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31/03/2016 extremaun

O SACRAMENTO DA EXTREMA UNÇÃO

Depois de termos estudado os Sacramentos que significam o nosso nascimento espiritual
(Batismo), crescimento espiritual (Crisma), alimento espiritual (Eucaristia) e remédio espiritual
(Confissão), falta estudarmos o Sacramento que nos prepara para a morte, antes de chegarmos à
Ordem e ao Matrimônio.

Este Sacramento que nos prepara para a morte se chama Extrema­unção.

Do mesmo modo que na doença e em perigo de morte precisamos de um fortalecimento especial
para o corpo, precisamos igualmente fortalecer a alma, deixando­a pronta para essa passagem
terrível que é a morte, quando estaremos diante de Nosso Senhor Jesus Cristo para sermos
julgados dos nossos atos.

Para nos ajudar a ir para o Céu, nesse momento da doença grave, Jesus Cristo, o amigo dos
doentes, vem­nos em auxílio e institui o Sacramento da Extrema­unção. Nós sabemos que Jesus
instituiu o Sacramento da Extrema­unção por causa da Epístola de São Tiago, Apóstolo: “Alguém
dentre vós está enfermo? Mande chamar os Presbíteros (Padres) da Igreja e orem sobre ele,
ungindo­o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o
aliviará e os pecados que tiver cometido ser­lhes­ão perdoados” (S. Tiago, V 14).

Esta carta de São Tiago nos mostra que os Apóstolos já administravam o Sacramento da Extrema­
Unção, ou seja, eles só podem ter aprendido isso do próprio Jesus Cristo.

Todo católico que, por doença, acidente ou velhice avançada, estiver em perigo de morte, deve
receber a Extrema­Unção. Mesmo as crianças com doenças graves e em perigo de morte podem
recebê­la, desde que já tenham alcançado a idade da razão.

Normalmente, devemos receber a Extrema­Unção já tendo recebido a absolvição dos pecados. Ao
menos devemos ter o arrependimento de todos os nossos pecados. Ajudado pelo Padre, o doente
se encherá de confiança ao pensar que Jesus Cristo, o vencedor da doença e da morte, lhe traz
auxílio e faz com que sua doença lhe sirva para sua salvação e a salvação de muitos outros. A
Extrema­Unção deve ser dada a tempo para que o doente receba o Sacramento ainda plenamente
consciente, para que possa acompanhar as oração do Padre e dos familiares.

Sabemos que os Sacramentos que imprimem caráter (Batismo, Crisma e Ordem) nunca podem ser
recebidos mais de uma vez. A Extrema­Unção não imprime caráter. Ela perde seu efeito
sacramental quando a doença desaparece e o doente se recupera. Se, depois disso, essa pessoa
voltar a ficar doente, com perigo de morte, ela poderá receber novamente a Extrema­Unção. Mas,
enquanto durar a doença, o Sacramento, já recebido uma vez, se mantém na alma e faz daquela
pessoa uma alma consagrada a Deus, para que Ele tenha por ela um cuidado todo especial. Por
isso, não se deve receber mais de uma vez a Extrema­Unção durante a mesma doença. Uma só
vez basta para que os efeitos atuem durante todo o tempo que durar aquela doença.

Como deve ser administrada a Extrema Unção

O Sacerdote unge o doente com o óleo dos enfermos que é a matéria do Sacramento da
Extrema­Unção. Esta unção deve ser feita seis vezes: nos olhos, nas narinas, nos ouvidos, na
boca, nas mãos e nos pés. Para cada unção o Padre repete a forma do Sacramento da Extrema­
Unção. Temos então:

matéria: o óleo dos enfermos ­ é um dos óleos consagrados pelo Bispo na Quinta­feira Santa, na
Missa Crismal (assim chamada por causa da benção dos óleos). Deve ser obrigatoriamente de
oliveira, ou seja, azeite doce.

forma: Por esta santa unção e por sua grande misericórdia, Deus te perdoe tudo que fizeste de
mal pela ... vista (ouvido, olfato, gosto e palavras, tato, passos)

A Graça Sacramental da Extrema Unção

http://www.capela.org.br/Catecismo/extremaun.htm 1/2
31/03/2016 extremaun

A parte visível do Sacramento, a matéria e a forma, significam a parte invisível, que é a graça
sacramental. Antigamente, usava­se muito o azeite para curar as doenças. Por isso a Igreja usa o
óleo dos enfermos para fazer um gesto que se faz para passar o azeite nas feridas. O Padre unge,
ou seja, passa o óleo no corpo do doente, e esse gesto, junto com as palavras da forma
sacramental, realizam aquilo que eles significam: não a cura do corpo, mas a cura da alma. A alma
que recebeu a Extrema­Unção tem seus pecados perdoados e está fortalecida para enfrentar a
morte. Além disso, se Deus achar que ela não deve morrer, o Sacramento ajudará também na cura
da doença e a pessoa ficará boa.

Efeitos da Extrema Unção

­ aumenta a graça santificante restabelecida pela Confissão;

­ perdoa os pecados que não puderam ser confessados (se houver contrição);

­ destrói as penas temporais devidas aos pecados já perdoados (se houver disposição para isso);

­ traz saúde para o corpo, se isso for bom para a alma.

Conclusão

Quando temos alguém na família com uma doença muito grave, perto da morte, devemos rezar
para que ela queira chamar o Padre, para que faça uma boa Confissão e receba a Extrema­Unção.
Não devemos ter medo de ver um Padre entrar na casa de um doente, ao contrário. Ele não traz a
morte, como muitos pensam, mas a vida, que é a presença de Jesus na alma do doente. Com a
graça de Deus no coração, o doente recupera as forças da alma, passa a rezar, a se preparar
para ir para o Céu. É verdade que a morte é muito triste, mas também é verdade que pela morte
vamos para o Céu, para ver a Deus na felicidade eterna.

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http://www.capela.org.br/Catecismo/extremaun.htm 2/2

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