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6 ANO

simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta.

2. O Caderno de Questões contém 25 questões.

3. Você terá 60 minutos para finalizar o simulado.

4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta.

5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões.

6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho.

7. Cada questão tem uma única resposta correta.

8. Procure não deixar questões sem resposta.

9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta
esferográfica de tinta azul ou preta.

10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta.

11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala.

12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


Dois preguiçosos estão sentados, cada um na sua cadeira de balanço, sem vontade nem de balançar. Um deles diz:
— Será que está chovendo?
O outro:
— Não sei.
— Acho que está.
— Será?
— Não sei.
— Vai lá fora ver.
— Eu não. Vai você.
— Eu não.
— Chama o cachorro.
— Chama você.
— Tupi!
O cachorro entra da rua e senta entre os dois preguiçosos.
— E então?
— O cachorro tá seco...
Luis Fernando Verissimo. Os preguiçosos. In:______. O Santinho. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2002. © by Luis Fernando Verissimo.

Pode-se inferir a partir da última frase do texto que


(A) os preguiçosos descobrem que não está chovendo na rua.
(B) um dos preguiçoso irá à rua verificar se está chovendo.
(C) os preguiçosos não podem concluir se está chovendo.
(D) o cachorro estava dentro de casa antes de ser chamado pelo preguiçoso.

O primeiro selo reconhecido oficialmente pelos historiadores surgiu na Inglaterra em 1840. Naquela época, enviar
cartas era um processo caro e demorado, com as tarifas dependendo do peso da correspondência e da distância até
o destinatário, sendo calculadas por meio de fórmulas complicadas.

Antes de receber sua carta, o destinatário tinha que pagar pelo serviço — e muitos se recusavam a fazer isso, dando
prejuízo aos correios.

Para resolver o problema, o educador e administrador Rowland Hill elaborou uma proposta de reforma postal. Ele
sugeriu a redução das tarifas e a adoção de um preço uniforme, independentemente da distância entre remetente e
destinatário. O valor também só seria cobrado na hora da postagem, sendo que um pequeno papel autoadesivo
colado ao envelope comprovaria o pagamento. [...]
Quando e onde surgiu o primeiro selo de correio? Mundo Estranho. São Paulo:
Abril Comunicações S/A, n. 12, fev. 2003. p. 49.

O texto anterior tem como finalidade


(A) informar o leitor sobre o contexto de surgimento do selo.
(B) diferenciar os selos utilizados até 1840 dos selos atuais.
(C) criticar os destinatários que não pagavam pelo serviço dos correios.
(D) enfatizar as dificuldades enfrentadas pelos correios após a invenção do selo.
O desafio, também chamado de peleja ou cantoria, tem sua origem na Grécia, em meados do século VIII a.C. Durante
o Império Romano (aproximadamente do século III a.C. até IV d.C.), não teve grande notoriedade. Só por volta do
século XIV ele ressurge de forma expressiva na França.
[...]
Por serem cantados, os desafios são acompanhados de instrumentos musicais. Na Idade Média, os cantadores
usavam o alaúde (instrumento semelhante ao violão, de formato arredondado, que lembra uma pera cortada ao meio).
No Brasil, instrumentos como a viola e a rabeca (espécie de violino) são usados no Nordeste brasileiro; e a sanfona, o
acordeão e o realejo, no Rio Grande do Sul.

Luís da Câmara Cascudo. Vaqueiros e cantadores. Belo Horizonte: Itatiaia/São Paulo: Editora da USP, 1984. p. 177-212.

No texto, a viola, a rabeca, a sanfona e o acordeão são apresentados como exemplos de instrumentos utilizados em
(A) competições de improvisação na França.
(B) festas populares medievais.
(C) eventos cívicos do Império Romano.
(D) desafios de cantoria no Brasil.

Certa noite, três anos atrás, aconteceu algo impressionante. Meus pais haviam saído e eu fiquei em casa com minha
irmã, Beth. Depois do jantar, fui para o quarto montar um quebra-cabeça de 500 peças, desses bem difíceis.
Faltava um quarto para a meia-noite. Eu andava à procura de uma peça para terminar a metade do cenário quando
senti um ar gelado bem perto de mim. As peças espalhadas pelo chão começaram a tremer. Vi, arrepiado, cinco delas
flutuarem e depois se encaixarem bem no lugar certo. Fiquei tão assustado que nem consegui me mexer. [...]

Flavia Muniz. Recado de fantasma. Nova Escola. São Paulo: abr./ago. 2004. p.13. v. 1. Edição Especial: Contos para crianças e adolescentes.

A expressão “que nem”, destacada na última frase do texto, indica uma relação de
(A) concessão.
(B) contrariedade.
(C) causa e consequência
(D) complementariedade.
Meu pai e minha mãe acreditavam que presente bom para filho era livro.

Meus colegas de Grupo Escolar — era assim que se chamava a escola primária do meu tempo — não achavam isso,
não. Eles gostavam era de carrinho, boneco de corda, bicicleta, piorras, bolas de futebol...
[...]
Ziraldo Alves Pinto. Meu amigo mais antigo. Especial para a Folhinha, publicado no jornal Folha de S.Paulo. São Paulo, 13 set. 1997. Fornecido
pela Folhapress.

Os travessões presentes no segundo parágrafo do texto têm como função


(A) iniciar a fala da personagem.
(B) indicar uma mudança de interlocutor.
(C) destacar a expressão “Grupo Escolar”.
(D) intercalar duas sentenças.

O detetive pergunta:
— Alguma pista?
— Nada.
— Nem um fio de cabelo?
— Nem um.
— Ótimo! Vão lá e prendam o careca!
Ziraldo Alves Pinto. Novas anedotinhas do bichinho da maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. Quarta capa.

O efeito de humor presente no texto anterior baseia-se na


(A) inexistência de argumentos do detetive para incriminar o careca.
(B) inconsistência da conclusão do detetive.
(C) contradição entre as falas dos personagens.
(D) alternância entre frases interrogativas e afirmativas.

A internet surgiu em 1969 por meio da Arpanet, uma rede de pesquisas avançadas do Departamento de Defesa dos
EUA. O objetivo era garantir a segurança das informações do governo norte-americano em caso de acidente nas
redes de comunicações. O sistema era usado exclusivamente para projetos estratégico-militares. Percebendo que o
sistema poderia ser útil para outras pesquisas, a internet começou a ser disponibilizada para ser usada nas
universidades norte-americanas. A partir de 1990, foram criados sites com assuntos mais variados e menos
específicos, possibilitando a toda a sociedade o acesso à internet. No Brasil, ela chegou em 1988, limitando-se ao uso
de institutos de pesquisa e universidades e começou a ganhar popularidade a partir de 1997.
Fonte de pesquisa: Educação. São Paulo: Segmento, ano 26, n. 226, fev. 2000. p. 40.

O tema central do texto é o(a)


(A) surgimento da internet.
(B) preço da internet.
(C) evolução do acesso à internet.
(D) importância da internet.
ALVES, Rosemeire Aparecida & CONSELVAN, Tatiane Brugnerotto. Coleção Vontade de Saber Português, 6º ano. 2ªed. São Paulo: FTD, 2015,
p.47

A repetição da vogal “A” na palavra “amaaaaaaando”, utilizada no texto, expressa


(A) longevidade.
(B) durabilidade.
(C) ênfase.
(D) ironia.

O RATO E A RÃ
Um Rato desejava atravessar um rio, mas o temia, pois não sabia nadar. Pediu ajuda a uma Rã que concordou desde
que o Rato fosse amarrado a uma das patas. O Rato consentiu e encontrando um pedaço de fio, ligou uma de suas
pernas à Rã. Assim que entraram no rio, porém, a Rã mergulhou, levando junto o Rato que sentia afogar-se. Por isso
debatia-se com a Rã que, por sua vez, lutava para nadar; tudo isso causando muito cansaço e estardalhaços.
Estavam nessa luta quando, por cima passava um Falcão que, percebendo o Rato sobre a água, baixou sobre ele e
levou-o nas garras juntamente com a Rã que estava atada. Ainda no ar, os devorou.

SHAFAN, Joseph (adaptação). Fábulas de Esopo. p.10 Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000378.pdf. Acesso
em: 10 mai. 2016

A Rã e o Rato foram pegos juntos pelo Falcão, pois o(a)


(A) Rã e o Rato tentavam nadar até o fundo do rio.
(B) Falcão percebeu que a Rã estava desprotegida tentando ajudar o Rato.
(C) Rato amarrou uma de suas patas junto a uma das pernas da Rã.
(D) Rã causou muito estardalhaço enquanto nadava.
OS LOBOS UIVAM PARA A LUA CHEIA?
Os lobos são animais de hábitos noturnos e geralmente uivam durante a noite. Porém, não fazem isso para a lua, e
sim para demarcar seu território. O uivo serve também como uma forma de comunicação com os outros lobos da
alcateia.

DOMENICHELLI, Guilherme. Os lobos uivam para a lua cheia? In: ______. Girafa tem torcicolo?: e outras perguntas divertidas do mundo animal.
São Paulo: Panda Books, 2008. p.19.

Podemos assumir que a palavra “alcateia”, em destaque no texto anterior, possui o sentido de
(A) predadores dos lobos.
(B) bando de lobos.
(C) fêmea do lobo.
(D) território do lobo.

A ASSEMBLEIA DOS RATOS


Certa vez os ratos reuniram-se em assembleia para encontrar um jeito de se livrar das garras do gato que morava na
vizinhança. Foram muitas as propostas, mas nenhuma parecia resolver o problema. Até que uma ratazana esperta
teve a ideia:
— E se nós amarrássemos um sino no pescoço do gato? Quando ele estiver se aproximando, nós ouviremos o sino e
fugiremos a tempo.
LEITE, Ivana Arruda. Fábulas de Esopo. São Paulo: Escala Educacional, 2004. p. 22.

Indique a alternativa que apresenta uma opinião do narrador sobre aquilo que ele conta:
(A) “os ratos reuniram-se em assembleia”.
(B) “[o] gato que morava na vizinhança”.
(C) “uma ratazana esperta teve a ideia”.
(D) “nós ouviremos o sino e fugiremos a tempo”.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: Botando os bofes de fora. São Paulo: Devir, 2002. p. 11

Os usos da palavra “festinha”, no primeiro quadro, e “festona”, no segundo, apontam para o contraste entre a
(A) intensidade da recepção que os cães oferecem à chegada de seus donos e a indiferença que demonstram
quando esses saem.
(B) recepção fria que os cães oferecem ao dono quando esse chega e a festa que fazem a ele no momento imediato
de sua partida.
(C) alegria da comemoração que fazem quando o dono chega e a tristeza que manifestam quando esse se ausenta
por muito tempo de sua residência.
(D) intensidade da comemoração que alguns cães fazem quando o dono chega e intensidade da festa que outros
realizam quando seus donos estão ausentes.

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: com mil demônios. São Paulo: Devir, 2002. p. 24.

O quadrinho anterior se utiliza da(s)


(A) linguagem verbal, apenas.
(B) linguagem não verbal, apenas.
(C) linguagens verbal, não verbal e fotográfica.
(D) linguagens verbal e não verbal.
RECADO DE FANTASMA

Tudo começou quando nos mudamos para aquela casa. Era um antigo sobrado, com uma grande varanda
envidraçada e um jardim. Eu me sentia tão feliz em morar num lugar espaçoso como aquele, que nem dei atenção aos
comentários dos vizinhos, com quem fui fazendo amizade. Eles diziam que a casa era mal-assombrada. Alguns
afirmavam ouvir alguém cantando por lá às sextas-feiras.
Flavia Muniz. Recado de fantasma. Nova Escola. São Paulo: abr./ago. 2004. P.13. v.1. Edição Especial: Contos para crianças e adolescentes.

O pronome “eles”, em destaque no texto, substitui a palavra


(A) vizinhos.
(B) alguns.
(C) amizade.
(D) comentários.

Algumas coisas que nós jogamos fora são tão venenosas que contaminam a terra dos lixões por muitos anos. O
problema é que não existe mágica. Enquanto a gente viver, vai produzir lixo. O jeito menos besta de ajudar nisso é
criar a menor quantidade de lixo possível. Como? Reciclando.
BONASSI, Fernando. Vida da gente: crônicas publicadas no suplemento Folhinha de S.Paulo. 6. ed. São Paulo: Formato Editorial, 2005
(adaptado)

O texto anterior defende o ponto de vista de que é necessário


(A) pensar novas formas de reciclar o lixo.
(B) parar de produzir lixo.
(C) reciclar o lixo.
(D) parar de jogar lixo nos lixões.
Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 jun. 2000. Ilustrada, p. 7.

O conectivo “mas” utilizado na charge pode ser substituído, sem perda de sentido, por
(A) entretanto.
(B) pois.
(C) embora.
(D) por isso.

O PASTOR E OS LOBOS
Um jovem pastor, cansado de cuidar o dia todo do seu rebanho, teve uma ideia: enganar os habitantes de sua aldeia
para poder se divertir. Certo dia, após levar seus numerosos carneiros rumo à montanha, lá do alto, começou a berrar:
— Socorro! Socorro! Os lobos estão nos atacando!
Preocupados com o pastor e os pobres carneiros, os moradores da aldeia correram para o topo da montanha para
conseguir agarrar os esfomeados lobos antes que eles atacassem. Chegando lá, encontraram os carneiros
descansando e o pastor morrendo de rir.
Esopo. O pastor e os lobos. Recontado por Felipe Torre. Disponível em: <http://ojardimdasletras.wordpress.com/>. Acesso em: 5 set. 2014.

A narrativa anterior foi motivada pelo(a)


(A) debandada dos carneiros.
(B) ataque dos lobos.
(C) tédio do pastor.
(D) descaso dos moradores da vila.
Ele, que era coveiro desde menino, desde pequenino trabalhando ao lado do pai também coveiro, estava acostumado
demais com tudo aquilo, e não tinha medo de nada, nada mesmo — aliás, minto! Mané Coveiro tinha um medo
danado de uma coisa, mas era de uma coisa só, e não tinha nada a ver com defunto nem alma penada, mas isso já é
outro caso que, se vocês quiserem, conto depois.
Maria José Silveira. Tereza Bicuda. In: ______. Uma cidade de carne e osso: casos do interior. São Paulo: FTD, 2004.

Uma das marcas, no texto anterior, que evidencia a imitação da linguagem oral é a presença de
(A) estrangeirismos, como em “defunto”.
(B) expressões contraditórias, como em “defunto nem alma penada”
(C) expressões regionais, como em “coveiro desde menino”.
(D) autocorreção, como em “aliás, minto!”.

Pense bem: como é que pode, Chapeuzinho Vermelho não perceber que aquele Lobo Mau, grandão e peludo, deitado
na cama, com a camisola e a touquinha da vovó, não era a tal velhinha? Ela bem que achou estranho o nariz e a boca
tão grandes, mas ficou ali, na dúvida, dando sopa para o azar...
E a Bela Adormecida? Dá para entender alguém ficar 99 anos dormindo, num sono profundo, à espera do príncipe
para beijá-la e acordá-la?
Pois saiba que essas histórias têm certas esquisitices porque possuem uma mensagem certeira, uma lição de
comportamento para você aplicar na sua vida também. [...]
Katia Canton. Conversa de madame: Perrault nos salões franceses. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1997. p. 5-6. (Arte conta história)

O ponto principal do texto apresentado é a indicação de que


(A) a Chapeuzinho Vermelho não dá importância ao Lobo Mau.
(B) os contos tradicionais possuem valor educativo.
(C) a Bela Adormecida dormiu durante 99 anos.
(D) as histórias tradicionais são esquisitas.

A seca do reservatório Jaguari, em Igaratá (SP), fez ressurgirem as ruínas da cidade antiga, submersas desde a
década de 60 para a construção da represa. Uma ex-moradora da cidade, Irene de Almeida, de 65 anos, fez uma foto
onde passava a rua principal da cidade velha. O Jaguari está cerca de 30 metros abaixo de seu nível normal. Com
isso, é possível ver as estruturas antigas da cidade, como a igreja, uma praça e até uma cruz. Nesta quinta-feira (5) a
represa, que faz parte do sistema do rio Paraíba do Sul, está com apenas 2,06% de sua capacidade total.
SECA revela ruínas que estavam submersas em Igaratá, SP. G1, São Paulo, 5 fev. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/noticia/2015/02/ seca-revela-ruinas-que-estavam-submersas-em-igarata-sp.html> . Acesso em: 26 fev. 2015

A locução destaca indica que se está por apresentar uma


(A) contradição.
(B) consequência.
(C) questionamento.
(D) explicação
Texto 1
— Olhe como são bonitas, milhares de estrelas...
— E quase todas devem ser rodeadas de planetas como o nosso, habitados, provavelmente...
— Custa-me acreditar...
— Os cientistas dizem que há milhões, talvez trilhões de planetas, só nas galáxias mais próximas. A vida existiria
como aqui.
— Devo ter pouca imaginação. Acho difícil visualizar planetas habitados, com seres iguais a nós, vivendo como nós.
CARNEIRO, André. Planetas habitados. In: CAUSO, Roberto de Sousa (Org.). Histórias de ficção científica. São Paulo: Ática, 2005. p. 27-30. (Para gostar de ler).

Texto 2
O número de planetas conhecidos fora do Sistema Solar quase dobrou numa tacada só. A equipe responsável pelo
satélite americano Kepler anunciou a descoberta de 715 desses mundos distantes.
[...]
O achado também nos coloca mais próximos de encontrar planetas similares à Terra. Análises estatísticas sugerem
que eles são os mais comuns no Universo, mas a dificuldade de detectar a redução de brilho causada por pequenos
trânsitos diminui a chance de os cientistas os encontrarem com facilidade
NOGUEIRA, Salvador. Nasa anuncia descoberta de 715 novos planetas fora do Sistema Solar. Folha de S.Paulo, São Paulo, 26 fev. 2014. Ciência. Disponível em:
<www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/02/1418374-nasa-anuncia-descoberta-de-715-novos-planetas-fora-do-sistema-solar.shtml> . Acesso em: 2 mar. 2015.

Os textos anteriores divergem quanto


(A) às conclusões apresentadas pelos autores.
(B) ao assunto predominante em cada um dos trechos.
(C) à forma de abordar o tema em questão.
(D) aos métodos utilizados para chegar às suas conclusões.

— A sorte vem-nos guiando melhor do que poderíamos desejar — disse Dom Quixote, segurando seu cavalo. — Vê,
meu fiel Sancho: diante de nós estão mais de trinta insolentes gigantes a quem penso dar combate e matar um por
um. Com seus despojos iniciaremos nossa riqueza, além de arrancar essas sementes ruins da face da terra. Essa é a
ordem de Deus que devemos cumprir.
— Que gigantes? — perguntou Sancho Pança, que por mais que examinasse o terreno só via os inocentes moinhos
de vento agitando suas pás vagarosamente.
— Aqueles que ali vês — respondeu o amo. — Têm os braços tão longos que alguns devem medir mais de duas
léguas...
— Olhe bem Vossa Mercê — contestou Sancho. — Aquilo não são gigantes e sim moinhos de ventos, e o que
parecem braços são as pás que, movidas pelo vento, fazem girar a pedra que mói os grãos.
Miguel de Cervantes Saavedra. Dom Quixote. José Angeli. Adap. São Paulo: Scipione, 1994. p. 25-8. (Reencontro)

No trecho apresentado, os personagens Dom Quixote e Sancho Pança discordam sobre


(A) o que fazer com os gigantes.
(B) como escapar dos gigantes.
(C) como aproveitar os moinhos de vento.
(D) aquilo que veem diante de si.
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Uma vez tindolelê,
Outra vez tindolalá.

Quem tem amores não dorme


Nem de noite nem de dia.
Fica rolando na cama.
Feito peixe na água fria.
Fonte: Origem popular.

Na última frase da cantiga de roda acima, a palavra “Feito” pode ser substituída por
(A) “Dito”.
(B) “Realizado”.
(C) “Assim como”.
(D) “Mantido como”.

Quando o duque velho soube


Que ele tinha esse cavalo
Disse pra velha duquesa:
— Amanhã vou visitá-lo
Se o animal for assim
Faço o jeito de comprá-lo!
Fonte: Origem popular.

No trecho “Faço o jeito de comprá-lo!”, o pronome destacado refere-se a


(A) duque velho.
(B) ele.
(C) velha duquesa.
(D) animal.
Era uma vez uma cambaxirra, toda saltitante e alegre que estava fazendo ninho na árvore de galho mais bonito da
floresta.
Um dia, viu um lenhador se preparando para derrubar a árvore. Começou a voar em volta e a cantar muito agitada. O
lenhador perguntou:
— Cambaxirra, que foi que houve?
E ela disse:
— É que você vai derrubar a árvore de galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. Não faz isso, por favor.
E o lenhador respondeu:
— Ah, cambaxirra, se eu pudesse... [...]
Ana Maria Machado. Ah, cambaxirra, se eu pudesse... São Paulo: FTD, 2003. p. 7-9.

A última fala do lenhador indica que ele


(A) irá derrubar a árvore.
(B) não irá derrubar a árvore.
(C) não pode derrubar a árvore.
(D) pode atender ao pedido da cambaxirra.
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova
7 ANO

simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
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língua portuguesa
caderno de prova
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta.

2. O Caderno de Questões contém 25 questões.

3. Você terá 60 minutos para finalizar o simulado.

4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta.

5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões.

6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho.

7. Cada questão tem uma única resposta correta.

8. Procure não deixar questões sem resposta.

9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta
esferográfica de tinta azul ou preta.

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11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala.

12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


De Cordel é o apelido
Dado à literatura
Produzida pelo povo,
Que tinha e tem cultura
Que, somada à inspiração,
Produz a poesia pura.

Não a cultura de elite,


Que vem do conhecimento,
Mas a cultura popular,
Que brota do sentimento.
E o sentimento expressa
A força do pensamento
Roque Magno Santos. Literatura de Cordel.
Folha de Londrina, Londrina, 30 nov. 2014. Folha 2. p. 4.

No poema, o Cordel é apresentado como um tipo de literatura


(A) elitista.
(B) popular.
(C) artificial.
(D) erudita.

“Aqui se faz, aqui se paga.”

Um ditado com sentido semelhante ao apresentado anteriormente é


(A) Quem planta vento, colhe tempestade.
(B) A pressa é inimiga da perfeição.
(C) De grão em grão a galinha enche o papo.
(D) Deus ajuda quem cedo madruga.
Quando a gente é criancinha
Canta quadras p’ra brincar
Quando fica gente grande
Ouve quadras a chorar
[...]

Dorival Caymmi. Roda pião. Extraído do site: <www.jobim.org/caymmi/bitstream/handle/2010.1/11771/rodapiao2-2.jpg?sequence=3>. Acesso em: 8


out. 2014.

No poema apresentado, é possível perceber a presença da rima entre as palavras


(A) criancinha e brincar.
(B) brincar e grande.
(C) brincar e chorar.
(D) chorar e criancinha.

Pense bem: como é que pode, Chapeuzinho Vermelho não perceber que aquele Lobo Mau, grandão e peludo, deitado
na cama, com a camisola e a touquinha da vovó, não era a tal velhinha? Ela bem que achou estranho o nariz e a boca
tão grandes, mas ficou ali, na dúvida, dando sopa para o azar...

E a Bela Adormecida? Dá para entender alguém ficar 99 anos dormindo, num sono profundo, à espera do príncipe
para beijá-la e acordá-la?

Pois saiba que essas histórias têm certas esquisitices porque possuem uma mensagem certeira, uma lição de
comportamento para você aplicar na sua vida também.
Katia Canton. Conversa de madame: Perrault nos salões franceses. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1997. (Arte conta história)

A conjunção “pois”, no último parágrafo do texto, tem como função


(A) justificar as esquisitices presentes em diversas histórias.
(B) desconstruir a ideia de que tais histórias contêm esquisitices injustificáveis.
(C) criticar histórias que não possuem mensagens certeiras ou lições de comportamento.
(D) enfatizar a importância de esquisitices em histórias que possuem mensagens dirigidas ao leitor.
— Um brinde, xará!
— Um brinde, Varum.
— Você estava um estouro entrando naquela igreja. Parecia um bailarino profissional
— Pois é. Improvisei uns passos. Acho que me saí bem.
— Muito bem!
— Não sei se você sabe que eu fui o rei do chá-chá-chá.
— Do quê?
— Chá-chá-chá. Uma dança que havia. Você ainda não era nascido.
— Bota tempo nisso.
Luis Fernando Verissimo. O gigolô das palavras. Porto Alegre: L&PM, 1982. p. 90-1. v. 8. (Novaleitura)

O uso constante do travessão indica que o trecho em questão busca representar um(a)
(A) discurso.
(B) diálogo.
(C) monólogo.
(D) notícia.

Mano a mano, de Luscar. Extraído do site: <www.unisc.br/cursos/enade/2008/questoes_ENADE.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2010.

O humor da tira se baseia no(a)


(A) variabilidade linguística da língua portuguesa.
(B) vestimenta tipicamente nordestina do personagem.
(C) sotaque da fala do personagem nordestino.
(D) ingredientes pouco usuais da receita elogiada.
Caulos. Só dói quando eu respiro. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 46

A tira critica o(a)


(A) possível efeito negativo da televisão.
(B) falta de postura de quem assiste televisão.
(C) qualidade da imagem da transmissão televisiva.
(D) ruído feito pelos aparelhos de televisão.
Dois surfistas britânicos tiveram um parceiro inusitado enquanto pegavam ondas no litoral norte da Inglaterra. Um
filhote de foca entrou na brincadeira e surfou — ou pelo menos tentou surfar — com os rapazes. Tudo foi gravado em
uma câmera acoplada na prancha. O vídeo tem mais de 2,7 milhões de visualizações.

Filhote de foca ‘surfa’ e surpreende jovens em praia da Inglaterra. Extraído do site:


<www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2014/08/18/interna_mundo,442888/filhote-de-foca-surfa-e-surpreende-jovens-em-praia-
dainglaterra.shtml>. Acesso em: 9 out. 2014.

Os termos em negrito poderiam ser substituídos, sem perda de sentido, por


(A) navegavam.
(B) pescavam.
(C) surfavam.
(D) nadavam.

Os mamíferos possuem hábitos alimentares que estão relacionados com o seu modo de vida. Muitos são herbívoros,
como o boi, o carneiro, o cavalo, o elefante; outros são carnívoros, como o leão, o lobo, a raposa, a onça, o cão.
Existem ainda insetívoros, como os musaranhos, a toupeira; e os onívoros, que se alimentam de carne e também de
plantas, como é o caso do homem.
Mamíferos: animais com glândulas mamárias. Funções vitais: digestão. Extraído do site: Acesso em: 11 set. 2014

O tema do texto apresentado é


(A) “O modo de vida dos animais insetívoros.”
(B) “Os diferentes tipos de alimentação dos mamíferos.”
(C) “A alimentação dos animais herbívoros.”
(D) “Os diferentes hábitos alimentares humanos.”
CUNHA, Leo. Vendo poesia. São Paulo: FTD, 2010. p. 13.

As palavras do texto foram dispostas de modo a sugerir o(a)


(A) ritmo de leitura da lesma.
(B) percurso do movimento da lesma.
(C) som do sussurro da lesma.
(D) disposição da folha na árvore.
Tivemos a notícia de que as escolas do Rio de Janeiro estão proibindo o uso de aparelhos que tocam MP3 e celulares
em sala de aula. Essa atitude é no mínimo coerente. Usar instrumentos alheios aos objetivos de uma aula é algo
inconcebível num ambiente em que a concentração é ferramenta básica. Sem se concentrar no objeto de estudo, fica
difícil aprender.
MATURANO, Ana Cássia. Opinião: Aluno contesta autoridade ao usar celular em sala de aula. G1, Rio de Janeiro, 16 abr. 2009. Especial para o
G1/G1. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1086834-5604,00-
OPINIAO+ALUNO+CONTESTA+AUTORIDADE+AO+USAR+CELULAR+EM+SALA+DE+AULA.html. Acesso em: 12 jan. 2015.

O objetivo do texto apresentado é


(A) emitir uma opinião sobre a questão do uso de aparelhos sonoros na sala de aula.
(B) detalhar os problemas enfrentados por pessoas que usam celulares em excesso.
(C) apontar soluções para o problema do uso de celulares por estudantes em sala de aula.
(D) defender o uso dos celulares como uma boa ferramenta didática para sala de aula.

Todo dia da nossa vida, a gente pega tudo o que não interessa mais e joga fora, certo? Daí vem o lixeiro e leva.
Parece simples, mas... para onde o lixeiro leva o lixo? Há lugares onde eles jogam tudo, que são os lixões. Lá, os
homens ficam pondo lixo e enterrando, até que junta tanto lixo que nem todas as máquinas do mundo conseguiriam
enterrar. Nessa hora, é preciso encontrar novos lugares para fazer novos lixões. A gente nunca pensa nisso, afinal os
lixões são todos longe da casa da maioria de nós. Mas fique sabendo que isso é problema desse tamanho!

Fernando Bonassi. Vida da gente: crônicas publicadas no suplemento Folhinha de S.Paulo. 6. ed. São Paulo: Formato Editorial, 2005.

Segundo o autor do texto apresentado, a maior parte das pessoas não se preocupa com o destino final do lixo porque
(A) acredita na capacidade da reciclagem.
(B) tem pouco contato direto com lixões.
(C) desconhece detalhes da vida dos lixeiros.
(D) produz lixo em quantidades insignificantes.

MEU FILHO: escrevo-te esta carta — carta, não e-mail: sou uma pessoa antiga — no meu duplo papel de mãe e
professora. Sua mãe, sempre fui; sua professora, apenas por um ano, na pequena escola em que você cursou o que
se chamava, na época, de curso primário. Faz muito tempo que isso aconteceu, quase 40 anos, mas devo lhe dizer
que lembro de tudo, de cada aula que lhe dei.
SCLIAR, Moacyr. Aprendendo com a professora. Folha de S.Paulo, São Paulo, 17 ago. 2009. ©by herdeiros de Moacyr Scliar.

A palavra “apenas”, em destaque no texto, aponta para o(a)


(A) antiguidade dos eventos narrados.
(B) oposição entre os valores do filho e da mãe.
(C) pouco tempo de aula dada pela mãe ao filho.
(D) curto tempo de duração do curso primário.
AS REDES SOCIAIS DIGITAIS: NECESSIDADE OU VÍCIO?
Antes, a expressão [“vício eletrônico”] indicava o vício das pessoas que não conseguiam se desligar de seus
computadores para entrar nas redes sociais, jogar, fazer comentários ou verificar o que está sendo postado. Hoje, a
situação se torna mais complexa e alarmante. Basta observar ao redor: pessoas caminhando e usando celular;
pessoas em bares e restaurantes que não interagem com outras pessoas, mas com seus aparelhos. Crianças e
adolescentes conectados o tempo todo. Adultos usando aparelhos de comunicação em festas e cerimônias formais.
Imagens sendo postadas e divulgadas em cada momento. O chamado vício agora se irradia: as pessoas podem
acessar suas informações em qualquer lugar e horário, pois carregam os aparelhos consigo.
TAIT, Tania. As redes sociais digitais: necessidade ou vício? Gazeta do Povo. 29 abr. 2014. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br/
opiniao/conteudo.phtml?id=1465221&tit=As-redes-sociais-digitais-necessidade-ou-vicio>. Acesso em: 30 out. 2014

No texto anterior, a autora argumenta que o “vício eletrônico”


(A) alterou modos de comportamento, pois as pessoas passaram a utilizar esses equipamentos constantemente.
(B) era um perigo no passado, pois as pessoas não sabiam utilizar os eletrônicos de modo correto e seguro.
(C) afeta apenas os adultos, pois as crianças não frequentam as cerimônias formais de seus pais.
(D) possibilitou o acesso das pessoas à informação em qualquer lugar, pois ocorreu a expansão da conectividade.

VOCÊ ACREDITA QUE O JOVEM TEM CONDIÇÕES DE MUDAR O PAÍS ? SIM .


Certamente. O jovem busca encontrar seu lugar no mundo, mudando constantemente comportamentos e padrões.
Isso demonstra uma nova consciência sobre o mundo e o espaço. Com as inovações tecnológicas, nós temos o poder
para mudar de atitude sem sair de casa, podendo unir nossa opinião à de milhões, e expressarmo-nos por meio dos
mais variados meios de comunicação.
Túlio S. E. Pinto, estudante de Filosofia, 31 anos.

VOCÊ ACREDITA QUE O JOVEM TEM CONDIÇÕES DE MUDAR O PAÍS ? N ÃO.


Eu acredito que não. Infelizmente, a maioria dos jovens brasileiros tem se preocupado com questões que dizem
respeito apenas às atitudes e comportamentos mais pessoais. Não pensam, por exemplo, que, para mudar o rumo do
país, precisam, necessariamente, ter um olhar mais atento para a situação política e econômica, além de um afiado
senso crítico.
Felipe S. de Torre, professor de Língua Portuguesa, 27 anos.

Alves, Rosemeire Aparecida Vontade de saber português, 7o ano / Rosemeire Aparecida Alves, Tatiane Brugnerotto Conselvan. – 2. ed. – São
Paulo : FTD, 2015. p. 92

Ambos os textos tratam do mesmo tema, porém possuem diferentes pontos de vista sobre o assunto. Enquanto o
autor do primeiro excerto dá uma resposta afirmativa à pergunta feita, o do segundo apresenta uma negativa. Para
defender essas posturas, pode-se afirmar que os autores destacam, respectivamente,
(A) o tempo perdido pelos jovens nas redes sociais e seu interesse pelos problemas nacionais de natureza política e
econômica.
(B) os efeitos positivos da tecnologia na sociabilidade dos jovens e sua falta de preocupação com questões políticas
e econômicas.
(C) a falta de interesse dos jovens em sair de suas casas e sua incapacidade de desenvolver seu potencial de
pensamento crítico.
(D) o interesse juvenil em se expressar politicamente e o impacto negativo das novas tecnologias no comportamento
político dos adolescentes.
W HATS APP: MODO DE USAR .
O áudio tornou-se um problema do tamanho da vuvuzela. O que era pra ser uma ferramenta excepcional ("tô com as
mãos ocupadas, tô dirigindo, tô cozinhando, meus dedos foram decepados") acabou se tornando um esporte. Todo
dia recebo uns 12 áudios de três minutos em que uns dois minutos e meio são de "ééé", "entãããão", "só um instante".
E não consigo fazer uma leitura diagonal de um áudio. É preciso ouvir tudo, até o final, pra descobrir que não era nada.
DUVIVIER, Gregório. WhatsApp: modo de usar. Folha de São Paulo. Coluna Cotidiano. 02 mai. 2016. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2016/05/1766707-whatsapp-modo-de-usar.shtml. Acesso em: 10 mai. 2016.

As palavras destacadas foram escritas com a grafia em questão para indicar


(A) a entonação de voz de quem escreveu.
(B) uma grafia típica de internet.
(C) termos de uso restrito à oralidade
(D) um fenômeno típico da oralidade.

QUE MUNDO BESTA!


Minha mãe leu no jornal que o número de pobres do mundo está crescendo a cada dia. Quer dizer, cada vez mais
gente passa fome por aí.
Eu fiquei pensando nisso. Lembrando que, às vezes, chega perto da hora do almoço, e eu fico com muita fome.
Tem dias que eu nem aguento esperar o almoço!
O que eu faço nessas horas é comer um pedaço de pão com queijo, alguma coisa pra enganar o estômago. Fome dói.
Com fome eu não consigo pensar em nada bom.
BONASSI, Fernando. Que mundo besta! In: ______. Vida da gente. Belo Horizonte: Formato, 1999. p.13.

Podemos inferir a partir do texto que o(a)


(A) narrador passa fome todo o tempo.
(B) mãe do menino não sabe ler.
(C) número de pobres está diminuindo.
(D) narrador não é pobre.
CEDRAZ, Antonio. A turma do Xaxado. Salvador: Estúdio Cedraz, 2005. v.4. p.7. (A turma do Xaxado)

O termo “lá”, presente no último quadrinho, substitui


(A) “telhado da escola”
(B) “cidade grande”
(C) “rua inteira”
(D) “barraco”.

Ela estava do meu lado e eu fiquei assustada. Amarrei o cabo de reboque bem rápido e fui rebocada. De repente,
quando olho para a água, a foca estava simplesmente do meu lado outra vez. Dei um berro. Levei um susto daqueles!
Eu realmente não esperava que ela me acompanhasse. Acho que ela se assustou com meu grito porque logo depois
afundou na água e sumiu. Quando eu me acalmei, lá estava ela de novo me seguindo! Eu nunca vi cabeça igual
àquela. Era imensa! Umas três vezes a cabeça de um adulto!
KLINK, Laura; KLINK, Tamara; KLINK, Marininha. Férias na Antártica. Porto Alegre: Grão Editora, 2010. p. 58-59.

Indique a alternativa que aponta para um trecho do texto que expressa uma opinião
(A) “Ela estava do meu lado”
(B) “Acho que ela se assustou com meu grito”
(C) “Levei um susto daqueles”
(D) “Eu nunca vi cabeça igual àquela”

A feição deles [índios] é serem pardos, quase avermelhados, de bons rostos e bons narizes, benfeitos. Andam nus, sem
nenhuma cobertura. Nem estimam nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas; e estão em relação a isto com tanta
inocência como têm de mostrar o rosto. Traziam ambos os beiços de baixo furados e, metidos por eles, ossos. Ossos brancos,
do comprimento de uma mão, da grossura de um fuso de algodão, agudos na ponta como furador. Metem-nos pela parte de
dentro do beiço; e o que lhes fica entre o beiço e os dentes é feito como um roque de xadrez, e em e de tal modo o trazem ali
encaixado que não os magoa, nem lhes estorva a fala, o comer nem o beber.
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta ao rei Dom Manuel. 3ª ed. Maria Ângela Villela (Ed.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. p. 21. (Coleção Prestígio)

O texto anterior tem por finalidade


(A) narrar contos indígenas.
(B) indicar como tratar os indígenas.
(C) descrever os indígenas.
(D) dissertar sobre a aculturação indígena.
Quando eu era pequeno não gostava de ser índio. Todo mundo dizia que o índio é um habitante da selva, da mata, e
que se parece muito com os animais. Tinha gente que dizia que o índio é preguiçoso, traiçoeiro, canibal. Eu ouvia isso
dos meus colegas de escola e sentia muita raiva deles porque eu sabia que isso não era verdade, mas não tinha
como fazê-los entender que a vida que o meu povo vivia era apenas diferente da vida da cidade.
MUNDURUKU, Daniel. Um recado do autor. In: ______. Coisas de índio: versão infantil. São Paulo: Callis, 2003. p. 6

A narrativa em questão tem sua origem em um conflito relacionado ao(à)


(A) vida selvagem.
(B) escola.
(C) preguiça.
(D) preconceito.

Para não esquecer os contos era preciso explorar a repetição dos episódios, a música, o ritmo, a dança, às vezes
uma fórmula para começar e outra para acabar.
O contador convida, e a plateia participa, responde, brinca, adivinha, repete versos e até canta.
Se todos participam, as histórias se renovam, são inventadas de outro jeito, e com tanta emoção, que acabam
produzindo um impacto em quem ouve. Assim, as histórias ficam (e quem as contou, também)!
Contos africanos, de Celso Sisto, Folhinha, Folha de S.Paulo, 14 nov. 2009. p. 4. Fornecido pela Folhapress.

O trecho apresentado tem como tema


(A) “a música e a dança na apresentação de contos”.
(B) “as fórmulas para começar e acabar contos”.
(C) “as técnicas de memorização de contos”.
(D) “a repetição de episódios em contos.”

Elizabete Maria nasceu em Rosário, uma cidadezinha do interior maranhense próxima à Ilha de São Luís, sétima filha
de família numerosa, quase todas as mulheres, às quais se adicionavam dois homens. Tinha os cabelos louros
encaracolados e os olhos azuis da avó catarinense de origem nórdica. Sendo de compleição frágil, a mais frágil das
irmãs, era difícil prever-se qual seria a sua trajetória futura, mas o milagre que a acometeu muito cedo tirou todas as
dúvidas. Mal aprendeu a ler e falar diante da espantada família sentava-se ao colo da mãe e dedilhando o velho piano
a quatro mãos executavam valsas e polcas brasileiras.
ROVEDO, Salomão. Apaixonada por Beethoven. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000177.pdf. Acesso em 10 mai. 2016.

A conjunção “mas”, em destaque no texto anterior, anuncia uma colocação que está em oposição à afirmação de que
Elizabete Maria
(A) operava milagres.
(B) era incapaz de tocar polcas.
(C) tinha compleição frágil.
(D) teria uma trajetória impossível de prever.
Texto 1
Os jovens criaram uma linguagem paralela que mata o padrão da língua portuguesa, com abreviaturas que nunca
existiram. Parece que não há limites para tantos erros de ortografia, regência e concordância. A preocupação que nós
temos é que essa linguagem motivada pela pressa, que é inimiga da perfeição, se transforme numa realidade. O uso
do internetês pode prejudicar o futuro profissional e a vida acadêmica.
FONTENELE, Marina. “Uso do internetês pode prejudicar futuro profissional”, diz especialista. Globo.com., 23 out. 2013. Disponível em:
<http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2013/10/uso-do-internetes-pode-prejudicar-futuroprofissional-diz-especialista.html>.Acesso em: 27 mar.
2015.

Texto 2
Eu acho que essa linguagem mostra uma criatividade muito grande. Eu tenho certeza de que uma das grandes coisas
que o ser humano sempre fez, e faz cada vez melhor, é inventar linguagens, decifrar linguagens, reinventar
linguagens, e esse surto de internetês é muito criativo e, em certos aspectos, retoma algumas práticas ortográficas
dos séculos XVII e XVIII, então eu acho que a cultura não está em risco.
LINGUAGEM de internet. Observatório da Imprensa, 2005. Disponível em: <http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2013/10/uso-do-internetes-pode-
prejudicar-futuroprofissional-diz-especialista.html> . Acesso em: 27 mar. 2015.

Tendo em vista que os dois textos tratam do internetês, ou seja, da linguagem tipicamente utilizada por jovens na
internet, pode-se afirmar que suas autoras
(A) discordam, pois, no texto 1, defende-se o internetês, ao passo que, no texto 2, questiona-se a sua eficácia.
(B) concordam, pois ambas defendem que o internetês deve ser condenado como instrumento de comunicação.
(C) discordam, pois, no texto 1, condena-se o internetês, ao passo que, no texto 2,defende-se sua validade.
(D) concordam, pois ambas defendem que o internetês é uma forma de linguagem adequado para seu contexto.

A equipe da Muito (especialmente os repórteres Fernando Vivas e Tatiana Mendonça) está de parabéns pela
divulgação da ONG Teto, pelo excelente trabalho realizado em nosso bairro, na Cidade de Plástico, onde moram vá-
rias famílias – muitas sem condições de ter uma vida digna. Com essa ação, as famílias beneficiadas, finalmente,
terão uma casa sem goteiras e paredes molhadas, o que traz graves prejuízos à saúde. São crianças, jovens, adultos
e idosos que ficariam muito felizes se outras ONGs ou órgãos públicos fizessem mais por essa comunidade tão
carente de ações sociais.
VOLUNTÁRIOS da ONG TETO constroem casas em Salvador. A Tarde, Salvador, domingo, 16 nov. 2014. Revista Muito.

No texto apresentado, a ONG TETO é elogiada por realizar um trabalho social relacionado ao(à)
(A) cuidado de idosos doentes de famílias humildes.
(B) reciclagem do plástico descartado por famílias humildes.
(C) reparo de telhados problemáticos de moradias humildes.
(D) divulgação de ONGs dirigidas ao trabalho com famílias humildes.
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova
8 ANO

simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta.

2. O Caderno de Questões contém 35 questões.

3. Você terá 1 hora e 15 minutos para finalizar o simulado.

4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta.

5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões.

6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho.

7. Cada questão tem uma única resposta correta.

8. Procure não deixar questões sem resposta.

9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta
esferográfica de tinta azul ou preta.

10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta.

11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala.

12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


Como todas as tardes, antes de recomeçarem as aulas, a turma da 7ª série se reuniu na Praça da Catedral. Irineu
chegou primeiro, querendo que Marina fosse a segunda. Marina vinha pisando nas nuvens, sonhando meio acordada,
e se atrasou. Quando chegou, metade da sala já estava ali num papo firme. Falavam de aulas, de provas, de música,
de festinhas, de futebol e dos namoradinhos da escola. Embora já tivessem os planos definidos, não estava fácil
executá-los. Meninos e meninas se agrupavam no centro da Praça. Alguns casais estavam um pouco mais distantes,
com os namorinhos já encaminhados.
Irineu sentou-se em um banco mais distante. Com um livro aberto, fingia estar lendo. Assim ficaria mais fácil pra
Marina disfarçar, soltar-se da turma e vir sentar com ele.
JOSÉ, Elias. Primeiras lições de amor. Belo Horizonte: Formato, 1989. p. 24.

No texto, o narrador sugere implicitamente que Irineu queria


(A) passar um tempo sozinho com Marina.
(B) sair logo da Praça da Catedral e ir para casa.
(C) um tempo para conseguir ler seu livro.
(D) conversar sobre festas e futebol com os demais.

Insinuei-me humildemente no meio daquele tumulto. Estava ali mais para assistir do que para comprar. Vestidos,
xales de casimira, joias, tudo era vendido com uma rapidez inacreditável. Nada daquilo me convinha, e eu continuava
esperando alguma coisa que me interessasse.
De repente, ouvi gritarem:
— Um livro, luxuosamente encadernado, com filetes de ouro, intitulado Manon Lescaut, obra do escritor Abbé Prévost.
Há alguma coisa escrita na primeira página. Dez francos.
— Doze — disse uma voz depois de algum tempo.
— Quinze — eu disse, sem saber por quê. Provavelmente por causa do que estaria escrito na primeira página.
— Quinze — repetiu o leiloeiro.
— Trinta — exclamou o primeiro arrematante, num tom que parecia desafiar qualquer outro lance.
DUMAS FILHO, Alexandre. A Dama das Camélias. Adap. Carlos Heitor Cony. São Paulo: Scipione, 2002. p. 11. (Reencontro literatura)

Sobre o leilão descrito, pode-se afirmar que o narrador


(A) não se interessou por nada do que era vendido.
(B) não sabia por que razão estava lá.
(C) deu um lance por um livro sem saber por quê.
(D) queria comprar vestidos, xales de casimira e joias.
WATTERSON, Bill. O mundo é mágico: as aventuras de Calvin e Haroldo. 2. ed. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010. p. 124.

No contexto da tirinha, a palavra “melancólico” é utilizada em um sentido


(A) saudosista.
(B) triste.
(C) alegre.
(D) sombrio.
Tribos urbanas

Você faz parte de alguma?


Fazer parte de um grupo é algo essencial para a vida dos jovens. Alguns buscam apenas pertencer a uma turma de
amigos sem uma denominação própria. Outros escolhem fazer parte de uma tribo, ou seja, um grupo pequeno, mais
fechado e com regras claras e delimitadas. Cada uma delas se caracteriza pelo interesse musical, jeito de se vestir e
pelo comportamento ou jeito de pensar. É uma forma que alguns jovens encontraram de viver em grupo e se
identificarem com ele, estabelecendo, assim, uma rede de amizades. As tribos reforçam um sentimento de
pertencimento e favorecem uma nova relação com o ambiente social.
LOMONACO, Beatriz Penteado [et al.]. Tribos urbanas: você faz parte de alguma? In: Mundo Jovem. São Paulo:
Fundação Tide Setubal, 2008. p. 14.

O trecho de texto anterior trata, principalmente,


(A) das diferentes tribos urbanas e suas distintas características.
(B) dos diferentes contextos de surgimento dos grupos urbanos.
(C) da relação entre o individualismo e a necessidade de socialização.
(D) dos motivos que levam alguém a fazer parte de uma tribo.

A loja pertencia a um mestre fluminense, que trabalhara por algum tempo na casa do Guilherme e do Campás, e se
iniciara portanto em todos os segredos da arte. Ninguém a exercia com mais habilidade, esmero e entusiasmo do que
ele; sua obra, quando queria, não tinha que invejar ao produto das melhores fábricas de Paris, se não o excedia na
elegância e delicadeza.
ALENCAR, José de. A pata da gazela. 10ªed. São Paulo: Ática, 1991, p.28

O trecho de narrativa anterior mescla fatos com opiniões do narrador acerca desses mesmos fatos. Indique a
alternativa que apresenta um trecho que possui apenas fatos, sem nenhum juízo de valor do narrador.
(A) “que trabalhara por algum tempo na casa do Guilherme e do Campás”.
(B) “Ninguém a exercia com mais habilidade, esmero e entusiasmo do que ele”.
(C) “sua obra (...) não tinha que invejar ao produto das melhores fábricas de Paris”.
(D) “se não o excedia na elegância e delicadeza”.
CUNHA, Leo. Pêndulo. In: Vendo Poesia. São Paulo: FTD, 2010. p. 17.

A forma do poema anterior é importante para sua compreensão. Ao dispor as letras no papel de modo não usual, o
autor imita um pêndulo, pois pretende
(A) imprimir às palavras o ritmo sonoro de um relógio.
(B) insinuar que o pêndulo é uma espécie de gangorra.
(C) ampliar o sentido do poema através de sua forma visual.
(D) imitar o movimento de uma balança para associá-lo à gangorra.
BECK, Alexandre. Armandinho quatro. Florianópolis: A.C. Beck, 2015. p. 74.

O humor da tirinha reside na(s)


(A) insistência do menino em querer saber das coisas.
(B) falta de conhecimento apresentada pelo pai.
(C) diferença de idades entre o menino e o pai.
(D) diferentes formas de se escrever “porquê”.

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. In: Folha de São Paulo, São Paulo, 3 jun. 2009. Ilustrada, p. 9.

O humor da tirinha anterior reside na união entre a linguagem verbal e a não verbal. Um elemento da linguagem não
verbal, presente no quadrinho, que é essencial para o humor é o(a)
(A) tipo de carro.
(B) urso.
(C) senhora.
(D) palavra sono.
João da Cruz e Sousa nasceu a 24 de novembro de 1861, na cidade do Desterro, atual Florianópolis, capital da então
província de Santa Catarina. Filho de dois negros escravos, trazia nas artérias sangue sem mescla da África, e no
profundo psiquismo milenárias forças adormecidas de angústia e sonho. Tiro a esta referência todo acento literário,
pois que de fato significa um puro dado positivo, indispensável à compreensão do destino e do canto do Poeta Negro.
Morreu 19 de março de 1898, na cidade de Sítio, Minas, para onde fora transportado às pressas vencido pela
tuberculose.
SILVEIRA, Tasso de. Biografia. In: SOUSA, João da Cruz e. Poesias completas: broquéis, faróis, últimos sonetos. São Paulo: Publifolha, 1997
(Biblioteca folha, 26), p.11.

O texto anterior possui, por finalidade,


(A) informar ao leitor sobre a vida do poeta João da Cruz e Sousa.
(B) narrar os eventos que levaram à morte de João da Cruz e Sousa.
(C) descrever o personagem literário João da Cruz e Sousa ao leitor.
(D) dissertar sobre os motivos que tornaram João da Cruz e Sousa um escritor.

O tema do uso da bicicleta está sendo debatido em todo mundo. Muitos países da Europa, como Holanda, Dinamarca
e Alemanha, além dos Estados Unidos e o Canadá, já implantaram infraestrutura adequada, segura e atrativa para o
uso da bicicleta. O segredo do sucesso está na adoção de políticas públicas que restringem o uso do carro e
privilegiam veículos não motorizados. No Brasil, já há algumas iniciativas voltadas para o uso da bicicleta, mas,
temos muito que avançar. Existe uma demanda reprimida que precisa ser rapidamente incorporada nas políticas
municipais de transporte e circulação para gerar condições favoráveis ao uso.
PANASOLO, Alessandro. Mobilidade urbana e transportes sustentáveis. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/mobilidade-
urbana-e-transporte-sustentaveis-1rmut0xu13b3mt72y9ezr4t3i>. Acesso em: 24 abr. 2015.

A expressão “veículos não motorizados”, em destaque no trecho, é um elemento de coesão que se refere ao uso
(A) de carros automáticos em países com trânsito caótico e nas grandes metrópoles brasileiras.
(B) de bicicletas nos estados brasileiros que adotaram políticas públicas de países estrangeiros.
(C) do carro como segredo de sucesso para a elaboração de políticas públicas do transporte.
(D) de bicicletas em países com políticas públicas de incentivo a esse meio de transporte.
Para quem não sabe, o anjinho arqueiro não é um personagem inventado pela Disney, não. Ele é o deus do amor da
mitologia grega e romana. Cupido era filho de Vênus, a deusa do amor e da beleza, e de Mercúrio, o mensageiro
alado. Sempre que deuses e homens eram flechados por Cupido, não havia saída: ficavam completamente
apaixonados. Certa vez, o próprio deus foi vítima de sua flechada. Apaixonou-se por uma jovem mortal, Psiquê, que
acabou sendo transformada em deusa para viver junto dele. Como você vê, nem ele conseguiu escapar!
Leonardo Antunes. Ficar ou namorar. São Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 48. (Projeto Adolescer)

O tema do texto apresentado é a história do(a)


(A) Cupido.
(B) Disney.
(C) Psiquê.
(D) Vênus.

— Senhor — disse-lhe a donzela, examinando os seus trajes pobres —, não acredito que possas alcançar o que
outros cavaleiros não alcançaram.
— Senhora, muito vos enganais. Honra e valentia não estão nos trajes, mas na alma do homem — respondeu Balin.
E, tirando com facilidade a espada fixada junto ao corpo da donzela, maravilhou-se com a perfeição daquela peça. Era
sem dúvida a melhor espada em que já pusera as mãos.
— Este é o mais valoroso cavaleiro de todo o reino! — exclamou a donzela. — Agora, senhor, dai-me a espada.
Thomas Malory. O Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Trad. Ana Maria Machado. São Paulo: Scipione, 1991. p. 27. (Série Reencontro)

O trecho em questão deixa implícito um ensinamento moral que poderia ser sintetizado pelo ditado
(A) “Filho de peixe, peixinho é”.
(B) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.
(C) “Em boca aberta não entra mosca”.
(D) “As aparências enganam”.
De manhã, o pai bate na porta do quarto do filho:
— Acorda, filho! Está na hora de você ir para o colégio.
E o filho, de mau humor, responde:
— Hoje eu não vou ao colégio! E não vou por três motivos: estou morto de sono, detesto aquele colégio e não
aguento mais os meninos.
E o pai responde do corredor:
— Você tem que ir! E tem que ir exatamente por três motivos: você tem um dever a cumprir, você já tem 45 anos e
você é o diretor do colégio.
Ziraldo Alves Pinto. As anedotinhas do bichinho da maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1998. p.12.

A anedota anterior é uma narrativa que apresenta um conflito gerado pela oposição entre o(a)
(A) saúde e o mal-estar.
(B) bom humor e o mau humor.
(C) dever e a vontade.
(D) insônia e o sono.

No quarto dia de viagem, a partir de Manaus pegamos um afluente que, na junção com o Amazonas, parecia ser tão
grande quanto ele. Subimos esse rio, que se estreitava, e dois dias depois desembarcamos numa aldeia indígena.
Nesse ponto, o professor Challenger disse que o barco deveria retornar. Informou que logo chegaríamos às
corredeiras e advertiu-nos que, desse ponto em diante, quanto menos gente soubesse de nós, melhor seria. Tivemos
de prometer ao professor que não revelaríamos qualquer indício do local para onde estávamos indo. Este é o motivo
de eu estar sendo vago nessa narrativa.
Arthur Conan Doyle. O mundo perdido. Adap. Ulisses Capozoli. São Paulo: Scipione, 2001. p. 41. (Reencontro literatura)

Segundo o narrador, seu relato é vago devido à sua necessidade de


(A) desembarcar em uma aldeia indígena.
(B) retornar de barco com o professor Challenger.
(C) manter discrição sobre os detalhes da viagem.
(D) partir de Manaus em direção ao interior da Amazônia.
Uma nova lei do Estado do Tennessee, nos Estados Unidos, autoriza o psicoterapeuta a recusar um atendimento que
lhe pareça incompatível com os princípios nos quais ele (o terapeuta) "acredita sinceramente" (religiosos ou outros)
[...]
Se um psicoterapeuta atendesse um paciente que ele "desaprova" ideológica ou moralmente, ele tenderia a
influenciar ou converter o seu paciente. A psicoterapia se transformaria em catequese religiosa e moral ou em
propaganda política. Melhor se abster, nesse caso. Há pesquisas, aliás, que mostram que, em geral, os pacientes
receiam e tentam evitar um profissional que queira influenciá-los e convertê-los.
CALLIGARIS, Contardo. Pacientes inaceitáveis?. Folha de São Paulo. Colunistas. 05 mai. 2016. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/05/1767745-pacientes-inaceitaveis.shtml. Acesso em: 05 mai. 2016.

No trecho anterior, a tese defendida pelo autor é de que a lei do Estado do Tennesse
(A) tem fundamento, pois a psicoterapia pode ser tornar um meio de influenciar ideologicamente o paciente.
(B) não tem fundamento, pois o confronto entre ideias divergentes é o que gera o debate e o crescimento pessoal.
(C) tem fundamento, pois o psicoterapeuta precisa ter a liberdade individual de recusar quem lhe convém doutrinar.
(D) não tem fundamento, pois o melhor a se fazer em casos de confronto ideológico é abster-se de suas posições.

Frank & Ernest, de Bob Thaves. O Estado de S.Paulo, São Paulo, 28 maio 2005.

Pode-se afirmar que, para o personagem que está lendo, a função social dos contos tradicionais seria
(A) assustar pessoas com sono.
(B) ajudar as pessoas a dormir.
(C) divertir pessoas entediadas.
(D) transmitir valores morais.
Mulher esconde pedido de ajuda na lição do filho para denunciar marido
Sob a vigilância constante do marido, uma uruguaia vítima de violência doméstica encontrou uma forma engenhosa
de denunciar sua situação para a polícia na Espanha.
Vivendo em Benalmádena, na província de Málaga, no sul do país, ela não podia sair na rua sozinha nem usar o
celular ou entrar nas redes sociais sem a permissão do marido. [...]
Mas ela conseguiu esconder um bilhete com um pedido de ajuda em meio à lição de casa de seu filho de oito anos.
Nele, explicava sua situação e dava dados pessoais, inclusive seu endereço.
A professora do menino achou o bilhete dentro de um livro e avisou a direção da escola, que entrou em contato com
as autoridades e o Centro Municipal da Mulher de Benalmádena.
FOLHA DE SÃO PAULO. Mulher esconde pedido de ajuda na lição do filho para denunciar marido. Caderno Mundo. 05 mai. 2016. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/05/1768035-mulher-esconde-pedido-de-ajuda-na-licao-do-filho-para-denunciar-marido.shtml. Acesso
em: 05 mai. 2016 (adaptado)

A principal informação veiculada pelo texto se refere à(s)


(A) forma que a mulher encontrou para denunciar o marido.
(B) formas de combater a violência praticada contra as mulheres
(C) diferentes formas de se denunciar a violência contra as mulheres.
(D) múltiplas formas encontradas pelo marido para oprimir sua mulher.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se
também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha
no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que
no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Machado de Assis. Um apólogo. In: Clarice Lispector e outros. Contos. São Paulo: Ática, 1992. p. 59-61. v. 9. (Para gostar de ler).

Pode-se afirmar que a oração final, destaca em negrito, se refere ao personagem da


(A) linha.
(B) costura.
(C) agulha.
(D) costureira.
Um idoso na fila do Detran
“O senhor aqui é idoso”, gritava a senhora para o guarda, no meio da confusão na porta do Detran da Avenida
Presidente Vargas, apontando com o dedo o tal “senhor”. Como ninguém protestasse, o policial abriu caminho para
que o velhinho enfim passasse à frente de todo mundo para buscar a sua carteira.
Olhei em volta e procurei com os olhos o velhinho, mas nada. De repente, percebi que o “idoso” que a dama solidária
queria proteger do empurra-empurra não era outro senão eu.
VENTURA, Zuenir. Um idoso na fila do Detran. In: ______. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A expressão em destaque no trecho possui o sentido de algo que aconteceu


(A) demoradamente.
(B) subitamente.
(C) pausadamente.
(D) espacialmente.

Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou
que a traíra ainda estava viva. Era o maior de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela
estava mexendo, suas guelras mexiam devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos; como podia durar
tanto tempo assim fora d’água?
Luiz Vilela. Um peixe. In: Tarde da noite. 4. ed. São Paulo: Ática, 1988. p. 37.

Pode-se afirmar que o termo “traíra”, destacado em negrito, se refere a um(a)


(A) peixe.
(B) recipiente com água.
(C) pessoa pouco confiável.
(D) tipo de pia.
O general nada tinha de marcial, nem mesmo o uniforme que talvez não possuísse. Durante toda a sua carreira militar,
não viu uma única batalha, não tivera um comando, nada fizera que tivesse relação com a sua profissão e o seu curso
de artilheiro. Fora sempre ajudante-de-ordens, assistente, encarregado disso ou daquilo, escriturário, almoxarife, e era
secretário do Conselho Supremo Militar, quando se reformou em general. Os seus hábitos eram de um bom chefe de
seção e a sua inteligência não era muito diferente dos seus hábitos. Nada entendia de guerras, de estratégia, de tática
ou de história militar; a sua sabedoria a tal respeito estava reduzida às batalhas do Paraguai, para ele a maior e a
mais extraordinária guerra de todos os tempos.
BARRETO, Lima. O triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000159.pdf. Acesso
em: 05 mai. 2016

A ironia do trecho reside no fato de que o general


(A) apesar de possuir uma profissão relacionada à guerra, pouco sabia ou entendia do assunto.
(B) apesar de não ser muito inteligente, tinha ideais republicanos e não monárquicos.
(C) apesar de louvar a Guerra do Paraguai, possuía conhecimentos reduzidos acerca de suas batalhas.
(D) apesar de possuir muitas honrarias de guerra, nunca esteve em nenhuma batalha.
Fotomontagem de Tamires Azevedo formada pelas imagens Bloomua e rangizzz/Shutterstock/Glow Images e Associação Brasileira de Imprensa,
in Alves, Rosemeire Aparecida Vontade de saber português, 8o ano / Rosemeire Aparecida Alves, Tatiane Brugnerotto Conselvan. – 2. ed. – São
Paulo : FTD, 2015, p. 131.

Pode-se afirmar que o cerne da mensagem da campanha apresentada consiste em indicar que
(A) poucos indivíduos dominam efetivamente o uso da vírgula no Brasil.
(B) os revisores textuais não devem alterar a pontuação de uma dada mensagem.
(C) cada pessoa deve utilizar as vírgulas conforme suas preferências pessoais.
(D) o uso da vírgula pode alterar drasticamente o sentido de uma frase.
Na ponta do nariz
Tiago chegou perto da mãe, irritadíssimo.
— Tinha de ser comigo, mãe!
A mãe virou-se para o menino.
— Tinha de ser o quê, Tiago?
— Olhe bem! Você não vê nada? — completou, mais irritado ainda.
A mãe encarou o filho.
— Ver, eu vejo. Um menino bonito...
— Pô, mãe! Assim não dá! Eu te trago um problema, pedindo ajuda, e você responde desse jeito?...
— Ora, filho, não vejo nada demais, nenhum problema excepcional com você.
Tiago enfureceu-se.
— Você nunca vê nada! Se fosse com Adriana... aí sim. Nela você vê tudo: o que precisa e o que não precisa!..
GARCIA, Edson Gabriel. Na ponta do nariz. In: Meninos & meninas: emoções, sentimentos e descobertas. São Paulo: Edições Loyola, 1992. p.7.

No trecho do texto anterior, o uso das exclamações contribui para


(A) evidenciar o discurso direto.
(B) enfatizar as explicações da mãe.
(C) acentuar a exaltação do menino.
(D) indicar pausas nas falas.
Texto 1
São várias formas de expressar a paixão de torcedor. Desde crianças, mesmo que não possuam tanta autonomia
para fazer “loucuras”, muitos acabam demonstrando seu amor com os álbuns de figurinhas, camisas e, também,
usando material escolar com o símbolo estampado na capa. Se, no geral, as pessoas soubessem realmente respeitar
o outro, gestos como esses que encontramos em muitas de nossas crianças não teriam grandes consequências. Mas,
infelizmente, esse “amor” pelo time, muitas vezes, ultrapassa os limites do bom senso e do respeito que se deve ter,
acima de tudo, pelo bem-estar físico e psicológico de si e do outro.
LEITE, Daniele Vilela. Futebol, paixão e educação. Bahia Notícias, Salvador, 25 jan. 2013. Disponível em: . Acesso em: 21 mar. 2015.

Texto 2
Desde 2010, foram 113 mortes relacionadas a futebol no Brasil. O ano de 2013 foi o mais violento até hoje, com 30
mortes. Já em 2015, a cifra caiu pela metade, com 15 mortes comprovadamente ligadas a torcidas organizadas.
PORTINARI, NATALIA. Desde 2010, 113 pessoas morreram em brigas de torcida. Disponível em www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/04/1757121-
desde-2010-113-pessoas-morreram-em-brigas-de-torcida.shtml. Acesso em 6 mai. 2016.

No que se refere à relação entre os textos apresentados, pode-se afirmar que esses trecho são
(A) incompatíveis, já que o texto 1 aborda o amor pelo futebol e o texto 2 indica os riscos de comportamentos
violentos.
(B) complementares, já que o texto 2 confirma a hipótese do texto 1 de que a paixão pelo futebol pode provocar
efeitos negativos.
(C) idênticos, já que tanto o texto 1 como o 2 abordam o tema da violência promovida nos campos de futebol.
(D) contraditórios, já que o texto 2 contesta o receio expresso, no texto 1, sobre os possíveis riscos da paixão
exagerada por futebol.

No princípio, os egípcios, como a maioria dos povos da Antiguidade, parecem ter utilizado o calendário lunar,
principalmente para estabelecer as datas das festas religiosas. Mas, ao lado desse calendário astronômico, usavam
um outro. [...] O ritmo agrícola do vale é condicionado pelo Nilo, e suas mudanças é que fixam as datas das várias
operações. Assim, não há nada de surpreendente no fato de que, paralelamente ao calendário religioso lunar, os
antigos habitantes do vale utilizassem também um calendário natural baseado na repetição periódica do evento mais
importante para a sua subsistência: as cheias do Nilo.
MOKHTAR, Gamal (editor). História geral da África - Vol II: África antiga. 2ª.ed. Brasília: UNESCO, 2010, p.XL. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000319.pdf. Acesso em: 05 mai. 2016

A expressão “calendário religioso lunar”, no contexto do trecho, sugere que a(s)


(A) periodicidade do calendário era terrena e celeste.
(B) cheias do Nilo coincidem com o movimento lunar.
(C) religião egípcia associava-se aos movimentos lunares.
(D) datas religiosas baseavam-se nas cheias do Nilo.
Em meio aos congestionamentos, à poluição e outros problemas decorrentes do crescimento desordenado das
cidades, andar de bicicleta aparece cada vez mais como uma alternativa viável de transporte. Nas cidades, a bicicleta
é geralmente utilizada para percorrer curtas e médias distâncias, em trajetos como ir e voltar do trabalho, visitar
amigos ou fazer compras.
Segundo alguns estudos realizados na Grande São Paulo no ano de 2006, quando o fluxo de carros aumenta nas
ruas, nos famosos horários de rush, as bicicletas podem ser até 56% mais rápidas que os carros. Embora a
infraestrutura para o trânsito de bicicletas na cidade ainda seja deficiente, a utilização das ciclovias, dos acostamentos,
e dos caminhos alternativos, fora das grandes avenidas, poupa muito o tempo dos ciclistas.
Charles H. F. Chiba. Bicicleta: uma alternativa de transporte viável nas cidades. Disponível em: <http://galaxiadainternet.wordpress.com>. Acesso
em: 10 fev. 2014.

Para defender o uso da bicicleta, o autor do texto argumenta que a bicicleta é


(A) mais eficaz que o carro, pois evita problemas de atraso ao percorrer distâncias curtas.
(B) mais rápida que o carro, pois tem acesso a uma infraestrutura melhor.
(C) melhor do que o carro, pois é mais eficaz em horários de pico.
(D) mais prática do que o carro, pois é utilizada para percorrer curtas e médias distâncias.
O bode como doutor
De alta capacidade
Namorou-se da raposa
Consagrou grande amizade
Lhe prometendo mais logo
Fazer-lhe a felicidade

A raposa muito alegre


Chegou em casa e contou
Pra sua mãe que sabendo
Com muito gosto aceitou
A raposa de contente
nesse dia não jantou

Disse o velho: doutor bode


É um jovem muito decente
Pertence a alta escol
É filho de boa gente
Porém queremos saber
Se os pais dele consente
AMARAL, Firmino Teixeira do. O casamento do bode com a raposa, p.4. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000001.pdf. Acesso em: 06 mai. 2016

O texto anterior pertence à literatura de cordel, gênero caracterizado pelo uso constante de variantes populares do
português, assim chamadas por divergirem dos parâmetros da norma culta. Um exemplo de um desses desvios da
forma padrão da língua nacional está presente em
(A) “alta escol”.
(B) “os pais dele consente”.
(C) “É filho de boa gente”.
(D) “É um jovem muito decente”.

A “guerra campal aos índios nomeados carijós” tornara-se uma política colonial na capitania de São Vicente desde
1585, quando Jerônimo Leitão, a pedido das câmaras de São Vicente, iniciou campanhas pelo sertão em busca de
escravos. Essas entradas se tornarão frequentes nos anos seguintes, dando início ao ciclo bandeirante da “caça ao
índio” e acirrando a reação dos povos indígenas contra os colonos [...]
Eram essas as relações entre os colonos e os povos indígenas, e a chegada de uma frota inglesa acendeu nos índios
escravizados e sublevados uma oportunidade de virar o jogo.
FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. Piratas no Brasil: as incríveis histórias dos ladrões dos mares que pilharam nosso litoral. São Paulo: Editora
Globo, 2014, p.42-3

A expressão em destaque indica que os índios


(A) tiveram uma chance de mudar sua situação de opressão.
(B) conseguiram reverter a situação e escravizar os colonos.
(C) tiveram a chance de perseguir e aprisionar os colonos.
(D) conseguiram vencer a batalha ao sair de sua situação opressora.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: botando os bofes de fora. São Paulo: Devir, 2002, p.3

Um elemento não verbal, presente no quadrinho, que corrobora o humor do texto verbal é o(a)
(A) cor do cabelo do personagem.
(B) forma física do personagem.
(C) semelhança entre as lagartixas e a tatuagem.
(D) calção vermelho de surfista do personagem.
Texto I

Temos de partir da premissa de que há muito vem ocorrendo uma confusão entre “educar” e “informar”. Em sua
grande parte, as campanhas institucionais mais informam do que educam, pois são desenvolvidas para dar
“publicidade à legislação”. Elas informam os pedestres e motoristas de que o correto é atravessar na faixa de
segurança, obedecer aos sinais, usar cinto etc. No entanto, todos somos sabedores de que faixas de segurança e
semáforos só existem nas ruas centrais e principais avenidas, nos bairros residenciais elas são praticamente
inexistentes.
GONZAGA, Diza. Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Disponível em: <www.vidaurgente.org.br/site/int_comunicacao_artigos-
int.php?secao=artigos&codigo=311>. Acesso em: 22 ago. 2014.

Texto II

O fator educacional se estende por meio do comportamento do indivíduo nas vias públicas, pois se participa do
trânsito desde o ventre materno até a morte. Convém lembrar que quando se dirige, passeia, se caminha também se
está no trânsito e, nesse momento, se repete o que foi aprendido na educação familiar e no convívio social. Se foram
bons exemplos, formar-se-ão bons motoristas, participantes do sistema de trânsito, educados e conscientes.
SIMIONI, Viviane. Educação e trânsito: uma mistura que dá certo.
http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2007/Simp%C3%B3sio%20Academico%202007/Trabalhos%20Completos/Trabalhos/PD
F/72%20Viviane%20Simioni.pdf. Acesso em: 06 mai. 2016

Podemos dizer que o Texto I e o Texto II são


(A) discordantes entre si, pois um defende a educação no trânsito e outro a veiculação da informação.
(B) concordantes entre si, pois ambos defendem que é a informação e o exemplo prático que geram um trânsito
seguro.
(C) discordantes entre si, pois um defende que o trânsito seguro é responsabilidade do Estado e outro dos valores da
família.
(D) concordantes entre si, pois ambos sugerem que a educação no trânsito parte de valores da família e da escola.

A grande missão da UNESCO é promover a educação, a cultura, a ciência e o livre trânsito de ideias e conhecimentos
como instrumentos de desenvolvimento social. São inúmeros os pontos de contato entre nossa missão e o papel a ser
desempenhado pela imprensa e os meios de comunicação em um regime democrático.
É na construção da democracia em sentido amplo, isto é, que realmente incorpore a maioria de seus cidadãos e,
sobretudo, aqueles mais necessitados, que a imprensa pode representar um papel fundamental. Isto ocorre quando,
garantida sua liberdade de dar ressonância a várias opiniões e veicular as informações que julgue pertinentes, a
imprensa se transforme num dos mais poderosos instrumentos para que a população construa suas próprias
condições de liberdade.
WERTHEIN, Jorge. A imprensa, a democracia e a cidadania. Brasília: UNESCO, 2004. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000254.pdf. Acesso em: 06 mai. 2016

O autor do texto apresentado anteriormente possui, por finalidade, a intenção de


(A) informar sobre a missão da UNESCO e relacioná-la ao papel exercido pela imprensa.
(B) debater o verdadeiro papel que a imprensa deveria exercer e não aquele que exerce.
(C) descrever as instituições da UNESCO e os diferentes meios com que a imprensa desempenha seu papel.
(D) instruir o leitor sobre os procedimentos que ele deve adotar ao ler as notícias veiculadas pela imprensa.
Texto I
Filhos são sempre a alegria e a preocupação maior de todas as mães.
Mas, no mundo de hoje, é raro sentir-se plena somente com o exercício da maternidade. Nem dá, pois a maioria dos
lares de classe média necessita de dois salários. O mundo real da pobreza obriga a mãe a sair para trabalhar e
sustentar os filhos. E esse trabalho é muito mais duro e menos gratificante do que o da mãe mais qualificada.
SUPLICY, Marta. Mãe, século 21. In: Folha de São Paulo. Colunistas. 06 mai. 2016. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/martasuplicy/2016/05/1768348-mae-seculo-21.shtml. Acesso em: 06 mai. 2016

Texto II
A renda média e a mediana feminina são inferiores a masculina para todos os tipos de famílias. A desigualdade de
rendimentos é uma realidade para todas as mulheres. Claro que há diferenças entre as mulheres, bem como para os
homens entre si. Olhando para a renda média nota-se que as mulheres auferem rendimentos de cerca de 70% dos
masculinos, e considerando a mediana estes ganhos são de cerca de 66% dos recebidos pelo sexo masculino.
MELO, Hildete Pereira de. Gênero e pobreza no Brasil: relatório final do projeto Governabilidad Democratica de Género en America Latina y el
Caribe. Brasília: CEPAL, 2005, p.37. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/tr000004.pdf. Acesso em 06 mai. 2016
(adaptado)

Embora os textos abordem aspectos diferentes do assunto, ambos apontam para o tema
(A) “A rotina de trabalho de mulheres que são mães”.
(B) “As dificuldades enfrentadas por mulheres trabalhadoras”.
(C) “O desnível salarial entre homens e mulheres”.
(D) “As preocupações afetivas de ser mãe”.

Gilberto Freyre construiu uma obra que foi uma tentativa de unir conhecimento e realidade. A partir de uma
abordagem original, sem curvar-se a teorias alheias ou a modismos. Não só tratou de encontrar um enfoque novo,
ambicionou uma “ciência” brasileira, tropical, com métodos, temas e pontos de vista próprios.
Os textos que escreveu levando à prática tudo isso estão marcados por um estilo em que a vivacidade da linguagem
se destaca. No entanto, não foi a partir do improviso que logrou compor os seus livros, e sim de uma sólida educação,
desenvolvida principalmente nos Estados Unidos.
LIMA, Mário Hélio Gomes de. Gilberto Freyre. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010, p.11. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4701.pdf. Acesso em: 05 mai. 2016

De acordo com o texto, Gilberto Freyre escrevia


(A) inspirado por rompantes de improviso.
(B) tendo por base modismos dos EUA.
(C) com um estilo de linguagem vívido.
(D) a partir de seu conhecimento da realidade.
Quando chegou a casa para almoçar, João Duarte soube pela criada que a menina ardia em febre. Nem descansou o
chapéu. Precipitou-se no quarto onde a pequena Maria, numa grande cama, estendia o seu corpinho ardente.
— Que tens, minha filha? Maria não respondeu. Apenas agitou a cabeça como se a incomodasse qualquer coisa no
pescoço, e tinha a pele de brasa, a pele que parecia fogo.
— Como foi? Como foi? perguntava o pai, curvado sobre o leito. Comeste decerto alguma coisa que te fez mal. Uma
fruta decerto? Com este calor, louquinha, com este calor! Mas vamos mandar a Jesuina ao médico. Ele vem já, dá-te
umas drogas, e ficas outra vez boa, pois não?
Saiu para a sala de jantar, escreveu à pressa um bilhete.
— Leva já isso ao doutor Guimarães. Depressa.
— E o senhor não almoça? Está pálido.
— Não, perdi a fome. Esta Maria! Decerto fez alguma imprudência. Anda, vai. Diz-lhe que venha imediatamente. Que
te parece a doença da Maria?
— Oh! meu senhor, uma das doenças da menina. Oito dias, e sara.
RIO, João do. Coração. In: Dentro da noite, p.24. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000064.pdf. Acesso em: 06
mai. 2016

Qual alternativa apresenta um conteúdo possível para o que está escrito no bilhete?
(A) “Por favor, sirva o almoço”.
(B) “Venha depressa, minha filha está doente”.
(C) “Volto logo, vou levar Maria ao hospital”.
(D) “O quê Maria comeu? Ela passa mal”.

O grande pessimista colhe todas as notícias ruins do jornal e manda aos amigos cada manhã; acha que o ser humano
não presta mesmo, o mundo é mero palco de guerras e corrupção. O excessivamente otimista acha que a realidade é
a das telenovelas e dos sonhos adolescentes, das modas, das revistas, da praia, do clube.
LUFT, Lya. Minha amante Esperança. In: Perdas & ganhos. 23ªed. Rio de Janeiro: Record, 204, p.104.

Um conectivo que poderia ser utilizado antes de “O excessivamente otimista” seria:


(A) Embora.
(B) Logo.
(C) Por sua vez.
(D) Pois.
simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova
9 ANO

simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova
1. Você está recebendo um Caderno de Questões de Língua Portuguesa e uma Folha de Resposta.

2. O Caderno de Questões contém 35 questões.

3. Você terá 1 hora e 15 minutos para finalizar o simulado.

4. Preencha seu nome completo no Caderno de Questões e na Folha de Resposta.

5. Leia com atenção antes de responder às questões e marque suas respostas no Caderno de Questões.

6. Você poderá utilizar os espaços em branco do Caderno de Questões para rascunho.

7. Cada questão tem uma única resposta correta.

8. Procure não deixar questões sem resposta.

9. Reserve os últimos 10 minutos do simulado para preencher a Folha de Resposta, utilizando caneta
esferográfica de tinta azul ou preta.

10. Siga o modelo de preenchimento existente na própria Folha de Resposta.

11. Entregue a Folha de Respostas para o aplicador antes de deixar a sala.

12. Aguarde o aviso do professor para começar o simulado.


Um Galo, fugindo de uma Raposa, subiu em um pinheiro, onde a perseguidora não o alcançava. A Raposa, ao pé da
árvore, disse ao Galo:
-Eu sei que, por hábito, foges de mim temendo por sua vida, mas, hoje, corria apenas para lhe dar boas notícias. Peço-
lhe que desça para confraternizamos. Foi proclamada hoje a paz universal entre todas as feras e aves. Portanto, venha
comigo celebrar.
O Galo, entendendo a mentira, como quem não quer nada, disse:
-Estas são mesmo novidades muito boas e alegres. Estou indo, sim, amiga, ao seu encontro, assim que nossos amigos
cães, que vejo daqui do alto se aproximando rapidamente numa grande matilha cheguem para todos juntos festejarmos.
A Raposa, ouvindo isso, começou a correr dizendo:
-Vou indo porque temo que eles ainda não saibam das novidades e nos ataquem.
Assim, foi embora, ficando o galo seguro.
SHAFAN, J. As fábulas de Esopo. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. (adaptado)
Acesso em: 12 abr. 2016
A atitude da Raposa, quando o Galo mencionou os cães, foi
(A) subir na árvore junto com o Galo.
(B) correr ao encontro dos amigos caninos.
(C) esperar para conferir se era verdade.
(D) disfarçar seu plano inicial e fugir.

Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente, apesar dos ouvidos tapados pela touca
de borracha e da cabeça na água, ouvi um estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo
invadida pela excursão não monitorada de uma classe de estudantes do primeiro grau.

De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira. Não dava para entender nada de
seus gritos, e não estou certo que ele estivesse querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer
barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres –suponho que uma fosse a mãe e as duas outras, uma babá e uma empregada.
(Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na
água. Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos. Ele ficava parado, como o papa quando
está sendo vestido e desvestido –só que o papa geralmente não grita.

Uma vez retirados os chinelos e a camiseta, tratou-se de colocar no menino os óculos para proteger os olhinhos do
nadador. Se ele o fizesse sozinho, seria fácil; mas experimente alguém fazendo isso em você: claro que a borracha vai
se prender no cabelo. Mais gritos.
CALLIGARIS, C. Mal educados ou educados mal?. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 12 abr. 2016

A partir do texto é possível afirmar, pelas ações do menino, que ele

(A) é mimado e superprotegido pelos pais.

(B) expressa suas angústias através do grito.

(C) não possui atenção da mãe e do pai.

(D) possui alguma deficiência física.


Os grandes oradores dificilmente são bons escritores. Parece que eles necessitam do estímulo de uma audiência cativa
para suas frases de efeito. O que desencadeia o seu talento não é uma página de papel em branco, mas uma audiência
presente. E, pensando bem, isso está certo: por que um único indivíduo pode receber juntos os dons da escrita e da
eloquência? Eu, por mim, sempre espero descobrir nos outros os dons ocultos pela modéstia ou timidez. Verdade que
nem sempre tenho êxito; Nosso Senhor parece que só distribui tais dotes com a mão esquerda...
QUEIROZ, R. “Escrever”. In: Boa companhia: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005

A palavra “eloquência”, em destaque no texto, se refere a alguém que

(A) sabe falar com desenvoltura.

(B) possui muitos dons.

(C) é modesto e tímido.

(D) nem sempre possui êxito.

Quem foi Zenóbia, rainha de Palmira acorrentada em ouro?


O Exército sírio retomou, no domingo (27), as ruínas de Palmira. A conquista é uma vitória simbólica ao regime de
Bashar al-Assad –e um punhado de areia na boca da organização terrorista Estado Islâmico, que nos últimos meses
tem perdido territórios na Síria e no Iraque.
Uma das razões pelas quais a batalha por Palmira foi acompanhada com ansiedade é sua importância histórica. A
cidade, no deserto sírio, foi no século 3 d.C o centro de um poderoso império que disputou o controle da região com o
Império Romano. Escrevi sobre essas ruínas em maio passado, quando o Estado Islâmico tomou o território.
Historicamente, Palmira está associada ao nome de Zenóbia. Figura emblemática, essa rainha foi retratada por pintores
e escultores como um tema clássico recorrente. Ela simbolizou, na Antiguidade, tanto a beleza quanto a erudição –além
da perda. É um modelo de mulher oposto àquele defendido pelo Estado Islâmico.
Julia Aurelia Zenobia, conhecida em árabe como Al-Zabba, tornou-se rainha de Palmira após a morte de seu marido,
Septimius Odaenathus, em 267 d.C. Ela conquistou os territórios ao redor de Palmira e chegou a controlar o Egito,
após decapitar o líder romano Tenagino Probus.
BERCITO, D. Quem foi Zenóbia, rainha de Palmira acorrentada em ouro? Disponível em: http://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/. Acesso em:
12 abr. 2016

O texto anterior trata, principalmente, do(a)


(A) história da rainha Zenóbia que inspirou o Estado Islâmico.
(B) conflito do ocidente europeu contra o Estado Islâmico.
(C) motivo que levou Zenóbia a lutar pela região de Palmira.
(D) importância simbólica e histórica da região de Palmira.
O teatro da corte, tão grande quanto qualquer teatro de Paris, estava iluminado por milhares de velas de cera, o que
produzia um brilho resplandecente, romântico, que fazia realçar as joias e os vestidos das senhoras na plateia. O
camarote imperial, em forma de concha, estendia-se da primeira fila de camarotes até as últimas poltronas do balcão.
Os assentos de Suas Majestades se localizavam no centro do camarote, e, ao lado ou atrás deles, ficavam os assentos
das damas convidadas e dos cavalheiros eminentes mais importantes. Os outros cavalheiros se sentavam na plateia e
circulavam pelo teatro entre os atos. Além dos convidados do imperador, um grande grupo de hóspedes de um chatêau
vizinho foi chamado para preencher os vazios da plateia.
MOORE, B. A mulher do mágico. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Apesar de ser uma descrição, o texto anterior traz também algumas opiniões do narrador em meio aos fatos por ele
descritos.
Um exemplo de opinião expressa por ele é:
(A) “Os assentos de Suas Majestades se localizavam no centro do camarote”.
(B) “O camarote imperial, em forma de concha, estendia-se da primeira fila de camarotes até as últimas poltronas do balcão”.
(C) “o que produzia um brilho resplandecente, romântico, que fazia realçar as joias e os vestidos das senhoras na plateia”.
(D) “Os outros cavalheiros se sentavam na plateia e circulavam pelo teatro entre os atos”.

Vídeos de crianças abrindo brinquedos viram febre na web e geram polêmica


Bastante popular nos Estados Unidos, um fenômeno no YouTube chamado unboxing –algo como "abrir caixas"– vem
ganhando mais e mais fãs entre as crianças brasileiras. São vídeos de meninos e meninas (e às vezes adultos)
desembrulhando brinquedos e chocolates. Eu descobri recentemente a nova moda e o que está por trás desse fascínio
infantil por acaso, e confesso que me surpreendi com o que achei.
"Há alguns meses, meus filhos estavam assistindo a vídeos no YouTube e ouvi uma voz estranha saindo do tablet. De
repente, a Peppa Pig parou de conversar e de grunhir, e surgiu uma menina falando inglês. Meus ouvidos agradeceram,
mas fui ver do que se tratava. Era uma garota de cerca de 7 anos abrindo caixas com mini personagens do famoso
desenho animado, a Peppa, George e Papai e Mamãe Pig.
Intrigada com o fascínio dos meus dois filhos (de 7 e 4 anos) por uma garota abrindo caixas, pacotinhos e ovos de
plástico com brinquedinhos dentro, pesquisei e descobri que esse tipo de vídeo é chamado de unboxing.
BARBA, M. D. Vídeos de crianças abrindo brinquedos viram febre na web e geram polêmica. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/.
Acesso em: 13 abr. 2016

O texto acima tem por finalidade


(A) debater os pontos positivos e negativos do unboxing.
(B) apresentar ao leitor uma nova moda da internet.
(C) informar ao leitor sobre os efeitos da propaganda infantil.
(D) descrever ao leitor os vídeos de unboxing do YouTube.
TEXTO I
Brasil está perto de vaga olímpica no ciclismo de pista após 24 anos
De Groaíras, cidade cearense de cerca de 9 mil habitantes, ele foi para Fortaleza (CE), Aracajú (SE), Iracemápolis,
Ribeirão Preto, Indaiatuba (SP), morou na Itália e na Suíça e, agora, está em Londres, onde tentará no velódromo
olímpico de 2012 a vaga para os Jogos do Rio.
Gideoni Monteiro, 26, não fez todo percurso da sua vida sobre uma bicicleta, mas foi pedalando que deu suas voltas
pelo mundo.
E com ele o Brasil pode voltar a ter um representante olímpico no ciclismo de pista após 24 anos. A última participação
foi com Fernando Louro, em Barcelona-1992. E o melhor resultado com Anésio Argenton, quinto colocado em Roma-
1960. O Brasil não tem vaga assegurada na Rio-2016 por ser país-sede.
MERGUIZO, M. Brasil está perto de vaga olímpica no ciclismo de pista após 24 anos. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 13 abr. 2016

TEXTO II
Cearense obtém vaga olímpica para o país no ciclismo de pista após 24 anos
O Brasil terá uma representante no ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos após 24 anos. Na noite do último sábado (5),
o ciclista cearense Gideoni Monteiro, 26, garantiu vaga ao país no ciclismo de pista, prova mais complexa, que inclui
seis corridas em dois dias de competição.
A classificação veio no último dia do Campeonato Mundial da modalidade, realizado em Londres. Ele completou a prova
na 18ª colocação, colocando o Brasil em 15º lugar no ranking olímpico —os 18 melhores países garantem vaga na Rio-
2016.
FOLHA DE SÃO PAULO. Ciclista brasileiro cai e termina 1º dia dele em Mundial na 17ª posição . Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 13 abr. 2016

Entre o Texto I e o Texto II há uma relação de


(A) oposição, pois enquanto o Texto I trata do ciclismo brasileiro a partir de uma visão negativa, o Texto II o trata a
partir de suas realizações.
(B) concordância, pois ambos os textos tratam do ciclismo brasileiro e não há diferenças sobre como esse tema é
tratado.
(C) complementaridade, pois enquanto o Texto I trata de uma possibilidade para o ciclismo brasileiro, o Texto II trata
da confirmação dessa possibilidade.
(D) continuidade, pois ambos os textos tratam da prova de ciclismo e dos resultados dos competidores brasileiros nas
olimpíadas.
BRASIL. Doar sangue é compartilhar vida. Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/. Acesso em: 13 abr. 2016.

Transcrição da legenda do cartaz: “Seja um doador de sangue. Procure o hemocentro mais próximo. Doar sangue é ter
a possibilidade de compartilhar o que temos de mais valioso. Por isso, estendemos o braço a você, doador, como um
gesto de agradecimento, um pedido de retorno e, da mesma forma, um convite àqueles que ainda não doaram. A
participação de todos é fundamental”.
Ao analisar os elementos da campanha podemos afirmar que ela utiliza
(A) linguagem não-verbal, apenas.
(B) linguagem verbal, apenas.
(C) linguagem plástica e verbal.
(D) linguagem verbal e não verbal.
D. PAULA

Não era possível chegar mais a ponto. D. Paula entrou na sala exatamente quando a sobrinha enxugava os olhos
cansados de chorar. Compreende-se o assombro da tia. Entender-se-á também o da sobrinha, em se sabendo que D.
Paula vive no alto da Tijuca, donde raras vezes desce; a última foi pelo Natal passado, e estamos em maio de 1882.
Desceu ontem, à tarde, e foi para casa da irmã, Rua do Lavradio. Hoje, tão depressa almoçou, vestiu-se e correu a
visitar a sobrinha. A primeira escrava que a viu, quis ir avisar a senhora, mas D. Paula ordenou-lhe que não, e foi pé
ante pé, muito devagar, para impedir o rumor das saias, abriu a porta da sala de visitas, e entrou.

— Que é isto? exclamou.

Venancinha atirou-se-lhe aos braços, as lágrimas vieram-lhe de novo. A tia beijou-a muito, abraçou-a, disse-lhe palavras
de conforto, e pediu, e quis que lhe contasse o que era, se alguma doença, ou...
ASSIS, M. D. Paula. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/. Acesso em: 13 abr. 2016

O nome Venancinha é citado apenas uma vez no texto. No entanto, a moça é mencionada no trecho desde o início.
Dentre as palavras em destaque no texto, a única que substitui o nome “Venancinha” é:

(A) Tia.

(B) Senhora.

(C) Escrava.

(D) Lhe.

Especialistas alertam que mais importante que a quantidade de água é o uso que dela se faz. Quando o gerenciamento
é mal conduzido, não é a falta de água que afeta a sociedade, mas a falta de água potável. Assim, lembram que também
ultrapassada é a crença de que o recurso é ilimitado. As mesmas águas que mataram a sede de dinossauros são
aquelas que hoje saciam a sede de culturas de sojas transgênicas. Esse volume constante, para uma população
crescente, evidencia maior demanda e necessidade de melhor gerenciamento. Olhar apenas para o Nordeste quando
o assunto é crise hídrica é uma visão muito míope. Aliás, precisou a crise atingir São Paulo para que o assunto que
tanto castiga brasileiros, de Norte a Sul, se tornasse importante. Mas olhar apenas para o Sudeste nesse momento
significa repetir o erro, como quem olha para a Amazônia e não vê relação entre as secas do Centro-Oeste, do Sul e do
Sudeste. Cada árvore na Amazônia brasileira bombeia 500 litros de água por dia. Ao todo, a floresta envia 20 bilhões
de toneladas de água diariamente para a atmosfera e por isso é fundamental para o clima global.
SILVA, R. J. Multiplicação das águas?. Folha de Londrina, Londrina, 22 fev. 2015. Folha Opinião, p. 2.

Ao defender a tese de que é necessária uma melhor administração dos recursos hídricos, o autor argumenta que

(A) a água é um recurso finito e não podemos desperdiçá-la ao utilizá-la para a irrigação na agricultura de larga escala,
mas apenas a familiar.
(B) o gerenciamento hídrico não pode se concentrar em problemas específicos de uma região, mas deve enxergar o
problema em toda sua extensão.
(C) a região Sul é incapaz de enxergar a questão da falta de água como um problema, pois a seca não é uma realidade
presente na zona em questão.
(D) as árvores no Brasil são as principais agentes responsáveis pela manutenção dos sistemas de água potável, pois
bombeiam 500 litros de água por dia para os rios.
O Lobo e as Ovelhas
Havia entre Lobos e Ovelhas uma guerra antiga. As Ovelhas, ainda que fracas, ajudadas pelos rafeiros (cães de guarda),
sempre levavam o melhor. Certa vez os Lobos pediram paz, oferecendo como penhor seus filhotes, desde que as
Ovelhas entregassem os rafeiros. As Ovelhas, cansadas daquela guerra, aceitaram e as pazes foram feitas. Aconteceu
que, estando presos, os filhos dos Lobos começaram a uivar continuamente. Seus pais, ouvindo isso, correram a acudir
afirmando que a paz estava quebrada e tornaram a fazer a guerra. As Ovelhas bem que tentaram se defender, mas
como sua principal força consistia nos cães de guarda (rafeiros), que haviam entregado aos Lobos, facilmente foram
vencidas e devoradas.
SHAFAN, J. As fábulas de Esopo. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000378.pdf. Acesso em: 12 abr. 2016

O desequilíbrio no conflito da narrativa que culminou na morte das ovelhas foi ocasionado pelo(a)

(A) acordo feito entre os rafeiros e os lobos.


(B) acordo de paz proposto pelos lobos.
(C) ataque dos filhotes dos lobos pelas ovelhas.
(D) tortura dos filhotes de lobos pelos rafeiros.

Frankenstein

Eu havia trabalhado por quase dois anos, com o único propósito de dar vida a um corpo inanimado. Para isso, me privei
de descanso e saúde. Mas, ao terminar, a beleza do sonho desaparecera e horror e desgosto encheram meu coração.
Incapaz de enfrentar o aspecto do ser que eu tinha criado, corri para fora do laboratório e fiquei por um longo tempo
andando pelo meu quarto, sem conseguir acalmar minha mente para poder dormir.
SHELLEY, M. Frankenstein. Trad. Cláudia Lopes. São Paulo: Scipione, 1997. (Reencontro literatura)
O conectivo destacado no texto acima estabelece um sentido de contraste entre o (a)

(A) sonho e a sua realização.


(B) privação de descanso e a saúde.
(C) corpo vivo e o inanimado.
(D) criador e a criatura.
O Fabrício era amanuense* numa repartição pública, e gostava muito da Zizinha, filha única do Major Sepúlveda.
O seu desejo era casar-se com ela, mas para isso era preciso ser promovido porque os vencimentos de amanuense
não davam para sustentar família. Portanto, o Fabrício limitava-se à posição de namorado, esperando ansioso o
momento em que pudesse ter a de noivo.
Um dia, o rapaz recebeu uma carta de Zizinha, participando-lhe que o pai, o Major Sepúlveda, resolvera passar um mês
em Caxambu, com a família, e pedindo-lhe que também fosse, pois ela não teria forças para viver tão longe dele.
Sorriu ao amanuense a ideia de ficar uma temporada em Caxambu, hospedado no mesmo hotel que Zizinha. Sendo
como era, moço econômico, tinha de parte os recursos necessários para as despesas da viagem; faltava-lhe apenas a
licença, mas com certeza o ministro não lhe negaria.
AZEVEDO, A. A doença do Fabrício. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000044.pdf. Acesso em: 14 abr. 2016.
Glossário: *Escrevente; quem escreve os textos à mão.

O motivo pelo qual, mesmo gostando um do outro, Zizinha e Fabrício não se casam é a

(A) falta de licença do ministro.


(B) viagem do Major e sua família.
(C) renda baixa do rapaz.
(D) falta de consentimento do Major.

A nave estava pousada havia mais de quatro horas quando os visitantes resolveram descer. Moviam-se com a
dificuldade de quem possui um corpo projetado para viver num mundo diferente. Começaram a desembarcar os
equipamentos. Alguns se destinavam a fazer observações do subsolo, outros podiam detectar fontes de calor
escondidas debaixo da crosta. Enquanto as máquinas funcionavam, os dois tripulantes começaram a coletar pedras.
Embora aquela fosse a sexta expedição a pousar ali, sua tripulação era a primeira a contar com um membro capaz de
estudar a geologia daquele mundo. E, conhecendo a geologia, poderiam ter um vislumbre, ainda que incompleto, da
sua própria história.

Essa cena já aconteceu. O mundo alienígena em questão era a nossa Lua, que em 11 de dezembro de 1972 estava
sendo visitada pelos membros da Apollo 17. A pesquisa geológica realizada pela missão ajudou os cientistas a
reconstruir a história do satélite.
NOGUEIRA, P. Não se esqueçam de nós. Galileu. São Paulo: Globo, n. 213, abr. 2009. p. 63-4.

Qual é principal informação que a notícia quer transmitir?

(A) A ida do homem à Lua.

(B) A invasão alienígena à Lua.

(C) A primeira ida de um geólogo à Lua.

(D) A missão de estudar um planeta.


GONSALES, F. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 nov. 2003. Ilustrada, p.11.

O humor da tirinha decorre do(a)

(A) quebra de expectativa.


(B) situação cotidiana.
(C) vocabulário informal.
(E) contraste entre espécies.

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu
nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para
quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. 5. ed. São Paulo: FTD, 1998. p. 18.

No texto anterior, há o uso dos dois pontos depois da palavra “método”. Esse sinal de pontuação, no trecho, indica um(a)

(A) citação.

(B) esclarecimento.

(C) discurso direto.

(D) oração apositiva.


Magritte: mentira de verdade
Uma maçã desenhada não mata a fome,

e cão bravo na tela não morde.

Que sorte! Eu, que adoro desenhar cobra cascavel,

já teria ido para o beleléu*.


ABUJAMRA, A. Magritte: mentira de verdade. Traços travessos. São Paulo: Geração Editorial, 2003. p. 40. (trecho)

*Glossário: (ir para o) beleléu: palavra de origem popular que significa morrer, falecer.

A expressão em destaque no texto anterior acentua o contraste entre:

(A) a menina Magritte e a cascavel.

(B) a vida e a morte.

(C) o cão e a cobra cascavel.

(D) o desenho e a realidade.


Declaração
A bulha dos passos cessou sem que ninguém chegasse à sala; os dois levaram algum tempo naquela mesma
posição, até que Leonardo, por um supremo esforço, rompeu o silêncio e com voz trêmula e em tom o mais sem graça
que se possa imaginar perguntou desenxabidamente:
-A senhora... sabe... uma coisa?
E riu-se com uma risada forçada, pálida e tola.
Luisinha não respondeu.
-Então... a senhora... sabe ou... não sabe?
E tornou a rir-se do mesmo modo. Luisinha conservou-se muda.
-A senhora bem sabe... é porque não quer dizer...
Nada de resposta.
-Se a senhora não ficasse zangada... eu dizia...
Silêncio.
-Está bom... eu digo sempre... mas a senhora fica ou não fica zangada?
Luisinha fez um gesto de quem estava impacientada.
-Pois então eu digo... a senhora não sabe... eu... eu lhe quero... muito bem.
Luisinha fez-se cor de uma cereja; e fazendo meia volta à direita, foi dando as costas ao Leonardo encaminhando
pelo corredor.
ALMEIDA, M. A. Memórias de um Sargento de Milícias. 33ªed. São Paulo: Ática, 2009, p.85-86

As falas no texto acima mostram um personagem bastante nervoso diante da situação de declarar-se para a mulher
amada. Um tipo de uma marca de oralidade, presente no trecho, que reforça esse nervosismo seria o (a)
(A) uso de gírias.
(B) repetição de palavras.
(C) elisão dos verbos.
(D) uso de expressões populares.
TEXTO I

Aumento de armas, diminuição de homicídios em SP

Em 2015, [o estado de São Paulo] teve sua menor taxa de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) das últimas
duas décadas. (...)

É preciso considerar (...) que, por causa da tramitação de projetos de lei que tratam sobre armas e munições (...) o tema
foi amplamente abordado pela mídia, esclarecendo à sociedade sobre a manutenção do direito à legítima defesa.

Assim, mais pessoas adquiriram armas, o que aumentou a sensação de segurança dos cidadãos, ao mesmo passo que
diminuiu a sensação de facilidade e impunidade dos criminosos.

Prova disto é que o Estado de São Paulo, justamente no período em que houve o recorde na diminuição nos números
de homicídio, praticamente dobrou o número de registro de arma por pessoa física.
NUHS, S. Aumento de armas, diminuição de homicídios em SP. Folha de São Paulo. Caderno Opiniões/Tendências. 05 abr. 2016. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/04/1757262-aumento-de-armas-diminuicao-de-homicidios-em-sp.shtml. Acesso em: 15 abr. 2016

TEXTO II

As verdadeiras armas da redução dos homicídios em SP

É lamentável que, frente aos quase 60 mil homicídios que o Brasil contou em 2014, a indústria nacional de armas utilize
a imprensa para desinformar o público com um único objetivo: aumentar seu lucro.

O artigo de opinião publicado por Salesio Nuhs Folha, em 05/04, precisa ser desmentido, pois a irresponsabilidade da
indústria causa vítimas demais para ser ignorada.

O autor aponta, corretamente, a expressiva queda no índice de homicídios no Estado de São Paulo, mas são risíveis
as tentativas de associá-la ao aumento de 82% nas armas registradas entre 2014 e 2015.

Ora, a queda no número de homicídios vem sendo observada há mais de 15 anos e o período em que foi mais brusca
coincide justamente com a aprovação do Estatuto do Desarmamento em 2003.

Se entre 1999 e 2003 os homicídios caíram 12% no Estado, entre 2004 e 2008 despencaram 45%.
MARQUES,I. e ANGELI, F. As verdadeiras armas da redução dos homicídios em SP. Folha de São Paulo. Caderno Opiniões/Tendências. 15 abr.
2016. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/04/1760968-as-verdadeiras-armas-da-reducao-dos-homicidios-em-sp.shtml.
Acesso em: 15 abr. 2016.

Sobre o assunto abordado nos textos I e II, é possível afirmar que o

(A) Texto I defende que a diminuição dos homicídios está relacionada à obrigatoriedade do registro das armas.

(B) Texto II defende que a diminuição dos homicídios se deve ao aumento do número de armas.

(C) Texto I defende que o aumento dos homicídios está relacionado às políticas de desarmamento.

(D) Texto II defende que a diminuição dos homicídios está relacionada às políticas de desarmamento.
Se os homens são realmente maus, então a polícia não será capaz de impedir o crime, isto é, a polícia será ineficaz;
mas se, realmente, os homens não são maus, então a polícia é desnecessária para impedir o crime. Ora, os homens
são realmente maus ou não são realmente maus. Portanto, a polícia é ineficaz ou desnecessária.
COPI, I.M. Introdução à lógica. Trad. Álvaro Cabral. 2ªed. São Paulo: Mestre Jou, 1978, p.224

O texto anterior defende a ideia de que

(A) dependendo da natureza humana, a polícia é ineficaz ou desnecessária.

(B) não importa a natureza humana, a polícia será inevitavelmente ineficaz.

(C) se o homem for mau por natureza, não há necessidade de polícia.

(D) se o homem for bom por natureza, a polícia é ineficaz e desnecessária.

Eu estava na praia olhando o mar, o mar, o mar vomitando o mar, e agora já não é fácil atravessar de volta a avenida.
BUARQUE, C. Estorvo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991

Um sentido possível para a expressão em destaque revela que o narrador olhava

(A) alguém passando mal.

(B) as pessoas na avenida.

(C) o movimento das ondas.

(D) alguém pescando no mar.


Brigadeiro de abacate

Ingredientes:

1 abacate médio

2 colheres de mel

2 colheres de água

1/2 xícara de cacau em pó

Modo de preparo:

1. Bata todos os ingredientes em um liquidificador

2. Coloque em recipientes individuais e leve à geladeira

3. Sirva gelado

SANTO, M. Brigadeiro de abacate. Disponível em:


http://www.tudogostoso.com.br/receita/181478-brigadeiro-de-abacate.html.
Acesso em: 18 abr. 2006.

O texto apresentado acima tem por finalidade


(A) informar sobre a realização de algo.
(B) instruir sobre como fazer algo.
(C) relatar sobre a feitura de algo.
(D) discutir sobre a produção de algo.

CASCAIS - Guarde tudo isso, seu sacristão.

FILOMENO - Sim, senhor vigário. (Vai aos poucos levando as oferendas para a casa de Cascais.)

CASCAIS - Ora, valha-me Deus! Que presentes! Que presentes! Duas velas de cera, apenas um frango, e flores, flores,
e mais flores! (Com desgosto.) Pra que flores? — Ah! Já vai o tempo dos perus e das galinhas gordas... O tempora, o
mores! E viva um pobre vigário da modesta côngrua! Já não há fé nos vigários! Já não há fé nos vigários!
AZEVEDO, A. Abel e Helena. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000038.pdf. Acesso em: 18 abr. 2016

No texto anterior, os parênteses têm por função

(A) explicar determinado trecho ou expressão.

(B) indicar ações e um modo de agir.

(C) indicar palavras de origem estrangeira.

(D) introduzir o diálogo dos personagens.


Eijkman alimentou um grupo de galinhas exclusivamente com arroz branco. Todas elas contraíram uma polineurite e
morreram. Alimentou um outro grupo de aves com arroz integral. Nem uma só delas contraiu a doença. Depois, reuniu
os resíduos do arroz e com eles alimentou outras galinhas polineuríticas que, em curto tempo, se restabeleceram.
Conseguira atribuir, com precisão, a causa da polineurite a uma dieta defeituosa. Pela primeira vez na História,
conseguira produzir, experimentalmente, uma doença devida a carências alimentares e pudera realmente curá-la. Foi
um trabalho notável, que resultou em algumas medidas terapêuticas imediatas.
JAFFE, B. “Outposts of Science” apud COPI, I. M. Introdução à lógica. Trad. CABRAL, A. 2ªed. São Paulo: Mestre Jou, 1978.

O texto acima, apesar de descrever um procedimento científico, emite uma opinião acerca dos fatos que descreve.
Indique a alternativa que apresenta a opinião presente no texto

(A) “Nem uma só delas contraiu a doença”.

(B) “Depois, reuniu os resíduos do arroz e com eles alimentou outras galinhas polineuríticas”.

(C) “Pela primeira vez na História, conseguira produzir, experimentalmente, uma doença devida a carências
alimentares e pudera realmente curá-la”.

(D) “Foi um trabalho notável, que resultou em algumas medidas terapêuticas imediatas”.

O coração é um solo. Vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza inanimada, ele tem suas
estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou de abundância.
ALENCAR, J. A pata da gazela. 10ª ed. São Paulo: Ática, 1991 (Série Bom Livro), p.10.

O texto anterior estabelece uma relação entre o coração e o solo. Nessa relação, as paixões são

(A) aquilo que brota do solo.

(B) repletas de aridez e secura.

(C) aquilo que dá abundância à vida.

(D) inanimadas e, por isso, estéreis.


Joaquim Manuel Macedo escreve pensando no gosto do leitor, procurando oferecer-lhe aquilo que ele quer ler, da
mesma forma como fazem atualmente os autores dos livros que chamamos best-sellers. Macedo não tem a
preocupação de promover o questionamento e a reflexão no leitor (...)

É o que acontece em A moreninha, em O moço loiro, em Os dois amores, de 1848, e em mais de uma dezena de
romances posteriores, o escritor descobriu a “receita” ou a “fórmula” dos romances que agradavam ao público brasileiro.
OLIVIERI, A. C. “Nasce o romance para o público brasileiro”. In: MACEDO, J. M. O moço loiro. São Paulo: Ática, 1994, p.6

Uma palavra que substitui o nome de “Macedo”, no trecho acima, é:

(A) lhe.

(B) escritor.

(C) ele.

(D) autores.

Elza viu ele abrir a porta da pensão. Pâam... Entrou de novo no quartinho ainda agitado pela presença do estranho.
Lhe deu um olhar de confiança. Tudo foi sossegando pouco a pouco. Penca de livros sobre a escrivaninha, um piano.
ANDRADE, M. Amar, verbo intransitivo: idílio. Rio de Janeiro: Agir, 2008.

A palavra em destaque representa o

(A) burburinho pela presença do estranho.

(B) ritmo do coração de Elza.

(C) barulho da porta batendo.

(D) som da rua ao abrir a porta.


Texto I

As grávidas não estão impedidas de dirigir. Mas tanto no começo como no fim da gestação pode haver restrições à
direção. Na dúvida, pergunte para seu obstetra.

[...]

No primeiro trimestre, de acordo com o médico, é mais comum a ocorrência de tonturas, náuseas, vômitos e sonolência
na gravidez. Por isso, é aconselhável que a gestante não dirija se tiver um desses sintomas.
FUTEMA, F. Grávida pode dirigir? Veja dicas sobre direção segura na gestação. Folha de São Paulo. Blog Maternar. 18 abr. 2016.
Disponível em: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2016/04/18/gravida-pode-dirigir-veja-dicas-sobre-direcao-segura-na-gestacao.
Acesso em: 18 abr. 2016.

Texto II

A mulher grávida quando motorista ou passageira de um veículo automotor deve:

 Usar sempre o cinto de segurança “tipo três pontos”.


 A parte pélvica do cinto de três pontos (faixa subabdominal) deve ser colocada abaixo da protuberância abdominal,
ao longo dos quadris e na parte superior das coxas.
 A faixa diagonal deve cruzar o meio do ombro, passando entre as mamas e lateralmente ao abdome, nunca sobre
o útero.
ADURA, F. E.; MONTAL, J. H. C. & SABBAG, A. F. Uso do cinto de segurança durante a gravidez.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v50n1/a23v50n1.pdf.
Acesso em: 18 abr. 2016.

Os textos acima tratam de assuntos relacionados à segurança ao se utilizar automóveis durante a gravidez. No entanto,
enquanto o Texto I é predominantemente informativo, o Texto II é predominantemente

(A) argumentativo.

(B) descritivo.

(C) narrativo.

(D) instrucional.
BROWNE, D. O melhor de Hagar, o Horrível. Porto Alegre: L&PM, 2007. v. 1. p. 68.

Indique a alternativa que apresenta um elemento exclusivamente não verbal presente na tirinha

(A) o formato da comida.

(B) o gosto ruim da comida.

(C) o nome da comida.

(D) a dúvida de Hagar sobre a comida.

Durante a refeição, meu tio esteve quase jovial; dizia esses gracejos de cientista que nunca são muito engraçados.
Após a sobremesa, fez sinal para que eu o seguisse até o escritório.

Obedeci. Sentou-se a uma ponta de sua mesa de trabalho e eu à outra.

— Axel — disse com voz suave —, você é um rapaz muito inteligente. Prestou-me um serviço magnífico quando, após
muitos esforços, eu ia abandonar aquela combinação. Onde é que eu tinha me enganado? Ninguém sabe! Jamais
esquecerei aquilo, meu rapaz, e você terá sua parte na glória que iremos conquistar.

“É agora”, pensei. “Ele está de bom humor; chegou a hora de discutir essa glória.”
VERNE, J. Viagem ao centro da Terra. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Ática, 1998. p.40.

Os sinais gráficos na narrativa possuem muitas funções. No caso do texto acima, é correto afirmar que há uso de

(A) travessão para indicar quando o narrador fala algo.

(B) pontos de exclamação para indicar mudanças do discurso.

(C) ponto de interrogação para questionar o leitor.

(D) aspas para marcar o pensamento do narrador.


Um ano depois, o primo veio ao Rio de Janeiro. Fui recebê-lo na estação da Estrada de Ferro, e tratei logo de perguntar
pela família.

- Estão todos bons. A minha pequena mais velha foi pedida [em casamento] na semana passada.

- Por quem?

- Por um excelente rapaz - o Flávio Antunes.

- Perdão... mas o Flávio Antunes não era...

- Era sim! mas que quer você? Com aquela coisa de mandar as meninas para dentro todas as vezes que ele passava
lá por casa, fiz-lhe um extraordinário reclame! Todas elas gostavam dele, e ele gostou da mais velha!
AZEVEDO, A. Um Don Juan de província. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000124.pdf. Acesso em: 19 abr.
2016.

Uma informação implícita presente no texto é que

(A) o primo possui uma família com algumas filhas.

(B) a filha mais velha foi pedida em casamento.

(C) as filhas do primo gostavam de um mesmo rapaz.

(D) o primo não mora na cidade do Rio de Janeiro.

O artigo acadêmico é um texto escrito que contém também textos não-verbais (tabelas, gráficos, figuras, esquemas e
diagramas), geralmente limitado a mais ou menos 10.000 palavras, cujo objetivo é reportar os resultados de um
estudo realizado por um pesquisador ou um grupo de pesquisadores. Na sua forma final, o artigo experimental é um
produto resultante de um processo complexo, que envolve vários rascunhos e várias revisões do próprio autor do
texto, de revisores e de editores de periódicos.
MARCUZZO, P. Um estudo de relatos de pesquisa em análise de gênero. 2006. 102f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Centro de Artes
e Letras, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2006, p.23-24.

O texto acima trata, principalmente,

(A) das tabelas e gráficos.

(B) do trabalho de pesquisadores.

(C) do artigo acadêmico.

(D) da revisão de textos.


Olharam os meninos, que olhavam os montes distantes, onde havia seres misteriosos. Em que estariam pensando?
zumbiu Sinha Vitória. Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. Menino é bicho miúdo, não pensa. Mas
sinhá Vitória renovou a pergunta – e a certeza do marido abalou-se. Ela devia ter razão. Tinha sempre razão. Agora
desejava saber que iriam fazer os filhos quando crescessem.

-Vaquejar, opinou Fabiano.

Sinha Vitória, com uma careta enjoada, balançou a cabeça negativamente, arriscando-se a derrubar o baú de folha.
Nossa Senhora os livrasse de semelhante desgraça. Vaquejar, que ideia!
RAMOS, G. Vidas secas. 108ªed. Rio de Janeiro: Record, 2008, p.123

A palavra em destaque no trecho se refere a uma

(A) profissão urbana.

(B) profissão rural.

(C) atividade de entretenimento.

(D) prática de estudos.

Sem chuva no Estado, situação de represas de São Paulo preocupa

A falta de chuva em São Paulo traz preocupação com a situação das represas no Estado. Com pouquíssima chuva em
abril, a pluviometria acumulada no mês é muito baixa em relação ao mesmo período em 2015 – ano em que houve uma
das piores secas da história de São Paulo.

Apesar de o volume armazenado pelas represas estar acima do que foi registrado no mesmo período no ano passado,
o temor é que as represas voltem a secar e que o Estado tenha que enfrentar novamente racionamento de água.
FOLHA DE SÃO PAULO. Sem chuva no Estado, situação de represas de São Paulo preocupa. Caderno Cotidiano. 19 abr. 2016. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/04/1762661-sem-chuva-no-estado-situacao-de-represas-de-sao-paulo-preocupa.shtml. Acesso em:
19 abr. 2016.

Qual é o sentido do conectivo destacado no texto acima?

(A) Contraste.

(B) Concessão.

(C) Explicação.

(D) Comparação.
STIELER, J. K. Retrato de Beethoven. Óleo sobre tela. 62x50cm. 1820. Casa de Beethoven: Bonn, Alemanha.

A figura que domina o século XIX como imagem é a figura desgrenhada de Beethoven em seu sótão. Beethoven é
um homem que expressa aquilo que está dentro dele. Ele é pobre, é ignorante, é grosseiro. Não tem boas maneiras,
sabe pouco e talvez não seja uma figura muito interessante, exceto pela inspiração que o impele para a frente. Mas
ele não se vende. Senta-se em seu sótão e cria. Ele cria de acordo com a luz que está dentro dele, e isso é tudo que
um homem deve fazer; é isso que faz de um homem um herói.
BERLIN, I. As raízes do romantismo. São Paulo: Três estrelas, 2015.

De acordo com o que foi exposto acima, Beethoven é uma “figura que domina o século XIX” porque ele

(A) é grosseiro.

(B) não tem boas maneiras.

(C) vive no sótão.

(D) expressa aquilo que está dentro dele.


simulado para o
ENSINO FUNDAMENTAL II
Baseado na Matriz de Referência do SAEB

língua portuguesa
caderno de prova

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