau de intercomunicabilidade de vários
fabricantes. Neste sentido, algumas experiências vêm se concretizando recentemente, como é
o caso do OPC (Object Linked and Embedding for Process Control – o mesmo que o OLE do
Windows, o qual permite realizar transferências de objetos entre diferentes aplicações) cujo
desenvolvimento foi encabeçado pela Microsoft, e tende a se tornar o padrão de
relacionamento entre os diversos módulos de software ou hardware de diferentes fabricantes.
Há ainda, no caso específico dos PLC, a Norma IEC 1131-3 que define padrões para o projeto
em nível de programação desses equipamentos.
Não obstante o avanço no campo das pesquisas tecnológicas, os fabricantes ligados à
automação industrial vêm se deparando com problemas cuja natureza extrapola os limites das
soluções implementadas até o momento, principalmente em aspectos relacionados à
expansibilidade, autonomia descentralizada, tolerância à falhas, dentre outros. Tudo isso faz
com que os pesquisadores busquem em sistemas biológicos as respostas para tais questões.
Neste aspecto, a Teoria Geral de Sistemas deverá contribuir substancialmente para as futuras
questões deste gênero.
Qualquer sistema, seja ele comercial ou industrial, gera informações que precisam ser
armazenadas, ou alocadas em uma tabela, muitas vezes tratadas matematicamente e
visualizadas graficamente. O fato é que qualquer processo industrial necessita processar um
grande número de informações num curto período de tempo, gerando, portanto, um enorme
banco de dados que acaba se tornando indispensável a outros setores que compõem o sistema
da empresa. Desta forma, com o sistema todo informatizado e integrado, pode-se efetivar um
planejamento adequado da produção, a curto e médio prazo.
Para que uma empresa se torne competitiva numa economia globalizada, na qual as
leis de mercado estão galgadas no livre comércio interno e externo, além de grandes grupos
estabelecidos dentro de uma concorrência ampla, é preciso um modelo estratégico conceitual
definido de forma que as decisões tomadas sejam futurísticas, dinâmicas e flexíveis, de modo
a proporcionar uma adaptação de mudança com enorme velocidade diante da necessidade
percebida.
Entre os vários pontos a serem abordados para que este fato torne-se verdadeiro, um
deles é a integração de sistemas de produção. Essa integração pode ocorrer de três maneiras
distintas:
1. Integração organizacional – caracteriza-se pela união de uma ou mais atividades antes
separadas, de forma a redimensionar a estrutura como um todo, ou até mesmo, para uma
simples facilitação de troca de informações por meio de setores que possuam afinidades.
2. Integração informática – caracteriza-se pela troca de informações via computador entre
setores e atividades antes isoladas, ou seja, a informatização dinâmica de dados sendo
compartilhados e tratados de forma múltipla.
3. Integração múltipla – é a integração organizacional e informática ao mesmo tempo.
Atividades isoladas são reunidas, suportadas e alavancadas pela informática, de forma a
criar um elo de informação seguro e de alta competitividade.
em que atua, demonstrando ser uma empresa competitiva para sua época. As empresas que
surgiram como modelo na Revolução Industrial se estruturaram e sobreviveram quando todo
esse nível de integração de concepção tecnológica não existia, e ainda assim, eram empresas
competitivas para sua época.
Novos paradigmas são quebrados graças à revolução tecnológica, frutos de inovações
que foram empregadas e conduzidas nas mais diferentes formas de operação e controle. Claro
que flexibilidade e integração implicam em custos e é preciso muita responsabilidade e visão
na hora de optar por toda esta “parafernália tecnológica”, pois cada sistema escolhido resulta
numa combinação particular de resultados diante das opções tecnológicas existentes, e se
colocam diante do trabalho com uma vida útil muitas vezes discutível (modelos e sistemas
tecnológicos avançam muito rapidamente).
Ao final da década de 80, a manufatura integrada por computador retoma sua
discussão iniciada na década de 70, por meio do discurso da integração da informática e da
automação dos processos de produção. A integração requerida por um modelo de manufatura,
basicamente, atende às seguintes funções dentro da indústria:
1. Engenharia – de produtos e de processos, sistema de produção, além do setor de
planejamento e controle.
2. Vendas e Marketing – planejamento da produção, da capacidade, fixação de preços, custos,
controle de pedidos, controle de estoque, expedição, recursos humanos, entre outros.
preestabelecidos (sistema MRP) para que os produtos possam excursionar pelas estações com
eficiência. Esses sistemas são chamados de Organização Funcional e como novos produtos
são facilmente incorporados, apresentam grande flexibilidade.
1.3.4- ROBÓTICA
2- APLICAÇÕES DE AUTOMAÇÃO
2.1- SANEAMENTO
O processo de produção tem início com a captação, que é feita de fontes superficiais
como rios, lagos e represas; ou de fonte subterrânea no caso de poços profundos. Um sistema
produtor pode possuir diversas fontes de captação. A qualidade da água bruta influencia
diretamente o processo de tratamento. Geralmente a água oriunda de fontes subterrâneas
requer apenas a desinfecção, enquanto a água oriunda de fontes superficiais deverá receber o
tratamento completo. O tratamento de água em uma planta convencional é composto pelas
fases de pré-tratamento, clarificação e pós-tratamento. Na fase inicial é feita a pré-dosagem de
cloro, alcalinizante, sendo adicionado o coagulante, que consiste na adição de sulfato de
alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para
provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando sua agregação. A fase
de clarificação é dividida em flocação (processo onde a água recebe uma substância química
chamada de sulfato de alumínio. Este produto faz com que as impurezas se aglutinem
formando flocos para serem facilmente removidos), decantação e filtração. No pós-
tratamento, são adicionados cloro para a desinfecção e flúor para a proteção dentária, além de
alcalinizante para a correção de pH.
O sistema de distribuição normalmente é bastante complexo, formado por
reservatórios, EEATs (Estações Elevatórias de Água Tratada), boosters (casas de bombas),
VRPs (Válvulas Redutoras de Pressão), além da distribuição para atender os consumidores. É
nesta etapa que ocorre a maior concentração das perdas em todo o sistema, daí a importância
de um sistema eficaz de monitoramento e controle da distribuição.
Sistema de Captação
Na maioria dos sistemas de produção, a captação é proveniente de uma única fonte.
Sendo assim, as estações de bombeamento são compostas por grandes conjuntos moto
bombas e elevado consumo de energia. A medição de vazão e pressão permite avaliar a
eficiência operacional, a medição da vibração nos mancais aumenta a eficiência da
manutenção e a medição da energia, além da gestão do consumo, torna possível calcular o
rendimento kWh/m3. Em alguns casos é necessário o uso de válvulas de controle para a
minimização de golpes durante as paradas e partidas.
Do ponto de vista geográfico, as captações geralmente estão localizadas em regiões
isoladas, nas quais as opções de comunicação são restritas.
De acordo com os requisitos identificados para a captação, a arquitetura adotada pode
ser composta por um controlador programável em rede de comunicação dividida em 2 níveis:
- nível de campo para a integração com o CCMi (Centro de Controle de Motores
Inteligente) com inversores de freqüência, softstartes e medidor de energia e módulo de I/O
remota;
- Nível de controle para IHM local e interligação ao CCO (Centro de Controle
Operacional) via comunicação por link de rádio.
Processo de Distribuição
A etapa de distribuição é a mais fragmentada da cadeia produtiva de um sistema de
saneamento, sendo composta de diversas EEATs de grande, médio e pequeno porte, Boosters
e VRPs. O gerenciamento eficiente do sistema de distribuição é fundamental para a economia
de recursos financeiros e, sobretudo, dos recursos hídricos, cada dia mais escassos, pois é
nesta etapa ocorre a maior parcela de perdas. Com o uso de tecnologia é possível reverter este
quadro, disponibilizando informações on-line para um centro de controle, rastreando as perdas
ocorridas ao longo do processo.
Sob o ponto de vista da automação a arquitetura de controle não representa grandes
desafios, já que o processo de distribuição envolve basicamente o controle de partidas e
paradas de bombas. Já do ponto de vista de comunicação a história é bem diferente, a começar
pela quantidade de estações, que pode ser bastante elevado. A solução de link de rádio,
adotada para a captação, embora seja satisfatória, não é tão simples de ser implementada
como uma única solução para o caso da distribuição. Um dos caminhos para superar este
desafio é o uso de um sistema de telemetria misto, utilizando, em cada caso a tecnologia de
melhor custo x benefício, que possa atender os requisitos do processo. Desse modo, pode-se
optar primeiramente pelo link de rádio, em seguida pela contratação de serviços de
comunicação por telemetria via GSM/GPRS, que embora tenha restrições para a realização de
intertravamentos remotos, tem viabilizado a telemetria em locais onde anteriormente não era
possível.
grandes investimentos. No caso extremo temos as redes rurais, que usam a topologia menos
onerosa que existe: um sistema radial aéreo normalmente sem nenhum tipo de recurso em
caso de falha (o cliente aguarda a intervenção de reparo).
As concessionárias de energia elétrica, especialmente nos Estados Unidos e na Europa,
estão sofrendo uma grande transformação nos seus modelos de operação do negócio,
associada à introdução junto às redes elétricas de novas tecnologias de sensores, atuadores e
infraestrutura de telecomunicação, que aumentam os níveis de observabilidade e
controlabilidade das redes de transmissão e distribuição. Ocorrências na rede, que antes só
eram detectadas depois de inúmeras chamadas telefônicas de consumidores afetados, agora
são sinalizadas em tempo real nos Centros de Operação das Distribuidoras, graças a sensores
dotados de sistemas de comunicação (wireless ou por fibra ótica) espalhados pela rede,
permitindo despachar equipes de técnicos para a correção do problema muito mais
rapidamente. Falhas em dispositivos na rede elétrica, que antes poderiam deixar milhares de
consumidores sem energia, agora podem ser contornadas com o auxílio, por exemplo, de
chaves inteligentes que permitem o redirecionamento do fluxo de energia por caminhos
alternativos na rede, isolando assim o ponto em que ocorreu a falha. Assim como o advento
das diversas ondas de automação no chão de fábrica que levaram à implantação de CLPs,
sensores e atuadores por toda a linha de produção, o mesmo ocorrerá com o uso de Smart
Grids, que consiste de um sistema elétrico inteligente, que integra e possibilita ações por
todos os usuários a ele conectados, de modo a fornecer eficientemente uma energia
sustentável, econômica e segura.
Com esta onda de automação nos sistemas elétricos surge um grande volume de dados
sobre o comportamento de equipamentos, sistema de distribuição e consumidores.
Atualmente, considerando que uma concessionária com um milhão de consumidores faz uma
leitura mensal do consumo de energia elétrica de cada consumidor, a mesma terá ao final do
ano 12 milhões de leituras disponíveis. Se todos os medidores convencionais
(eletromecânicos) forem substituídos por medidores inteligentes (digitais), totalmente
conectados com estações remotas de coleta de dados, a concessionária passa a ter a
capacidade de executar leituras de em intervalos bem mais curtos, podendo chegar a poucos
segundos. Assim, decisões que antes eram tomadas baseadas em um milhão de dados lidos
mensalmente, podem ser agora baseadas em um volume de dados muito maior (720 vezes
maior se as leituras fossem realizadas remotamente a cada hora). Assim, será possível analisar
o consumo de cada consumidor por período e cobrar tarifas diferenciadas de acordo com a
hora do dia. Diante da necessidade de gerir este enorme volume de dados surgem
Smart Grid
As tecnologias de Smart Grid surgiram de tentativas anteriores de uso do controle
eletrônico, medição e monitoramento, com equipamentos que evoluíram de elementos
eletromecânicos para equipamentos de tecnologia eletrônica analógica em estado sólido e
circuitos digitais discretos. Na década de 1980, a leitura automática de medidores foi usada
para monitoramento de cargas de grandes clientes e evoluiu para uma infraestrutura avançada
de monitoração (metering) da década de 1990, sendo que tais medidores podiam armazenar
dados sobre como a eletricidade foi usada em diferentes momentos do dia. Medidores
inteligentes passaram então a adicionar comunicação em tempo real, tornando-se dispositivos
de comando-resposta e comandos remotos com os usuários. Formas primitivas de tais
tecnologias de gerenciamento do lado da demanda (GLD) foram medidores que mediam o
comportamento da demanda dos usuários e parâmetros básicos de qualidade de energia como
índices de DEC e FEC (DEC – duração equivalente de interrupção do fornecimento de
energia por consumidor em horas e centésimos de horas; FEC – frequência equivalente de
interrupção por consumidor em número de interrupções). Os consumidores, por sua vez,
ajustavam os ciclos de trabalho dos seus equipamentos de maior consumo (os que eram
viáveis por sua natureza de operação), como aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e
aquecedores para evitar a leitura do consumo durante o período de leitura dos medidores
eletrônicos, de modo a minimizar os picos de leitura.
A evolução do smart grid, de modo a tornar possível a sua aplicação em massa, está
baseada em 5 pilares: (1) automação de redes de transmissão e distribuição; (2) automação de
subestações; (3) automação da medição de consumidores; (4) telecomunicações; (5)
integração dos Sistemas Computacionais.
enviado para o setor de produção de açúcar ou álcool em proporções definidas de acordo com
as tendências do mercado. Ao final deste processo resultará o bagaço da cana, que é enviado
através de esteiras cobertas até as caldeiras onde é queimado e produzido o vapor que é
utilizado para geração de energia elétrica, processo chamado de Cogeração.
Produção do Álcool
O caldo extraído pela moenda passa por diversas etapas de tratamento, antes de ser
encaminhado à produção de açúcar e álcool. Este caldo é peneirado para remoção de
impurezas mais grosseiras; impurezas menores (solúveis, insolúveis ou coloidais) não são
removidas apenas com a utilização de peneiras, no caso deste tipo de impurezas, é adotada
uma seqüência de procedimentos na intenção de eliminá-las.
Calagem – consiste na adição de leite de cal, a fim de coagular materiais coloidais,
auxiliar na precipitação e correção do pH para valores neutros.
Aquecimento – o aquecimento nesta etapa visa principalmente o aumento a eficácia do
processo de decantação.
Decantação – Separar o caldo das impurezas sólidas. O caldo vai para o evaporador e
o lodo para o filtro.
Filtro – Por vácuo, é retirada uma parcela de sacarose do lodo e o resíduo denomina-se
torta. A torta de filtro é utilizada na cultura da cana-de-açúcar.
Evaporador – Retirar a água presente no caldo (contida na cana e adicionada nas fases
anteriores do processo), adequando a concentração do caldo para a fermentação.
menores. Já os sólidos são representados por bagacilho, leveduras e bactérias, açúcares não-
fermentescíveis, sais minerais, e outros, e os gasosos, principalmente pelo CO2 (Gás
Carbônico) e SO2 (Dióxido de Enxofre).
O álcool presente neste vinho é recuperado por destilação, processo este que se utiliza
dos diferentes pontos de ebulição das diversas substâncias voláteis presentes, separando-as. A
operação é realizada com auxílio de colunas, sendo o processo pelo qual se vale da diferença
do ponto de ebulição para a separação de um ou mais composto de uma mistura. Visa separar
o álcool etílico volátil que o acompanha no vinho. Quando o vinho é submetido ao processo
de destilação, resulta em duas frações, o flegma e a vinhaça. O flegma é destilado novamente
resultando na flegmaça, que é utilizada para assepsia dos equipamentos.
A vinhaça é o resultado da destilação do vinho. Sua riqueza alcoólica deve ser nula,
porém nela se acumulam todas as substâncias fixas do vinho, bem como uma parte das
voláteis. É direcionada à uma lagoa para armazenamento e distribuída por tubulação para ser
utilizada na fertirrigação da cana-de-açúcar.
O álcool hidratado produzido é encaminhado para os tanques de armazenamento para
posterior carregamento. Seu uso principal é o abastecimento de veículos.
Em uma usina sucroalcooleira, a automação é vital para que a produção, a qualidade
dos produtos e a segurança sejam constantes. Por meio do uso de softwares de supervisão
atuando em computadores industriais e outros equipamentos, há o controle completo da
transformação da cana-de-açúcar. Com isso, o produtor consegue uma grande vantagem
competitiva e tecnológica, com altas taxas de produção e indicadores de seu rendimento
industrial durante toda a safra. O controle em uma usina pode ser dividido em cinco áreas –
extração, geração de energia, tratamento de águas e efluentes, tratamento e caldo e
fermentação e destilaria. O uso de CLPs é bastante difundido nas usinas, geralmente com
duas CPUs redundantes, alimentadas cada uma por duas fontes – sempre que qualquer
equipamento der problema, o outro assume automaticamente para evitar paradas na produção.
Da mesma forma, o sistema de comunicação deve possuir redundância.
Existem no mercado diversas ferramentas computacionais para otimizar as atividades
de produção agrícola, como por exemplo para o monitoramento meteorológico, para o
planejamento da irrigação, para o controle de insumos, máquinas e mão-de-obra,
gerenciamento de irrigação, de pulverização, entre outros.
A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Os tecidos
conhecidos mais antigos datam aproximadamente do ano de 5.000 AC. As primeiras fibras a
serem transformadas em fios e tecidos foram o linho e o algodão.
A automação da indústria têxtil coincidiu com a Revolução Industrial, quando as
máquinas, até então acionadas por força humana ou animal, passaram a ser acionadas por
máquinas a vapor e, mais tarde, através de motores elétricos. É interessante observar também
que a indústria têxtil foi pioneira no controle de máquinas por dispositivos binários, através
dos cartões perfurados usados nos teares Jacquard.
Sensor de posição
Célula de
carga
Processamento Primário
Durante o processo de produção de petróleo ocorre, geralmente, a produção simultânea
de gás, óleo e água. O tratamento primário do petróleo produzido nos campos marítimos é
realizado nos sistemas de produção offshore, e se constitui das seguintes etapas:
- separação do óleo, do gás e da água;
- tratamento ou condicionamento do óleo para que possa ser transferido para as
refinarias onde é realizado o processamento propriamente dito;
- tratamento da água para reinjeção no poço ou descarte no mar.
A separação desta mistura líquida oriunda do reservatório, contendo óleo, gás e água,
se faz necessária, pois o petróleo e o gás apresentam relevante interesse econômico para a
indústria, e a água, um dos contaminantes mais indesejados no processo de produção do
petróleo, apresenta elevado teor de sal em sua composição, provocando uma série de
problemas no sistema de bombeio e transferência e na operação dos processos nas refinarias,
tais como:
- superdimensionamento das instalações de coleta, armazenamento e transferência,
incluindo bombas, linhas, tanques, etc;
- maior consumo de energia;
- segurança operacional, devido aos problemas de corrosão e/ou incrustação, causando
danos às tubulações, equipamentos e acessórios, que podem redundar em acidentes humanos
e/ou ambientais.
Esta separação se inicia num separador trifásico, que, como diz o próprio nome, separa
as três fases (óleo, água e gás), além de absorver as flutuações na carga, oriunda dos
reservatórios, onde a produção ocorre na forma de flutuações (golfadas). O óleo é separado
das outras fases e bombeado até os tratadores, que retiram sais e resíduos de água. Então é
passado a outro vaso para, em seguida, ser bombeado para tanques de carga. O gás, já
separado do óleo e da água, é canalizado para compressores, chegando com baixa pressão, em
torno de 8,5kgf/cm2. Depois de passarpor vários estágios de compressão, o gás atinge a
pressão de 170kgf/cm2, sendo, então, direcionado a uma planta de tratamento, onde a
umidade é retirada, para ser enviado ao continente pelo gasoduto.
A separação das fases líquidas (óleo e água) apresenta-se um pouco mais complexa do
que a separação do gás, pois, embora as fases líquidas sejam praticamente imiscíveis, elas
ascendem à superfície já sob a forma de emulsão. Esta emulsão de óleo e água é
posteriormente decantada no separador trifásico, aparecendo no fundo uma camada de água
relativamente limpa, denominada de água livre. Sobre esta camada mantém-se uma camada
de emulsão óleo/água, e sobre a emulsão aparece uma camada de óleo relativamente limpo. O
separador trifásico separa e remove qualquer água livre que possa estar presente no processo.
A água separada do óleo não pode ser jogada diretamente ao mar, pois contém um
residual de óleo acima dos padrões especificados para o seu descarte, podendo alcançar
valores da ordem de 50% em volume. Esta água precisa ser tratada para condicioná-la ao
descarte ou reinjeção, e recuperar parte do óleo nela presente na forma de emulsão. Este
tratamento é realizado em uma bateria de hidrociclones, onde são retiradas as gotículas
restantes de óleo, atingindo níveis de aproximadamente 200 ppm para posterior tratamento em
flotadores, atingindo valores abaixo de 20 ppm de teor de óleo graxo, podendo ser descartada
ao mar.
Refino
O óleo cru extraído do poço não tem aplicação direta. A sua utilização ocorre por meio
de seus derivados e, para que isso ocorra, o petróleo é fracionado em seus diversos
componentes através do refino ou destilação fracionada. Este processo aproveita os diferentes
pontos de ebulição das substâncias que compõem o petróleo, separando-as e convertendo em
produtos finais. Os derivados mais conhecidos são: gás liquefeito (GLP) ou gás de cozinha,
gasolinas, naftas, óleo diesel, querosenes de aviação e de iluminação, óleos combustíveis,
asfaltos, lubrificantes, combustíveis marítimos, solventes, parafinas, coque de petróleo. As
parcelas de cada produto obtido no refino dependem de uma série de variáveis: da qualidade
do petróleo que está sendo processado e da estrutura da refinaria - sua complexidade,
unidades e mercado em que atua.
Uma vez armazenado, o material é submetido a diversos processos químicos. O
primeiro e mais importante é a destilação, que ocorre dentro de uma grande torre. Nela, o
petróleo é aquecido em 370 graus Celsius, o que faz com que o material assuma a forma
gasosa. O resultado é uma mistura de vapor misturada com o que sobrou de petróleo na forma
líquida. Ao voltar à forma líquida, o petróleo já tem boa parte de seus principais subprodutos
separados.
A seguir, a mistura é destilada, onde a parte gasosa sobe e a líquida desce. O resíduo
deste processo, que nunca vaporiza, é recolhido e usado para fazer asfalto. Ao longo da torre,
há vários "andares" com pratos, que colhem partes do vapor de petróleo que esfriam e viram
líquido de novo enquanto sobem.
Os pratos retêm uma pequena parte do líquido formado. O excesso transborda e
escorre até um recipiente chamado panela, onde será bombeada, seguindo para fora da torre
por meio de dutos. O vapor de cada subproduto do petróleo, como a gasolina e o diesel vira
líquido numa certa temperatura, atingida em "andares" diferentes da torre. Assim, cada
subproduto enche uma panela específica.
Os derivados irão a seguir para um processo de purificação em tanques, sofrendo
reações químicas para quebrar e recombinar suas moléculas até atingirem um nível
satisfatório de pureza. Da refinaria, eles saem por oleodutos até as indústrias
Os controles típicos em uma refinaria são aplicados em colunas de destilação,
trocadores de calor, bombas, fornos e caldeiras, compressores, turbinas de vapor e gás. O
controle dos processos através de um SDCD é comum em refinarias de petróleo e plantas
petroquímicas – onde a quantidade de variáveis analógicas exige um número maior de malhas
de controle. Geralmente a implementação das leis de controle ocorre em CLPs.
3.1. DEFINIÇÃO
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
A fonte de alimentação do CLP converte a tensão alternada da rede elétrica para uma
tensão contínua.
O CLP possui uma bateria interna que mantém as informações gravadas durante algum
tempo, em caso de falta de energia.
CPU
Pode ser interpretada como o “cérebro” de controle de todas as operações de um CLP.
Inclui todos os circuitos de controle da interpretação e execução de um programa em
memória.
O princípio básico de funcionamento de um CLP é a execução, por parte da CPU, de
um programa que realiza continuamente um ciclo de varredura, com os seguintes passos:
a) Obtém dados de vários módulos de entrada;
b) Executa as instruções do programa
c) Atualiza as saídas, transferindo os dados ao equipamento controlável através dos módulos
de saída
Os microprocessadores (CPU compacta) utilizados nos CLP’s podem ser classificados
pelo tamanho da palavra, freqüência de clock, memória máxima endereçável, etc..
MEMÓRIAS
A memória de um CLP pode ser dividida em 4 partes: memória do programa
executivo, memória do usuário, memória de dados e memória imagem das entradas e saídas.
Programa Executivo
A principal função dos microprocessadores é o gerenciamento de todo o sistema
composto pelo CLP. Tal função é efetuada através da execução de um programa inserido em
uma parte da memória e, denominado de programa executivo.
A memória referente ao executivo deve ser do tipo não-volátil e, juntamente com sua
área de trabalho (dedicada ao armazenamento temporário de dados) constituem-se em uma
região transparente ao usuário do CLP. Normalmente são inacessíveis por serem de única e
exclusiva responsabilidade do fabricante do equipamento.
Memória do Usuário
É a memória que armazena o programa do usuário. Esta memória, reservada ao
programa do usuário, contém alguns Kbytes de palavras-livres que serão processadas pela
CPU. A cada ciclo, a CPU processa este programa, atualiza a memória de dados internos e as
imagens das entradas e saídas.
Memória de Dados
É a área reservada para o controle do programa do usuário. Nesta área se encontram
dados referentes ao processamento do programa do usuário.
Entradas Saídas
Transdutor de Temperatura Válvula Analógica
Transdutor de Pressão Atuador Analógico
Transdutores Óticos Mostrador Gráfico
Transdutor de Umidade Acionamento de Motor
Transdutor de Fluxo Medidor Analógico
Potenciômetro
Conversor D/A
O Diagrama Ladder é como uma escada, sendo feito entre duas linhas verticais, onde a
esquerda será conectada à tensão da fonte e a da direita ao terra. Linhas horizontais são feitas
interligando as duas linhas verticais e nelas são colocados os símbolos de entrada e saída.
EXEMPLO:
Exemplos de sentenças:
EXEMPLO:
Acionamento de um motor elétrico visto anteriormente.
Programa:
STEP1 passo 1
IF ( E1 se a entrada 1 (CH1) está ativa
OR S1 ) ou a saída 1 (Relé R1) está ligada
AND NE2 e a entrada 2 (CH2) não está ativa
THEN SET S1 então ativar a saída 1 (ligar o motor)
JUMP TO 1 retornar ao passo STEP 1
STEP 2
IF S1
THEN SET S2
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS