Introdução:

A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) pura é uma substância branca, sem gosto,

que constitui aproximadamente 5% do peso das folhas de chá, pertencendo à
família dos alcalóides xantínicos (Figura 1). Podendo também ser encontrada em
uma grande variedade de plantas, e seu uso como estimulante, por meio de chás
e cafés, se perdem nas lendas.

Figura 1: estrutura da cafeína.

Não constitui apenas folhas de chá e grãos de café, pode ser encontrada
como um constituinte natural de nozes de cola e sementes de cacau, podendo
alcançar uma média de 14-25 mg de cafeína/100ml dos refrigerantes do tipo
cola, enquanto que uma barra de chocolate de pesando 20mg contem cerca de
15 mg de cafeína. A sua ocorrência nas folhas de chá depende a variedade e da
região de ocorrência, como variação genética, condições ambientais e de cultivo.
A cafeína também é utilizada na preparação de estimulantes e
analgésicos, que contém cafeína como ingrediente ativo, e sua ação biológica
inclui a estimulação cardíaca e respiratória, e efeito diurético. Alguns efeitos são
causados por trações de compostos que possuem estrutura semelhante à da
cafeína (alcalóide teofilina), que estimulam a ação muscular e o relaxamento da
artéria carótida. Assim, e possível observar que uma xicara de chá tem diversos
efeitos sobre quem a toma.

Produtos naturais:

Os produtos naturais são utilizados pela humanidade desde tempos

imemoriais. A busca por alívio e cura de doenças pela ingestão de ervas e folhas
talvez tenha sido uma das primeiras formas de utilização dos produtos naturais,
assim os metabólitos produzidos por plantas, tiveram um papel fundamental no
desenvolvimento da química orgânica sintética moderna. Historicamente, o
desenvolvimento da química orgânica ocorreu paralelamente ao estudo de
plantas, com base científica, resultando no isolamento de alguns princípios
ativos de plantas, já então conhecidas como medicinais, tais substâncias são até
hoje, são considerados princípios ativos eficazes, e ainda são muito empregados
no tratamento de certas doenças, a exemplo de morfina, quinina e cânfora,
Figura 2, 3 e 4.

Figura 2,3 e 4: alguns princípios ativos isolados de plantas.

De forma geral, a produção da maioria das substâncias orgânicas

conhecidas, vem da natureza. Um exemplo seria a Stryphnodendron
adstringens, planta típica do cerrado conhecida popularmente como Barbatimão,
onde a casca e as folhas são usadas na medicina popular principalmente por
suas ações cicatrizante e antimicrobiana. A extração, de acordo com o artigo X
e feita da seguinte forma: secagem das folhas em uma estufa com circulação de
ar a 40 c por 48 horas, e após a secagem, trituradas em moinho elétrico.
A formação dos extratos hidroalcoolicos padrão (EAPs) foram obtidos
segundo metodologia adaptada de KRYCHAK-FURTADO (2006), da seguinte
forma: foram adicionas a etanol 50% e incubados em banho maria a 60 c por 60
minutos.

Procedimento experimental chá verde importado:

Foram adicionados em uma balão de fundo redondo, x g de chá preto,

seguido da adição de 125ml de agua destila, e x g de carbonato de sódio. Em
seguida um sistema contendo um condensador de refluxo foi montado (figura x),
e acoplado ao balão que foi aquecido por aproximadamente 20 minutos com
auxílio de uma manta aquecedora, controlando a temperatura quando
necessário, para que não houvesse a formação exagerada de bolhas.
Após a etapa de aquecimento da mistura, a mesma foi filtrada com auxílio
de um funil de vidro e algodão, para retirada dos resíduos de chá preto. Em
seguida a solução foi novamente filtrada, por meio de um sistema a vácuo (figura
x), recuperando o filtrado e repetindo este processo por três vezes.
Por fim, o filtrado foi colocado em um funil de separação seguido da adição
de 40 ml de diclorometano, seguida de uma agitação suave e deixada em
repouso para separação e coleta da fase orgânica (esta etapa sendo repetida
três vezes). Após a coleta das fazes orgânicas, a mesma foram transferidas para
um erlenmeyer para secagem da faze orgânica com a adição de duas espátulas
de sulfato de sódio anidro, seguindo com agitação da solução.

Resultados e discussões:

Depois da redução do volume e eliminação de todo o solvente, o béquer

foi novamente pesado, e calculada a variação das massa para obter a massa de
cafeína obtida na pratica.

Tabela

Após obter o valor, em massa, de cafeína que foi extraída, foi efetuado o
cálculo do rendimento, sendo executado da seguinte forma:

O método de extração utilizado foi efetuado com base nas propriedades

da substancia de estudo. Por se tratar de uma substancia orgânica, um solvente
orgânico foi utilizado, no caso o diclorometano, que por sua vez e imiscível em
agua e, por ser bastante volátil, sendo eliminado com facilidade por meio de
aquecimento. Dessa forma foi obtido duas fases no memento da separação, a
cafeína estando na faze orgânica e os sais gerados a partir da neutralização dos
ácidos Taninos por conta da adição do carbonato de sódio ficaram na faze
aquosa, já que também são dissolvidos na agua quente no momento da
extração.

Conclusão

Com a pratica foi possível realizar a separação de um composto bastante

conhecido no mercado, a cafeína, por meio de um método que tem como
vantagens a simplicidade e a rapidez com que pode ser executado. E também
obter um breve conhecimento sobre outros produtos naturais e métodos de
separação.

Bibliografia