PORTUGUÊS D
MÓDULO 1 MÓDULO 2
Ele: — Pois é.
Ela: — Pois é o quê?
1. (UNISAL) – O texto a seguir encontra-se fora de ordem. Leia-o
Ele: — Eu só disse pois é!
atentamente e indique que alternativa apresenta a correta
Ela: — Mas “pois é” o quê?
organização para ele.
Ele: — Melhor mudar de conversa porque você não me
entende.
I. Dessa forma, os colonizados de ontem e de hoje são obrigados a Ela: — Entender o quê?
assumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comuni- Ele: — Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e
cação, gêneros de música e modos de produção e consumo dos já!
colonizadores. Ela: — Falar então de quê?
Ele: — Por exemplo, de você.
II. Atualmente se verifica uma poderosa “hamburguerização” da cul- Ela: — Eu?!
tura culinária e uma “rockiquização” dos estilos musicais. Os que (Clarice Lispector, A Hora da Estrela)
detêm o monopólio do ter, do poder e do saber controlam os
mercados e decidem sobre o que se deve produzir, consumir e 1. No texto acima, que se volta para o contato entre o interlocutores,
exportar. prevalece a função fática. Essa função só não está presente
a) nas frases feitas.
III. Toda colonização – seja a antiga, pela invasão dos territórios, seja b) nas repetições.
a moderna, pela integração forçada no mercado mundial – c) nas interjeições.
significa sempre um ato de grandíssima violência. d) nas expressões destituídas de conteúdo informativo.
e) na ênfase à elaboração da linguagem.
IV. Numa palavra, portanto, os colonizados são impedidos de fazer
suas escolhas, de tomar as decisões que constroem a sua própria 2. Identifique a função de linguagem predominante nos trechos
abaixo:
história.
a)
V. Isso ocorre porque a colonização implica o bloqueio do desen-
volvimento autônomo de um povo. Representa a submissão de
parcelas importantes da cultura, com sua memória, seus valores,
suas instituições, sua religião, à outra cultura invasora.
a) III – V – I – II – IV.
b) I – II – IV – V – III.
c) III –V – I – IV – II.
d) III – II – I – V – IV.
e) IV – I – III – V – II.
–1
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MÓDULO 3
2. (PUC-SP) – Nos versos:
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (I) –
PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
1. (IBMEC) – Dados os seguintes adjetivos: pluvial, occipital, Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
lupino e lacustre, assinale a alternativa que apresenta as locuções Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
adjetivas correspondentes. E em que Camões chorou no exílio amargo.
a) de chuva, de olho, de lobo e de rio, respectivamente.
b) de chuva, de nuca, de lupa e de lago, respectivamente.
c) de rio, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente. A expressão em que, neles destacada, refere-se, respectivamente, a
d) de chuva, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente. a) idioma, voz.
e) de rio, de olho, de lupa e de lago, respectivamente. b) idioma, idioma.
c) rude e doloroso, Camões.
2. (MACKENZIE) – De acordo com a norma culta, assinale a alter- d) eu, eu.
nativa que apresenta inadequação no processo de nominalização.
a) As passistas da escola de samba estavam dispersas.
Dispersão das passistas da escola de samba. 3. (ESPM) – Assinale o item em que o pronome grifado tenha valor
b) Os jovens perseveram em busca de soluções para os problemas do semântico de possessivo:
país. a) “A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-
Perseverança dos jovens em busca de soluções para os problemas me na testa.” (Machado de Assis)
do país. b) “Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu
c) A herança foi dissipada pelos herdeiros. não tenho que fazer.” (Machado de Assis)
Dissipação da herança pelos herdeiros. c) “Perdi-me dentro de mim / Porque eu era labirinto.” (Mário de Sá
d) O movimento de protesto foi reprimido pelas autoridades. Carneiro)
Repressão do movimento de protesto pelas autoridades. d) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei!” (Manuel
e) A França asilou muitos brasileiros durante a ditadura militar. Bandeira)
Asilamento de muitos brasileiros pela França durante a ditadura e) “Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.”
militar. (Clarice Lispector)
2–
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PORTUGUÊS D
c) Os homens trabalhavam muito bem.
4. (MACKENZIE) – Em relação ao termo destacado no fragmento d) Ele agiu calma e decididamente.
acima, de Morte e Vida Severina, é correto afirmar que se trate de e) Você esteve bem mal hoje.
a) um artigo definido.
b) um pronome demonstrativo.
c) um pronome pessoal. 9. (ITA) – Considere o excerto abaixo:
d) uma conjunção.
e) um substantivo.
–3
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b) "Educar é ensinar a pensar." (Paulo Francis) encontrar o sujeito. Se houver sujeito determinado, circule-o e
c) "Entraram dois deputados e um chefe político da paróquia." classifique-o.
(Machado de Assis)
4–
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PORTUGUÊS D
10) A preposição de introduz expressão que indica o motivo, o
fator determinante de estar parda a janela da casa amarelada.
Resposta: D
MÓDULO 2
1) E
2) – fática – poética e metalinguística – referencial – conatina – MÓDULO 5
poética e emotiva
1) a) "A curiosidade" é sujeito simples.
b) "Educar" é sujeito simples.
c) "Dois deputados e um chefe político da paróquia" é sujeito
MÓDULO 3 composto.
2) "Essas criaturas de aparência frágil" é sujeito simples de
1) D "tornam"; "fazem" e "distribuem" têm sujeito oculto (elas –
2) Asilamento é palavra não registrada (ou seja, inexistente). O essas criaturas de aparência frágil).
substantivo adequado para corresponder a asilar é asilo, cujo 3) O sujeito é oculto (tu); "criatura ávida de vingança" é
emprego, no entanto, implicaria a transformação do adjunto vocativo.
adverbial (pela França seria substituído por na França). Resposta: C
Resposta: E
MÓDULO 6
MÓDULO 4
1) D
1) D 2) B 3) A 4) B 5) D 2) sei: sujeito oculto "eu".
6) Lembrar a infância o/a deixa triste. Jamais entendeu por que existem: sujeito simples "farmácias de homeopatia".
lhe batiam tanto. Às vezes, chegava até a revoltar-se com os havia: sujeito inexistente.
castigos a que o/a submetiam (a que era submetido(a)). deslumbravam: sujeito simples "elas".
7) Os pronomes são: muito: indefinido; te: pessoal oblíquo; todas: ter-me tratado: sujeito simples "eu".
indefinido; eu: pessoal reto; mesmo: demonstrativo; estes: 3) a) “prestar contas”; c) sentido de “possuir”; d) auxiliar do
demonstrativo; mim: pessoal oblíquo; que: relativo; meu: verbo “ordenar”, concordando com o sujeito “traficantes”; e)
possessivo; teu: possessivo. sentido de “ser bem-sucedido na consecução de”, “sair-se”.
8) O advérbio bem indica circunstância de intensidade do adje- Resposta: B
tivo quente. Também são advérbios: em a, bastante, rapidame- 4) Tanto no enunciado como na alternativa a, o verbo “haver”
nte; em c, muito, bem; em d, calma, decididamente; em e, bem, está com sentido de “existir”. Em b, “haver” é auxiliar de
mal, hoje. “descobrir”; em c, o sentido é de “portar-se”, “sair-se”; em d,
Resposta: B o sentido é de “considerar”.
9) O termo mesmo funciona sintaticamente como adjunto Resposta: A
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FRENTE 2
1. Quantas sílabas métricas há em cada verso do poema transcrito?
MÓDULO 1 Que nome se dá a esse tipo de verso?
6–
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Texto II
MÓDULO 4
Cesse de uma vez meu vão desejo
A MEDIDA NOVA – LUÍS DE CAMÕES de que o poema sirva a todas as fomes.
(...)
1. Todas as alternativas a seguir apresentam versos na medida nova, letras eu quero é pra pedir emprego,
exceto: agradecer favores,
PORTUGUÊS D
a) “O meu pensamento altivo.” escrever meu nome completo.
b) “Vós outros, que buscais repouso certo.” O mais são as mal traçadas linhas.
c) “Oh! como se me alonga, de ano em ano.” (Adélia Prado, “O Que a Musa Eterna Canta”)
d) “Se a ninguém tratais com desamor.”
e) “Debaixo desta pedra sepultada.” 1. (MACKENZIE-SP) – Considerado o contexto da obra Os
Lusíadas, é correto dizer que, no texto I, o poeta
Texto para as questões de 2 a 5. a) expressa, com seu canto, o desejo de negar a tradição épica, já que
considera ultrapassado “o que a Musa antiga canta” (v. 3).
Se tanta pena tenho merecida b) faz alusão à grandeza heroica do povo português, quando se refere
Em pago de sofrer tantas durezas, ao “valor mais alto” (v. 4).
Provai, Senhora, em mim vossas cruezas, c) opõe-se às representações mitológicas greco-romanas (v. 3),
Que aqui tendes uma alma oferecida. deixando implícita sua adesão ao cristianismo.
d) incita os portugueses a rejeitarem todo o conhecimento universal
Nela experimentai, se sois servida, (v. 1), para inscreverem seu nome na história.
Desprezos, desfavores e asperezas; e) explicita sua crítica aos antigos navegadores, ao utilizar
Que mores sofrimentos e firmezas maiores – resistências ironicamente o adjetivo “grandes” (verso 2).
Sustentarei na guerra desta vida.
Mas contra vossos olhos quais serão? 2. (MACKENZIE-SP) – Considere as seguintes afirmações sobre
Forçado é que tudo se lhe renda;
Os Lusíadas:
Mas porei por escudo o coração.
I. É um poema épico que tem como núcleo narrativo as origens
históricas de Portugal, relatadas pela voz do próprio poeta.
Porque, em tão dura e áspera contenda, luta
II. Embora pertença à Épica, incorpora à sua linguagem traços
É bem que, pois não acho defensão, defesa
estilísticos do gênero lírico, em episódios antológicos como o de
Com me meter nas lanças me defenda.
“Inês de Castro” e o da “Ilha dos Amores”, por exemplo.
(Camões)
III. Obedece a uma regularidade formal, valendo-se de versos
decassílabos, traço valorizado no Renascimento.
2. Como se denomina a forma em que o poema foi composto?
Assinale:
3. Qual é o esquema de rimas? a) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.
4. Qual é o esquema métrico? Escanda o primeiro verso. c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.
d) se apenas a afirmação III estiver correta.
5. O poema é exemplo de medida nova ou de medida velha? e) se todas as afirmações estiverem corretas.
MÓDULO 5
3. (MACKENZIE-SP) – No texto II, o eu lírico
OS LUSÍADAS (I) a) reaproveita ironicamente a linguagem camoniana, para relativizar
a necessidade e a importância do canto poético.
b) retoma o discurso grandiloquente de Os Lusíadas, adequado para
Textos para os testes de 1 a 3.
expressar o heroísmo presente no cotidiano das pessoas humildes.
Texto I c) incorpora ao poema a dicção clássica, não só parafraseando o
verso camoniano, mas também imitando o padrão formal do
Cessem do sábio Grego e do Troiano século XVI.
As navegações grandes que fizeram, d) recusa a forte influência que a tradição lírica quinhentista exerceu
(...) sobre a literatura brasileira.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta, e) manifesta, sarcasticamente, sua compreensão de que os poetas,
Que outro valor mais alto se alevanta. desde a Antiguidade, sempre consideraram o poema como algo
(Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas) supérfluo.
–7
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OS LUSÍADAS (II) 2. Extraia dos versos duas metáforas relacionadas a calor e luz.
Texto para os testes de 1 a 3. 3. A segunda estrofe expressa os mesmos sentimentos que a pri-
meira? Justifique.
(...)
PORTUGUÊS D
Mas quando de teu rosto o belo maio Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Desdenha amores no rigor que aclama, Pois, acabando tu ao fogo, que amas,
De meus olhos o pranto se derrama Eu morro sem chegar à luz, que adoro.
Com viva queixa, com mortal desmaio. (MATOS, Gregório de. Obra Poética. Ed. de James
(Manuel Botelho de Oliveira) Amado, Rio de Janeiro, Record, 1990. V. 1, p. 425.)
8–
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1. A quem se dirige o eu lírico? Quem é seu(sua) interlocutor(a)? b) o pastoralismo, uma das principais manifestações da naturalidade,
reproduz fielmente a vida no campo.
2. De acordo com a última estrofe, o eu lírico se encontra em situação c) entre as convenções do pastoralismo, está a utilização de uma
desfavorável em relação a seu(sua) interlocutor(a). Por quê? linguagem simples que reproduz a linguagem rude dos pastores.
d) propõe um retorno à ordem e à naturalidade, tendo por modelo a
Texto para o teste 3. literatura clássica, em oposição ao artificialismo barroco.
e) a linguagem, adequada e quase sem ornamentos, retrata rea-
Goza, goza da flor da mocidade, listicamente intensas emoções de dor e alegria.
PORTUGUÊS D
Que o tempo trota a toda a ligeireza
E imprime em toda flor sua pisada.
Um não sei quê de magoado e triste, d) Trata-se do episódio da morte de Lindoia, extraído de O Uraguai,
Que os corações mais duros enternece. poema épico do Arcadismo.
Tanto era bela no seu rosto a morte! e) Descreve a morte de Inês de Castro no episódio lírico do poema
(Basílio da Gama) épico português Os Lusíadas.
MÓDULO 1 MÓDULO 3
1) B 2) A 3) B 4) B 1) Os versos são todos redondilhos maiores (sete sílabas métricas)
e as rimas repetem o mesmo esquema de interpolação:
ABBAACCA. Esse é o padrão métrico e rímico do Auto da
MÓDULO 2 Barca do Inferno.
Resposta: E
1) Cada um dos versos tem sete sílabas métricas. O nome desse 2) O Corregedor, que deveria zelar pela aplicação da justiça, é
verso é redondilho maior. (O verso redondilho menor é aquele um juiz corrupto, que dá suas sentenças de acordo com os
que contém cinco sílabas métricas.) subornos que recebe.
2) A palavra saudosos tem três sílabas (sau-do-sos), mas, no Resposta: E
poema, para que o verso tenha sete sílabas métricas, essa 3) O teatro de Gil Vicente, de caráter popular e medieval, nada
palavra deve ser lida como se a sílaba sau- se desdobrasse em deve à tradição greco-latina e afasta-se da rigidez da “lei das
duas: sa-u. Nesse caso, o ditongo au passa a ser lido como hiato três unidades” (tempo, lugar e ação), que regia o teatro
a-u. clássico. O tempo e o espaço não são dispostos em sequência
3) Sim, os versos são rimados, como se observa na repetição rígida; há saltos temporais e a ação compõe-se de pequenos
regular de sons no final dos versos. Se esses sons forem repre- quadros ou cenas, aproveitando-se temas bíblicos, persona-
sentados por letras, teremos: gens populares e sobrenaturais, entretecidos numa intenção de
crítica à sociedade de seu tempo.
Primeira estrofe: tristes – A
bem – B
vistes – A
ninguém – B MÓDULO 4
1) O verso apresentado na alternativa a contém sete sílabas
Segunda estrofe: saudosos – C
métricas, correspondendo, pois, à medida velha, e não à medida
partida – D
nova.
chorosos – C
Resposta: A
desejosos – C
2) Trata-se de um soneto, forma fixa composta de quatro
vida – D
estrofes: dois quartetos e dois tercetos.
3) A rima é oposta ou interpolada nos quartetos (ABBA-ABBA)
Terceira estrofe: tristes – A
e cruzada ou alternada nos tercetos (CDC-DCD).
bem – B
4) O poema foi composto em versos decassílabos:
vistes – A
Se / tan / ta / pe / na / te / nho / me / re / ci(da).
ninguém – B
5) É exemplo de medida nova.
4) O versos falam da tristeza que o eu lírico — representado na
expressão metonímica “meus olhos” — sente ao separar-se de
sua amada.
10 –
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MÓDULO 5 MÓDULO 7
1) O fragmento da terceira estrofe da Proposição de Os Lusíadas 1) Teus sóis acendem-me logo chama a chama, teus sóis cegam-
exalta o “valor mais alto”, o povo português, enfatizando que me logo raio a raio, quando Amor, querendo ter ardente ensaio
as navegações lusitanas foram maiores e mais importantes que (ou ensaio ardente), inflama seu poder em teus olhos.
as dos heróis da Antiguidade, Ulisses (“o sábio grego”) e 2) “Sóis”, “acendem”, “chama” e “raio” são metáforas relacio-
Eneias (“Troiano”). nadas a calor e luz.
PORTUGUÊS D
Resposta: B 3) Não, pois a segunda estrofe fala da tristeza e falta de ânimo do
2) Em I, não procedem as informações de que o núcleo narrativo eu lírico, ao passo que a primeira fala de seu arrebatamento e
de Os Lusíadas sejam as origens históricas de Portugal, excitação. A conjunção mas, no verso 5, já indica que haverá
relatadas pela voz do próprio poeta. O episódio nuclear da uma relação de oposição entre as estrofes.
epopeia camoniana é a viagem de Vasco da Gama que resultou
no descobrimento do caminho marítimo para as “Índias”.
Ainda que o poema também relate as origens de Portugal, o MÓDULO 8
narrador desse relato não é o eu poemático. O passado de
Portugal tem como narrador principal Vasco da Gama, 1) A
secundado por outros narradores a quem o poeta concede a 2) Vieira escreveu na língua culta e literária e fez de sua prosa a
palavra. As afirmações II e III consignam adequadamente a representante do conceptismo na Literatura Portuguesa. Fer-
presença de episódios líricos na epopeia lusitana e o nando Pessoa o chamou o “imperador da Língua Portuguesa”,
formalismo clássico, que em Portugal assumiu a denominação o que mostra que em sua palavra e em seu estilo vibra o espí-
de medida nova. rito de Portugal. Vieira também pertence à Literatura
Resposta: B Brasileira, pois vários de seus sermões e cartas traduzem o
3) A natureza paródica do texto de Adélia Prado retoma, pelo interesse pela realidade do Brasil colonial. É o que se nota, por
avesso, o caráter épico da Proposição de Os Lusíadas e sua exemplo, na defesa de índios e de negros escravizados, como se
enfática exaltação da superioridade portuguesa, colocando-a lê no Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra
em chave irônica, para relativizar o “desejo de que o poema as de Holanda, Sermão de Santo Antônio aos Peixes etc.
sirva a todas as fomes”, atribuindo à linguagem funções
pragmáticas: “pedir emprego”, “agradecer favores”, “escre-
ver meu nome completo” etc. MÓDULO 9
Resposta: A
1) À mariposa, como se verifica no segundo verso.
2) Segundo o eu lírico, a mariposa, ainda que acabe morrendo,
MÓDULO 6 consegue chegar ao objeto amado (a chama de um candeeiro),
ao passo que ele “morre” sem chegar à luz que ama (a mulher
1) O texto encerra o episódio da Ilha dos Amores, quando o poeta amada).
tece considerações sobre as glórias terrenas, a cobiça, a am- 3) B
bição e o poder (a tirania).
Resposta: C
2) O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é completado MÓDULO 10
pelos termos “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”: “E
ponde na cobiça um freio duro, / E na ambição também... / ...e 1) C 2) D
no torpe e escuro / Vício da tirania...”.
Resposta: D
3) Nos versos, afirma-se “Ó ponde na cobiça um freio duro, / E MÓDULO 11
na ambição também... / (...) / Porque essas honras vãs... /
Verdadeiro valor não dão à gente”. 1) C
Resposta: A 2) À Marília, sua musa.
MÓDULO 12
1) D 2) D
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FRENTE 3
Texto 2
MÓDULOS 1 e 2
DIFICULDADES PARA A BUSCA DA VERDADE
ANÁLISE DE TEXTO Em nossa sociedade, é muito difícil despertar nas pessoas o desejo
PORTUGUÊS D
12 –
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6. Conheça as acepções da palavra verdade, conforme o Dicionário 1. “Quando das belezas inferiores nos elevamos, através de uma bem
Houaiss: entendida pedagogia amorosa, até a beleza suprema e perfeita que
– substantivo feminino começamos então a vislumbrar, chegamos quase no fim, pois na
1 propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade; estrada reta do amor, quer o sigamos sozinhos, quer nela sejamos
exatidão, autenticidade, veracidade guiados por outrem, cumpre sempre subir usando desses belos
Ex.: <a v. de uma afirmação, de uma interpretação> <v. objetos visíveis como dos degraus de uma escada.” (Platão, O
histórica> Banquete)
1.1 a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou
PORTUGUÊS D
original; exatidão, rigor, precisão Considerando o texto de Platão acima transcrito, indique o verso
Ex.: a v. de um quadro, de uma foto que sugere a ascensão do eu lírico, no soneto de Camões, rumo à
2 Derivação: por extensão de sentido. “beleza suprema e perfeita”.
coisa, fato ou evento real, verdadeiro, certo a) “Sem ver de quê; um riso brando e honesto”
Ex.: o que eu contei corresponde à v. b) “Quase forçado; um doce e humilde gesto”
3 Derivação: por extensão de sentido. c) “Que pôde transformar meu pensamento”
qualquer ideia, proposição, princípio ou julgamento que se aceita d) “Um despejo quieto e vergonhoso”
como autêntico, digno de fé; axioma, máxima e) “Um longo e obediente sofrimento”
Ex.: as v. de uma religião, de uma filosofia
4 Derivação: por extensão de sentido. 2. A descrição da figura feminina contida na terceira estrofe apoia-se
procedimento sincero, retidão ou pureza de intenções; boa-fé em características
Ex.: agir com v. a) intelectuais. b) religiosas. c) físicas.
5 Derivação: sentido figurado. d) morais. e) sociais.
o que caracteriza algo ou alguém; caráter, feitio
Ex.: demonstrar a sua própria v.
3. Assinale a alternativa em que se expressa influência do neopla-
No último parágrafo do texto 2, a palavra verdade é empregada em
tonismo.
duas diferentes acepções, explicadas pela autora. Indique quais são
a) “...um riso brando e honesto, / Quase forçado...”
essas acepções segundo o Dicionário Houaiss.
b) “Uma pura bondade, manifesto / Indício da alma...”
a) Acepções 1 e 1.1.
c) “Um medo sem ter culpa; um ar sereno”
b) Acepções 4 e 5.
d) “Um longo e obediente sofrimento”
c) Acepções 1 (inclusive 1.1) e 2.
e) “Esta foi a celeste fermosura / Da minha Circe...”
d) Acepções 3 e 1 (inclusive 1.1).
e) Acepções 2 e 4.
MÓDULOS 3 e 4 MÓDULO 5
Esta foi a celeste fermosura formosura Olhos meus, disse então por defender-me,
Da minha Circe,1 e o mágico veneno Se a beleza heis de ver para matar-me,
Que pôde transformar meu pensamento. Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
(Camões)
1 – Circe: feiticeira que aparece na Odisseia, de Homero. 1. O soneto acima pode servir de exemplo para qual vertente barroca?
– 13
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Enquanto, com gentil descortesia, O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi
O ar, que fresco Adônis1 te namora, uma descrição tendo o mar como tema. A classe se inspirou, toda ela, nos
Te espalha a rica trança voadora, encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados.
Quando vem passear-te pela fria: Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal
onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de
Goza, goza da flor da mocidade, minha descrição.
Que o tempo trota a toda ligeireza Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela
[quarto]. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a exis-
E imprime em toda flor sua pisada.
tência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula.
Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza,
Oh, não aguardes, que a madura idade afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor
Te converta essa flor, essa beleza, conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao
lado dos futebolistas, dos campeões de matemática, dos que obtinham
1 – Adônis: jovem da mitologia grega conhecido por sua extrema beleza. medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilha-
vam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro.
2. O poema acima é, na verdade, uma tradução-adaptação de dois Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno:
o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos
sonetos do grande poeta barroco espanhol Gôngora. Trata-se de
livros de sua estante. Primeiro As Viagens de Gulliver, depois clássicos
um excelente exemplo do estilo metafórico do Barroco. Na
portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.
primeira estrofe, a beleza do rosto da mulher é descrita por meio Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e
de três metáforas. Quais são elas e a que correspondem? amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão.
3. Na segunda estrofe, a quem é comparado o vento (“ar”)? Por quê? (AMADO, Jorge. O Menino Grapiúna.
Rio de Janeiro, Record, 1987, p. 117-120. Adaptado.)
3. (UFPE/UFRPE-PE) – Analise o último parágrafo do texto: 4. (UFPE/UFRPE-PE) – Segundo a norma padrão da língua
“Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e portuguesa, a alternativa em que as regras de concordância
amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me nominal e verbal foram respeitadas é:
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da a) O resultado das mais recentes pesquisas, em anexo, mostraram
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de índices preocupantes. Faltou soluções mais decisivas.
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”. b) Fiquem alerta: nenhum dos programas apresentados concederam
No trecho sublinhado, o autor: prioridade à produção do texto escrito.
a) estabelece uma oposição, fazendo correções em relação ao que é c) Minas Gerais desenvolve pesquisas de ponta na área da alfa-
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afirmado antes. betização. Um novo grupo assumiram, eles mesmo, a coordenação
b) dá uma justificativa para o que diz antes, estabelecendo uma dessas pesquisas.
gradação. d) Foi passada uma série de informações infundadas, pois a maioria
c) explicita sua opinião, levantando hipóteses de esclarecimento. dos alunos lê literatura brasileira. Qual das pesquisas já enfatizou
d) atenua suas afirmações, reavaliando o que dissera anteriormente. isso?
e) indica um estado de incerteza em relação ao que diz, propondo e) Os pesquisadores, eles mesmo, em quase sua totalidade, está de
novos sentidos. acordo em relação à urgência do incentivo à leitura.
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RASCUNHO
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