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FRENTE 1 – REDAÇÃO E GRAMÁTICA

PORTUGUÊS D
MÓDULO 1 MÓDULO 2

ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO FUNÇÕES DA LINGUAGEM


E CRITÉRIOS DE CORREÇÃO

Ele: — Pois é.
Ela: — Pois é o quê?
1. (UNISAL) – O texto a seguir encontra-se fora de ordem. Leia-o
Ele: — Eu só disse pois é!
atentamente e indique que alternativa apresenta a correta
Ela: — Mas “pois é” o quê?
organização para ele.
Ele: — Melhor mudar de conversa porque você não me
entende.
I. Dessa forma, os colonizados de ontem e de hoje são obrigados a Ela: — Entender o quê?
assumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comuni- Ele: — Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e
cação, gêneros de música e modos de produção e consumo dos já!
colonizadores. Ela: — Falar então de quê?
Ele: — Por exemplo, de você.
II. Atualmente se verifica uma poderosa “hamburguerização” da cul- Ela: — Eu?!
tura culinária e uma “rockiquização” dos estilos musicais. Os que (Clarice Lispector, A Hora da Estrela)
detêm o monopólio do ter, do poder e do saber controlam os
mercados e decidem sobre o que se deve produzir, consumir e 1. No texto acima, que se volta para o contato entre o interlocutores,
exportar. prevalece a função fática. Essa função só não está presente
a) nas frases feitas.
III. Toda colonização – seja a antiga, pela invasão dos territórios, seja b) nas repetições.
a moderna, pela integração forçada no mercado mundial – c) nas interjeições.
significa sempre um ato de grandíssima violência. d) nas expressões destituídas de conteúdo informativo.
e) na ênfase à elaboração da linguagem.
IV. Numa palavra, portanto, os colonizados são impedidos de fazer
suas escolhas, de tomar as decisões que constroem a sua própria 2. Identifique a função de linguagem predominante nos trechos
abaixo:
história.

a)
V. Isso ocorre porque a colonização implica o bloqueio do desen-
volvimento autônomo de um povo. Representa a submissão de
parcelas importantes da cultura, com sua memória, seus valores,
suas instituições, sua religião, à outra cultura invasora.

(Adaptado de BOFF, Leonardo. A águia e a galinha.


24.a ed., Petrópolis: Vozes, 1998. pp. 21-22.)

a) III – V – I – II – IV.
b) I – II – IV – V – III.
c) III –V – I – IV – II.
d) III – II – I – V – IV.
e) IV – I – III – V – II.

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b) Gastei uma hora pensando um verso


que a pena não quer escrever.
MÓDULO 4
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo. CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (II) –
Ele está cá dentro PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento 1. (FUVEST-Transferência) – Considere a mensagem publicitária
PORTUGUÊS D

inunda minha vida inteira. de um hospital:


(Carlos D. de Andrade)

c) “Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito


cuidadosas e delicadas, quando expressem seu ponto de vista, HÁ MOMENTOS EM QUE ATÉ
especialmente sobre temas polêmicos. Alguns as julgam falsas e OS ADULTOS PRECISAM
hipócritas.” DE UM COLO. NÓS ESTAMOS AQUI
(Clarice Lispector, A Hora da Estrela) PARA ISSO E MUITO MAIS.

d) “Descomplique. De qualquer lugar para qualquer lugar, disque 23.”


A referência do pronome isso, no texto, permite deduzir que o
e) Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas hospital oferece
Passam tantas visões sobre o meu peito! a) recursos da mais alta tecnologia.
Palor de febre meu semblante cobre, b) momentos de descontração, lazer.
Bate meu coração com tanto fogo! c) assistência médica ininterrupta.
(Álvares de Azevedo) d) atendimento diferenciado, atencioso.
e) ambiente higienizado, agradável.

MÓDULO 3
2. (PUC-SP) – Nos versos:
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (I) –
PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

1. (IBMEC) – Dados os seguintes adjetivos: pluvial, occipital, Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
lupino e lacustre, assinale a alternativa que apresenta as locuções Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
adjetivas correspondentes. E em que Camões chorou no exílio amargo.
a) de chuva, de olho, de lobo e de rio, respectivamente.
b) de chuva, de nuca, de lupa e de lago, respectivamente.
c) de rio, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente. A expressão em que, neles destacada, refere-se, respectivamente, a
d) de chuva, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente. a) idioma, voz.
e) de rio, de olho, de lupa e de lago, respectivamente. b) idioma, idioma.
c) rude e doloroso, Camões.
2. (MACKENZIE) – De acordo com a norma culta, assinale a alter- d) eu, eu.
nativa que apresenta inadequação no processo de nominalização.
a) As passistas da escola de samba estavam dispersas.
Dispersão das passistas da escola de samba. 3. (ESPM) – Assinale o item em que o pronome grifado tenha valor
b) Os jovens perseveram em busca de soluções para os problemas do semântico de possessivo:
país. a) “A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-
Perseverança dos jovens em busca de soluções para os problemas me na testa.” (Machado de Assis)
do país. b) “Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu
c) A herança foi dissipada pelos herdeiros. não tenho que fazer.” (Machado de Assis)
Dissipação da herança pelos herdeiros. c) “Perdi-me dentro de mim / Porque eu era labirinto.” (Mário de Sá
d) O movimento de protesto foi reprimido pelas autoridades. Carneiro)
Repressão do movimento de protesto pelas autoridades. d) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei!” (Manuel
e) A França asilou muitos brasileiros durante a ditadura militar. Bandeira)
Asilamento de muitos brasileiros pela França durante a ditadura e) “Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.”
militar. (Clarice Lispector)

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Texto para a questão 4. 7. Classifique os pronomes destacados no poema de Carlos


Drummond de Andrade.
Severino de Maria;
como há muitos Severinos 8. (MACKENZIE) – Indique a única alternativa em que há um
com mães chamadas Maria, advérbio modificando um adjetivo.
fiquei sendo o da Maria a) Ele falava bastante rapidamente.
do finado Zacarias. b) Um pão bem quente com manteiga.

PORTUGUÊS D
c) Os homens trabalhavam muito bem.
4. (MACKENZIE) – Em relação ao termo destacado no fragmento d) Ele agiu calma e decididamente.
acima, de Morte e Vida Severina, é correto afirmar que se trate de e) Você esteve bem mal hoje.
a) um artigo definido.
b) um pronome demonstrativo.
c) um pronome pessoal. 9. (ITA) – Considere o excerto abaixo:
d) uma conjunção.
e) um substantivo.

5. (FAAP-SP) “No Brasil, [o trote] é um meio de reafirmar, na passagem para


a vida adulta, que o jovem estudante pertence mesmo a uma
Ouvindo-te dizer: Eu te amo, sociedade autoritária, violenta e de privilégio.”
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte Preserva-se o sentido da frase acima, caso a palavra em destaque seja
como sabê-lo? substituída por
a) ainda.
O pronome o está no lugar da oração: b) também.
a) “ouvindo-te”. c) realmente.
b) “dizer”. d) porém.
c) “eu te amo”. e) portanto.
d) “que sou amado”.
e) “como sabê-lo”.
Texto para a questão 10.
6. (UFRN) – Fazendo uso do registro culto da língua, reescreva, na
terceira pessoa do singular, o depoimento reproduzido abaixo.
Altere apenas o necessário, não acrescentando nem omitindo
informações. A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma
portinha pequena. Logo à entrada um cheiro mole e salobro
enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente,
Lembrar a infância deixa-me triste. Jamais entendi
apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas.
por que me batiam tanto. Às vezes, chegava até a
No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de
me revoltar com os castigos a que me submetiam.
arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de aranha, coava
a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-
se o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança.
Texto para a questão 7. (Eça de Queirós, O Primo Basílio)

Há muito tempo, sim, que não te escrevo.


Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelheci: olha, em relevo, 10. (FUVEST) – O segmento do texto em que a preposição de
estes sinais em mim, não das carícias estabelece uma relação de causa é:
(tão leves) que fazias no meu rosto: a) “ao pé de uma casa amarelada”.
são golpes, são espinhos, são lembranças b) “escada, de degraus gastos”.
da vida a teu menino, que ao sol-posto c) “gradeadozinho de arame”.
perde a sabedoria das crianças. d) “parda do pó acumulado”.
(Carlos Drummond de Andrade) e) “luz suja do saguão”.

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c) III e IV estão incorretas.


MÓDULO 5 d) III e IV estão corretas.
e) Todas estão incorretas.
SUJEITO E PREDICADO
2. Nem toda oração apresenta sujeito. Muitas vezes o sujeito é
1. Sublinhe e classifique o sujeito dos verbos destacados. inexistente. Examine atentamente o período a seguir. Formule
a) "A curiosidade é o pavio do aprendizado." (William Arthur Ward) perguntas usando quem ou que antes dos verbos sublinhados para
PORTUGUÊS D

b) "Educar é ensinar a pensar." (Paulo Francis) encontrar o sujeito. Se houver sujeito determinado, circule-o e
c) "Entraram dois deputados e um chefe político da paróquia." classifique-o.
(Machado de Assis)

2. Classifique o sujeito dos verbos grifados.


“Não sei se existem farmácias de homeopatia. No meu tempo de
criança havia muitas, e elas me deslumbravam, apesar de eu nunca
ter-me tratado pelas suas pastilhas e gotas.”
“Mas essas criaturas de aparência frágil, os escritores, tornam a (Carlos Heitor Cony)
vida muito mais intensa, fazem das palavras um instrumento de
magia, distribuem sonhos e emoções.”
(Rodolfo Konder) 3. (ESPM) – Em uma das opções abaixo, o verbo haver é impessoal
e, por isso, não deveria estar no plural. Assinale-a:
a) Os sonegadores de imposto de renda se haverão com a Receita
Federal.
3. (FESP) – Em Retira-te, criatura ávida de vingança., o sujeito é b) No mês de abril, conhecido como "abril vermelho", houveram
a) te. muitas invasões de terra empreendidas pelo MST, em todo o país.
b) inexistente. c) Por haverem muitas propriedades rurais, vários deputados e
c) oculto. senadores sempre se colocaram contra a reforma agrária.
d) criatura. d) Traficantes da Favela da Rocinha haviam ordenado o fechamento
e) n.d.a. do comércio local, como represália à morte de um deles.
e) Times paulistas não se houveram bem nos jogos da última rodada.
MÓDULO 6
4. (UNIMONTES) – Observe o uso do verbo haver na frase:
ORAÇÃO SEM SUJEITO

1. (CÁSPER LÍBERO) Hoje não há razões para otimismo.


I. Devem haver soluções mais viáveis para os problemas apresen-
tados.
II. O relator afirmou que já fazem dois meses que o processo está Das construções abaixo, assinale aquela em que o verbo haver foi
tramitando... empregado na mesma acepção (= sentido) em que foi usado no
III. Para que não haja dúvidas, é preciso ler as instruções. exemplo acima.
V. No verão faz dias quentes, mas os turistas adoram. a) Havia fontes a borbulhar no coração.
b) Haveria de descobrir a beleza das pequenas coisas.
Sobre as frases transcritas, pode-se afirmar que c) Houve-se muito bem o rapaz na singular situação em que se
a) I e III estão corretas. meteu.
b) II e IV estão incorretas. d) O autor houve por bem suprimir um trecho de sua crônica.

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adverbial de afirmação e modifica o verbo pertencer, assim


MÓDULO 1 como o advérbio realmente da alternativa correta. Em ambos,
o sentido é de enfatizar a afirmação.
1) A Resposta: C

PORTUGUÊS D
10) A preposição de introduz expressão que indica o motivo, o
fator determinante de estar parda a janela da casa amarelada.
Resposta: D
MÓDULO 2
1) E
2) – fática – poética e metalinguística – referencial – conatina – MÓDULO 5
poética e emotiva
1) a) "A curiosidade" é sujeito simples.
b) "Educar" é sujeito simples.
c) "Dois deputados e um chefe político da paróquia" é sujeito
MÓDULO 3 composto.
2) "Essas criaturas de aparência frágil" é sujeito simples de
1) D "tornam"; "fazem" e "distribuem" têm sujeito oculto (elas –
2) Asilamento é palavra não registrada (ou seja, inexistente). O essas criaturas de aparência frágil).
substantivo adequado para corresponder a asilar é asilo, cujo 3) O sujeito é oculto (tu); "criatura ávida de vingança" é
emprego, no entanto, implicaria a transformação do adjunto vocativo.
adverbial (pela França seria substituído por na França). Resposta: C
Resposta: E

MÓDULO 6
MÓDULO 4
1) D
1) D 2) B 3) A 4) B 5) D 2) sei: sujeito oculto "eu".
6) Lembrar a infância o/a deixa triste. Jamais entendeu por que existem: sujeito simples "farmácias de homeopatia".
lhe batiam tanto. Às vezes, chegava até a revoltar-se com os havia: sujeito inexistente.
castigos a que o/a submetiam (a que era submetido(a)). deslumbravam: sujeito simples "elas".
7) Os pronomes são: muito: indefinido; te: pessoal oblíquo; todas: ter-me tratado: sujeito simples "eu".
indefinido; eu: pessoal reto; mesmo: demonstrativo; estes: 3) a) “prestar contas”; c) sentido de “possuir”; d) auxiliar do
demonstrativo; mim: pessoal oblíquo; que: relativo; meu: verbo “ordenar”, concordando com o sujeito “traficantes”; e)
possessivo; teu: possessivo. sentido de “ser bem-sucedido na consecução de”, “sair-se”.
8) O advérbio bem indica circunstância de intensidade do adje- Resposta: B
tivo quente. Também são advérbios: em a, bastante, rapidame- 4) Tanto no enunciado como na alternativa a, o verbo “haver”
nte; em c, muito, bem; em d, calma, decididamente; em e, bem, está com sentido de “existir”. Em b, “haver” é auxiliar de
mal, hoje. “descobrir”; em c, o sentido é de “portar-se”, “sair-se”; em d,
Resposta: B o sentido é de “considerar”.
9) O termo mesmo funciona sintaticamente como adjunto Resposta: A

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FRENTE 2
1. Quantas sílabas métricas há em cada verso do poema transcrito?
MÓDULO 1 Que nome se dá a esse tipo de verso?

A LÍRICA TROVADORESCA 2. No primeiro verso da segunda estrofe, a palavra saudosos apre-


senta uma peculiaridade quanto à sua divisão silábica. Comente.
PORTUGUÊS D

Nos testes de 1 a 4, assinale A se for cantiga de amor e B se for cantiga


de amigo. 3. Os versos são rimados? Justifique sua resposta.
1. ( ) Quantas sabedes amar amigo todas que
treydes comig’a lo mar de Vigo vinde 4. De que falam os versos?
e banhar-nos-emos nas ondas.

2. ( ) Estes meus olhos nunca perderán,


senhor, gran coita, mentr’eu vivo for; enquanto eu
MÓDULO 3
e direi-vos1, fremosa mia senhor,
destes meus olhos a coita que han: têm GIL VICENTE
choran e cegan quand’ alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen. 1. Assinale a alternativa que apresenta uma informação correta sobre
os seguintes versos do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:
1 – Note que, no português arcaico, o futuro não impedia a ênclise.
Frade: Como? Por ser namorado
3. ( ) — Digades, filha, mia filha velida: bela e folgar com u~a mulher ter prazer
por que tardastes na fontana fria? fonte se há um padre de perder,
— Os amores ei. estou apaixonada com tanto salmo rezado?
Digades, filha, mia filha louçana: bela Diabo: Ora estás bem aviado! bem arranjado
por que tardastes na fria fontana? Frade: Mais estás bem corregido! mais bem arranjado estás tu!
— Os amores ei. Diabo: Devoto padre marido,
haveis de ser cá pingado... queimado com
4. ( ) Non ei i barqueiro nem remador, não tenho aqui [pingos de azeite
morrerei fremosa no mar maior:
eu atend o meu amigo! esperando No conjunto dos versos, temos
a) variação de ritmo e quebra de rimas.
b) ausência de ritmo e igualdade de rimas.
c) alternância de redondilho maior e menor e simetria de rimas.
d) emprego de redondilho menor e rimas opostas.
MÓDULO 2 e) igualdade métrica e uniformidade no esquema de rimas.

A POESIA PALACIANA 2. (FUVEST-SP) – Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo,


Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brísida Vaz, Judeu,
Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são
Texto para as questões de 1 a 4. personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Analise
as informações seguintes e selecione a alternativa cujas
Senhora, partem tam tristes características não descrevam adequadamente a personagem.
meus olhos por vós, meu bem, a) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que
que nunca tam tristes vistes juntara, nada leva para a morte, ou melhor, leva a bolsa vazia.
outros nenhuns por ninguém. b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas
fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e as armas de esgrima.
Tam tristes, tam saudosos, c) O Diabo, capitão da barca do Inferno, é quem apressa o embarque
tam doentes da partida, dos condenados; é dissimulado e irônico.
tam cansados, tam chorosos, d) O Anjo, capitão da barca do Céu, é quem elogia a morte pela fé; é
da morte mais desejosos austero e inflexível.
cem mil vezes que da vida. e) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação íntegra e
exata das leis; leva papéis e processos.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d’esperar bem,
que nunca tam tristes vistes 3. Por que o teatro de Gil Vicente não pode ser chamado de teatro
outros nenhuns por ninguém. clássico?

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Texto II
MÓDULO 4
Cesse de uma vez meu vão desejo
A MEDIDA NOVA – LUÍS DE CAMÕES de que o poema sirva a todas as fomes.
(...)
1. Todas as alternativas a seguir apresentam versos na medida nova, letras eu quero é pra pedir emprego,
exceto: agradecer favores,

PORTUGUÊS D
a) “O meu pensamento altivo.” escrever meu nome completo.
b) “Vós outros, que buscais repouso certo.” O mais são as mal traçadas linhas.
c) “Oh! como se me alonga, de ano em ano.” (Adélia Prado, “O Que a Musa Eterna Canta”)
d) “Se a ninguém tratais com desamor.”
e) “Debaixo desta pedra sepultada.” 1. (MACKENZIE-SP) – Considerado o contexto da obra Os
Lusíadas, é correto dizer que, no texto I, o poeta
Texto para as questões de 2 a 5. a) expressa, com seu canto, o desejo de negar a tradição épica, já que
considera ultrapassado “o que a Musa antiga canta” (v. 3).
Se tanta pena tenho merecida b) faz alusão à grandeza heroica do povo português, quando se refere
Em pago de sofrer tantas durezas, ao “valor mais alto” (v. 4).
Provai, Senhora, em mim vossas cruezas, c) opõe-se às representações mitológicas greco-romanas (v. 3),
Que aqui tendes uma alma oferecida. deixando implícita sua adesão ao cristianismo.
d) incita os portugueses a rejeitarem todo o conhecimento universal
Nela experimentai, se sois servida, (v. 1), para inscreverem seu nome na história.
Desprezos, desfavores e asperezas; e) explicita sua crítica aos antigos navegadores, ao utilizar
Que mores sofrimentos e firmezas maiores – resistências ironicamente o adjetivo “grandes” (verso 2).
Sustentarei na guerra desta vida.

Mas contra vossos olhos quais serão? 2. (MACKENZIE-SP) – Considere as seguintes afirmações sobre
Forçado é que tudo se lhe renda;
Os Lusíadas:
Mas porei por escudo o coração.
I. É um poema épico que tem como núcleo narrativo as origens
históricas de Portugal, relatadas pela voz do próprio poeta.
Porque, em tão dura e áspera contenda, luta
II. Embora pertença à Épica, incorpora à sua linguagem traços
É bem que, pois não acho defensão, defesa
estilísticos do gênero lírico, em episódios antológicos como o de
Com me meter nas lanças me defenda.
“Inês de Castro” e o da “Ilha dos Amores”, por exemplo.
(Camões)
III. Obedece a uma regularidade formal, valendo-se de versos
decassílabos, traço valorizado no Renascimento.
2. Como se denomina a forma em que o poema foi composto?
Assinale:
3. Qual é o esquema de rimas? a) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.
4. Qual é o esquema métrico? Escanda o primeiro verso. c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.
d) se apenas a afirmação III estiver correta.
5. O poema é exemplo de medida nova ou de medida velha? e) se todas as afirmações estiverem corretas.

MÓDULO 5
3. (MACKENZIE-SP) – No texto II, o eu lírico
OS LUSÍADAS (I) a) reaproveita ironicamente a linguagem camoniana, para relativizar
a necessidade e a importância do canto poético.
b) retoma o discurso grandiloquente de Os Lusíadas, adequado para
Textos para os testes de 1 a 3.
expressar o heroísmo presente no cotidiano das pessoas humildes.
Texto I c) incorpora ao poema a dicção clássica, não só parafraseando o
verso camoniano, mas também imitando o padrão formal do
Cessem do sábio Grego e do Troiano século XVI.
As navegações grandes que fizeram, d) recusa a forte influência que a tradição lírica quinhentista exerceu
(...) sobre a literatura brasileira.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta, e) manifesta, sarcasticamente, sua compreensão de que os poetas,
Que outro valor mais alto se alevanta. desde a Antiguidade, sempre consideraram o poema como algo
(Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas) supérfluo.

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1. Reescreva a primeira estrofe, colocando os termos na ordem


MÓDULO 6 direta.

OS LUSÍADAS (II) 2. Extraia dos versos duas metáforas relacionadas a calor e luz.

Texto para os testes de 1 a 3. 3. A segunda estrofe expressa os mesmos sentimentos que a pri-
meira? Justifique.
(...)
PORTUGUÊS D

Por isso, ó vós que as famas estimais


MÓDULO 8
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo, de livre, faz escravo, O BARROCO CONCEPTISTA –
PADRE ANTÔNIO VIEIRA
E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente 1. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está
Vício da tirania infame e urgente; branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, da
Porque essas honras vãs, esse ouro puro, outra parte há de estar noite; de uma parte dizem luz, de outra
Verdadeiro valor não dão à gente. parte hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da
Melhor é merecê-los sem os ter, outra hão de dizer subiu. Aprendamos do céu o estilo da
Que possuí-los sem os merecer. disposição, e também o das palavras.
(Camões)
No excerto anterior, o Padre Vieira, condenando o abuso de
1. (FUVEST-SP) – Caracteriza o texto um tom ____________, critica alguns excessos do estilo ______________ .
a) descritivo. b) narrativo. c) filosófico.
d) patriótico. e) satírico. a) antíteses – barroco b) metáforas – arcádico
c) metonímias – romântico d) antíteses – arcádico
e) metonímias – barroco
2. (FUVEST-SP) – O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é
completado pelos termos 2. (FUVEST-SP) – Dê argumentos que permitam considerar o Padre
a) “cobiça”, “ambição” e “ócio”. Vieira como um expoente tanto da Literatura Portuguesa quanto da
b) “ambição”, “vício da tirania” e “honras vãs”. Literatura Brasileira.
c) “escravidão” e “cobiça”.
d) “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”.
e) “cobiça” e “honras vãs”. MÓDULO 9
3. (FUVEST-SP) – O autor inclui nas “honras vãs”: GREGÓRIO DE MATOS
a) a ambição de glória. b) a ociosidade.
c) a liberdade de ânimo. d) o refreamento da cobiça. Texto para as questões 1 e 2.
e) os vícios em geral.
Ó tu do meu amor fiel traslado,
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois, se à força do ardor perdes a vida,
MÓDULO 7 A violência do fogo me há prostrado;

BARROCO Tu de amante o teu fim hás encontrado,


Essa flama girando apetecida;
Texto para as questões de 1 a 3. Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou morro abrasado.
Querendo ter Amor ardente ensaio,
Quando em teus olhos seu poder inflama, Ambos de firmes anelando chamas,
Teus sóis me acendem logo chama a chama, Tu a vida deixas, eu a morte imploro,
Teus sóis me cegam logo raio a raio. Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.

Mas quando de teu rosto o belo maio Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Desdenha amores no rigor que aclama, Pois, acabando tu ao fogo, que amas,
De meus olhos o pranto se derrama Eu morro sem chegar à luz, que adoro.
Com viva queixa, com mortal desmaio. (MATOS, Gregório de. Obra Poética. Ed. de James
(Manuel Botelho de Oliveira) Amado, Rio de Janeiro, Record, 1990. V. 1, p. 425.)

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1. A quem se dirige o eu lírico? Quem é seu(sua) interlocutor(a)? b) o pastoralismo, uma das principais manifestações da naturalidade,
reproduz fielmente a vida no campo.
2. De acordo com a última estrofe, o eu lírico se encontra em situação c) entre as convenções do pastoralismo, está a utilização de uma
desfavorável em relação a seu(sua) interlocutor(a). Por quê? linguagem simples que reproduz a linguagem rude dos pastores.
d) propõe um retorno à ordem e à naturalidade, tendo por modelo a
Texto para o teste 3. literatura clássica, em oposição ao artificialismo barroco.
e) a linguagem, adequada e quase sem ornamentos, retrata rea-
Goza, goza da flor da mocidade, listicamente intensas emoções de dor e alegria.

PORTUGUÊS D
Que o tempo trota a toda a ligeireza
E imprime em toda flor sua pisada.

Ó não aguardes que a madura idade MÓDULO 11


Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. AUTORES ÁRCADES
3. (UFV-MG – adaptado) – Com relação aos dois tercetos acima,
Texto para o teste 1.
pode-se afirmar que eles ilustram
a) o caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do século XVI,
Verás em cima da espaçosa mesa
sustentando uma crítica à preocupação feminina com a beleza.
altos volumes de enredados feitos:
b) o jogo metafórico próprio do Barroco, a respeito da fugacidade da
ver-me-ás folhear os grandes livros
vida, exaltando o gozo do momento.
e decidir os pleitos.
c) o estilo pedagógico da poesia neoclássica, ratificando as reflexões
Enquanto revolver os meus consultos,
do poeta sobre as mulheres maduras.
tu me farás gostosa companhia,
d) as características de um texto romântico, porque fala de flores,
lendo os fastos da sábia, mestra História
terra, sombras.
e os cantos da poesia.
e) uma poesia que fala de uma existência mais materialista do que
espiritual, própria da visão de mundo nostálgica cultista.
1. No texto, extraído de Marília de Dirceu, o poeta deseja ter
a) uma vida agitada nos tribunais.
MÓDULO 10 b) uma vida de participação na sociedade.
c) uma existência calma, altamente intelectualizada, burguesa, em
um ambiente poético.
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
d) um envolvimento nos pleitos da capital mineira.
e) apenas o estudo da História.
Texto para o teste 1.

Alguém há de cuidar que é frase inchada, 2. A quem se dirige o eu lírico?


Daquela que lá se usa entre essa gente,
Que julga que diz muito, e não diz nada.
MÓDULO 12
O nosso humilde gênio não consente
Que outra coisa se diga, mais que aquilo
Que só convém ao espírito inocente. AUTORES ÉPICOS DO
ARCADISMO E PRÉ-ROMANTISMO
1. Os versos de Cláudio Manuel da Costa lembram o fato de que
a) a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, é traço
1. (MACKENZIE-SP) – Sobre o Arcadismo no Brasil, assinale a
da literatura colonial brasileira e dos primeiros movimentos estéticos
alternativa incorreta.
pós-independência.
a) Cláudio Manuel da Costa, um de seus autores mais importantes,
b) o Arcadismo defendia o estilo cultista ou gongórico.
embora tenha assumido uma atitude pastoril, traz, em parte de sua
c) o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à expressão intricada
obra poética, aspectos ligados à lírica camoniana.
e aos excessos do cultismo barroco.
b) Em Liras de Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga não
d) o Romantismo, embora tenha refugado os rigores do formalismo
segue aspectos formais rígidos, como o soneto e a redondilha, em
neoclássico, tomou por base o sentimentalismo originário desse
todas as partes da obra.
movimento estético.
c) Nas Cartas Chilenas, seu autor satiriza Luís da Cunha Menezes por
e) o Barroco se esforçou por alcançar uma expressão rigorosa e come-
suas arbitrariedades como governador da capitania de Minas.
dida, a fim de espelhar os grandes conflitos da alma do homem da
d) Basílio da Gama, em O Uraguai, seguiu a rígida estrutura camo-
época.
niana de Os Lusíadas, usando versos decassílabos em oitava-rima.
e) Caramuru tem, como tema principal, o descobrimento da Bahia por
2. (UFSM-RS) – Sobre o Arcadismo, é correto afirmar que
Diogo Álvares Correia, apresentando, também, os rituais e as
a) a preocupação com a simplicidade leva o escritor a escolher temas
tradições indígenas.
de caráter religioso.
–9
D_EXERC_TAREFA_C1_CURSO_PORT_2012_GK 01/11/11 16:19 Page 10

Texto para o teste 2. 2. (UFV-MG – adaptado) – Assinale a alternativa verdadeira em


relação ao texto.
a) Os fragmentos narram a história de Moema, heroína da epopeia
Descobrem que se enrola no seu corpo
Caramuru.
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
b) Reflete a ideologia nacionalista de valorização do lirismo popular,
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
procurando libertar-se da influência europeia.
(...)
c) É a manifestação de uma tendência poética do século XIX, o mal-
Inda conserva o pálido semblante do-século, que cultua a morte.
PORTUGUÊS D

Um não sei quê de magoado e triste, d) Trata-se do episódio da morte de Lindoia, extraído de O Uraguai,
Que os corações mais duros enternece. poema épico do Arcadismo.
Tanto era bela no seu rosto a morte! e) Descreve a morte de Inês de Castro no episódio lírico do poema
(Basílio da Gama) épico português Os Lusíadas.

MÓDULO 1 MÓDULO 3
1) B 2) A 3) B 4) B 1) Os versos são todos redondilhos maiores (sete sílabas métricas)
e as rimas repetem o mesmo esquema de interpolação:
ABBAACCA. Esse é o padrão métrico e rímico do Auto da
MÓDULO 2 Barca do Inferno.
Resposta: E
1) Cada um dos versos tem sete sílabas métricas. O nome desse 2) O Corregedor, que deveria zelar pela aplicação da justiça, é
verso é redondilho maior. (O verso redondilho menor é aquele um juiz corrupto, que dá suas sentenças de acordo com os
que contém cinco sílabas métricas.) subornos que recebe.
2) A palavra saudosos tem três sílabas (sau-do-sos), mas, no Resposta: E
poema, para que o verso tenha sete sílabas métricas, essa 3) O teatro de Gil Vicente, de caráter popular e medieval, nada
palavra deve ser lida como se a sílaba sau- se desdobrasse em deve à tradição greco-latina e afasta-se da rigidez da “lei das
duas: sa-u. Nesse caso, o ditongo au passa a ser lido como hiato três unidades” (tempo, lugar e ação), que regia o teatro
a-u. clássico. O tempo e o espaço não são dispostos em sequência
3) Sim, os versos são rimados, como se observa na repetição rígida; há saltos temporais e a ação compõe-se de pequenos
regular de sons no final dos versos. Se esses sons forem repre- quadros ou cenas, aproveitando-se temas bíblicos, persona-
sentados por letras, teremos: gens populares e sobrenaturais, entretecidos numa intenção de
crítica à sociedade de seu tempo.
Primeira estrofe: tristes – A
bem – B
vistes – A
ninguém – B MÓDULO 4
1) O verso apresentado na alternativa a contém sete sílabas
Segunda estrofe: saudosos – C
métricas, correspondendo, pois, à medida velha, e não à medida
partida – D
nova.
chorosos – C
Resposta: A
desejosos – C
2) Trata-se de um soneto, forma fixa composta de quatro
vida – D
estrofes: dois quartetos e dois tercetos.
3) A rima é oposta ou interpolada nos quartetos (ABBA-ABBA)
Terceira estrofe: tristes – A
e cruzada ou alternada nos tercetos (CDC-DCD).
bem – B
4) O poema foi composto em versos decassílabos:
vistes – A
Se / tan / ta / pe / na / te / nho / me / re / ci(da).
ninguém – B
5) É exemplo de medida nova.
4) O versos falam da tristeza que o eu lírico — representado na
expressão metonímica “meus olhos” — sente ao separar-se de
sua amada.

10 –
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MÓDULO 5 MÓDULO 7
1) O fragmento da terceira estrofe da Proposição de Os Lusíadas 1) Teus sóis acendem-me logo chama a chama, teus sóis cegam-
exalta o “valor mais alto”, o povo português, enfatizando que me logo raio a raio, quando Amor, querendo ter ardente ensaio
as navegações lusitanas foram maiores e mais importantes que (ou ensaio ardente), inflama seu poder em teus olhos.
as dos heróis da Antiguidade, Ulisses (“o sábio grego”) e 2) “Sóis”, “acendem”, “chama” e “raio” são metáforas relacio-
Eneias (“Troiano”). nadas a calor e luz.

PORTUGUÊS D
Resposta: B 3) Não, pois a segunda estrofe fala da tristeza e falta de ânimo do
2) Em I, não procedem as informações de que o núcleo narrativo eu lírico, ao passo que a primeira fala de seu arrebatamento e
de Os Lusíadas sejam as origens históricas de Portugal, excitação. A conjunção mas, no verso 5, já indica que haverá
relatadas pela voz do próprio poeta. O episódio nuclear da uma relação de oposição entre as estrofes.
epopeia camoniana é a viagem de Vasco da Gama que resultou
no descobrimento do caminho marítimo para as “Índias”.
Ainda que o poema também relate as origens de Portugal, o MÓDULO 8
narrador desse relato não é o eu poemático. O passado de
Portugal tem como narrador principal Vasco da Gama, 1) A
secundado por outros narradores a quem o poeta concede a 2) Vieira escreveu na língua culta e literária e fez de sua prosa a
palavra. As afirmações II e III consignam adequadamente a representante do conceptismo na Literatura Portuguesa. Fer-
presença de episódios líricos na epopeia lusitana e o nando Pessoa o chamou o “imperador da Língua Portuguesa”,
formalismo clássico, que em Portugal assumiu a denominação o que mostra que em sua palavra e em seu estilo vibra o espí-
de medida nova. rito de Portugal. Vieira também pertence à Literatura
Resposta: B Brasileira, pois vários de seus sermões e cartas traduzem o
3) A natureza paródica do texto de Adélia Prado retoma, pelo interesse pela realidade do Brasil colonial. É o que se nota, por
avesso, o caráter épico da Proposição de Os Lusíadas e sua exemplo, na defesa de índios e de negros escravizados, como se
enfática exaltação da superioridade portuguesa, colocando-a lê no Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra
em chave irônica, para relativizar o “desejo de que o poema as de Holanda, Sermão de Santo Antônio aos Peixes etc.
sirva a todas as fomes”, atribuindo à linguagem funções
pragmáticas: “pedir emprego”, “agradecer favores”, “escre-
ver meu nome completo” etc. MÓDULO 9
Resposta: A
1) À mariposa, como se verifica no segundo verso.
2) Segundo o eu lírico, a mariposa, ainda que acabe morrendo,
MÓDULO 6 consegue chegar ao objeto amado (a chama de um candeeiro),
ao passo que ele “morre” sem chegar à luz que ama (a mulher
1) O texto encerra o episódio da Ilha dos Amores, quando o poeta amada).
tece considerações sobre as glórias terrenas, a cobiça, a am- 3) B
bição e o poder (a tirania).
Resposta: C
2) O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é completado MÓDULO 10
pelos termos “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”: “E
ponde na cobiça um freio duro, / E na ambição também... / ...e 1) C 2) D
no torpe e escuro / Vício da tirania...”.
Resposta: D
3) Nos versos, afirma-se “Ó ponde na cobiça um freio duro, / E MÓDULO 11
na ambição também... / (...) / Porque essas honras vãs... /
Verdadeiro valor não dão à gente”. 1) C
Resposta: A 2) À Marília, sua musa.

MÓDULO 12
1) D 2) D

– 11
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FRENTE 3
Texto 2
MÓDULOS 1 e 2
DIFICULDADES PARA A BUSCA DA VERDADE

ANÁLISE DE TEXTO Em nossa sociedade, é muito difícil despertar nas pessoas o desejo
PORTUGUÊS D

de buscar a verdade. (…) A enorme quantidade de veículos e formas


O poema seguinte é um “sirventês moral”: composição satírica cujo de informação acaba tornando difícil a busca da verdade, pois todo
tema é moral, isto é, relativo ao comportamento das pessoas. Na mundo acredita que está recebendo, de modos variados e diferentes,
classificação convencional, é uma cantiga de escárnio. O texto é uma informações científicas, filosóficas, políticas, artísticas e que tais
versão em português moderno realizada por Natália Correia: informações são verdadeiras. (…)
Bastaria, no entanto, que uma mesma pessoa, durante uma
Texto 1 semana, lesse (...) jornais diferentes, ouvisse (...) noticiários de
rádio diferentes; (...) visse noticiários de (...) canais diferentes de
Porque neste mundo minguou a verdade, diminuiu televisão, para que, comparando (...) as informações recebidas,
tratei eu um dia de a procurar. descobrisse que elas “não batem” umas com as outras (...).
Disseram-me todos: “Buscai noutra parte, Uma outra dificuldade para fazer surgir o desejo da busca da
pois de tal maneira daqui desertou verdade, em nossa sociedade, vem da propaganda.
que não mais notícias sequer enviou, A propaganda trata todas as pessoas — crianças, jovens, adultos,
tanto se arredou da nossa irmandade.” comunidade idosos — como crianças extremamente ingênuas e crédulas. O
mundo é sempre um mundo de “faz de conta”: nele a margarina
Fui aos mosteiros dos frades regrantes, que seguem regras fresca faz a família bonita, alegre, unida e feliz; o automóvel faz o
perguntei por ela e eis o que ouvi: [severas homem confiante, inteligente, belo, sedutor, bem-sucedido nos
“Em vão buscareis a verdade aqui; negócios, cheio de namoradas lindas; o desodorante faz a moça
volveram-se os anos e ignorantes passaram-se bonita, atraente, bem empregada, bem vestida, com um belo
somos da verdade que aqui já não mora, apartamento e lindos namorados. (...)
tampouco sabemos onde está agora; (...)
outras coisas temos por mais importantes.” Uma outra dificuldade para o desejo da busca da verdade vem da
atitude dos políticos nos quais as pessoas confiam, dando-lhes o
Também em Cister, onde se dizia célebre convento voto e vendo-se, depois, ludibriadas, não só porque não são
que sempre a verdade ali habitara, cumpridas as promessas, mas também porque há corrupção, mau
disseram que há muito ela se afastara; uso do dinheiro público, crescimento das desigualdades e das
já nenhum dos frades a conheceria injustiças, da miséria e da violência.
e nem lhe daria abade hospedagem, Em vista disso, a tendência das pessoas é julgar que é impossível
se acaso a soubera ali de passagem; a verdade (...), ou cair na descrença e no ceticismo.
tão longe ela estava daquela abadia. No entanto, essas dificuldades podem ter o efeito oposto, isto é,
suscitar em muitas pessoas dúvidas, incertezas, desconfianças e
Estando em Santiago* na minha pousada desilusões que as façam desejar conhecer a realidade, a sociedade,
um dia albergado, romeiros chegaram. instalado a ciência, as artes, a política.
Por ela indaguei e me contestaram: responderam (...)
“Ai de vós, tomastes enganosa estrada. Podemos, dessa maneira, distinguir dois tipos de busca da
Se a verdade, um dia, quiserdes achar, verdade. O primeiro é o que nasce da decepção, e, por si mesmo,
por outro caminho tereis de a buscar. exige que saiamos de tal situação readquirindo certezas. O segundo
Aqui, da verdade não sabereis nada.” é o que nasce da deliberação ou decisão de não aceitar as certezas
(Airas Nunes, séc. XIII) e crenças estabelecidas, de ir além delas e de encontrar explicações,
interpretações e significados para a realidade que nos cerca. Esse
(*) Santiago de Compostela, na Galícia, foi um dos mais importantes centros
segundo tipo é a busca da verdade na atitude filosófica.
de peregrinação religiosa na Idade Média. Para lá acorriam romeiros
(peregrinos) vindos de toda a Península Ibérica. Esse local, em nossos dias, é (Marilena Chauí, texto adaptado)
visitado por fiéis de todo o mundo.
3. Segundo o texto, como poderíamos perceber que informações
1. Este poema representa um caso raro de sátira medieval portuguesa sobre um mesmo assunto podem ter interpretações diferentes?
que se eleva além da maledicência e dos ataques pessoais, pois
versa sobre um tema geral. Qual é esse tema geral? 4. Por que, conforme o texto, a propaganda dificulta a nossa “busca
da verdade”?
2. Por que podemos afirmar que o poema critica os religiosos da
época? 5. No texto, o que se considera como “atitude filosófica”?

12 –
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6. Conheça as acepções da palavra verdade, conforme o Dicionário 1. “Quando das belezas inferiores nos elevamos, através de uma bem
Houaiss: entendida pedagogia amorosa, até a beleza suprema e perfeita que
– substantivo feminino começamos então a vislumbrar, chegamos quase no fim, pois na
1 propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade; estrada reta do amor, quer o sigamos sozinhos, quer nela sejamos
exatidão, autenticidade, veracidade guiados por outrem, cumpre sempre subir usando desses belos
Ex.: <a v. de uma afirmação, de uma interpretação> <v. objetos visíveis como dos degraus de uma escada.” (Platão, O
histórica> Banquete)
1.1 a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou

PORTUGUÊS D
original; exatidão, rigor, precisão Considerando o texto de Platão acima transcrito, indique o verso
Ex.: a v. de um quadro, de uma foto que sugere a ascensão do eu lírico, no soneto de Camões, rumo à
2 Derivação: por extensão de sentido. “beleza suprema e perfeita”.
coisa, fato ou evento real, verdadeiro, certo a) “Sem ver de quê; um riso brando e honesto”
Ex.: o que eu contei corresponde à v. b) “Quase forçado; um doce e humilde gesto”
3 Derivação: por extensão de sentido. c) “Que pôde transformar meu pensamento”
qualquer ideia, proposição, princípio ou julgamento que se aceita d) “Um despejo quieto e vergonhoso”
como autêntico, digno de fé; axioma, máxima e) “Um longo e obediente sofrimento”
Ex.: as v. de uma religião, de uma filosofia
4 Derivação: por extensão de sentido. 2. A descrição da figura feminina contida na terceira estrofe apoia-se
procedimento sincero, retidão ou pureza de intenções; boa-fé em características
Ex.: agir com v. a) intelectuais. b) religiosas. c) físicas.
5 Derivação: sentido figurado. d) morais. e) sociais.
o que caracteriza algo ou alguém; caráter, feitio
Ex.: demonstrar a sua própria v.
3. Assinale a alternativa em que se expressa influência do neopla-
No último parágrafo do texto 2, a palavra verdade é empregada em
tonismo.
duas diferentes acepções, explicadas pela autora. Indique quais são
a) “...um riso brando e honesto, / Quase forçado...”
essas acepções segundo o Dicionário Houaiss.
b) “Uma pura bondade, manifesto / Indício da alma...”
a) Acepções 1 e 1.1.
c) “Um medo sem ter culpa; um ar sereno”
b) Acepções 4 e 5.
d) “Um longo e obediente sofrimento”
c) Acepções 1 (inclusive 1.1) e 2.
e) “Esta foi a celeste fermosura / Da minha Circe...”
d) Acepções 3 e 1 (inclusive 1.1).
e) Acepções 2 e 4.

MÓDULOS 3 e 4 MÓDULO 5

ANÁLISE DE TEXTO ANÁLISE DE TEXTO

Texto para os testes de 1 a 3. Texto para a questão 1.

Um mover de olhos, brando e piedoso, Não vira em minha vida a formosura,


Sem ver de quê; um riso brando e honesto, Ouvia falar nela cada dia,
Quase forçado; um doce e humilde gesto, E ouvida me incitava, e me movia
De qualquer alegria duvidoso; A querer ver tão bela arquitetura:

Um despejo quieto e vergonhoso; desembaraço, desenvoltura Ontem a vi por minha desventura


Um repouso gravíssimo e modesto; Na cara, no bom ar, na galhardia
Uma pura bondade, manifesto De uma mulher, que em anjo se mentia;
Indício da alma, limpo e gracioso; De um sol, que se trajava em criatura:

Um encolhido ousar; uma brandura; Matem-se, disse eu, vendo abrasar-me,


Um medo sem ter culpa; um ar sereno; Se esta cousa não é, que encarecer-me
Um longo e obediente sofrimento: Sabia o mundo, e tanto exagerar-me!

Esta foi a celeste fermosura formosura Olhos meus, disse então por defender-me,
Da minha Circe,1 e o mágico veneno Se a beleza heis de ver para matar-me,
Que pôde transformar meu pensamento. Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
(Camões)

1 – Circe: feiticeira que aparece na Odisseia, de Homero. 1. O soneto acima pode servir de exemplo para qual vertente barroca?

– 13
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Texto para as questões de 2 a 7.


MÓDULO 6
Discreta, e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo, a qualquer hora, ANÁLISE DE TEXTO
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos e boca o Sol e o dia; Texto para os testes de 1 a 4.
NASCE UM ESCRITOR
PORTUGUÊS D

Enquanto, com gentil descortesia, O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi
O ar, que fresco Adônis1 te namora, uma descrição tendo o mar como tema. A classe se inspirou, toda ela, nos
Te espalha a rica trança voadora, encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados.
Quando vem passear-te pela fria: Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal
onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de
Goza, goza da flor da mocidade, minha descrição.
Que o tempo trota a toda ligeireza Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela
[quarto]. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a exis-
E imprime em toda flor sua pisada.
tência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula.
Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza,
Oh, não aguardes, que a madura idade afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor
Te converta essa flor, essa beleza, conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao
lado dos futebolistas, dos campeões de matemática, dos que obtinham
1 – Adônis: jovem da mitologia grega conhecido por sua extrema beleza. medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilha-
vam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro.
2. O poema acima é, na verdade, uma tradução-adaptação de dois Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno:
o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos
sonetos do grande poeta barroco espanhol Gôngora. Trata-se de
livros de sua estante. Primeiro As Viagens de Gulliver, depois clássicos
um excelente exemplo do estilo metafórico do Barroco. Na
portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.
primeira estrofe, a beleza do rosto da mulher é descrita por meio Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e
de três metáforas. Quais são elas e a que correspondem? amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão.
3. Na segunda estrofe, a quem é comparado o vento (“ar”)? Por quê? (AMADO, Jorge. O Menino Grapiúna.
Rio de Janeiro, Record, 1987, p. 117-120. Adaptado.)

1. (UFPE/UFRPE-PE) – Uma análise da forma como o texto está


construído nos faz reconhecê-lo como um texto predominantemente
4. Por que, ainda na segunda estrofe, a trança do cabelo da mulher é a) descritivo, pelo qual se atribui qualidade aos lugares e às pessoas
descrita como “rica” e “brilhadora”? que compõem a cena.
b) expositivo, em que alguns fenômenos são identificados, definidos
e exemplificados.
c) instrucional, que incita à ação, a um modo de operar; daí a força
imperativa dos verbos.
5. Qual é a metáfora associada ao tempo, na terceira estrofe? Qual o
d) narrativo, organizado em sequências temporais e com indicação
aspecto, ou quais os aspectos, do tempo ressaltado(s) por essa
circunstancial de lugar.
metáfora? e) dissertativo, com predominância de um tom crítico e taxati-
vamente persuasivo.

2. (UFPE/UFRPE-PE) – Analisando as ideias e informações gerais


6. Ainda na terceira estrofe, qual a metáfora que representa a beleza expressas no texto, podemos concluir que
e a juventude? a) a literatura camoniana, por seu estilo rebuscado e eloquente, não
favorece a inspiração de escritores iniciantes.
b) as produções literárias que se baseiam nas ideias da liberdade e do
sonho propiciam o nascimento de novos escritores.
c) as autênticas vocações literárias dependem da personalidade do
7. Qual a ideia básica do poema? Trata-se de um poema cultista ou escritor, como dependem do atleta as habilidades para o exercício
conceptista? Por quê? do esporte.
d) a erudição escolar representa condição de liberdade para as
incipientes vocações literárias que se sentem aprisionadas.
e) o universo da produção literária também é circunstancial e pode
vir na sequência de influências externas.
14 –
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3. (UFPE/UFRPE-PE) – Analise o último parágrafo do texto: 4. (UFPE/UFRPE-PE) – Segundo a norma padrão da língua
“Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e portuguesa, a alternativa em que as regras de concordância
amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me nominal e verbal foram respeitadas é:
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da a) O resultado das mais recentes pesquisas, em anexo, mostraram
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de índices preocupantes. Faltou soluções mais decisivas.
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”. b) Fiquem alerta: nenhum dos programas apresentados concederam
No trecho sublinhado, o autor: prioridade à produção do texto escrito.
a) estabelece uma oposição, fazendo correções em relação ao que é c) Minas Gerais desenvolve pesquisas de ponta na área da alfa-

PORTUGUÊS D
afirmado antes. betização. Um novo grupo assumiram, eles mesmo, a coordenação
b) dá uma justificativa para o que diz antes, estabelecendo uma dessas pesquisas.
gradação. d) Foi passada uma série de informações infundadas, pois a maioria
c) explicita sua opinião, levantando hipóteses de esclarecimento. dos alunos lê literatura brasileira. Qual das pesquisas já enfatizou
d) atenua suas afirmações, reavaliando o que dissera anteriormente. isso?
e) indica um estado de incerteza em relação ao que diz, propondo e) Os pesquisadores, eles mesmo, em quase sua totalidade, está de
novos sentidos. acordo em relação à urgência do incentivo à leitura.

recursos característicos da vertente cultista ou gongórica do


MÓDULOS 1 e 2 estilo barroco.
2) As metáforas da primeira estrofe são: “aurora”, para as faces
1) O tema do poema é a ausência da verdade no mundo. rosadas; “Sol”, para o brilho dos olhos; “dia”, no sentido de
2) Porque o poeta afirma que não encontrou a verdade nos manhã, para o frescor da boca.
ambientes religiosos em que a procurou. 3) O vento é comparado a Adônis, porque, ao espalhar o cabelo
3) Comparando as informações recebidas. de Maria, parece um belo jovem que quisesse namorar a moça.
4) Porque ela cria um mundo de “faz de conta”. 4) Os cabelos de Maria são louros, daí a associação metafórica
5) A decisão de “não aceitar as certezas e crenças estabelecidas, com “ouro” e os adjetivos “rica” e “brilhadora” aplicados à
de ir além delas e de encontrar explicações, interpretações e sua trança.
significados para a realidade que nos cerca”. 5) É a metáfora de um cavalo que passa rápido em seu trote e que
6) São as acepções 3 e 1 (inclusive 1.1), respectivamente. vai pisando as flores que há pelo caminho. Essa imagem insiste
Resposta: D na passagem veloz do tempo e na brutalidade dos estragos que
acarreta, destruindo toda juventude e toda beleza.
6) É a metáfora da flor.
MÓDULOS 3 e 4 7) A ideia básica do poema é que a beleza e a juventude devem
ser aproveitadas antes que o tempo as destrua. Trata-se de um
1) C 2) D 3) B poema cultista, porque, em torno dessa ideia simples, são
4) I: C; II: A; III: D; IV: B e V: E. organizadas diversas metáforas visuais, realçadas por ritmos
sugestivos, tudo compondo um espetáculo sensorial típico do
cultismo.
MÓDULO 5
1) O soneto exemplifica a vertente cultista ou gongórica. A MÓDULO 6
contraposição sensualidade x refreamento, na imagem da
“mulher que em anjo se mentia”, as metáforas, o jogo 1) D 2) E 3) B 4) D
antitético, a sintaxe sofisticada e as hipérboles líricas são

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RASCUNHO
PORTUGUÊS D

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